quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O LUGAR DA PALAVRA DE DEUS EM NOSSO VIVER (2)


                        
“Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instrui-vos, e aconselhai-vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus , com salmos e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração” (COLOSSENSES 3:16).
INTRODUÇÃO:      
        Estou certo que preciso acrescentar esta página à introdução, a fim de mostrar o quanto é valiosíssima a palavra de Deus em nossas vidas. O problema é que muitos pensam que podem ser crentes e vencer as provações, agradar a Deus e caminhar firmes e resolutos para o céu, sem haver sequer um interesse por Deus e pela Sua Palavra. Para mim, uma atitude dessa só revela o fato que a pessoa jamais conheceu o novo nascimento, quando Deus dá desejos santos no coração e amor pela verdade, como diz o Senhor: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus”. Sendo assim mostrarei aqui os valores que são notáveis para o viver de um crente, quando ele se dedica à verdade escrita.
1.        A Palavra de Deus é a única e suficiente provisão que nos envolve no conhecimento da verdade da tão gloriosa salvação. A bíblia nos mostra o quanto a salvação é gloriosa; o quanto é grandiosa e riquíssima. A ideia de salvação em nossos dias é que o homem um dia fez uma decisão de aceitar Cristo, foi salvo e pronto. Pode seguir sua vida, mesmo seguindo a liberdade mundana; mesmo seguindo seus próprios pensamentos; mesmo completamente alheio à vida cristã. Ele é salvo e vai para o céu. Esse é o resumo final dessa “salvação”.
           Mas isso nada tem a ver com a salvação bíblica. Salvação envolve arrependimento, conversão, novo nascimento, habitação do Espírito e outras maravilhas daquilo que é chamado de “uma tão grande salvação”. Em Filipenses Paulo estimula os crentes a individualmente desenvolver a sua salvação. Paulo não está ensinando salvação por obras, mas sim para que o crente agora tome posse daquilo que recebera pela fé; é para que ele agora pela fé desbrave o território santo e conheça essa “terra prometida” daquilo que lhe foi dado em Cristo Jesus. Hoje vejo o quanto muitos nem mostram um pingo de interesse por isso; nem consideram a salvação como um tesouro, porque estão mais ligados aos interesses mundanos. Eles querem subir ao céu, mas não querem andar para lá; querem um viver folgado aqui, sem que lhes custe o preço da cruz, de um viver como ovelha. Parece que a fé deles não abriu os olhos; é uma fé cega e continuam do mesmo jeito que estavam antes. Por isso quero realçar essa importância da Palavra de Deus no viver.
2.        A Palavra de Deus é Cristo em Sua totalidade. Em 1 Pedro 2 o apóstolo nos exorta a aproximar do Senhor, como crianças recém-nascidas desejam o leite racional. Pedro enfatiza mais, dizendo que o Senhor é bondoso. Mas, como me aproximarei de alguém que não vejo? Só podemos aproximar de Cristo pela Sua Palavra. Só podemos conhecer a glória de Cristo à medida que aplicarmos mais no conhecimento desse santo livro, em santo temor. A Bíblia inteira tem o formato do Senhor Jesus; Suas palavras é o Senhor falando; Ele é o Cordeiro cujo sangue seria derramado na cruz, por isso as páginas sagradas, como que, gotejam sangue; é Ele em Seu amor eterno comunicando com o povo eleito, dizendo que tudo está sendo feito para que todas as Suas ovelhas sejam achadas e salvas. Minhas palavras são impressionantemente pobres para expressar a glória da Palavra de Deus e sua importância no viver de cada crente.
           Minha esperança é que eu possa servir ao povo de Deus. Vivemos num mundo de escuridão; a Palavra de Deus é nossa lâmpada para os pés e luz para nosso caminho. Vamos deixa-la? Claro que não! É o momento de voltar para o livro de Deus de todo nosso coração e fervor!

O ANTIGO E ATUAL ESPÍRITO ECUMÊNICO (3)



“Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (2 REIS 17:15,33,34).
O PRIMEIRO ESTADO: “Não temeram ao Senhor”.
        Vamos agora destacar os pormenores desse tema, mas para isso preciso voltar e mostrar como era a condição do reino do norte, tendo Samaria como capital. Os que conhecem a bíblia sabem que foi Jeroboão aquele que ocasionou a divisão de Israel, após a morte de Salomão (1 Reis 12) e para assegurar total domínio sobre as tribos do norte Jeroboão de forma esperta fabricou dois bezerros de ouro e colocou um no extremo norte e outro no extremo sul. Foi de forma religiosa que ele conseguiu colocar essa muralha da idolatria, a fim de que a população do norte não descesse para o sul.
        Com a divisão da nação, eles não tinham mais Jerusalém, a cidade de Deus, nem tinham mais o templo, onde poderiam cultuar ao Senhor mediante o sistema de sacrifícios; não tinham os sacerdotes da tribo de Levi e da família de Arão, os quais foram escolhidos para realizar os serviços no templo. Jeroboão sistematicamente conseguiu criar seus próprios sacerdotes e tinham os profetas deles mesmos, os quais sempre diziam ao povo que Deus estava com eles. A única porta de bênção para aquele povo era quando Deus levantava um profeta, como realmente o fez levantando homens como Micaías, Elias, Eliseu e outros. Outro detalhe importante foi o fato que no sul os reis eram da tribo de Judá, mas no norte os homens que ocuparam o trono eram normalmente homens assassinos, invejosos e cruéis, porque assumiam o trono por meio de mentiras e de assassinatos.
        Mas quero me aproximar do capítulo 17 de 2 Reis, porque muitos anos já haviam passado e a ocasião mostra que enquanto ocorria o juízo contra Samaria e Israel acontecia um avivamento no reino do sul. Enquanto no reino do norte não houve sequer um homem de Deus, no reino do sul houve homens como Asa, Josafá, Josias e Ezequias. Enquanto Samaria sofria os horrores da invasão Assíria, concomitantemente no sul Deus estava usando Ezequias para um grande despertamento. Enquanto as trevas eram densas no norte, a luz brilhava no sul com um homem de Deus assentado no trono. Assim podemos ver o que acontece quando desviamos de Deus; quando deixamos Sua Palavra e Seus ensinos. Quando uma nação rica e próspera entra em declínio espiritual, eis que Deus poderá derramar bênçãos eternas sobre um povo pobre.
        O que estava acontecendo em Samaria? Nada das bênçãos do Deus de Israel. O que um povo busca, há de achar sim. Deu às costas para Deus, então terá á frente satanás com seus projetos perversos e destruidores. Para um real avivamento Deus requer que homens voltem para Ele de todo coração; que o temor a Ele seja visto e que Ele seja obedecido, caso contrário, satanás entrará em ação. Quem não quer o avivamento conforme os padrões do céu, então satanás terá seus meios enganadores e mentirosos, conforme aconteceu ali em Samaria. O ecumenismo é a força mais poderosa de satanás neste mundo e os corações incautos não descobrirão sua origem. O ecumenismo é a forma como satanás se veste de anjo de luz e é adorado por todos, usando o nome de Jesus. Em Samaria tudo já tinha sido feito de antemão; o povo brincou muito tempo com isso e não ouviu os contínuos avisos divinos através dos profetas.
        Estamos presenciando esses males em nossos dias e meu coração pulsa por um despertamento do Senhor, a fim de que nosso povo seja acordado e volte para o Deus da bíblia.

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O ANTIGO E ATUAL ESPÍRITO ECUMÊNICO (2)


                       
“Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (2 REIS 17:15,33,34).
           INTRODUÇÃO:
        O ecumenismo sempre foi e será a maior e mais perigosa estratégia de satanás contra a igreja de Deus. No ultimo livro da bíblia vemos como Deus coloca a raça como sendo representada por duas mulheres: A noiva e a grande meretriz. Uma pertence ao Senhor, a outra é do mundo; a noiva é destacada pelo cuidado do Senhor pelo Seu povo e é composta por pessoas que Cristo, com Seu sangue comprou de todas as nações, enquanto a grande meretriz não passa de ser a união de todas as mentiras religiosas que este mundo oferece. Individualmente os homens pertencem ou a primeira, ou a segunda, não há como ser crente e ao mesmo tempo ser ligado a este mundo mentiroso e destinado à destruição eterna.
        Estou tomando o texto do capítulo 17 de 2 Reis para mostrar a todos o quanto Samaria após a conquista da Assíria torna-se o modelo do que significa ecumenismo. Por muitos anos Deus falou à nação do norte, enviando profetas de renome, como Elias e Eliseu, mas sabemos o quanto aquele povo ignorou as mensagens e até mesmo sinais maravilhosos, como ocorreu naquela grande demonstração do poder de Deus através de Elias (1 Reis 18). Diante de tantos atos de bondade, paciência e compaixão de Deus a nação não abandonou os dois bezerros de ouro para voltar para o Deus de Israel. Houve algumas atividades que pareceram um retorno avivado, mas não foi algo completo. Jeú foi usado por Deus para por um ponto final no culto a baal, (2 Reis 10), mas só foi aquilo, por isso Deus ordenou que a Assíria viesse e destruísse Samaria, matando muitos e levando milhares para o cativeiro.
        A cidade de Samaria parecia abandonada com poucos habitantes, por isso o mato cresceu e as feras começaram a invadir. Foi assim que o rei da Assíria mandou pessoas para habitar lá e assim formaram os Samaritanos. Mas essa mistura trouxe um festival de religiões diferentes. Alguns adoravam o Deus de Israel e outros adoravam seus deuses, sob o comando de sacerdotes diferentes. Foi assim que Satanás conseguiu erigir o culto ecumênico ali, onde lábios proferiam o Nome do Deus de Israel, mas também confessavam seus ídolos.
        Não é exatamente o que vemos hoje? Aqui no Brasil ultimamente (2018) vejo com tristeza o quanto essa unidade pagã foi identificada com o sistema evangélico. Não há dúvida que esse é o resultado imediato de um evangelho barato, sem arrependimento, com uma oferta de salvação sem qualquer preço de uma fé viva e cheia de temor ao Senhor. Portanto, chegamos ao ponto que está agora. Não há sinais de pecadores, porque cada um tomou seu deus e colocou o nome dele de Jesus e utilizam versos bíblicos para enfeitar esse estilo de fé e de culto.
        Há também uma mistura de fé com o mundo; não há mais evidência de vida cheia de temor ao Senhor. É óbvio que têm os verdadeiros crentes e eles provam isso com um amor firme pela palavra e fidelidade a Deus. O ecumenismo faz brilhar uma fé frouxa e lábios indefinidos no tocante a Deus. Até mesmo elementos perigosos e cruéis tomaram o nome de “evangélico” para se esconderem e ficarem disfarçado, enquanto praticam suas abominações. Não resta dúvida que enfrentamos esse momento cruel e difícil de domar. Bons pastores tendem a ficar sozinhos; outros pastores vendem sua fé, a fim de buscar meios mundanos para entreter os que estão em atividades em sua igreja. Essa é a situação caótica e espero ter despertados os corações para a leitura desse material, para o bem do povo de Deus e, quem sabe um despertamento!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

O ANTIGO E ATUAL ESPÍRITO ECUMÊNICO (1)



“Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (2 REIS 17:15,33,34).
           INTRODUÇÃO:
        Não tenho dúvida que ultimamente satanás tomou o cenário religioso para implantar o famoso e antigo sistema ecumênico. Tenho sempre falado sobre isso em meus comentários, porque a situação é grave. O espírito ecumênico parece uma inundação que tomou tudo e que está varrendo as igrejas para dissipar a fé verdadeira e aniquilar a justiça perfeita, além de expulsar o verdadeiro espírito de adoração ao único e glorioso Deus. Sempre foi essa a intenção de satanás no mundo, mas especialmente nos últimos dias, quando ele quer implantar seu reino ateu e perverso.
        Quais são as consequências imediatas do ecumenismo? Ele desfaz qualquer ortodoxia evangélica, firmada na verdade, conforme Judas diz em sua carta (verso 3) “Nossa santíssima fé”. Isso já está bem abalado nas igrejas. E uma vez que nossas santas convicções de uma fé firme na verdade sejam postas fora, obviamente outras atividades perigosas começam a tomar conta de tudo e de todos:
        1.     O ecumenismo tranquiliza a consciência daqueles que são irresolutos, que têm medo de tomar decisão firme para agradar a Deus. É raro achar homens e mulheres de fé e coragem, os quais estão dispostos a pagar o preço alto e jamais recuar. O conforto, amizades, saúde e outras atividades mundanas se incumbiram em expulsar a viva fé. Todos querem sentir bem diante de Deus, mas não querem ouvir a verdade absoluta, conforme faziam os Israelitas, ordenando que os profetas falassem o que eles queriam ouvir. Todos querem individualmente criar seu próprio sistema de culto e desenhar o seu Deus conforme lhes interessam.
        2.     O ecumenismo adultera a igreja. Que tristeza! O mundo invadiu os cultos; a pregação é aquilo que serve para afagar o ego e coçar os ouvidos. O mundo observou tudo isso e se aproximou da igreja; foi tirada a porta estreita, a fim de colocar uma larga porta, para que as multidões entrassem; tudo agora ficou bem preparado, a fim de que homens e mulheres, jovens e adúlteros, ricos e pobres pudessem entrar nos cultos e achar o que eles procuram em termos de religião que realiza seus ideais.
        3.     O ecumenismo traz desonras à verdadeira religião. O mundo quer apagar a verdade a qualquer preço, por isso quer dizer sempre aos ouvidos de todos que todos pertencem a Deus, que todos vão para o céu e que Deus mandou seu corpo de bombeiros, a fim de apagar o fogo do inferno. O ecumenismo tão perigoso e vil diz que satanás não é mais satanás, que ele é um anjo de luz agora e que tem tudo de bom para oferecer a todos. Enfim, o que acontece é que o que parece ser de Deus é na realidade satanás imitando o divino; o que espúrio é impingido como se fosse genuíno, a fim de satisfazer os propósitos insanos do diabo.
        Não é necessário falar sobre isso? Chegou o momento para que a igreja acorde, pois estamos chegando àquelas horas escuras da madrugada deste mundo de trevas; são esses os momentos quando os vigilantes estão apertados de sono; é de fato o momento mais perigoso da nossa jornada. O Senhor é o Deus de compaixão e ainda pode derramar sobre nações e reinos Sua maravilhosa obra da graça, pois é na ira Dele que Ele lembra da Sua misericórdia.
        Esta página deverá ser o pontapé inicial desta mensagem e minha esperança é que possa atrair os corações, fortalecer os crentes e habilita-los para a batalha pela fé que de uma vez por todas nos foi entregue. Glória ao Senhor, pois por Sua graça Ele nos fortalece para que cumpramos o dever e a responsabilidade que Ele nos entregou.

O LUGAR DA PALAVRA DE DEUS EM NOSSO VIVER (1)


             
“Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instrui-vos, e aconselhai-vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus , com salmos e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão em vosso coração” (COLOSSENSES 3:16).
INTRODUÇÃO:      
        O diretor do instituto bíblico onde estudei foi um exemplo para mim de alguém que amava a Palavra de Deus, e dando aulas ele definiu bem o termo “habitar”, como “sentir-se em casa”. De fato, eu posso visitar um amigo, gostar de estar na casa dele, mas não vou me sentir em casa no mesmo sentido que ele sente-se à vontade lá. Na minha casa possa estar à vontade, mas na casa dos outros devo ter educação e respeito, para pedir licença para ir ao banheiro e sentir-me a vontade quando convidado à mesa para uma refeição.
        Paulo fala à igreja de Colossos para que a palavra de Cristo habitasse neles. Devemos tomar essa verdade para nossas vidas, porque vejo atualmente como a bíblia tem sido um livro estranho para a maior parte dos que são chamados de crentes. O livro de Deus mais parece uma relíquia, ou mesmo um objeto de superstição. Visitei um casal e logo na entrada sua casa, bem no primeiro degrau da escada que dá acesso à sala tinha uma bíblia aberta lá. Não posso criticar o casal não crente, porque é exatamente isso o que está acontecendo nas igrejas, pois o livro de Deus não tem feito parte do viver de cada crente; não é o assunto falado uns com os outros. Tinha um senhor na nossa igreja que após o término do culto ele estava lá para distribuir para os jovens os filmes que ele havia assistido durante a semana. Não havia nada de estímulo para um viver com Deus e na palavra de Deus da parte dele.
        John M’Arthur contou em um dos seus bons livros acerca de um homem nos EUA que morreu na pobreza e quando averiguaram uma bíblia que ele recebera de sua tia, ficaram surpresos pelo fato que em cada página havia certa quantia de dólares. Aquele homem morreu na miséria porque simplesmente sequer abriu a bíblia que lhe foi dada por sua tia. Não tem sido assim com os crentes em nossos dias? O mundo tem sido tão atrativo e cheio de novidades que muitos nem tocam na Palavra de Deus durante a semana. Eles se limitam a leva-la aos cultos e pronto. Muitos pais não têm um pingo de interesse para ler a bíblia para sua família, porque não a veem com prazer nem temor. É triste isso, mas é a pura e preocupante realidade dos nossos dias. Ora, não foi assim no passado, porque a palavra do Senhor era relevante no viver dos santos e eles a amavam tanto que tornaram homens e mulheres piedosos e gigantes na fé. Enquanto isso nós estamos vendo um aumento de pigmeus na igreja em nossos dias.
           Queridos leitores, minha satisfação é mostrar o quanto a Palavra de Deus é suficiente para os crentes. Mas também sei que o lugar dela deve ser em nossos corações e não ser apenas um convidado especial para trazer um recado na quarta e no domingo. Eu sei que nestes dias cheios de orgulho religioso e até mesmo teológicos, a tendência é ignorar a simplicidade da Palavra de Deus e assim cair nas armadilhas da vaidade evangélica. Por essa razão é que trago esse texto de Colossenses para vocês. Pelo que podemos ver a igreja de Colossos era uma igreja forte, cheia da alegria e pronta para o serviço de Deus, porque era apegada à Palavra fiel.
           Para mim não há algo mais precioso nestes dias do que ver homens e mulheres amando a Palavra; querendo conhece-la mais, querendo vive-la e colocar em prática seus ensinos. Para mim preciosas bênçãos para o mundo vêm quando o povo de Deus volta para a Palavra de Deus no coração; quando eles desdenham do mundo com seus atrativos vãos e inúteis. Que esse seja o galardão para todo meu esforço e dos esforços de outros servos do Senhor que desejam que os santos voltem para as riquezas eternas dadas a eles na Palavra escrita.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

A FALSA CONFISSÃO (10 de 10)



“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
A GRANDE DESCOBERTA: “Então lhes direi explicitamente”
        Para encerrar esta mensagem preciso levar meus leitores às palavras ditas pelo Senhor: “Então lhes direi explicitamente”. De repente entramos no cenário de juízo! Antes Ele havia mostrado que não é mera confissão verbal que mostra que a verdade procede de um coração realmente santificado pela graça. Nesta época de terrível apostasia necessário é que entendamos o quanto a carne quer manipular Deus e passar-se como crente. Lembremos bem que nosso Senhor vê a verdade no íntimo, enquanto os homens veem a verdade na aparência e nas palavras. Satanás consegue pavimentar de ouro o caminho da falsa fé, dando a impressão que aquilo que falamos é verdade.
        Então, o que podemos saber acerca dessas coisas? Primeiramente sabemos que Deus não é lisonjeado por meras palavras. Quantas vezes Ele rechaçou tais atitudes até mesmo de Seus discípulos. Em Mateus 16 Ele chama Pedro de satanás por tentar dissuadi-lo da cruz. Não esquecemos daquela narrativa de Lucas, quando o Senhor em Nazaré entrou na Sinagoga, tomou a Palavra e começou a mostrar a mensagem acerca Dele mesmo no livro de Isaías. No começo todos ficaram emocionados com as palavras do Senhor e ali estava um campo fértil para conquistar um grupo para Si, conforme fazem os falsos mestres. Mas assim que nosso Senhor usou a mesma Escritura mexer com a soberba religiosa, eles mesmos se levantaram para tentar matar o Senhor. O mundo religioso de hoje tenta se firmar nas emoções, sem perceber que armadilha perigosa pode ser, quando as emoções não estão firmadas na verdade.
        Em segundo lugar, merece destaque o fato que o Filho sempre trabalhou em função da vontade do Pai. Ele mesmo afirma que veio ao mundo para agradar ao Pai e realizar Sua vontade. Ele amou a raça caída; Ele fez o bem para todos; Ele foi simpático e empático no trato com todos, mas no que tange a salvação nosso Senhor estava firmado na vontade Daquele que Lhe enviou e disso Ele não abriu mão. Não é somente em João, como também em toda Escritura vemos como o Espírito de Deus mostra essa verdade de forma bem cristalina aos nossos corações. Ele nunca foi nem será atraído por manipulação e engenhosidade dos homens, mesmo que o mundo esteja cercado uma religião que parece verdadeira e atraente.
        Em quarto lugar posso afirmar que o Senhor conhece perfeitamente Seu povo. Aliás, cada uma das ovelhas está em Sua mão e mão do Seu Pai (João 10:28). Ele afirma que nenhuma delas vai perder. Milhões de crentes partiram deste mundo e já estão com Ele para sempre; milhares de crentes habitam neste mundo; a Nova Jerusalém não terá nem sequer um metro de espaço desabitado. Não há como explicar essas maravilhas da perfeição que há de vir, devido ao fato que ainda estamos do lado de cá, mas o fato é que nosso Senhor veio buscar milhões e milhões, conforme a promessa feita a Abraão e muito mais conforme os planos feitos na eleição divina.
        Findo agora mostrando o quanto milhares agora estão trilhando por caminhos perigosos. Nosso Senhor, naquele dia quando estiver pronto para julgar, Ele mesmo vai declarar que não conheceu os que praticam iniquidades. Notemos bem que Ele coloca o verbo no presente e não no passado. Por quê? A resposta é que a morte não aniquila o pecado; o homem é mesmo, iniquo e odiador de Deus mesmo após deixar este mundo. Seus pecados lhe acompanham para o juízo eterno, onde mostrarão para sempre o ódio que eles têm de Deus. Na eternidade não haverá arrependimento; os pecadores chorarão porque perceberam que não puderam enganar Deus e terão acesso de raiva porque não poderão voltar mais para suas práticas perversas aqui.
        O único recurso agora está num arrependimento e sincera confissão a Cristo, enquanto Ele é o Salvador.
                                                                                                        











quarta-feira, 19 de setembro de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (10 de 10)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
O ENCONTRO ENTRE A FÉ E A GRAÇA
        Minha esperança é que minhas palavras estejam chegando de forma compreensivelmente clara aos corações. A pregação do evangelho vem esclarecer a verdade, pois estamos num mundo onde o poder da mentira é grande. Qualquer luz da verdade eterna deve vir do céu por meio da Palavra e tudo satanás fará para confundir nossos corações e desarmar os crentes de uma confissão firme, sincera e definida. Satanás sabe bem como utilizar a verdade a fim de promover a mentira de uma maneira ainda mais sutil. A graça de Deus nada tem com a incredulidade vil e soberba deste mundo. A graça sempre operou onde está a fé viva e o encontro de Cristo com Zaqueu mostra essa verdade aos nossos corações.
        A GRAÇA.      Veja bem como foi que Cristo se dirigiu a Zaqueu. Não foi a fé que determinou e marcou esse encontro, mas sim a graça soberana. Como o Senhor foi em direção a Zaqueu, sem ter combinado com Ele? Como o Senhor sabia que haveria essa disposição da parte daquele homem para aceitar Seu chamado? Foi  porventura obra do acaso? Claro que não! Se fosse assim, se nosso Senhor lançasse Seu convite de forma aleatória, realmente ele dirigiria Sua voz a todos. Mas não foi assim, pois nosso Senhor ignorou o que havia no horizonte ao derredor e ergueu sua fronte para aquela árvore onde estava o objeto de Sua atenção e objetivo. Ali estava a pessoa que Ele veio buscar e salvar.
        Também, posso afirmar que aquele lugar foi preparado para esse encontro tão precioso que chocou os corações incrédulos e despertou uma alma. Nosso Senhor é Deus e sabe de todas as coisas e foi exatamente isso o que Ele quis dizer a Natanael: “...te vi quando estavas debaixo da figueira” (João 1). Foi esse o encontro que Ele teve com Jacó naquele sonho em Betel e no Vau de Jaboque (Gênesis 28 e 33). É isso o que acontece, porque o Senhor tem o lugar, o tempo e as circunstâncias já de antemão preparados por Ele no santo evento da salvação. O testemunho dos salvos é que eles nem podem explicar o ocorrido na salvação e para alguns aconteceram coisas dramáticas, como foi o caso de Saulo de Tarso.
        Outro detalhe é que o Senhor afirma em Isaías 43: “Chamei-te pelo teu nome...”. Como sabia Ele o nome de Zaqueu? Claro! Aquele que conhece as bilhões e bilhões de estrelas, chamando-as todas pelo nome, como não saberá o nome de cada um dos Seus remidos? Ele se interessa por esses detalhes no viver dos salvos, porque eles foram escolhidos pelo Pai e interessam por cada um deles de forma particular. Aquele que chamou Abrão de Abraão e Sarai de Sara, porque não sabia o nome de Zaqueu?
        E para finalizar posso falar da FÉ. Quando a graça chama há alegria no encontro. Como Zaqueu se soltou dali e como desceu com prazer para receber o Senhor em sua casa! A salvação bíblica é voluntária da parte da fé; não precisa de pressão externa. Além disso houve pronta obediência, revelando a atitude de um coração que fora transformado, vemos isso no verso 8 onde Zaqueu se apresentou voluntariamente para viver de forma justa e santa. Por quê? Porque agora seu Senhor não era mais o velho Zaqueu, mas sim Aquele que entrou em sua casa: “Senhor, resolvo...”. Onde a graça opera com a fé, ali o amor de Deus está presente. Nem precisa da lei, porque a lei opera a ira, a graça opera amor e isso ocorre onde o Salvador e Senhor entra.
        E finalizo com a apresentação: “Hoje veio salvação a esta casa”. Que obra fantástica da tão grande salvação! Esse é o objetivo do evangelho, para que homens e mulheres quebrantados e contritos possam ser achados pelo Salvador. A casa que Ele veio entrar é o coração; é ali que Ele bate a porta, pois deseja entrar para purificar de todo pecado e para sempre ter comunhão com a alma regenerada por Ele.

A FALSA CONFISSÃO (9 de 10)



“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
A GRANDE DESCOBERTA: “Então lhes direi explicitamente”
        Prossigo em afirmar que os salvos se abrigam na força do Nome do Senhor, mas não fazem isso por superstição. Enxergamos os ensinos e ordenanças do Senhor para serem colocados em prática em nosso viver normal. Queremos pisar o terreno sólido da verdade e não viver em ilusões, conforme o mundo tanto deseja. O Nome do Senhor é abrigo seguro para aqueles que conhecem a verdade. Quando Pedro estava preso e preste a ser executado no dia seguinte, ele não ficou na cela dizendo: “Estou liberto em nome de Jesus!”. Sua confiança no Senhor estava estribada na vontade soberana e sabia bem que tudo concorria para o melhor, quer nesta vida quer após a morte. É isso que faz a vida cristã triunfante. Vida cristã é a disposição normal de agradar a Deus e fazer com que tudo favoreça aquilo que quero e gosto. O Nome do Senhor é a confiança que Ele está perto e que nos fez vitoriosos e triunfantes nele.
        A genuína confissão leva os santos conquistar poder sobre a perseguição. No capítulo 10 de Mateus nosso Senhor mostra aos seus discípulos o serviço que eles teriam e o que enfrentariam por parte deste sistema mundano severa oposição, por causa do Nome Dele. Ele repete sempre: “Por causa do meu Nome”. Por que isso? A resposta é porque o mundo não tolera a perfeita justiça do Filho de Deus. O mundo aprova justiça conforme os pensamentos do mundo, mas não pode suportar a justiça agradável a Deus, trazida do céu pelo Seu Filho e que agora é dada aos salvos. O mundo não persegue meros religiosos, mas sim os crentes em Cristo, porque odeia Cristo, como sempre odiou.
        Chego agora à parte final deste tema que considero de fundamental importância aos nossos corações. Vivemos num ambiente humanista, por isso a aceitação dos ensinos bíblicos e da soberania de Deus são normalmente desprezados no viver. O ensino do livre-arbítrio predominou no mundo por muitos anos e suas consequências são devastadoras. Mas estamos animados em voltar para a Palavra, porque seus ensinos são eternos e suas maravilhas estão infinitamente acima da nossa natureza tão tendenciosa a duvidar de Deus. No texto acima vemos como o Senhor mostra a verdadeira confissão, como sendo algo relacionado ao viver prático. Noutras palavras Ele está dizendo que não é o falar, mas sim o viver: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade do meu Pai que está no céu”. Está aí a resposta clara e sem qualquer equívoco.
        A primeira lição que estampa perante nossos olhos é o fato que o Senhor não é lisonjeado por belas palavras dos homens. Já vimos sobre isso e é o que mais vemos em nossos dias. Os homens creem numa divindade diferente, levada por sentimentos e que se emociona ante as emoções e superstições religiosas. O Deus da Bíblia não vê o que os homens veem e nada desta natureza terrena e transitória tem qualquer valor quando lidamos com coisas eternas. Nosso Deus vê o coração, Seus pensamentos estão infinitamente acima de nossos pobres pensamentos e Seus caminhos perfeitos e santos estão infinitamente acima de nossos pobres e miseráveis caminhos.
        O que nosso Senhor nos mostra no texto? Ele sabe perfeitamente quem são os Dele: “Aquele que faz a vontade do meu Pai...”. O mundo lida com meras palavras ou então com aquilo que os homens gostam de curtir aqui. O mundo usa a religião a fim de esconder seus corações e acredita que Deus olha como eles olham. O evangelho bíblico chega aos corações e invade os compartimentos secretos dos homens, a fim de mostrar quem é o homem no pecado, a fim de que Sua obra vivificadora entre ali, para nascer um novo homem em Cristo.

terça-feira, 18 de setembro de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (9)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
AS CARACTERÍSTICAS DA GENUÍNA FÉ
        Quando a fé vem de Deus então as opiniões dos homens de nada servirão. Quando Saulo se converteu, nada quis saber acerca da opinião dos judeus e dos fieis de sua antiga religião. Para Zaqueu, o ódio que os judeus tinham por ele em nada mudaria sua nova posição diante de Deus. Foi essa a atitude do cego de nascença em João 9 diante daquilo que os líderes judeus tão arrogantes opinavam acerca de Jesus, por ele ter realizado aquele milagre, para ele o que valia era que antes era um pobre cego mas que agora podia ver. A fé supera o medo, mesmo que por fora os crentes carregam certo temor pelo fato que ainda estão na carne, mas mesmo na carne a fé tem uma carta na manga: “Em me vindo o temor, hei de confiar em Ti”.
        Notemos bem que a fé não é mera expressão externa, mas sim um relacionamento firme e seguro com Deus no íntimo. Ela difere da falsa fé, porque esta  para diante dos obstáculos e não pode subir às alturas por não ter asas de águias (Isaías 40:30). A falsa fé às vezes parece andar e correr mais do que a fé verdadeira, mas essa impulsão é da carne, porque funciona como uma bola que é chutada ladeira acima, mas que logo desce porque o poder da impulsão acaba. Muitos começam a carreira cristã com fogo, mas esse fogo cessa diante das pressões da carne e do mundo. A fé verdadeira vem da poderosa graça, por isso nunca falha.
        Quando Jacó sonhou ali em Betel, ao acordar pela manhã logo percebeu que aquele lugar era um temível lugar, mas não foi erguido pelo poder da fé, mas sim de uma fé que trama negociar com Deus, por isso fez aquela aliança de dar o dízimo de tudo o que ganhasse, caso Deus o abençoasse em sua jornada e regresso para a casa dos seus pais. Parecia um crente sincero; parecia uma fé que se despontou naquele jovem, mas a verdade é que ali estava um coração incrédulo e disposto a tomar suas próprias decisões e confiar no poder do seu próprio braço. Não fosse a graça eletiva que trabalhasse em favor de Jacó, ele não teria sobrevivido às circunstâncias tão apavorantes criadas por ele mesmo, conforme vemos a partir do capítulo 28 de Gênesis.
        Vivemos os dias quando a fé ímpia se desponta nesse cenário religioso montado por satanás. Mas é fácil perceber que tal fé negocia com Deus e tem como fundamento sua força, idolatria e opinião particular. Na realidade o que vemos são os homens modernos tentando estabelecer seu sistema religioso, criando seu próprio Jesus e enfeitando tudo com fervor e zelo carnal. Acontece em nossos dias o que ocorreu em Samaria, assim que a Assíria levou cativo o povo de Israel e encheu a cidade de elementos estranhos, pois cada um adorava seu próprio deus e se uniu ao credo frágil e  sem base dos Israelitas que ali ficaram. É um quadro da nossa situação atual.
        Mas devemos encarar a fé firme, porque Zaqueu deixou sua casa e subir naquela árvore, para de lá ver Jesus passando. A fé se humilha e deseja ver Deus; Zaqueu queria ver Jesus. Enquanto a multidão queria contemplar milagres, Zaqueu desejava ver o Senhor e foi nisso que foi surpreendido pelas palavras do Senhor Jesus: “Zaqueu, desce depressa!”. O mundo se ocupa com coisas espantosas e maravilhas religiosas. A fé quer conhecer o Senhor e o Senhor vem saudar a fé. Esse é o encontro que paralisa o mundo e encanta o céu. A incredulidade vai longe naquilo que os homens religiosamente podem fazer; a incredulidade brilha sua luz fazendo destacar sua fé, mas é terrivelmente pior a fé que nasce da incredulidade do que a incredulidade total. Os homens se tornam mais terríveis e impiedosos quando exercem a fé que brota de seus corações perversos.
        Cristo Jesus veio buscar não homens que curtem esse tipo de fé, mas sim homens e mulheres simples, totalmente vazios de si mesmos, mas que querem encontrar em Deus o perdão e salvação que vêm somente Dele por meio do Seu Filho.
       

A FALSA CONFISSÃO (8)



“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA CONFISSÃO
        Preciso avançar um pouco mais acerca desse assunto, a fim de que possamos discernir bem e notar a real diferença entre a falsa confissão e a verdadeira confissão. A genuína confissão faz o salvo depender do Nome do Senhor para o viver. Na salvação ele conquista o perdão, justiça, regeneração, herança e se torna um filho de Deus, porque confiou no Senhor e invocou Seu Nome para ser salvo. Mas o fato é que essa ação não acabou ali. É verdade que no tocante a salvação eterna, a confissão foi eficaz, porquanto a salvação foi dada de uma vez para sempre. A salvação não vem aos pedaços, não é dada por porcentagem.
        Mas há a salvação contínua aqui, a qual nos garante a vitória contra as tentações, o mundo o diabo. A Bíblia trata da salvação que nos livrou da terrível penalidade que nos marcava para a ira eterna de Deus no inferno, mas ela trata também da salvação presente, pois o crente foi despertado para a jornada de terror, por isso ele vê a necessidade de buscar socorro em Deus. Antes de ser salvo o homem está armado contra Deus, mas quando é salvo ele se arma contra o mal no poder do Espírito e da Palavra. Tanto no Velho quanto no Novo Testamento vemos essas lições incríveis que mostram os crentes enfrentando neste mundo dura batalha e como confessam continuamente a necessidade de Deus. No livro dos salmos vemos essa constante batalha e em Provérbios o Nome do Senhor é visto como uma Torre Forte, onde o justo se acolhe e está seguro (Provérbios 18:10).
        É importante, porém que expliquemos como satanás exibe hoje uma confissão que parece real, mas que não passa de demonstração de superstição. Hoje muitos acreditam que basta falar o nome de Jesus, ou colocar esse nome em adesivo e usá-lo em seus negócios, eis que tudo dará certo, segundo o que pensam. O jargão “em nome de Jesus” é pronunciado na boca de todos hoje, como se fosse um documento de que tudo dará certo. Mas quanta confusão e mentira! A Bíblia não trata disso, mas sim de algo que ocorreu no coração; é o homem interior consciente e dependente do seu Pastor e Senhor no viver aqui. O homem idólatra toma nomes, versos e títulos bíblicos a fim de traçar seu caminho confiando na sorte e nos ídolos.
        Uma vez tirada a confusão e aparente fé dos mundanos, devo mostrar aqui o quanto a confissão sincera conquista em Deus incríveis vitórias aqui. Ele não precisa ficar invocando com seus lábios, mas o faz sempre no coração. Essa ação da confissão do crente resulta em alegria no íntimo. Nem sempre haverá alegria externa, mas interna sim. Os santos de Deus mostram que são alegres no coração, porque é o novo homem ligado intimamente ao seu Deus e às verdades eternas que vieram habitar em seu coração. É a certeza que brilha como luz, pois os verdadeiros documentos estão gravados em sua alma e a presença do Espírito Santo guiando na verdade e na segurança do amor do Senhor.
        Ora, tudo isso resulta em força! O poder de Deus no viver é algo incrivelmente alentador, confortador e dinâmico no viver do crente. É verdade que ele ainda carrega na carne as inclinações perversas da natureza carnal, mas é exatamente aí que entra a alegria entra onde o normal seria tristeza, vazio, depressão, medo e angústia. Santos de Deus têm corrido para Ele e apegado à Sua Palavra, por isso conquistam preciosas vitórias contra o mal. Eis aí alguns aspectos dessa tão vitoriosa confissão! Quem somos nós neste mundo? Nada! Entendemos isso e aprendemos a depender dessa tão preciosa graça. Glória ao Senhor pela tão grande posição de mais do que vencedores a qual nos foi outorgada!

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

A FALSA CONFISSÃO (7)



“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA CONFISSÃO:
        Não há lugar para uma falsa confissão quando a fé é verdadeira, porque logo será vista como algo que não veio de Deus. Em todos os aspectos da salvação a obra é Deus e de nunca o homem terá qualquer participação. As honras serão dadas totalmente a Deus, porque a Ele toda glória. E quando falamos dessas honras à divindade entendemos sim que as três Pessoas as recebem individualmente, porque cada uma delas participa ativamente dessa obra salvadora, conforme vemos em 1 Pedro 1:2). A conhecida passagem de João 6:44 mostra a verdade disso: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer...”.
        Então, o que acontece na salvação? Há uma invocação ao Nome do Senhor: “Todo o que invocar o Nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). Eis aí o que acontece, porquanto quem é o pecador que possa tomar tal atitude? O homem no pecado mantem firme sua postura de independência; segue varonil e forte no caminho largo e está firmemente preparado no coração para lutar contra a verdade e contra o Deus da verdade. Toda ação é de Deus, porque quando o evangelho chega em seu poder avassalador, eis que aquele que se acha tão poderoso e livre para viver como quer viver, há de cair por terra. O homem jamais se erguerá para Deus se primeiramente não cair; não nascerá um novo homem se primeiro não morrer o velho homem em Adão. Se tentarmos conciliar os homens com Deus, sem que Deus opere em seus corações a chamada irresistível, é certo que resultará no terrível ecumenismo que hoje se alastra pelo mundo.
        Então, é certo que há uma invocação ao nome do Senhor para a salvação, mas isso é feito em arrependimento e fé. Essa é a confissão que vem de um coração regenerado. Não há nada bombástico aqui; não estamos lidando com frenesi religioso, mas sim com o trabalho normal do Espírito de Deus. Quando Filipe assentou-se ao lado do Eunuco para explicar-lhe Isaías 53, ali estava uma alma achegada à verdade e um coração clamando para recepcionar Aquele Salvador visto no precioso livro de Isaías. Mas não foi obra do acaso que levou Filipe Àquele incidente, pois o próprio Espírito Santo quem levou o evangelista aquele encontro. O trabalho de Deus nem sempre será perceptível por fora, mas será sempre real e frutífero no coração.
        Também posso afirmar que a confissão genuína difere da falsa confissão, devido ao fato que o verdadeiro crente sempre está pronto a confessar onde estiver. Ele não precisa fazer alarde, mas é firme e determinado. O que mais vemos hoje é a ausência de crentes determinados em agradar a Deus, ao invés dos homens. Os mundanos sempre estão checando a nossa fé e testando se somos ousados no que cremos ou não. A verdadeira fé habita no coração e seguindo firme a verdade ela cresce e se torna dinâmica à medida que conhece mais o Senhor. Mas, no tocante à falsa confissão, nem mesmo o mais profundo conhecedor da bíblia consegue vencer, pois sempre será superado pelo mundo e pelas solicitações da carne. Quem não tem a genuína confissão no coração jamais será vencedor aqui.
        Quero encerrar esta página, mostrando que a confissão verdadeira difere da falsa, devido ao fato que o verdadeiro crente sempre há de depender do Nome do Senhor em oração e petição secreta. A confissão do coração é uma arma poderosa sempre à disposição do crente, porque seu Senhor está perto. A confissão sincera será permanente enquanto o crente estiver aqui; ele será impulsionado pela necessidade da graça; ele odiará o mal e amará a justiça, por isso clamará sempre pelo contínuo poder de Deus em sua vida.

A FÉ QUE VEM DE DEUS (8)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
AS CARACTERÍSTICAS DA GENUÍNA FÉ
        É algo maravilhoso, espetacular e milagroso quando Deus opera a fé salvadora no homem. A fé natural vem do homem, vive aqui e morre aqui mesmo, mas no que tange à fé salvadora, ela, na realidade mostra que Deus abriu os olhos do coração, ativou os pés paralisados, fez os braços se movimentarem em relação ao serviço de Deus, abriu os ouvidos para ouvir a voz do Senhor e fez circular em suas veias espirituais o sangue do Senhor Jesus. Quando os desejos do homem estão voltados para o Deus da bíblia é sinal que algo novo ocorreu nele, que Deus lhe concedeu novo coração. Um Abraão jamais deixaria sua terra e sua parentela, não fosse uma obra transformadora de Deus na vida dele.
        Não há como fabricar isso; não há como despertar santos desejos eternos no homem. Seus membros estão aprisionados aqui e servem a este Egito mundano com prazer. O mundo é o céu do homem natural e nem sequer passa o menor desejo dele em morar no céu após a morte, porque nem mesmo o fim de sua vida aqui pela morte há de findar seus anseios por um mundo melhor. Tudo no homem natural combina bem com o que ele tem aqui e deseja aqui; suas intensas paixões pelo dinheiro não acabam, nem mesmo chegando a morte perto; sua sociedade com o mundo permanece em seu sangue e está apto para gastar o que tiver, a fim de transformar este vale num lugar paradisíaco; sua religião e sua profissão de fé será adornada das suas cores de uma divindade que será bem adaptada. Caim foi o primeiro construtor de um mundo assim e nem mesmo as advertências de Noé conseguiram mudar o rumo que aquele mundo tomou na direção do juízo de Deus.
        Mas a fé verdadeira é diametralmente oposta a este sistema. Vemos como exemplo Noé, porque ele contemplava além deste véu; ele sabia que aquilo que Deus prometeu fazer para punir, certamente aconteceria. Por essa razão não hesitou em tomar as ferramentas, a fim de trabalhar para que a tragédia não atingisse sua família. A vida do justo Noé mostra o quanto a fé é a prova que a compaixão de Deus atingiu alguém. É no meio deste lugar de guerra que Deus mostra suas atividades triunfantes em atingir pecadores. Por essa razão trabalhamos aqui no anseio de ver Deus operando suas maravilhas em salvar perdidos. Queremos ver os sinais dessa atuação de Deus com homens de fé chegando. Quando nasce a fé então os obstáculos são removidos pelo poder de uma fé que supera os mais terríveis obstáculos.
        A fé ganha asas para subir as alturas; ganha força para andar de forma contínua e persistente, sem jamais voltar atrás; se precisar a fé há de correr uma maratona para atingir suas metas. Enquanto o mundo desce, a fé sobe; enquanto o mundo descansa e dorme o sono mortal na mão do maligno, eis que a fé é ativa em obras que agradam a Deus e serve ao próximo. É a fé falsa que descansa em sua preguiça e desculpas esfarrapadas. São muitos hoje que nada querem com lutas aqui; acreditam que poderão entrar no céu, somente porque foram alimentados por uma fé que é comprometida com o mundo.
        Observe bem a fé verdadeira, pois ela em nada se preocupa com as opiniões alheias. Vejo muitos que afirmam serem crentes, mas mantêm profunda harmonia com aqueles que em nada professam fé genuína. A incredulidade luta para derrubar os que creem, mas consegue superar a falsa fé; a incredulidade desmancha os que estão coxeando entre dois pensamentos. A fé firme fica surda para este burburinho mundano e caminha firme em obediência ao Senhor. Tudo isso porque Deus mesmo é quem imprime no peito essa incrível obra da fé: “...isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:9).

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (7)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
AS CARACTERÍSTICAS DA GENUÍNA FÉ
        Quando alguém crê é porque Deus mesmo tem atraído aquela alma para Si e foi exatamente o ocorreu no caso daquele encontro entre o Senhor e o publicano Zaqueu. O que podemos esperar do homem? Zaqueu era de fato tudo o que podemos esperar da esperteza humana. Já falei de Jacó aqui, mas podemos lembrar quem foi aquele neto de Abraão, porque era hábil e astuto na arte de passar os outros para trás. Os homens no pecado são escravos do próprio pecado e firmam isso numa especialidade, como se fosse formado na faculdade do pecado. Não há qualquer diferença nos homens, porque cada um de nós entramos neste mundo à serviço da iniquidade em alguma área. Saulo de Tarso foi formado na área religiosa; o ladrão que se converteu era especialista em roubar; outros se especializam em servir ao mundo naquilo que o mundo e o reino das trevas tanto requerem.
        Assim, não há como defender Zaqueu. Ali estava um homem que era semelhante a todos, mas que foi alcançado pela maravilhosa graça. Quando Deus opera Sua obra no coração, concedendo fé é sinal que as coisas sobrenaturais passaram a ocupar o lugar daquilo que é natural. Para o mundo é simplesmente natural que os homens roubam, mintam, sejam religiosos, bondosos, criminosos, etc. O mundo não se assusta nem fica maravilhado com esses detalhes, porque essas coisas procedem naturalmente dos homens. A surpresa que tanto desagrada este mundo é a obra da graça, chamando alguém das trevas para a maravilhosa luz. É natural que o homem sirva a satanás, mas o mundo se revolta quando vê alguém sendo abraçado, perdoado, purificado por Cristo Jesus o Salvador. O mundo quer segurar aqui os que são do mundo, mas a graça quando opera torna um pecador herdeiro do inferno num habitante do céu.
        Não há possibilidade de que venhamos à defesa de Zaqueu, porque assim como qualquer crente ele não passava de um pecador caído, condenado e cheio de vileza no coração. A graça que operou livremente para tomar aquele ser para Deus, e quando Deus opera isso, quem pode impedir? Ninguém! É Deus quem tira Seus eleitos do mundo, então o mundo se revolta contra essas obras sobrenaturais, contra as quais este mundo perverso nada pode fazer. Quando a graça assim age, então os desejos são voltados para Deus; sua visão passa a ver a glória de Deus; seus ouvidos antes surdos, agora passam a ouvir a voz do Salvador e seus anseios se deixam de ser naturais para serem desejos espirituais e celestiais. Ora, o que é isso? Não é milagre? Quem pode explicar milagres? Ninguém! No momento que alguém pode explicar um milagre, então aquilo deixa de ser milagre. Se alguém pode explicar sua salvação de um modo natural e humano, significa que aquela pessoa jamais entendeu salvação.
        Foi exatamente o que ocorreu com Zaqueu, pois naquele momento quando a graça lhe atraiu o lhe posicionou ao alcance da chamada, eis que nada podia aquela figura humana fazer contra. Que majestosa obra da graça! É assim que Deus opera neste mundo em sua obra graciosa e gloriosa. Quem pode crer em Jesus? Os homens creem em Deus quando ficam interessados em alguma graça terrena. Muitos se tornam religiosos porque com a religião muitos encobrem seus corações corrompidos. Mas não estamos tratando dos atos dos homens aqui, mas sim dos grandes feitos do Senhor. Para nosso Deus não importa o lugar, se alguém está num navio, num cárcere, numa casa, num hospital, numa tribo, etc.
        Glorioso é o chamado da graça! É Deus quem muda o coração, arranca toda munição guardada no íntimo e quebra toda prisão que prende o perdido. A força é do Senhor; da nossa parte só há miséria, escravidão e morte.  Hoje mesmo Ele está demonstrando sua poderosa força em atrair perdidos, dando-lhes completa e eterna salvação!