quarta-feira, 31 de julho de 2019

UM DEUS QUE TRABALHA PARA QUEM NELE ESPERA (3)



“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera” (Isaías 64:4)
A DIFERENÇA ENTRE O DEUS VIVO E OS DEUSES DOS PAGÃOS.
        A verdade é que cada nação está cheia de lendas e superstições criadas na mente e nas emoções. Nada há de verdade, mas sim de mentiras acerca de feitos de seus ídolos. A divindade dos homens caídos é desprovida de documentos revelados; cada pessoa inventa seu deus e cria suas histórias bobas e fantasiadas de vaidades, porque eles não conseguem conhecer o Deus que só pode ser aceito pela fé: “Por que dirão os gentios: Onde está o vosso Deus? Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que Lhe agrada” (Salmo 115:2,3) (versão corrigida). Os homens não creem na bíblia como revelação dada por Deus aos homens, tudo porque eles não têm olhos para ver nem ouvidos para ouvir. As narrativas das Escrituras foram contadas por Deus, de modo tal que é impossível não ver a bíblia como sendo a Palavra do próprio Deus. Suas histórias ultrapassam anos e anos e são contadas agora para nós, como algo que aconteceu ontem. Além disso, a bíblia nos leva a conhecer o Deus que prometeu e que durante a história cumpriu, como fez com Abraão e como o que prometera se cumpre em nossos dias.
        Também, vemos em Israel as maravilhas de Deus, como esse povo, mesmo dispersado entre as nações, voltou para sua terra e comprova agora sendo poderosa nação, não obstante o tamanho minúsculo do seu território, mas incapaz de ser derrotado. Vemos a história de Jesus, pois mesmo cercado de mitos, como o mundo gosta de fazer, é a história amada e aceita pelo povo crente no mundo inteiro. Em tudo vemos como o Deus que prometeu é Fiel e que sempre cumpre na vida do Seu povo, conforme Ele mesmo afirma em Sua palavra. Além disso, suas promessas cumpridas são motivos do testemunho de milhares de santos e fieis. Eles confiaram em Deus e Ele honrou Sua promessa na vida de Seus servos, conforme diz a letra de antigo hino: “Jamais foi a fé iludida”.
        Por que os crentes se apoderam da Bíblia? Por que cremos nas Escrituras? Não é pelo fato que sabemos que é Deus falando conosco? Claro! Deus entrega Suas promessas ao Seu povo e espera que creiamos Nele, porque naquilo que prometeu Ele há de cumprir. Sendo assim, a história bíblica pode nos encher dessa confiança, quando vemos um Deus que agiu com os homens em consonância com Suas promessas. Também, sabemos que Ele não pode mentir, por isso há de realizar no tempo Dele e no modo Dele aquilo que prometera. Não foi assim que Moisés encarou seu Deus, quando o povo de Israel havia feito o bezerro de ouro e provocado assim a ira do Senhor? O que despertou Moisés para interceder pelo seu povo? Não foram as promessas de Deus feitas com Abraão? De certa forma, Moisés cercou Deus, como que dizendo: “O Senhor prometeu a Abraão; e agora é o momento do Senhor cumprir tua promessa”. É claro que Ele fez isso em santo temor e reverência, mas foi assim que aquele homem pode conquistar o coração de Deus para o bem do Seu povo (Êxodo 32).
        Caro irmão em Cristo, estamos perante o maravilhoso livro de Deus e o fato que esse livro nos foi entregue. Ele veio a nós como um talão de cheques pré-datados, a fim de que pecadores se apoderem de tantas promessas. Isso acontece desde a nossa salvação, porque a salvação é resultado da promessa Dele em salvar perdidos, por meio do Seu Filho Amado. Uma vez que fomos salvos, podemos nos conduzir pela estrada rumo ao céu, munidos dessas ricas promessas, tomando-as para nós como riquezas que conquistamos pela fé, a fim de obtermos Seu braço forte num mundo perigoso, onde vemos Ele atendendo nossas orações, petições, súplicas e intercessões.     

PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (2)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
 INTRODUÇÃO:
        Permaneço um pouco mais na parte introdutória, mostrando quem era Israel no Velho Testamento.
1.     Foi o povo que alcançou a misericórdia de Deus na libertação do Egito. Não houve outra nação que obteve tamanha compaixão de Deus. Quase 500 anos antes Deus havia feito uma aliança com Abraão e dessa aliança surgiu esse povo, a fim de que Deus mostrasse em toda terra a força do Seu poder. A história desse povo e sua libertação do Egito são narradas a partir do livro de Êxodo, sob a inspiração do Espírito Santo.
2.     Foi o povo da aliança que Deus fez com Abraão. Parece uma dissonância, mas o que quero ressaltar aqui é que Deus tinha por meta, através desse povo, narrar a história da Sua salvação. Nem todos da nação de Israel eram realmente pertencentes ao povo de Deus, nem todos eram salvos. É bom que examinemos esse detalhe em Romanos 9, além de que lembremos bem o quanto Deus destaca a impiedade de milhares, durante o trajeto do Egito para Canaã.
3.     Foi o povo que pode caminhar do Egito em direção à Canaã e viu as maravilhas de Deus, coisas que outras nações jamais vislumbraram. Nunca houve um povo que teve tantos privilégios como Israel. Deus nunca exibiu atos poderosos para outras nações, como fez com Israel e um dos propósitos era para que a nação pudesse confiar na provisão, proteção e sustento do Senhor durante a peregrinação.
4.     Boa parte daquela imensa multidão de Israelitas era constituídas de pessoas ímpias, por isso em pleno deserto mostraram o que eram. Realmente, os israelitas crentes deram trabalho, mas os não crentes tinham atitudes hostis e rebeldes. Tomemos o caso de Coré, Datã e Abirão (Números 16), demonstrando ali que aqueles elementos e outros que morreram eram ímpios, por isso caíram vivos no inferno.
5.     A atitude do Senhor para com eles foi para mostrar o quanto a incredulidade motiva a ira de Deus. Vemos as demonstrações da ira de Deus, não somente no Salmo 78, como também no Salmo 106. Mesmo diante de tanta bondade, mesmo assim desafiaram a Deus e provocaram sua cólera várias vezes.
6.     A punição deles veio para mostrar o que Deus faz com homens e mulheres que se rebelam contra a palavra dele. Que assim possamos andar em temor a todo instante em nosso viver. Devemos saber o quanto essas lições têm a ver com nossas vidas hoje e servirá para outras gerações que virão, a fim de mostrar aos homens o perigo de não temer e obedecer a Deus. Uma vez dada a introdução, procurarei destacar três lições básicas que emergem do texto:
1.     Os atos de rebelião do homem contra Deus. À luz de toda Escritura veremos o quanto somos semelhantes àqueles ímpios, os quais mesmo diante da morte não cessavam de provocar a ira de Deus.
2.     Os castigos de Deus que aparecem como pacotes de bênçãos. Quando uso a expressão “pacotes de bênçãos”, refiro-me àquilo que parece ser bênçãos da graça, mas que realmente é resultado da ira Dele.
3.     E os horrores vistos em seus anos finais. Com esse terceiro ponto encerrarei a mensagem. Que o Senhor venha nos encher de Seu santo temor, para que vivamos em santa obediência enquanto aqui vivermos.


terça-feira, 30 de julho de 2019

UM DEUS QUE TRABALHA PARA QUEM NELE ESPERA (2)



“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera” (Isaías 64:4)
A DIFERENÇA ENTRE O DEUS VIVO E OS DEUSES DOS PAGÃOS.
Quanto incentivo recebemos para orarmos mais, com fervor, devido o fato que estamos diante de dias tão maus! Pretendo entrar nesse assunto, na esperança de que haja um despertamento no meio do povo de Deus ainda em nossos dias. Para isso precisarei tratar sobre a diferença entre o Deus dos crentes, o Deus da bíblia e os deuses deste mundo. Observe bem que não saí do texto: “...se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera”. A história de Israel no Velho Testamento mostra como Deus usa Seu povo, a fim de mostrar aos povos em toda terra que Ele, somente Ele é Deus. Ele enfatiza isso de forma constante para Israel. Deus trata mais sobre isso com Seu povo do que com qualquer outro tema, por causa da inclinação natural da parte dos homens para confiar nos ídolos e nos braços humanos.
O que os homens têm para contar dos falsos deuses? Quando foi que ídolos fizeram alguma coisa em favor dos homens? Deus marcou essa verdade de forma profunda quando permitiu que a Arca da Aliança fosse levada pelos filisteus. Naqueles dias a arca não era motivo de temor ao Senhor, mas sim de superstição; vemos isso na reação do Sacerdote Eli, porque quando soube que a Arca fora levado, morreu imediatamente. Mas, eis que Deus provou o quanto os ídolos são inúteis, pois desmanchou o ídolo dos filisteus (1 Samuel 5). Poderia gastar muito tempo tratando de acontecimentos narrados no Velho Testamento, quando Deus expõe Sua glória perante a inutilidade e insensatez dos ídolos. Mas é Isaías onde Deus mais destaca Sua majestade e sublimidade à luz da loucura desses deuses, artes dos corações pecaminosos dos homens.
        Mas eu pergunto: Quem pode testemunhar de algum feito dos ídolos? Quão perverso é o coração do homem! Quantas vezes eles atribuem aos seus ídolos bênçãos recebidas! Já vi faixas em algumas casas louvando a um santo aqui, outro ali pelas graças recebidas. Por que os homens fazem isso? A resposta simples é que eles odeiam o Deus da bíblia e não ousam render-Lhe louvores. Quando nosso Senhor multiplicou os poucos pães e peixes para a multidão, porventura renderam louvores a Ele? Caíram aos Seus pés em temor? Não! Foram atrás Dele com, querendo torna-Lo rei. Parecia uma atitude sensata, mas realmente era mais uma demonstração da firme atitude dos homens em confiar no homem (Jeremias 17:9). Os céus e a terra proclamam a glória de Deus, enquanto pobres e miseráveis homens no pecado ousam estender louvores a um pedaço de pau ou a um caco de barro. Fazem isso porque têm prazer em desafiar Deus e desacreditar Nele. E nisso não há diferença; os ricos não serão mais idólatras que os pobres; todos se convergem na mesma direção; todos têm o mesmo peso de uma pena.
Até mesmos os crentes escorregam nesse ato infame de desconfiar de Deus. Não somos diferentes do rei Asa, o qual, depois daquela grande vitória contra os milhares da Etiópia, mesmo assim deixou de confiar no Senhor para confiar noutro rei e quando foi repreendido ficou furioso  (2 Crônicas 16). O que a palavra de Deus faz conosco? Ela nos desafia a investigar, para que saibamos que nunca, jamais houve um Deus que trabalhou e trabalha como o Deus da Bíblia, em favor daquele que Nele espera. Notemos bem que estamos perante o Deus que se coloca como Servo nosso; Ele sabe que aquele que Nele espera, não somente confia Nele, como também tem como objetivo Sua glória. É impossível esperar em Deus sem ter um coração santificado e cheio de temor; É impossível confiar Nele sem ter uma alma submissa e humilhada perante o Deus Forte.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

UM DEUS QUE TRABALHA PARA QUEM NELE ESPERA (1)


                         
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera” (Isaías 64:4)
INTRODUÇÃO:              
Amado leitor, estamos diante de uma das mais poderosas promessas achadas nas Escrituras. É claro que para este sistema religioso, tão vil que se destaca em nossos dias, tal promessa nada tem de valor. Eles não querem diamantes celestes; eles não querem o ouro de Ofir, eles lutam para achar cacos de vidros das promessas de um mundo melhor e acham que estão milionários. Mas a promessa de Isaías 64:4 é dirigida aos que têm a mesma visão do profeta; que choram ante ao ver a corrupção deste mundo e ausência de temor a Deus, assim como o profeta viu naqueles dias. A promessa é dirigida aos que querem orar, buscar, clamar, suplicar e interceder, até que as portas do céu sejam abertas e Deus revele neste mundo o Seu grandioso poder em trazer Sua justiça eterna aos que sentem o trapo da injustiça que corroem suas vidas.
Precisamos de homens e mulheres que se apropriam de promessas como esta de Isaías e a toma para apresenta-la de volta perante Deus: “Tu prometeste Senhor, por isso aguardamos tuas respostas; não queremos nada daqui deste mundo, queremos apenas que tua glória se manifeste e teu nome seja glorificado”. Precisamos juntos conhecer o Deus que nos entregou Suas preciosas promessas; elas são como cheques pré-assinados e foi o Deus que não pode mentir quem os assinou e nos entregou. Somente os que creem podem receber essa promessa e firmar um propósito firme de lidar com um Deus que prometeu trabalhar para os que Nele esperam. Queremos e devemos depender exclusivamente Dele!
Ora, caro leitor, temos um Deus que trabalha em nosso favor? Temos um Deus que lida nas causas impossíveis por servos que confiam Nele? Não é o momento de uma doce confiança e doce espera nesse Senhor? Não é um momento para que peçamos coisas inauditas para nosso povo, nosso país e pelo mundo que está sendo destruído pela corrupção? Não é o momento para que Ele venha e operar Sua obra salvadora no meio dos homens? Sem essa confiança no Deus da Bíblia tornamo-nos mais incrédulos do que crentes. Nossos dias exigem essa confiança firme e inabalável e a Palavra de Deus pode nos elevar a essa dependência de Deus.
Por que estou usando esse texto? Porque eu sei o quanto carecemos dessa incessante busca em oração e intercessão a Deus. Estamos vivendo dias terríveis e a apostasia assola o mundo e nosso país; os falsos mestres se multiplicam e a maldade campeia-se ao nosso derredor; vemos a família sendo destruída, moças e adolescentes sendo atiradas à prostituição; vemos os jovens se atolando nas drogas; vemos um povo chamado evangélico mostrando tremenda frieza para com a verdade; não vemos corações compungidos e contritos, à busca da salvação; vemos o humanismo prosperando e até mesmo dentro das igrejas homens sendo adorados como se fossem deuses; vemos a busca por mensagens que agradam e satisfazem o ego do homem; enfim, vemos um mundo em densas trevas da mentira e da propagação da maldade em suas formas mais cruéis que se possa imaginar.
Tudo isso porque os fieis não têm buscado ao Senhor, crendo naquele que prometeu trabalhar pelos que Nele esperam. Que incrível promessa! Que esta breve mensagem venha nos encorajar e nos despertar para coisas grandiosas que Deus fez no passado e que faz agora normalmente. Somos fracos? Sim! Mas isso não deve ser motivo de nossas desculpas esfarrapadas. Somos crentes e pela fé temos direito de entrar no santuário e falar diretamente com nosso Senhor; temos autoridade de subir às alturas para chegar até a Cidade Santa – a Nova Jerusalém, a fim de falar com o todo-poderoso. Aproveitemos essa santa e bendita ocasião!

PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (1)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
 INTRODUÇÃO: Quão preciosa é a Palavra de Deus, especialmente porque é sempre um livro atual. As narrativas de Deus trazem para nossas vidas lições impressionantes, como se o próprio Deus estivesse falando conosco diretamente. Por essa razão é nossa responsabilidade principal na vida dedicar todo nosso ser à Palavra inspirada que temos conosco. Vejo hoje o quanto há descuido da parte dos que se chamam crentes no tocante ao livro do Senhor. Ao lermos o Salmo 78, vemos que lição transborda de esclarecimento aos nossos olhos, pois um acontecimento de quatro mil anos atrás vem desvendar o homem do pleno século 21. Não temos que ir à busca de novos conhecimentos do homem por meio da psicologia; não temos que saudar o homem deste século como se ele fosse a sumidade dos séculos. Comparando com o povo rebelde de Israel, conforme a narrativa do Salmo 78, os homens de hoje têm as mesmas marcas nas mãos, nos pés e na testa.
                A história de Israel no deserto é um reflexo claro da história dos homens em seu trajeto por este mundo. O Salmo 78 é o segundo maior Salmo. Seu objetivo é mostrar qual foi a atitude de um povo rebelde contra Deus. Nós não devemos pensar que somos melhores, porque aquele povo era igual a nós, e nós, iguais a eles. Por isso quero usar este texto a fim de mostrar o perigo que milhares passam em nossos dias, especialmente nós os crentes que agora estamos diante das verdades maravilhosas que nos foram entregues. Eu sei que essa mensagem há de mexer com nosso orgulho e isso é de grande valor para nós, pois estamos encharcados da arrogância vinda do pecado e vinda do rei dos orgulhosos. A ausência de temor a Deus prevalece em nossos dias, por isso necessitamos que a espada do espírito venha a furar nosso coração e levar-nos ao pó perante o Senhor da glória.
        Ao tomar esses dois versos para trazer esta mensagem, devo me precaver do perigo de afastar-me do contexto. Poderia pregar em todo esse Salmo, mas usarei apenas esses dois versos, pois servirão para os propósitos do tema. Para ajudar meus leitores no entendimento do texto e da mensagem posteriormente. Claramente Deus está relatando o que ocorreu com Israel desde a saída do Egito, durante a jornada até a chegada ao rio Jordão. Deus tem como meta narrar sobre Seu amor, bondade, provisão e compaixão por aquele povo, o qual reagiu várias vezes em atitude de obstinação e rebelião. Deus quer que os pais contem esse fato aos seus filhos, para que fiquem livres dessa atitude infame. O assunto é de grande interesse para nós; precisamos trazer a lume esses fatos, pois estamos vivendo dias piores; estamos diante de um perigoso e letal juízo, que pode atingir esta geração rebelde.
        Findo agora esta primeira página, sem saber quantas páginas terei à frente. O assunto é fantástico e de grande urgência. Minha esperança no Senhor é que eu possa fazer isso no poder da graça. As orações dos crentes têm me socorrido, pois chegam aos ouvidos de um Deus que se compadece de um servo tão inútil como eu. O alvo é que Ele seja glorificado, que os santos sejam edificados e que pecadores arrependidos venham a Cristo.


sexta-feira, 26 de julho de 2019

DO SENHOR É A GUERRA (11 de 12)



“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47) SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS MENTES E EMOÇÕES.
                               ESCOLHEMOS SOMENTE AS MELHORES ARMAS
        Escolhamos também as poderosas armas do zelo. Os valentes de Davi eram homens ocupados com a guerra; eles não tinham medo da morte, pois eram ousados e destemidos. Consideremos a vida de Urias, porque bastam suas palavras ditas ao rei Davi (2 Samuel 11), o qual naquele momento não passava de um covarde, para que vejamos o perfil de um homem considerado como valente. Ele veio da guerra, porém seu coração estava na guerra: “...A arca, Israel e Judá ficaram em tendas; e Joabe, meu senhor e os servos de meu senhor estão acampados no campo; e eu hei de entrar na minha casa, para comer e beber, e para me deitar com minha mulher? Pela tua vida e pela vida da tua alma, não farei tal coisa” (2 Samuel 11:11). Eis aí, em poucas palavras o que significa ser um valente naquele tempo. Urias veio como um servo e queria voltar à guerra como servo. Ele não veio descansar um pouco; não veio para matar a saudade da esposa e deitar-se com ela. Não era esse um comportamento de um herói de guerra. Que lição para o rei Davi!
        Nosso Senhor foi o modelo de zeloso. De fato, o zelo pela casa de Deus Lhe consumiu e nosso Senhor não descansava, a fim de que a causa de Deus fosse feita. O zelo faz com que os fieis neguem seu direito de viver, porque foram chamados para uma batalha que poderá custar sua própria vida aqui. Quanto falta de homens zelosos pela causa do Senhor em nossos dias! Faltam homens e mulheres que não estão ocupados em agradar parentes, amigos e até mesmos os pais, porque querem ver a glória de Deus e a obra Dele acontecendo. Homens zelosos procuram o bem da igreja e o bem de todos; os zelosos são pessoas de oração, da palavra; são os que exortam uns aos outros, que admoestam, que procuram a disciplina pessoal e da igreja.
        Escolhamos também a paciência como uma arma de fundamental importância na guerra do Senhor. Não estamos querendo que as coisas aconteçam de qualquer maneira; não nos intimidamos quando tudo parece perdido. Com paciência lutamos, esperando de Deus a vitória. Davi, enquanto era perseguido por Saul, esperou com paciência o tempo da ação de Deus. Nunca ele empunhou espada para matar Saul, pois sabia que na ocasião certa as coisas funcionariam da maneira como Deus queria. Foi nessa paciência que muitos Salmos foram escritos e que ficaram registrados, para o bem do povo de Deus em todos os tempos e em todos os lugares.
        Finalmente, podemos afirmar categoricamente que confiamos na vitória. Na batalha de Deus não há “talvez”. Quando Deus enviou Josué Ele dirigiu-lhe esta pergunta: “Não to mandei eu?...”. Era para aquele moço entender que a batalha era de Deus, por isso a vitória era certa. Quando há derrota é porque algum mal entrou, alguma desobediência da parte do próprio líder. O que parecia vitória para Saul, tudo terminou em terrível derrota. Por quê? Saul fez da guerra do Senhor sua própria guerra e tomou a glória para si. Eis aí sua ruína. Que o Senhor nos encha de Sua misericórdia! Que Ele venha nos tornar homens e mulheres corajoso, fortes e zelosos. “Campeões da pela sagrada, o clarim chama à luta os fieis!”.


quinta-feira, 25 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (10 de 10)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA PODE SER RESPONDIDA SE ELA APRESENTAR UMA NOÇÃO PASSIVA: “Fui purificado, limpo estou...” (Apocalipse 5:9).
        Finalizo hoje, mostrando o que a palavra de Deus ensina sobre essa verdade. Meus argumentos serão inúteis se não puder comprovar com a veracidade da palavra inspirada. Sei que o mundo contenta-se com qualquer mentira, como se fosse a própria verdade. Nosso Senhor encarou os judeus dizendo-lhes que eles preferiam a mentira, porque eram pertencentes ao pai da mentira. Nosso Salvador aparece em toda história, não do modo como o mundo conta, porque o pai da mentira tenta fazer de tudo para que a mensagem contada por Deus fique encoberta pelas lorotas mundanas. A fé bíblica não acha repouso aqui, a fé descansa no fato que “Assim diz o Senhor!”.
        Porventura, o tempo muda a verdade? Claro que não! A verdade foi e será para sempre a verdade. Jesus sempre foi apresentado aos pecadores como a única, completa e suficiente provisão aos perdidos. Não há dois lugares diferentes para crentes diferentes. Não há uma mensagem de salvação no Velho Testamento que seja diferente da mensagem exposta a nós no Novo Testamento. O mesmo sangue que purificou o ladrão na cruz, foi o mesmo sangue que perdoou, purificou e santificou Abel. Também, todos os que foram salvos têm o mesmo testemunho a dar. Eles tiveram diferentes atividades de fé enquanto aqui viveram. Davi foi o rei das batalhas de Deus em Israel, enquanto Paulo foi um pregador do evangelho. Mas a fé no Salvador bendito é a mesma fé que todos os descendentes espirituais de Abraão têm.
        Também, posso afirmar que essa salvação é uma mensagem de loucura para o mundo, porque o mundo não pode entender nem conceber tal verdade. Posso afirmar que é impossível para o mundo mergulhar nesse assunto que trata da justiça de Deus. Essa foi a mensagem que Deus ordenou que Seus arautos pregassem a tempo e fora de tempo. É a mensagem que continuamente deve ser o tema dos pregadores. É uma mensagem simples demais para os cultos deste mundo, porém é a mensagem impressionantemente culta para os insensatos. O sangue que purifica o homem é a mensagem gravada no céu, mas que somente os arrependidos conseguem vê-la e lê-la. Enquanto o mundo bobo corre aqui, à busca de suas imundícies, os pecadores chamados ao arrependimento correm para o lugar santo, a fim de obter plena purificação dos seus pecados.
        Oh! Que mundo louco! Não é simples a mensagem? Não é a mensagem mais singela que existe? Deus está mostrando ao mundo a pura agua cristalina, capaz de lavar o mais imundo dos pecadores. Deus está estendendo a pura agua que sana, de uma vez por todas a sede espiritual da alma. O que ocorre é que os homens no pecado estão tão satisfeitos com este mundo, que eles simplesmente ignoram; estão tão impressionados com o que mundo pode oferecer, que eles cegamente rejeitam as glórias do céu; estão tão convictos de que aqui encontram respostas em suas idolatrias, que rejeitam Cristo, a perfeita e justa provisão de Deus aos perdidos. O que podemos fazer para acordar os mundanos? Nada! Só temos resposta no Deus de toda compaixão!
        Portanto, cabe a mim despertar algum leitor que agora busca a purificação dos seus pecados. Naamã, o leproso, pode achar purificação da sua enfermidade quando sete vezes mergulhou no Jordão (2 Reis 5). Venha a Cristo amigo! Não precisa vir sete vezes, mas sim uma vez, de todo coração e será suficiente. Não foi essa a mensagem de Paulo ao carcereiro de Filipos? “Crê no Senhor Jesus e serás salvo...” (Atos 16:31). Quão ansioso estava o eunuco para conhecer Aquele personagem de Isaías 53, até que Filipe assentou ao seu lado para mostrar que era Jesus, e ali mesmo ele creu, foi purificado e salvo para sempre.
        Oh amigo! Tem lugar para todos! O Senhor, não somente abriu a porta do céu para os pecadores, como também preparou o meio perfeito para que os imundos no pecado pudessem obter a purificação.

DO SENHOR É A GUERRA (10)


                   
“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47) SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS MENTES E EMOÇÕES.
                               ESCOLHEMOS SOMENTE AS MELHORES ARMAS
        Se a guerra é do Senhor escolheremos as melhores armas. Usaremos a VERDADE, porque não há possibilidade de lutar na causa de Deus com qualquer mentira. Muitos hoje querem combinar um pouco de mentira com muita verdade, mas é o mesmo que colocar uma gota de veneno em muitos litros de agua. Deus é o Deus da verdade e Ele jamais há de aceitar qualquer mentira. Por isso os que batalham as batalhas do Senhor devem prezar, lutar e se armar da verdade conforme nos foi entregue. Temos que continuamente tomar nossa espada e passa-la pelo esmeril do conhecimento bíblico, a fim de mantê-la afiada, caso contrário teremos problemas na guerra. Davi não quis saber dos instrumentos de guerra entregues a ele por ordem de Saul. Noutras palavras ele estava dizendo que já tinha seu próprio meio, tomado pela fé.
        Nosso Senhor sempre falou a verdade, mesmo que o ódio dos judeus se levantasse para tirar-lhe a vida; Aquele que é a própria verdade, nada de compromisso tinha com qualquer mentira. Não havia nele qualquer intuito de agradar a multidão. Os homens que Deus usou grandemente na história do Velho Testamento, eram eles homens da verdade. Foi nesse espírito de coragem e santa ousadia que o velho Micaías encarou o perverso Acabe: “Vive o Senhor, que o que meu Deus me disser, isso falarei” (2 Crônicas 18:13). Foi cheio do Espírito Santo que João Batista encarou a multidão vinda de Jerusalém, para exortá-la ao arrependimento. Os crentes em Cristo no mundo inteiro e de qualquer época podem, juntamente testemunhar que foram salvos, porque ouviram a palavra da verdade (Efésios 1:13). É com tristeza que vemos hoje o cristianismo tentando se arrumar com mentiras religiosas e isso tem feito com que os evangélicos mais pareçam com bolo assado pela metade ou com colcha de retalho.
        Nada mais é definido hoje, tudo é mais ou menos. Não vemos qualquer interesse pelas batalhas do Senhor no viver do dia a dia. Não vemos soldados juntos, lutando em oração pela causa da pregação. Não vemos disposição de vidas piedosas querendo agradar ao Senhor, dando o melhor de si pela causa dele. Não vemos homens liderando a família, conduzindo-a na verdade ou levando aos cultos, a fim de adorar a Deus e ouvir a pregação. A vida dos evangélicos hoje contempla um estilo de vida cômoda e associada com o sistema mundano. A beleza da natureza, a comodidade da época, o luxo à disposição e as maravilhas da tecnologia, tudo isso tende a mostrar uma vida fácil.
        Aliás, o próprio sistema evangélico moderno evoca paz com todos, nada de guerra, nada de armas nas mãos para o combate contra o pecado. Nem sequer um minuto devemos ficar sem a verdade, porque o mundo é ambiente da mentira. Todos os dias os crentes devem alimentar-se da verdade (Salmo 37); devem buscar a palavra da verdade e ensinar a verdade. O povo de Deus deve ter sua boca cheia da verdade: “falando a verdade uns com os outros”. Os pregadores devem subir ao púlpito para pregar a verdade, se quiserem a edificação da igreja e a glória de Deus no ambiente. Só pela verdade silenciamos as trevas, afugentamos os demônios e atrairemos os eleitos à eterna salvação.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

DO SENHOR É A GUERRA (9)



“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47) SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS MENTES E EMOÇÕES.
                     ESCOLHEMOS SOMENTE AS MELHORES ARMAS
        Se do Senhor é a guerra, importa que nós os que entramos na batalha escolhamos as melhores armas. Rejeitaremos as batalhas religiosas, feitas pelas cruzadas antigamente. Quanto sangue foi derramado em nome de uma crença! Não! Não estamos engatilhados da forma como o mundo o faz; nossa peleja não tem em vista apontar armas que destruam fisicamente as pessoas. Pensemos em Davi, mesmo que naquela peleja o combate era físico. Façamos uma comparação quanto às armas escolhidas por ele. Ele examinou as armaduras usadas pelos soldados; aquele aparato de segurança não traria louvores ao Deus de Israel, por isso foi ousado em usar as armas que sabia usar. O estilingue e as pedrinhas eram suficientes na mão de Deus para por no pó o inimigo de Deus e de Israel.
        O que nós vamos usar na guerra do Senhor? Certamente tomaremos a arma do amor bíblico; temos em mira o bem estar do homem, mas atiraremos sim no velho homem em Adão. Nosso amor pelos homens perdidos deverá nos levar até a enfrentar a morte aqui; deverá nos levar à presença de Deus, lutando em oração e intercessão pelo bem eterno dos homens. Como ousaremos ser diferentes do Senhor? Ele se tornou perfeito homem e amou os seres humanos. Em Seu amor Ele orou, pedindo ao Pai que perdoasse Seus algozes, porque não sabiam o que faziam. O amor do Senhor fez com que Ele jamais fosse defensivo; nunca se ergueu para atacar seres caídos no pecado.
        Paulo seguiu o modelo do Senhor, pois mesmo sabendo de que o Senhor Deus age soberanamente em salvar quem Ele quiser salvar, mesmo assim colocava-se perante Deus, rogando pela nação de Israel (Romanos 9). Como Moisés amou seu povo! Ali estava um homem que se portou como verdadeiro amigo daquele povo humilde e teimoso; ele não hesitou em se colocar perante Deus, a fim de livrar Israel da fúria do Senhor, devido a adoração ao bezerro de ouro (Êxodo 32). Muitos homens de Deus foram ao campo missionário imbuídos desse tremendo amor; muitos deixaram o conforto de sua nação, a companhia de seus queridos e foram para lugares longínquos, na possibilidade de morrer por lá mesmo. Alguns de fato perderam suas vidas. Por que isso? Porque eles tinham em seus corações um verdadeiro amor em favor dos seus semelhantes, perdidos no pecado.
        Sem dúvida, o amor de Cristo deve nos constranger sempre a entrar na guerra. O conforto deste mundo tem feito com que muitos crentes vivam de forma egoísta, pois se distanciam da igreja, dos cultos e da companhia dos santos. A comunhão com o povo de Deus nos faz destemidos, prontos para uma verdadeira batalha do amor bíblico no contexto de uma igreja local. Fomos chamados a edificar, exortar, consolar, servir e orar uns pelos outros. Fomos chamados à guerra, na batalha contra as forças do mal que militam neste mundo. Vemos como satanás quer destruir tudo e todos com drogas, imoralidades, destruição da família, roubos, homicídios, etc. A igreja não pode distanciar-se dessa situação e passar de largo, ignorando sua tarefa. Os crentes foram chamados à batalha contra o mal.  
       


“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (9 de 10)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA PODE SER RESPONDIDA SE ELA APRESENTAR UMA NOÇÃO PASSIVA: “Fui purificado, limpo estou...” (Apocalipse 5:9).
        Voltemos à palavra de Deus e veremos o quanto em toda sua extensão a mensagem é uma só – Redenção, purificação pelo sangue do Filho de Deus. Quem vive sob o engano de que pode purificar-se a si mesmo dos seus pecados, realmente está longe do conhecimento da verdade revelada; vive sob o controle do orgulho próprio e caminha para perigos terríveis. Muitos aprendem, mas ignoram a verdade; muitos se esquivam, porque não creem de coração que a bíblia é a palavra de um Deus que não pode mentir, por isso prosseguem resistindo até à morte.
        Saulo de Tarso foi um dos homens mais religiosos que já existiu; seu fervor era sincero e sua dedicação era inigualável quanto aos costumes dos fariseus. Mas quando conheceu o Salvador e a salvação, a compreensão do fato que sua alma e seu coração haviam sido purificados dos seus inúmeros pecados encheu sua vida de alegria e santo temor. Seu testemunho ao escrever para Timóteo foi que, dentre os pecadores ele era o principal. No orgulho do pecado os homens nem sequer querem pensar numa confissão semelhante. Sob o engano do pecado os homens sempre acham que são mais limpos dos outros; sempre estão se comparando com aqueles que fazem coisas piores. Quando minha esposa põe roupas na máquina de lavar, algumas peças estão mais sujas que outras, mas todas igualmente precisam da mesma água, da mesma quantia de sabão em pó, etc.
        Perante a face do Santo Deus todos estão na mesma condição pecaminosa. Se o coração não foi purificado, então é fato que as mãos não estão limpas. No templo em Jerusalém nenhum sacerdote podia entrar nem no lugar santo, nem tampouco no lugar santíssimo sem purificação; a morte era certa, caso não obedecesse. Como posso ajudar uma alma endurecida? O próprio Israel, nos dias de Isaías tentava, como que manipular Deus, achando que com suas ofertas, louvores e oferendas de sangue no templo seria aceito. A nação lidava com o Deus de Israel, como faziam as nações com seus ídolos. Os homens no pecado agem assim, porque eles fabricam seus ídolos no coração (Jeremias 17:1). Quão terrível, enganoso e corrompido é o coração do homem! Se não houver um ato milagroso da parte de Deus em chamar o homem ao arrependimento; se Deus não abrir os olhos e os ouvidos da alma, certamente o homem prosseguirá assim, mesmo diante da morte.
        Olhemos o homem rico que queria fazer algo para entrar no reino (Lucas 18). Era sem medida sua ignorância quanto Àquela pessoa com quem ele conversava, pois pensava que não passava de um mestre, um rabino: “Bom mestre, que farei...?”. Não sabia que estava perante o grande EU SOU, aquele que conhecia perfeitamente sua vida e seu coração. Ele era religioso e foi criado sob o ensino da lei de Moisés; ele se orgulhava do aprendera desde sua mocidade, até que o Senhor desvendou o altar de idolatria que ele tinha no coração; ele tinha um deus chamado mamon – o deus riqueza e queria comprar um lugar no reino com o que possuía. Certamente a tristeza encheu o coração do Senhor quando ele simplesmente virou-se e foi embora.
        Não é o que acontece com muitos? Não é essa ignorância e dureza de coração que tem levado milhares para a destruição eterna? Milhares tentam obstinadamente prosseguir em caminhos perigosos, especialmente aqueles que são feitos por sistemas religiosos. Alguns confiam no batismo, outros no fato que obtiveram conhecimento bíblico, outros porque nasceram numa família religiosa, outros confiam em sua vida moral.




Pregação - Compra a verdade e não a vendas - Provérbios 23:23 - Pr. Davi...

terça-feira, 23 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (8)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA PODE SER RESPONDIDA SE ELA APRESENTAR UMA NOÇÃO PASSIVA: “Fui purificado, limpo estou...” (Apocalipse 5:9).
        Os pecadores no mundo inteiro precisam saber que tem o Salvador e Senhor que veio para salvar. O pecador precisa de alguém para salvar. É incrível como a natureza terrena e incrédula está disposta, como Israel a cavar cisternas rotas, ignorando a fonte de agua viva (Jeremias 2). É impressionante como o homem não enxerga a verdade ao seu derredor; está pronto a por toda confiança num pedaço de pau ou mesmo num pedaço de barro, que confiar no Deus da salvação. Mesmo que grite aos seus ouvidos, dizendo que “...não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe outro nome dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). Eles não ouvem! Só restou o povo pobre de Jerusalém na invasão babilônica; quem sabe a pobreza ouviria a voz do profeta. Mas ao falar com eles, Jeremias percebeu o quanto confiavam na deusa erigida por eles mesmos – a rainha do céu- e não queria confiar em Deus que havia entregado o povo nas mãos do rei da babilônia (Jeremias 44).
        Ah! Não fosse o amor inigualável de Deus, o que poderia esperar dessa raça caída? Os pés dos homens não se cansam de deixar suas marcas na areia deste mundo; são pegadas claras e inequívocas, de que eles andam pelas veredas enganosas e imundas! Como tirar os pecadores da imundície aqui? Como hienas, de longa distância eles farejam a carniça mundana. A notícia da salvação vem do céu; o Senhor da glória manda Seus mensageiros para anunciar a todos que a justiça desceu do céu para trazer a paz com Deus, mas como fazer ouvir tal notícia? Oh que mensagem cheia da compaixão de Deus! A voz vem do Deus santo; Ele está declarando que os homens se encontram em estado de completa imundície; que não há nenhum aqui que possa entrar no reino Dele, a não ser que tenha sido purificado pelo sangue do Seu Filho (1 João 1:7). Será que esse Deus não está fazendo acepção de pessoas? Claro que não! Ele mesmo afirma que tanto judeu, como gentio, todos estão debaixo do pecado (Romanos 3:9). Do nosso ponto de vista, os mais religiosos são os que mais merecem algo de bom vindo do céu. Ali estão os judeus, lutadores pela conservação da lei de Moisés e zelosos pelos bons costumes da lei. Mas Deus declara que eles são tão culpados quanto são os gentios.
        Talvez  alguém possa achar que há diferença sim; que os povos pagãos precisam mais; que a mensagem do céu deve ser enviada às tribos, mas não para os homens cultos e ricos que hoje povoam nações. Mas eles são colocados entre os gentios e condenados da mesma maneira. Se o evangelho chega pregado com trombeta de ouro para eles, nenhuma diferença será da mensagem pregada usando pobres instrumentos. Para o sedento a água é preciosa, oferecida tanto no copo de barro como num copo de ouro ou de prata. Os porcos são porcos, tanto largados no mato comendo imundície, como os criados na limpeza de um curral. O homem é o mesmo tanto faz numa tribo de canibais, quanto num belo escritório, usando um computador. O problema dele não está nos trajes rotos e imundos, nem em suas faces de rugas e falta de dentes na boca. Deus vê seus corações como o poço da perdição e cheios de imundícies praticados tanto nas lindas cidades, belas casas e lindos escritórios como ocorrem nas selvas, longe de quaisquer recursos.
        O fato é que “todos pecaram” (Romanos 3:23). Eis aí a marca que está cravada indelevelmente na testa e nas mãos de todos. “A morte  passou a todos os homens” (Romanos 5:12). Eis aí a força destruidora gravada em cada milímetro do corpo humano, trazendo horrores aqui e na eternidade.

DO SENHOR É A GUERRA (8)



“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47)
SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS MENTES E EMOÇÕES.
        Outra lição que sobressai desse tema é o fato que não ficamos intimidados em face de nossas fraquezas. O mundo chama os fortes para suas guerras; Deus chama os fracos para que por meio deles possa mostrar Sua força. Todos os servos do Senhor são homens e mulheres fracos, mas pela fé eles arrancam forças no meio da fraqueza. Não foi assim com Davi? Quem era aquele moço? O que ele tinha de forças, comparando à força de Golias? Nenhuma! Tudo aos olhos naturais diria que Davi seria morto imediatamente. Mas a fé não conta com sua força na guerra do Senhor.
        Foi essa a lição impressionante que Deus passou para Paulo, a fim de ensinar Seu servo a depender somente Dele, e assim não cair no enredo de confiar em si mesmo. Satanás sempre lida com os homens do modo natural, do ponto de vista que é compreensível aos homens. E é nisso que o inimigo do Senhor e dos crentes é pego em sua própria desgraça. Nunca Deus faz Sua obra usando o conceito humano, porque todos os feitos Dele são realizados por milagre “Ele é o único que opera maravilhas” (Salmos 106:6). Quando Moisés pensava que era o momento de entrar em ação, Deus o retirou e fê-lo ficar 40 anos longe, a fim de jamais confiar em si mesmo. Para Hollywood Moisés poderia ser bem útil, mas não para Deus. Os crentes devem saber que Deus jamais usará os que confiam em si mesmos, mas sim os fracos, os que põem a confiança inteiramente em Deus, porque é da fraqueza que Ele tira forças.
        Toda nossa força natural será usada para nossos pecados, mas nunca para Deus. Só seremos usados na guerra Dele quando dependemos Dele, caso contrário seremos esmagados e humilhados pelos poderes das trevas: “Fortalecei-vos no Senhor e na força do Seu poder” (Efésios 6:12). Sempre Deus se apodera daquilo que nada é, a fim de mostrar o quanto Ele é forte através de Seus instrumentos. Gideão devia saber que se a guerra era do Senhor, então Deus usaria somente aqueles 300 homens chamados por Ele (Juízes 7). Davi sabia disso e experimentou o quanto seu Deus era forte em vitórias esplêndidas, como contra o leão e o urso. Santos de Deus têm experimentado esse poder de Deus em todos os aspectos no decorrer da história. Grandes pregadores foram usados poderosamente pelo Senhor, quando pregaram apenas no poder Dele. Alguns que tentaram pregar confiante em sua capacidade saíram humilhados.
        Deus não precisa de nosso poder, pois Ele é Deus. Suas armas são poderosas e suficientes. Ele não se agrada da força do cavalo, nem dos músculos do guerreiro, mas sim dos humildes, os que realmente se atiram em fortes braços. Por que isso? Porque a guerra é Dele! Impressionante o que Deus fez no reinado de Davi. Este homem devia saber que o reino era do Senhor, por isso Deus apresentou para o exército de Israel homens jamais achados neste mundo; homens com os quais exército nenhum poderia vencê-los; um deles era suficiente para pelejar contra milhares e emplacar grandes derrotas nos inimigos. Qualquer nação que levantasse para pelejar contra Israel seria surpreendida com amarga decepção. Do Senhor é a guerra, tanto na história do Velho Testamento, como é agora na guerra da igreja contra o reino de satanás.
       
       


segunda-feira, 22 de julho de 2019

DO SENHOR É A GUERRA (7)


                
“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47)
SUA INFLUÊNCIA SOBRE NOSSAS MENTES E EMOÇÕES.
        Do Senhor é a guerra, e Ele mesmo ordena que lutemos. Para Josué Ele pergunta: “Não to mandei eu?” (Josué 1). Para Gideão Ele ordena: “Vai nessa tua força!” (Juízes 6); foi assim que ordenou Moisés, a fim de que encarasse Faraó sob o poder de Deus. Eu sei o quanto estamos sempre confiados em nós mesmos. Quarenta anos antes Moisés queria libertar seu povo pelo seu próprio poder, mas teve que fugir senão seria morto. Agora era o momento de ir mediante o poder de Deus, mas não queria. Israel ficou com medo de encarar os habitantes de Canaã, quando ouviram o relato dos 10 espias (Números 14). E agora? Mas quando ouviram que não iriam entrar na terra devido a desobediência, logo se dispuseram a ir. Cada crente deve encarar a guerra contra o mal enquanto aqui viver. A vida do cristão é dia a dia enfrentando aqui as hostes inimigas, o mundo e a carne. Não há trégua nessa peleja; satanás não descansa em ferir os santos, amedrontar alguns e desencorajar muitos.
        Visto que a guerra é do Senhor, fazemos pouco da oposição. Não existe uma batalha sequer para Deus que não enfrentaremos oposição. Jerusalém podia ficar do jeito que estava, os muros caídos, o templo destruído e tudo em completa miséria. Nessa condição tudo era paz e os inimigos se sentiam tranquilos. Mas quando Deus ergueu Neemias e que este homem entrou em ação, não demorou em que aparecessem os “Tobias e Sambalás”; a ferocidade do diabo faz com que ele mova multidão e planeje trapaças, armadilhas e mentiras, a fim de estragar a obra do Senhor. Tenho visto o que acontece quando sinceros crentes entram em ação na obra do Senhor. Não estou referindo às atividades religiosas, mas sim àquelas atividades ordenadas pelas Escrituras. Veja o que acontece quando os crentes aparecem para orar; quando se dispõem a ler a bíblia e encarar os cultos na igreja. Veja o que acontece quando os crentes começam a colocar a vida em ordem em seus lares, movendo tudo para a obediência a Deus. Imediatamente satanás entrar em ação para estragar tudo.
        Se quisermos providenciar uma guerra do nosso estilo, exatamente como o mundo quer, nada acontecem em termos de oposição. Aliás, satanás entra nessa “batalha”, porque é dele. Tudo o que vem de forma antibíblica e feita na energia da carne, terá a aprovação do pai da mentira e receberá seus aplausos. Essa não é a guerra do Senhor. Os santos são chamados a uma guerra desconhecida do mundo e da natureza carnal. Quando o Espírito de Deus encheu os apóstolos do Seu poder e eles, cheios do poder de Deus começaram a testemunhar em Jerusalém, não demorou em que as hostes inimigas começaram a rugir do inferno e aqui na terra os homens inimigos do Senhor entraram em ação, a fim de funcionar as prisões, os chicotes, os grilhões e as espadas. Tudo parece estar indo às mil maravilhas no Egito, até que aparecem Moisés e Arão, sob a autoridade de Deus, ordenando que Faraó libertasse o povo de Deus.
        Santos de Deus, o Senhor nos convoca a uma guerra sem trégua. Entremos nessa arena bendita, numa batalha que às vezes nos leva a tremer. Tudo parecia derrota para o exército de Deus, até que Davi entrou e desafiou o poderoso Golias, mostrando aos medrosos que a guerra é do Senhor e não do homem.

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (7)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA PODE SER RESPONDIDA SE ELA APRESENTAR UMA NOÇÃO PASSIVA: “Fui purificado, limpo estou...” (Apocalipse 5:9).
        Já vimos o quanto a pergunta de Provérbios 20:9 não tem resposta para o homem que tenta fazer para sua auto purificação. Não há fonte pura neste mundo, pois tudo aqui foi manchado e amaldiçoado pelo pecado. Todo esforço dos pecadores partirá do seu orgulho próprio, ou muitas vezes de sua ignorância. Todos os homens devem saber que a provisão para a purificação das nódoas indeléveis de nossos pecados vem de Deus e não de nós aqui neste mundo. Todos os homens são chamados ao arrependimento e à conversão, a fim de terem seus pecados apagados e perdoados.
        Chegou o momento para que chequemos o que a bíblia nos responde, apesar de ter dado a resposta ao final de cada página escrita. Mas vale a pena que nós repetidamente entremos no lugar santo e ouçamos a voz do Espírito de Deus através de Sua Palavra inspirada. Em toda extensão das Escrituras, de Gênesis até Apocalipse vemos Deus expondo aos pecadores a providência vinda Dele mesmo para tratar com nossos pecados. Aliás, vemos o Cordeiro sacrificado desde a fundação do mundo; vemos que ao sacrificar o animal, a fim de prover vestes para Adão e Eva Deus estava transmitindo a mais poderosa e brilhante mensagem de toda bíblia – a justificação pela fé em Cristo. As vestes rotas de Adão e Eva feitas de folhas de figueira mostram o inútil esforço do homem, com suas obras em tomar providência por si mesmo.
        Ao abater um animal ali Deus estava em Sua graça mostrando na pele do animal, usada para vestes, que a provisão é Dele e não do homem. Um animal sacrificado mostrou o quanto horrível foi o pecado deles; o quanto aos olhos de Deus eles estavam despidos na alma; o quanto seus corações tinham sido transformados em poço da maldade e esconderijo secreto do mal. Adão e Eva se escondendo de Deus atrás das árvores do Jardim mostram o que os homens fazem hoje, se escondendo em suas desculpas e usando “folhas de figueiras” para ocultar suas vergonhas de Deus. Que impressionante graça de Deus! O casal poderia ser imediatamente atirado na miséria eterna por um Deus que é reto e justiceiro. Se Deus fizesse isso, certamente seria justo em Seus atos de justiça e celebrado em Seus atos punitivos. Ali na queda, o homem feito à imagem e semelhança de Deus, se tornou à imagem do pecado. Perante os olhos deles não estava mais o glorioso criador, mas sim a imagem da serpente e sua sibilante voz, tão atraente e sedutora; agora eles não veem mais o ambiente de amor, comunhão, pureza e santidade, no afã de prestar serviço sacerdotal em adoração a Deus, mediante de toda criação.
        O destaque agora é a graça em Sua santa atividade; o cenário mostra o Deus de misericórdia em plena ação, a fim de livrar a coroa da Sua criação da condição servil, miserável e de eterna vergonha, devido a decisão tão abominável tomada. Deus está ocupado em realizar o trabalho que seria feita ao longo dos milênios, tendo em vista o acontecimento da cruz. Adão e Eva seriam os primeiros entre os milhões. Que obra gigantesca da salvação! Mexer com pecadores só pela misericórdia. A queda do homem não foi mero acontecimento. O pecado fez dos homens o oposto do ser humano. Deus fez o homem na criação, o pecado fez o monstro na queda. Quando Deus vai atrás do homem, não é que Ele foi à busca de um tesouro perdido. O cenário da salvação é Deus exibindo as riquezas da Sua compaixão por elementos dignos das forças operantes da Ira divina. Sem esse destaque, não vemos luz, vemos trevas e furor eterno; vemos horrores da fúria de Deus mostrando o abismo e o Lago de fogo, para mostrar o quanto os homens são dignos das mais altas expressões do furor e da cólera de um Deus Santo.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (6)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA DEVERIA CAUSAR UM IMPACTO DE DESAFIO AO PECADOR.
        Tenho feito essa pergunta a muitas pessoas e percebo que elas não têm resposta. Qual a razão? Não há como obter um coração purificado do pecado neste mundo; todos nós estamos conscientes de nossa miséria e da escravidão do pecado. Todos nós estamos conscientes da poderosa morte que nos cerca e que a qualquer momento seremos arrebatados deste mundo para entrarmos no lugar eterno. Nossas consciências nos acusam de sermos culpados perante Deus. E mesmo que dissermos que temos nossos corações purificados; que com nossos meios conseguimos realizar esse inaudito ato, ainda assim estamos conscientes de que a todo instante somos massacrados pelo pecado. Isso significa que precisaremos desse meio de purificação todos os dias, até nossa morte.
        Outro detalhe é que não sabemos o momento de nossa partida deste mundo; não sabemos se será hoje ou amanhã que iremos deixar esta vida para enfrentarmos o juízo e o Juiz. Pode bem ser que agora eu me sinta purificado, mas o que será daqui a um dia, ou um mês? Não é verdade que pecamos no uso de nossos lábios? Não é verdade que nossos caminhos tortuosos mostram o quanto nossos pés estão sujos e nossas mãos contaminadas? Não é verdade que minha mente e emoções se divertem com pecados ocultos que tanto amamos? Assim, a pergunta de Provérbios deve causar um grande despertamento em nossas vidas. Como somos frágeis aqui! Ora, a Bíblia mostra nossa origem, que vimos de um pai que pecou e que estávamos nele no Éden naquela cruel decisão. Provamos isso em nosso modo de viver. O que recebemos de nossos pais? Poder para salvar a nós mesmos? Claro que não! Recebemos uma natureza que nos habilita a servir a Deus, caminhar para o céu e trilhar o caminho de santidade? Claro que não!
        Recebemos a inteira disposição para pecar e depois ser sacado pela morte. Além disso, o que faremos aqui? Deixamos um legado de bênçãos? Claro que não! Deixamos filhos nascidos segundo nossa imagem pecaminosa. O que parece ser motivo de festa para nós é causa de tristeza no céu e motivo de expectativa para o inferno. A purificação dos nossos pecados é o único meio para que sejamos livres da escravidão aqui e da condenação do inferno. Se eu posso me purificar e livrar a mim mesmo da penalidade eterna, significa que tenho comigo o meio que todos os homens potencialmente possuem, porque não sou diferente deles. Se eu estiver me sentindo seguro nisso, significa que sou eu mesmo meu próprio advogado e que tenho poder de julgar a mim mesmo, para trazer o livramento. Noutras palavras, estou declarando que tenho comigo o poder de perdoar, justificar e libertar a mim mesmo. Estou afirmando que eu mesmo estou livre do inferno e que eu mesmo abri as portas do céu para meu acesso lá.
        Além disso, nessa vã confiança estou dizendo que não preciso de Deus; que Ele me elogia e declara que achei o meio de salvação por meu próprio braço. Digo mais que estarei afirmando que toda obra feita pelo Filho de Deus ali na cruz foi vã; que eu não precisei Desse Salvador. Estarei afirmando que “meu próprio braço me trouxe a salvação”. Assim sendo, no íntimo estarei rasgando as Escrituras e xingarei a Deus de mentiroso, porque as afirmações Dele a meu respeito não passam de mentiras. Também, do mesmo modo que eu mesmo consegui a salvação poderei também viver como eu bem quiser.
        No íntimo é isso o que ocorre no coração do soberbo. Milhares andam assim e se orgulham desse estilo de vida. Mas, quão perigosa é essa jornada! Acorde meu amigo, porque ciladas mortais estão preparadas ao longo do caminho de sua vida, caso não arrependa e converta a Cristo!

quarta-feira, 17 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (5)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
O DESAFIO DA PERGUNTA MOSTRA O TERRÍVEL PODER DO PECADO.
        Responder que pode purificar seu coração e limpar-se do pecado revela o quanto a alma está enganada, pois desconhece a verdade do pecado. O que o pecado fez do homem? Em João 8 nosso Senhor encarou os judeus, dizendo que eles não passavam de pobres escravos do pecado. Isso significa que o pecado na alma age como um poderoso senhor, dominando a mente, emoções e controlando toda vontade do homem. Quanto aqueles pobres judeus estavam iludidos! O próprio pecado os mantinha iludidos, achando que eram livres; nem sabiam que eram pobres escravos, vendidos ao pecado e algemados aqui, caminhando para a escravidão eterna.
        É tão forte o esquema do pecado no coração que o homem nem percebe o quanto seu coração é imundo. Por fora não parece ser, mas a sujeira é vista por Deus. Ele está, da cabeça aos pés completamente incapaz de servir a Deus. Ele é cerimonialmente impuro; nada nele é aceitável para dar louvores, sacrifícios e prestar qualquer serviço ao Senhor. A limpeza externa não pode retirar um coração manchado. Em Isaías 64:6 diz que o homem é imundo. Em Tito 3:5 Paulo afirma que fomos lavados pelo poder do Espírito Santo. Em João 15 nosso Senhor declarou que Seus discípulos foram lavados pela palavra que eles ouviram. Toda essa linguagem mostra que a sujeira do pecado no homem é irremovível, a não ser que Deus mesmo venha tirá-la. Ora, o que o pecado fez com o homem na queda? Aquele que fora criado puro pelo grande Deus e Criador, tinha caído como que na fossa; da cabeça aos pés estava tomado de toda imundície; era um imundo em todos os sentidos, por essa razão foi expulso do jardim (Gênesis 3).
        Caro leitor, o pecado nos deixou por natureza completamente distante da glória de Deus. Somos como mendigos, desprovidos de quaisquer recursos espirituais. Nascemos fora do palácio e andamos como sujos e errantes pelo mundo, devido nossa voluntária queda em Adão. Como cegos estamos desprovidos da visão que nos faz ver a glória de Deus (Romanos 3:23). Não apenas estamos impossibilitados de ver a glória de Deus no céu, como também de ver a glória de Deus aqui. Mesmo atacada e manchada pela invasão do pecado, a criação inteira revela as maravilhas do Criador. Mas nosso estado de imundície nos colocou como cegos; distantes de Deus o homem vive como um fora da lei, um forasteiro, errante, buscando satisfação física com as paixões que este mundo oferece. Mesmo numa igreja, o sujo não pode adorar a Deus; não pode ser um sacerdote e é completamente inaceitável na presença gloriosa do grande Senhor. Homens que foram salvos e purificados sentiram o horror da presença majestosa de Deus, quanto mais aqueles que ainda não foram resgatados dos seus miseráveis pecados.
        Quantos tenho visto que estão fazendo de tudo para parecer que estão limpos! Satanás esperto pai da mentira vai continuar manipulando e dominando a mente de milhares com atrativos religiosos. Pensando que estão limpos, muitos acham que estão em condição de receber bênçãos aqui e que após a morte poderão entrar no Paraíso celestial. Saiba agora a resposta dada pela Palavra de Deus: “Nela (na cidade celeste) não entrará nada que seja impuro, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro” (Apocalipse 21:27). Por esse verso percebemos o quanto Deus leva a sério a limpeza espiritual do homem. De tal maneira que Ele aprouve levar para o lar eterno pecadores que Ele os inscreveu no Livro da vida, de quem? Do Cordeiro! Isso significa que essas almas que ali entrarão foram purificadas pelo sangue desse Cordeiro! Isso significa que não há outro meio; que não há como escapar dessa situação onde o pecado deixou o homem. Não é o momento para arrependimento e sincera conversão?

DO SENHOR É A GUERRA (6)



“Toda esta multidão saberá que o Senhor salva, não com espada, nem com lança. Porque do Senhor é a guerra, e ele entregará todos vós nas nossas mãos” (1 Samuel 17:47)
O GRANDE FATO: DO SENHOR É A GUERRA.
        O fato que a guerra é do Senhor, necessário é que combatamos somente pelo Seu poder. Quando Josafá ouviu que um ajuntamento de exércitos viria contra Jerusalém para destruir a cidade e o povo, eis que imediatamente passou ele a clamar com todo povo pelo livramento do Senhor. A resposta de Deus foi que naquela batalha eles nada iriam fazer, senão se ajuntar no Vale das bênçãos para entoar louvores ao Senhor; eles não teriam que usar suas armas, porque aquela batalha era de Deus, e assim a vitória incrível veio, de tal maneira que Josafá e o povo foram pegar os despojos no meio dos mortos (2 Crônicas 20).
        No combate pela causa do Senhor e contra as trevas, Deus requer que creiamos Nele. Saul tinha medo; desconhecia o fato que a guerra de Israel pertencia a Deus. Aquele homem soberbo queria o reinado para si; era um político com intenções perversas no coração. Por essa razão confiava numa armadura que nem ele mesmo, nem os seus soldados queriam usar para enfrentar o poderoso Golias. Davi via a guerra como sendo de Deus; para ele desafiar o exército de Israel era uma atitude arrogante e suicida da parte daquele guerreiro filisteu. Os crentes são chamados para a batalha, mas só podemos enfrentar os hostis e perigosos inimigos no poder de Deus. Nem sequer podemos imaginar o quanto nossos inimigos invisíveis são poderosos.
        Quando Pedro pensou que poderia com seu poder ir com Cristo até à morte, eis que satanás já havia pedido para peneira-lo. E de fato provou que nada era para enfrentar as hostes que o Filho de Deus sozinho enfrentou. Os que pensam que podem derrotar o império das trevas pelo poder humano, estão perigosamente enganados e equivocados. Os que confiam em suas habilidades, poderão ser eficazes quando lidam com os homens. Alguns confiam na cultura e são hábeis em lidar com os homens usando estratégias da psicologia ou outros métodos. Mas nada disso tem qualquer serventia para Deus. Cultos ou incultos devem saber que Deus usa os humilhados e que buscam forças somente no poder da Sua graça. Certamente Deus usará as habilidades naturais dos homens, quando elas vêm consagradas ao Senhor. Nas batalhas do Senhor tudo de nós deve estar inteiramente santificado para o uso exclusivo Dele e todos os crentes deve estar submissos e obedientes ao Rei.
        Não podemos esquecer que sofreremos vexames, se lidarmos contra os poderes das trevas confiando em nós mesmos. Homens e mulheres que não oram constantemente estão desqualificados para isso. Os poderes das trevas pisam os arrogantes e os esmagam como vermes. Homens e mulheres que não se importam com a Palavra de Deus no viver diário não passam de mosquitos no tocante à guerra contra o mal. Deus aprouve usar Davi; era ele o escolhido para que o Nome do Senhor, o Deus de Israel fosse glorificado naquela batalha. Deus aprouve usar homens e mulheres simples; aqueles que realmente confiam no Senhor e dependem Deus. São esses que não correm nem estremecem diante das ameaças. São eles que se ajuntam em oração com os irmãos; são eles quem apoderam da verdade no coração e entram no poder de Deus na guerra diária contra o mal.