quarta-feira, 27 de março de 2019

A ETERNA CONQUISTA DA REDENÇÃO (1)



“Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor. O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor” (ISAÍAS 59:19-21)
INTRODUÇÃO:      
        Prezado leitor, o capítulo 59 de Isaías nos traz primeiramente a condição tão terrível da situação do homem em Israel. Porém, todo esse desenrolar da miséria do homem no pecado, conforme o texto inteiro nos apresenta, tem em vista mostrar a necessidade do Redentor que Deus haveria de mandar; o braço forte do Senhor viria a Sião, e assim traria a salvação aos que haveriam de converter. Assim, as lições posso resumi-las assim:
        1.     A triste condição do homem no pecado, exemplificada na situação de Israel. O que o Espírito Santo está querendo nos ensinar é que, sem a atuação do forte braço do Senhor, não há possibilidade de salvação. Não há esperança nem para Israel nem para o mundo inteiro sem o Salvador prometido. Essa é a principal mensagem que nos é transmitida em toda extensão desse maravilhoso livro, bem como em toda Escritura.
        2.     Conforme vemos especialmente no capítulo 59, tudo o que vem do homem é pecado, só serve para a destruição e atrai o      juízo de Deus. A situação neste mundo fica mais grave ainda, enquanto os homens não conhecerem o bendito Salvador. Os homens não terão condição de viver a vida real aqui, se não houver em seus corações o temor devido ao Senhor.
        3.     A salvação é buscada pelos eleitos: “Os que se converterem...” e eles clamam mostrando a triste condição na qual se encontram. O texto inteiro mostra que há homens que clamam, que buscam socorro, querem uma porta de escape para saírem da angustiosa situação no pecado. E esses homens são o povo eleito, o remanescente, o restante. Que mensagem incrível da obra soberana do Senhor!
        4.     O Salvador apresentou-se como o perfeito salvador, com condição exata para conquistar tão grande salvação e alcançar os pecadores eleitos. Em todo livro de Isaías Deus está preparando o palco para apresentar Seu Servo e isso acontece no capítulo 53, onde nosso Salvador, o Servo sofredor aparece em Sua condição de humilhação, morte e sepultamento, a fim de justificar a muitos.
        5.     Por fim, a grande conquista da cruz derrotou todo império inimigo e conquistou para Deus toda glória decorrente da salvação. O livro de Apocalipse narra o final dessa maravilhosa conquista. Que maravilhosa obra de arte do Senhor! Que maravilhosa história que nos foi contada! Que grande salvação tem o crente aqui e quantas maravilhas eternas lhe esperam na eternidade!
        Minha esperança é que Deus venha abrir nossos olhos, mais e mais, a fim de que conheçamos suas verdades inspiradas nesse incrível capítulo 59 de Isaías. Minha esperança, também é que meus leitores sejam edificados e que assim cresçam na fé e num amor impressionante pelo Senhor que lhes amou. Vamos agora vislumbrar essa parte final a fim de que conheçamos a mais preciosa e inaudita história, da qual todos os verdadeiros crentes fazem parte e que transmite a resposta aos pecadores arrependidos. A mensagem que o capítulo 59 de Isaías nos traz é a mensagem do evangelho aos pecadores. Ouvidos arrependidos querem ouvir e os santos querem exaltar o Senhor em toda maneira de viver.

        





FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (2)


                                      
“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA POR GERAÇÃO.
         Tendo introduzido o assunto na primeira página, agora é o momento para tratar o tema acima e espero fazê-lo com clareza, seguindo sempre o padrão da palavra. Não é prazeroso para a natureza adâmica ouvir acerca desse assunto tão humilhante, mas o fato é que a palavra de Deus não encobre nossa situação. Satanás, o anjo que vezes após vezes se transfigura em anjo de luz, procura incessantemente esconder as verdades tão claras acerca do homem conforme o ensino procedente da palavra de Deus. Esses ensinos não são achados nas escolas e faculdades deste mundo, porque a meta é manter os homens como sempre são, soberbos e religiosamente presunçosos. Creio que nem mesmo na maior parte das igrejas evangélicas os pregadores e ensinadores passam os fatos acerca do homem, conforme a bíblia nos entregou.
         Ora, de onde procedemos? Será que a raça deriva-se de duas ou mais famílias? Tem uma família que veio da queda e outras que originaram de pais melhores? Claro que não! Eis a resposta bíblica: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Romanos 5:12). Veja bem que destaquei “um só homem”. Neste mundo eu conheci acerca de minha família Sena e sei de milhares de outras famílias, como Soares, Brito, Gonçalves, etc. Alguns até mesmo se gloriam pelo sobrenome da família, ou porque têm parentes famosos e ricos. Mas quando abrimos as Escrituras, eis que vemos as coisas como realmente elas são, contadas fielmente por um Deus que é fiel. É claro que nas genealogias Deus destaca sempre o fato que fulano é filho de sicrano, como: “Salomão, filho de Davi e este filho de Jessé”. Mas percebemos o quanto Deus faz a ligação direta nossa com o primeiro pai – Adão.
         Uma outra forma de entendermos isso está na entrada do pecado. Vemos que não há uma pessoa sequer neste mundo (fora Jesus) que não tenha nascido com a natureza pecaminosa. O que acontece é que não atinamo-nos para esse fato, a não ser quando Deus nos transporta em humilhação para o “vale” da nossa procedência. Davi experimentou esse fato, após ter visto a enormidade do seu pecado e transgressão: “Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Num mundo tomado de orgulho, vaidade, posição, fama, discriminação racial, etc. somente Deus pode levar os homens ao pó; somente Deus pode derrubar homens dos seus tronos; somente Deus pode fazer uma arrogante “árvore” tombar; somente Deus pode fazer uma toga ser arrastada na lama e um grande nome ser manchado de vergonha.
         Outra forma de ver essa procedência nossa está na própria morte. Ela mostra o quanto todos, sem acepção de pessoas, sofrem as mesmas dores, os mesmos distúrbios e que ela – a morte não é generosa com uns e mesquinha com outros. Ela não olha beleza, nome, bens, nem tampouco pobreza. A morte é, de fato uma experiência comum a todos os homens, conforme Davi disse a Salomão pouco tempo antes da sua parte: “Eu vou pelo caminho de todos os mortais”. Nosso Senhor e Seus profetas e apóstolos jamais ovacionaram os homens. Eles sempre mostraram o estado de horror de todos, chamando de “raça de víboras”, sem qualquer parcialidade. Quando enfrentou os arrogantes judeus, os quais achavam que eram de descendência distintamente religiosa, nosso Senhor lhes disse claramente: “Vós tendes por pai o diabo...” (João 8:44).

terça-feira, 26 de março de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (1)



                                                

“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
        INTRODUÇÃO:      
        Como a Palavra de Deus é reveladora! Ela somente pode desvendar o coração do homem e mostrar, sem qualquer acepção de pessoas quem é o homem em Adão. Efésios é uma cartas que mais tratam das maravilhas da graça, da doutrina da eleição e dos maravilhosos atos soberanos da parte de Deus em favor do Seu povo – a igreja. Mas por outro lado é uma carta que nos humilha, porque ao entrarmos no capítulo dois vemos essas palavras que expressam a condição dos crentes quando estavam ainda atirados no mundo, perdidos em seus pecados. Tudo isso vem nos humilhar; tudo Deus faz para mostrar que não fomos escolhidos porque havia algo bom no velho homem que tombou na queda. Reitero isso porque sei o quanto nós somos demasiadamente orgulhosos. Mesmos os crentes tendem a desviar seus olhos da verdade para tentar navegar no mundo cheio de mentiras erguidas pelo diabo a nosso respeito. Tudo o que o mundo fala a nosso respeito é mentira, mas tudo o que a maravilhosa palavra de Deus fala a meu e a teu respeito é totalmente verdade.
        Aliás, Deus faz isso em toda Escritura. É impossível ler a história de Israel, sem ver o quanto Deus chama a atenção pela devassidão, ingratidão e idolatria de uma não que tudo recebeu de Deus, privilégios jamais obtidos por outros povos. Deuteronômio 9 é um relato daquele episódio de inimaginável rebelião de um povo, que mesmo vendo tudo o que Deus havia feito, teve coragem de unir-se para fabricar um bezerro de ouro, a fim de adorá-lo. Deus ouviu as súplicas e intercessões de Moisés e assim não estendeu sua mão para matar todos os rebeldes. Basta uma leitura superficial do Salmo 106 e teremos o relato da caminhada rebelde, ingrata e profana da nação, de como um povo que poderia ser feliz, preferiu a miséria, devido as atitudes de pronta rebelião e desprezo a um Deus que usou de bondade. Aliás, a nossa história de um povo terrível, depravado e vil tem como finalidade engrandecer a glória de um Deus soberano e gracioso, que age livremente em misericórdia por homens e mulheres que merecem o castigo eterno.
        Por esse fato, vale a pena que examinemos de perto esse texto e tomemos essas verdades, a fim de que mantenhamos nossas cabeças baixas, em humildade, contrição, dependência de Deus e em ações de graças. O texto claramente afirma que éramos “filhos da desobediência”, referindo à nossa condição em Adão. O texto nos une à população mundial; nos liga aos milhões que já morreram e nos mostra como foi que Deus em graça poderosa chegou a nós. O texto tem em vista nos mostrar que a sublime posição que temos agora em Cristo é completamente oposta à posição que tínhamos em Adão e que tudo isso foi porque Deus fazê-lo. Tudo tem em vista que acordemos e atinemos para esses fatos, a fim de que sejamos um povo humilde e cheio de temor.
        Mais do que tudo, o texto tem em vista nos preparar para as grandes exortações no viver desse novo homem em Cristo. É para que brilhemos a glória de um povo que agora é chamado de “filhos da obediência”. Que ligação incrível! Adão é o modelo da desobediência e nós estávamos ligados a ele. Cristo é o modelo da perfeita obediência e agora nós, pela graça fomos unidos à Sua vida. Nestes dias tão maus e carregados de mentiras; nestes dias quando muitos falsos crentes mostram que nem sequer interessam por verdades tão preciosas como esta, é preciso que os santos saibam dessas coisas; eles não fogem, eles se humilham e encaram essa verdade dando glórias e graças ao Senhor.




sexta-feira, 22 de março de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (11)



“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        O Senhor no texto acima está mostrando à nação de Israel que sem a poderosa mão do Senhor não há como salvar os homens; que quando Deus retira Sua obra vivificadora do meio dos homens, eis que eles continuarão surdos, endurecidos e rebeldes em seus caminhos. Quando isso ocorre a impressão é que Deus perdeu Seu poder; que Seus recursos de salvação se esgotaram e que deixou de ser Ele o salvador. Mas o que Ele afirma é que Sua mão não está encolhida e que Seu ouvido não está surdo. Sua “mão” refere-se à Sua capacidade de agir soberanamente em Seus atos de salvação no meio dos homens. Sem essa atuação poderosa os homens ficam entregues a si mesmos e incapazes de salvar a si mesmos. Seus “ouvidos” signifique que Ele está apto para ouvir o clamor dos homens: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13).
        Quando parece que Deus está longe; que Sua obra de salvação não acontece mais; que Ele mudou Sua atitude para com os homens, eis que satanás aparece para infundir mais orgulho nos corações e para que os homens acreditem em si mesmos. Foi assim nos dias de Isaías e é exatamente o que acontece em nossos dias. Quando o Senhor não está presente com Sua atuação misericordiosa entre os homens, eis que satanás entra em ação com sua atuação, trazendo soberba religiosa. Nesse caso, eis que os homens se erguem para mostrar o quanto são religiosos; o quanto são capazes de fazer coisas espirituais. Não há situação mais grave do que quando os homens tomam atividades religiosas para encobrir seus trapos; quando se vestem de roupagens belas de justiça própria.
        Quão enganoso é o pecado! Quando os homens sobem na euforia de que são espirituais e que estão impressionando Deus com suas obras, eis que sem perceber estão subindo às alturas mais perigosas e de lá hão de cair. Ai dos homens quando eles começam a achar que suas mãos são fortes para conquistar suas proezas e que seus ouvidos estão aptos para ouvir o clamor de Deus. Não é o que está acontecendo em nossos dias? Não há mais pregação contra o pecado; não há necessidade de um Deus que opera maravilhas, especialmente dando aos homens o poder de crê Nele. Agora o que os homens pensam é num Deus que diz aos homens: “Seja feita a vossa vontade, assim no céu, como acontece na terra”. Satanás instilou essa mentalidade perigosíssima nos homens e isso é sinal de juízo que há de vir. Enquanto essa nuvem de engano encobre a realidade do coração, eis que o mal avança, o pecado cresce tremendamente, as mentiras religiosas vão tomando formas mais hediondas e as maldades vão crescendo mais e mais na sociedade.
        Não é o momento para um grande avivamento? Não é o momento para que em oração busquemos a presença graciosa de Deus em nosso meio? Não é o momento para que os verdadeiros crentes se unam para um clamor, para que o Senhor volte em Seus atos misericordiosos em favor desta raça que tanto se evolui em maldade? Que nossos corações sejam tomados do sentimento da compaixão de Deus! Que lutemos em desespero para que manifeste Seu forte braço salvador no meio desta raça que avança para a destruição eterna. Não tem outra solução para os pecadores, senão o arrependimento, caso contrário o juízo está aí batendo às portas. A mão do Senhor não está encolhida para salvar, nem está encolhida para julgar. O que queremos da parte do Senhor agora?

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (11 de 11)



“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO
        O período em que a maldade parece reinar, na realidade é Deus permitindo, a fim de trazer ao mundo a santidade de Seu juízo e justiça. O Rei é glorificado em Suas demonstrações de compaixão e também em Sua ira. Não há como escapar disso. A história das nações ficou para mostrar o quanto o Rei da glória atua em deixar as marcas de Seu intenso ódio contra o mal. Tomemos Babilônia como exemplo, pois o que foi profetizado contra aquela poderosa nação, realmente foi executado no devido tempo, pois os escombros ficaram para o mundo ver que reina o Senhor (Jeremias 51). O livro de Habacuque é a profecia de que Deus havia erguido aquele povo perverso a fim de ser instrumento de Sua punição contra o mundo.
        Temos de entender o que Deus está fazendo na face da terra. O grande Rei não está longe; não está ocupado com os assuntos celestiais de tal maneira que esqueceu daquilo que ocorre aqui na terra. O secretário de Jeremias – Baruque estava em depressão ao ver as guerras e Jerusalém ameaçada de ser destruída. Ora, todos os sonhos de Baruque estavam, como que indo abaixo. Mas o Senhor o chama, a fim de dizer-lhe que estava fazendo uma limpeza na face da terra; que Ele estava simplesmente arrancando o que havia plantado e que estava destruindo o que havia edificado (Jeremias 45). Podemos nós entender que a mão Daquele que reina está sobre acontecimentos tão devastadores, causando a morte de milhares de pessoas? Claro! Ele é chamado de Senhor dos exércitos; Ele afirma que dá vida e que mata; que destrói o soberbo, mas exalta o humilde. Não há sequer um milésimo de espaço neste mundo que fica sem receber a presença justa e santa do Senhor.
        Em Seu reinado, o Senhor não suporta a soberba, pois tal atitude é sinal de independência de Deus; o soberbo é um tipo de “corpo estranho” na face da terra; é alguém querendo se igualar à divindade em seus pensamentos e atos. Se for uma nação inteira que vive assim é certo que os olhos do Senhor e Sua face estarão voltados para exterminar tais elementos da face da terra, assim como Ele fez com Sodoma, Gomorra e com outras nações no passado. O Rei tem o direito de usar o que Ele quiser e quem quiser para punir o culpado. A Ele toda glória! E ai daquele que quiser tomar posse dessa posição que pertence tão somente a Ele!
        Quero finalizar esta mensagem, a fim de mostrar que o Senhor exige humildade da parte do Seu povo. Ele purifica a casa Dele, antes de invadir o mundo com Sua espada. Ele atinge aqueles que carregam Seu Nome e leva nos ombros Seus santos utensílios. Os crentes são os representantes diretos do Senhor na face da terra, por isso devemos nós tomar a atitude certa de súditos humildes, fazendo o serviço aqui que Ele nos entregou. Foi essa a mensagem que Ele transmitiu ao Seu servo Jó e várias vezes no livro Ele refere-se a Jó como “meu servo Jó”. Aquele crente, de muitas coisas não sabia, mas o Senhor em Sua bondade explicou a ele a razão de tanto sofrimento pelo qual passou.
        Nós os crentes devemos humildemente suportar as aflições, lutar para que cumpramos nosso serviço que Ele nos confiou. Que nós os crentes sejamos diferentes, mostrando que servimos ao Rei e que é assim que podemos servir melhor a este mundo. Foi essa a atitude de Daniel e seus amigos, os quais no meio da impiedade não se corromperam. Quando o reino celestial brilha em nossos corações, fazendo de nós servos fieis, então o mundo pode ver quem é o Deus soberano, o qual opera com Seu poder, fazendo o que Ele bem quiser, porque agrada a Ele.   
        Reina o Senhor! Aleluia!





quinta-feira, 21 de março de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (9)



“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        Já pude mostrar rapidamente como Deus encara a prática da iniquidade. Já vimos que Ele vê como imundície e como inimigos. Alguns querem fazer diferença entre o Deus do Velho Testamento e o Deus do Novo Testamento. Muitos fazem isso para mostrar a diferença entre a lei e a graça, dizendo que a lei mostra a ira de Deus, enquanto a graça mostra Seu amor. Mas quero mostrar que a diferença está no fato que na lei Deus lidava de uma forma diferente com Seu povo – na aliança da lei. Mas a graça incrivelmente aparece na escuridão da lei. Na graça não vemos mais as ameaças da lei sobre o povo de Deus. Os que estão em Cristo são para sempre livres da maldição da lei.
        Mas a graça, vezes após vezes faz com que o mundo saiba que Deus é um Deus de ira para os que vivem na prática da iniquidade. Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes (Atos 2), o apóstolo ergueu a voz da lei, a fim de mostrar o terror que pairava sobre aquela multidão culpada pela crucificação do Senhor. Foi a mensagem em Joel que despertou o grande avivamento na salvação de três mil almas. Em Jerusalém Pedro pregou novamente e disse ao povo: “Arrependei-vos e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados...” (Atos 3:19). Eis aí Pedro pregando ao povo o terror de um Deus de Ira e da necessidade de humilhação da parte dos homens, a fim de achar perdão e salvação da parte do Salvador. Deus enviou Seu Filho ao mundo, a fim de que na cruz tirasse o pecado do Seu povo. Enquanto os santos vivem debaixo do amor de um Deus santo, eis que os ímpios estão sob a ira desse Deus (João 3:36)
        Podemos assegurar que as iniquidades são invasores, os quais entraram neste mundo para conspurcar a criação. A criação sofre os efeitos das iniquidades dos homens e o grande Deus há de incendiar a criação, a fim de apagar qualquer vestígio dessa praga que entrou na queda. Vejamos como o mundo sofre os efeitos devastadores do pecado e não há aqui como desarraigar a corrupção e a maldade. Os crentes sabem bem como o mal é assolador. No Salmo 37 vemos ali o Senhor mostrando que são os crentes, justos e mansos os únicos que Deus autorizou a viver na terra e utilizar dela. Ele afirma que há de destruir os que assolam a terra, assim como lutamos para tirar as sujeiras e imundícies do nosso corpo e do ambiente onde vivemos.
        Sabemos também que as iniquidades são causa de imediata punição. Não há como Deus aliar-Se ao pecado; não há como o Santo unir-se à impureza, maldade e injustiça. Pelo contrário, Deus aponta Suas armas contra o mal e contra os que praticam maldade (Salmo 7). Ele ordena que os crentes se afastem das trevas e da companhia dos que praticam a iniquidade, porque eles são alvos da ira de Deus. Além disso, as iniquidades aparecem para desafiar o trono de Deus. Os homens no pecado estão na prática declarando guerra contra Deus; estão dizendo que Deus é cruel em Suas leis e ordenanças. Eles estão declarando que não concordam com a criação e querem mudar as perfeições de Deus.
        E quanto mais vai chegando o fim dos tempos, mas essa disposição de anarquias avança. Quando Deus solta os homens eles dão vazão a sentimentos terríveis e perversos. Homens querem dizer que são mulheres e mulheres querem ocupar o lugar dos homens. Sodoma e Gomorra se tornaram o exemplo de como Deus separa um lugar para a demonstração da força da Sua ira. E Ele fará isso mundialmente, quando do céu desferirá Seus golpes de fúria contra um mundo terrivelmente entregue às maldades.

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (10 de 11)


                
“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO
        Sei que não estou dando uma exposição exaustiva acerca do tema. Estou plenamente consciente de minha inabilidade para tal obra. Tem muita coisa escrita com profundidade sobre o Reino do Senhor e nós podemos tomar posse daquilo que homens de Deus deixaram como preciosos legados ao povo de Deus. Quero ser um cooperador na obra de edificar os santos na verdade que nos foi entregue e faço isso com alegria e prazer em meu coração.
        O Senhor reina agora e sempre reinará. Haverá o tempo quando todo lixo de maldade será tirado e o lugar de punição eterna revelará a glória desse Deus Santo e puro. A presença do mal agora não significa que a maldade reina e que Deus é inoperante em Seu governo. A presença do pecado, do diabo, da morte e tantas maldades resultantes, na realidade é Deus exibindo atributos que jamais seriam conhecidos, não fosse a presença dos inimigos. O mal não afugenta a santidade, assim como as trevas não podem retirar a luz. O reino da verdade impera e faz o mal submeter-se para a glória de Deus. Deus utiliza o mal para Seus atos de disciplina sobre a terra. Para Israel, a travessia no deserto até Canaã foi algo duro e aparentemente cruel, mas no final vemos Deus afirmando que deixou Seu povo passar fome para ensinar-lhe disciplina, e mesmo na dura jornada o povo de Deus pode ver o quanto Deus cuida dos Seus de uma forma sábia.
        Ele não deu sempre o que o povo queria, mas sim o que precisava, pois não faltou o pão, a agua, as vestes e o calçado não estragaram. Por outro lado, os rebeldes e incrédulos foram mortos e serviram como estercos no deserto. Esse é o sistema do Rei governar Seu povo e entendemos que Ele age assim no viver de cada crente. Ele está implantando no mundo a glória do Seu grande nome na face da terra. Se nós os crentes aprendermos a viver na santa dependência Dele, quão felizes e seguros viveremos na jornada até ao céu! Vejo o quanto hoje muitos chamados crentes desconhecem o sistema do reino de Deus. Muitos querem ter certeza de salvação, desejam entrar no céu, mas aqui mostram que são indiferentes ao comando do Senhor no viver. Cristo veio salvar um povo que antes era chamado de filhos da desobediência, mas que agora tem posição diferente, pois são os filhos da obediência. A ligação com o Adão desobediente foi mudada para uma ligação eterna com o Adão obediente.
        Isso faz completa diferença. Ter certeza de salvação e não andar na fileira de homens e mulheres disciplinados pela graça não faz sentido. Os crentes fazem parte do reino de Deus e nesse reino eles têm um Rei. Nós os crentes recebemos ordens, mas acontece hoje é que os chamados crentes querem dar ordens ao soberano. O mundo é uma exposição de homens e mulheres no pecado, cada um seguindo seu próprio rumo. Mas não é assim com os crentes. A beleza do cristianismo está no fato que os salvos foram santificados por Deus e se santificam para Deus. É isso que paralisa o mundo, pois os santos ocupam cada um seu lugar de servos e de súditos no reino.
        Ora, a bíblia é um livro de ordenanças vindas de Deus e se espera que os salvos obedeçam ao Senhor. O mundo cada vez mais se organiza para declarar guerra contra a beleza da criação de Deus, mas a graça veio para usar os crentes, a fim de adornar a criação com os princípios da santidade. Cada crente ocupando seu lugar em temor; cada um honrando ao Rei. Ele dá ordens às mulheres casadas; aos homens como esposos, aos filhos que ocupem o lugar de filhos. O Rei ordena que os santos lancem fora maus costumes e palavras torpes; que joguem para longe toda ira, vingança, etc. e que conquistem as perfeições do novo homem em Cristo, à medida que avançam rumo à perfeição final.

quarta-feira, 20 de março de 2019

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (9 de 10)



“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO
        Os reis e governantes deste mundo sempre perdem de vistas elementos insubordinados. Mas o Reino de Deus é diferente, porque em qualquer lugar deste mundo, onde pusermos nossos pés e tocarmos com nossas mãos, ali está a justiça de Deus presente. Então, é impossível escapar dos olhos santos, justos e retos Daquele que reina. Alguns elementos Deus autoriza que traga punição onde precisa haver punição, mas logo o juízo recairá sobre sua cabeça. O pequeno livro do profeta Obadias relata os avisos de Deus contra o povo edomita. O que eles fizeram? Eles tinham ódio de Israel e aproveitaram quando o povo estava sendo massacrado pelos caldeus, a fim de mata-los também. Notemos que Deus permitiu, mas pelo profeta Obadias veio o aviso de que o mal que eles fizeram recairia sobre suas cabeças, como de fato veio e assim o Senhor baniu os descendentes de Esaú da face da terra.
        O reino do Senhor alcança todos os lugares e todas as nações. Não há quem possa escapar de Sua mão. Ele permitiu que Amnon, filho do rei Davi praticasse aquela maldade contra sua meia irmã. Amnon era um dos instrumentos da ira de Deus contra a maldade de Davi, cometida contra Urias e sua casa. Deus apenas soltou a besta fera da crueldade oculta no coração de Amnon, mas quando fez o que fez com a jovem indefesa, imediatamente o juízo envolveu a vida daquele moço e seu ato foi odioso e odiado, vindo a ser assassinado pelo seu próprio irmão (2 Samuel 13). Quando Deus quis punir o rei da Síria, Ele simplesmente soltou a perversidade de Hazael, a qual estava oculta em seu ser até a ocasião favorável (2 Reis 8:7-15). Saul falhou em cumprir a ordem do Rei do céu, não desarraigando os amalequitas da face da terra, mas não demorou em que Samuel chegasse e executasse o perverso rei dos amalequitas – Agague (1 Samuel 15).
        Os atos do grande Rei nem sempre são nem serão vistos pelos homens. Deus revela o que está fazendo pelo tempo e agenda Dele e não nosso tempo e agenda. Foi após muitos anos que Ele despertou Faraó no sonho, a fim de que José se apresentasse e revelasse o que Deus iria fazer na terra, e assim José fosse elevado à posição de governador do Egito. Também vemos o quanto Ele mesmo cuida de todas as coisas. O tempo que parece que a maldade reina, na realidade é Ele mostrando a necessidade que muitos têm de disciplina. Ele utiliza o mal para Seus projetos eternos; Em Seus caminhos de misericórdia Ele puxa consigo Seus atos para demonstrar Sua ira. Quando entrou no Egito para libertar Seu povo da escravidão, eis que trouxe consigo Sua espada, com a qual liquidou o arrogante Faraó com seu exército. O que é juízo para os perversos é ao mesmo tempo motivo de disciplina para Seu povo. A balança de Deus funciona com exatidão e nada sairá de Seu controle.
        Também, o Rei tem em vista, acima de tudo Sua própria glória. Ele quer proclamar ao mundo Sua bondade, justiça, ira, etc. engrandecendo Seu Nome. Ele faz isso porque é Deus; não há concorrente, não há alguém acima Dele; não tem Ele que prestar contas a qualquer pessoa. Ele não é como os reis da terra, os quais precisam de comida e outros elementos. Mas não é assim o nosso Deus, pois Ele de nada precisa, nem mesmo do exército de anjos. Ele é autossuficiente em todas as coisas e nunca chegará o momento quando Deus deixará de ser Deus. Para todo sempre reina. O tempo que aqui vivemos não passa de um pequeno ponto no tempo Dele. Note bem, não estou falando de eternidade, mas sim do tempo Dele.
        Que sejamos tomados de temor; que sejamos humilhados desse conceito tão elevado acerca de nós mesmos, que o pecado embutiu em nossos corações. E assim que humildes, reverenciemos nosso Senhor e prestemos a Ele culto obediente de ações de graças.



DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (9)


                              
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        No texto vemos como o Santo de Israel mostra Seu ódio acerbo contra o pecado: “As vossas iniquidades fazem separação...”. Ora, nós precisamos saber desses fatos; os homens modernos (assim como Israel nos dias de Isaías), precisam saber quem é Deus, porque sei que o pai da mentira tem espalhado suas inverdades no ambiente religioso em nossos dias, a fim de que o povo tenha uma noção errada de Deus. Mostrei na página anterior que Ele vê as nossas iniquidades como imundícies. Mas hoje tudo está sendo feito para que os homens venham a sentir bem em seus pecados. Eles querem viver em adultério, fornicação e outras práticas perversas e mesmo assim achar que Deus está abençoando suas vidas. Elementos ladrões, traficantes e pervertidos têm se postado como sendo eles “evangélicos”.
        Vou mais longe mostrando que Deus vê o pecado como inimizade. Israel queria unir as trevas com a luz, o mal com o bem, a injustiça com a justiça e impiedade com a impiedade. Mas é assim que estão tentando fazer em nossos dias. No capítulo 5 desse livro vemos ali os “ais” de Deus contra as maldades praticadas pelo povo. Todo esforço deles era para que Deus aceitasse o que eles estavam fazendo. A mesma coisa ocorre em nossos dias. Mesmo os crentes, os quais já foram reconciliados com Deus na salvação, sabem bem que qualquer amizade com o mundo significa que estarão em inimizade contra Deus (Tiago 4:4).
        Deus sempre encarou o homem no pecado como inimigo; nunca houve nem haverá qualquer momento em que Deus estenderá Sua mão para qualquer acordo com o mal. Onde estiver presente a maldade, seja qual for o tamanho dela e quantia dela, ali estará presente a ira de Deus. Assim como odiamos uma serpente venenosa escondida em nossa casa, assim também Deus odeia e odiará a maldade. O Salmo 5 descreve esse ódio de Deus contra o mal e contra os que praticam o mal. Deus nunca separa o pecado do pecador, assim como não separamos o porco da sua condição de imundo. Em Naum 1:3 Ele declara que reserva indignação contra Seus inimigos. No verso 8 Ele também afirma que persegue Seus inimigos com trevas.
        Reitero isso porque vejo muitos chamados crentes em plena harmonia com o mundo; gastam mais tempo com os prazeres mundanos, do que com a palavra de Deus e com o povo de Deus. Estão sempre juntos com os ímpios, quando Deus ordena que o povo Dele se separe das trevas e da comunhão com os que vivem em iniquidade. Já soube de homens crentes que levam suas esposas para dormir em motéis. Não é uma notícia aterrorizante? Que prazer estar em lugares onde Deus derrama Sua ira contra elementos perversos? Além disso, Deus vê o pecado como invasores que conspurcam a criação. Toda criação sofre os terríveis resultados da invasão do pecado; a criação inteira está gemendo devido o efeito devastador, trazendo vaidade à criação. Cada iniquidade é mancha, nódoa e veneno atirados na criação. Deus criou tudo com perfeição, santidade e glória, mas o pecado veio e lançou seus lixos e veneno, e nós vemos esses terríveis resultados.
        O pecado é também um desafiador do trono de Deus. Onde há o pecado é o homem declarando na prática que Deus não está presente e que o trono é do homem. O pecado é o homem em sua rebelião e prontidão para declarar guerra contra o absoluto dono do universo. O pecado é o homem proclamando que não precisa de Deus; que é autossuficiente e que pode se virar sozinho. Que o Senhor tenha misericórdia de nossas pobres almas.

terça-feira, 19 de março de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (8)

                   
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        Afinal, o que mexeu com a “mão” e com os ouvidos  de Deus? Ele parou de salvar? Ele não mais ouve o clamor dos perdidos? A verdade é que nos dias de Isaías não havia pecadores que clamassem e invocassem o Nome do Senhor. O trabalho Dele é ouvir o clamor dos aflitos e estender a mão para socorrê-lo. Mas não havia pecadores nessa condição. Essa é a condição tão triste de nossos dias; não vemos mais perdidos; não vemos homens e mulheres buscando a solução definitiva para seus pecados; não vemos almas carregadas de temor e cheias de arrependimento, invocando o Nome do Salvador e Senhor para serem salvas (Romanos 10:13).
        O que acontece é que quando prevalece o orgulho religioso é porque a maldade prevalece. O povo não via suas maldades; não contemplava seus corações corrompidos; tentavam encobrir seus atos pecaminosos com atividades religiosas e chegou a uma situação tal que o próprio Deus mostrou que os pecados deles estavam vermelhos. Por que isso? Eram tantos os sacrifícios, mas ao invés de encobrir seus pecados, eram como que pintados de vermelho (Isaías 1). Deus estava falando com eles sempre; Isaías era um dos muitos profetas enviados na compaixão de Deus pelo povo. Eles tratavam com Deus como se o Deus de Israel fosse semelhante aos ídolos das nações; eles desconheciam o Deus que eles professavam crer, mesmo tendo consigo os ensinos da lei de Deus nos escritos de Moisés.
        Quando avança a apostasia é sinal que os corações estão fechados e que o povo ignora as verdades sobre Deus. Quando chega um avivamento é sinal de que Deus visto em santo temor pelos homens. O inverso de avivamento é apostasia e consequentes atos de iniquidades que avançam mais e mais. Nós precisamos conhecer o Deus da bíblia. Olhemos como Ele encara o pecado: “Mas as vossas iniquidades fazem separação...”. Claramente o texto está nos mostrando a santidade de Deus. Quando os homens entendem um pouco da santidade de Deus, suas almas são tomadas de santo temor e reverência. A santidade faz os homens comtemplarem a abominação que há em seus corações. A ausência da santidade faz os homens tratar seus pecados com real acolhimento. Onde a maldade prevalece, certamente Deus será odiado; onde a maldade é odiada, certamente Deus será amado. Se houver combinação entre a maldade e Deus, então é fato que o Deus que ali aparece não é o Deus da bíblia.
        É fato que Deus vê a iniquidade como imundície. Notemos o nojo que Ele sente pelo pecado, como Lhe causa abominação, assim como sentimos nojo de algo realmente imundo. No capítulo 1 de Isaías Deus está como que gritando para o povo: “Lavai-vos, purificai-vos!”. Foi nessa condição de imundície que Davi viu a si mesmo quando Deus, por meio de Natã mostrou seu grave pecado. O Salmo 51 relata como ele entrou na presença de Deus para gritar ali, pedindo a purificação de seus miseráveis pecados cometidos contra Ele. Por acaso vemos isso em nossos dias? Claro que não! Os homens modernos querem achar que tudo está bem; que seus pecados podem ser tirados com cultos, louvores, batismos e outras atividades religiosas inventadas ultimamente. Ah! Quanta maldade que prevalece!
        Enquanto os homens não souberem do quanto estão imundos devido a corrupção de seus corações, certamente não vão querer ouvir da lei de Deus e da necessidade do Salvador. Se não houver a lavagem da purificação por obra da palavra de Deus e do Espírito Santo, nenhum pecador compreenderá o real significado da salvação que há em Cristo. Que o Senhor tenha misericórdia desta corrompida geração!

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (8)



“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO
        O absoluto Rei do universo proclama que Seu reino é de perfeita justiça e juízo. Entendemos, portanto, que as nações no mundo precisam compreender que ao afastar desse sistema celestial, certamente não prevalecerão aqui. É claro que não houve nem haverá qualquer nação ou reino que tenha entendido, ou entenderá essas verdades para a felicidade do povo. No mundo reina o pecado, por isso os homens sentem intenso ódio pelo reinado do Senhor. Israel foi a única nação, usada por Deus para mostrar, através de seus governantes que o Senhor reina. Os governantes justos e retos sempre trouxeram benefícios materiais e espirituais ao povo. Os que governaram com intuitos egoístas sempre trouxeram perversões e idolatrias para a infelicidade da população.
        Não importa se esta ou aquela nação tenha governantes corrompidos. Os povos terão sempre aquilo que eles querem ter. É lógico e claro que este sistema mundano recusará o reino de Deus (Salmo 2). Qualquer governante bom, honesto e justo é providência misericordiosa de Deus aos homens. Quando chegou o tempo traçado por Deus para o povo de Israel voltar de Babilônia para Jerusalém (70 anos) eis que o Senhor ergueu reis na Média e Persa para realizar Sua soberana vontade. Ele levantou Ciro, Dario e outros homens. Mesmo um perverso Nabucodonosor foi erguido por Deus e o Senhor o intitulou de “meu servo”. Foi ação do Rei do céu usando um ditador perverso, a fim de punir as nações naquele tempo, conforme vemos em Jeremias 50 e 51. Esses “martelos” do Senhor eram usados para Seus santos e soberanos propósitos, mas depois eram tratados conforme a justiça divina ordenava. Quando o Senhor nasceu, vemos em Lucas como Deus fez o cenário completo para a jornada do Filho de Deus, desde Seu nascimento até à cruz e ressurreição. Pilatos foi posto como governado na Judeia; Herodes na Galileia e outros elementos figurando noutras regiões.
        Em tudo isso vemos o quanto a mão de um Rei soberano reina em todos os mínimos detalhes neste mundo; vemos que Sua vontade é realizada e que não há qualquer possibilidade de que a injustiça prosperará. É claro que Ele tem Seus instrumentos punitivos neste mundo. Em algumas nações punições vêm sobre crimes e outras maldades cometidas. Na Indonésia vemos que as leis lá são severas para aqueles que traficam drogas e quando são presos são condenados ao fuzilamento, como ocorreu já (que eu saiba) com dois brasileiros. Toda justiça vem de Deus e Ele sabe como utilizar os homens para isso. Em Romanos 13 a ordem aos crentes é que eles respeitem e submetam às autoridades e diz ali que elas vêm de Deus. Por quê? Para tratar com os perversos. Foi assim nas justas e santas leis. Moisés fala dessas leis para o povo de Israel, dizendo que não havia nenhuma outra nação na face da terra com leis tão justas e perfeitas como aquelas que Israel recebera.
        A mão Daquele que reina está em todas as coisas; Sua autoridade é feita tanto em manifestação de bondade, quanto de justiça e juízo. Nos capítulos 18, 19 e 20 de Levítico vemos Deus advertindo Seu povo sobre as nações em Canaã. Ele adverte o povo para não imitar as obras daqueles povos, porque tudo o que eles faziam eram abominação, práticas perversas, por isso já estavam marcados para serem extirpados da face da terra. Quem faz isso? Quem tem autoridade para tamanhos atos de justiça? Não é o Rei? Lembramos que Ele ordenou Saul, para que fosse e exterminasse os amalequitas e que não deixasse ninguém vivo, até mesmo os animais. Notemos que um Rei está dando ordens a outro rei. Um homem como Saul jamais entenderia isso nem teria capacidade para realizar tal obra. A ordem foi dada por Aquele que reina no céu e  na terra.

sexta-feira, 15 de março de 2019

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (7)


                       
“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO
        Quero destacar um pouco mais esse assunto tão importante. Estou ocupado em mostrar aos meus leitores o fato que o Senhor reina nos céus e na terra e em cada detalhe Seu reino é visto e anunciado. Claramente vemos que Ele se ocupa aqui em punir com perfeita justiça os perversos e, ao mesmo tempo trabalha em beneficiar Seu povo. Quando enviou Abraão e Sara para que ambos peregrinassem pela terra prometida, nosso Senhor simplesmente impediu que reis perversos, como Abimeleque fizessem qualquer maldade contra Seus servos. Foi assim que Ele ameaçou Abimeleque por causa de Sara. Vemos que mesmo enviando Seus servos ao mundo, em meio ao desespero e sem qualquer esperança do ponto de vista humano, o Senhor atuou para proteger Seus santos. Foi assim que cercou José com Sua graça e ordenou aos reis e poderosos que não fizessem mal aos Seus ungidos (Salmo 105). Assim vemos o quanto o Senhor reina e tem em Sua poderosa mão o controle absoluto de todas as coisas.
        Em Seu reino vemos o Senhor controlando a criação e como todas as criaturas estão subordinadas a Ele. Foi assim que Ele moveu o mediterrâneo, a fim de trazer desespero ao navio onde Jonas estava. Também fez com que as ondas acalmassem, assim que o profeta foi atirado às agitadas aguas. Também mobilizou o peixe para que tragasse Jonas; além disso moveu o pequeno verme como um metrô debaixo da terra, a fim de matar a aboboreira que dava conforto ao irritado profeta. O Senhor permite que o mal reine, às vezes por muito tempo. Durante muitos anos reis perversos reinaram em Samaria e Deus permitiu que na nação do norte elementos cruéis dominassem o povo. Mas quando vemos a história percebemos que Deus jamais deixou de punir individualmente aqueles homens, permitindo que muitos deles fossem mortos.
        Mas é perceptível o fato que Deus opera neste mundo com juízo e misericórdia. Por um lado o Rei pune os rebeldes, mas por outro lado Ele está mostrando Seu amor aos escolhidos. Vemos com clareza Seus atos punitivos, mas somente a fé pode ver Seus atos de misericórdia. Nem mesmo Elias, grande profeta do Senhor pode perceber, com que graça o Senhor estava atuando em meio às nuvens do mal tão prevalecente em Samaria. Foi na oculta caverna que Deus consolou Seu servo, mostrando que enquanto as forças da idolatria e os poderes das trevas dominavam a população, o Senhor havia reservado sete mil que não se curvaram perante o imundo ídolo, baal. O reino do Senhor neste mundo não tem como propósito mudar o mundo, mas sim mostrar a todos quão grande é o Nome do Senhor, Deus de Israel e da igreja.
        Não devemos perder de vistas que o Senhor reina e que é pelo Seu reino que este mundo ainda respira. Se o Senhor soltar Sua mão de poder, eis que o mal prosperará de forma alucinante. Satanás não pode reinar; seu sistema de governo é de mentiras e perversidades. O mundo não pode sobreviver sem o controle do Senhor. Entregues a si mesmos os homens se entregam de corpo e alma às maldades. Pelo Seu reino o mundo ainda pode sentir a presença de certos elementos de justiça e juízo. A santa criação ainda está presente e o Senhor preserva Sua criação. Não fosse Sua mão, eis que os homens destruiriam tudo e matariam uns aos outros. Quando miramos o Salmo 2 vemos ali que o anseio das multidões com seus governantes é anular o reino do céu sobre a terra; é arrancar as leis santas do Senhor. Ele controla tudo e detém o mal para que não vire um tsunami.
        Que meditemos nessas santas verdades e que nossos corações sejam alimentados de uma santa paz e confiança naquele cujo braço é forte para reina e continuar reinando para sempre. Davi envelheceu e morreu; Salomão envelheceu e morreu. Mas nunca morrerá Aquele que reina para sempre!

quinta-feira, 14 de março de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (7)



“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        Não há maior miséria para um povo do que sua situação espiritual oculta. Quando o Senhor não está presente em Sua obra salvadora, então o mal se manifesta em suas formas hediondas e vis, e tudo funciona como uma enfermidade mortal não sentida, como uma ferida mal curada. Oh! Quão triste é para um povo, quando Deus simplesmente retira Sua mão que opera salvação. Para o ambiente chamado “evangélico” de hoje, vida espiritual abundante é resultado de bens financeiros e de conforto aqui. O que passa na mente de milhares é que a função de Deus na terra é dar prosperidade ao povo, quando realmente Deus está mostrando Seu braço e Sua mão como força que opera salvação. Não esquecemos que Jesus veio ao mundo para salvar perdidos.
        O povo de Israel naqueles dias vivia assim; eles, materialmente estavam se sentindo bem, pois o reinado de Uzias promoveu um incrível desenvolvimento (o que em si mesmo não é errado), mas com todo esse aparato de um viver materialmente bem, entrou o orgulho de Uzias, como um veneno espalhado pelo diabo em toda nação, para o endurecimento dos corações. Presenciamos isso em nossos dias, pois com a prosperidade veio um orgulho no coração, bem disfarçado de espiritualidade. No caso de Israel, eles estavam se sentindo bem religiosos e bem dispostos a mostrar serviço religioso. Eles queriam encobrir a maldade deles com os costumes da lei; não havia quebrantamento, confissão de pecado e invocação ao Nome do Senhor. No capítulo 5 vemos como duas Pessoas da divindade aparecem para mostrar a situação caótica da nação, os pecados que prevaleciam, o endurecimento do povo e o juízo de Deus. O inferno os esperava, mas eles nem sequer percebiam os perigos; a mensagem dos profetas era rejeitada e assim tudo caminha para os horrores que vemos no livro de Jeremias.
        Quando a gravidade do pecado fica encoberta; quando as consciências culpadas são cauterizadas por atividades religiosas, é sinal que satanás está operando como se fosse Deus e dando ao povo plena satisfação no pecado. Tenho evangelizado, distribuído folhetos, mas a coisa mais rara é achar um perdido. Temos hoje religiosos; pessoas chegam às igrejas à procura de novidades, buscando algo que traga que traga um conforto passageiro em seus corações. Eles querem receber “bênçãos”, mas conforme o que eles pensam com respeito à vida aqui. Várias pessoas já chegaram aos nossos cultos, mas não quiseram voltar, porque perceptivelmente vemos que não queriam ser descobertos no coração. Queriam luz por fora, mas a radiante luz do evangelho mexia com seus corações soberbos, por isso saíam para não voltar.
        O que podemos fazer? Devemos recorrer à psicologia? Mudar nossos cultos? Tentar atrair as pessoas com novas músicas? Tentar imitar os costumes do mundo, a fim de que eles possam chegar? Claro que não! Se pusermos “carne” no púlpito, os leões vão querer carne, mas se pusermos pastos verdes, eis que uma ovelha aqui, outra ali chegará para se alimentar. Como resolver isso? Não é o momento para que possamos nós buscar o Senhor? Não é o momento para que nosso Deus venha em favor desta geração corrompida? Não é o momento para que o povo salvo se reúna para clamar ao Senhor, intercedendo por este povo que perece?
        O Senhor opera neste mundo com Seu juízo e com Sua misericórdia. Quando o povo Dele clama pelos perdidos, eis que Aquele que ouve as orações volta Seus ouvidos para o clamor do Seu povo. Quando Deus ouve pecadores clamar por salvação, é porque primeiramente Ele ouviu o povo intercedendo.

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (6)



“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO DECLARA SUA JUSTIÇA E JUÍZO.
        Uma vez que o Senhor reina absolutamente nos céus e na terra; uma vez que Ele, somente Ele é Senhor e Rei; uma vez que sabemos que Ele é Deus, com todas as prerrogativas da divindade, deduzimos, portanto que Seu reinado declara justiça e juízo. Sendo Ele Santo e puro, então não há qualquer possibilidade de erros da parte desse Rei. Entendemos, então, que tudo o que está acontecendo no céu e na terra está sob Seu absoluto controle e que no final a derrota do mal será vista e a glória de Sua justiça e juízo brilhará em todo universo. É fato que não vemos isso agora, porque os crentes ainda estão vivendo aqui sob o embaraço desta vida cheia de imperfeições. Aprendemos na palavra as verdades passadas a nós, mas vemos o quanto temos dificuldades para apreender e receber as instruções das perfeições do nosso Deus. Nossa atitude deve ser de humilde reverência, ações de graças e santo temor perante Aquele que nos levou à bênção de crermos Nele.
        Enquanto aqui vivermos entenderemos a vida aqui do ponto de vista deste sistema enganador e amaldiçoado pelo pecado. Mas quando aprendemos sobre o reino do Senhor, então percebemos que quando o mal parece ter o domínio da situação, realmente é Deus usando o mal como instrumento de punição e disciplina. O problema conosco é que nosso período de tempo aqui é mera partícula dos anos do Senhor, em Suas atividades na terra. Quando Israel foi levado para o exílio na Babilônia, o Senhor havia determinado setenta anos para esse exílio. Ora, esses anos representam basicamente o período de vida de uma pessoa na face da terra. Portanto, para o povo de Deus que fora levado para a Babilônia, setenta anos representam muito tempo. Daniel, já idoso percebeu quando findaram esses anos (Daniel 9). Mas para Aquele que reina, esses anos significaram perfeitamente Seus planos em punir nações rebeldes e purificar o povo Seu que voltou em profundo arrependimento para a terra prometida.
        Notemos bem a forma como Deus reina, porque tudo funciona como Ele quer, e nesse funcionamento tudo resulta em benção para Seu povo, juízo para os perversos e a glória do Seu grande Nome. Notemos bem o tempo em que Ele deixou Israel vivendo no Egito. Por quase quinhentos anos o Senhor permitiu que tudo ficasse basicamente no silêncio, resultando no sofrimento intenso do Seu povo sob a tirania de Faraó. Foram muitos os anos para o povo de Deus, mas para Aquele que reina, tudo não passou de um breve tempo. Em Seu reino o Senhor usa a morte e o mal para salientar a glória de um povo que vive e viverá para sempre e anunciar ao mundo Seu plano de salvação, como vemos em Êxodo.
        O Senhor reina! O Senhor requer que aceitemos Seu reinado e Sua perfeita liderança em nosso viver. Em Seu reinado Ele dá aos perversos o tempo largo de prosperidade em suas práticas. Foi assim com várias nações. Deus fez com que Esaú e seu povo prosperassem, enquanto Israel foi amargar sofrimento no Egito. Os descendentes de Esaú cresceram como nação e avançou em suas perversidades contra outros povos. Mas, chegou o dia quando Deus deu um ponto final na existência daquela nação, como vemos no livro de Obadias. O Rei do céu e da terra fez com que os Egípcios prosperasse e se tornassem uma grande nação com grande influência no mundo durante muitos anos. Mas quando lemos em Ezequiel 29 eis que Deus mesmo ordenou que o povo Egípcio se tornasse uma nação das nações mais simples da face da terra.
        Por que isso? Tudo é para que saibamos, que assim como o grande Rei trabalhou no passado dirigindo e controlando as ações dos homens na terra, Ele é o mesmo agora e jamais mudou nem mudará, porque tudo funciona para o bem do povo Dele e para Sua glória.

quarta-feira, 13 de março de 2019

REINA O SENHOR – SOBERANO REINADO (5)



“Reina o Senhor. Regozije-se a terra, alegrem-se as muitas ilhas” (Salmo 97:1)
SEU REINADO ABSOLUTO.
        Também, o Senhor como absoluto Rei rege o universo pelo Seu absoluto poder. Sozinho Ele Rei, Seu reino é eterno e Paulo mesmo afirma: “Ao Rei eterno, imortal e invisível...”. Todo poder está com Ele, por ser Ele mesmo o todo-poderoso. Isso significa que não há no universo qualquer ser que veio a existir por si mesmo. Em Colossenses Paulo afirma que tudo veio a existir pelo poder criador do Senhor, até mesmos as coisas invisíveis, como as visíveis. Já disse anteriormente que o pecado quer ser criar, mas a verdade é que o pecado trabalha nos anjos caídos e nos homens com o intuito de tomar a glória para si. Onde está a presença do pecado vemos a louca tentativa de denegrir a glória de Deus. Todo intuito de satanás é cobrir de glória, porque sua insana luta é ser semelhante ao altíssimo. Vemos isso em suas loucuras neste mundo que jaz em suas mãos. No pecado não há mudança, por isso satanás jamais mudará, mesmo atirado ao lago de fogo.
        Nos homens o pecado age do mesmo jeito. Em cada ser humano vemos o poder enganador do pecado tentando fazer dele um deus. É por essa razão que os homens no mundo, no íntimo estão dizendo que “não há Deus”, justamente porque cada um quer viver como bem quer e não aceita a liderança do grande Rei que reina no céu e na terra. É triste ver o quanto o pecado é enganoso, porque os homens não sabem que Aquele que reina não é enganado, nem iludido. Em Seu reino o Senhor não precisa de agentes secretos para ver o que está acontecendo e quem são os que premeditam contra seu governo. Os reis neste mundo são muitas vezes pegos pelas armadilhas e crueldades de inimigos que querem usurpar o trono. Mas, no tocante ao trono celestial, os reinos deste mundo não passam de vermes. Se não houvesse qualquer criatura no universo, o Senhor seria o mesmo Deus; com Suas criaturas o Senhor permanece Deus, diante de quem todos devem temer e tremer. Com Seus olhos o Senhor vê tudo o que está acontecendo no céu e na terra; com Sua palavra o Senhor é suficiente para subjugar os arrogantes e poderosos para destituí-los e mata-los.
        Devemos saber que toda atitude bélica dos homens e do diabo neste mundo e nos ares em nada abala o reino do Senhor. Estamos aqui acostumados a nos mover de medo e terror ante os acontecimentos que sucedem neste mundo. Mas tudo isso que aqui ocorre é resultado da entrada terrorista do pecado. Onde há o pecado, ali está também o terror. Mas não é o caso do reino do céu, porque ali só há santidade, pureza, justiça, retidão, bondade e juízo. Os participantes do reino no céu desfrutam de perpétua paz e alegria. O que podemos esperar de  um reino onde não há o pecado e portanto não há morte? O que podemos esperar de  um lugar onde não existe a presença do mal e onde o terror da injustiça, perversidade e abominações não podem entrar? Aqui no mundo, quando uma nação resolver criar leis que punem os maus e que tratam com justiça seus cidadãos, não torna o ambiente digno de viver? Imagine então um reino onde todas essas bênçãos são eternas!
        O Senhor reina! E bendito é o homem cujo coração está sob a liderança desse Rei! O Salmo 46 é uma descrição da diferença entre o reino deste mundo e o coração onde o Senhor está presente. Notemos bem que ali os crentes não são vistos como pessoas que não sofrem a perturbação achada aqui. Eles têm o Senhor bem presente nas tribulações, por isso nada abala os crentes. Abala por fora, mas há um rio que corre perenemente no interior, fazendo a diferença das ondas do mar que revolvem o coração dos pecadores não salvos: “O Senhor está no meio, jamais será abalado”. É assim o Reino do Senhor fazendo contraste com o que acontece sempre aqui. Quão miserável é o coração onde o reino de Deus não está presente!

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (6)


     
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
        Quando Deus fala de Sua mão, Ele refere-se à Sua força, capaz de salvar os perdidos e é essa a função Dele neste mundo; Cristo, conforme vemos em Isaías é o braço forte de Jeová, enviado do céu ao mundo, a fim de conquistar plena salvação aos perdidos. Significa que não há outro, conforme Pedro dias em Atos 4:12 e Paulo diz em 1 Timóteo; é Ele o único mediador entre Deus e os homens. Quando Ele refere ao Seu ouvido é mostrando que Sua função neste mundo é ouvir as súplicas do perdido: “Clama-me, e responder-te-ei...”. Também: “Invoca-me e eu te responderei...”. Todos esses e muito mais são versos que mostram o quanto Deus está atento ao clamor dos aflitos.
        Assim, vemos que nunca haverá salvação se não houver pecadores convictos. Deus não opera Sua obra como nós pensamos; pecadores para Ele são aqueles que receberam convicções no coração. Neste mundo os homens nunca se considerarão perdidos, enquanto Deus não mostrar a condição deles no coração. Foi após a pregação de Pedro no Pentecostes que a multidão se humilhou e milhares foram salvos naquele dia. O sistema evangélico moderno parece não acreditar nisso, por isso faz seus planos de crescimento de igrejas, ignorando completamente o fato que Deus atua neste mundo com Seu forte braço e com seus ouvidos apurados para ouvir o clamor dos aflitos. Os apóstolos e outros grandes servos de Deus trabalharam tendo essa verdade em mente. Eles eram fieis em proclamar a verdade e aguardavam o momento de ação do Espírito despertando os pecadores para Cristo.
        Como podemos nós desperdiçar essa tão maravilhosa oportunidade! O Senhor não deixou de salvar; Seu braço é o mesmo braço de antigamente; Sua mão estará conosco, como esteve com os apóstolos e com tantos outros servos fieis, a fim de atuar num mundo amaldiçoado pelo pecado. Seus ouvidos estão apurados, para ouvir pecados clamando pela Sua tão grande salvação. Ele não se ocultou; Ele não se retirou; Seus atos de misericórdia podem ser vistos em muitos lugares pelas nações. Esse é o grande Salvador com Sua tão grande salvação.
        Veremos agora como o mesmo texto acima mostra a deprimente condição dos homens, porquanto não há maior miséria para um povo do que quando sua condição espiritual é oculta. Lembremos bem quando o mundo está entregue aos seus pecados, mesmo que haja alegria, prosperidade material, mais terrível é a sua condição. Nações que foram entregues a si mesmas, elas foram as que neste mundo sofreram o endurecimento por parte de Deus. Nem sempre as condições de sucesso material é resultado de bênçãos do alto. Nos dias de Isaías a nação de Judá havia prosperado muito sob o reinado de Uzias, mas suas condições espirituais eram péssimas. A nação parecia espiritual por fora, mas por dentro estava apodrecendo. Vemos isso no capítulo primeiro e também no capítulo 5 e 6.
        Não é o que acontece em nossos dias? Pois tudo funciona como uma enfermidade mortal não sentida. Os profetas falam em nome de Deus, mas o povo não houve; a palavra de Deus é depreciada e os falsos mestres são benvindos. Nossa condição atual é a mesma. Vemos uma aparência de piedade, mas é só aparência, enquanto isso rola o amor ao mundo e as maldades e perversões são acolhidas. O grande Senhor mudou? Não! Ele é o mesmo! O que falta? Não é verdade que falta homens e mulheres crentes dispostos a orar e clamar para a grande intervenção de Deus em nosso meio?

terça-feira, 12 de março de 2019

DESCOBRINDO A CORRUPÇÃO DO CORAÇÃO (5)



“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A FIDELIDADE DO DEUS SALVADOR “Eis que a mão do Senhor não está...”
        Por que o Senhor não operava grande salvação em Israel naqueles dias? Sua mão não foi sempre forte e poderosa? Por que Ele não está salvando poderosamente em nossos dias? Sua mão enfraqueceu e murchou? Claro que não! Nos dias de Isaías, bem como agora em nossos dias a situação está patente aos nossos olhos. Os corações endurecidos e empedernidos dos homens dá sinal de que Deus não derramou Sua graça a esta geração. Quando Isaías foi chamado à pregação (capítulo 6), vemos ali que seu ministério não teria resultado de salvação; aquela geração teria seus ouvidos para não ouvir e olhos para não ver. Triste condição! Será que é isso que ocorre em nossos dias? Por que não temos a dinâmica obra vinda do céu, quando o Senhor derrama Seu Espírito e opera arrependimento? Afinal, o soberano determinou que não haverá derramamento de Sua obra vivificadora em nossos dias?
        Sem dúvida o restante do verso que ora estamos considerando nos dá a explicação do que estava acontecendo naqueles dias e que bem pode estar acontecendo em nossos dias. Seu ouvido não ouvia o clamor dos pecadores: “...nem surdo o seu ouvido para não poder ouvir”. Considero essa verdade de imensa importância aos nossos corações. Ultimamente o que mais se fala é dos homens; o humanismo assola a nossa sociedade e especialmente a mensagem de um evangelho totalmente voltado às necessidades dos homens. Pouco ouvimos do evangelho que apresenta um Deus soberano, o qual salva quando Ele quiser e quem Ele quiser. Temos um Salvador; temos uma salvação total, mas não temos pecadores. Como um médico exercerá sua função se não houver doentes? Como um salva-vidas numa praia executará suas funções para as quais foi preparado, se não houver clamor de alguém se afogando?
        Não é o que está acontecendo em nossos dias? Não tenho dúvidas disso. Olhemos em toda direção e busquemos um pecador sequer. É raríssimo achar alguém. O que passa para nós é que o problema está com o Salvador. Mas não é verdade, porque Seu braço portentoso não se definhou, nem Seus ouvidos ficaram surdos. De novo, a razão está no fato que Deus não derramou Sua graça em nossos dias, por isso os homens se ergueram em orgulho. Enquanto Deus não visita uma raça caída, a fim de mostrar a necessidade do Salvador e da salvação, os homens se sentirão à vontade num mundo que oferece suas vaidades e fantasias. Nossa esperança não está nos homens aqui; não olhamos para eles na esperança que mudarão a atitude em relação a Deus. Isso não acontecerá, jamais! Nossa esperança está num Deus que ouve as orações do Seu povo e em resposta a esse clamor Ele volta para derramar Seu Espírito de graça e de regeneração, sobre todos.
        O que significa “o ouvido” do Senhor? Não significa que Ele ficou surdo; Ele continua o mesmo Deus e atende as súplicas e clamor dos remidos no mundo inteiro. O que acontece é que não há almas quebrantadas, aflitas, buscando Sua salvação. O mundo está tão lindo e adornado de tantas paixões e vaidades; o mundo está tão atraente e até mesmo na área religiosa tem sido destacado com excelentes promessas religiosas aos homens. Quando isso acontece é porque Deus mesmo tem tirado Sua mão salvadora. É claro que Ele está salvando pessoas aqui e ali.
        Mas o fato é que Sua obra de salvação não tem sido mostrada de forma poderosa e abundante. Igrejas que antes eram fortes e valorosas estão fracas e desapontadas; tudo tem sido feito para mudar os cultos, a fim de atrair as pessoas. Não há sinal de avivamento e de busca incessante pela verdade, conforme sempre é visto em tempos de grandes avivamentos.