terça-feira, 31 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (32)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Caro leitor, mediante a graça de Deus quero ampliar um pouco mais o tema que trata sobre o sofrimento do ímpio, conforme vemos na frase: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”, no anseio por ver pecadores se humilhando perante o Rei da glória, a fim de conhecer a preciosa salvação conquistada na cruz para os perdidos. Obviamente, essa verdade deve servir de advertência para crentes que estão buscando felicidade conforme os moldes mundanos. Os verdadeiros crentes devem ser avisados de que o caminho dos ímpios não deve ser tomado por eles e que não somente somos advertidos a fugir deles, como também somos disciplinados por Deus para que afastemos dessas ilusões terrenas e vivamos na alegria daquele que é a fonte da felicidade eterna – Cristo Jesus.
    Tenho mostrado que sobrevém terror ao ímpio quando Deus mexe com as leis normais da natureza. Para o homem no pecado a vida é feliz se tudo funcionar normalmente, mas desconhece que o mundo é o vale da sombra da morte. Muitas vezes tristezas, angústias e desespero aparecem repentinamente quando simplesmente Deus mexe nos relacionamentos naturais. Lares destruídos pela infidelidade; a morte que chega para profundas marcas de sofrimentos; filhos que mexem com drogas; enfermidades letais que aparecem mostrando os acenos da morte, etc. Ora, essas coisas surgem para lançar fora toda confiança banal que o homem no pecado na felicidade mundana. Todo seu tesouro, sua riqueza de nada serve no dia da Ira (Provérbios 11:4).
    Digo mais que a felicidade tão buscada neste mundo é interceptada pelos sofrimentos ocasionados pelo pecado. As enfermidades chegam para arrancar seus planos de um viver melhor; ladrões aparecem para cortar toda segurança e confiança no braço humano. Devo acrescentar que uma consciência culpada traz sofrimento. Um homem viciado e infiel traz desgraças para seus filhos e esposa; uma mulher adúltera ocasiona desespero ao marido e filhos; filhos rebeldes levam desesperos aos pais; uma vida que prossegue com consciência culpada pode tomar atitudes monstruosas em relação aos seus semelhantes, como vemos acontecendo em larga escala em nossos dias.
    Caro leitor, acrescento que há também o sofrimento advindo deste mundo. Como não consegue enxergar o mundo do ponto de vista espiritual, o ímpio só enxerga o viver abaixo do sol (Eclesiastes 1:3), por isso nada sabe acerca dos poderes que dominam este mundo, do pai da mentira (João 8:44); do deus deste século (2 Coríntios 4:4); dos dominadores deste mundo tenebroso (Efésios 6:12), dos terrores de Deus e da destruição eterna que aguardam os que vivem no pecado (2 Tessalonicenses 1:9).
    Permita que eu aprofunde um pouco mais nesse assunto, ao mostrar que este mundo exala sofrimento quando a força deste mundo resulta em terror. Os que estão na liderança em todos os setores da sociedade são os fortes deste mundo. Mas, a história antiga e os fatos atuais mostram a corrupção desses que estão em eminência; como são gananciosos, mentirosos e injustos no trato com a população; como estão fazem leis que trazem benefícios para eles mesmos. Deus permite que os povos sofram conseqüências dramáticas devido a confiança que colocam no braço mortal. Há também, um sofrimento quando a sabedoria deste mundo transforma-se em decepção. O mundo ignora a sabedoria de Deus para dar vazão a filosofia e psicologia. Até mesmo a religião deste mundo é fruto do abandono da verdade, a fim de buscar nos ídolos uma forma de vida agradável à carne. Mas, tudo resulta em decepção, fracasso, tristeza e solidão. Veja como as riquezas deste mundo são gastas em futilidades; como queimam seus bens em prazeres que passam inutilmente; como gastam o suor do rosto com aquilo que nada resulta em benefícios eternos.
    Caro amigo, minha linguagem é tão pobre, mas creio que posso ajudar o errante a encontrar o verdadeiro e único caminho rumo à glória eternal!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (31)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Caro leitor, prossigamos na busca de um entendimento mais profundo acerca da condição do homem ímpio, porque no verso o Espírito de Deus afirma que o ímpio há de curtir muito sofrimento. Se não entendermos a vida do ponto de vista da Palavra de Deus, certamente a confusão do pecado ofuscará nossa mente e viveremos impressionados com o sistema mundano de vida, achando que o viver dos ímpios é a melhor filosofia de vida, que está acima daquilo que Deus apresenta em Cristo. O Salmo 73 tem muito a nos ensinar acerca disso, a fim de mostrar que, se o crente encarar a proposta mundana de vida ele há de enfraquecer na fé e viver miseravelmente neste mundo. Ali o salmista viu que o ímpio vivia melhor do que ele, pois tinha todo tipo de prosperidade, enquanto ele como um crente estava enfrentando muitos problemas, justamente porque desviou seu olhar de fé para seu Deus, a fim de contemplar o viver mundano e aparentemente feliz do ímpio.
    Sem delongas quero esforçar-me em mostrar o que significa o sofrimento do ímpio nesta vida, conforme vemos no texto: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. Veremos agora como o ímpio enfrenta o sofrimento durante seu viver terreno, o que muitas vezes está encoberto aos nossos olhos. Creio que basta uma lembrança de nossa vida no pecado para que recordemos como vivíamos na desgraça, achando que habitávamos sob o teto da felicidade. Em primeiro lugar digo e afirmo que o desconhecimento das realidades espirituais traz miséria ao ímpio. Nosso Senhor preveniu Seus discípulos acerca daquilo que eles enfrentariam enquanto estivessem no mundo: “...No mundo tereis aflições.... Tomemos essa declaração e ocupemo-nos com o viver de alguém que vive “...sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). A ausência do conhecimento de Deus, de Sua soberania, seu reino glorioso no céu e na terra traz insegurança e terror no viver. Por exemplo, há uma expectativa de terror quando Deus mexe com as leis da natureza. O ímpio monta sua felicidade sobre a hipótese de que a vida seguirá em sua normalidade. Para Coré, Datã e Abirão a vida era normal e que nenhum sinal havia de juízo. Eles estavam sentindo segurança na rebelião promovida contra Moisés e Arão, mas quando a terra fendeu debaixo de seus pés, o terror veio de sobressalto contra eles e partiram em gritos para o abismo (Números 16).
    Caro leitor, basta que Deus mexa um pouco, sacudindo a frágil estrutura do viver do ímpio para que o terror apareça como um assaltante. Temos a chuva como um bem precioso para nossa vida, mas bastou que Deus retirasse a chuva por três anos e meio nos dias de Elias, para que abalasse o reinado do miserável e perverso Acabe (1Reis 17). Mas, também as muitas águas chegam para trazer sofrimento e morte aos homens, como temos visto a respeito de tantas tragédias ocorridas em muitos lugares. Na incredulidade os homens pensam que não irão acontecer essas coisas e quando acontecem eles não conseguem olhar para cima, a fim de saber quem foi que suscitou tais calamidades (Isaías 22:11). Nenhuma catástrofe pode humilhar e levar o homem no pecado a render glórias e graças ao Todo-Poderoso. Notemos bem que as pragas no Egito abalaram Faraó depois que percebera que não havia poder em suas mãos para detê-las. Mas, mesmo cercado pelas agruras que abalavam seu reinado de escravidão, seu coração ficou detido pela dureza e ódio contra Deus, até que o monarca desceu para o mar vermelho onde foi sepultado com seu exército.
    Não posso encerrar meus argumentos em torno dessa verdade revelada sem, contudo mostrar aos meus leitores que o caminho da felicidade está aberto. Por que viver embalado no orgulho? Por que não humilhar-se e correr para Aquele que na cruz conquistou maravilhosa e eterna redenção para almas condenadas? Meu amigo invoque agora o Nome desse Salvador bendito! Clame agora enquanto Ele está perto e pronto para salvar o perdido!

domingo, 29 de janeiro de 2012

OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS


“... Nu saí do ventre e de minha mãe e nu voltarei; o Senhor deu e o Senhor o tomou; bendito seja o Nome do Senhor!”.
    A mensagem proclamada em nossos dias proclama exatamente o contrário daquilo que Jó afirma neste tão impressionante verso. Absolutamente em nada estaremos ajudando os homens enquanto estivermos proclamando seus direitos.
    A vida de Jó é um exemplo notável de um homem que debaixo de um tão grande sofrimento pode assim publicar que os direitos absolutos pertencem não aos homens, mas sim a Deus. Eis aí a revelação da fé genuína que emudece as trevas e traz grande festa no céu para glorificar a Deus; Jó deu tempo para se levantar, raspar a cabeça, rasgar o manto, lançar-se por terra e... entrar em depressão? Buscar um suicídio? Não! Adorar!
    Os direitos absolutos de Deus são conhecidos pela fé que confessa a vacuidade da existência humana: “... Nu saí do vente da minha mãe e nu voltarei...”. O nosso acesso a esta vida aparece na palavra “nu”. Que triste ensino! Trouxemos nada a não ser uma disposição tremenda de pecar, pecar e pecar.
    Jó não pára aí, pois mostra nosso destino: “nu voltarei”. É brevíssima nossa estadia neste mundo e é certíssimo o nosso fim; é vão o nosso viver no pecado e nessa ganância de possuir aquilo que jamais vamos poder levar (Salmo 49).
    Os direitos absolutos de Deus são conhecidos também pela fé que confessa Sua Soberania: “... O Senhor deu e o Senhor tomou...”. É Ele que dá porque é bondoso. É prazeroso desfrutar daquilo que o Grande doador nos concede nesta vida. Era esta a mentalidade de Jó que mostrava ser um homem tão temente a Deus e tão odiado por satanás. “O Senhor deu”, então deve haver respeito e sabedoria em lidar com aquilo que ele nos emprestou por tão pouco tempo. O Senhor deu então a decisão é Dele de quanto tempo deve permanecer comigo aquilo que Ele me emprestou. “O Senhor deu” certamente a medida da doação é Dele e não nossa. Qualquer tentativa de avançar em obter aquilo que Ele não deu por motivo avarento será uma armadilha perigosa para a alma.
    A fé também confessa que Ele toma: “O Senhor o tomou”. Por que Ele toma? Para mostrar que Ele é infinitamente melhor do que aquilo que Ele mesmo deu. Ele toma para crucificar tudo o que pode tornar objeto de idolatria e armadilha do engano do pecado. Ele toma pouco ou muito a Seu tempo. Quanto a Jó Ele tomou quase cem por cento, pois lhe restou apenas a vida. Ele toma para mostrar a transitoriedade daquilo que Ele nos deu e para nos dar aquilo que é excelente e eterno.
    Finalmente, os direitos absolutos de Deus são conhecidos pela fé que adora: “... bendito seja o Nome do Senhor”. Eis aí a verdadeira religião, aquela que é do coração transformado. Todos os verdadeiros crentes devem chegar lá. Tudo o que Jó possuía era ajuntado para ser motivo de louvor e ações de Graças ao Senhor. E quando lhe foi tirado, ao invés de perder, a fé conquistou um degrau ainda mais alto de alegria, prazer e piedade no coração.
    Para aquele que vive dos prazeres transitórios, resta dizer que o Senhor vai tirar tudo o que ele tem para dar-lhe miséria eterna.
   

sábado, 28 de janeiro de 2012

A VONTADE SOBERANA


Não retarda o Senhor a Sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, Ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” 2 Pedro 3:9.
   
    Este verso é impressionantemente revelador! No contexto presenciamos a paciência de Deus diante de um mundo amadurecido para receber Seu castigo de forma merecida. Por que Ele não o faz logo? Por que os homens ímpios se amotinam em blasfêmia contra o Nome Santo e contra a dignidade da Sua Palavra, e mesmo assim o Senhor aparentemente nada faz?
    Eis que a resposta aparece nesse tão impressionante verso. Consideremos a frase: “...não querendo que nenhum pereça...” para que deparemos imediatamente com a Vontade Soberana. O verbo “querer” exibe a VONTADE SOBERANA.  A paciência ou longanimidade do Senhor é porque Ele está salvando o Seu povo. A vontade Soberana afirma que Ele não quer que nenhum deles pereça. Milhares estão perecendo, indo para o lugar de eterna punição, mas o cetro da longanimidade de Deus está estendido para quem mesmo? “... Para convosco...”. Com quem Deus está conversando? Ah sim! Ele fala com os que têm ouvidos para ouvir. Sempre foi assim.
    Deus está em Sua Soberana Vontade mostrando Seu triunfo sobre o mal em pleno território inimigo! Nessa Vontade tudo é usado para que seja cumprido Seu plano eterno, e assim Ele move tudo e todos para alcançar Seu objetivo em salvar mesmo que seja um só pecador.
    Em seguida vemos a demonstração daquilo que Deus está fazendo neste mundo em Sua longanimidade: “... senão que todos cheguem ao arrependimento”. Primeiro, na Sua força contra os inimigos: “... nenhum pereça”. Que vitória do Senhor para Seu povo! Rompeu com as expectativas de Satanás, da morte e do inferno ao assegurar que o destino dos salvos não é mais a fornalha eterna, mas sim a Nova Jerusalém. No meio dos atônitos e frustrados adversários o Senhor está chamando pecadores mediante o poder do evangelho, exibindo-lhes Sua bondade e abrindo-lhes os ouvidos para que eles ouçam Sua Palavra.
    Finalmente vemos a Soberana Vontade chamando pecadores ao lugar certo: “... ao arrependimento”. De que maneira? Primeiro, revelando pela Sua lei seus pecados, iniquidades e completa falácia diante da Justiça eterna. Jesus foi bem claro ao afirmar que veio chamar pecadores ao arrependimento. E é ali no lugar do arrependimento que o Senhor manifesta Seu Braço forte em salvar os perdidos; mostra Seu eterno amor e compaixão e salva com eterna e gloriosa redenção.
    Meu amigo aproveite a força da paciência de Deus. Ele está perto e pronto para salvar; Ele é o Deus dos contritos e quebrantados e está perto daqueles que de coração invocam o Seu Nome.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (30)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Prezado leitor, quão terrível é o engano do pecado no coração! Milhares de homens e mulheres caminham neste mundo na ilusão de que encontrarão o paraíso aqui! Eles não percebem o começo e o final da jornada da peregrinação terrena. Na meditação anterior pude mostrar como o pecado alimenta o engano de que a real felicidade é achada neste império do mal. Permita-me continuar ampliando esse assunto que considero tão importante, na expectativa de levar a verdadeira luz aos que andam nas trevas.
    Digo mais que há uma paixão no pecado que leva o homem à busca de maior sensação de felicidade. Vemos essa verdade estampada no cap. 1 da carta aos Romanos, a partir do verso 18. Paulo mostra o perigoso caminho onde percorrem milhões ignorando a Deus; recusando dar a Ele a honra e a glória; que eles estão perante a glória de Deus vista na criação, mas que recusam propositalmente dar glórias ao glorioso criador. Depois vemos como Deus age com os ímpios entregando-os à corrupção de seus corpos e às práticas abomináveis cometidas entre eles. É nessas práticas que os homens pensam que estão experimentando a felicidade, mas, percebe-se que eles nunca estão satisfeitos e que correm em busca de maiores sensações achados nos prazeres sensuais. O relato a respeito dos moradores de Sodoma e Gomorra exemplifica onde os homens podem chegar em suas orgias e prazeres e como Deus executa Seu juízo contra essas abominações praticadas no mundo inteiro.
    Afirmo também que o mundo organizado promove uma sensação de felicidade. A palavra “mundo” vem do termo grego “kosmos” que significa algo organizado (é desse termo que veio nosso vocábulo “cosmético”), e o mundo realmente é. Vemos como o mundo funciona de forma bem organizada em  três áreas: na sua força, na sua sabedoria e na riqueza. Na sua força o mundo proporciona aos homens suas leis por meio de políticos e outros meios usados por líderes cruéis que dominam os povos. Através da sua sabedoria o mundo concede às multidões suas filosofias e até mesmo seus suas idéias religiosas. E com sua riqueza o mundo declara aos homens que eles terão tudo o que precisam de comida, conforto e entretenimentos. Ora, isso dá aos ímpios uma confiança carnal; certa tranqüilidade no viver; passa a idéia de que não há ponto final nesta vida e que sempre haverá um amanhã melhor.
    Veja como os israelitas rebeldes recusavam prosseguir sob o comando de Deus, porque queriam voltar, descer para o vale egípcio (Números 14). Mesmo vivendo debaixo de intensa escravidão, para eles a felicidade consistia na comida, na festa e na enganosa liberdade achadas no Egito. Para eles não havia felicidade em Deus, porque queriam agradar a carne, fazendo o que queriam em todos os aspectos da vida. O caminho de Deus para eles era cruel; a liderança divina era amarga para a natureza corrompida; a provisão do Senhor jamais satisfazia suas ambições, porque queriam algo mais.
    Caro leitor, pude apresentar uma visão panorâmica da felicidade que os ímpios tanto buscam neste mundo. Ó, que todo meu esforço resulte em Deus abrir os olhos de milhares! Que o Senhor use de misericórdia, fazendo com que homens e mulheres enxerguem que estão palmilhando caminhos perigosíssimos! Que estão sendo iludidos e enlaçados pelo pai da mentira! Que vejam que sem o sangue de Cristo estão debaixo da Ira justa e santa de Deus! Que corram para a cruz e invoquem o Nome do Salvador bendito e sejam eternamente livres deste império do mal!

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (29)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Prezado leitor creio que não devo passar de modo superficial por esse verso. Vemos que o objetivo do Espírito de Deus é mostrar, de forma clara e inequívoca que a verdadeira felicidade habita naquele que um dia foi visitado pela poderosa salvação. Como temos dificuldades de observar o viver de acordo com os padrões bíblicos, dificilmente concordaremos com a declaração bíblica acerca da miséria que aguarda o ímpio: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. Estamos acostumados a ver que a real felicidade procede desta vida aqui; temos uma perspectiva mundana e passageira de um viver venturoso, pois cremos no íntimo que é o sucesso financeiro, físico e social que nos levará a uma vida ditosa e bem-aventurada. Mas eis que a Palavra de Deus mostra que miséria eterna espera aquele que vive sem Deus no mundo (Efésios 2:12).
    Meu labor agora consistirá em mostrar o ponto de vista do ímpio a respeito da felicidade. Procurarei ajudar meus leitores no conhecimento de seus caminhos, a fim de que saibam se trilham pelas veredas santas, sob a liderança do Pastor (Salmo 23:3), ou se andam por caminhos escuros sem saber por onde andam nem para onde estão indo. Em primeiro lugar digo e afirmo que a vida natural promove certa segurança e felicidade, como podemos observar bem no livro de Eclesiastes. Com criteriosa observação veremos que as leis da criação promovem satisfação ao viver normal do homem mundano. Por exemplo, o nascer do sol no horário certo; o seu ocaso também no momento certo; as chuvas, o dia ensolarado, o inverno, os horários das refeições, do dormir e levantar, enfim, todos esses detalhes da natureza quando funcionam adequadamente trazem essa sensação de bem-estar e de que a vida está funcionando bem.
    Também, a convivência social fornece um ambiente seguro e adequado para um viver feliz. Um lar seguro, a boa companhia do marido, esposa, mãe, pai, amigos; os amigos, as leis para proteger o cidadão, a escola, o clube, etc. Tudo isso faz com que os homens sintam satisfeitos e sintam também firmeza sob seus pés; andando assim eles ficam convencidos que o futuro será bem melhor. Também as normalidades físicas concedem essa satisfação e felicidade. É comum os homens dizerem: “tendo saúde tem tudo!”
    Em segundo lugar digo e afirmo que o pecado no íntimo alimenta o engano de que há felicidade neste viver. Vamos entender bem esse assunto, porque na sua normalidade o pecado inspira no coração uma sensação de direitos pessoais. Comumente o homem pensa que ele tem direitos no viver; que é seu direito comer, beber, dormir, passear, etc. Também ele acha que é seu direito falar o que gosta de falar, fazer o que gosta de fazer e praticar determinadas coisas que todos praticam. No pecado o homem não vê que há justiça e juízo, e que há um Deus perante a qual ele há de prestar contas. A bíblia chama esse modo de viver de “curso deste mundo” (Efésios 2:2). O engano do pecado também inspira uma sensação de realização e isso fornece felicidade no viver. Vemos essa verdade mostrada no Salmo 36. O pecado engana o homem fazendo-o pensar que não há Deus; que à sua frente nada há de impedimentos para que ele faça o que quiser fazer. No seu íntimo o pecado afirma que ele tem direitos de fazer qualquer coisa; que é livre para escolher o que bem quiser; que Deus deve respeitar seu livre-arbítrio e que está apto para fazer algumas coisas boas, a fim de corrigir as más.
    Caro leitor, quão enganoso é o coração do homem! Não foi assim com o governador Félix? Para ele a vida era normal e excelente para ser curtida ao máximo, até que pode comparecer perante Paulo. Em seu discurso Paulo mostrou as verdades bíblicas sobre a justiça, o juízo vindouro e o domínio próprio. As verdades reveladas lançaram por terra todo engano de felicidade sustentada por aquele homem, por isso imediatamente mandou que Paulo fosse retirado (Atos 24:25). Caro amigo, em que você sustenta sua felicidade?

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (28)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá” Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Caro leitor, meu trabalho consiste em apresentar as preciosidades do evangelho vistas nesses dois últimos versos desse Salmo tão revelador. O verso 10 começa mostrando quem é o homem infeliz: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. Já pude enviar para meus leitores a introdução acerca desse assunto, mas sei que estamos perante  uma matéria que considero não somente importante como também oportuna. Minhas orações constantes é que o Senhor torne Sua Palavra conhecida e temida em nossos dias. Os meus leitores devem saber que a Palavra de Deus é penetrante e reveladora, para que homens e mulheres possam ser descobertos no íntimo e assim conheçam a misericórdia do Senhor e corram para Ele enquanto pode ser achado como Salvador (Isaías 55:1). Portanto vejamos a linguagem de Deus a respeito do homem infeliz.
    Observe no texto que Deus intitula o homem infeliz de “ímpio”: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. Para Deus só há dois tipos de pessoas no mundo, o ímpio e o justo. A Palavra de Deus usa outras palavras que descrevem essa diferença: O salvo e o perdido; os filhos da obediência e os filhos da desobediência; os que sobem para o céu e os que descem para o castigo eterno, etc. Veja caro leitor, que não tem meio termo, e que Deus não aceita aparência, nem justifica o homem mediante sua religião; não o recebe mediante suas atividades, nem mesmo na aparência de piedade religiosa. Ora, o próprio Salmo 32 mostra essa gloriosa verdade nos dois primeiros versos, neles temos uma apresentação embrionária do evangelho conforme as Escrituras.
    Vou tentar ao máximo explicar essa verdade aos meus leitores, pois estou certo de que o corrompido coração disfarça-se muito bem na tentativa de manipular Deus e de apresentar suas justiças perante a face daquele que é santo 3 vezes (Isaías 6:3). Enquanto o homem não for justificado mediante o sangue da cruz ele é um ímpio e infeliz! Ninguém pode ser aceito livre da condenação perante o grande Juiz se não for mediante o sangue perdoador, purificador e justificador do Cordeiro puro e sem mácula (1 Pedro 1:18,19). Caro leitor preciso ser incisivo nesse assunto, porque é aqui onde começa a batalha das trevas contra a luz, do homem velho contra a retidão de Cristo. Os homens querem passar por cima da cruz, ou mesmo cavar um túnel e passar por debaixo, mas, todo esforço resultará em maior miséria, engano e endurecimento, porquanto não há mensagem tão dolorosa, humilhante e aterrorizante para o orgulho do homem no pecado, do que a mensagem da cruz.
    Então, caro leitor, digo e afirmo que começa a partir da cruz o novo homem, salvo, feliz, herdeiro de Deus, vencedor, que caminha triunfalmente para o lar celestial. Não tendo ocorrido esse evento glorioso e transformador no viver, certamente é uma alma infeliz, andando neste mundo sem a paz com Deus, debaixo da Ira aterrorizante do grande Senhor (João 3:36). Caro leitor, jamais poderei pregar outra mensagem! Como poderei lisonjear as almas que estão sob o terrível perigo da condenação? Qualquer outra mensagem, mesmo que seja adornada de versos bíblicos, não passa de ser remédio falsificado. Eu não posso lhe chamar de crente, enquanto o Senhor lhe chama de descrente e infiel! Jamais direi que Deus você é uma alma abençoada, enquanto você estiver debaixo da Ira Dele (João 3:36)! Jamais declararei que você é feliz, que pode prosseguir sua vida seguro, quando os perigos eternais rodeiam sua vida e que você está à perigo de cair no abismo eternal!
    O que o Senhor afirma a respeito do ímpio? Que o amanhã será melhor? Que seus pensamentos positivos resultarão em bênçãos? Jamais! Sua declaração é penetrante no verso 10: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”.     Mas a mensagem do evangelho chega para declarar que Deus enviou o Filho Amado ao mundo para resgatar perdidos das trevas para a luz, da morte para a vida. Agora mesmo é o momento do seu encontro com esse bendito e maravilhoso Cordeiro de Deus!

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (27)


 “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio, mas o que confia no Senhor a misericórdia o assistirá Salmo 32:10.
APRESENTAÇÃO DO HOMEM FELIZ E O HOMEM INFELIZ
    Caro leitor estamos perante o verso 10 e agora chegou o momento quando o Senhor mostrará quem realmente é feliz e quem não é. Claramente vemos que Espírito de Deus faz distinção entre o justo e o ímpio. O ímpio é apresentado por Deus como uma pessoa infeliz. Seu futuro em nada é digno de ser contemplado à luz da verdade revelada, pois, o que lhe espera? “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. Os homens mundanos estão cegos, eles não percebem que viajam velozmente nas asas do tempo em direção à eternidade. Eles não sabem onde está a estação final chamada morte; Que estão presos no invólucro do pecado e acham que aqui tudo é luz, vida e prazer. Para eles a estrutura da vida está na boa condição física e financeira.
    Habitando nas tenebrosas trevas da ignorância espiritual os ímpios erigem colunas de fogo para que, à luz de seus sentimentos, a felicidade mundana venha a estampar em suas faces sem, contudo perceber que debaixo de seus pés há perigosas armadilhas que ameaçam extirpar sua pobre e frágil existência terrena. O mundo tem seu curso de ação (Efésios 2:2) e eles obedecem seguindo o curso normal desta vida desde o nascimento até a morte, peregrinando neste mundo sem qualquer esperança eterna e sem Deus (Efésios 2:12).
Mas quero convidar o amigo leitor a meditar no futuro do ímpio, porque o Grande Deus, o Deus da revelação bíblica afirma que “Muito sofrimento há de curtir o ímpio...”. Primeiramente devemos considerar o fato que o próprio Deus concede um bom viver nesta vida para milhares e milhares de pessoas não salvas. O Salmo 73 mostra tal verdade que o ímpio aqui tem prosperidade, saúde e conforto. Deus estica a corda da sua existência e prolonga seus dias.
Ilustremos na diferente forma que Deus tratou Jacó e Esaú. Ora, Jacó foi um homem chamado por Deus à salvação, e depois que foi salvo o caminho de Jacó foi cheio de severas provações e muitas lágrimas. Ele pode dizer, com razão para Faraó: “Poucos e maus foram os dias dos anos da minha vida” (Gênesis 47:9). Por que Deus tratou assim Servo? Como crente não era para Jacó ter seus anos de fartura, prosperidade e felicidade? Porém, estamos tratando com um Deus que sabe lidar com Seu povo e cujos propósitos são perfeitos e eternos para cada um dos Seus.
Mas voltemos para Esaú. Veja a maneira materialmente próspera como Ele trata com um homem incrédulo e perverso como Esaú: “... a Esaú dei em possessão as montanhas de Seir; porém Jacó seus filhos desceram para o Egito”. Que coisa! Para um ímpio Deus dá prosperidade de um lugar de conforto e segurança como a terra de Seir. Esaú foi para lá e estabeleceu sua descendência passando a ser chamado de Edom. Quanto a Jacó e sua família, tiveram que descer para a escravidão Egípcia.
Nesta maneira de agir com os ímpios, Deus está mostrando que Ele lhes concede nesta vida aquilo que eles tanto desejam. Milhares desfrutam de tudo o que a carne e os olhos tanto anseiam ter e gozam de tudo que acham ser felicidade aqui. Mas o que lhes espera? Sofrimento: “Muito sofrimento terá de curtir o ímpio...”. No Salmo 73 o Salmista percebeu que os ímpios são postos em lugares escorregadios, perigosíssimos e estão à mercê de caírem no sofrimento eterno a qualquer momento. Há um sofrimento encubado em suas consciências cauterizadas, porque na euforia de um viver sem Deus estão sem amparo ante o poderio dos verdadeiros inimigos da alma. Estão debaixo de séria ameaça para ceifar suas vidas aqui.
O grande Deus é o Salvador daquele pecador que se arrepende do mal caminho por onde anda e que quer encontrar a salvação. O Senhor salva o homem que de coração busca pela Palavra de Deus a verdade salvadora; que não está jogando a culpa sobre os outros; que não está escondendo a verdade de sua culpa perante o Deus que tudo vê.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (26)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
O CAMINHO DA FELICIDADE
    Dirijo-me novamente aos que ouvem atentamente a Palavra da verdade. Retomemos este verso 9 deste Salmo 32. Aliás, um verso que realmente esmaga toda expectativa mundana de vaidade e ambição carnal, como tanto deseja a natureza adâmica. Queremos beber das águas contaminadas deste vale de dor achando que a felicidade está aqui, e. se o Senhor nos soltar, certamente rolaremos ladeira abaixo achando que aqui encontraremos o paraíso. Nosso Senhor previne seus discípulos com relação a este mundo dizendo: “No mundo tereis aflições...”. Notemos bem, Ele não diz que acharemos felicidade aqui, mas sim aflições.
    Então, o que Deus faz conosco? Ele nos adverte de um perigo sério que ronda nossa alma: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento...”. Ora, é de se esperar que um cavalo ou uma mula aja sem qualquer entendimento. São animais, portanto agem por instinto, não pela razão. Mas o mundo é assim. Notamos em Gênesis 4 como Caim desprezou o Caminho da verdadeira vida dando as costas para Deus e correndo a fim de estabelecer sua sociedade conforme aquilo que tanto queria seu coração pervertido. A natureza pecaminosa é assim, animalesca, odeia as coisas lá de cima e ama as coisas passageiras. Acha que o verdadeiro viver está “debaixo do sol” conforme a linguagem do livro de Eclesiastes, e assim, nas densas trevas da mentira tenta acender as luzes da esperança mundanas em forma de política, religião, economia, cultura, etc.
    Encaremos o que aconteceu com o povo de Israel ao pé do Monte Sinai. Para aquele povo rebelde a felicidade consistia em fazer festas, dançar, pular, comer, e praticar imoralidade. Não desperdiçaram a chance com a prolongada ausência de Moisés que estava no cume do monte na presença de Deus. Aquele povo primeiramente estabeleceu seu sistema religioso quando fez o bezerro de ouro e deram ao bezerro o nome de deus. Firmaram sua confissão de fé naquele objeto e a partir dali se sentiram encorajados a dar toda vazão àquilo que a natureza carnal tanto queria.
    Amigo leitor, Deus não solta Seus santos. Ele não abandona aquele que Ele mesmo chama das trevas para Sua maravilhosa luz. Nossos olhos foram abertos por ocasião da conversão para conhecer o Amor eterno de um Deus que veio salvar e conduzir Seu povo. Cada crente é tratado como Sua ovelha que Ele, com amor, carinho, sabedoria, bondade e justiça a conduz (Salmo 23). Fomos chamados para pertencer a Ele; fomos salvos e libertos da tirania de satanás para que fôssemos servos daquele que provou Seu amor por nós; fomos escolhidos pela Sua Graça para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele (Efésios 1:4). Nosso viver por este mundo deve exibir a glória da Graça salvadora e santificadora; nosso estilo de vida deve mostrar as características celestiais porquanto somos de lá, e não daqui (Colossenses 3:1-4).
    Sendo assim, se espera daquele que é chamado de crente verdadeiro entendimento. Não há razão para desculpas; tudo aquilo que precisamos para vivermos como homens e mulheres, transformados pelo poder da graça salvadora e nos foi revelado na Palavra inspirada. Não faz sentido andar soltos como “cavalo ou mula”, vivendo segundo os prazeres da carne e do pensamento. Genuínos crentes amam a Palavra de Deus e mesmo com toda fraqueza da carne, lutam e anseiam por agradar o Senhor. Se alguém afirma ser crente e anda continuamente dando vazão às suas paixões pecaminosas, realmente nunca conheceu o Deus da bíblia. Tal pessoa tem nome de que vive, mas jamais conheceu o Grande Salvador e Senhor.

domingo, 22 de janeiro de 2012

QUANDO DEUS ENGORDA O CORPO


“Concedeu-lhes o que pediram, mas fez definhar-lhes a alma” (Salmo 106:15).
    Algumas histórias na Bíblia são repetidas, e o Autor Sagrado assim o fez para que ficasse bem impresso em nossos corações: “...para nosso ensino foi escrito”. Quem de nós pode ignorar os acontecimentos sucedidos no deserto quando Deus guiava Seu povo mediante a liderança humana de Moisés? Quantas vezes aquele povo ficou revoltado com sua situação e pecaram com rebeliões querendo voltar para o Egito?
    O verso lido mostra o que fez com aqueles mundanos e ingratos. Seus olhos eram fechados para ver as maravilhas dos milagres de Deus, mas eram abertos ansiando mais e mais daquilo que tanto queriam para a satisfação da carne. O resultado foi desastroso, porquanto Deus concedeu o que queriam. Tiveram carne, tiveram aquilo que o Egito lhes proporcionou na escravidão, mas notemos qual foi o resultado: “... fez definhar-lhes a alma”.
    Será que tem algo pior para o ser humano do que estar emagrecendo na alma? Milhares vivem assim neste “Egito” moderno. Vemos isso até mesmo nos arraiais chamados evangélicos. A insatisfação da natureza humana desencadeou uma verdadeira guerra contra o reino dos céus e contra a autoridade das Escrituras. O clamor é geral por mais conforto mundano, por mais prosperidade, por mais direitos que acham ter. Deus tornou-se um servo e eles senhores, ordenando a Deus que faça o que eles querem.
    Essa onda de culto da iniqüidade revela os seus resultados tremendo. Vemos as multidões definhando mais e mais em suas almas. O mais alarmante é ver com perplexidade o que está ocorrendo dentro das igrejas. A depressão tem feito com que as multidões vão à busca de psicólogos, mas não da Bíblia; um anseio por satisfação carnal tem feito com que os cultos se tornem espetáculos. é quase zero o interesse pela Palavra de Deus e por santidade de vida e acrescento o fato de que pecados e mais pecados estão fazendo parte da vida daqueles que se intitulam crentes, trazendo desgraça para a igreja e manchando a causa do Santo Evangelho.
    Santos de Deus voltemos em quebrantamento para o Deus da Bíblia. Aproveitemos o tempo da livre graça, deixando de lado toda essa euforia mundana para andarmos no Caminho estreito da vida satisfeita em Cristo Jesus. Humilhemo-nos debaixo dessa Potente Mão, quem sabe, ainda poderemos ver dias de refrigério vindo do céu sobre nós e sobre nosso povo.

sábado, 21 de janeiro de 2012

QUANDO DEUS ENDURECE O CORAÇÃO


“Como está escrito: Deus lhes deu espírito de entorpecimento, olhos para não ver e ouvidos para não ouvir, até ao dia de hoje” Romanos 11:8.
    Foi assim que Deus fez com Israel quando falou através de Isaías (Isaías 29:10). O mesmo Deus que leva o pecador à humilhação e arrependimento, é o Deus que também endurece (Romanos 9:18). Ignorar tal verdade resulta em tremendo prejuízo para a igreja e, com efeito, para o mundo.
    Não tem coisa pior para o homem do que ter olhos para não ver e ouvidos para não ouvir. É exatamente isso o que Deus faz quando endurece corações. O homem se torna espiritualmente uma estátua. Fale aos ouvidos de uma estátua, ela não pode ouvir. Mostre as mais belas figuras e cores diante dos olhos de uma estátua, ela não pode vê-las, jamais.
    Paulo esclarece isso na passagem de Romanos 11:8-10. Somente corações humilhados e quebrantados chegam para ouvir o que o Espírito tem para mostrar dos grandes feitos do Senhor.
    O que Deus faz quando leva alguém ao endurecimento? Primeiramente é dado um espírito de entorpecimento: “Deus lhes deu um espírito de entorpecimento...”. É óbvio que não se trata do Espírito Santo. Deus se utiliza de espíritos malignos para a realização de Seus atos punitivos, como ocorreu com os falsos profetas nos dias do rei Acabe (2 Crônicas 18:20-22).
    Que tremendo poder tem um só espírito maligno sobre os homens! A palavra “ entorpecimento” literalmente significa “ submetido às trevas”. O que acontece quando Deus endurece um coração para nunca, jamais se arrepender e se converter? Ele simplesmente entrega a alma a um estado de contínua escuridão espiritual. A pessoa se torna surda e cega, em nada percebendo nem o amor de Deus nem tampouco o juízo de Deus. Seu viver estará limitado apenas às coisas desta vida; seu corpo será como uma casa sem habitante.
    Então, aparecem os perigos à sua frente sem que sejam percebidos. A linguagem em Romanos é bem ilustrativa. Tudo aquilo que representa conforto e verdadeiro sentido de viver para o ser humano, não passa de perigos sérios que ameaçam sua vida. “A mesa”, sempre lembrando fartura, conforto e prosperidade poderá ser o lugar aonde chegará o seu juízo. Ela pode se transformar num “laço”, aonde a morte chegará para puxar a vítima para o abismo. “Armadilha”. Aquilo que parece ser paraíso poderá ser uma arapuca armada contra a alma. Em seguida aparece a palavra “tropeço”, indicando que a queda pode acontecer sem aviso prévio. Finalmente vem a palavra “punição”, indicando que o juízo chegou para sempre. Ah! Quantos agora estão brincando com Deus! Ah! Quantos estão desafiando o Todo-Poderoso! Ah! Quantos que estão aproveitando da paciência e longanimidade do Senhor! Horrenda coisa é cair nas mãos Dele!
    O Deus da revelação bíblica é o Deus dos humilhados e contritos. Ele tem prazer em chegar bem perto de uma alma aflita que clama a Ele em busca do Seu perdão e salvação.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (25)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    CAMINHO PERIGOSO
    Prezado leitor quero continuar observando com mais detalhes o verso 9, porquanto é um verso de especial importância, que revela nossa inclinação à miséria, quando achamos que realmente estamos na direção certa em busca daquilo que o mundo pensa ser felicidade. Vemos como o Senhor nos guarda de agirmos assim; vemos como Ele se interessa pelo nosso bem, por isso nos adverte e cuida para que jamais venhamos a cair na insensatez; vemos como Ele se posiciona como um pai amoroso, nos disciplinando e ensinando através de duras provas o que significa a verdadeira felicidade conforme os padrões bíblicos. Ele sabe que Suas ovelhas nada possuem de defesa contra os ferozes inimigos, que somos engodados pelas sutilezas de satanás. Ele sabe que o engano do pecado faz com que fiquemos cegos e não percebamos os perigos, quando o brilho deste mundo ofusca tudo ao nosso derredor.
    Creio que é o momento de mostrar essas verdades de forma prática. Primeiramente, por vezes Deus, em Sua bondade, ternura e paciência refreia nossa inclinação à insensatez. O próprio texto mostra isso com clareza: “... os quais com freios e cabrestos são dominados...”. Precisamos ver quais são os freios e cabrestos de Deus; precisamos ter discernimento bíblico, a fim de que não sejamos pegos de surpresa nalguma desventura de trevas e desespero. Deus utiliza os freios e cabrestos da dor. Deus não poupa seus açoites da disciplina atingindo nossos corpos. Foi assim com Paulo que estava sendo afligido por um espinho na carne e por várias pediu ao Senhor que tirasse aquele incômodo, mas teve sempre uma resposta negativa. Por quê? Eis aí um apóstolo, um dos homens mais usados por Deus em toda história da igreja, fazendo um pedido e tendo um não como resposta. Ora, Paulo foi um homem que recebera de Deus grandes visões e revelações jamais dadas a qualquer outro apóstolo. O Senhor sabia que Paulo precisava de aflições físicas e não físicas, a fim de mantê-lo humildemente na dependência do Senhor (2 Coríntios 12:7-10).
    Caro leitor, meditemos nessa verdade tão preciosa! Nossa felicidade consiste em estar cercado do amor cuidadoso, paciente e disciplinador de Deus, porquanto Ele sabe o que é melhor para Seus filhos. Seu amor eterno que nos chamou e nos acolheu jamais permitirá que sejamos tomados por qualquer desgraça advindas do mundo e de satanás. Aquilo que para nós é perda, na realidade é o começo do sucesso eterno! A real felicidade tem inicio quando entendemos adoração e realmente transformamos toda circunstância num majestoso culto de louvor: “...O Senhor deu e o Senhor tomou; bendito seja o Nome do Senhor” (Jó 1:21). Veja amigo, que o real significado de felicidade para o crente é ter Deus como seu Deus! É saber que não há perda, que só há ganho eterno quando estamos envolvidos e embalados no amor que nos acolheu em Cristo!
    Caro leitor, o que Deus tem usado em sua vida como freio e cabresto? Se você é um crente, as adversidades que porventura têm envolvido seu viver podem ser exatamente aquilo que Deus usando para mostrar o real significado de liberdade e felicidade. Veja como o choro e angústia de muitos santos foram transformados em alegria e prazer! Talvez para muitos leitores o momento agora é do choro de uma noite, mas logo virá o amanhecer de glória. Milhares de santos partiram deste mundo sem receberem explicações da parte do Senhor! Não podemos nós adorar o Senhor pelos Seus benditos freios e cabrestos? Seus desígnios são preciosos e maravilhosos e a fé recebe os pacotes grosseiros enviados do céu com satisfação. O verdadeiro cântico é entoado por uma alma satisfeita: “Sou feliz com Jesus meu Senhor!”

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (24)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    CAMINHO PERIGOSO
    Caro leitor, voltemos humilhados para esse verso tão carregado de profundas verdades a respeito da nossa inclinação natural. Nessa tremenda advertência o Senhor mostra que não agimos como seres humanos, mas sim irracionalmente, como animais, quando decidimos fazer nossa própria vontade e corremos à frente de Deus.
    Meditemos um pouco na linguagem de Deus vista no texto. Aprendemos que nossas decisões derivadas de nossa carnalidade, motivações mundanas na busca de felicidade terão resultados funestos lá adiante. Queremos alegria, prazeres, segurança, amor, saúde, etc. e não percebemos que estamos semeando vento para colher tempestade. Em toda revelação bíblica vemos o Senhor Deus comunicando aos homens a loucura do pecado e a bênção de andar com Ele: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8). Obviamente, o que é impossível para os homens nas exigências da lei, a graça se apresenta a fim de mostrar sua força em mudar o coração e posicionar o homem pelo caminho certo.
    Então, caro leitor, as lições com as quais deparamos no Salmo 32 não são derivadas da lei, mas sim da graça. O Salmo 32 é uma antecipação da mensagem da cruz, e releva a triunfante conquista do calvário, por esse fato os versos 1 e 2 são usados por Paulo em Romanos 4:7,8. Começa com humilhação e quebrantamento (versos 1 e 2); mostra o que acontece com qualquer um que ouse manter oculto o pecado no íntimo (versos 3-5), e a partir daí vemos o perfil do novo homem que agora anda no temor e na correção do Senhor. Ora, a lei jamais poderá produzir um novo homem. Jamais! A lei não opera felicidade, mas sim maldição: “Pois todos quantos são das obras da lei estão debaixo da maldição...” (Gálatas 3:10).
    Mas, viver na graça não significa que Deus nos solta como crianças sem proteção, para que façamos o que bem quisermos. Muitos pensam que uma vez salvo pela graça, pode o crente agora circular livremente no pecado porque foi salvo de uma vez para sempre. Quão errôneo é esse pensamento! Veja o que Paulo diz em Tito 2:11,12: “Porque a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos, para que, renunciando à impiedade e às paixões mundanas, vivamos no presente mundo sóbria, e justa, e piamente”. Paulo ensina que a graça salva e educa; que livra da penalidade, mas que trabalha para a nossa santidade; que nos livra do inferno, mas nos prepara para o céu. Veja, caro leitor que é essa lição que temos no Salmo 32, especialmente nos versos 8 e 9. No verso 9 a graça de Deus mostra para onde somos inclinados a ir, caso somos deixados entregues às nossas paixões. Ainda carregamos uma natureza carnal conosco, por isso a bondade infinita não nos abandonará; amor cuidadoso e disciplinador cobrirá nosso viver, para que jamais venhamos a agir como fazíamos quando estávamos nas trevas.
    Veja, caro leitor que agir segundo a natureza corrompida é agir como “cavalo e mula”, como animais, sem bom senso. “Cavalo e mula” são usados para montagem. Deus não quer que sejamos usados para servir ao mundo e ao diabo. “Cavalo e mula” são fortes fisicamente, mas o Senhor não tem prazer na força física, mas sim naquele que confia Nele. “cavalo e mula” não vêem perigo, mas o Senhor livra Seus filhos dos perigos, protegendo-os do mal e guardando-os das ciladas armadas por satanás. Nossa felicidade consiste em habitar na segurança do amor eterno que nos acolheu em Cristo; nossa felicidade está na cidadela forte que é o Nome do Senhor, lugar de refúgio dos santos!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (23)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    CAMINHO PERIGOSO!
    Caro leitor, no verso 8 brilhou a fulgurante luz da graça sobre o viver dos eleitos. É deleite para os corações santificados quando presenciam as preciosas manifestações de amor infinito do Senhor por cada uma de Suas ovelhas. Que glória! Que doce felicidade eterna e perfeita aguarda os escolhidos do Senhor! Mas, quão importante é que conheçamos a miséria de nossa condição no pecado! Ó como o enganoso coração quer que descubramos traços de beleza em nós mesmos!
    O verso 9 é terrivelmente assustador, porque o Senhor mostra onde foi que o pecado nos deixou e qual direção de loucura tomamos, não fosse o trabalho do gracioso Senhor em nós e por nós. Vemos sempre essa notificação a nosso respeito em toda Escritura. Deus faz isso para que sejamos humilhados e recorramos a Ele constantemente em busca do Seu livramento e segurança. Caro leitor encaremos juntos o peso dessa advertência que aparece para cada um de nós nesse verso 9: “Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem”.
    Porventura, gostamos de palavras como essas? Não é verdade que buscamos na bíblia versos que sirvam de cosméticos para renovar nossa vaidade? Nosso orgulho é profundo demais para aceitar as verdades proferidas pelo próprio Deus a nosso respeito, porque temos uma concepção nossa mesma de felicidade e achamos que é Deus que necessita de conselhos. Tratamos o Senhor com desdém, por isso Ele vezes após vezes nos trata com dureza e rigor na disciplina, a fim de que saibamos por experiência, quão loucos e errados somos em nossas decisões.
    A primeira lição que aparece no texto é que quando agimos baseados na inclinação da nossa natureza somos como animais: “Não sejais como o cavalo ou a mula sem entendimento...”. Dura advertência partindo do Senhor aos homens e às mulheres! Mas, por que reagir contra o sábio Senhor? Afinal, o caminho e pensamentos Dele não são semelhantes ao nosso caminho e pensamentos (Isaías 55:8). O homem no pecado é chamado de homem natural (1Coríntios 2:14), guiado pela natureza. No pecado há um instinto animalesco no homem, porquanto ele foi criado para glorificar a Deus, mas o viver no pecado é um curso perigoso, porque não tem em vista a glória de Deus, é buscar glória em suas próprias paixões e viver assim é um curso perigosíssimo. Afastar da glória de Deus é tomar o rumo da serpente; é ouvir sua voz tão atrativa e sedutora.
    Então, caro leitor, qualquer felicidade que é advinda do mundo, na tentativa de agradar nossa satisfação carnal, não é proveniente do Senhor. Milhares hoje estão tomando esse caminho perigoso usando a bênção do Senhor! Muitos utilizam jargões evangélicos como trampolim, a fim de saltarem para suas ambições mundanas. Muitos utilizam os costumes supersticiosos, adicionando neles o nome de Jesus, sentindo fortalecidos nesses costumes. Mas, a verdade é que Deus não se afasta da Sua Palavra. O Nome Dele está lá; a glória Dele está no Seu livro santo e nossa felicidade consiste em ser guiados pela luz da santidade e da sabedoria do Senhor. Caro leitor, na direção de Deus está a Sua justiça, Seu amor que visa o bem do próximo, a santidade que honrará o Seu Nome em qualquer situação e nosso bem-estar consiste em negar a nós mesmos, se é que almejamos ser felizes. Então, ao tomarmos a direção oposta à Palavra da verdade estaremos agindo como “cavalo ou mula”, sem entendimento. Um andar assim sem disciplina significa que jamais conheceu o Senhor!
   

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (22)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    O CAMINHO DO HOMEM FELIZ
    Caro leitor, o verso 8 está carregado da beleza da graça, adornando o caminho da felicidade com a presença do Senhor. Nosso Mestre, grande ensinador e conselheiro é a causa da nossa alegria. Buscar felicidade fora do Autor da nossa salvação é buscar lisonjas do pai da mentira e beber seus cálices venenosos. Não há felicidade fora da fonte certa, por isso o Salmista diz: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus?” (Salmo 42:2). Veja amigo, como aquele que outorga a plena salvação ao perdido é o mesmo que se apresenta como Senhor, Guia e Pastor das Suas ovelhas! “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos”.
    Veja como esse verso destaca a amplitude da graça! Veja quão ilimitado é o amor que nos escolheu e nos chamou mediante o evangelho! Que cuidado e provisão do Senhor para Suas frágeis ovelhas! Que segurança certa e amorosa ele proporciona à Sua noiva amada! O que mais interessa ao crente? O que precisamos mais além do forte braço do Senhor conduzindo, defendendo e sustentando Seus amados pelo estreito caminho rumo ao lar eterno! O maravilhoso conselheiro anda nos passos do Seu povo orientando nosso viver dia a dia:
            Dia a dia Cristo está comigo, me dá paz no meio do terror
            Pois confio em Seu poder eterno, não me canso junto ao meu Senhor
    Então, caro leitor, eis a aí a essência da felicidade! Eis aí o verdadeiro significado da felicidade para uma alma salva! Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro? Que resultado benéfico e eterno terá a alma com dinheiro, fama, prazeres e todo ramo de prosperidade que o mundo pode outorgar? O que os deuses deste mundo poderão fazer pela pobre alma, quando estiver só, diante dos terrores eternos?: Então dirá: Onde estão os seus deuses, a rocha em que se refugiavam? (Deuteronômio 32:37). O evangelho da glória de Cristo convida a alma para conhecer o amor provado na cruz. O evangelho moderno convida homens e mulheres para a mesa onde satanás colocou seu bezerro cevado, e ali há contenda (Provérbios 15:17).     Certamente, a mensagem da cruz em nada é agradável à natureza maligna do homem, mas ninguém poderá conhecer a real felicidade em Cristo, sem que veja primeiramente sua desgraça, condenação e merecimento da Ira justa e santa do Deus vivo. Quão terrível é essa mensagem para o velho homem! Imediatamente a natureza corrompida passa a guerrear no íntimo contra a perfeita justiça do Filho. Ó, quão enganoso é o coração! Quanta disposição para fugir do amor da cruz! Quanto ânimo para cavar cisternas rotas, no desespero pela felicidade carnal e mundana! Como o coração natural confessa pelo seu viver, que não aceita a liderança do Rei da glória em sua vida!
    Caro leitor, o evangelho da glória de Cristo chega e convida homens e mulheres ao arrependimento (Mateus 9:13). Ninguém poderá conhecer a felicidade eternal por meio da redenção da cruz, se primeiramente não sentir sua indignidade, miséria e merecimento do castigo eterno. Amigo, encare a cruz onde o Filho de Deus foi pendurado! Onde aquele que não conheceu pecado foi feito pecado por nós culpados (2 Coríntios 5:21)! Veja como o Cordeiro puro e sem mácula foi moído em lugar de pervertidos como nós pecadores! Veja como Ele conheceu nossa condição tão triste, ao ponto de descer do céu e vir aqui neste vale de dor, a fim de ocupar nosso lugar!
    Você, amigo almeja felicidade fora da cruz? Quer fugir da humilhação? Prefere ouvir a doce voz enganosa da serpente? O momento agora é para ouvir o chamado do Senhor, porque Ele é o Senhor e Salvador de homens e mulheres arrependidos!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (21)

“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    O CAMINHO DO HOMEM FELIZ
    Caro leitor, claramente vemos como o Salmo 32 apresenta o caminho da felicidade. A felicidade verdadeira tem como estrutura a salvação do perdido, conforme vemos nos dois primeiros versos. Não conhecendo o arrependimento e o perdão de Deus mediante o sangue remidor, o homem jamais poderá conhecer o significado da felicidade genuína e duradoura. Andar neste mundo sem ser salvo é trilhar o caminho debaixo da Ira santa e justa de Deus; é estar debaixo da maldição da lei (Gálatas 3:13); é caminhar neste mundo sozinho, como ovelha sem pastor, na incerteza, tateando nas trevas sem conhecimento dos perigos terríveis que envolvem a alma aqui e na eternidade.
    Mas nos versos 8 e 9 Deus está falando com aqueles que já foram salvos, mostrando que agora eles não estão sozinhos, que eles serão instruídos para terem um procedimento correto. Eles são discípulos que dia a dia vão aprender de Deus, mediante as instruções dadas em Sua Palavra. Caro leitor, a Palavra de Deus em Sua totalidade são instruções dadas ao povo salvo. Os que têm o temor do Senhor amam a verdade revelada e adornam suas vidas com as jóias da graça. A Palavra santa ornamenta a igreja de Deus, embeleza individualmente os crentes para que eles possam exibir no mundo o verdadeiro significado da felicidade vinda do céu.
    Mas, o Senhor mostra que o viver do crente é mais do que receber instruções, porquanto Ele também será o ensinador dos Seus santos: “... e te ensinarei o caminho que deves seguir...”. O Senhor não é um professor que dá suas instruções aos alunos e depois vai para a casa dormir. O majestoso guarda de Israel não dorme (Salmo 121:4). Ele acompanha os crentes passo a passo, com paciência, carinho, ternura, bondade, firme liderança e disciplina: “Eu repreendo e disciplino a todos quanto amo...” (Apocalipse 3:19). Caro leitor, se você é um genuíno crente em Cristo, deve saber que o Senhor conduz individualmente os crentes pelo caminho certo da santidade, do amor e da disciplina. Andamos por um caminho diferente, porque somos um povo diferente e estamos sendo preparados para as glórias eternais. Então, não há lugar para descuido, indisciplina e indiferença às coisas eternas. O Senhor nos recebeu por filhos Dele e jamais seremos abandonados como filhotes de cervos, à mercê de animais ferozes. 
    Se Ele ensina o caminho que devemos seguir é porque não conhecemos o caminho. Somos como crianças tentando andar; no viver cristão tudo é novidade e estamos na tentativa de desvencilhar dos maus costumes trazidos do velho homem. Quanto amor e cuidado de Deus por cada um de Seus filhos! Quão glorioso e gracioso é Seu trabalho em guiar os santos, livrando-os dos perigos e moldando o caráter, a fim de que sejamos parecidos com Cristo! O amor eterno nunca se cansa; a graça nunca fitará os salvos com indignação e fúria, e até mesmo a disciplina não chega como resultado de Sua Ira, mas sim de um amor que direciona tudo com sabedoria. Todo esse serviço planejado na eternidade pelo conselho de Deus tem em vista nosso bem, nosso prazer no andar, nossa felicidade no cotidiano e enfim, nosso gozo e regozijo achados somente Nele: “Alegrai-vos no Senhor!” (verso 11).
    Caro leitor, se você foi remido e lavado pelo sangue do Cordeiro de Deus, quão feliz é você! Que privilégio pertencer a Cristo para sempre! A felicidade do crente é algo desconhecido para a mente entenebrecida no pecado! O homem natural dirá que tudo isso não passa de loucura (1 Coríntios 2:14)! Não fomos chamados para explicar ao mundo, mas sim para viver e irradiar a felicidade de pertencer a Cristo para sempre! O brado do evangelho é chamando pecadores ao arrependimento! É anunciando em pleno império das trevas que Cristo salva o perdido!

domingo, 15 de janeiro de 2012

OS DIREITOS SOBERANOS


“Como está escrito: Amei Jacó, porém me aborreci de Esaú” Romanos 9:13.
    Estas palavras ditas pelo apóstolo, sem dúvida alguma, têm sido motivos do “ranger de dentes” de muitos que odeiam a doutrina que exalta os direitos Soberanos do Altíssimo. Eles cercaram Romanos 9 com suas muralhas de opinião pressuposta e puseram um portão com uma placa escrita: “É proibido entrar; perigo de morte”. Como se o assunto a respeito da Soberania absoluta de Deus na redenção do pecador fosse uma rede de alta tensão. De minha parte, sinto-me tão rejubilante quando meus olhos contemplam as jóias preciosas dos atos extraordinários de Deus em favor do Seu povo no mundo inteiro. Nas palavras inspiradas acima vemos os direitos do Soberano Senhor de amar quem Ele quer amar e odiar quem Ele quer odiar. O Deus da Revelação escrita não tem o perfil do deus projetado pela mente natural. O homem natural quer um deus que lisonjeie suas atividades religiosas e que garanta uma paz com seus pecados aqui sem, contudo perder de vista sua possibilidade de entrar no reino celestial um dia.
        “Amei Jacó”. Eis aí a exibição do amor misericordioso do Senhor por pecadores culpados. Seu amor é eterno: “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias 31:3); é um amor Santo porque Deus é Santo, contrastando com esse amor tão badalado e tão sentimental que o mundo apresenta. Ele amou Jacó porque quis amar. Nada havia em Jacó que O motivasse a amá-lo a não ser a escolha feita em Cristo antes da fundação do mundo, porquanto Ele amou os Seus em Cristo (João 17:23). Seu amor por Jacó fez com que Ele cercasse e atraísse o objeto amado para si, salvando aquele homem e fazendo dele Seu instrumento de sua graça disciplinadora enquanto aqui viveu.
        “... Porém me aborreci de Esaú”. O ódio de Deus é tão santo e tão eterno quanto o amor de Deus. Ele é glorificado tanto em odiar quanto é glorificado em amar. Por que essa fúria contra esta declaração a respeito dos direitos absolutos de Deus? Jacó era tão pecaminoso quanto Esaú. Não há diferença porquanto ambos vieram da mesma massa (Romanos 9:21). Esaú, entregue a si mesmo, seguiu o seu curso normal de vida. Era um materialista e tudo o que queria era a bênção de seu pai Isaque, bênção tal que pudesse fazer dele um homem próspero. Desprezou as coisas espirituais por causa do seu zelo em buscar provisão material, e o resultado foi que conseguiu aquilo que tanto o coração natural anseia ter: “... A Esaú dei em possessão as montanhas de Seir...” (Josué 24:4).
        Amigo leitor, através desses dois personagens bíblicos, o Espírito Santo está mostrando o que significa a salvação apresentada nas Sagradas Letras. Em salvar pecadores Deus está exibindo Sua esplêndida Misericórdia, e em odiar pecadores está exibindo Sua gloriosa Justiça punitiva contra o pecado. Afinal, quem somos nós? Pecadores culpados, dignos do castigo eterno! A Justiça Santa de Deus ordena nossa completa condenação; a Sua Santa Lei grita em alto som sobre o Monte Sinai que somos malditos; e toda criação, no céu e na terra serve de testemunha ocular do castigo que nossos atos merecem.
A doutrina da Soberana misericórdia aparece com tanta relevância em toda Escritura para nos humilhar mostrando nossa triste condição onde o pecado nos deixou, fora do paraíso, longe do bondoso Deus. Mas eis a gloriosa notícia que o Senhor veio buscar e salvar o perdido (Lucas 19:10). O Deus de toda Misericórdia tem prazer em encontrar contritos e humilhados para salvá-los com salvação eterna.

sábado, 14 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (20)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
    O CAMINHO DO HOMEM FELIZ
    Caro leitor prossigamos no conhecimento desse Deus que se revela como nosso Sumo instrutor, Ensinador e Guia, conforme o que o Espírito nos mostra no verso 8. Com que amor somos chamados para perto daquele que aprouve salvar Seu povo! Que maravilhoso carinho e ternura Ele demonstra em Seus cuidados por cada uma de Suas ovelhas! Que linguagem simples e acessível aos ouvidos daqueles que foram chamados pelo evangelho! Aquele que nos amou com amor eterno, jamais nos abandonará (Hebreus 13:5).
    O que nosso Senhor quer dizer quando Ele afirma ser nosso instrutor: “Instruir-te-ei...”? No comentário anterior (19) mostrei que todos os verdadeiros crentes são discípulos, que fomos chamados para aprender Dele. Aprendamos com nosso Mestre que o caminho da felicidade consiste em tomar as lições da Palavra de Deus e aplicá-las no viver. Foi sempre assim que Deus lidou com Seu povo. Aprendemos isso na história de Israel, como Ele cercou a nação com Suas instruções, e como essas instruções voltavam contra todos os desejos carnais, militavam contra todas as pretensões mundanas de felicidade. As instruções divinas diziam que a felicidade consistia em andar para cima, segundo a liderança de Deus. Porém, a natureza rebelde e contenciosa dizia que a felicidade consistia em descer, voltando na direção contrária da vontade de Deus.
    Caro leitor, a carnalidade sempre estará querendo controlar e declarar que Deus está errado. A mensagem evangélica tão promulgada em nossos dias é uma manifestação da rebelião humana contra o caminho santo, seguro e precioso da felicidade apresentado pela Palavra de Deus. Em Sua amorosa e fiel Deus declarou ao Seu povo: “...ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná, que nem tu nem teus pais conhecíeis; para te dar a entender que o homem não vive só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor, disso vive o homem” (Deuteronômio 8:3). O Santo de Israel está mostrando ao Seu povo que a felicidade do homem consiste em andar pelo caminho certo, com humildade, dependência Dele e deliciando-se de Sua Palavra. Para um coração rebelde essas palavras do Senhor significam crueldade e indiferença às necessidades das pessoas.
    Mas a fé transita seguindo as instruções da Palavra. A fé respira a atmosfera celestial e enquanto caminha por este vale procura encher seus pulmões espirituais desse oxigênio santo proveniente da verdade revelada. A fé sabe bem que nossa música, família, herança e glória eterna não são achadas nesse Egito mundano e passageiro. Por isso a fé segue pelo caminho certo da obediência, conforme as instruções recebidas. E mesmo numa atmosfera de aparente felicidade, sabe bem que tudo aqui passa; que o Senhor que dá é o mesmo que soberanamente toma.
    Caro leitor, tem algo melhor para nós do que aprender as santas instruções dadas pelo nosso Sumo professor? Quanta loucura correr com as multidões em busca dessa prosperidade proposta pelo pai da mentira! Para o mundo felicidade é ter mais daqui; é acumular herança nesse vale da sombra da morte! Mas, quem vai à frente da ruidosa multidão é o príncipe deste mundo! Quais são as instruções dadas pelo Senhor ao Seu povo? Será que segue as normas mundanas? Jamais! Ele mesmo afirma: “No mundo tereis aflições...” (João 16:33). É loucura ignorar isso! É suicídio dar as costas à verdade revelada!
    Caro leitor, se você não é salvo, abrace a mensagem da cruz! Fuja deste mundo enganador e contemple aquele que suportou toda oposição mundana e diabólica, a fim de tirar pecadores desse perigoso caminho rumo à perdição, pelo qual milhares trilham! Corra agora até aquele que pode apagar seus pecados e guiar você rumo ao céu!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (19)



Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
         O CAMINHO DO HOMEM FELIZ
         Caro leitor, esses dois versos vêm nos mostrar as nossas tremendas responsabilidades no andar com Deus neste mundo, se é que almejamos experimentar a verdadeira felicidade no viver. Estamos acostumados com as proposições mundanas, porque elas oferecem mais facilidades. Veja a concepção de felicidade para o mundano, não há aprendizado, não há submissão. O ímpio quer receber tochas acesas das bênçãos materiais, a fim de correr pelas vias das paixões e dos prazeres. O ímpio quer estar acima do seu próximo; quer sentir-se como um deus, tendo tudo aos seus pés. Noutras palavras, o ímpio quer “ganhar o mundo inteiro”.
         Mas as palavras dos versos 8 e 9 são dirigidas aos crentes e elas vêm diretamente da boca do Senhor. No verso 8 somos chamados à profunda humilhação e dependência de Deus, porquanto Ele mostra que, mesmo sendo salvos da penalidade, precisamos da liderança Dele no viver; que temos um caminho do dever e que, se estivermos a agir conforme o que é demonstrado no verso 9, sofreremos terríveis conseqüências. No verso 8 nosso Senhor se apresenta como nosso instrutor: “Instruir-te-ei”; nosso Senhor: “te ensinarei” e nosso conselheiro: “...e sob as minhas vistas te darei conselhos”. Então, caro leitor, no caminho da verdadeira felicidade precisamos de instrução, ensino e orientação, e o próprio Senhor se apresenta para realizar essa gloriosa obra na vida do Seu povo. Que preciosa dádiva da graça! Tem alguém melhor do que o Senhor para fazer isso? Não foi Ele que conheceu o caminho pelo qual andamos? Não foi Ele mesmo que tomou nossa humanidade e aprendeu com humilhação o que significa obediência? Não foi Ele mesmo que nos tomou para Si, a fim de nos guiar neste mundo e transportar todas as Suas ovelhas para o lar celestial?
         Com quem o Senhor está falando? Com os salvos! Com aqueles que Ele mesmo aprouve salvar e chamar para Si! Consideremos agora um pouco o que a Palavra de Deus diz a respeito daqueles que são chamados de crentes, salvos pela graça. Digo e afirmo que todos eles são discípulos do Senhor. Não vejo na Palavra de Deus duas categorias de crentes, conforme tanto ouvimos em nossos dias. Pregam hoje que têm os salvos e os discípulos. Mas nosso Senhor só tem discípulos, por isso todos os que foram salvos são discípulos. Não existe a classe dos elitizados no meio do povo de Deus, porquanto todos foram justificados com a mesma justiça e receberam o mesmo Espírito; todos são tratados com igualdade, com disciplina debaixo do teto do amor eterno.
         Tomo agora alguns versos para provar meus argumentos. O primeiro são as palavras que saíram da boca de Moisés em sua despedida de Israel: “Na verdade, amas os povos; todos os teus santos estão na tua mão; eles se colocam a teus pés e aprendem das tuas palavras” (Deuteronômio 33:3). Nota-se que Moisés profeticamente faz referência aos planos de Deus em relação aos convertidos do mundo inteiro. Observemos o convite do Senhor Jesus aos cansados e oprimidos: “...aprendei de mim...” (Mateus 11:29). Outro verso que considero esclarecedor está em João 6:45, onde Cristo toma um verso profético de Isaías a respeito do alcance do evangelho em todas as nações: “...e serão todos ensinados por Deus...”.
         Então, caro leitor tomo o verso 8 do Salmo 32 para mostrar aos crentes que o caminho da felicidade é diametralmente oposto ao caminho apresentado pelo mundo. O Senhor nos chama afirma que será nosso Instrutor, Ensinador e Guia; que o caminho até o céu é perigoso; que os inimigos chegam disfarçados; que há armadilhas perigosas ao longo da estrada; que fomos chamados a percorrer um caminho pelo qual poucos andam e que nossa felicidade é conquistada a cada passo, até chegarmos à perfeição!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A VERDADEIRA FELICIDADE (18)



Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, os quais com freios e cabrestos são dominados; de outra sorte não te obedecem” (Salmo 32:8,9)
O CAMINHO DA FELICIDADE
         Caro leitor, a felicidade verdadeira consiste em ter o temor do Senhor no coração. Pudemos ver essa verdade nos versos anteriores. A estrutura de uma vida feliz começa na cruz; tem inicio quando o homem é reconciliado com Deus, perdoado e justificado. Ele é chamado agora de bem-aventurado. A felicidade verdadeira consiste em estar em paz com Deus mediante o sangue remidor (Romanos 5:1) e livre da condenação eterna. Só posso ser feliz quando o Deus verdadeiro torna-Se o meu Deus; quando estou certo disso porquanto tal verdade foi gravado no meu coração e não há nenhum engano no meu íntimo: “...em cujo espírito não há dolo” (verso 1).
         Vimos também que é o pecado a causa de toda desgraça. Satanás espertamente tenta fazer com que os homens vejam que seus problemas estão do lado de fora deles, enquanto a bíblia afirma que o problema está do lado de dentro: “Enquanto calei os meus pecados...”. O pecado encoberto no íntimo é letal para o homem; é a causa de toda desgraça dentro e fora dele: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará...” (Provérbios 28:13). Somente a sincera confissão perante o Senhor Jesus é que faz a alma libertada e livre para andar com Deus e viver a vida piedosamente na dependência e na alegria do Senhor (versos 6 e 7).
         Agora entramos numa nova sessão que nos fornecerá lições preciosíssimas. Tenho mostrado aos meus leitores que felicidade consiste em andar com Deus. Quando um homem é salvo seus olhos são abertos para vislumbrar as maravilhas de um Deus de amor e de misericórdia; um Deus que Se tornou homem, a fim de salvar os perdidos e guiá-los pelo caminho da santidade, da justiça e do amor, até a entrada na Nova Jerusalém. A vida cristã não é um viver solto e entregue a si mesmo. O caminho do justo é conhecido pelo Senhor (Salmo 1:6) e Ele mesmo é o pastor das Suas ovelhas (Salmo 23:1). É exatamente essa verdade que vemos no Salmo 32, versos 8 e 9. Caro leitor, a nossa natureza é inclinada a correr na direção contrária. Na busca pela felicidade carnal e mundana avançamos na direção dos perigos, corremos para o acampamento inimigo.
         Mas, eis que o Senhor aparece e com Seu amor e misericórdia diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob as minhas vistas te darei conselhos”. São palavras preciosas para um coração que teme ao Senhor e que deseja andar em Seus caminhos. Caro leitor, perante a visão da fé vemos um Deus que comunica Seus amorosos e graciosos cuidados pelas Suas ovelhas. Aquele que entregou Seu próprio Filho por amor do Seu povo eleito, certamente tem o melhor viver aqui para Seus santos; certamente há de mostrar que a felicidade consiste em ter Sua liderança de amor e de sabedoria. Que verdade preciosa! O Deus de amor pronto a nos servir com Seu paternal cuidado!
         A primeira lição que aparece é que Ele não pede permissão para liderar nossas vidas. Ele não pergunta se eu quero ou deixo de querer. Ele sabe bem que nossa natureza é vil e inclinada à loucura. Cada crente é filho, nascido Dele, participante agora da família Dele. Todos os crentes agora fazem parte da agenda disciplinadora do Senhor (Hebreus 12:7), por isso Ele declara: “Instruir-te-ei... ensinarei... te darei conselhos”.
         Se desejo ser feliz, certamente precisarei dessa liderança de amor do Senhor em meu viver diariamente. Quão perigosa é a busca pela felicidade carnal! Quando homens e mulheres querem a felicidade mundana, satanás espertamente chega e apresenta seu belo mundo, cheio de tudo aquilo que tanto atrai a carne e os olhos! Milhares na busca pela felicidade são jogados diariamente no abismo de terror!