quinta-feira, 16 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (8)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

Outro detalhe de grande importância é que a fé fez aquele moço reconhecer seus pecados. A frágil mensagem do evangelho atual tem alavancado pessoas sem qualquer convicção e dando-lhes certeza de salvação. Eu mesmo posso confessar que no alvorecer do meu ministério fiz isso muitas vezes e posso afirmar que foi prejuízo para a igreja do Senhor. Claro que houve sinceras conversões a Cristo, mas boa parte houve um toque de certeza jamais dado pelo Espírito Santo, e isso resulta em orgulho e não em vidas santas.

Já vi e ouvi de casos de decisões feitas na base do suposto livre-arbítrio. Aceitar isso tem sido a força de um evangelho humanista por muitos anos, cujos resultados estão aí, sem fruto de piedade, temor ao Senhor e vidas cheias da abundância de Cristo. Tomo o evangelho da glória de Cristo, porque esse título traz consigo o verdadeiro significado da origem e da pureza desse evangelho. O evangelho da glória de Cristo (2 Coríntios 4:4) é a mensagem que satanás e o mundo odeiam, porque o destaque é a “glória de Cristo” e não a glória do homem. O trabalho é feito pelo Espírito Santo e pela Palavra. É claro que entra a convicção do pregador, o que é de vital importância, porque normalmente Deus usa homens chamados por Ele, a fim de comunicar aos homens (1 Tessalonicenses 1:5).

Mas podemos perceber que a força do evangelho da glória pode descartar a instrumentalidade humana. Foi esse o caso da cruz. Ali houve o encontra direto do pecador com o Salvador e da fé com a graça. Nota-se que quando brilhou a doce luz do Consolador no coração daquele moço, imediatamente um novo homem surgiu, mostrando a diferença do antigo homem em Adão. A confissão dele foi direto para nocautear a incredulidade do moço que foi seu antigo colega na arte de roubar.

Agora surge um novo homem em Cristo, pois ele reconheceu seu pecado imediatamente. Veja caro leitor a sobrenatural atividade do Espírito Santo na salvação do pecado. Quem pode levar o homem a reconhecer seu pecado e à confissão? Somente Deus. Mesmo o rei Davi, sendo um homem segundo o coração, em seu orgulho se fechou e tentou se armar para se inocentar dos seus dois terríveis atos em adulterar com Bate-Seba e mandar matar o marido (2 Samuel 11). A tendência do homem é que quando seu pecado é revelado é se rebelar, tornar-se violentou ou então se esconder. Mas não foi o caso de Deus, conforme vemos no Salmo 51, pois ele se atirou numa dramática, mas sincera confissão perante seu Deus.

Obviamente, nem todas reações são iguais; nem todas as confissões serão idênticas e muitas delas nem sequer são ouvidas. Mas a verdade é que em qualquer obra de salvação, há sim a confissão, audível ou não. O que importa é que Deus ouve e vê, pois o trabalho é Dele e não do homem. No caso do ladrão na cruz, ele mostrou sua confissão e essa confissão revelou o quanto ele passou a odiar seu pecado; o quanto havia morrido para o mundo; o quanto seu coração era diferente e cheio de temor; o quanto suas ambições terrenas faliram e desejos eternos tomaram seu ser para sempre.

5 - Estudo Salmos 37 A Suprema ordem dada aos crentes na terra | Pr. Dav...

terça-feira, 14 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (7)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

Veja como a fé bíblica é simples, quando vista pelos que creem. É simples para os salvos, mas para os perdidos, a fé bíblica é loucura. Para o mundo, a petição do ladrão incrédulo é aquela que o mundo batizou como “bendita fé”, porque segue o critério religioso deste mundo, querendo um deus que possa lhe favorecer naquilo que interessa o mundano. Mas nosso interesse agora está voltado á genuína fé, porque nos envolveremos em assuntos da maravilhosa graça que salva. Todos os atos da salvação estão dentro do escopo da graça, pois é Deus quem opera tudo em todos. Quando Deus chama o pecador na graça salvadora, então tudo funciona perfeitamente. Nada falha nem falta. Sendo assim, foquemos nossa atenção na fé, porque ela será exuberante e seus resultados serão eternos.

Já falei que a fé mira a Pessoa certa: “Jesus”. Não foi mera visão, mas sim algo que abalou a alma daquele homem. Ele viu algo ali que foi transcendental. A visão foi da sua alma e essa visão passou por cima, vencendo todos os interesses carnais, mundanos e cruéis do homem no pecado, porque rasgou o véu da ignorância e ele pode ver o inferno lá em baixo, sua condição de um merecedor da punição eterna, mas eis que ali estava o Salvador e a salvação ao seu lado. Que trabalho majestoso do Espírito Santo!

Ninguém conhece a Jesus, a não ser que Deus lhe abra a visão para isso. A visão mundana só pode ver as provisões mundanas e busca socorro inútil nelas. Quando Deus abre os olhos da alma, então o pecador vê sua condição tão triste e pode ver que entre ele e Deus tem Aquele que se tornou socorro bem presente na angústia (Salmo 46:1). Não há poder aqui que possa abrir os olhos da alma, mesmo as religiões, por mais fieis que elas sejam. Mesmos grandes pregadores, jamais eles terão acesso ao espírito humano, a fim de despertá-lo dentre os mortos. O Senhor veio para vivificar os mortos e é o que Ele está fazendo no mundo: “Em verdade, em verdade vos digo, que vem a hora e já chegou em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que ouvirem, viverão” (João 5:25).

Em segundo lugar a fé simples mostrou ter uma necessidade pessoal: “lembra-te de mim”. O que é isso? É o que chamo de contrição. O evangelho tão vazio de hoje vê o homem, como se este pudesse tomar uma decisão e aceitar a Jesus. Hoje é a vontade do homem que está em foco e isso gera e há de gerar terríveis problemas. Como alguém poderá ter o Salvador sem que antes tenha vista sua triste condição de culpado e perdido? Quando os olhos da fé são abertos por obra do Espírito Santo, imediatamente o velho homem em Adão é silenciado em seu egoismo. Entra em ação o “lembra-te de mim”, o que é de vital importância na salvação. Na contrição é possível ver o abatimento do homem ao ver sua condição no pecado. Como diz uma estrofe de um antigo hino: “Minha condição tão triste conheceu meu Salvador que do céu desceu à terra para ser meu Redentor! Ó quão grande é o amor do meu Senhor!” Quanto falta isso em nossos dias! Quanto carecemos dessa ação poderosa do Espírito Santo em gerar convicção de pecado e sincera confissão!

Pregação A simplicidade da fé Lucas 23:39-43 Pr. David Sena

sábado, 11 de maio de 2024

GRANDE ENCONTRO DA GRAÇA COM A FÉ (11)




“E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso” (Lucas 23:43)
APRESENTOU NA FORÇA DA BENDITA ESPERANÇA: “...no paraíso.”
        Caro leitor, nesse grande encontro entre a graça do Salvador e a fé de uma alma penitente, essa graça se apresentou na força da bendita esperança: “...no paraíso.” Ora, os homens vivem neste mundo carregados de esperança de  um mundo melhor. Eles querem e lutam para fazer deste mundo um paraíso e quando chega a morte eis que toda essa esperança é dissipada como fumaça que some, como nuvem que estava presente, mas que desapareceu de repente. Note caro leitor que a salvação bíblica traz em seu bojo essa doce esperança, pois nosso Senhor rasgou o pacote da tão grande salvação e mostrou ao que estava perdido, para onde Ele seria levado: “...paraíso”.
        Mas devo aqui lutar para mostrar a verdade de que neste mundo o que satanás está fazendo é distribuindo desesperos aos corações, conforme as Palavras de nosso Senhor: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”. O leitor pode examinar nessas palavras que nosso Senhor mostra que a esperança dada por satanás aos pecadores neste mundo é linda, bem inflamado de ardentes desejos de obter mais, porém o desespero aparece porque aquilo que os homens ganham, hão de perder. Isso não ocorre somente quando vem a morte física, mas sim a todo instante. Aquilo que tanto desejamos obter na esperança de ter felicidade aqui logo traz consigo seus dissabores. É impossível segurar nossa felicidade aqui, porque o tempo se encarrega de dissipá-la e trazer sofrimento. É certo que os homens no pecado não observam essas coisas, devido a contínua ilusão na qual vivem.
        Caro leitor, o mundo jamais pode nem poderá ser o lugar adequado para um paraíso. Este lugar é a arena de batalha. Nosso Senhor arrancou dos Seus discípulos toda e qualquer ilusão de achar descanso e felicidade aqui, quando declarou-lhes: “...No mundo passais por aflições...” (João 16:33). Examinemos essa verdade com determinação e confiança. Primeiramente devemos saber que o príncipe deste mundo é o diabo, o pai da mentira (João 8:44). Como podemos esperança que aqui é um lugar excelente para os homens viverem num paraíso? Jamais! Seu líder é mentiroso e homicida. Também, toda criação milita contra esse falso paraíso, devido a entrada do pecado. Por onde os homens andam e buscam felicidade aqui, eles não sabem que estão cercados por um intenso ódio de uma criação que foi atingida pela vaidade. Um grupo de homens foram longe pescar, foram para passar vários dias à beira do rio. Enquanto estavam se alimentando, eis que o líder do grupo morreu instantaneamente, vítima da própria comida. A morte desfez arrancou a felicidade de todos e trouxe tristezas e aflições.
        Meu caro amigo, a criação inteira lida com aquilo que é estranho à própria criação – a morte. A criação inteira sofre com essa invasora intrusa. Vemos os animais todos na luta contínua pela sobrevivência e quando tiver que usar o sangue dos homens a fim de viver, a criação está autorizada a matar. Paulo trata sobre isso em Romanos 8, quando afirma que toda criação geme angustiada. Vemos isso ao nosso derredor, porque nenhum animal é culpado pela entrada desse sistema maligno e pervertido. Em todos os lugares a morte está cravando suas unhas cruéis e mostrando ser o resultado aterrorizante daquilo que invadiu a santa criação do Senhor. Em todos os lugares há ameaças de morte; em todos os lugares vemos terroristas espirituais comandando esse sistema maligno e corrompido pela invasão do pecado.
        Meu amigo leitor, se o Senhor abriu seus olhos para ver a miserável condição na qual você está vivendo, é para lhe mostrar que o paraíso dos salvos está no céu e não aqui. Se converta a Ele agora de todo seu coração e você terá essa doce espera marcada em seu coração de um dia partir deste mundo e estar para sempre com Cristo.

sexta-feira, 10 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (6)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

Após mostrar o quanto a incredulidade cega, surda e insensata prefere morrer no pecado, a cair perante a glória do Salvador, sobra para nós a preciosidade dessa lição, porque, de repente surge o maravilhoso trabalho da graça em meio às trevas do pecado e da morte. A fé que brotou no coração daquele moço mostra que não foi algo natural; jamais esperamos que um homem no pecado mude sua posição, partindo dele mesmo.

Ao lidar com o pecado, lidamos com a natureza do pecado. O pecado no homem não é como uma doença que entrou eu pode ser tirada mediante um remédio que foi medicado. Não podemos mudar a natureza de um cão, mesmo que seja de raça diferente, será visto como um cão. Sendo assim, nós só podemos entender que é obra do Espírito Santo brotar a fé no coração de um pecador escolhido. Lembramos também que Deus, desde o Velho Testamento prometeu que na graça iria tirar o coração corrompido e idólatra do homem, para dar-lhe um coração que viesse a temer-lhe sempre.

Assim vemos o quanto o poder da graça é irresistível em sua atuação, pois assim que Deus operou um novo coração naquele moço, imediatamente foi mudada sua confissão. Antes era aliado do mundo, mesmo sob o julgamento das leis do mundo. Antes sua visão, sonhos e anseios eram focados numa salvação supersticiosa e até mesmo num salvador medíocre, conforme os desejos vistos nos seu colega.

A primeira lição que desponta do texto é que ele teve a visão correta do Salvador: “Jesus” (a trinitariana traduz “Senhor”). Repentinamente sua mente mudou e a justiça do Justo pendurado na cruz brilhou perante face; as trevas fugiram, a figura do Cordeiro imaculado fixou em sua mente, tomou seus lábios, envolveu seu corpo e mesmo em meio às dores, nada impediu que ele professasse sua fé no Salvador e Sua Salvação. Os olhos da fé pousaram ambiente gracioso e aceitável, para achar misericórdia e graça. A fé vê a luz que vem da cruz onde a alma encontra repouso e segurança eterna. A vê em Cristo a completa e segura salvação. Não é algo inseguro, mas sim definitivamente certo: “Ó Jesus, achei descanso em teu terno coração! É manancial de gozo e consolação!”

Impressionante vê que entre o pecado e o acesso ao paraíso celestial há um abismo intransponível. Não há outro meio, nenhum mediador a altura: “E não há salvação em nenhum outro, porque abaixo do céu não existe outro nome pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). Esse abismo não é um espaço geográfico. O próprio pecado e o domínio da morte fazem com que o que está no Paraíso do lado de lá seja algo aterrorizante à incredulidade. O homem sujeito ao pecado e à morte não quer deixar o paraíso aqui, até que o Espírito de Deus faça brotar o novo homem no coração. Ele vê o Salvador; ele vê o inferno que antes a incredulidade não o deixava ver; ele vê seu destino merecido como herdeiro do sofrimento eterno. Então, chegou o momento da poderosa confissão: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13) e foi exatamente o que aconteceu, para o espanto do mundo, das hostes do mal e para a alegria dos anjos no céu.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (5)

 


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UM CONCEITO CORRETO A RESPEITO DA JUSTIÇO DO HOMEM

A incredulidade manifesta dó de Jesus, porque é exatamente isso o que a justiça do homem no pecado faz. Foi assim que o ladrão inconverso mostrou. Se não atendesse seu clamor egoísta e materialista, então Jesus tornaria motivo de zombaria e desdém, assim como fazia a multidão ao redor da cruz.

O mundo inteiro, cheio de justiça própria sempre fez, faz e fará, zombando do Senhor, perseguindo, blasfemando, ignorando sua justiça perfeita, desprezando Sua honra e glória. Foi isso o que ocorreu na cruz, pois, conforme a narrativa do evangelho de João ali estava o mundo inteiro, composto de gentios e judeus, com sua religião, política e cultura ordenando que o Justo Jesus, inocente e inculpável fosse crucificado. Quem foi o herói para o mundo? Barrabás! Quem foi o soberano para o mundo? César, diante de quem judeus e governantes preferiram honrar.

Sendo assim, percebe-se que a incredulidade concebe salvação do ponto de vista humano, que atende as perspectivas temporais. Foi isso o que aquele homem da cruz queria. Salvação para o homem caído e endurecido no pecado significa livramento dos problemas e perigos aqui. É exatamente isso o que podemos ver no evangelho moderno que age em prol da prosperidade. Quando vemos o mundo correndo à procura de Jesus em todos os meios evangélicos, como vemos hoje, é sinal claro que inventaram outro Jesus. Percebe-se que até pastores caíram nesse engodo de providenciar uma vida melhor e mais feliz para a sociedade, de tal maneira que satanás aproveita para usar o nome “jesus” como objeto de superstição.

Também, a incredulidade perverte o coração mesmo em face da morte. A incredulidade só vê a vida aquém e não a vida além, por isso ignora e despreza as realidades eternas. Os ensinos do Senhor aos judeus sempre tinham a intenção de mostrar o viver além desta vida presente, porque estava perante o aquele que era Ele mesmo a Vida eterna. Quando tratava de coisas temporárias a multidão toda falava bem, mas quando Cristo mostrava as verdades acerca do coração do homem e as maravilhas da eterna salvação, imediatamente eles ficavam transtornados de raiva. Mas a mensagem do céu é essa e a justiça perfeita de Cristo foi exposta para destruir e inutilizar a justiça deste mundo, lançando como lixo no fogo do inferno.

Assim, a diferença é gritante da fé bíblica para a fé que o mundo professa ter, mas que a bíblia a intitula de incredulidade. A fé bíblica mostra que há um novo homem no coração; que ali Deus operou sua obra salvadora e que essa fé age sob o som da verdade. Esta é a fé que revela Deus agindo nos corações, fazendo do justo uma pessoa que viverá assim doravante – pela fé (Romanos 1:17). A fé é visão correta que vê Jesus como o Salvador, não o salvador na perspectiva mundana dos homens. Aquele homem convertido não viu assim, pois na visão correta de sua condição, ele pode ver o socorro bem presente na sua angústia (Salmo 46:1) à sua frente. Quem? O Salvador, puro Cordeiro, sem qualquer mácula, ali pronto para lhe salvar.

“Que maravilha meu Jesus me ama e pela graça já me perdoou; e pela fé eu tenho vida eterna, quebrou meus laços e me libertou!”

4 - Estudo Salmos 37 - As 3 principais ordens do dono da terra | Pr. D...

quarta-feira, 8 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (4)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UM CONCEITO CORRETO A RESPEITO DO HOMEM

Devemos ter sempre em mente que nossos atos provam o que merecemos. Foi essa verdade transmitida por Jeremias em Lamentações 3:39: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados”. O ladrão que se converteu ali estava plenamente consciente de sua situação perante Deus. Ele era culpado e sua ainda era mais imensa porque, além de punido pelas seis dos homens, a lei de Deus também o declarava ser ele maldito e digno do inferno.

Quanto vemos hoje a ausência dessa convicção de pecado em nossos dias! Satanás espalhou sua soberba de tal maneira que o povo sempre está buscando seus direitos. As pessoas hoje não estão à busca de um salvador para suas almas. Normalmente as vemos à procura de oração, pedindo bênçãos por um viver mais confortável aqui. Nem preciso falar dos aproveitadores, os falsos mestres que sabem como arrancar os bens do povo.

Voltemos ao texto, porque precisamos saber o que fez aquele homem, em cujo coração Deus operou a fé salvadora. Veja como ele justificou a Cristo: “Este nenhum mal fez”. Noutras palavras, ele estava dizendo que agora viu sua culpa; que foi condenado e que merecia ser atirado no abismo. Ele estava vendo o abismo escancarado abaixo dele, mas ali estava o Salvador ao seu lado. Que ocasião oportuna! Enquanto a incredulidade domina o coração homem no pecado, ele jamais verá Jesus como a provisão de Deus para sua salvação. Os homens querem de Deus o milagre que faz tudo mudar aqui. O jesus do homem no pecado parece ter uma varinha mágica para num toque ser transformado num paraíso.

Examinemos a incredulidade natural do homem. Como os homens veem um salvador? Depende muito daquilo que tem no coração. Por essa razão os homens criam ídolos e se submetem com loucura a tais ídolos. A salvação que vem do Salvador enviado do céu não está nos planos do homem no pecado. Veja como aquele ladrão não convertido queria um salvador diferente. Ele olhou Jesus como um coitado; ele via como alguém tão culpado quanto ele e que precisava salvar a si mesmo: “Desça da cruz!” Veja como a incredulidade manifesta dó e não temor. Então, seus anseios por uma vida melhor aqui é que faz os homens criaram ídolos para cada detalhe da vida. Como não há sentimento de pecado, então, Jesus o Salvador não serve, porque não atende seus anseios.

Nota-se que aquele ladrão condenado estava ao lado da multidão que mandava crucificar Jesus. O que o mundo pensa é igual a todos os mundanos e nesse espírito nem podemos avaliar como se expande o campo da idolatria, pois o homem no pecado toma tudo o que tem de aparência religiosa para curtir seus interesses mundanos. Eles veem isso num batismo, na ceia, na oração e coisas semelhantes. Sem ver seus pecados, como o homem irá a Cristo? É impossível! Seus olhos devem ser abertos, seus ouvidos também e todo seu ser deve se mover para o Filho de Deus, o Cordeiro puro e sem mácula. Foi assim que aquele moço viu o Salvador e buscou sua salvação.

terça-feira, 7 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (3)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UM CONCEITO CORRETO A RESPEITO DO HOMEM

O que acontece quando Deus opera a fé no coração de alguém? Logo essa fé mostrará ser totalmente diferente da incredulidade do mundo. O que aquele homem convertido fez? Ele voltou para seu antigo colega de infortúnios e mostrou o que a fé salvadora faz com a incredulidade cega. Notemos alguns detalhes desse tão rápido confronto.

1. Aplicando a justiça como deve ser aplicada. Quando a pessoa busca a salvação é porque percebe que nada há nele que venha atrair o favor de Deus. Falo rigorosamente que é impossível haver conversão, se houve qualquer traço de justiça própria. O que o outro ladrão queria? Exatamente o que o mundo sempre procura na área religiosa; sempre estão querendo mostrar que há nele justiça e que a salvação é Deus trazendo livramento aqui, tirando o desconforto e sofrimento, a fim de melhorar a vida. A incredulidade cega não vê maldade que o leve ao juízo de Deus. Veja que se não for por obra do Espírito Santo, o homem continuará a ser o que é, cheio da imunda justiça própria.

Note que a fé tem imediata confissão, assim que percebe sua situação diante de Deus e da necessidade dessa salvação. Tudo é visto agora com uma visão clara de quem é Jesus – o Salvador e quem é o homem caído – um merecedor do castigo eterno. Agora aquela alma confessa volta e dá a lição que seu antigo colega precisava ouvir: “...nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?” Eis a confissão de um salvo, pois em pleno momento, quando as forças infernais e do mundo pareciam cantar vitória, eis o triunfo da fé salvadora no seu encontro com a graça salvadora.

O que os homens no pecado buscam de Deus? Eles acham que são justos e que Deus é obrigado a atender-lhes. Sempre foi assim. Eis a razão que eles buscam seus ídolos, porque estes não têm voz para repreendê-los. Os ídolos reflete o que a pessoa é no coração. Aquele moço que morreu no pecado tinha esse conceito de uma salvação para esta presente vida. Ele queria voltar à sua antiga vida, então a divindade dele era pagã, seu orgulho jamais foi quebrado e satanás dominou sua vida o tempo todo, fazendo dele seu instrumento de terror.

Vamos por essa verdade à luz das sagradas letras. Sabemos o quanto Deus apresenta ao mundo a justiça dele. Vemos em toda Bíblia os santos de Deus proclamante que Deus é justo e isso significa que Ele não aceitará a justiça do homem. O sacrifício feito pelo Justo Senhor na cruz é Deus declarando que aquele ato foi perfeitamente aceitável. Cristo amou a justiça e odiou a iniquidade. A vida do Filho de Deus foi completa e totalmente isenta de mancha ou nódoa do pecado. Assim Deus estabeleceu a justiça de Cristo para justificar os que Nele creem. O homem chega a Ele completamente despido de suas desculpas e se expondo perante Deus para se tornar justificado e aceito perante Deus. Foi isso o que o Espírito de Deus mostrou àquele moço ali na cruz; seus olhos foram abertos e Ele viu o Justo morrendo por ele, um injusto. Que encontro maravilhoso que abalou o céu. Um herdeiro do inferno tornou-se herdeiro do céu ali.

3 - Salmos 37 Perigos e Livramento | Pr. David Sena

sexta-feira, 3 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (2)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

UM CONCEITO CORRETO A RESPEITO DO HOMEM

Uma vez dada a introdução, devo partir para as particularidades, claro examinando bem o que diz o texto. Sabemos que a reação daquele moço para chegar à sua salvação foi obra sobrenatural de Deus, porque o relato visto em Mateus e Marcos é que ele debochava junto com seu colega, querendo uma resposta de Jesus para tirá-los da situação que os levaria à morte. Vemos o quanto a graça salvadora triunfa, mesmo no desespero da morte; vemos o quanto os olhos do Salvador miravam com compaixão por aqueles homens que foram condenados com justiça.

Meu propósito aqui é tratar da simplicidade da fé, como foi que aquele moço encontrou a salvação da sua alma. A primeira lição é que na simplicidade da fé salvadora ele desvinculou-se da incredulidade cega do seu colega: “Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença (v 40). A fé gerada no coração por obra de Deus na salvação do pecador, ela toma o lado certo; ela surpreende a incredulidade e a ataca com veemência.

Eis aí a primeiríssima manifestação de separação da luz contra as trevas. Que aplicação maravilhosa e surpreendente! Pois a fé que vem de Cristo ao coração não só atacou o moço incrédulo, como também deu uma bofetada no mundo e apavorou a morte e o inferno, porque esperavam mais um freguês ser atirado no tormento. Foi obra sobrenatural da graça, mostrando que mesmo na aflição da cruz o Salvador estava ali cumprindo sua missão de buscar e salvar o perdido. Mesmo tendo suas mãos pregadas no madeiro e em meio às dores lancinantes, a voz do Senhor era suficiente para tirar o pecador das trevas para a luz, da morte para a vida e do inferno para o céu.

É triste ver hoje o quanto a ausência da fé bíblica é sentida. Com esse falso evangelho tão apregoado em nossos dias, vemos como o mundo se harmonizar com os chamados “evangélicos”, de tal maneira que não vemos separação. O que vemos hoje é a força ecumênica, numa só voz e dando as mãos para saudar satanás com suas hostes e com seu mundo preparado para receber o anticristo. O que vemos no caso do ladrão convertido é que imediatamente o relacionamento mundano foi rompida e em pouquíssimas palavras a aula de teologia da fé cristã foi transmitida dos seus lábios aos ouvidos impenitentes daquele moço, com o qual viveu roubando.

A conversão verdadeira opera assim, com real separação. Há um desligamento completo, porque a fé bíblica dá sinais claros que os olhos da alma foram abertos, a luz da verdade brilhou no coração e as coisas eternas, de repente apareceram. Para o ladrão que morreu no pecado, o mundo era seu paraíso; ele não via outro lugar melhor; a morte para ele não era tão assustadora, porque não tinha nele qualquer concepção de juízo da parte. Ele sentia no corpo o julgamento dos homens, mas não de Deus. Ele não via nada depois da morte, porque a soberba incredulidade engana a alma, dando a impressão que a morte finaliza a vida aqui e acabou. Que maravilhosa obra da graça, pois mostra Deus salvando uns e punindo outros e sabemos que Ele faz isso em justiça, santidade, graça, misericórdia e santo juízo.

quinta-feira, 2 de maio de 2024

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (1)


...Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:42,43)

INTRODUÇÃO: Na conhecida história desse ladrão que foi salvo perto da morte temos uma lição bem prática a respeito do que significa a simplicidade da fé salvadora. Claro que a simplicidade da fé não a torna medíocre, pois trata-se da poderosa fé que o Espírito de Deus opera no coração do homem para sua salvação. Devo mostrar que a fé é simples quando a vemos no desenrolar da conversão e do viver da pessoa que é salva. Nem você nem eu precisa entrar numa escola para aprender acerca da fé que salva, assim como não precisa estudar a respeito da composição da água para saber a respeito do valor dela, a fim de sanar a sede.

Todo problema com respeito à fé é trazido pela incredulidade, porque o homem natural jamais entenderá as realidades eternas de Deus quando chega ao coração de um pecador para sua salvação. Quando o ladrão na cruz viu o Salvador crucificado, ele não precisou de um curso para entender como pedir o que precisava. Um médico não vai esperar que um paciente que sofre usará com ele bela linguagem cultural para suplicar-lhe que resolva o problema de sua enfermidade. A simplicidade da fé quando aparece em palavras e na atitude de confissão é algo move os anjos à festa no céu. A fé de Abel foi vista na sua oferta do animal oferecido no altar. A mulher adúltera mostrou sua fé através das lágrimas aos pés do Senhor. Quando Deus ordena: “Clama-me e responder-te-ei” é porque o clamor de uma alma aflita irá revelar a fé que faz Deus inclinar Seus ouvidos para ouvir.

Vivemos uma época de grande confusão religiosa, quando o que mais vemos é uma euforia que brota do orgulho. Raramente vemos hoje a fé simples que aos ouvidos de Deus é aceitável. A religião moderna mais parece o povo de Israel nos dias de Isaías levando ao templo animais, dinheiro, instrumentos e outras coisas, porém estavam com seus corações longe do Senhor e este considerando tudo abominável. Quando há confusão religiosa, então é certo que satanás confundirá a fé. Hoje não vemos homens e mulheres à busca do simples pão da vida e da pura e cristalina água que vem do trono de misericórdia. Ao contrário, vemos elementos que se dizem pastores e pregadores alimentando o ego dos homens com um conceito perverso de fé. Eles são exortados a crer em Deus, como se Deus estivesse vivesse se alimentando da fé. Foi erguida a super fé, a fé que move os obstáculos e que faz Deus trabalhar, recompensando a todos com aquilo que a ambiciosa natureza do homem tanto busca.

O texto em Lucas que trata da salvação do ladrão nos traz o ensino que expõe a fé que realmente transpõe obstáculos e faz Deus erguer Seu forte braço salvador, a fim de agir imediatamente. Estamos lidando com a fé que salva o pecador; a fé que vê presencia a graça para um encontro maravilhoso e eterno. Estamos lidando com a fé que encontra aquele que o mundo tanto odiou a ponto de crucificá-lo. Essa fé é simples? Sim, mas é uma simplicidade que todos os santos de Deus a compreendem. Aquele moço morreu e foi para o paraíso, segundo a promessa do Salvador. Muitos são os que creram e que estão ainda neste mundo para gozar a graça dessa suficiente fé na salvação e no dia, até a triunfante chegada ao lar celestial.


Pregação 2 Formas que Deus usa para punir aos homens Oséias 5:12-14 Pr. ...