“Ninguém
pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer; e eu o ressuscitarei no
último dia” (João 6:44).
A IRRESISTÍVEL GRAÇA: (continuação) “...se o Pai que me
enviou não o trouxer...”
Querido
leitor, ao tratar sobre a segunda frase do verso: “...se o Pai que me enviou
não o trouxer...”, sem qualquer sombra de dúvidas passamos a conhecer o
magnífico trabalho da irresistível graça. Onde Deus opera pela graça
desmorona-se toda obra da carne; toda justiça que corteja arrogância deve ser
ultrajada e despejada fora. Onde reina o soberano trabalho da incrível graça,
não pode haver lugar para qualquer atividade do homem. É a graça que invadiu o
território ocupado por inimigos infernais.
Onde reina
o pecado, só a graça chega para desfazer e expulsar esse líder maldito e
enganador que oculta e disfarçadamente controla todo ser do homem. Onde reina
satanás, somente o poder da graça, usando a verdade do evangelho para quebrar a
força do príncipe da mentira. Onde reina a morte, a graça chega com poder
avassalador da vida que há no Filho, a fim de desatar todo nó e libertar o
pecador e assim todos os membros do corpo passam a servir a justiça e
glorificar a Cristo. Somente a graça
para desfazer de uma vez para sempre toda expectativa do inferno e fazer com
que corações desesperançosos fiquem cheios da esperança da glória (Romanos
5:1).
Amigo leitor, que Deus maravilhoso em
Sua obra salvadora! O evangelho moderno publica um Deus assustado, dependente
da fé do homem, subordinado à vontade humana. O evangelho moderno faz da graça
uma bagatela celestial, pinta a graça
com as cores atrativas às paixões carnais e faz com que multidões tenham uma
paz perigosa em seus corações. Porém, a verdadeira graça traz consigo todos os
itens da soberana salvação! Tudo o que precisa para que homens e mulheres sejam
retirados do império das trevas e passem a habitar no reino do Filho de amor,
vem pela graça (Colossenses 1:13). Note a reação dos crentes em Jerusalém
quando ouviram que outros povos se converteram a Cristo: “Ouvindo eles estas
coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Assim, pois, Deus
concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida” (Atos 11:18). Foi
pelo poder atuante da graça que após a mensagem pregada por Paulo em Antioquia:
“...creram todos quantos haviam sido destinados para a vida eterna” (Atos
13:48).
Querido leitor, importa
que saibamos que Deus está em plena atividade em Sua graça nesse vale da morte,
e não há qualquer poder humano nem angelical que possa estorvar os intentos
eternos da graça em chamar pecadores da morte para a vida. Cremos num “...Deus,
que vivifica os mortos, e chama as coisas que não são, como se já fossem”
(Romanos 4:17)! Cremos num Deus que, somente Ele opera o impossível! Cremos num
Deus que confiou aos Seus servos o poderoso evangelho, capaz de chamar poderosa
e eficazmente os perdidos (1Pedro). Com certeza a graça opera onde há
arrependimento. O próprio Senhor Jesus disse aos arrogantes religiosos daqueles
dias: “...Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores ao arrependimento”
(Mateus 9:13).
Quero completar minha
tarefa de hoje de um modo prático. Amigo leitor será que a verdade de um Deus
soberano não prostra seu ser em humildade e adoração? Será que a vaidade e o
atrevimento contra a verdade revelada faz com que você dê as costas a essa tão
grande salvação? Se esse Deus opera livremente com Sua misericórdia, por que
não agir se humilhando perante Ele, lançando fora todos os recursos naturais,
com coração confesso e sincero? Por que esperar o juízo se a misericórdia está
presente agora? Por que não se apropriar de tanta bondade, de um amor eterno,
de uma provisão conquistada na cruz? Por que buscar coisas que vão embora com o
tempo? Lembre-se que a graça opera onde toda força do homem desaparece.
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