quinta-feira, 31 de maio de 2018

HERÓICA DECISÃO (8)


                                            
“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje, a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
PARTE DE UMA ATITUDE ENVOLVENTE:   “...Eu e minha casa...”

        Creio que ocuparei esta página falando um pouco mais sobre a parte da mulher crente. A fé cristã é a mesma, quer transbordando o coração de Josué em intensa confiança ou enchendo uma mulher como Raabe de fenomenal coragem. O alvo da genuína fé não é o conforto pessoal, mas sim a glória de Deus, tendo em vista a recompensa eterna. Quando Ester resolveu firmemente enfrentar a face do rei Assuero, ela avaliou bem as consequências e disse: “Se eu perecer, pereci”. A fé nunca há de trabalhar contra os princípios eternos de Deus; a fé é submissa e nunca autoritária. Então, tendo em vista isso, uma mulher pode tomar uma decisão tão heroica, quanto a de Josué. Maridos crentes são encorajados por esposas tementes a Deus.
        Por essa razão vale a pena mostrar o quanto essa verdade é de inestimável valor às vidas das mulheres crentes em nossos dias. Muitas mulheres chamadas crentes têm tido atitudes contrárias àquilo que Deus ensinar e muitas delas pensam que estão agindo conforme Deus quer. Quanto engano! Quando elas tomam a dianteira no lar, passando à frente dos seus maridos, logo vão arrumar encrenca para suas vidas. As mulheres devem cuidar com a chamada super fé, porque não passa de uma bomba lançada pelo diabo nas famílias e as mulheres tendem a aceitar isso, pensando ser algo de Deus. Se mulheres crentes querem ser triunfantes e heroicas como ativas em seus lares, não devem se afastar dos ensinos de Deus concernentes à posição que lhes foi entregues. Qualquer foco de desobediência à palavra de Deus na vida, tanto da parte do homem, como da parte da mulher só acarretará em prejuízo sério para a família.
        A mulher que teme ao Senhor tem ao Senhor tem sim um grande campo de atividade, a fim de levar sua família a servir ao Senhor. Elas podem dizer com Josué: “eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Uma mulher atuante não verá a fraqueza e debilidade do marido como desculpa; o temor a Deus não lhe afastará da sua função. Aliás, muitas têm erguido seus lares, tem causado impressões incríveis nas vidas de seus maridos. Muitas mulheres têm se mostrado como ousadas, belas no coração e prontas para edificar com firmeza seus lares. Muitas são firmes e fortes para não permitir que maldades deste mundo sejam toleradas e têm sido firmes em colocar seus filhos no caminho certo do dever. Com tristeza vemos que muitas têm tomado o caminho da insensatez, porque as emoções e  o amor sentimental pelos filhos tem mais trazido prejuízo do que bênçãos. Algumas têm tomado a frente dos seus maridos e na força da carne têm feito o que jamais deveriam fazer. Tais mulheres não servem ao Senhor, mas sim servem aos propósitos deste mundo perverso.
        Mas alguém pode perguntar sobre a atuação de uma mulher que está sozinha. Sem dúvida a fé é a mesma. Quando alguém crê no Senhor, sua fé conta com certeza com a presença do Senhor e firma-se em promessas da palavra de Deus. Mulheres que creem não estão sozinhas; elas sentem o pavor deste mundo; sentem as duras fraquezas que envolvem seu viver aqui; sentem as lutas e pressões que chegam a todo instante. Mas elas não se intimidam. O que precisamos hoje é de homens e mulheres que creem de todo coração em seu Deus que nos cercou de promessas. Satanás não tem medo de famílias; ele não tem receio de bens adquiridos aqui. Ele teme aquele que crê. Deus exibe ao mundo os heróis da fé e são eles que fazem a história aqui. Deus fala que homens que creem terão uma posteridade abençoada aqui, enquanto o mundo desce para as trevas da tristeza, do sofrimento e da eterna vergonha.
        Ó Senhor, dá-nos homens e mulheres que são decididos e decisivos em agradar a ti!

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (4)



“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
                        UM EXTRAORDINÁRIO TRIUNFO: (versos 17-19)
        Quando nosso Senhor orientou os setenta discípulos, ele deixou claro acerca, não só das atividades, como também das reações nas adversidades. É surpreendente o trabalho de Deus neste mundo, porque poderemos chegar às alturas das bênçãos hoje e amanhã estaremos entregues à solidão e desamparo. A vitória de Elias hoje resulta numa perseguição de uma perversa Jezabel amanhã, trazendo profunda depressão na vida de um servo de Deus. Quando nosso Senhor passou por três cidades: Betsaida, Corazim e Cafarnaum, o resultado foi que nosso Senhor deixou palavras terríveis contra elas, porque o Senhor havia mostrado suas marcas de sinais e maravilhas e aquele povo não creu. O trabalho de Deus é assim, pois quando pensamos que é sucesso e bênçãos, logo veremos que contamos como sendo bênçãos as coisas que acreditamos serem positivas.
        Nosso Senhor deixa claro para seus discípulos (no verso 16) que eles teriam pela frente pessoas que receberiam a mensagem, mas também aquelas que rejeitariam. O trabalho do Senhor nos posiciona perante um leão que ruge a todo instante, querendo nos devorar. Mas não pensemos que nossos problemas restringem a satanás e seus agentes invisíveis. Nós enfrentamos o velho homem em Adão, rebelde contra Deus; muitos parecem crentes, mas não passa de fachada, além de enfrentarmos forte oposição dos mundanos contra a verdade. Sempre foi assim. Não devemos esquecer que este mundo jaz no maligno e que a mensagem do reino de Deus vem mexer com a multidão aliada e engajada na construção do império das trevas. O mundo não recebe a mensagem com um “Bem-vindo!”; os porta-vozes do céu não encontram neste ambiente uma recepção alegre e festiva.
        O que realmente nosso Senhor quer transmitir aos seus servos? Ali estavam meros homens, caídos em Adão, incapazes de conhecer o que está por detrás deste sistema vil e organizado. O Senhor não queria que eles estravassem suas emoções em torno do sucesso aqui, porque poderia ser que tudo mudaria de repente. O trabalho deles era mais do que lidar com seres humanos. É claro que nossa visão é terrena e limitada, por isso nós vamos sempre agir como eles agiram. Mas o fato é que os homens são iguais a nós, são nossos semelhantes e queremos o bem deles. Mas o que realmente está por detrás dessa fachada, dessa massa visível é satanás com seu exército do mal. Paulo trata desse assunto ao concluir a carta enviada aos Efésios. O apóstolo inspirado afirma que nossa luta não está engajada contra os seres humanos, mas sim contra os poderes das trevas.
        Posso afirmar que a maior parte dos crentes nada sabe acerca dos terrores invisíveis neste mundo. Nós afirmamos que cremos que satanás opera aqui, mas o fato é que não aprendemos a lidar com esse assunto pela fé. Paulo afirma em 2 Coríntios que ele não desconhecia os ardis do inimigo, como ele age por detrás de tudo o que é visível aqui. Assim como os setenta discípulos desconheciam isso, nós também desconhecemos e essa ignorância pode nos causar perturbações, tirar nossa alegria e nos trazer desânimo. É claro que satanás e suas tropas infernais já estão derrotados, mas não significa que o príncipe deste mundo desanimou em seu trabalho aqui. Ele é o enganador porque é enganado.
        Nossas atividades para o Senhor, nossas conquistas contra o mal, nossa vitória nas tentações e nossa perseverança na fé não são provenientes de nós mesmos. Somos extremamente débeis e frágeis aqui. Toda vitória vem da graça em nós e por nós. Por isso, cuidemos com essa alegria que pode ser transformada em tristeza. O Senhor quer que envolvamo-nos com aquilo que proporciona alegria eterna. Ele quer que desfrutemos daquilo que jamais vai findar e que mesmo as tristezas e decepções neste mundo furtariam de nossos corações. Foi assim que muitos crentes viveram e encararam a morte.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (3)



“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
                               O GLORIOSO TRABALHO DO SENHOR.
        É bem provável que não fui tão eficiente na introdução, mas espero que mesmo sendo pequena porcentagem pude trazer meus leitores aos detalhes. Havia alegria no serviço feito pelos apóstolos? Claro! Nosso Senhor, entretanto está levando seus servos a pisar o terreno sólido daquilo que dura para sempre: “Vosso nome está escrito nos céus”. O fato é que nesta jornada terrena teremos momentos incríveis, quando estaremos no tope da felicidade cristã, mas pode bem ser que amanhã estaremos gemendo ante as provações que chegam nos pegando de surpresa. A alegria de Jó com seus filhos hoje, poderá ser esmagada com o funeral deles amanhã. Sendo assim, creio que é o momento para que pautemos o caminho certo, da sobriedade e da fé que nos faz mirar as glórias eternas em Cristo. Não devemos jogar nossa alegria temporária fora, desde que seja motivada pela justiça e santidade.
        A primeira lição que quero trazer agora é que aqueles homens foram enviados pelo Senhor para uma obra sobrenatural. Eles não estavam vindo de atividades normais desta vida; eles não chegaram para contar quantos peixes pescaram, a fim de vender e sustentar suas famílias. Eles não estavam vindo de serviços sociais, tão promovidos pelo mundo. Nosso Senhor havia chamado aquele grupo de setenta homens para uma obra incrível. Eles foram chamados para pregar o evangelho do reino, diferente de tudo o que o povo de Israel havia ouvido. Eles iriam de cidade em cidade; nada levariam para suas necessidades. Eram eles homens simples, mas levando em seus lábios uma mensagem do céu. Também eles estavam imbuídos de poder para curar e fazer outros milagres, além de mostrar juízo contra qualquer cidade que não os escutassem. Cristo não os deixou sem as informações de tudo o que deveria ser feito e inclusive deixou claro que eles não passariam fome.
        Veja bem que nosso Senhor não enviou aqueles homens sem uma prévia comunicação de tudo o que ocorreria com eles. Acontece que nós partimos para o trabalho de Deus achando que só haverá bênçãos do nosso ponto de vista, que tudo será felicidade. Quando Deus enviou Ezequiel o Senhor deixou claro que ele não seria bem ouvido e que ele haveria de sofrer ao cumprir com fidelidade seu dever de profeta. O serviço do Senhor neste mundo jamais terá a recepção que tanto esperamos. Isaías foi enviado a pregar uma mensagem que endurecia os corações, para que aquele povo não se convertesse (Isaías). Não é motivo de tristeza para um Isaías chegar e notificar que não houve qualquer resultado positivo? Então, tudo isso pode ser motivo de tristeza e angústia e não de retumbante alegria de nossa parte. As palavras do Senhor soaram como advertência, porque eles precisavam saber que o mundo é assim. Hoje vemos os demônios fugindo assombrados ante a força do evangelho e do poder de Deus, mas amanhã poderemos experimentar a fúria de satanás vindo contra nós. Hoje Jacó está confiante, com todos os seus filhos ao derredor, mas amanhã poderá seu coração dilacerado de dor ao ouvir notícias sobre a morte de seu querido filho.
        A obra de Deus não tem explicação neste mundo. Nosso nome não está aqui, por isso somos desconhecidos neste vale. Nosso nome está no céu e é lá que devemos ir pela fé, para que nos alegremos naquilo que já foi feito de uma vez para sempre. Acredito que não houve um momento mais difícil para os discípulos do que aqueles dias e horas quando ficaram com o Senhor, sabendo que ficariam sozinhos, ante o fato que seu Mestre iria ser crucificado e morto. Tudo isso pode trazer tristeza e até mesmo depressão. Por essa razão nosso Senhor os leva sempre para cima; coloca seus pensamentos no alto, para que eles se estribem naquilo que jamais há de passar. Nossa história começou na eternidade para a eternidade. Tudo isso aqui passa; toda essa alegria é momentânea; todos os prazeres somem com o tempo. Por isso devemos sustentar no fato que nosso nome está escrito no céu.

HERÓICA DECISÃO (7)



“Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei hoje, a quem sirvais; se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam dalém do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” (Josué 24:15).
PARTE DE UMA ATITUDE ENVOLVENTE:   “...Eu e minha casa...”
        Estou tratando aqui daquilo que é ação de uma fé envolvente, especialmente da parte do homem, porque a decisão foi de Josué em conduzir sua casa e sua família sob o temor de Deus. O que precisamos em nosso lar, não é do Senhor? O que acontece hoje é que homens e mulheres (falo de crentes) estão super preocupados com interesses mundanos e transitórios. Não raro vemos homens e mulheres terceirizando a criação de seus filhos, entregando-os às creches, por quê? Ambos estão envolvidos em ganhar mais dinheiro. Eles querem ter o que o mundo oferece, por isso acreditam que os filhos precisam ter o que eles não tiveram na infância. Quão perigoso é esse pensamento!
                Mas o homem piedoso no viver saberá que sem a presença de Deus na família, mesmo que tenham muitos bens, tudo ruirá e acabará em miséria. Deus requer dos pais que eles ensinem seus filhos sobre o temor a Ele; que seus filhos, em todos os detalhes saibam da culpa do pecado, das misericórdias de Deus e da necessidade de conversão a Ele de todo coração. O homem piedoso deve saber que os bens duradouros não podem faltar e quando somos responsáveis em encher nossos lares dessas maravilhas eternas, não faltará aquilo que realmente precisamos. Se não tivermos a liderança do Senhor e o temor a ele em nosso lar, certamente o assolador entrará para destruir tudo.
                A mulher crente deve ter sua participação nisso e ela é de fundamental importância na construção desse santo “edifício” construído com mãos santas. É claro que mulheres, como a mulher de Jó logo provou diante das tremendas provações que sua fé não era de uma autêntica crente. Seu marido ficou sozinho quando mais ele precisava de sua força e ânimo no meio do desespero. Tudo indica que a mulher de Ló também falhou em incentivar seu marido na fé; parece que seu coração era de uma mundana e vaidosa, por isso que facilmente conseguiu o que queria, ir morar na corrompida Sodoma e selar seu trágico fim com aquela população. Por essa razão Jesus usou essa mulher para advertir o povo: “Lembrai-vos da mulher de Ló!”.
                Qual deve ser a participação de uma mulher crente no mesmo propósito de Josué? Tem tantas ilustrações tiradas da bíblia nos ajudar nisso. A mulher crente, de fé e de fibra espiritual não é boba como muitos pensam. Sua submissão ao marido não significa que ela deve colocar-se no chão como tapete, para ser pisada. Não vemos isso na mulher apresentada em palavras em Provérbios 31, porque ela aparece como uma mulher cheia de temor, ativa, corajosa e dinâmica. O lar dela é como se fosse seu campo de negócio e mostra ser muito habilidosa na arte de organizar e fazer com que tudo funcione adequadamente. Ela não é mostrada em beleza física, nem apresenta sua idade, mas sim sua virtuosidade, seu valor que é poderoso e imortal. Ela é vista com admiração pelo marido, com louvor pelos filhos e com incrível respeito pelos que estão de fora. Essa é a mulher que é convocada a fazer o que Josué determinou fazer: “Eu e a minha casa...”.
        A bíblia não um livro machista; o Deus da bíblia expõe os heróis da fé e eles são homens e mulheres. O que vale não é a barba nem os músculos de um homem; não é vista, tampouco a beleza feminina no aspecto físico, porque tudo isso é levado pelo assopro do tempo. O que vale é corações que temem ao Senhor. Em Josué temos o exemplo de uma mulher – Raabe. Que lição de fé, de plena confiança em Deus, revelada em sua coragem para enfrentar até mesmo a morte. É essa fé dinâmica que impressiona Deus e que o mundo precisa ter. Hoje faltam homens e mulheres destemidos, ousados e perseverantes em agradar a Deus.