terça-feira, 17 de março de 2020

O LUGAR DOS ORGULHOSOS (5)



“Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova” Ezequiel 31:14
CONHECENDO OS ORGULHOSOS: “Porque todos os orgulhosos...”
        Quando trato do orgulho, conforme o texto, estou referindo ao orgulhoso em relação a Deus e não aos homens, porque perante os homens normalmente alguns não parecem ser tão orgulhosos assim. O orgulhoso é mundano, porquanto o mundo é o cenário montado para seu prazer. Se quisermos conhecer satanás, é necessário que conheçamos o mundo, pois o mundo é perfeito cenário montado por ele desde o princípio e onde estão os orgulhosos, satanás está ali. Precisamos voltar ao texto, a fim de que venhamos a conhecer na linguagem de Deus como Ele refere aos orgulhosos: “Para que todas as árvores junto às águas não se exaltem na sua estatura, nem levantem a sua copa no meio dos ramos espessos, nem as que bebem as águas venham a confiar em si, por causa da sua altura; porque todos estão entregues à morte, até à terra mais baixa, no meio dos filhos dos homens, com os que descem à cova”.
        Examinando bem o texto, vemos como os orgulhosos são exemplificados nas altas árvores: “Para que todas as árvores não se exaltem na sua estatura...”. Assim, entendemos que os orgulhosos são convencidos de sua altura. É claro que o texto não está referindo à altura física, mas sim a um convencimento de serem de grande importância. Os orgulhosos se gabam em si mesmos devido a força que acreditam ter. Eles confiam em si mesmos; não enxergam sua dependência de Deus; acreditam que o poder, a riqueza, a sabedoria que têm vieram deles mesmos e desprezam o fato que tudo que precisam para sua subsistência veio de Deus. Foi assim com o Faraó e com todos os que estão revestidos de poder. Não nos esquecemos de Faraó nos dias de Moisés, de Nabucodonosor e reis famosos que existiram em Israel.
        Mas não é o caso somente de pessoas revestidas de autoridade. Todo orgulhoso carrega em si mesmo essa atitude de auto-suficiência. O orgulho confia sempre em si e jamais em Deus. Ele não somente confia em suas riquezas, como também confia em sua saúde, capacidade intelectual e na capacidade de se levantar por si mesmo. Foi assim com Faraó e é assim com qualquer pessoa. O inferno é o local do encontro de todos os orgulhosos, soberbos, altivos e presunçosos. O fator predominante em todo orgulhoso é ele pode depender de tudo e de todo aqui, mas não quer nem pensar em depender de Deus. Sua caminhada é assim e por vezes Deus concede um terreno comprido e cheio de prosperidade para o orgulhoso. Foi assim com o rei Uzias, pois ele foi o rei de Jerusalém que mais tempo viveu e durante esse tempo de tanta prosperidade que Uzias se corrompeu, ganhou fama e prestígio, até que teve um terrível fim de solidão e desespero (2 Crônicas 26).
        Às vezes o orgulho parece humilhado, mas é pouco tempo. Foi o que ocorreu com o perverso rei Acabe, pois quando Elias profetizou que Deus iria destruir o rei e todo seu parentesco, ele imediatamente buscou misericórdia, se vestindo de pano de saco. Mas essa mudança não durou muito, porque logo Acabe estava pronto a mostrar que era “árvore” de grande estatura. A serpente que se escondeu num buraco, logo saiu e mostrou como estava pronta para dar suas picadas venenosas. As duras palavras de juízo proferidas pelo profeta assustou a fera, como se assusta o leão, mas logo ele voltou mostrando suas garras. Se Saulo de Tarso tivesse fugido da brilhante luz celestial, não demoraria e ele ajuntaria seu bando, a fim de perseguir os santos do Senhor.
        O orgulho é a terrível prova da queda, de como nós deixamos de lado nosso Criador e nos dispomos a ser independentes de Deus, sem percebermos que deixamos de lado o amor e puxamos o juízo sobre nós. Que atitude perversa, miserável e suicida de nossa parte.

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