segunda-feira, 28 de maio de 2018

PODEROSO MOTIVO DE NOSSA ALEGRIA (1)


                            
“Não obstante, alegrai-vos, não porque os espíritos de vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito nos céus” (Lucas 10:17-20).
        Os crentes não são pessoas inativas, pelo contrário a fé bíblica é dinâmica e sempre mostrou ser poderosa e capaz de realizar grandes coisas neste mundo. Tiago afirma que a fé sem obras é morta, porque ela começa com obras e continua com obras até o fim. Mesmo aqueles crentes que parecem ser tão ocultos, eles estão ativos. Mesmo aqueles que estão em suas atividades nos lares, nos trabalhos e noutros afazeres do cotidiano, a fé dos crentes está em plena ação neste mundo. A fé não morre, mesmo que os santos partem deste mundo, a fé deles continuará falando, assim como ocorreu com os santos do Velho Testamento. É claro que tem a fé natural e que às vezes desponta no palco religioso deste mundo. Essa fé é desfeita com o tempo, some como fumaça e seus efeitos não têm qualquer valor eterno. Realmente as obras tem certo valor até mesmo terapêutico. Muitos procuram atividades sociais para se sentirem bem e felizes. O mundo tem essas atividades e elas são muito bem procuradas pela sociedade, porque seus resultados são incrivelmente bons e frutíferos para a mente, emoções e até mesmo o físico.
        Nosso Senhor, sendo ele Deus sabia o quanto, determinados feitos espirituais poderiam mover os corações dos seus discípulos em alegria e satisfação. O trabalho de Deus é uma guerra considerada triunfante para seus servos. Olhem os discípulos, pois eles estavam carregados de autoridade sobre os demônios e todos os poderes das trevas. Era maravilhoso ver homens libertos dos poderes tormentosos que envolviam suas vidas; era gratificante ver o trabalho de Deus através de suas vidas. Quantas vezes eu mesmo me sentir assim diante dos grandes feitos de Deus! Ao ver o trabalho dos discípulos, como me sinto tão pequeno! Quando comparo percebo que nada fiz. Mas o que o Senhor fez foi, como que, jogar um balde de água fria neles, assim que chegaram para contar as bênçãos tremendas daquilo que fora realizado no nome do Senhor.
        Nosso Deus, no decorrer dos anos tem jogado essa agua gelada em muitos dos seus servos, justamente porque grandes feitos podem ser prejudiciais à nossas vidas aqui, por incrível que pareça. Não foi assim com Paulo? Ele, talvez foi o homem mais usado por Deus na obra do evangelho, mas o Senhor sabia que grandes feitos poderiam encher o coração do seu servo de vaidade, por isso permitiu que sua enfermidade continuasse, a fim de a glória fosse tudo do Senhor, aquele que opera em nós e através de nós seus grandes feitos. Conheci um homem de Deus que agora está no céu, Deus usou esse homem numa grande obra, com grandes conquistas de almas. Soube que após essas grandes conquistas ele teve períodos de depressão. Não tenho dúvidas de que Deus permite isso nas vidas de seus servos, para que eles não venham a se exaltar em nada, absolutamente.
        Com os discípulos aconteceu isso, e nosso Senhor mostrou sua compreensão, simpatia e empatia com seus servos. Eles chegaram sorridentes, contando as bênçãos do trabalho, daquilo que Deus havia feito por intermédio deles e isso era empolgante. Mas eis que Senhor chega para eles cortando aquele momento festivo, dizendo-lhes: “Alegrai-vos, não porque os espíritos se vos submetem, e sim porque o vosso nome está escrito no céu”. É essa verdade que almejo destacar aqui. Nosso Senhor não é um desmancha prazer; ele não é um estraga tudo. O que ele está querendo dizer que aquela felicidade mostrada pelos seus servos era real, porém transitória, enquanto havia um motivo glorioso e eterno que deveria motivar seus servos, era o fato de que seus nomes estarem escritos no céu. Não é um maravilhoso fato? Nós temos perante nossos olhos uma verdade impressionante e precisamos nos desembaraçar daquilo que é passageiro e muitas vezes envolvente nas obras da carne. Nosso Senhor nem mencionou a glória dele; nem sequer mostrou a exaltação do Seu grande nome, mas sim o fato que aqueles homens simples eram cidadãos do céu.

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