terça-feira, 31 de março de 2020

OS HERDEIROS DO LAGO DE FOGO (5)



“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8)
OS ABOMINÁVEIS: “...aos abomináveis...”
        Entro agora no terceiro grupo e talvez seja o mais difícil de ser explicado: “Os abomináveis”. Mas se vasculharmos a bíblia acharemos a explicação vinda do próprio Deus. Ilustrando, aqui no mundo têm as coisas sujas, mas de certa forma suportáveis. Se entrarmos numa casa cheia de poeira, aparecendo alguma barata ou rato, não diríamos que o lugar é abominável. Mas se entrarmos num ambiente onde há fezes e ou mesmo cadáveres ali, certamente diríamos que o lugar é abominável. Ambos, os lugares sujo ou imundo precisam de limpeza. Na bíblia, em especial no Velho Testamento Deus mesmo faz essa diferença. Quando Deus ensinou Suas leis a Israel antes de entrar na terra prometida, o Senhor mostrou os perigos de imitar aquelas nações (Levítico capítulos 18, 19 e 20); explicou com clareza as abominações que eles praticavam e que por isso iriam ser varridos do mapa pela ira Dele, usando Israel.
        Entendemos então que há práticas pecaminosas e há práticas que aos olhos de Deus são abominações. Se eu entro em minha casa com os pés sujos de poeira, minha esposa poderá ralhar comigo, dizendo que preciso limpar o calçado antes de entrar, mas se entro com o calçado sujo de alguma imundície de gato ou cachorro, aí a coisa ficará pior para mim. Mas você poderá dizer que Deus mudou no Novo Testamento. Oras, estamos lidando com o Deus que é imutável. Na igreja de Corinto houve o caso de um homem que deitou com sua madrasta; Paulo não considerou como um mero pecado, mas como uma abominação que precisava ser tratada com rigoroso juízo. Também, em Romanos 1, a partir do verso 18, vemos que, por causa da idolatria e da maldade dos homens rejeitando a justiça e a glória de Deus, Deus mesmo os entregou às práticas abomináveis, como homens relacionando com homens sexualmente e mulheres com mulheres da mesma maneira e isso acontece em todas as nações no planeta. Tudo isso é abominação para Deus.
        Voltando às terríveis verdades narradas por Deus, acerca dos povos residentes em Canaã e que seriam exterminados dali (Levítico capítulos 18, 19 e 20), Deus fala dessas práticas vistas por Deus e que faziam com que a própria terra quisesse vomita-los dela. Eram práticas tão pervertidas que jamais seriam contadas, caso o Deus vivo não as narrasse em Sua Palavra. Ora, foi exatamente isso o que ocorreu em Sodoma e Gomorra, porque chegou ao ponto tão sério que Deus resolveu extirpar as cidades da face da terra e as sepultou no fundo do mar morto.
        Assim temos uma breve noção do que vemos em Apocalipse acerca dos abomináveis. O fato é que a luta do diabo e do pecado neste programa mundial é fazer com que os pecados não sejam vistos como maldade, transgressão, perversidade, torpeza nem abominação. À cada dia avança mais impulso do mal, fazendo com que todos aprovem até aquilo que Deus trata como abominação. O termo traduzido como iniquidade no Novo Testamento é a tradução do termo grego “anomia”, que realmente significa “sem lei”. Aliás o mundo luta contra as leis de Deus; os homens querem gritar, dizendo que Deus está errado com Suas leis que eles tratam como severas. Mas o fato é que determinados pecados eram punidos com pena capital.
        Quando Deus mandou que Saul exterminasse os amalequitas, Deus mandou que não deixasse ninguém escapar, por causa da maldade daquele povo. Era uma ordem séria vinda do todo-poderoso e custou a rejeição de Saul, devido a sua desobediência. Nós não devemos esquivar ante essas verdades nestes dias maus, quando vemos atos abomináveis sendo praticadas e os líderes com suas leis injustas fechando os olhos, ignorando tudo. Deus declara que os abomináveis serão atirados no lago de fogo.

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (10)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        A VISÃO DA FÉ – O SENHOR DEUS
        Às vezes os santos ficam perturbados ante o terror deste mundo, mas a fé se estriba na verdade revelada. Os que buscam sentimentos, visões, sonhos e outras experiências para uma vitória, logo perceberão o quanto a carne é enganosa e engenhosa para iludir corações. A graça de Deus atua para fortalecer a fé no grau que precisa. A graça de Deus nos supre de poder para andar, quando temos que andar, para correr quando temos que correr e para voar quando temos que voar. Deus guiou Seu povo pelo deserto assim; às vezes a jornada durava poucos dias, então parava para acampar; às vezes a caminhada era exaustiva, mas tudo estava no comando de um sábio e perfeito guia que amava Seu povo.
        Outro ensino que temos sobre a visão da fé é que ela não se subordina aos homens. Percebemos isso na vida de Daniel e seus amigos. Eles foram excelentes funcionários, de altíssima confiança e habilidade, mas nada era feito com intenção de agradar o rei, ou mesmo buscar promoção, como ocorria com os colegas infiéis. O alvo daqueles homens era Deus e Sua glória e isso fazia a diferença, além de irritar satanás. Os santos de Deus devem ser neste mundo os melhores trabalhadores, sempre fazendo sob a visão do Senhor Deus, a fim de agradá-Lo em tudo. Que o mundo chegue a um ponto que há de buscar esses funcionários fidedignos, como Dario viu na vida de Daniel e como Nabucodonosor viu na vida dos 3 amigos de Daniel
        A fé viu além daquilo que era aparente. Foi assim com aqueles homens, porquanto, cercados pela crueldade deste mundo e instigados pela religião idólatra, ecumênica e satânica, eles viram além deste véu. Enquanto aqueles homens eram cegos, eles tinham a visão da alma plenamente funcionando, vendo o invisível. Enquanto o rei gritava e bradava com raiva, aqueles homens sabiam do trono celestial, diante do qual todos os reis deviam cair prostrados. A vitória daqueles homens estava nessa visão daquilo que é invisível aos olhos da carne. As ameaças vinhas como meras moscas zumbido em torno deles e mesmo diante da morte o temor deles estava num Deus que é poderoso para matar ou fazer viver.
        Creio que a fé dos santos mostra ser viva diante de circunstâncias difíceis. Se nossa fé parece brilhar onde há festa, saúde, amizades e prazeres, mas apaga ante qualquer escuridão, então não sabemos o que significa crer. O mundo fica estarrecido ante a fé que não se curva em meio as lutas e provações; quando os que dizem ser crentes murcham quando cercados pelas hienas deste sistema maligno, o próprio mundo vai escarnecer desses que são molengas e não vitoriosos. Por que a fé prevalece? Porque a presença do Senhor Deus enfraquece toda fúria inimiga; derrete o material e traz o impossível. Para o mundo tudo aqui funciona segundo a natureza. Para o mundo, morreu, acabou.
        Para a fé a morte é o começa de tudo e os que creem enfrentam essa verdade dia a dia. Eles entendem que se morrer é a vida com Cristo onde não há nenhum Nabucodonosor nem estátuas; onde tudo é perfeito. Para os que creem, se a morte não vier hoje, a experiência de uma fé firme será uma experiência do que é morrer dia a dia e experimentar ressurreição. Ser vencido pelo pecado e tentação é experimentar os horrores da morte aqui. Vencer o pecado e suas tentações é experimentar as doçuras da ressurreição. Tendo o Senhor perto, tudo é maravilhoso: “Perto de Ti almejo estar, perto sim, bem perto; tua presença desfrutar, perto sim bem perto!”. Foi assim que santos que já morreram e enfrentaram vitoriosamente este mundo no qual foram peregrinos e forasteiros.

segunda-feira, 30 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (9)


                                
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        A VISÃO DA FÉ – O SENHOR DEUS
        Findei a última página, mostrando como Nabucodonosor é o tipo de satanás e como babilônia simboliza o mundo. A atitude dele iguala-se a do diabo em relação a Jesus em Sua tentação no deserto: “Tudo isto te darei, se prostrado me adorares”. Eis aí o retrato falado deste mundo, porquanto cada ser humano, caído no pecado tem o mesmo interesse que o diabo tem em se elevar aqui e querer um trono de glória. Os crentes devem saber que estão cercados desse domínio das trevas, em qualquer lugar onde estiverem. Nosso Senhor deixou essa verdade claramente exposta para os Seus discípulos: “No mundo tereis aflições...” e nós que enfrentamos esta geração perversa devemos estar conscientes desse fato.
        Muitas vezes ficamos preocupados com as provações terríveis, como as que Daniel, seus amigos e outros milhares de crentes enfrentaram. Mas é necessário que saibamos que à cada momento enfrentamos provações. A todo instante os crentes são tentados pelo mundo, pela carne e por satanás usando um parente, amigo, ou mesmo mostrando as grandes conquistas e riquezas que ele oferece. A todo instante ou estou firmado na fidelidade a Cristo ou estou negando minha fé. Ocorre que às vezes as circunstâncias mudam de mal para pior. A natureza aqui mostra essa verdade. Andamos por planícies, enfrentamos vales e montanhas e temos de atravessar lugares perigosos. Nosso Senhor não guia Seu povo no mundo por lindas rodovias asfaltadas, com todas as provisões que o mundo dá. Ele nos guia por ermos caminhos, montanhas, desertos e lugares perigosos. O que vale em tudo é Sua presença e não as circunstâncias. Nenhuma criança reclama quando se sente segura pela presença e guardada nos braços dos seus amorosos pais.
        Devemos saber que Deus dá Sua graça na quantia exata que precisarmos dela. É como um motorista de caminhão que recebe do patrão o valor que precisará para a distância que enfrentará. Ele nunca deixou Seus santos desamparados. Mesmo um Elias deprimido recebeu o “sanduiche” que precisava para uma longa viagem; mesmo o povo pelo deserto foi suprido durante os quarenta anos por aquilo que precisava. Deus não lhes deu além das suas reais precisões, porque se tornaria peso na viagem. Assim os crentes devem saber que o Senhor concede exatamente o tamanho de poder que nós carecemos. Uma irmã está enfrentando provações com o marido não crente? É certo que a graça lhe dá poder para suportar as pressões. O Senhor vai conosco nas provações e não fora delas. A graça que Deus deu a Daniel o poder que precisava para enfrentar o medo e sentir de perto a presença confortadora e protetora de Deus. Foi mais do que isso, a graça concedeu a Daniel a tranquilidade de enfrentar a morte, caso ela viesse por meio dos dentes e garras das ferozes feras.
        Nós não sabemos o que vamos passar, até que passemos. Todo nosso problema consiste em duvidar de Deus e sentir amedrontados de antemão, e assim como um cavalo que insiste em não querer atravessar uma ponte recuamos e não queremos ir. O segredo da fé que vence o mundo é a persistência em prosseguir no dever, sem desanimar. A graça não atua onde há falsa humildade, medo, ou mesmo confiança própria. Ela enche um crente vazio de si mesmo e consagrado ao poder de Deus. A fé é ousada e não vacilante; a fé encontra obstáculos, chora ao ver que parece que não dá para prosseguir, mas sempre busca resposta em Deus, assim como Davi agiu, ao ver Ziclague saqueada pelos amalequitas e as família levadas. Foi um momento difícil, mas foi o teste para que a fé mostrasse sua coragem em confiar nas respostas perfeitas e conquistadoras, vindas de Deus.

OS HERDEIROS DO LAGO DE FOGO (4)


“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8)
OS INCRÉDULOS: “...aos incrédulos...”
        Por que o texto trata dos incrédulos? Afinal, todos os homens condenados não são incrédulos? Não estão eles condenados por causa da sua atitude hostil a verdade da salvação em Cristo? Sem dúvida entendemos assim. Mas o que o texto quer mostrar é que a incredulidade às vezes aparece disfarçada de inocente. Muitos incrédulos parecem agir melhores que muitos que creem e no conceito de muitos, a incredulidade pode ser tratada como algo simples e sem importância. Mas é essa atitude a mãe de todos os pecados. Nosso Senhor sempre censurou a incredulidade dos discípulos, porque o não crê em Deus é uma atitude de total desrespeito ao Deus que é fiel em todas as Suas promessas. É dito que no deserto, milhares do povo de Israel foram destruído e não entraram na terra prometida porque não creram. Sendo assim, não podemos ignorar a incredulidade e trata-la como algo sem importância.
        Os incrédulos são aqueles que rejeitam a verdade revelada no coração. Em simples palavras, os incrédulos não creem no Deus da bíblia. Os crentes, às vezes agem como Elias, duvidando de Deus nas agruras e provações, mas normalmente vemos o Senhor repreendendo Seus servos. Mas no tocante ao incrédulo, ele parte da incredulidade para atitudes piores. O incrédulo simplesmente confessa no íntimo que não crê em Deus e pronto. No íntimo ele é um cego, surdo e mudo; no íntimo não há nenhuma luz vinda da revelação bíblica e tudo o que significa religião para ele, na realidade é superstição. Muitos incrédulos são boas pessoas, educadas, trabalhadoras, fortes, dedicadas e fieis entre os homens. Mas é completamente estranha aos ensinamentos bíblicos. Muitos ouvem acerca do evangelho, são educados e polidos para ouvir, mas no íntimo rejeitam a mensagem. Milhares deles jamais ouviram o evangelho, mas serão indiferentes à verdade. Podemos notar essa indiferença mesmo numa família onde há um ou dois crentes. Alguns homens continuam vivendo indiferentes ao Deus que suas esposas creem e continuam assim até a morte.
        Alguns incrédulos têm a Bíblia, mas como um livro de superstição, de amuleto de sorte. Muitos deles tapam a resistência a Deus e à verdade salvadora usando suas religiões, orando e falando frases que tratam da proteção de Deus, como “vai com Deus, fica com Deus, amém, Jesus está comigo”, etc. Muitos conseguem passar como pessoas cristãs, mas seus corações continuam resistindo a salvação. Muitos incrédulos conseguem se tornar membros de igrejas evangélicas, porque gostam do pastor ou mesmo dos costumes de algumas igrejas. Essas coisas lhes fazem bem e não lhes perturbam no viver cotidiano. Alguns incrédulos se tornam zelosos e vão ao extremo em seu zelo pela religião; muitos se tornam líderes e aprendem a pregar e falar de Deus, mas a atitude deles quanto a Cristo e a salvação bíblica continua a mesma, ou até mesmo pior. A incredulidade acha que pode escapar usando atitudes diferentes aqui.
        Todo problema com o incrédulo é o fato que ele não aceita a salvação que vem do céu. Ele tem seu sistema de justiça e não se desgruda desse pensamento e conduta, mesmo sabendo da verdade. O incrédulo não aceita a justiça de Deus, porque tem seu próprio conceito de justiça. Muitos acham que não matando, roubando, prostituindo e cometendo outros grosseiros pecados está tudo bem. O incrédulo está em condição terrível, porque seu coração está cercando de uma forte muralha de proteção e está determinado a não permitir que seja descoberto pela verdade. Normalmente o incrédulo se torna perverso, assim que a luz começa a chegar no íntimo e passa a ser visto por Deus como ele exatamente é. Muitos deles dentro de uma igreja começam a manifestar sua fúria contra aqueles que pregam a verdade. Esses são os incrédulos e serão atirados no lago de fogo.

sexta-feira, 27 de março de 2020

OS HERDEIROS DO LAGO DE FOGO (3)


               
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8)
                        OS COVARDES: “...aos covardes...”
        Afirmo mais que os covardes são aqueles que têm medo do que o mundo vai pensar, caso eles se tornem crentes. Os covardes preferem o conforto do caminho largo; é preferível para os covardes descer a correnteza no barco com seus amigos, do que carregar a cruz pelo caminho estreito até a chegada ofegante ao céu. Milhares caíram na miséria eterna por causa dessa escolha e muitos estão fazendo o mesmo agora. Alguns até mesmo querem seguir a Cristo mais no fim da vida, porque olharam bem este horizonte mundano e o acharam tão belo e confortável. Por que deixar agora? Mas não sabem que o prazo de Deus para a conversão é hoje e não amanhã. Com essa ilusória pretensão eles não sabem que os dias que virão tendem a tornar o coração ainda mais endurecido e perverso contra Deus.
        O covarde também fica atrás, ou segue Jesus de longe, assim como Judas foi distanciando e tomando parte da turma da traição e Pedro abandonando o Senhor nos momentos de terror e solidão. O covarde não segue a Cristo, porque não pertence às Suas ovelhas, por isso não pode ouvir a voz do Pastor e obedecer-Lhe. Ele acha bonito, louvável e admirável, mas não segue. Muitos até mesmo tomam a frente e tentam fazer de Jesus ovelha deles, querendo dominar esse tal de Jesus e usá-lo em benefício próprio. Para os covardes, apoderar de uma igreja onde a verdade não é pregada é uma atitude aparentemente sábia, porque satanás está por detrás de tudo o que é mentira religiosa e nesses lugares ele facilmente se transfigura em anjo de luz. Tais lugares servem apoio para o covarde.
        Que tristeza! A vida no pecado parece ser bonita, atraente e cheia de heroísmo, mas nada tem para fazer do homem um verdadeiro homem. A vida no pecado é contínua manifestação de rebelião contra Deus. Quando chegar o momento cruel, o que será dos covardes. Em Deuteronômio no capítulo 32 Deus fala com o rebelde Israel, com aqueles que caminharam no deserto, viram as maravilhas do Deus que os libertou no Egito, mas que foram rebeldes. O Senhor diz que chegaria o momento quando eles clamariam aos seus ídolos e não seriam ouvidos. Eles não temeram o Deus que mata e que dá vida; nem sequer consideraram o Deus que mostrou Seu poder e Seu juízo com o exército egípcio outros povos.
        Está bem claro no texto que os covardes serão atirados no lago de fogo. Os milhões e milhares que já foram para o inferno serão empacotados com os que ainda não foram, a fim de serem atirados ao lugar do furor e da cólera de Deus. No engano do pecado os homens nem sequer cogitam essas coisas e acham que a palavra de Deus está blefando. Mas os homens não sabem o que significa a ira de Deus. Neste mundo ficamos aterrorizados quando vemos alguém com excesso de raiva e pronto para matar alguém. Lemos ou ouvimos acerca de reis que em sua fúria mandaram executar imediatamente seus inimigos. Sob o engano do pecado os homens têm Deus como um velhote cheio de dó dos sofredores. O amor de Deus é tão grande quanto é o juízo Dele. Deus mostra a justiça de Deus como altas montanhas, mas quem está lá no alto da montanha sente o pesadelo de olhar para o abismo abaixo.     
        Como escapar? A resposta é que a graça toma o fraco e o torna forte. Quando o homem cai perante Deus em humilhação, eis que o Senhor vem erguê-lo. Deus toma o covarde arrependido e faz dele um valente na fé. Foi isso o que ocorreu com todos os que se converteram a Cristo. Seus pecados são tirados e em lugar eles passam a ter a fé que lhes faz subir às alturas de uma vida vitoriosa contra o pecado; passam a andar com Deus e finalmente entrarão no reino eterno como mais que vencedores.

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (8)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        Contemplando ainda a visão da fé, não devemos esquecer que a fé mira o invisível e se agarra às promessas, pois sabe que jamais será iludida. A resposta perfeita de Daniel na interpretação do sonho foi o primeiro desfecho dessa poderosa vitória da fé que vence o mundo, porque toda incredulidade veio a prostrar-se diante das verdades proferidas pelo servo do Senhor, mesmo que não se convertessem ao Deus de Daniel. O alvo da fé é levar a todos a prostrar diante do fato que Jesus Cristo é Senhor. Os homens não se convertem quando veem ou ouvem acerca de algum milagre. A tendência é posteriormente tornarem ainda mais endurecidos, como foi o caso de Nabucodonosor, como presenciamos a partir do capítulo 3. Mas a fé aparece para rasgar o véu deste mundo incrédulo e mostrar a todos que o Deus invisível reina no céu e na terra.
        Já dei uma pincelada de explicação acerca do capítulo 3, mas preciso voltar aos ensinos dados pelo Espírito Santo ali. Nossos olhos devem estar abertos para ver o quanto o cenário ali montado revela Nabucodonosor como o tipo de Satanás e seus serviçais como sendo seus anjos. Não podemos ver satanás com nossos olhos físicos, mas o vemos através dos seus atos. Um governante pode não aparecer e ser conhecido pelo povo, mas seus atos no país vão indicar quem realmente ele é. Qual é a finalidade de satanás no mundo? O que Ele prometeu para Jesus na tentação do deserto? Ele mostrou toda grandeza do mundo e disse ao Senhor que tudo lhe daria, caso prostrado lhe adorasse. Eis aí seu principal intuito. Em Daniel 3 vemos a mesma coisa, porque ali estava um rei tirano, completamente tomado do poder arrogante do diabo; desafiando Deus, pois não estava a fim de morrer e passar o trono para outro. Por isso fez a estátua de ouro e ordenou a todos em severa imposição, para que todos prostrassem e adorassem sua estátua.
        Perante aqueles 3 jovens estava a face furiosa e cruel do rei e com a resposta calma, mas resoluta da fé, então entrou em ação a descomunal ira daquele homem, ordenando insensatamente que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais. Por que isso? Se espera que homens amarrados e atirados em chamas, certamente vão morrer, quer o fogo esteja brando, que esteja ainda mais quente. Naquele momento entrou a força da graça para dar poder aos jovens crentes e entrou também a ação vingativa de Deus, fazendo com que os homens que atiraram os jovens na fornalha morressem devido as chamas. Quanta ilusão de satanás e dos homens! Eles não sabem que a fé age, não por superstição e por um zelo sem conhecimento. Homens no mundo dão suas vidas por suas religiões e pelos seus ídolos, mas sem qualquer base, nem qualquer esperança. No caso dos 3 jovens, eles o fizeram por saber que a verdadeira vida vem após a morte, por isso o fogo lhes arrancaria deste véu rasgável. Também, eles sabiam quão infinitamente maior era o Deus, Rei do céu e da terra; sabiam quão terrível e pavorosa era Sua ira, infinitamente pior do que aquela fornalha onde seriam atirados.
        Venho dizer aos crentes o quanto a ação da verdadeira fé opera neste mundo e nós servos de Deus fomos postos aqui para mostrar nossa confiança no Deus que é desconhecido deste mundo. Se nossos interesses estiverem voltados para os anseios terrenos, para que nós serviremos. Estamos no mundo no local certo, e viveremos nos anos certos, tudo preparado pelo Soberano, a fim de que atuemos por Ele e para Ele. Que nossa luz venha a brilhar, porque a graça de Deus mostra seu poder naqueles momentos mais difíceis. Nas nossas fraquezas o Senhor nos encherá das abundâncias de sua força, a fim de que possamos mostrar que nossa fé é a vitória que vence o mundo, conforme João nos mostra em sua primeira carta, 5:4.

quinta-feira, 26 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (7)




“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
 A GLÓRIA DA FÉ – O SENHOR DEUS (Capítulo 2)
        A fé sempre há de gloriar-se no Senhor, caso contrário não é ação da fé, mas sim da carne. Os que creem não obedecem aos pensamentos, sentimentos e superstições do mundo. Ali na babilônia o que mais prevaleciam eram as diversidades de religiões que vieram de todas as partes do mundo, tornando um espetáculo do sistema ecumênico. Mas o mundo pode imitar Deus, assim como os magos do Egito tentaram produzir o que Deus fazia, até que chegou ao ponto de não poder mais. Como dar ao rei a interpretação de um sonho que ele mesmo não contou? Deus preparou o rei de tal maneira, que ele considerou aquele sonho como algo tão extraordinário, que precisava encontrar alguém que fizesse além do que seus magos podiam inventar e interpretar.
        Para Daniel, a fúria do rei não lhe fez tremer. Quando homens sabem no coração que há um Deus invisível que reina no céu e na terra, eles não se sentem amedrontados. Os homens que creem correm em busca do socorro do Senhor e Daniel com seus amigos buscaram ao Senhor algo que estava infinitamente além da capacidade de qualquer mago ou sábio do mundo. Era o momento de buscar a glória de Deus no meio dos enganos religiosos e idólatras, além de buscar livrar da morte eles e os sábios da babilônia. Quanto a fé se mostra gigante neste momento. Quando o homem se curva em oração, é sinal que ele sobe; quando o homem busca ao Senhor de coração é certo que será ouvido: “Buscar-me-eis e achareis, quando me buscardes de todo vosso coração”. Que esperança tinham os sábios da babilônia? Eles mesmos disseram ao rei que a exigência dele estava acima da capacidade dos mortais. Para eles quem podia resolver aquele mistério eram deuses que não habitavam no meio dos homens.
        Mas chegou o momento para que 4 homens se reunissem em oração, a fim de buscar o socorro do grande Emanuel – Deus conosco. Deus estava ali com homens fieis e os sábios estavam se revelando como sendo eles os mais ignorantes e estultos de todos. Em suas casas eles tremiam de medo, pois estavam certos que seriam mortos, mas Daniel e seus 3 amigos estavam reunidos em oração e louvor, porque o Senhor lhes respondeu. Quanto júbilo! Quanto motivo de oração! Deus ouve nossas orações! Ele ouve as súplicas e intercessões dos Seus servos. A fé tem sua mente firmada nas promessas e suas disposições santificadas para chegar ao trono de glória. A fé batalha aqui as batalhas de Deus e sabe que em tudo há resposta, a fim de que Deus seja glorificado no meio dos homens. Vejo hoje o quanto a fé que muitos proclamam ter não passa de febre do momento. Vivemos dias de movimentos egoístas e não de homens e mulheres que lutam com Deus em oração. Vemos o mundo sendo tomado pelo terror e tudo o que é bom sendo jogado no lixo; vemos como os homens isolam as virtudes e abraçam as coisas vergonhosas e tudo isso se aglomera em torno de um sistema religioso ecumênico.
        Ó, quanto falta pessoas que verdadeiramente oram! São os que creem que podem abalar este sistema ateu e materialista. São os que sobem às alturas do clamor e súplicas que realmente são atendidos. Deus tem feito coisas extraordinárias na face da terra, apenas atendendo a voz de homens e mulheres. 4 homens que oraram simplesmente paralisaram o palácio, emudeceram os grandes e começaram a fazer o arrogante rei gemer.
        Nosso Senhor pergunta se quando Ele voltar encontrará fé na terra. Minha esperança é que ainda veremos dias de refrigério; ainda teremos momentos quando Deus fará as trevas tremer, a incredulidade a calar e os pecadores se converter. Tudo isso Ele o faz ouvindo o clamor de um grupo, mesmo pequeno, que ore e intercedam.


OS HERDEIROS DO LAGO DE FOGO (2)



“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8)
        OS COVARDES: “...aos covardes...”
        É impossível examinar um texto como esse e não sentir-se humilhado. Mas o propósito da pregação bíblica, em especial tratando de temas como o juízo justo de Deus é gerar humilhação no homem e santo temor nos crentes. Seguiremos a lista, conforme nos foi dada no texto acima, para que sondemos nossos corações. Os verdadeiros crentes estão livres desse terror que virá, porém, milhões já estão preparados no inferno para serem lançados na fornalha da ira eterna de Deus. Sondemos cada palavra que descreve os herdeiros do lago de fogo, para que nós os crentes saibamos que éramos assim, quando andávamos em nossa incredulidade.
        Sempre devemos lembrar que estamos lidando com a palavra de Deus, por isso devemos entender à luz daquilo que Ele nos ensina em toda Sua palavra. Por isso entendemos que ser covarde refere-se de uma atitude no tocante a Deus. Homens podem ser corajosos e extremamente valentes no que se refere aos homens, no entanto não passa de um molenga no que se refere ao Senhor. Pedro se mostrou como um valente e disposto a enfrentar qualquer um, mas sua covardia foi revelada quando viu o Senhor preso e ele sozinho no meio do perigo. Nosso Senhor trata com advertência aqueles que negam a ele no meio dos homens.
        Importa para nós saber que conversão a Cristo exige santa coragem, por essa razão Ele sempre mostrou as dificuldades em segui-Lo. Não é nada fácil ser desprezado pelos amigos, parentes e isolado pelo mundo na santa disposição de seguir Aquele que sofreu todo desprezo aqui, a fim de trazer salvação aos perdidos. Li acerca de um jovem numa tribo que foi desprezado, amaldiçoado e depois morto pelos seus pais, somente porque se converteu a Cristo. Também, a vida cristã exige coragem para santidade, porque os crentes são chamados a negar a si mesmos e odiar todo tipo de iniquidade. É claro que a natureza adâmica não tolera andar por um caminho assim. O caminho para o céu é subida e exige um coração audacioso e uma fé que se dispõe a dizer não para tudo o que fica lá em baixo.  
        Sendo assim, se espera que o homem no pecado há de ser covarde; ele terá medo dos amigos, de ser perseguido, de ficar sozinho, etc. O covarde jamais seguirá a Cristo aqui. Ele poderá dizer que é um crente e admitirá que é um salvo, mas seus pés estão afundados no mundo sempre estará negando a Cristo. Ele é ágil e pronto para estar entre os amigos mundanos, nas festas, em busca dos confortos terrenos, mas completamente preguiçoso para estar com o povo de Deus, numa vida de oração, na disposição de dar um bom testemunho e com coragem para sofrer por amor a Cristo. Alguns parecem ser crentes, mas assim que encontram entre os que têm os mesmos pensamentos e intenções, logo mostram que estão prontos a gritar contra o Senhor e mantêm obstinados contra a verdade.
        Quanta diferença com a vida de Moisés! Sua visão celestial fez com que entendesse a nulidade desta vida terreno. Ele teve uma fé heroica, quando rejeitou a posição tão eminente do trono do Egito, para sofrer com o povo de Deus e caminhar com esse povo até Canaã. Que coração dinâmico e cheio de amor ele teve! Paulo fala de Demas que o abandonou porque amou o presente século. Que atitude covarde! O mundo é o lugar de deleite e de prazeres para o covarde; Sodoma e Gomorra será a causa da mulher de Ló não querer conviver perto de Abraão e Sara. Que tristeza vemos milhares cheios de júbilo, descendo a correnteza deste mundo em direção ao abismo, para no final serem atirados no sofrimento eterno – o lago de fogo! Os covardes terão o mesmo destino do mais poderoso covarde – satanás, o qual mostra ser isso em seus atos insanos e homicidas contra os homens.

quarta-feira, 25 de março de 2020

OS HERDEIROS DO LAGO DE FOGO (1)


                   
“Quanto, porém, aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte” (Apocalipse 21:8)
INTRODUÇÃO:
        Amado leitor, quando vejo um aparente desejo por conhecer a bíblia, num mundo cheio de conforto e busca por mais prosperidade, logo desconfio que não é uma busca pela verdade, mas sim por aquilo que me interessa. É o que vejo nestes dias tão apóstatas. Como fazem os leões com uma presa, os homens modernos gritam e esperneiam por aquilo da bíblia que eles mais querem tomar para seus sortilégios, mas recusam os “ossos da presa”. Os homens modernos querem a bíblia como um trevo da sorte, ou mesmo como um manual de como achar bênçãos terrenas. Eles correm por todos os lugares para ver se acham mais sortes e quem é o pastor ou mensageiro que será o mais “abençoado”.
        Mas o fato é que não correm da palavra de Deus quando ela aparece como uma espada empunhada, dando golpes certeiros para ferir o arrogante coração. Textos como este, de Apocalipse 21:8 é algo aterrorizante e eles nem sequer pensam em ouvir uma mensagem acerca dos herdeiros do lago de fogo. Não é somente esse texto que amedronta os homens. A bíblia inteira é a poderosa palavra de Deus e ela abre o cenário do passado, desta vida presente e da eternidade futura. Ela fala conosco agora, a fim de avisar os homens do que virá, caso não abandonem seus pecados. Ela mostra a salvação e a glória eterna que virá aos que se humilham aos pés do Salvador que agora está presente e pronto para salvar. A bíblia como que rasga o verbo em mostrar que elementos cujo viver é de desobediência ao Senhor e de leal obediência à maldade, serão realmente atirados ao lago de fogo.
        Uma coisa que todos precisam saber imediatamente é que todos nós estamos partindo para a eternidade e que não sabemos quando isso irá acontecer. Não importa se temos saúde, amigos, riquezas, prestígio e conforto. O fato é que a qualquer instante seremos tirados daqui, a fim de prestar contas a Deus. Os que foram salvos estão livres e libertos da condenação, mas os que não foram salvos podem agora saber que destino lhes aguarda. Na Bíblia não há meio termo. Ou você está salvo da condenação, ou está perdido; ou irá subir, ou irá descer; ou morará no céu com Cristo, ou irá para o triste destino que aguarda os impenitentes. Esta passagem de Apocalipse mostra o que irá acontecer, caso os pecadores não se arrependam e se convertam a Cristo agora, de todo coração. Procure agora e veja se não está nesta lista.
        Outro detalhe importante na introdução é que não devemos tentar fantasiar o texto; não devemos mudar suas cores nem buscar uma interpretação que consideraremos melhor e mais adequada. Nos dias de Isaque ele percebe que os filisteus, com inveja entulharam os poços que Abraão havia cavado (Gênesis 26:15). Acredito que é exatamente isso o que os inimigos, de uma forma ou de outra têm entulhado os poços das santas doutrinas que homens de Deus tentaram abrir. Queremos voltar a pregar o que homens de Deus no passado pregaram sem qualquer medo, porque Deus manda que preguemos a palavra com intrepidez. Deus afirma no texto que elementos com determinadas práticas serão atirados no lago de fogo, o mesmo lugar onde satanás será atirado, com seus anjos e demônios, além da morte, do anticristo e do falso profeta. O que os homens devem fazer? Devem examinar a lista de Apocalipse 21:8 e procurar humildemente saber se seus nomes estão constados ali.
        É o momento para um sincero arrependimento e entrega a Cristo. É momento para um santo temor, na esperança que o grande Deus abra agora o cenário da cruz, a fim de mostrar a todos a grande provisão do perfeito Salvador que Ele enviou ao mundo, a fim de salvar os homens da perdição eterna: “...para que todo o que Nele crê não pereça...”

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (6)


                
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
 A GLÓRIA DA FÉ – O SENHOR DEUS (Capítulo 2)
        Toda tentativa do diabo é usar os homens na tentativa de tomar posse da glória que pertence a Deus e do culto que deve ser oferecido somente ao Senhor. Por isso muitos crentes passam por lutas e dificuldades e até mesmo por perseguições, como sempre aconteceu. Aqueles 3 jovens crentes na corte babilônica vieram a enfrentar os terrores de um rei extremamente arrogante e cruel. Quando ele soube que os 3 amigos de Daniel não se curvaram perante a estátua de ouro, então sua fúria se acendeu. Nabucodonosor era um ditador que não tolerava objeção; quando queria matar alguém, aquela pessoa era executada. Ele não tinha conselheiros, o que esse homem tinha eram os sábios e magos, cujas funções eram a de sempre revelar coisas boas, se quisessem ter uma vida boa e agradável no palácio. A política e uma boa dose de superstição são procuradas por aqueles que querem conforto e riquezas aqui.
        Para os 3 jovens crentes chegou o momento quando a fé seria provada. Eles, sem qualquer dúvida já tinham sido observados pelos olhos de águia da incredulidade, no meio daqueles colegas incrédulos, e quando chegou o momento tão propício e foram vistos de pé, não curvando perante a estátua de ouro do rei, imediatamente os “dedos duros” apareceram para denunciá-los ao rei. Os crentes devem saber que somente os que creem são verdadeiros amigos. Confiar nos homens deste mundo, como sendo eles amigos e favoráveis à fé cristã é entrar no terreno de imenso perigo. Não há um mundano que queira favorecer os crentes, a não ser que Deus mude seu coração. Pedro se viu cercado de elementos perigosos, assim que procurou se esconder entre os incrédulos, por ocasião da prisão do Senhor.
        Aqueles 3 moços tinham que escolher: negar seu Deus e viver, ou obedecer ao seu Deus e morrer. Posso assegurar que não há ninguém neste mundo que consiga obedecer a Deus, se não tiver nele a fé que pertence aos eleitos. Quando o leão destruidor ruge e ameaça, todo ser estremece de medo e o mundo cai aos seus pés para lhe adorar. Não há no mundo um reino de amor, mas sim um império de trevas, mentiras e ameaças constante, porquanto satanás luta para abalar o reino de Deus e estabelecer seu sistema ateísta. Deus simplesmente soltou Nabucodonosor para um confronto que jamais ele teve. Antes, todos caíam aos seus pés amedrontados, mas agora ele se vê perante 3 moços que em nada estavam abalados. Eles estavam cercados por uma convicção firme de um Deus presente e de um exército invisível ao seu dispor. Naquele momento a graça os visitou com poder que estava infinitamente acima de qualquer compreensão humana.
        Nunca um rei se viu tão tomado de fúria, porque foi desafiado em seu tremendo orgulho pela coragem de 3 jovens inabaláveis na fé. O mundo com suas mentiras religiosas e seu tremendo orgulho não conseguem enfrentar a fé. Ou satanás e os homens fogem, ou fazem ameaças de morte. Satanás acha que a morte é o fim dos crentes; para os perseguidores de Estêvão, a morte o silenciaria para sempre. Mas quanto engano! A fé vê além deste véu; a fé contempla Deus e a Ele estende seu louvor, culto e obediência. Enquanto o rei rugia em seu ódio mortal, os 3 jovens permaneceram inflexíveis. A vitória da fé está nessa decisão que estremece os portais do inferno e abala as hostes da maldade. Aqueles moços olharam para além do fogo e sabiam que além da morte está a vida que jamais acaba. O Deus deles não era semelhante aos deuses daqueles pobres pagãos. Agora era o momento de exaltar o supremo Senhor e esmagar satanás com o alto preço de uma fé obediente.

terça-feira, 24 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (5)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
 A GLÓRIA DA FÉ – O SENHOR DEUS (Capítulo 2)
        Meus leitores perceberão que estou apenas comentando os fatos práticos da fé cristã no livro de Daniel e não dando um comentário completo desses capítulos tão brilhantes. Os capítulos 1 e 2 serviram como introdução acerca dessa vitoriosa fé, mas é a partir do terceiro capítulo que a destemida atitude dos heróis da fé começa a ser posta em prática. Satanás odeia que a luz de Deus por meio dos santos venha a brilhar em plena escuridão, num ambiente idólatra, perversa e imoral, conforme vemos neste mundo, em especial onde reina o desejo por bens, fama e posições.
        Mas foi nesse ambiente que satanás começou a mexer e atacar a fé. Ele quer ser adorado e exaltado e faz isso por meio de seu sistema pagão e idólatra. A fúria de satanás é saber que há homens no mundo, cujos corações são dirigidos e controlados pelo Deus dos verdadeiros religiosos. Satanás olhará para um Daniel e para seus três amigos vendo a aparência, mas desconhecendo seus corações. Nós também vemos o homem do lado de fora; vemos e admiramos sua capacidade física, mental e sua personalidade. Não foi assim com Samuel? Pois vendo os fortes filhos de Jessé chegando, imaginou que um deles seria o rei de Israel. Mas a resposta de Deus veio ao Seu servo dizendo que Ele via o coração e não a aparência (1 Samuel 16). Deus habita no coração do crente e os pagãos, bem como o cruel Nabucodonosor precisavam saber desse fato. Na normalidade da vida aqui era de se esperar que aqueles 3 jovens fariam o que os outros fizeram – adorar a estátua do rei.
        Examinemos de perto a glória da fé – o Senhor Deus. Aqueles 3 moços não eram militantes políticos; não estavam ali para erguer o sistema religioso de seu país – Israel. Eles eram crentes, eram cidadãos do céu na terra, eram representantes do grande Deus do céu aqui na terra. Se quisermos saber, satanás se revolta usando os homens quando mexem no sistema religioso deles. A mentira mais perigosa que existe é a mentira religiosa, especialmente quando ela é descoberta e detestada, como ocorreu na adoração da estátua do rei. Quando isso ocorre a fúria diabólica enche o coração de homens revestidos de poder. O não adorar a estátua feita de ouro era um insulto ao rei. O sonho que ele havia tido e a interpretação de Daniel só promoveram um tremendo ódio, com o pensamento que o Deus do céu lhe tiraria o reinado com sua morte e passaria o império para os Medos e Persas.
        Foi como Daniel tivesse mexido na caixa de maribondos. Noutras palavras, era como se o rei sozinho, furioso tivesse dizendo: Não deixarei que eu seja apenas o cabeça de ouro; quero ser eu mesmo rei e farei portanto uma estátua inteira de ouro”. Na realidade, o rei se ergueu contra Deus e desafiou o trono celestial. Então chegou o momento terrível. Mas é perceptível que ele ergue a estátua toda de ouro na província da babilônia, distante de Daniel. Então começa o cenário da vanglória humana, da religião maldita, condenada e detestada por Deus, e que sempre satanás tentou erguer aqui – a união de todas as mentiras religiosas. Noutras palavras, o culto ecumênico. É exatamente isso o que o pai da mentira faz em nossos dias, reunindo os credos da mentira e levando os homens a darem as mãos para adorá-lo por meio de um homem.
        É nesse momento que os disfarces “evangélicos” são tirados e as mentiras se misturam com todas as línguas querendo proclamar que lúcifer é senhor. Terrível verdade que já causa nojo em nossos dias. Nenhuma mentira consegue ficar disfarçada por muito tempo, pois logo os homens darão suas mãos e se unirão em favor da festa em louvor aos homens e não a Deus. E é exatamente nesse momento que a fé verdadeira há de mostrar ser forte, corajosa e destemida fé, proclamando unicamente a honra, a glória e o louvor Àquele que foi exaltado acima de todo nome – Senhor Jesus.

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (10 de 10)


               
“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
O DESTINO DOS ORGULHOSOS.
        Minha esperança é que as compaixões do Senhor se acendam em favor de milhares de pessoas que neste mundo andam segundo as forças do orgulho do pecado; que haja arrependimento e conversão a Cristo. Quanto aos crentes, que fujamos da soberba, porque ela nos distancia de Deus gradativamente. Finalizo esta mensagem imbuído dessa esperança, em face daquilo que podemos ver no final de Ezequiel 31:14: “...estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova”.
        Examinemos o que Deus fala, porquanto Ele mostra que os orgulhosos já estão sob uma poderosa força que os controla: “...estão entregues à morte...”. Nós sempre pensamos que os perigos eternos cairão sobre os homens após a morte deles. Mas não é assim, porque milhares, mesmo antes de partirem deste mundo já estão completamente dominados pelo poder dessa serpente constritora – a morte. Posso lembrar de Coré, Datã e Abirão (Números 16). Vemos ali que eles foram colocados no lugar onde seriam mortos e de maneira alguma foram mobilizados ao sentimento de arrependimento. Foi o mesmo que ocorreu com Esaú, porque buscou a bênção e mesmo chorando não a achou. Paulo fala dos judeus que perseguiam a ele e outros companheiros no ministério, na tentativa de impedir que eles pregassem o evangelho. Então, no verso 16 de 1 Tessalonicenses 2, Paulo afirma que a ira caiu sobre eles definitivamente. Milhares de orgulhosos são colocados na prisão do orgulho próprio e dali jamais sairão, até que a morte venha para leva-los à prisão eterna.
        É essa a lição que nos é transmitida em Ezequiel, que os orgulhosos já estão sob uma poderosa força que os controla: “estão entregues à         morte”. Nessa situação os orgulhosos não estão sob as bênçãos de Deus como pensam e é triste saber que o próprio orgulho lhes impede ver que já estão preparados para o triste destino que lhes espera. Foi essa a mensagem de Deus ao Faraó, dizendo que o além o esperava com júbilo; foi essa a mensagem que Deus mandou para Belsazar, através da boca de Daniel, mas que não pode ouvir, devido o fato que estava já endurecido e marcado para a sentença, a qual chegou com a invasão dos Medos e Persas na Babilônia.
        Milhares hoje simplesmente ignoram o horror e a tempestade da morte que lhes assaltarão a qualquer momento. Muitos já se acham amordaçados com correntes e grilhões invisíveis e só sentem o terror quando fisicamente se acham aprisionados. Homens que brincaram com Deus, que prosseguiram em suas jornadas de maldade; homens que zombaram do evangelho, que perseguiram os santos e que a muitos mataram. Eles foram visitados pela fúria da presença punitiva de Deus e foram silenciados na fornalha da aflição eterna, a fim de que o mundo não mais ouvissem suas vozes. O terror virá quando se virem atirados no além, como diz o texto: “abismarão”. A sepultura de Deus é diferente da sepultura que recebe um corpo frio e inerte aqui. A sepultura de Deus tem a profundidade do juízo de Deus: “...às profundezas da terra”. Deus comunica essa verdade que agora está oculta de muitos corações.
        E findo agora esta mensagem para dizer que somente os que se humilham perante o Salvador é que escaparão desse abismo preparado. Os que buscam refúgio no Senhor e Salvador são os que entrarão no céu. Este mundo vive atordoado pelas toneladas de pressão que envolve os homens no pecado. O mundo enganado é levado pela terrível correnteza do arrogante príncipe das trevas. O evangelho vem acordar os pecadores, a fim de que eles corram humildemente, buscando refúgio no Salvador para escapar do terror da ira vindoura.

segunda-feira, 23 de março de 2020

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (9 de 10)


              
“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ATOS DOS ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
        O ato dos orgulhosos faz contraste com os atos da fé. “Pela fé, Abel...” (Hebreus 11:4). Vemos em Abel a humildade e obediência da fé. Mas não há elogios à atitude de Caim. Podemos dizer assim: “Pela incredulidade Caim ofereceu sacrifício inferior a Abel e desagradável a Deus”. O orgulhoso perante Deus é assim, pois desafia Deus. Enquanto Abel conheceu a porta de acesso ao Paraíso, Caim se ergueu prontamente para construir seu estilo de paraíso no mundo. A visão da fé é sempre vertical, enquanto a visão do arrogante incrédulo é horizontal. O orgulhoso não é ensinado por Deus, mas recebe luz do diabo, a fim de promover sucesso aqui, sem perceber que seu sucesso lhe levará à destruição.
        Muito do que é chamado de fé em nossos dias, na realidade não passa de ser o caminho da incredulidade. O orgulhoso não o peso da glória de um coração que crê. Seu peso é carnal e sempre direcionado à terra. Paulo fala em Filipenses 3:19 daqueles elementos que falam de religião, de Deus, mas que seu deus é o ventre e são inimigos da cruz. Nota-se que a bíblia mostra dois caminhos, um que é seguido pelo que realmente crê e o outro que o orgulhoso e mundano toma. Foi sempre assim, desde um Faraó, até o incrédulo mais simples na face da terra. Procuremos um Noé e o acharemos construindo a arca para sua salvação e a salvação de sua família. É assim o crente no mundo, porque o temor ao Senhor o mantém convicto de sua dependência Dele enquanto aqui vive. Deus nunca permite que os crentes mantenham atitudes soberbas na vida; Ele sabe bem como discipliná-los, a fim de afasta-los dos mesmos castigos que orgulhosos estão expostos.
        Assim, para Deus o orgulho é mostrado na desobediência ao Filho: “...que se mantém rebelde contra o Filho...”. Rebeldia é ter os ouvidos fechados para o grande Salvador e Senhor; é viver sem Deus no mundo (Efésios 2:12). Orgulho é seguir o curso deste mundo (Efésios 2:2), achando que a vida está indo maravilhosamente bem, sem sabedoria para analisar o princípio e o fim de tudo aqui. Quando olhamos o livro de Eclesiastes, à luz da mentalidade natural, tudo parece bonito e legal, mas, à luz do que vemos em Efésios tudo é tombado pelo soco da morte. Os salvos são aqueles cujos ouvidos foram abertos e os episódios terrenos são vistos e contados pela Palavra de Deus. É impossível para um salvo manter-se orgulhoso. Após ver sua antiga condição e como foi que Deus usou de compaixão para com ele, é de se esperar que seja alguém de oração e de contínua confissão e invocação. O orgulhoso se mantém em sua inflexível condição e permanece assim até sua morte. Quem vê o mundo com os olhos da incredulidade, jamais verá a necessidade do Salvador e Senhor. Quem vê este vale como um lugar maravilhoso e cheio de romances da carne, sem dúvidas recusará ouvir acerca do Redentor e da redenção.
        Os orgulhosos devem saber que o além o aguarda; que a recepção lá será de grande euforia e muitas surpresas acontecerão ali. Milhares desconhecem sua atitude tão perigosa, a mesma que teve Faraó, até que cheguem ao fim, perante o abismo. A soberba no íntimo faz com que o homem pense que ele é inocente. A própria soberba se torna consoladora no íntimo; o próprio orgulho se torna conselheiro fiel do orgulhoso, e assim ele é levado na conclusão que ele tem direitos e que merece bênçãos de Deus nesta vida. Cristo não veio ao mundo buscar tais pessoas, pelo contrário, Ele mantém os orgulhosos distantes, mas se aproxima do homem caído e humilhado, a fim de estender Sua mão salvadora.


A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (4)



“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
A BASE DA FÉ – OBEDIÊNCIA (Capítulo 1)
        Como sendo pessoas crentes em Cristo, devemos saber o quanto a fé verdadeira tem um preço a pagar. Daniel e seus amigos sabiam que o ato de obedecer a Deus custaria alto preço - suas vidas estavam em perigo. Feras do mal estavam perante eles, querendo destruir suas vidas e apagar suas luzes. Para o mundo a posição social, financeira, tudo isso faz com que eles se envolvam mais com seus pecados. Os mundanos têm seus deuses e os adoram com prazer, porque creem que vão auxilia-los em seus caminhos perversos. Por essa razão eles querem apagar qualquer lâmpada da fé cristã, porque perturba suas consciências culpadas. Nós devemos saber que as coisas não mudaram com o tempo; os homens não ficaram melhores e mais solidários no sentido religioso. Os crentes modernos acham, no fundo, que o mundo mudou, mas quanto engano! Eles trabalham para estorvar os intuitos da fé cristã e é por isso que poucos são os verdadeiros crentes que realmente brilham neste mundo por amor a Cristo.
        Mas quero enfatizar que a obediência da fé traz o serviço de Deus. Deus sempre operou através dos que creem e a graça encheu aqueles quatro homens, para que eles humildemente dependessem exclusivamente do Senhor e que também pudessem honrá-Lo, não importando o custo. Eles se viram no palácio como enviados, missionários e servos, por isso a lâmpada que brilhou no começo nunca apagou. Deus tem uma obra a fazer neste mundo, tendo em vista especialmente a glória do nome Dele, por essa razão Ele utiliza homens e mulheres que realmente creem. Muitas vezes Seus servos realmente não sabem onde vão chegar nem o que vão fazer, mas Deus sabe. José soube mais no fim o intuito de Deus tê-lo enviado naquelas circunstâncias tão penosas até o Egito. Sem dúvida, nem Daniel nem seus amigos sabiam que através daquelas provações tão difíceis Deus traria à lume o precioso e encantado livro de Daniel.
        Realmente têm muitas coisas que acontecem com os crentes nesta vida. Alguns crentes sofrem mais provações que outros, mas a verdade é que só na eternidade que muitas coisas que jamais foram contadas ficaremos sabendo de modo perfeito. O alvo da fé é a glória de Deus e não nosso conforto transitório num mundo que jaz no maligno. Somos instrumentos de Deus e às vezes Ele demora em mexer em Sua “caixa de ferramentas”, o que importa para nós é devemos permanecer calmos, obedientes e preparados para toda boa obra. Elias foi mandado por Deus para ficar à beira do ribeiro de querite, mas logo o ribeiro secou e o profeta foi enviado para a casa daquela viúva, onde pode ser útil em mostrar-lhe a provisão do Senhor e a ressurreição do filho.
        Muitos irmãos e irmãs pelo mundo estão sofrendo; muitos esperam do Senhor que Ele os liberte da tribulação e da angústia e o Senhor vem e os livra, como fez com Daniel na cova e com os 3 amigos na fornalha. Mas muitos enfrentam as lutas até à morte. Este mundo é assim e os crentes sabem através das experiências o que realmente significa morte, sepultamento e ressurreição. Em tudo o Senhor está sendo glorificado mediante Seu povo na face da terra e é necessário que mantenhamos firmados nas Escrituras e em nosso dever mostrando obediência dia a dia. Notemos que Daniel e seus amigos não forçaram situações. Em Daniel vemos que eles fielmente cumpriam seus deveres no palácio, sempre firmados em oração e adoração ao Senhor no íntimo. Se tudo estiver maravilhosamente confortável ao nosso derredor, aleluia! Se as procelas do inferno de repente voltarem contra nós, aleluia! Em tudo devemos estar preparados num mundo onde teremos aflições.

sexta-feira, 20 de março de 2020

A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO (3)


                       
“Daniel resolveu não se contaminar com as finas iguarias do rei, nem como vinho que ele bebia; por isso, pediu ao chefe dos eunucos que lhe permitisse não se contaminar. E Deus concedeu a Daniel misericórdia e compreensão da parte do chefe dos eunucos” (Daniel 1:6 e 7)
        A BASE DA FÉ – OBEDIÊNCIA (Capítulo 1)
        Todos os que venceram o mundo foram homens que estavam cercados com todo sistema mundano. A fé é posta numa prisão de circunstâncias desagradáveis; a fé há de brotar seus frutos em terrenos atingidos por ventos e furacões do inferno. É claro que a fé não procura estar nesses ambientes perigosos, mas a fé está pronta para esperar momentos assim. Daniel e seus amigos não forçaram situações difíceis, não foram antipáticos nem beligerantes. Pelo contrário, foram fieis e seguiram normalmente o caminho que deviam seguir. Os problemas surgiram devido ao fato que satanás entrou em ação por ordem de Deus. Os infiéis tentaram por todos os meios forjá-los de fora para dentro, tentaram furar a parede de barro, mas imediatamente acharam a resistência do aço da fé naqueles corações.
        O que havia naqueles homens? É simples, havia neles o temor ao Senhor - o princípio da sabedoria. Eis aí o segredo da vitória! Nós olhamos de longe e achamos que houve algo extraordinário, que estava acima de nossa pobre condição. Achamos que nunca chegaremos às grandes realizações por nosso Deus. Mas o fato é que a fé dos santos é igual. Se você consegue superar os obstáculos simples, é porque poderá enfrentar os gigantes que virão no caminho. A graça nos supre de poder para o momento que precisamos e o Senhor sabe perfeitamente que não somos capazes por nós mesmos de atravessar o caminho que só o Senhor passou. Às vezes acontece que santos chegam a negar o Senhor, como ocorreu com Pedro, mas Deus permitiu aquilo com ele, a fim de que doravante jamais confiasse em sua própria capacidade. Mas quando viu que ocorreu com ele segundo o que o Senhor falara, Pedro entrou em pranto imediatamente.
        Aqueles 3 homens foram enviados à babilônia e receberam graça para serem diferentes, a fim de brilhar pelo seu Deus e produzir o que temos em mãos – o livro de Daniel, uma das 66 maravilhas da bíblia. Foram homens fracos, cheios de defeitos, paixões e medo, mas a graça os encheu de poder, comunhão com o invisível, vigor físico, corações vibrantes, amor insuperável e esperança bendita. A graça fez com que eles estivessem acima daqueles elementos em termos de caráter cristão, piedade, fidelidade, convicções inabaláveis, porém, sempre mantendo firmes os pés no terreno da humildade. O amor por Deus fez deles homens que levaram temor ao palácio, a fim de mover à humilhação um dos mais arrogantes monarcas que já existiram, além de prover segurança e libertar milhares de castigo mortal.
        Qual foi a causa de tudo isso? Tudo aconteceu por causa da fé obediente a Deus. João fala sobre essa fé em 1 João 5:4: “...e a vitória que vence o mundo é a nossa fé”. Tudo começou na salvação e continuará até o final da jornada do crente. Daniel e seus amigos eram homens crentes; eles depositaram a fé no Deus de Israel, assim como nós depositamos também; eles creram no Senhor da salvação e aceitaram o sangue remidor para o perdão dos seus pecados e sem dúvida foram ensinados pelos seus pais acerca do Deus de Israel. É provável que a distância e os sofrimentos do exílio fizeram com que aqueles moços pudessem colocar de forma mais firme e corajosa sua confiança em seu Deus.
        Amado irmão em Cristo, sua fé foi trazido ao seu coração pelo Autor da nossa fé. Os perigos que os santos enfrentam e enfrentarão no mundo exige que sua fé seja vitoriosa fé. Muitos pensam que são crentes, mas basta um voz suave da serpente, para que eles abandonem o caminho e corram para o lugar que eles pensam ser de segurança. Para a fé a segurança está em confiar plenamente em seu Deus.

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (8)


            
“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ATOS DOS ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
        Estamos lidando no texto com a mensagem de Deus a Faraó, por causa da arrogância do rei e mostrando o quanto os orgulhosos têm o peso que os levará ao inferno. Por essa razão é nosso dever lidar com esse perigo, uma vez que o orgulho é a essência do pecado. Conhecer os atos dos orgulhosos é nosso dever, a fim de exortar à humilde atitude de arrependimento diante de Deus, em busca de Sua salvação.
        Uma das atividades mais perigosas do orgulhoso é quando ele se envolve numa religião. Uma religiosidade sem o fundamento da verdade bíblica vinda do céu aos homens é o caminho da excelência rumo ao céu e é isso o que nos ensina toda Escritura. Mas a dinâmica religiosa do orgulhoso é mudar e traçar o caminho segundo seus pensamentos e obras. Sempre foi assim desde o princípio; o homem sem Deus quer traçar o caminho segundo o que ele pensa. Nosso Senhor quando viveu na sociedade judaica viu o quanto elementos perigosos criaram uma religião fundamentada em justiça própria – a religião dos fariseus. Ele enfrentou os fariseus e os condenou severamente, por dar ênfase às observâncias externas.
        Nosso Senhor sempre mostrou que não é humildade quando estou envolvido numa religião que mostra as aparências. A vida cristã é pautada num viver de um coração puro e devotado a Deus, mostrando isso em num trato de amor ao seu próximo. Basta seguir as ordens dadas nos ensinos bíblicos, para que saibamos que é impossível seguir os princípios do reino de Deus com coração orgulhoso. O homem que anda rumo ao céu é exatamente oposto àquele que é religiosamente admirado pelo mundo. O orgulhoso quer uma religião para reforçar bem e proteger-se contra a verdade; ele não suporta a luz que vem do céu, por isso busca algo que brilha entre os homens e é aceitável aos homens.         Notemos a diferença entre os dois ladrões crucificados. Ambos eram religiosos e seguiam o que seus corações mandavam. O que pela graça foi erguido ao Paraíso na conversão mostrou o quanto diferente um coração purificado, pois imediatamente teve seus pensamentos focados não em si mesmo, mas na glória de Deus. Quando mirou Jesus como o Salvador dos seus pecados, mostrou que não mais poderia tolerar o estilo de vida que sempre teve aqui. Sua mente e emoção foram elevadas às regiões celestiais. O outro mostrou ser religioso, viu Jesus como um salvador, mas do ponto de vista terreno e transitório; queria escapar da punição e voltar ao seu estilo mundano de vida.
        Eis aí o orgulhoso, porque está em constante rebeldia contra o Filho de Deus. Que triste situação de milhares! Deus tem resposta aos pecadores somente em Seu Filho e pelo evangelho convida homens e mulheres a essa submissão Àquele que foi enviado do céu para livrar os pecadores da punição eterna e assim escapar da ira de Deus. Pode ser alguém que frequenta uma igreja, canta músicas cristãs, tem a bíblia e até tem bons costumes, mas se jamais confessou seus pecados, pedindo a Jesus para lhe salvar, então é um rebelde contra o Filho e seu estilo de vida mostrará ser ele orgulhoso. Ele irá por sua confiança em si mesmo, no dinheiro, nos homens e viverá indiferente às ordens de Deus, conforme Sua Palavra.
        Milhares nem imaginam que o inferno os espera com a festa do horror! A liberdade do pecado dá aos homens a impressão que estão subindo, quando na realidade estão descendo. Muitos acordam tarde demais e tentam se segurar em vão em alguma coisa. Quão terrível é para o homem quando a ira de Deus desce contra ele de forma definitiva! O evangelho chega para chamar os pecadores ao arrependimento, a fim de que urgentemente caiam aos pés do Salvador, crendo Nele para sua segurança eterna.

quinta-feira, 19 de março de 2020

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (7)

                
“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ATOS DO ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
        É de grande importância frisar o fato que orgulho é a atitude do homem para com Deus e não meramente para com seus semelhantes. Às vezes olhamos a aparência de alguém, ou mesmo seu temperamento, posição ou personalidade e achamos que é alguém orgulhoso. Mas a bíblia não está tratando disso. Já conheci pessoas que pareciam arrogantes e soberbos, mas no fundo eram pessoas humildes e dedicadas ao Senhor. É fato que o orgulhoso tende a maltratar os outros e aproveitar dos mais fracos. Quero que meus leitores considerem as coisas do ponto de vista da Palavra de Deus e não do nosso modo de pensar. Nós fazemos isso quando consideramos o que Deus está dizendo no texto. Os homens verdadeiramente humildes normalmente são homens corajosos e desafiadores. Vemos isso na vida de Abraão, pois mostrou ser não somente um estrategista, como também valente, quando tomou seus criados e saiu em guerra, a fim de libertar seu sobrinho Ló, voltando vitorioso (Gênesis 14).
        Voltemos ao texto de Ezequiel, porquanto Deus está mostrando que o orgulhoso só se mostrará tal atitude para com seus semelhantes quando chega a ser como árvore. Como assim? Às vezes o orgulhoso esconde sua atitude na simplicidade de vida que leva aqui, mas assim que se desponta como forte, rico ou culto, logo demonstra o que ele é, desprezando seus semelhantes e até mesmo se tornando cruel. Quem imaginava que Hazael se tornaria rei da Síria? Ele não passava de um servo do rei, mas quando deu vazão à sua perversidade, logo mostrou o quanto estava disposto a fazer o que já tinha de intenção em seu coração, pois matou o rei e assentou-se no trono da Síria (2 Reis 8). O homem, desde a queda já tornou orgulhoso, mas quando chega a ser como uma árvore, ele recebe o poder do rei dos orgulhosos – satanás. 
        Se quisermos ver como se desponta o orgulho do homem diante de Deus, vejamos primeiramente na atitude dele para com o evangelho. Muitas vezes o orgulho do coração fica encoberto com atividades religiosas e a pessoa parece muito humilde e consagrada. Já lidei com muitos assim. Não conhecemos a pessoa até que seja tirada a cobertura religiosa que ela usa, a fim de encobrir suas maldades. O evangelho bíblico tem como objetivo ligar sua luz e mostrar o que há no coração do homem. Na sinagoga de Nazaré, todos pareciam humildes e aptos para aprender, mas assim que o Senhor desvendou a ferocidade dos corações ali, eis que eles se ajuntaram a fim de tirar a vida de Cristo, naquele momento. O orgulhoso usa o manto religioso, a fim de mostrar ser piedoso e santo por fora. O convertido para de discutir com Deus; para de se defender e mostra sua atitude de mansidão.
        O homem humilde diante de Deus já depôs suas armas de defesa e de ataque, por isso se mostra dependente de Deus e pronto a obedecer. A religiosidade aparente não tira o orgulho, pelo contrário, ele fica ainda mais soberbo e convencido. Mesmo sob os rigores da religião dos fariseus, Saulo de Tarso mantinha as mais perversas atitudes contra a verdade em seu coração. Já lidei com homens que pareciam crentes e que pareciam cheios de fruto, mas quando chegou o momento de decisões sérias, provaram que amavam o mundo com seus prazeres. Saul parecia convicto que tinha prestado um grande serviço quando voltou da matança dos amalequitas, mas foi surpreendido por Samuel quando soube que Deus o rejeitou por sua atitude desobediente. Obediência a Deus nunca será praticada por homens cheios de si e carregados de coragem para tomar a dianteira de Deus. Eles correm apressadamente para o abismo, pois tomam a dianteira e Deus já vê o que lhes espera adiante.