sexta-feira, 31 de maio de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (8) “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22). O LUGAR DA VERDADEIRA MENSAGEM: “Porque quem esteve no conselho do Senhor...” A pregação da verdade requer o conhecimento dos planos eternos de Deus, conforme nos mostram as Escrituras. Não há maior perigo do que quando os homens buscam soluções extras bíblicas, como sonhos, visão e outras revelações. Quem é chamado por Deus para a pregação da preciosidade do evangelho deve estar munido da autoridade bíblica, casco contrário terá que enfrentar o horror da ira de Deus. Deus não brinca com Sua Palavra; ela é mantida por Ele pura, santa e cheia de glória e assim a fará para sempre. Os chamados à pregação são homens que conheceram a Palavra da verdade quando foram salvos; são homens que amam a Palavra, vivem dela e tem prazer em conhecê-la ainda mais. Posso assegurar que a mensagem que o pregador da verdade traz ela vem da realidade da Palavra, conforme vemos no próprio texto: “...viu e ouviu...”. Ela é mais do que conhecimento intelectual; é mais do que um diploma de um seminário ou instituto, é algo que foi cravado no coração. Foi isso o que João disse acerca do Filho de Deus: “...o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos tocaram da palavra da vida” (1 João 1:2). Foi exatamente isso o que disse os apóstolos para os líderes religiosos em Jerusalém: “Como podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos”. Eis aí os emissários celestiais. Para pregar a mensagem santa, homens chamados devem subir às alturas da comunhão na verdade e então descer trazendo consigo essas verdades que mudaram e transtornaram suas próprias vidas. Reitero isso porque, quando a apostasia reina neste mundo, é nesse ambiente que elementos correm para dizer a todos: “O Senhor me disse; Deus me revelou; tive uma visão ou mesmo um sonho”. O mundo hoje está cheio disso e nem podemos imaginar o quanto essas coisas trazem à lume um espetáculo de mentiras e destruição. Os falsos mestres trazem consigo maiores perversidades, porque elementos gananciosos, adúlteros e aproveitadores são espantosamente vistos como se fossem homens de Deus e até mesmo mulheres correm, sentindo autoridade de falar o que Deus nunca mandou que elas falassem. A mensagem vem do lugar misterioso, vem de estar “...no conselho do Senhor...”. Deus não entrega Sua mensagem a quem jamais Ele chamou. Verdadeiros crentes sabem disso e muitos santos de Deus nem sequer se atrevem a encarar a pregação, porque não foram chamados para esse serviço. Verdadeiros crentes em Cristo sentem a satisfação de servir ao Senhor em sua igreja, alguns como diáconos, professores na Escola bíblica, ou em qualquer atividade onde se sentem a liberdade em servir. Muitos crentes são assistentes nos cultos e nem parece que têm qualquer participação, mas são homens e mulheres, cujos serviços não são vistos, mas eles secretamente oram pelo pastor, por missões, pelo bem da pregação e tantas outras coisas. O falso mestre, por outro lado se sente muito espiritual, cheio de conhecimento adequado para fazer o que acha que pode. A autoridade vem dele mesmo e não de Deus, e não demora em que suas mentiras encobertas sejam reveladas. O orgulho do falso mestre é repasso para os que o seguem. Ele não é um servo daquele que veio ao mundo para servir. O falso mestre tem interesse em si mesmo, na sua ostentação, seus lucros e em sua posição, de onde logo irá fatalmente cair.





“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
O LUGAR DA VERDADEIRA MENSAGEM: “Porque quem esteve no conselho do Senhor...”
        A pregação da verdade requer o conhecimento dos planos eternos de Deus, conforme nos mostram as Escrituras. Não há maior perigo do que quando os homens buscam soluções extras bíblicas, como sonhos, visão e outras revelações. Quem é chamado por Deus para a pregação da preciosidade do evangelho deve estar munido da autoridade bíblica, casco contrário terá que enfrentar o horror da ira de Deus. Deus não brinca com Sua Palavra; ela é mantida por Ele pura, santa e cheia de glória e assim a fará para sempre. Os chamados à pregação são homens que conheceram a Palavra da verdade quando foram salvos; são homens que amam a Palavra, vivem dela e tem prazer em conhecê-la ainda mais.
        Posso assegurar que a mensagem que o pregador da verdade traz ela vem da realidade da Palavra, conforme vemos no próprio texto: “...viu e ouviu...”. Ela é mais do que conhecimento intelectual; é mais do que um diploma de um seminário ou instituto, é algo que foi cravado no coração. Foi isso o que João disse acerca do Filho de Deus: “...o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado e as nossas mãos tocaram da palavra da vida” (1 João 1:2). Foi exatamente isso o que disse os apóstolos para os líderes religiosos em Jerusalém: “Como podemos deixar de falar daquilo que vimos e ouvimos”. Eis aí os emissários celestiais. Para pregar a mensagem santa, homens chamados devem subir às alturas da comunhão na verdade e então descer trazendo consigo essas verdades que mudaram e transtornaram suas próprias vidas.
        Reitero isso porque, quando a apostasia reina neste mundo, é nesse ambiente que elementos correm para dizer a todos: “O Senhor me disse; Deus me revelou; tive uma visão ou mesmo um sonho”. O mundo hoje está cheio disso e nem podemos imaginar o quanto essas coisas trazem à lume um espetáculo de mentiras e destruição. Os falsos mestres trazem consigo maiores perversidades, porque elementos gananciosos, adúlteros e aproveitadores são espantosamente vistos como se fossem homens de Deus e até mesmo mulheres correm, sentindo autoridade de falar o que Deus nunca mandou que elas falassem. A mensagem vem do lugar misterioso, vem de estar “...no conselho do Senhor...”. Deus não entrega Sua mensagem a quem jamais Ele chamou.
        Verdadeiros crentes sabem disso e muitos santos de Deus nem sequer se atrevem a encarar a pregação, porque não foram chamados para esse serviço. Verdadeiros crentes em Cristo sentem a satisfação de servir ao Senhor em sua igreja, alguns como diáconos, professores na Escola bíblica, ou em qualquer atividade onde se sentem a liberdade em servir. Muitos crentes são assistentes nos cultos e nem parece que têm qualquer participação, mas são homens e mulheres, cujos serviços não são vistos, mas eles secretamente oram pelo pastor, por missões, pelo bem da pregação e tantas outras coisas.
        O falso mestre, por outro lado se sente muito espiritual, cheio de conhecimento adequado para fazer o que acha que pode. A autoridade vem dele mesmo e não de Deus, e não demora em que suas mentiras encobertas sejam reveladas. O orgulho do falso mestre é repasso para os que o seguem. Ele não é um servo daquele que veio ao mundo para servir. O falso mestre tem interesse em si mesmo, na sua ostentação, seus lucros e em sua posição, de onde logo irá fatalmente cair.

O CLAMOR DOS ELEITOS (5)


                      
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
       Quando os eleitos clamam é porque eles veem a si mesmos sem a justiça perfeita de Deus. A balança daqui não tem validade para eles; eles podem ser pessoas boas, honestas, trabalhadoras e até mesmo admiradas no mundo; podem até mesmo ser pessoas religiosas, educadas, cultas, etc. Mas nada disso terá qualquer valor quando elas se veem perante a perfeição da justiça divina. O mundo avalia tudo pelo sistema de justiça humana, mas tal justiça se ergue num movimento de perseguição quando está diante da justiça de Cristo. Quando condenaram Barrabás, o mundo estava mostrando sua justiça, mas ao deparar com o Justo Filho de Deus, rapidamente livraram um criminoso e incriminaram um inocente.
       O mundo age assim, mas quando os eleitos são despertados, eles logo percebem que o problema deles está no coração e não por fora; o problema deles é visto por Deus e não por vizinho, amigos, parentes ou religiosos. O mundo premia o melhor que o mundo pode produzir, mas há de atacar aquilo que Deus exibe através dos salvos. Os salvos não atacam a justiça do mundo, eles simplesmente a ignoram, porque sabem que não tem qualquer valor perante os olhos de Deus. O melhor daqui está sob total fracasso e é envenenado pelo pecado. O mundo não consegue segurar o que acha ser melhor. A corrupção aparece para destruir tudo, porque o fundamento é errado e não pode suportar as pressões que surgem.
       Os eleitos também percebem que a ausência de justiça há de produzir falta de paz no íntimo. A equação é esta: Falta de justiça é igual falta de paz. Não há como edificar a vida nesse ambiente de guerra no coração. Sem a paz que vem numa alma reconciliada com Deus, ali há ausência de “chuvas de bênçãos”. Um homem sem paz tem sua alma ressequida, devido a ausência de fruto ali. Um homem que ainda não foi justificado está em constante tiroteio contra Deus, porque ele luta para tentar inutilmente implantar sua vida aqui num clima infernal, num ambiente sem um alicerce sólido. Ele está como que, querendo dizer que pode fazer tudo aqui sem Deus; que pode prevalecer, cuidar da família, viver bem, ter alegria, ser feliz, tudo isso sem a liderança de Deus e de Sua Palavra no viver.
       No caso dos eleitos, eles percebem essas coisas no íntimo, por isso dar-se o início ao clamor em seus corações; por isso eles sentem a infelicidade no íntimo; por isso nada mais satisfaz seus pobres corações; por isso eles contemplam a si mesmos como sendo pessoas que foram pesadas na perfeita balança divina, e foram achadas em falta. Eles não estão buscando paz consigo mesmo; não estão interessados naquilo que o mundo pensa. Eles querem achar a paz com Deus. Eles se veem culpados, merecedores do castigo eterno; eles se veem incapazes de pagar o terrível débito, por isso se humilham, como que clamando: “Quem me poderá salvar?”; “Quem pode tirar minhas culpas e perdoar meus terríveis débitos?”
       Ora, nós sabemos sim, que quando devemos a alguém, seremos considerados devedores, até que paguemos. A dívida dos eleitos eles sabem bem que não é mera dívida, como temos aqui quando devemos aos homens. A dívida dos eleitos é contra Deus. Eles percebem que tal dívida é tanta, que não tem como pagá-la. Se forem atirados à prisão eterna a sentença deles será eterna. Essas verdades vêm aos corações daquelas almas que neste mundo são despertadas por Deus, a fim de achar a salvação que há somente no Justo Filho de Deus.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (4)



“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        Examinemos de perto o texto de Isaías, a fim de sabermos o que realmente significa o clamor dos eleitos. Se não houver uma chamada irresistível da parte de Deus, é impossível para que os homens no pecado queiram a salvação. A atitude dos eleitos é algo maravilhoso realizado pela graça; são homens e mulheres despertados do estado de morte e vendo que a situação deles é grave. Quero enfatizar o estado pecaminoso do homem, a fim de mostrar as maravilhas que acontecem naqueles que pela graça são despertados.
        A tortuosidade é vista na alma: Quando a alma é torta, a maneira de viver será torta. Não esperamos que uma religião há de mudar o homem. Pode aparecer uma mudança na aparência, em alguns costumes, etc. mas não no coração. A hostilidade do homem é contra Deus, e não contra uma religião. Saulo se sentia bem entre os fariseus e foi longe em tudo o que um homem pode religiosamente fazer. Mas seus esforços foram vistos como pleno fracasso após sua conversão. Nicodemos podia ser um mestre em Israel, mas não passava de ignorante no tocante às realidades eternas. Não há poder aqui que consiga endireitar uma alma torta em relação a Deus. Os bons costumes aqui podem ser uteis para o mundo, mas em nada servem para serem aceitos por Deus.
        Os homens manifestam a tortuosidade da alma por fora, numa atitude de soberba e em plena disposição de guerra contra Deus. O texto de Habacuque deixa isso claro: “Eis o soberbo...”. O ódio de alguém contra Deus é mostrado na atitude mais terrível em relação a Deus – na soberba. A soberba é a atitude de andar sem Deus aqui; é o homem declarando que não precisa do Senhor, da Sua palavra, de Sua liderança e pastoreio. A soberba é o homem mostrando ser um leão em suas atitude; achando no íntimo que há de andar em seus pecados, sem nada temer.
        Notemos bem que no caso dos eleitos, eles percebem logo o engano do pecado no íntimo; que a situação deles é miseravelmente digna de dó, por isso clamam por um livramento. Notamos isso no caso dos dois ladrões. Um deles sentia os horrores da crucificação, via o Salvador presente ali, mas permaneceu no mesmo estado que estava quando sentia liberdade para roubar. O outro – um eleito – quando percebeu pela graça que o Salvador estava ali presente, pode então clamar pela sua salvação e entrada no reino.
        Sabemos também, que os homens vivem tentando se justificar. A maior luta do evangelho bendito é despir o homem de toda justiça própria. No pecado os homens não percebem que toda sua justiça é vista por Deus com trapo de imundície. Para eles suas obras são cheias de perfumes e dos encantos fabricados pela religião da carne. Mas não é o caso dos eleitos, porque estes estão dizendo no íntimo: “...a justiça não nos alcança”. Quando Deus faz a cirurgia da graça, abrindo os olhos dos pecadores, a reação deles é imediata, porque desconhecem que nada têm, que nada podem fazer para Deus, que são culpados e indignos perante o Deus santo.
        Que o Senhor em Sua compaixão venha em Sua graça derramar favores maravilhosos a esta geração tão arrogante e corrompida. A nova era que não passa de ser plano destruidor de satanás tem fomentado ainda mais a soberba do homem. Nossa geração precisa conhecer o Deus da Bíblia, a glória Dele, quem é o Salvador enviado do céu. Que novos pregadores sejam erguidos, a fim de falar das grandezas dessa tão grande salvação enviada aos pecadores no mundo inteiro.

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (7)


                      
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
O LUGAR DA VERDADEIRA MENSAGEM: “Porque quem esteve no conselho do Senhor...”
        Voltemos ao texto, porque vemos como Deus mostra Seu lugar de glória – o conselho do Senhor? “...quem esteve no conselho do Senhor...?”. Devemos considerar profundamente essas palavras ditas pelo nosso Deus. De onde os falsos mestres tiram suas mensagens? Visto que são mentiras, então é certo que não vem do recinto santo. O pai da mentira é satanás, sendo assim é óbvio que as mensagens deles serão extraídas dele mesmo. Os homens no pecado estão nas mãos de satanás e ele os usa conforme ele precisa. A força do pecado que opera no anjo perverso é a mesma força que opera no ser humano não salvo. É perceptível isso na vida de Elimas, o mágico (Atos 13). Quando Paulo começou falar com o procônsul, ele entra em ação para desviar aquele homem da verdade. Foi preciso uma enérgica intervenção de Paulo, a fim de afastar com juízo aquele elemento.
        Outro detalhe importante é que o falso mestre traz consigo elementos parecidos com a verdade. Os magos de Faraó tentaram fazer os mesmos milagres que Arão e Moisés faziam, mas logo eles viram que em tudo eram superados. O que parece ser verdade vinda dos falsos mestres, não pode suportar a impetuosa força da verdade proveniente da boca de Deus. As mentiras, mesmo parecidas com a verdade não têm alicerce sólido; é uma casa que facilmente tomba. Notemos que os que são persuadidos pelas mentiras dos falsos mestres, eles vão precisar de algo a mais para se manterem de pé. Precisa haver elementos de fermento; precisa de festa, sensacionalismo, músicas, emoções, sonhos, visões, além das espertezas dos falsos mestres. Eles têm que trabalhar muito para descobrir novos meios para manter seus fieis entretidos, por isso, não raro vemos invenções bizarras produzidas pelos falsos mestres, como usar o sopro para fazer as pessoas caírem; até mesmo risos e meios supersticiosos são usados, no afã de manter seus fieis em torno deles. O falso mestre usa bem sua personalidade, seu poder de liderar e assim faz com que o povo o siga facilmente.
        É claro que não toquei em tudo o que podemos esperar de um falso mestre. Quero que vejamos o fato que o mensageiro de Deus é chamado para estar presente no “conselho do Senhor”. O que é isso? Como é que meros homens podem conhecer os mistérios de Deus? Vamos seguir a ordem. Primeiramente, deve ser ele um homem crente, santificado na salvação em Cristo. Deve ser uma pessoa que um dia soube o que significa a misericórdia de Deus em Sua vida; como o Senhor o achou e o livrou do pecado, da condenação e o tornou livre da condenação e herdeiro do céu. Sem essa verdade firmada no coração, não há como fazer uma pessoa capaz de  pregar o evangelho. Se tentar, não passará de um cego tentando guiar os cegos. Conheci pessoas que saíram afoitas para o ministério, mas logo ficou claro que elas nem sequer foram salvas de suas vidas impuras no pecado.
        Pessoas assim só causam mais escândalos do que proveito, porque será mais falsos mestres saindo pelo mundo afora para pregar o que Deus não mandou. Também, nem todos os crentes são chamados para a obra da pregação. Saula e Barnabé estavam na igreja de Antioquia e foi ali que o Espírito Santo disse: “Separai-me Saulo e Barnabé para a obra que eu os tenho chamado”. É essa a forma como Deus lida com aqueles que Ele quer usar no glorioso e sério ministério da pregação da mensagem que veio do Seu santo conselho.

terça-feira, 28 de maio de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (3)



“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        Estou me esforçando em mostrar nessa incrível revelação de Deus o quanto os eleitos são mostrados por Deus em sua condição miserável. Deus tem em mira alcançar os pecadores - Seu povo eleito - e eles são vistos na visão de Deus dessa forma, conforme descreve o Espírito Santo em Isaías 59. Veremos agora o quanto eles clamam pela condição de pobreza espiritual. É bom destacar essa verdade, porque em toda Escritura vemos Deus mostrando a condição do homem sempre no coração e não na aparência, conforme o mundo gosta e aprecia. No texto acima não vemos os pecadores gritando e invocando a Deus por causa de bens mundanos, de comida, roupa e outras coisas. Eles estão afirmando que há ausência de juízo e de justiça.
        O que é o pecado? É injustiça! Todo e qualquer ato pecaminoso é a clara manifestação de injustiça contra Deus e contra o próximo. Tudo o que se volta contra Deus, Sua santidade e Sua glória, fatalmente acarretará em prejuízo ao próximo. É impossível desonrar a Deus, sem desonrar os seres humanos que estão ao nosso derredor. Então, é necessário que olhemos os homens do ponto de vista de Deus e não do nosso ponto de vista. É necessário que esse véu da aparência seja rasgado, para que, pela fé vejamos como Deus encara o homem. Tomemos por exemplo o conhecido texto de Habacuque 2:4: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. É um texto conhecido porque sempre o menciono aqui em minhas mensagens. Notemos bem como Deus vê o homem. Ele o vê na alma: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Os homens no pecado são mostrados na alma, como Deus colocou Seu prumo e viu-a como torta: “...sua alma não é reta...”.
        O que é que falta no homem? Falta comida, casa, roupa, saúde, dinheiro e outras coisas tão buscadas aqui? Claro que não! Essas coisas são vistas do nosso ponto de vista humano e terreno. Mas quando considerarmos o que Deus fala, logo veremos como a visão de Deus toca exatamente naquilo que é eterno – na alma. Ora, os homens jamais verão sua condição conforme Deus a mostra. Eles seguirão até à morte, seguindo as esperanças de um mundo melhor aqui, e mesmo que a morte chegue, ele ainda espera que haverá um descanso melhor para si. Mas os eleitos não veem as coisas dessa maneira. Os eleitos são almas descobertas por Deus; são pessoas que sentem sua miséria no coração; a luz do céu entrou no coração e está movendo suas vidas numa terrível falta de paz; eles veem a realidade da vida, como Deus mostra; a luz que brilha em torno dele é a luz que emana da compaixão de Deus.
        Outro detalhe na vida dos eleitos é que eles não veem nenhum socorro aqui; para eles não há esperança neste mundo. Os eleitos estão realmente perdidos; para eles a luz do mundo não serve; o serviço terreno não tem qualquer valia; as respostas daqui são atiradas ao desprezo. Eles não buscam solução na comida, na festa, na religião, na convivência, no conforto mundano, etc. O mundo luta por essas coisas; todo esforço deste mundo visa o conforto terreno e do corpo. Mas os eleitos querem Deus! Eles buscam um socorro que não é achado aqui. Eles realmente sentem a verdadeira miséria.
        Pode bem ser que haja almas nessa condição; que haja pecadores nessa incessante busca por coisas eternas. É sinal que a porta da misericórdia está aberta; que os olhos do Senhor e Salvador está chamando pecadores ao arrependimento e que Sua graça está vivificando pecadores, a fim de trazê-las à salvação eterna. “No céu, na terra, que maravilha! Está operando o poder do Senhor!”     


A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (6)



“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
        Nota-se que a mensagem do falso mestre não envolve a misericórdia de Deus. Sendo assim, ela é destituída de  justiça, juízo e do verdadeiro amor. A mensagem do falso mestre é assim; ela será meio termo; espertamente ele mostrará Deus, mas de uma forma agradável à carne. O falso mestre tem em suas mãos os laços, com os quais ele há de pegar os incautos e ignorantes. Espertamente eles utilizam a psicologia, porque o alvo é ter jogo de cintura com as multidões. O que ele faz? Simplesmente ele oferece paz, mas a paz conforme o homem quer. Era essa a predominante mensagem dos falsos profetas no Antigo Testamento. Eles sempre diziam: “paz, paz”, quando de fato não havia paz. Todo objetivo da mentira é camuflar o perigo do coração; é tapar a boca do poço da perdição; é dar um calmante aos pecadores, a fim de fazê-los sentir bem com Deus.
        Sendo assim, a mensagem do falso mestre será uma mensagem sem a glória do juízo de Deus. Ele jamais tocará nesse assunto, a não ser de forma bem superficial. O objetivo do falso mestre é, por assim dizer, tapar a boca de Deus e anular os terrores que vêm Dele. O falso mestre não tocará no assunto do homem, em sua culpa, miséria e condenação merecida. O próprio povo pagará a ele, a fim de que não fale sobre esse assunto. É comum ver os falsos mestres enfeitando o ambiente de “amor”, vaidade e de festas. Os falsos mestres conseguem erguer uma divindade diferente no ambiente; eles enfeitam tudo com bons versos bíblicos e tapa todas as brechas, a fim de que nenhuma luz dos ensinos da ira de Deus venha entrar. Os falsos mestres conseguem encher os lábios de belas palavras “cristãs”; de bons sentimentos de “adoração” e conseguem cultivar um fervor carnal que vem parecido com algo espiritual.
        Nota-se que os falsos mestres conseguem fazer com os homens no íntimo venham a sentir certa comoção social. Eles, religiosamente falando veem as desgraças aqui de forma diferente da visão de Deus. Enfeitados por uma visão errada do pecado, eles acreditarão que o problema dos homens está na condição miserável aqui; verão que o problema está nas drogas, na falta de comida, de roupa e de boa casa. A mensagem santa e pura mostra a desgraça do homem no coração e não na aparência. Eles são vistos no íntimo como inimigos de Deus, tanto na riqueza, quanto na pobreza. A mensagem do evangelho não olha os homens segundo a aparência e a condição social deles. A situação é a mesma, porque “...todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23).
        Então, é possível ver com clareza que na mensagem do falso mestre há ausência de arrependimento. Normalmente, os homens reagem bem ante a mensagem de um falso mestre. Nada há de chacoalho no viver miserável do homem desde sua queda. Os falsos mestres fabricam com sucesso a falsa conversão, porque sem o arrependimento os homens não conseguem ver sua condição em Adão e sua miserável jornada, desde sua queda. Nada haverá de: “Eu pequei, contra ti somente pequei!”. O arrependido, como que, entra numa “máquina do tempo” e volta ao seu passado, considerando todos os seus feitos, vê seu presente na santa dependência de Deus e segura firmemente nos cuidados de Deus para andar retamente até chegar ao céu!

sexta-feira, 24 de maio de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (5)

                            
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
         Quando a mensagem não vem de Deus, eis que logo é vista sendo uma mensagem carregada de fraude. É perceptível a mensagem proveniente do céu aos homens, pois está recheada de misericórdia; vemos o profeta de Deus falando do coração compassivo, de um Deus que se condoeu de suas criaturas perdidas; vemos de um Deus que convoca todos ao arrependimento, antes que venha o juízo; vemos um Deus que mostra Sua santidade e a culpa de todos perante Ele. Mas a mensagem do falso mestre é destituída desse enfoque que tanto permeia a mensagem bíblica. Eu usei a ilustração da mensagem de Hananias, comparando-a com a mensagem de Jeremias. A mensagem de Hananias está cheia de tendências humanista; nota-se que ele procura dizer aquilo que Deus  não falou, com o propósito puxar do céu uma bondade de Deus. Vemos sempre essa tendência de dizer que os homens não merecem; que os setenta anos de cativeiro é uma sentença cruel, que Deus não estava realmente querendo dizer o que Ele falou.
         Vamos trazer essas tendências dos falsos mestres para nossos dias. Suas mensagens sempre tendem a cortejar os homens, dizendo para eles que “Deus irá lhes abençoar”; estão sempre fazendo promessas de uma vida financeira melhor, de um futuro melhor, de saúde e prosperidade. A mensagem de Jeremias era a mesma mensagem, ela não mudou, mesmo diante das circunstâncias. Deus falou do cativeiro babilônico e esse cativeiro não iria alterar no tempo de setenta anos. O falso mestre tenta manipular as Escrituras; eles usam a bíblia, mas sempre tocando em textos que eles querem usar. Eles recuam ante as mensagens de juízo, pois têm medo de falar do inferno, da necessidade de humilhação e arrependimento. Os falsos mestres encobrem essas coisas, porque têm uma mensagem mais humanizada e harmonizada com aquilo que a multidão tanto anseia ouvir. Observemos bem que é a intensidade do juízo que faz brilhar a misericórdia; é a humilhação que faz o homem cair no lugar onde será visto pela doce ternura da compaixão de Deus.
         Também, percebemos na mensagem do falso mestre que ela é cheia de paz. Onde estiverem os falsos mestres, ali será ouvido constantemente o termo “paz”. Os homens querem tremular a bandeira da paz, enquanto os verdadeiros pregadores vem declarar o fato que Deus está  em guerra, conforme vemos no Salmo 5. Os falsos mestres espalham a inverdade de que Deus está abençoando a todos e que nada há de anormal com os homens. Eles querem sentir religiosamente bem; querem abraçar uns aos outros; querem dizer que realmente podem amar e quando os mais terríveis pecados aparecem, eis que eles logo abrandam todo ambiente, dizendo que Deus ama todo mundo e que determinados pecados são problemas que os homens enfrentam aqui e que Deus entende tudo isso.
         A mensagem do pregador enviado por Deus traz paz também, mas não é essa paz conforme pregam os falsos mestres. O pregador do evangelho declara o fato que Deus em nada é solidário com o pecado; que os homens receberão a devida punição e que precisam se arrepender, caso queiram experimentar a doce paz com Deus. A mensagem do Alto declara que é Deus quem reconcilia o homem com Ele, por meio de Jesus Cristo. Ora tudo isso vem numa mensagem do céu e precisamos saber distinguir entre o que é de Deus e o que não é

O CLAMOR DOS ELEITOS (2)


         
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA SUA CONDIÇÃO DE POBREZA ESPIRITUAL: “Pelo que a justiça está longe de nós, e a retidão não nos alcança”
        A verdade mais significativa a respeito desse povo eleito é que eles aparecem nas Escrituras, todos juntos, numa linguagem só, mesmo antes da conversão. É o que vemos neste impressionante cap. 59 de Isaías. Deus está mostrando a nós que é impossível haver pecadores arrependidos se não for pela eleição divina. Mas também o texto é de particular elucidação a respeito do que significa o arrependimento genuíno, visto somente em corações tocados pelo Espírito de Deus. Então, é meu serviço ajudar meus leitores no conhecimento dessa verdade. Notemos bem no texto que essa disposição dos eleitos é vista coletivamente. Todos eles confessam a mesma coisa e anelam a mesma salvação, e isso é visto nos pronomes possessivos “nossos” e pessoais “nós”. Notemos que em Isaías 53 os eleitos juntos confessam que a situação deles é a mesma e que a morte de Cristo foi para salvá-los. Sigamos agora os ensinos que aparecem perante nossos olhos nessa maravilhosa passagem.
         A primeira lição nos mostra a triste condição de injustiça interior: “...pela justiça e ela está longe de nós, e a retidão não nos alcança...”. Eis a situação dos perdidos, mostrada por Deus. Os eleitos de Deus, os que ainda não foram chamados pela graça da salvação estão nessa real condição. Cristo veio buscar os perdidos (Lucas 19:10) e Isaías 59 está apresentando esses perdidos. Os perdidos são diferentes ao contemplar a situação deles aqui. Eles veem a condição deles à luz da justiça perfeita de Deus; eles percebem que estão longe da justiça e que a justiça está longe deles. Tal verdade mostra a diferença com os outros, porque os homens erigidos pelo orgulho do pecado sempre estão vendo a eles mesmos carregados de justiça própria; eles sempre estão erigindo um altar religioso, em prol deles mesmos. Mas não é esse o caso dos eleitos de Deus, pois eles olham para si e encaram ao derredor e tudo é visto sem qualquer sinal de perfeita justiça. Por isso que eles são chamados de “perdidos”.
        Ora, o que é o pecado? É injustiça tanto horizontal como vertical. Pecado é não dar a Deus a glória devida somente a Ele e como resultado, não dará aos homens o tratamento conforme a justiça perfeita de Deus exige. O mundo vive de bondade, mas não de justiça, mas fora da justiça perfeita, eis que tudo aqui é manchado do pecado. Os eleitos percebem isso e não se contenta mais com o mundo; vê escuridão ao derredor e busca saída. É claro que essa condição só é vista pelos eleitos quando Deus lhes mostra. O alvo do pecado é manter Deus do lado de fora; o pecado cancela a visão da alma, enche a mente de escuridão e transtorna as emoções. Sem a justiça perfeita de Deus no homem, nada consegue funcionar direito e até mesmo os atos de aparente bondade, humanidade e fraternidade estão sujeitos à ruina, vergonha e decepção.
        O que quero dizer é que se a alma estiver torta, tudo por fora será tortuoso; tudo por fora se torna inconfiável; o mundo será sempre mutável em todos os aspectos, porque é impossível confiar no homem, enquanto ele estiver no pecado. O ambiente que parece realçar felicidade, logo é manchado com vergonha e dor; a felicidade é transformada em tristeza e decepção; a segurança é dissipada, dando lugar ao medo e angústia. Não há como estabelecer a vida onde não existe alicerce firme e seguro da justiça. E quando tudo parece indicar que há vitória no pecado, logo tudo é dissipado pela presença da verdade do evangelho. Tudo para Saulo de Tarso era belo, bonito e certo, mas quando despontou a glória do Cristo ressuscitado, por meio da pregação, eis que tudo foi mudado em ódio e implacável perseguição contra Deus: “E sereis perseguidos por causa da justiça”.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (1)


                                      
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
INTRODUÇÃO:      
        Prezado leitor, mais uma vez posso entrar nesse capítulo tão cheio de emoções e mistério. Minha intenção é mostrar a todos o verdadeiro significado da salvação bíblica. A bíblia inteira é uma exposição dessa mensagem dirigida aos homens, por isso não podemos distanciar desse assunto. Cada vez mais estou convencido que a maior luta do diabo neste mundo é manter os homens distanciados desse tema; à cada dia vejo como o meio evangélico tem inventado novos meios para apresentar a mensagem ao mundo. O resultado está aí, perante nossos olhos, a tremenda apostasia e ausência do temor do Senhor. A bíblia não mudou e Deus jamais há de mudar aquilo que Ele mesmo planejou e documentou, para que a mensagem de salvação fosse enviada ao mundo.
        Não é meu interesse mostrar o que está acontecendo no mundo atualmente. Quero voltar-me à Palavra de Deus; quero que aqueles que amam ao Senhor se deliciem com a verdade já registrada e entregue a nós. Devemos saber que Deus já sabe de tudo; que Ele não é pego de surpresa com o que acontece neste mundo e que todos os Seus eleitos já são conhecidos Dele, desde a eternidade. Em Isaías Ele mesmo disse que chamaria as gerações à existência e assim alcançaria Seus eleitos durante os séculos, porque eles estão perante Seus olhos. Para isso temos o livro de Isaías em nossas mãos e temos sim especialmente o capítulo 59. Nesta série de mensagens desejo mostrar o que está realmente acontecendo neste mundo, e como os eleitos estão por todos os lados.
        Voltemos um pouco mais ao capítulo inteiro. Já pude escrever um anteriormente sobre os versos de 1 a 8. Eles mostram o que podemos esperar dos homens no pecado. Na realidade temos em Isaías uma exposição da depravação total, um tema tão importante, porque é ele que vai exaltar a soberania de Deus na salvação dos perdidos. Em Isaías os eleitos são vistos assim; não são eles em nada diferentes dos outros; são todos caídos em Adão, sem qualquer justiça que possa leva-los a escapar da punição eterna e sem qualquer possibilidade neles mesmos de ir para o céu. O texto não deixa de mostrar o que eles são no íntimo o que não podem produzir nada de bom, nada que agrada a Deus nem tampouco útil ao seu próximo.
        Certamente, nada há no texto que chame a atenção de mais leitores. Não é algo em nada atrativo à natureza pecaminosa, mas é a pura realidade a nosso respeito, vista e mostrada por Deus a meu respeito e a respeito de todos os homens em Adão. Sabemos que Deus tem Seu povo, Suas ovelhas, o remanescente, os pequeninos, etc. Mas onde eles estão? Os eleitos não têm essa marca na testa, nem nas costas, nem nas mãos. Só podemos descobri-los mediante a  pregação do evangelho. E quando olhamos Isaías 59, é como se Deus estivesse passando o filme a respeito deles. É numa situação dessa de desespero que Deus traz a lume a verdade acerca daqueles que Ele em Cristo os amou, antes da fundação do mundo. Aliás, em toda extensão das Escrituras vemos Deus comunicando a nós o fato que Ele tem um povo escolhido, um povo conhecido de antemão.
        Notemos bem a linguagem bíblica, especialmente no Velho Testamento: Eles são chamados de “O remanescente” (Isaías 1), de “O toco” Isaías 6, de “Meus eleitos” (Isaías 65), de “Meu particular tesouro (Malaquias 4), etc. Claro que tem muito mais acerca desse povo tão amado na eternidade e buscado durante os anos. Tudo foi criado no mundo para que Deus mostre o espetáculo da graça na tão grande salvação. Que amemos esse tema; que nossos corações venham a encher de júbilo, porque nós éramos assim, mas a graça nos alcançou.

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (4)



“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
        Notemos bem que as promessas feitas pelos falsos mestres, assim como eram feitas pelos falsos profetas, são elas curtidas de esperanças inúteis; os falsos mestres agarram nossas emoções, dominam as nossas mentes, a fim de encher deste mundo. Notemos que quando Jeremias enfrentou o falso profeta Hananias, foi perceptível que a promessa daquele homem a Israel era revestida de uma esperança por uma melhora aqui. Milhares de judeus tinham sido transportados para Babilônia e Deus havia dito por Jeremias que o cativeiro duraria 70 anos. Hananias, entretanto, tinha uma mensagem “melhor” aos ouvidos da população: “Dentro de dois anos trarei de volta...” (Jeremias 28:3). Os falsos mestres são assim, pois torcem a palavra de Deus e inventam suas próprias mensagens.
        Isso significa muito para nós, nestes dias tão perversos. Por todos os lados vemos os falsos mestres usando a bíblia de forma distorcida, no intento de puxar os homens para promessas desta vida. Os verdadeiros pregadores e ensinadores da palavra de Deus, normalmente cuidam em mostrar realidades eternas. Quando lidamos com a palavra de Deus somos ensinados a falar o que Ele exatamente nos mandou pregar, sem que inventemos nada. Para Jeremias, a mensagem era que o povo que fora levado para o exílio ficaria lá durante setenta anos. Isso foi registrado e pronto! Deus quer que as almas sejam ocupadas com coisas eternas, com realidades que a mente humana não é capaz de conceber. Não temos que diminuir a mensagem, mostrando-a de forma mais leve. Não devemos cair perante as afrontas dos homens, nem tampouco diante das exigências deles. Para Micaías, o velho profeta, era necessário falar com o perverso rei Acabe, aquilo que Deus mandou que ele falasse, e assim fez o homem de Deus.
        Creio que precisamos entender um pouco mais sobre o perfil da mensagem exposta por elementos perigosos, disfarçados de apóstolos e pastores. Visto que eles falam as invenções dos seus corações, então é certo que estamos lidando com homens que jamais tiveram seus corações purificados e santificados para servir a Deus. O que esperamos dos homens não salvos? O que brota de seus corações? Quais são suas intenções? Eles sempre estão procurando, de uma forma ou de outra, como podem lucrar na vida. Seus corações estão curtidos de atitudes perniciosas, supersticiosas, maliciosa, enfeitiçadora e atraente. O homem no pecado quer a glória para si; Deus está fora dos seus planos; eles não tem acesso à presença de Deus, porque não foram salvos.
        Notemos a atitude de Simão (Atos 8). Aparentemente ele havia convertido ao evangelho, mas ele abraçou a fé porque viu ali um meio de acessar-se aos bens do povo, como fazia. Até os pregadores enviados por Deus devem cuidar em manter a mensagem pura; a espada deve estar sempre polida e pronta para a guerra contra o mal. Quando multiplicam o número de falsos mestres é sinal de destruição, do avanço da mentira e do encorajamento ao erro; é sinal de que Deus está endurecendo o coração do povo, a fim de trazer seus juízos.
        Que o Senhor venha encher nossos corações de temor e de Sua sabedoria e prudência. Precisamos em nossos dias saber distinguir o bom do excelente, o mel do melado, o ouro da bijuteria, etc. Com esse discernimento podemos amadurecer nossa fé, a fim de sermos úteis neste mundo.

terça-feira, 21 de maio de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (2)



“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
UM EXAME DA MENSAGEM DO FALSO MESTRE.
        Pude dar a introdução na esperança que a atenção dos meus leitores seja despertada para um assunto que considero de extrema importância. Quando o mundo se ecumeniza tanto, é de se esperar que o número de falsos pastores e mestres aumente, como tem ocorrido ultimamente (pelo menos aqui no Brasil). Foi assim nos dias de Jeremias, numa luta satânica para fazer com que os profetas verdadeiros se calassem. Precisamos entender a voz deles, o que está por detrás de toda essa aparente espiritualidade e dos seus nefandos intentos. O que acontece é que eles tendem a prosperar muito; eles conquistam muitos corações e não é de surpreender com o sucesso financeiro que eles obtêm. Encaremos o que a Palavra de Deus nos ensina no texto. Voltemos para a voz do Senhor, porque Ele conhece tais elementos e, conforme o que vemos em 2 Pedro, eles são comprados pelo Soberano, a fim de fazer exatamente o que fazem, cumprindo assim os propósitos santos do Senhor.
        A primeira lição surge perante nossos olhando, quando o Senhor nos orienta, para que não atinemos para o que eles dizem: “... Não deis ouvidos...”. O que nosso Senhor quer nos ensinar? O que acontece normalmente é que muitos ficam fascinados pelos falsos mestres, justamente porque a mensagem deles chama a atenção para eles mesmos. Normalmente os homens de Deus chamam a nossa atenção para Deus, para Sua palavra e nos leva à humilhação. Mas não é assim com os falsos mestres, porquanto eles centralizam a mensagem em torno da capacidade oratória deles, aniquilam a mensagem da cruz e flertam o orgulho humano com vaidades. Eles falam de Deus sim, mas de uma forma tal que os ouvintes não percebem que eles acobertam seus intentos pervertidos.
        Estou falando isso porque um amigo meu estava fascinado por um elemento que é claramente um falso mestre religioso. Pude perceber que meu amigo era encantado com suas palavras encantadoras, de tal maneira que ele o tinha como sendo muito sábio. Mas o que pude perceber era que nada do que ele ouvia desse elemento em temor, amor ao Senhor e obediência a verdade no viver do meu amigo. Quando pude assegurar para ele que era um elemento nocivo à vida espiritual e que encaminhava muitos para desviar do Senhor, ele não acreditava, até que Deus mostrou-lhe a verdade e ele pode atinar para o perigo. Já vi muitos até mesmo enviando ofertas para elementos perigosos, porque achavam que estavam enviando ajuda à obra de Deus. Os piores falsos mestres são aqueles que mais falam bonito, usam bela linguagem teológica, mas que por detrás têm suas arapucas armada e suas armas bem escondidas.
        Meu sincero e ardente desejo é que as palavras inspiradas de Jeremias 23 resultem num grande despertamento no meio do povo de Deus. Jerusalém não acordou diante das advertências de Deus, por isso o juízo pesado veio sobre Jerusalém e Judá. Os falsos mestres aparecem tapetes, preparando tudo para a chegada do juízo de Deus. Que o Senhor tenha misericórdia do Seu povo!
         


A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (3)


“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
        A ordem de Deus é para que Seu povo não dê ouvidos à mensagem dos falsos mestres. Qual a razão? Creio que a principal é porque temos tantas coisas boas, excelentes, vindas de Deus para que as aprendamos, que é tempo jogado fora, ouvindo as mentiras desses elementos. Mas o Senhor avança em mostrar o quanto os falsos mestres enchem os corações de ilusões. A mensagem deles é curtida de promessas vãs. Os crentes se enchem de ensinos e firmam suas vidas na Rocha sólida e inabalável das promessas de Deus. Os falsos mestres nada têm de verdades edificantes, as quais nos elevam ainda mais e nos encorajam a trilhar o caminho certo, como ocorre ao ouvirmos os ensinamentos dos homens de Deus.
        O fundamento das palavras dos falsos mestres é criado por eles mesmos; não há documento naquilo que falam; tudo é invenção dos seus próprios corações cheios de soberba e ganância. Notemos bem o que diz o texto: “...falam as visões do seu coração”. Podemos perceber que é exatamente isso o que acontecia naqueles falsos profetas e façamos uma comparação com as palavras dos falsos mestres nos dias atuais. Estes são ainda mais espertos, por isso mais perigosos, porque são hábeis em usar textos bíblicos, a fim de iludir melhor o povo. Já ouvi uma mensagem de um falso mestre, quando ele tomou um texto de João, leu o verso, ignorou o contexto e assim levou o povo a acreditar que suas palavras eram verdadeiras. Ele citou o texto, depois fechou a bíblia, a fim de que o povo olhasse para ele e não para o que estava escrito ali.
        Ouvi outra mensagem pregada por outro espertalhão. Este era ainda mais habilidoso, porque ele organizou bem o texto, conduziu o povo com belas palavras, com artes de uma boa oratória e ninguém percebeu onde ele queria chegar ao final. Suas palavras deslizavam em interesses vis e sórdidos; dessa forma ele conduzia e conduz milhares, como se fosse um homem de Deus. O texto mostra que os falsos mestres (assim como os falsos profetas) falam o que brota do coração deles: “...falam as visões do seu coração”. O que eles têm lá? São homens que amam ao Senhor? Foram enviados por Deus para pregar o que Deus mandou que pregasse? Claro que não! Eles caminham por veredas perigosas e nesses caminhos armam ciladas para pegar os incautos, os que vivem dos entusiasmos e buscam os mesmos interesses deles.
        Tenho visto não poucos, mas sim milhares de crentes serem induzidos por elementos desse tipo. Foi assim com Israel nos dias de Jeremias e é assim agora também. Sem um discernimento bíblico adequado, certamente tombaremos. Se não houver vigilância, satanás faz com caiamos nas ciladas preparadas ao longo do caminho. Em nossos dias o número de falsos mestres tem crescido e elementos perversos, enfeitados de piedosos têm aproveitado tal liberdade. Eles realmente são instrumentos da ira de Deus para um povo que recusa ouvir a verdade. Na multiplicação dos falsos mestres, multiplica-se também a iniquidade, como estamos vendo hoje. O que parece ser de Deus, na realidade é satanás espalhando suas mais enfeitadas e perniciosas mentiras preparadas para enganar um mundo amadurecido para o juízo de Deus.
        Que o Senhor nos desperte nesses dias tão maus!

sexta-feira, 17 de maio de 2019

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (12 de 12)



“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
O PROPÓSITO DA GRANDE VISÃO: “...e sereis salvos...”
        Finalizo mostrando a todos que Ele, somente Ele é o tão grande Salvador! O mundo tenta obscurecer essa verdade, mas essa verdade aparece na Pessoa sublime do Senhor encarnado aqui e reflete nas mensagens pregadas pelos servos Dele, enviados ao mundo. Pedro afirmou: “...abaixo do céu não existe outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos: Cristo Jesus, Homem” (Atos 4:12). Paulo afirma: “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens” (1 Timóteo 2:5). O nome Dele é louvado em Apocalipse: “Com teu sangue, compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação.” (Apocalipse 5:11). Assim vemos esse sangue puro e imaculado correndo em todas as veias bíblicas, passando pelos milhares de anos, atingindo nações, tapando a boca dos inimigos, fazendo o mundo recuar, transformando milhares e tombando milhares que recusaram tão grande verdade em suas vidas.
        Essa verdade nos mostra o quanto é angustiante e desesperadora a condição do homem aqui. O mundo luta para impedir que os homens vejam que eles se acham na mais terrível miséria; tudo satanás faz para que as multidões ignorem a voz que vem do céu, é a luta tremenda das trevas, a fim de manter os homens na terrível escravidão e marcados para o juízo eterno que engole cada alma que parte daqui sem conhecer o Senhor. Como escapar? O que os homens poderão fazer seguindo este caminho da perdição? Ah! Como vejo o quanto a natureza maligna e enganadora do pecado mantem os homens presumidos neles mesmos, achando que podem escapar do Senhor mediante a religião, batismo, obras e outras atividades! Ah! Quanto perigo o pecado envolve os homens com a falsa paz! Ela chega bem sedutora aos corações e ilumina uma esperança com uma luz que vem do mundo.
        Mas, quero envolver meus leitores com a verdade dessa tão grande salvação. O grande Salvador promete aos homens uma salvação segura e eterna. Ele não veio ao mundo para promover algo transitório. Ora, o mundo faz isso e até mesmo com incrível habilidade. Tudo aqui é feito de forma transitória e passageira. A religião mundana segue o mesmo caminho que acaba no abismo. Mas nosso Senhor assegura aos homens uma salvação conquistada com Justiça eterna, porque toda dívida dos perdidos Ele a pagou na cruz, nada ficou para Deus cobrar dos pecadores arrependidos. Que incrível e perfeita Justiça! De tal maneira que os pecadores podem erguer os olhos para o céu em sinal de temor e em manifestação de louvor.
        Além disso, a Justiça perfeita, resultante da obra feita na cruz conquistou paz perfeita aos perdidos. Quando homens olham pela fé, para esse maravilhoso Salvador, é porque suas almas estão desesperadas, a falsa paz deles foi tirada e agora eles buscam a verdadeira paz. Eles querem andar para o céu, mas como andarão sem paz? Eles querem ver a face de Deus, mas como a verão sem paz? Eles querem escapar da ira e cólera de Deus, mas como escaparão se não forem santificados nessa paz?
        O cabo de aço desce do céu, é para que os perdidos sejam puxados para o alto e assim escapar do inferno que agora está aceso debaixo dos seus pés.
“Cristo Jesus com amor divinal, chama por ti, que amor sem igual!”

“OS DIREITOS ABSOLUTOS DE DEUS” (2 de 14)



“Então, Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça e lançou-se  em terra e adorou; e disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei; o Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor” (JÓ 1:21)
       INTRODUÇÃO:       
        Caro leitor, devo persistir um pouco mais na introdução, porque precisamos conhecer melhor o perfil de Jó antes de entrarmos na consideração do texto em pauta. Vemos no cap. 1 o caráter espiritual de Jó. Sem dúvida era um homem crente no sentido bíblico. Jó era alguém que o mundo não merecia tê-lo; era alguém que vivia para mexer no reino de satanás, para estabelecer justiça num mundo de injustiça; para estabelecer bondade, num ambiente de perversidade; para mostrar amor, onde os homens por fora escondiam sua ira, inveja e ambição (cap. 30).
        Mas Jó desconhecia que por detrás de tudo o que era aparência estava a fúria impetuosa de satanás. Vemos isso quando Deus autoriza o príncipe deste mundo a manifestar todo seu mortal intento contra aquele servo de Deus. Quando satanás sai da presença do Senhor, eis que suas ordens ecoam pelos quatro cantos, acionando suas quadrilhas, chamando seus terroristas e usando com permissão de Deus a própria natureza como rolo compressor para esmagar um simples e útil santo de Deus.
        Por essa razão Jó foi visitado pela fúria brutal de satanás, para levar todas as suas posses. Satanás veio sobre Jó para matar, roubar e destruir e realmente fez tudo isso com total habilidade de suas artes perversas. Todo ódio brutal de satanás neste mundo é voltado contra o povo de Deus, e só não destrói massacrando os santos de uma vez por todas, porque só age com permissão de Deus. Por essa razão chegou perto de Jó, tentou por suas mãos no pescoço para matá-lo, mas não conseguiu, tendo que fazer somente aquilo que o Senhor havia ordenado.
        Caro leitor, veja o que aconteceu com aquele santo do Senhor. Agora sozinho, nada mais restando aqui, nem mesmo a companhia de sua esposa para lhe ajudar, nem mesmo sua saúde, porque tudo havia perdido pela morte, pelo roubo e pela enfermidade. Porém, foi nessa circunstância tão desfavorável e humanamente inexplicável que aprendemos que a verdadeira fé, só ela dá a Deus o lugar de Deus. Quando a religião mundana e perversa apregoa os direitos do homem, eis aí a revelação da fé genuína que emudece as trevas e traz grande festa no céu para glorificar a Deus. O que aconteceu então? Jó deu tempo para se levantar, raspar a cabeça, rasgar o manto, lançar-se por terra e, entrar em depressão? Os mundanos se lançam no desespero e correm atrás dos próprios conselheiros mundanos.
        Jó buscou o suicídio? Os ímpios fazem isso, porque sem esperança e sem Deus no mundo, para eles a morte é o fim, o descanso. O que Jó fez? Adorou a Deus! Eis aí algo que para a mente humana não tem como explicar, porque não passa de loucura. Eis aí o culto desconhecido dos infiéis. Como pode um homem que perdeu seus bens, todos os seus filhos pela morte que veio subitamente e além de tudo estava completamente tomado de dor da cabeça aos pés pela enfermidade, ainda assim se colocar em posição de adoração a Deus, abrir sua boca e dizer essas palavras que aparecem no verso 21? Veja amigo, que para o mundo com sua filosofia, seu sistema religioso completamente apartado da verdade de Deus, aqueles acontecimentos que envolveram o homem mais importante daquela região, sem dúvida era um “prato cheio”.
        Mas a resposta estava em Deus. A vida de Jó era a expressão do amor eletivo de Deus, o que satanás desconhecia. Satanás envolve seu mundo com suas lógicas, mas Deus envolve a vida do Seu povo com a graça e a graça nada tem a ver com a lógica humana. Por essa razão, somente e tão somente os salvos podem abrir suas bocas e mostrar em adoração e pelo viver que os direitos não pertencem a nós, que os direitos absolutos são do Senhor.

quarta-feira, 15 de maio de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (1)



“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
    INTRODUÇÃO:
        Querido leitor, é meu dever alertar a todos quanto aos perigos que rondam suas vidas. Não devemos estar alheios aos acontecimentos destes dias, pois o espírito da mentira cerca nossas vidas, nossa igreja e nossos cultos. Cada época satanás tem novos métodos; ele nunca cessa de promover maiores enganos, criar novas armadilhas e assim manter o mundo vidrado em seus nefastos planos. Nossos dias são dias terríveis, cheios dos mais poderosos venenos espirituais; carregados de elementos perigosos, trajados de pastores, evangelistas e missionários. Esse grande número de falsos mestres tem trazido resultados desastrosos nas mentes dos ímpios e pacificado os corações de muitos santos, a fim de que eles simplesmente deixem de lado suas espadas e aceitem a “paz” perigosa que envolve os corações.
        Não podemos nos calar quanto a isso; não podemos passar, olhar e deixar as coisas funcionando como vemos. Enquanto isso, o ecumenismo tem se alastrado e as multidões não veem qualquer diferença entre os deuses deste mundo e o Deus da bíblia; não veem nenhuma diferença entre as trevas e a luz, entre o bem e o mal. Satanás quer calar os mensageiros do evangelho; quer apagar o brilho da igreja; quer assustar os mais fracos entre as ovelhas; quer aniquilar a fé dos fieis e quer atrair os crentes, para que eles ponham as suas esperanças nesta vida presente. O perigoso pai da mentira está disfarçado de anjo e aparece aqui e ali como conselheiro e orientador. Basta um pouco de conhecimento dele, à luz das Escrituras e será o suficiente para que saibamos como ele age e quais são suas reais intenções. Paulo diz aos crentes de Corinto que ele não ignorava os ardis do inimigo.
        Notemos bem no texto de Jeremias que naqueles dias o profeta se viu cercado de falsos profeta; eles multiplicaram porque o ambiente era propício a isso. Jeremias enfrentou um deles por nome Hananias e deve ter enfrentados outros (que não foram registrados na bíblia). Notemos que Hananias (Jeremias 28) tinha uma mensagem suave, cheia de “amor” para o povo. Vários judeus tinham sido transportados para Babílônia, mas Hananias veio avisar ao povo que não demoraria e Deus traria aquele povo de volta. A mensagem parecia melhor do que a de Jeremias, porque este afirmou que o cativeiro na Babilônia seria de 70 anos; que a cidade infalivelmente seria destruída, muitos seriam mortos e outros milhares levados para a Babilônia, assim como foram os primeiros.
        Basta as palavras de Hananias, a fim de que vejamos como agem os falsos mestres. Eles são os mesmos, agem semelhantemente. Eles têm o mesmo propósito e suas intenções pervertidas estão ocultas em seus corações cheios de cobiça. Por essa razão, creio que o texto de Jeremias 23 nos mostrará o quanto eles atuam com as mesmas intenções. Deus ordena para que os crentes não deem atenção às palavras deles, porque são ciladas bem preparadas. É nosso dever estudar e examinar à luz da bíblia, como é o procedimento desses amantes do dinheiro. Que estejamos armados contra a mentira e assim preparados para arrancar milhares desse ambiente de carregado de mentiras.
        Quero tomar o texto a fim de mostrar hoje qual é a mensagem que os falsos mestres têm. Se cada um de vocês ama a palavra de Deus e é atento à verdade, certamente estará prevenido contra essas assolações sorrateiras de satanás.

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (11 de 12)



“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
O PROPÓSITO DA GRANDE VISÃO: “...e sereis salvos...”
        Chego agora à parte final e veremos o propósito da grande visão, e isso aparece nas palavras: “...e sereis salvos...”. O alvo do Salvador é salvar. Ele não tem outra intenção, senão mostrar a razão pela qual Ele desceu do céu e veio à terra. Ele comunica essa verdade desde o começo, até o final de toda Escritura. A entrada do pecado no mundo mostra que a condição do homem não mais ou menos ruím. Deus não tem qualquer plano de mudar este mundo, melhorar o sistema familiar e conceder uma vida melhor num ambiente marcado para ser destruído completamente.
        O mundo é um vale de dor; é um ambiente onde reina a morte, o pecado e o diabo. Não há como estabelecer a vida aqui; não há como obter sucesso num imenso cemitério, onde os homens jazem nas mãos do maligno (1 João 5:19). Olhando de outro ângulo, não há como viver num império de trevas, onde o príncipe é extremamente pior do que o cruel Faraó. Aqui é um local de sofrimento, de dores, tristezas, angústias e por baixo arde o forno do fogo do inferno, aguardando as almas que continuamente são atiradas lá. Quão inútil é pintar esse cemitério! Quão inútil é melhorar essas aparências de vaidades! Por essa razão a ênfase do Senhor aparece com clareza: “...veio buscar e salvar o perdido”; “Deus enviou seu Filho ao mundo...para salvar o mundo”, e outras muitas passagens que revelam esse nítido propósito do Salvador.
        Além disso, nenhum pecador que Ele chama tem qualquer  desejo em permanecer aqui. Todos os santos viveram e vivem neste mundo como peregrinos e forasteiros. Os perdidos são aqueles que olharam para o passado, para o presente e para o futuro e viram que não há escape aqui; que a morte marcha em direção a eles e que o curso deste rio mundano termina com a morte. Os perdidos percebem que todos os seus esforços são inúteis e que não há como construir algo perpétuo aqui. Quando pecadores são despertados para a salvação, realmente eles são espiritualmente tirados deste mundo (Colossenses 1:13) e em todos os aspectos mostram que não são daqui e que caminham de fato para a cidade eterna. Percebemos o quanto nosso Senhor norteou Seus discípulos sobre esse assunto, quando afirmou que iria preparar lugar para eles na casa do Seu Pai. (João 14); Paulo assegurou aos crentes de Filipos que nossa cidade está no céu e não aqui (Filipenses 3).
        Em tudo percebemos o quanto nosso Senhor assegura aos pecadores que a salvação visa arrancá-los daqui e não mantê-los aqui. Ele não tem promessas mundanas; não visa um mundo melhor. Ao contrário, a salvação é radiante, maravilhosa, eterna e incrivelmente inexplicável às mentes mundanas; todo o plano do Salvador tirar os pecadores daqui, e transportá-los para o céu; toda promessa visa tirar os homens da imperfeição e conduzi-los para a perfeição eterna. O Salvador veio para arrancá-los da ferocidade do inferno, a fim de torna-los partícipes do reino de amor.
        Dei apenas um pouco daquilo que o grande Salvador oferece em Sua tão grande salvação. Que haja corações sedentos pela verdade, anelantes por joias eternas e que querem conhecer o Salvador e Sua tão grande salvação! É quase raro achar um perdido em nossos dias, é como buscar uma agulha num palheiro.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (11 de 11)



“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
 “...o justo viverá da fé”. A FÉ MIRANDO SEU DEUS.
        Para encerrar, quero mostrar um pouco mais sobre o que significa viver pela fé, porque com clareza o texto mostra a diferença entre um crente e  um não crente. O crente vive pela mesma fé, com a qual foi atraído até o Salvador. Não tem outra maneira de viver a vida cristã, se não for pela fé. Todas as invenções não passam de piadas e tudo é transformado em confusão. Vida cristã é a humilde fé que demonstra sua confiança em Deus; é o novo homem se abastecendo da força da graça extraída da palavra, a fim de trilhar esse caminho terreno, até a chegada ao lar celestial. Vida cristã é humildade demonstrada em temor a Deus e numa prontidão em colocar em prática os ensinos bíblicos no viver. Os justos são pessoas humildes, mas humildade bíblica não é simplicidade ou ingenuidade, antes, a humildade é a vida guiada em santo discernimento espiritual, à medida que o crente se ajusta no viver bíblico.
        Outro detalhe de grande importância na exposição da vida do justo aqui, é que a fé não se apaga ante as provações. Toda barreira à frente constitui-se um verdadeiro desafio à fé; ela tem asar para voar, vigor para correr e pés que não se cansam na jornada normal da vida. Eis aí a humildade. Noto o quanto a religiosidade moderna está longe desse sistema de vida que somente os justos têm e podem empreender na jornada. Na realidade, as provações vêm para fazer com que a fé ganhe forças para prosseguir. Este mundo cruel não pode suportar o que somente os justos suportam. O mundo sempre apela para os meios mundanos, a fim de enfrentar as dificuldades. O braço forte dos homens é desconhecido de uma fé que confia e descanso nos braços de Deus. Os homens no pecado sempre estão dizendo uns aos outros: “Levanta, sacode a poeira e dá volta por cima”. É esse o espírito mundano, cheio de superstição que envolve a vida de milhares.
        A fé, entretanto, sabe que tudo começou com Deus e que Dele advirá forças para o viver. O homem é fraco e inútil e quando se converte é porque correu para Deus, a fim de obter recursos infinitos na salvação. Será assim também no dia a dia, o modo de viver para as ovelhas que seguem o Pastor em meio aos “leões e hienas do mal”. Nesse andar os santos ganham forças. O Senhor ordena que andemos, porque avançaremos mais à medida que obedecemos Seu comando. Fracassaremos se pararmos e tivermos dó de nós mesmos. A fé é obediente e não se atreve a por Deus como servo. Quando Moisés pediu ao Senhor que lhe concedesse a graça de viver um pouco mais e entrar na terra prometida, eis que a voz do grande Senhor ecoou aos ouvidos do Seu servo: “Não me fale mais nisso”.
        Nesta vida os santos são servos e não senhores; somos súditos e não reis. Não nos atrevemos a subir acima do lugar onde Deus nos colocou. José teve que se adaptar aos sistemas da prisão onde ficou injustamente por mais de dois anos, até que estivesse pronto para assumir a posição de governador. A fé é assim obediente, não discute com Deus e aprende sabedoria à luz daquilo que vivencia aqui. Assim os justos vivem aqui e renovamos nossa fé, à medida que avançamos no conhecimento do Senhor. Aqui sempre dependeremos dessa visão santa, desse conhecimento do invisível, até que um dia veremos as coisas como elas realmente serão, diante da perfeição. No céu os crentes não precisarão mais viver pela fé. Aqui sim, porque somos sustentados pelas sagradas letras e ainda estamos presos a este corpo carnal que depende do modo visível de vida.
        A fé caminho vendo um mundo não essencial à vida aqui. Caminhamos para obter nossa celestial e nosso repouso eterno há de vir. Glórias por Aquele que é o Autor e Consumador da nossa fé!


A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (10)


                              
“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
UMA APRESENTAÇÃO DO DEUS DESSA VISÃO: “...porque eu sou Deus e não há outro”.
        Oh! Que possamos entender no coração, em santo temor a grandeza desse Deus, o qual desprezou Sua glória e aqui desceu para nos buscar. Que tanto amor do Salvador! Aquele que foi desprezado por nós, devido a nossa vã maneira de viver em todos os detalhes do nosso comportamento; não hesitou em sangrar-se a Si mesmo, sofrer de forma inigualável, passar pela via dolorosa até chegar à cruz, não haveremos nós de conhecê-Lo? Não é o desejo santo de corações que foram santificados pela graça salvadora? “Perto de Ti almejo estar, perto, sim, bem perto! Tua presença desfrutar, perto sim, bem perto!”
        Basta um pouquinho da Sua revelação bíblica e será suficiente para que saibamos o quanto Ele se ocupou em comunicar conosco, por meio de Sua palavra escrita. Sua comunicação tão cheia de amor e graça é sempre a mesma, sempre atual, e todos os santos de todas as épocas desfrutaram, desfrutam e desfrutarão dessa voz tão meiga e doce do Salvador. Quanta tristeza ao ver como o mundo não percebe que vive sem comunicação! Os ídolos vão dizer o que? Os não crentes se apegarão aos seus ídolos, completamente destituídos de vida; eles se apegam àquilo que podem ver aqui, por isso confiam em seus deuses visíveis e suas perguntas inúteis serão sempre as mesmas, quando dirigidas aos crentes: “Onde está o vosso Deus?” (Salmo 115). Eles não sabem que satanás, encobertamente fazem com que eles confiam na nulidade e que todas as suas obras resultarão em cinzas, assim como seus ídolos. Os mundanos vivem como uma mulher sozinha, sem a comunicação de amor do marido que não está mais com ela. Os santos bebem sempre da Palavra e têm seu Deus presente, falando aos seus corações, mostrando a eles como são continuamente amados com amor eterno.
        Também, nosso Salvador comunica-Se conosco com uma linguagem acessível aos crentes. Aquele que desceu e se identificou com nossa miséria, mantém continuamente uma linguagem simples, amorosa e inteligível aos Seus amados. Ele não inventou uma linguagem estranha; Aquele que dividiu as línguas na torre de babel conhece bem nossa linguagem; Ele não teve que estudar para aprender nosso idioma e assim fala conosco em palavras claras, de tal maneira que os mais simples crentes entenderão.
        Mais do que isso, que temamos e tremamos ao saber que Ele é Aquele que soberanamente faz o que Ele bem quiser; que é livre em Sua atuação neste mundo; que não é empurrado pela oca e vã vontade humana. Aquele que é poderoso para punir e salvar; Aquele que destruiu o exército de Faraó, sepultando todos no mar vermelho, é Ele o mesmo Deus que chega com infinda compaixão aos pecadores no mundo inteiro, a fim de salva-los. Ei-lo agora mesmo a dizer aos pecadores: “Olhai para mim, e sereis salvos...!”. Todos os homens devem saber disso; todos os moradores da terra devem ouvir essa voz, porquanto Ele não está falando inutilmente. Essa voz de amor, chamando homens e mulheres à salvação é mais gloriosa do que a chuva, o sol, a saúde e outros bens desejáveis aqui, porquanto Ele chama os pecadores à salvação da penalidade e para tirar os pecadores da escravidão do pecado, e leva-los ao céu.