terça-feira, 30 de abril de 2019

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (5)



“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
A APRESENTAÇÃO DO GRANDE SALVADOR: “Olhai para mim...”
        Oh! Que ordem da suprema graça vem do céu aos pecadores! Não é Deus em Sua fúria, mas sim em doce compaixão; não aparece apontando os canhões da Sua cólera contra homens condenados, mas Suas palavras são provenientes Daquele que dinamiza Suas ações salvadoras no meio dos homens. Que grande interesse Dele por mim e por ti! O que Ele viu em nós, a fim de interessar-Se por elementos que tanto Lhe ofenderam e atacaram Sua santidade e Seus atributos naturais no viver? Ele não registrou tais palavras por acaso; não tem interesse por nada daquilo que achamos ser nosso aqui. Ele é Deus, cheio de glória, poder, riqueza, alegria, prazer Nele mesmo e que de nada tem qualquer necessidade de nós.
        Amigo, tire os olhos dos homens! O que eles podem fazer por nós? Confiar nos homens, nos ídolos, na religião, nas obras aqui, etc. é beber veneno; é segurar em galhos podres, é entrar na cova de leões, a fim de achar refúgio ali. Amigo, ouça a voz do Alto! Não é verdade que aqui tudo que precisamos, esperamos receber do Criador? Quando a seca ameaça nossa existência terrena, não é verdade que olhamos para cima, na esperança que Ele dará ordens às nuvens? Quando a fome ameaça nossas vidas aqui, não é verdade que esperamos Daquele que põe a comida para os animais e dá sustento às aves do céu? Por que mirar o homem? Oh! Quão ingrato é mau é o homem! Mesmo vendo tudo de bom e de perfeição ao seu derredor, dado por Deus! Mesmo assim os olhos rondam este mundo; não pode mirar o alto, é surdo, por isso não pode ouvir esse chamar da voz gentil do Senhor!
        Mais do que isso, Aquele que diz: “Olhai para mim e sereis salvos...” já deu abundantes provas do quanto Ele tem feito por pecadores. Incrível são Seus feitos no meio dos homens. Os que creem no homem vão dizer que Ele salvou e salva somente aqueles que de boa vontade interessam na salvação. Certamente tem algo de certeza nisso, porque de fato Ele há de salvar os que O buscam de todo coração. Isso é fato inegavelmente bíblico. E os outros? O que aconteceu? Deus está sendo injusto? Não! Ele já deu prova aos homens de Sua incrível bondade, justiça, retidão, benevolência, sustento, cuidado, etc. A salvação de muitos é um feito total da graça. Quando Deus age com Seu braço forte em salvar perdidos, essa ação vem da total liberdade Dele em agir assim. Ora, ninguém quer esse Salvador; ninguém se interessa por essa salvação, mas Ele em amor o faz.
        Ele dá provas em agir com misericórdia. Olha o que ocorreu com Nínive. Quem esperava um arrependimento daqueles inimigos? O que aconteceu foi que Deus arrancou Suas armas que apontavam na direção da cabeça deles e mirou a cidade inteira com as nuvens cheias das abundantes aguas da compaixão. Que notícia! Por que Ele adiou o julgamento? Foi por misericórdia! Então, agora é o momento para que nós contemplemos Isaías 45:22, vendo as palavras de um Deus compassivo. Quando o Espírito Santo desceu sobre Jerusalém, mais de três mil almas caíram ao ver a culpa e miséria dele, mas ressoou em seguida as palavras de arrependimento e eles puderam olhar para o alto e puderam ouvir a voz do Salvador e foram salvos da merecida condenação!

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (6)



“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ: “...o justo viverá da fé”.
        Estou me esforçando para mostrar aos meus leitores o quanto a palavra de Deus qualifica e destaca a fé; mostra que há diferença entre ela e a fé espúria deste mundo. A fé verdadeira vem de Deus; é o Espírito Santo implantando no peito a fé que leva o crente a deleitar-se na graça e na tão grande salvação. Esta salvação tem o começo feito por Deus e continua a obra diariamente, até o grande Dia final. A fé natural, ou nascida do homem, nada tem de valor. O Senhor viu a ausência da fé pura na igreja de Laodicéia e censurou os falsos crentes ali. Satanás é o fabricante dessa fé; ela nasce aqui e morre aqui; ela não tem o verdor da graça; ela é mundana, infiel, desobediente e idólatra; ela é essencialmente  humanista e presa aos homens aqui. Enquanto o pecador não for salvo, sua fé nenhum valor terá perante Deus.
        Digo mais que a fé verdadeira, há de mostrar a qualidade do viver do justo. Primeiramente, a fé justifica Deus. Não vemos um verdadeiro crente se justificando, porque compreende que nada há de bom em si mesmo. O crente dá a Deus toda honra, em todos os aspectos da vida. Notemos bem que em Habacuque o crente é chamado de “o justo”. Significa que a vida foi arrumada; que a alma torta perante Deus, agora é reta e que não há vaidade nisso. A fé natural tende a achar bem no homem; tende a confiar em si mesma e vê motivo de louvores naquilo que o homem religiosamente é capaz de fazer. Mas não age assim os que verdadeiramente creem, porque já brilha a luz da verdade em seu ser, e assim o viver será para os louvores do Senhor.
        Além disso, o verso deixa claro que habita vida naquele que crê, enquanto a falsa fé tem luz daqui mesmo, a luz que brilha e apaga diante das circunstâncias adversas deste mundo. A fé tem a vida que há no Filho, por isso pode viver. De repente a alma vê tudo à luz celestial e caminho no sentido contrário que o mundo caminha; agora marcha para o céu, tomando decisões firmes e fortes aqui. Nota-se que o padrão da fé cristã é infinitamente mais elevada do que o padrão deste mundo. Os salvos trilham o caminho da certeza; eles lidam com o documento de Deus. A fé contempla o invisível e essa atitude inquieta o mundo, pois a impiedade não pode conceber tal atitude: “Onde está o teu Deus?” (Salmo 115:2). Notemos bem como José no Egito foi conduzido na certeza de que tudo estava sendo conduzido pelas mãos de Deus, enquanto ele passava no meio da incerteza. Coisas que Potifar e Faraó jamais poderiam ver, aquele jovem escravo podia ver o que estava além deste véu.
        A incredulidade depara com a vida aqui e pode curtir com aquilo que compreender ser verdade, mas vive sem documento. Quando vêm as dificuldades a incredulidade não tem onde firmar seus pés; não há qualquer rocha que venha lhe dá sólida confiança. Como um cão farejando o chão à procura de alimento, eis que falsa fé fareja o mundo, buscando aqui e ali algo que lhe dê melhor sorte, fortuna, saúde e paz. A fé falsa fala de Deus, mas não pode estribar-se em Deus; pode crê em Jesus, mas nada há de uma ligação com o Senhor. A fé natural não tem parentesco com o céu, por isso nada de lá lhe interessa. Seus parentes e amigos estão aqui, confinados aqui mesmo, por isso delicia-se com as chamadas bênçãos terrenas. Olhemos bem para a fé natural, pois ela se encanta com mentiras religiosas e é levada facilmente por belas palavras dos falsos mestres.
        Quão felizes são os que creem! Quão bem-aventurados são os que podem repousar sua confiança e esperar no Senhor! Neste mundo tão horrível, cheio de desespero, maldade e outros tormentos, a fé falsa é desmanchada, como se desmancha o gelo ante o calor. A fé pura e santa prevalece, busca força na graça, cresce na confiança e caminha seguro descanso nos eternos braços do Senhor e Pastor das ovelhas.

sexta-feira, 26 de abril de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (4)


                                       
“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ: “...o justo viverá da fé”.
        Somente o justo poderá exercer a fé, ela demonstra que a pessoa tem vida: “viverá”. Enquanto a pessoa não for salva, ela poderá dar impressão que tem vida  por fora, mas não há nada no coração que demonstre que um dia creu no Senhor, que foi salvo para sempre e que agora, de fato demonstra que anda pela fé. Um Saulo convertido há de encarar a vida cristã com poder e dar seu testemunho perante toda liderança religiosa que estava atônita em Jerusalém. Um Zaqueu há de erguer-se, na disposição de andar com justiça, reparando todo caminho tortuoso pelo qual andava anteriormente. Uma Raabe há de negar a companhia com seu povo, a fim de unir ao Deus de Israel e Seu povo.
        Isso significa que os traços de alguém que não tem vida é que há soberba no íntimo: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele...”. Não estou tratando de um orgulho normal que normalmente transparece em nosso viver e contra o qual o crente deve lutar sempre. O soberbo tratado em Habacuque refere-se àquele que vive sem Deus no mundo. Não há a vida celestial nele, por isso o soberbo é visto negando a Deus no viver, no lar e em qualquer lugar. Não há nele culto a Deus; não há nele disposição de ter a liderança de Cristo no viver. Ele pode falar de Deus, mas esse deus é uma divindade criada no coração e buscada por ele para alcançar seus objetivos terrenos. Essa fé é tipo “ouro de tolo”; é vista e admirada pelo mundo, todos a saúdam com respeito e admiração, mas o fato é que nada tem de valor para Deus. A fé verdadeira é o brilho da glória salvadora e santificadora no coração de um salvo; é a paz de Deus desfrutada no íntimo; é a satisfação de andar com Deus, ser sustentado por Ele, ser amado por Ele, orientado por ele e recebido no céu por Ele.
        Também, a vida dessa radiante fé mostra coragem e determinação. É admirável ver o crente disposto a não negar ao Senhor, tomando decisão pela verdade e pronto para batalhar contra as mentiras religiosas que pululam neste mundo. É maravilhoso ver o quanto a fé está pronta a ficar sozinha, porque para o crente é melhor andar sozinho com Deus, do que ter a simpatia da multidão que prefere a mentira. Também, a fé trilha o caminho da justiça. Não é a fé que hoje luta pela honestidade, mas amanhã dará as mãos aos ladrões e corrompidos. A fé que derrete ante o calor da perseguição não tem a aprovação divina; a fé que hoje mostra coragem para andar com Deus e depender dele em oração, mas que amanhã está pronto a negar ao Senhor, tal fé é rejeitada, recebendo de Deus a nota zero.
        A fé do justo mira o céu. Brilha no peito daquele que crê a viva esperança da glória; ele saúda as promessas da glória eterna com aleluias e glórias; ele trata os bens daqui como tesouros findáveis e indignos de receber qualquer confiança. O que crê sabe que à medida que caminha rumo ao céu, os tesouros terrenos vão ficando para trás. Ele sabe da família que terá na eternidade; sabe da sua casa que Cristo foi prepara e sabe que é pela justiça do Senhor que entrará lá. Também, o que crê reconhece como o mundo passa com suas paixões, por isso, mesmo aquilo que é tão belo e maravilhoso aqui deve ser desprezado enquanto avança. A fé amadurece à medida que chega mais perto do lar. Seu corpo aqui é valorizado para que Deus seja glorificado em todos os aspectos do seu viver terreno, mas ele espera a vida sem dor, tristeza, lágrimas, saudades, vergonha e solidão.
        O justo viverá da fé, por isso espera o corpo perfeito, de glória, semelhante ao corpo do Senhor pós-ressurreição. E assim avança o justo com sinais claros de que a vida que há no Filho habita em seu ser para sempre.

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (4)


                       
“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
A APRESENTAÇÃO DO GRANDE SALVADOR: “Olhai para mim...”
        Meu amigo, que momento tão oportuno para sua salvação! Ouça, pela fé a voz desse grande único Salvador e Mediador entre Deus e os homens! Tudo será feito aqui para que teus ouvidos fiquem continuamente tapados; para que tu olhes para milhares de meios, usados por satanás, criando mediadores! Tire os olhos das esperanças ilusórias deste mundo. O que ele pode oferecer para tua alma? Veja como o mundo é uma programação curtida de mentiras; o que é verdade é aqui não terá poder para erguer-se em glórias a Deus e elevar as almas ao céu, na rota certa em direção aos portais da Nova Jerusalém.
        O Senhor ordena aos perdidos: “Olhai para mim...”. Ó amigo, tire os olhos dos ídolos; este mundo é uma fábrica de idolatrias e nossa natureza é capaz de criar, tanto fora como dentro do coração milhares de elementos para por a confiança neles. Visto que tudo isso está encharcado de contaminação e da corrupção causadas pelo pecado, pode ter certeza que tudo é tratado por Deus como objetos dignos da Sua ira e condenação. Nossa tendência é olhar para os homens, quer dentro de uma igreja, quer fora. Não temos uma disposição natural para buscar socorro do Alto; não queremos nada do céu, porque somos enganados em buscar reforços aqui, a fim de achar nossos prazeres por aqui mesmo. Nossa tendência é fazer do mundo nosso “Jardim do Éden”. Para isso tapamos nossos ouvidos para a verdade bíblica e fechamos nossos olhos para não ver as maravilhas advindas da glória de Deus.
        Quantos confiam nas propostas governamentais de um mundo melhor! Seus corações não têm qualquer prazer por deixar este mundo e subir para o Paraiso celestial. O chamado do Senhor vem do Alto, mas os ouvidos incautos estão surdos para ouvir o convite do Salvador e Senhor, mas estão aptos para ouvir as boas notícias terrenas de um mundo melhor. Muitos loucamente correm à busca de um paraíso aqui, por isso estão engajados nas conquistas financeiras, na busca por melhores confortos; como poderão ter uma casa melhor, carro melhor, melhores divertimentos, mais passeios turísticos, etc. Essas almas sempre estão sempre decepcionadas quando chegam ao tope de suas conquistas. Nada daqui produz satisfação, gozo e alegria. Toda essa busca envolve coisas externas e quando elas vêm, elas se tornam peso para a alma.
        Muitos põem suas esperanças na religião que seguem. Por que isso? Porque mentiras religiosas servem como se fossem alavancas do sucesso. Há uma suposta divindade que parecem se acalmar diante das atividades religiosas e os homens não percebem que estão escravizados ali e ceguem sem ver que é satanás quem se disfarça para receber glórias dos homens.
        A voz do Senhor continua forte e cheia de amor aos pecadores: “Olhai para mim e sereis salvos”. Olhe aquela pobre mulher adúltera; veja como suas esperanças terrenas ruíram debaixo dos seus pés e todo sonho foi transformado em pesadelo. Até que ela, atraída pela graça prostrou-se aos pés do Salvador e ali foi salva. Ela, pela fé olhou para o Senhor, mirou o Cordeiro de Deus e foi socorrida em seu desespero. Eis aí uma simples ilustração do que significa olhar para o Senhor e ser salvo.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (3)


                                        
“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ: “...o justo viverá da fé”.
        Estou me esforçando para mostrar como a Bíblia qualifica a fé e isso ela o faz mostrando o artigo “a fé” ou “da fé”, ou “nossa fé”, etc. Assim os crentes podem distinguir entre o que vem de Deus e o que vem dos homens. Não esqueçamos que satanás é perito em imitar Deus e as coisas de Deus; ele mostra as falsificações dele de longe; elas são fabricadas no “fundo do quintal” por assim dizer. Nós devemos cuidar porque a verdadeira fé normalmente é provada nas tentações e lutas pelas quais passam os verdadeiros crentes. Afirmo também que somente os que foram justificados podem exercer essa fé: “...o justo viverá da fé”, conforme o texto acima afirma. Essas diferenças tão nítidas devem ser estudadas por nós os crentes, a fim de que não sejamos levados pelas correntezas de mentiras religiosas espalhadas neste mundo, nem tampouco pelo engano do coração do homem.
        Também, a fé mostra a qualidade de vida de uma pessoa que foi justificada na salvação: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus...” (Romanos 5:1). Esse é o verso de grande importância para nosso entendimento. Em Romanos Paulo toca firme a tecla da justificação, a fim de que esse som celestial chegue com poder aos ouvidos dos santos. Foi pela fé que eles foram justificados e eles viverão dessa mesma fé. Não tem nas Escrituras uma fé que proporciona salvação sem que toque no viver. Fé que não mostra vida é uma fé morta, (conforme o ensino em Tiago 2). Muitos são coagidos pelos homens a uma fé assim e como não é obra do Espírito Santo no coração, tal fé descansa nela mesma. A fé bíblica acha repouso na graça e não em si mesmo. A fé que vem do homem tem forte admiração por ela, enquanto a fé que vem do Espírito de Deus olha o Filho glorioso e vê os acontecimentos da cruz como fontes de repouso, segurança e motivos para viver de forma consagrada ao Senhor.
        Assim, nosso Senhor nos entregou a fé que é pura e perfeita. Bendita a alma que recebeu essa atuação dinâmica de Deus em seu ser! A fé é personalizada nas Escrituras. O homem que crê tem olhos que realmente veem o que o mundo jamais poderá ver; tem boca para adorar e confessar o Senhor; tem mãos que servem a Deus e pés que obedecem. A fé fez aliança com a graça e a graça fez aliança com a fé; ambas se comunicam e a fé é sempre apta para receber o poder da graça no viver. A fé é algo sobrenatural no viver, porque mostra como a graça opera, elevando o homem às alturas de um viver com Deus. A fé, por mais simples que for ela mira o alto e se eleva com asas de águia na busca do socorro e dependência de Deus. A fé cortou toda ligação com o mundo, a fim de conquistar o coração de Deus; a fé não negocia com o mundo, não tem qualquer interesse em obter os lucros desta vida, porquanto está subordinada a Deus. Não foi assim com o Abraão, pois foi firme na decisão em não permitir que o rei de Sodoma lhe conferisse riquezas (Gênesis 14).
        A fé tem vida, por isso há de mostrar sinais vitais de uma alma que sobe para o céu. A fé é o novo homem em Cristo caminhando na justiça; é o homem espiritual vivendo uma vida naturalmente espiritual; é o homem vivendo como deve viver num padrão de vida desconhecida deste sistema. A fé modifica o mundo e estabelece o modo de vida, assim como José mostrou o real significado de justiça e retidão no Egito; assim como Daniel e seus amigos na coorte babilônica provaram para todos o que significa temor a Deus. A fé mostra o que o mundo precisa – de justiça, santidade e real amor. A fé é Deus fazendo irradiar a luz da Sua graça através de vidas que foram transformadas, a fim de colocar este mundo em seu devido lugar. A fé é Cristo no viver do crente, mostrando que Ele está vivo e que aparece no estilo de vida tão desconhecido neste sistema enganador e escravizador.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (2)



“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
QUALIFICANDO A FÉ: “...o justo viverá da fé”.
        Minha atividade nesta página é mostrar o quanto a palavra de Deus qualifica a fé, fazendo a diferença entre a fé verdadeira e a fé puramente humana, natural. Normalmente vemos como o artigo a define essa fé: “O justo viverá da fé...” Em 1 João temos a mesma verdade: “...a fé que vence o mundo é a nossa fé”; “a fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos”. Esse fato é mostrado em toda Escritura, mostrando o quanto Deus mesmo não mistura as coisas, pois a fé verdadeira é a obra do Espírito Santo começando a boa obra naqueles que se convertem a Cristo de todo coração. Notemos no próprio texto que o justo é o que possui essa fé: “o justo viverá da fé”. A fé é uma obra sobrenatural no homem; ela marca a diferença entre um justo e um ímpio; ela mostra a diferença entre as obras mortas e as vivas. Foi exatamente isso o que Tiago quis dizer no capítulo 2 de sua carta: “A fé sem obras é morta”.
        Seguindo essa rota bíblica podemos afirmar que ninguém que obteve a justiça de Cristo mediante a salvação pode exercer a fé. Cristo é o perfeito Justo e Ele mesmo viver em perfeita fé aqui; foi Dele que os justos obtiveram a fé para andar ativamente por ela e foi isso o que Paulo quis dizer em Romanos 1:17: “De fé em fé, porque o justo viverá da fé”. Isso significa que sem a salvação a fé natural não tem valor; pode brilhar como ouro puro, mas ao chegar perto, percebe-se que não passa de engano. Todo material feita pelo homem e proveniente da natureza é impuro e não tem qualquer valor para Deus.    Mas você afirma que Cornélio nem era salvo e possuía uma fé que agradou a Deus (Atos 10). Mas a verdade é que ali estava um homem, cuja fé foi dada por Deus, para que conhecesse a verdade da salvação. Quando Deus ressuscita alguém dentre os mortos, haverá o sinal da fé em seu coração, e evidenciará na busca pela verdade, conforme as Escrituras. A fé possui asas que sobem às alturas; possui pernas fortes que correm do mal na busca do socorro do alto e pode andar com sólida confiança, calmamente em direção ao céu. É essa a fé. Vemos a diferença na vida de Rute, porque, enquanto a sua concunhada Orfa tinha a fé natural, porque gostava da sogra, Rute, entretanto tinha a fé verdadeira, porque amava o Deus de sua sogra e estava disposta a morrer com Noemi e com o povo de Noemi.
        Nunca houve um tempo quando satanás tem enchido os corações dos homens da falsa fé. Milhares sustentam crê em Deus, mas percebemos o quanto estão distantes da verdade bíblica. A fé implantada no peito de um justo não o deixa vacilante; não o faz crer na verdade e na mentira ao mesmo tempo. O justo é intrépido como leão, ele não tem medo, porque mira o Deus que lhe salvou. Vemos isso na vida de Raabe, pois ela mirou bem o caminho, examinou bem o fundamento, confiou plenamente no Deus dos hebreus e rumou para a decisão que marcou definitivamente seu viver espiritual (Josué 2). Quando satanás opera fé nos homens vemos que tudo é fundamentado em emoções, em atividades vãs e as mãos são estendidas para saudar todo tipo de fé mundana.
        Não há na fé natural qualquer definição pela verdade. É comum ver na falsa fé o sorriso ocupando o lugar do temor; é comum ver “flores” da comunhão mundana em lugar da espada que luta contra o mal. A fé natural não produz soldados para a batalha; a fé natural é humanista e o deus dela é criado no coração com o conceito mundano. Quanta diferença entre Elias e os falsos profetas! Estes se ajuntavam e falavam a mesma linguagem cheia de lisonjas, enquanto o profeta de Deus erguia sua voz ao céu, proclamando a glória de Deus no meio do povo. Para Elias o que importava era a glória de Deus e não os méritos religiosos de homens cheios de mentiras e avareza. Que o Senhor examine os corações, para ver se habita ali a verdadeira ou a falsa fé.

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (3)


                    
“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
A APRESENTAÇÃO DO GRANDE SALVADOR: “Olhai para mim...”
        Veja o Salvador chamando pecadores: “Olhai para mim...”. Como poderá o caído no pecado olhar para o Salvador e Senhor? Quem pode erguer os olhos aos céus na esperança de achar uma tão grande salvação? O povo de Israel, mesmo presenciando tantas bênçãos derivadas de um Deus compassivo, ainda teve a coragem de voltar os olhos para as providências materiais no Egito. Ali estava a explicação do que é o homem no pecado e de como seu coração está amarrado às promessas deste mundo vil. Não há como explicar as maravilhas dessa ordem vinda da graça de Deus, se não estivermos firmados e seguros na obra absoluta da graça soberana. Certamente o Senhor está dirigindo Suas palavras aos verdadeiros pecadores por quem Ele morreria na cruz.
       Seguindo essa rota cheia das cores da graça, resta que agora levemos essa notícia do céu aos homens: “Olhai para mim...”. Encaremos as tendências e arranquemos os perigos que envolvem os pecadores. É para que eles tirem os olhos das esperanças ilusórias deste mundo. O astucioso pai da mente, aquele que se transfigura em anjo de luz, ele não cessa de inventar novas mentiras religiosas, porque ele bem sabe o quanto pode desviar os homens de um olhar para o alto – o trono de misericórdia. O mundo está cheio de promessas de um viver feliz e de respostas para os problemas da alma. Satanás pinta com vivas cores as soluções achadas aqui, de tal maneira que os homens pensam que é a verdade. Ele consegue criar mediadores nas milhares de religiões vistas neste mundo. Ele cria ídolos e sabe como colocar nomes de Deus, de Jesus e do Espírito Santo. Ele sabe como encher os corações dos homens de idolatria, para buscar bênçãos em pastores, missionários, pregadores de TV e outros meios. Ele está sempre gritando aos homens: “Olhai para o mundo e sereis salvos!”
       Tire os olhos de sua igreja, do batismo, da família crente, de orações, de serviços religiosos ou sociais. Nada disso tem qualquer valor para a salvação do perdido. Se viver assim os olhos jamais serão firmados no Alto, na direção Daquele que é o único mediador entre Deus e os homens. Eu mesmo nasci numa família batista, fui levado desde pequeno para a igreja e aprendi vários corinhos e fui envolvido em várias atividades, mas não era um crente. Nunca tinha visto meus pecados, minha condição de um réu digno do castigo eterno. Que os pecadores sejam arrancados de qualquer esperança em achar salvação aqui; qualquer olhar na direção oposta da visão gloriosa do Salvador bendito, realmente é ouvir a voz de satanás. O inimigo astutamente leva os homens a confiar naquilo que parece justo, puro, belo e santo. Mas fora do Salvador, tudo o que parece puro é sujo; tudo o que parece ser santo é contaminado; tudo que parece belo é um disfarce do caminho do inferno.
       Amigo, olhe, contemple o Salvador! Ei-lo falando aos pecadores! Ouça Sua voz pela fé! Veja o que Ele fez para conquistar tão grande salvação! Veja Sua história, jamais contada pelo mundo e jamais entendida, a não ser por aqueles por quem Deus usa de compaixão! “Eis agora o tempo sobremodo oportuno; eis agora o dia da salvação”.

terça-feira, 23 de abril de 2019

O JUSTO VIVERÁ DA FÉ (1)


                            
“Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá por sua fé” (Habacuque 2:4)
INTRODUÇÃO:  
       Para mim um dos assuntos mais impressionante da revelação bíblica é aquele que trata da fé que foi entregue aos santos.sa é a fez que faz a real diferença entre a verdade e a falsificação religiosa destes últimos dias. Satanás é  expert nesse assunto de falsificar a fé; ele faz com que o brilho da falsa fé pareça ser do ouro puro de Ofir; ele quer que todos os homens se sintam lisonjeados pelo fé que marca o coração dos religiosos; ele utiliza os falsos mestres na arte de enganar os homens, ao afirmar que todos têm fé e que essa fé é poderosa. É essa a mais poderosa missão de satanás nestes dias pervertidos. Tenho visto muitos chamados crentes iludidos pela falsa fé; muitos sustentados numa paz perigosa que originou em seus próprios corações, mas que jamais brotou na alma por obra do Espírito Santo e da Palavra.
       Ora, nós sabemos que todos os homens no mundo possuem fé. Os testemunhas de Jeová creem nesse ensino e depositam fé numa divindade sustentada pelas mentiras perigosíssimas; muitos creem em seus santos e ídolos; os budistas depositam a confiança deles num ídolo e até mesmos os ateus declaram no íntimo sua fé em alguma coisa. Inclusive Tiago fala que os demônios creem mais que muitos professam crer, porque até chegam a tremer com essa fé. Conheci vários que professavam crer no próprio Senhor Jesus, mas que morreram em seus pecados; já vi muitos participarem de cultos, cantar com os crentes, orar e fazer outras atividades no meio evangélico, sem que jamais fossem crentes em Cristo.
       Mas quando abrimos as Escrituras percebemos logo que há real diferença entre a fé verdadeira e a fé falsa. O próprio texto de Habacuque mostra a nítida diferença entre o soberbo e o crente: “Eis o soberbo, sua alma não é reta nele, mas o meu justo viverá da sua fé”. Se examinarmos de perto o soberbo, veremos que afirma que tem fé, e muitos parecem ser mais fervorosos do que alguns crentes. Mas a diferença está no fato que a fé dos soberbos faz nítido contraste com a fé dos verdadeiros crentes. A fé dos soberbos revela que eles não têm qualquer sinal de vida no íntimo. A fé tem a finalidade de mostrar o que ela é pelos atos. Percebemos que os soberbos não têm vida interior; não há retidão dentro deles; quando falam da sua fé, estão apenas expondo isso com exímia soberbia. Mas não é isso o que vemos no justo, pois eles vivem da fé. Isso significa que há vida neles: “...o meu justo viverá...”.
       Amado leitor, meu objetivo é expandir esse assunto e me esforçarei no sentido de levar cada um de vocês a entender o verdadeiro sentido prático da fé cristã. Desejo em especial tratar do relacionamento entre o crente e Deus, justamente porque há perigo de confundir a verdadeira fé com a fé que todos têm e que até mesmo muitos podem até mesmo pensar que é verdadeira fé, mas que não passa de imitação. Quão perigosa é a falsa fé! Quão astucioso é o pai da mentira! Ele não quer enganar os que estão no pecado, pois estes já vivem sob sua ilusão. O alvo do pai da mentira é tombar os servos de Deus, os filhos da verdade. Que o Senhor tenha misericórdia de mim ao expor tal assunto. Vejo o quanto crentes verdadeiros têm murchado diante da força da mentira que avança nestes dias maus.
       Precisamos de homens e mulheres que realmente creem de coração; o mundo precisa ver a competente fé em ação, glorificando a Deus e fazendo o bem perante os homens. A igreja do Senhor é constituída por homens e mulheres crentes no real sentido desse termo “crente”. Que eu possa ser usado em expor essa verdade através desse texto tão glorioso extraído de Habacuque 2:4, a fim de repartir a todos as maravilhas desse ouro puro que foi dado ao pecador salvo, no dia da sua salvação.

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (2)


                               
“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
A APRESENTAÇÃO DO GRANDE SALVADOR: “Olhai para mim...”
        Tendo dado a introdução é o momento agora para que entremos nos detalhes desse assunto tão dinamizado em toda Escritura. Nossa ambição deve ser conhecer o Salvador; os salvos anelam vê-Lo naquele dia e aqui, pela fé eles examinam as Escrituras, a fim de aprender mais Dele e viver por Ele e para Ele. O mundo precisa saber desse tema tão maravilhoso; deve ser o assunto de todo momento; deve ser o cântico de louvor da parte dos remidos individual e coletivamente. Deve ser essa a razão do testemunho dos santos, no lar para os filhos e no cotidiano deste mundo. O grande Salvador sempre foi o tema abordado pelas Sagradas Letras durante todos os milênios e deve ser muito mais agora, quando a situação de apostasia evoca a urgente mensagem da verdade.
        Eis as palavras vindas da boca do grande Salvador: “Olhai para mim...”. Que palavras! O grande criador ainda insiste em Seu amor pelas Suas criaturas que tombaram no Éden; Ele não enfraqueceu em Seu amor; Ele não entregou todos ao fracasso e destruição; Sua voz continua ecoando, como fez durante as centenas de anos que ficaram para trás na história cruel deste mundo. Milhares no passado ouviram essa voz pela fé e foram salvos; milhares entenderam em seus corações, alegraram com essa voz e caíram perante o cetro desse amor glorioso. Aliás, o texto mostra o próprio Salvador falando; Aquele que um dia desceria do céu e viria à terra em humilhante forma humana, é Ele mesmo que expões Suas palavras graciosas aos pecadores, dizendo: “Olhai para mim...”
        Ora, isso tem grande significado, porque Ele ordena aos pecadores do mundo inteiro que todos olhem para Ele. Pouco antes de ir à cruz, Ele prometeu que quando fosse erguido, faria com que todos fossem atraídos para Ele. Precisamos anunciar essas verdades ao mundo; precisamos publicar aos arrependidos que a esperança deles estar em olhar para Aquele que desceu, mas que com Sua ressurreição subiu aos céus; todos os pecadores precisam saber que Ele foi elevado e posto pelo Pai na sublime posição de ser o mais exaltado de todos os nomes que existem na face da terra e no universo. Que fantástica notícia!
        Sendo assim, chegou o momento para que nossos corações sejam tocados; para que emudecidos sejam os inimigos do Senhor; para que as orquestras deste mundo parem de tocar; para que as festas terrenas cessem e as hostes inimigas calem. Chegou o momento para que ouçamos com júbilo o som que vem do céu, da voz do grande Salvador com a mais poderosa notícia que já foi ouvida pelo mundo. É a voz Daquele que triunfou na cruz e na morte com a ressurreição. O Senhor fala do céu e mostra isso agora em erguer Seus arautos, como fez durante toda história da atuante graça; arautos como Jeremias, Ezequiel, Daniel e muitos santos do Velho Testamento; Arautos como João, Paulo, Pedro e outros grandes gigantes da fé na história do Novo Testamento. Essa voz do Senhor não provém de sonhos e fantasias extraídas de corações iludidos. Tudo foi documento para que todos ficassem sabendo que nada pode abalar. Os santos pregadores achegam a esse documento e sobem em oração no santuário celeste, a fim de receber poder e graça em expor a verdade quem vem do céu aos homens.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

A VISÃO DO GRANDE SALVADOR (1)



“Olhai para mim e sereis salvos, vós todos os moradores da terra!” Isaías 45:22
    INTRODUÇÃO:
        Quão especial é o livro de Isaías! Talvez não há em toda revelação bíblica um livro onde Deus manifesta a Si mesmo como nesse impressionante volume inspirado. Se quisermos conhecer nosso Senhor, o grande Salvador, Ele faz essa apresentação Dele como sendo o Salvador. Realmente Ele traz lições de Apocalipse, lições que explicam Sua glória, Sua salvação, Seu Nome e Sua grandeza. É em Isaías que Ele mesmo explica ser o “primeiro e o último”. Também, Seu Nome “Jesus” que em hebraico significa “o Salvador” aparece notavelmente, especialmente a partir do capítulo 40. Também vemos nosso Senhor apresentando Sua salvação. Ele afirma várias vezes que traria ao mundo uma salvação que duraria para sempre. Essa salvação é apresentada também como algo conquistado por justiça e que sendo assim traria paz.
        Como posso enxergar, Isaías não tem outro propósito; Deus tem em vista anunciar aos homens o fato que não há salvação fora Dele. Israel, durante todo período da lei foi dominado pela idolatria e Deus ataca os ídolos, mostrando que não passam de objetos sem vida. Deus fala com todos os pecadores que Ele haveria de salvar; Ele afirma que chama as gerações à existência. Impressionante ensino acerca da soberana atuação de Deus! Nos dias de Isaías não haviam nações como vemos muitas que surgiram durante a história. Deus tem Seu povo escolhido em nações que surgiriam, como o Brasil. Mas na linguagem divina Ele chamaria os povos, a fim de mostrar Sua tão grande salvação, como vemos que está fazendo durante as centenas de anos.
        Como podemos fechar um livro como esse? Como podemos olvidá-lo? Se ignorarmos o livro de Isaías, certamente viveremos como cegos e espiritualmente marginalizados. Nosso crescimento e força vêm à medida que conheço meu Senhor e Redentor. Os pagãos não têm nenhuma revelação de seus ídolos; as mentiras religiosas, nada podem oferecer aos seus fieis qualquer ensino acerca daquilo que eles afirmam crê. Mas, quanto aos crentes, eles têm em mãos o livro de Deus. O Senhor não se trancou na escuridão. Pelo contrário, o Senhor se manifestou graciosamente ao Seu povo naquilo que todos nós os crentes precisamos saber.
        Não há dúvidas de que temos perante nós uma das mais impressionantes ordens dadas por Deus aos homens no mundo: “Olhai para mim, e sereis salvos...”. Aliás, Deus está fazendo uma apresentação acerca Dele mesmo ao mundo; Ele está dizendo que desceria do céu para vir ao mundo, aqui na terra, a fim de conquistar uma tão grande salvação, que não há outro salvador; que Ele é o único quem pode libertar os pecadores da prisão do pecado. Não estamos ouvindo a voz de Isaías, mas sim a voz vinda do próprio Senhor. Não há dúvida que precisamos entender essa linguagem e aplica-la aos corações neste momento. A Bíblia inteira está envolvida nessa ordem do céu; a história da cruz marca profundamente essa verdade; o Senhor mesmo proclamou essa chamada com Seu “vinde a mim”. Os pecadores precisam ouvir isso, seus ouvidos devem ouvir pela fé essa doce voz e milagres ocorrerão aqui na terra, porque o Salvador ainda está chamando todos ao arrependimento.

A ETERNA CONQUISTA DA REDENÇÃO (10 de 10)



“Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor. O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor” (ISAÍAS 59:19-21)
A GRANDE CONQUISTA MOSTRADA NO PACTO ETERNO: “Quanto a mim, este é o meu pacto com eles...”
        Que maravilha da graça ao povo salvo! Quem são os crentes? São pecadores, caídos, escravos, sem qualquer possibilidade neles mesmos de vencer o mal; estavam mortos em seus pecados, condenados ao inferno, etc. Na aliança da graça Deus determinou dar a eles o mesmo Espírito que habitou no Filho! Assim, na salvação os crentes têm duplo ensino: “Nós em Cristo” e “Cristo em nós”. Na primeira lição temos a certeza e a segurança da tão grande salvação; na primeira Deus registrou em Sua Palavra e no coração de cada salvação a plena segurança deles, porque foram postos no Filho e assim, para sempre estão livres da condenação eterna (Romanos 8:1).
        Na segunda os crentes receberam poder com a presença do Espírito Santo neles: “Cristo em vós”. O que isso significa? Nós precisamos viver na verdade, alimentar da verdade, andar na justiça, ser vencedores contra o mal, andar rumo ao céu em santidade de vida e obter crescimento para sermos parecidos com Aquele que nos amou e nos chamou. Não há um crente sequer que possa andar sem a presença do Espírito Santo nele. Vejamos a vida de Pedro, porque a diferença foi notável do Pedro que negou Jesus para o Pedro cheio do poder de Deus a partir do Pentecostes. Foi assim com todos os discípulos, porque antes da morte do Senhor eram homem medrosos e inseguros quanto ao futuro, porque ainda não entendiam a realidade da ressurreição. Mas quando veio o Espírito Santo para habitar neles, se tornaram homem intrépidos e cheios de paz e alegria, e tudo isso espantou Jerusalém e o mundo.
        Há também na aliança a promessa da palavra. Deus, em tudo opera pela Palavra que sai da boca. Foi assim na criação e é assim na nova criação. Nem sequer imaginamos o poder da Palavra de Deus; é ela o maior tesouro que o crente possui aqui. Revelamos que de fato somos crentes quando mostramos o amor pela palavra de Deus. Por natureza os homens abominam as Escrituras, porque é ela a Palavra da verdade e podemos detectar os falsos crentes pelo comportamento visto em desprezar a Bíblia no viver, na igreja, em ouvir a pregação e diariamente em sua casa. Satanás tem horror do livro de Deus e a todo instante ele trabalha para levar ódio contra a Palavra ou mesmo fazer dela um livro de superstição, como vemos ocorrendo em nossos dias.
        Para quem é o pacto? Com o Redentor e Sua descendência. A semente de Cristo é Seu povo: “Eis-me aqui, e os filhos que me deste”. O Senhor ama Seu povo, cuida, protege, guia, sustenta e defende Seus santos. A comunicação de Deus é com Seus eleitos; a voz de Deus é dirigida aos que têm ouvidos para ouvir. E finalmente, a duração do pacto é mostrada: “...desde agora e para todo o sempre”. Estamos lidando com o Deus eterno. Tudo deste mundo e neste mundo dura breve tempo, mas a salvação conquistada pelo Redentor e entregue graciosamente aos salvos dura para sempre. As marcas da eternidade estão gravadas no coração dos salvos; as promessas da perfeição física enchem suas mentes e emoções de viva esperança; as circunstâncias, provações e sofrimentos desta vida passageira servem como alavanca para impulsioná-los para cima; seus louvores estão marcados pela linguagem da nova Jerusalém; o caminho pelo qual eles transitam tem os fachos de luz que vem da cruz; a história deles, o mundo não pode contar, porque eles vêm da eternidade e vão para a eternidade.
        “Na redenção firmado estou, meu cativeiro já findou, contente cantarei louvor ao meu glorioso Redentor!”


terça-feira, 16 de abril de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (11 de 11)



“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
QUANDO O HOMEM SE TORNA FILHO DA OBEDIENCIA.
        Ninguém nasce crente, todos nós nascemos como filhos da desobediência e é exatamente isso que Paulo transmite aos crentes em Efésios 2: “...e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais”. Ignorar tal verdade traz sérios problemas no viver. Tenho visto muitos pais crentes tratarem seus filhos como se eles fossem crentes também. O fato que eles são levados à igreja, não significa que serão levados para o céu um dia. Os pais devem saber que se seus filhos não foram salvos pela graça, um dia deixarão o colo deles para correr em direção ao mundo que tanto amam. O sacerdote Eli esqueceu desse fato e seus filhos Hofni e Finéias amarguraram a vida e o ministério dele (1 Samuel capítulos 1 ao 5). Alguns também acreditam que o pertencer a uma igreja faz deles filhos de Deus. Mas isso pode ser um engano letal à alma. A única prova que sou realmente um crente, nascido de novo, portanto, filho de Deus é que há uma nova natureza em mim disposta a obedecer a Deus. Desobediência voluntária e contínua é prova clara que continuo sendo um filho da desobediência.
        Assim, definimos com certeza que somente os salvos são chamados de filhos da obediência, porque estão ligados a Cristo. Quando isso ocorre? No ato da conversão! Por meio da pregação Deus aprouve chamar os pecadores ao arrependimento. Foi assim desde o início do evangelho no pentecostes (Atos 2). A ordem suprema do Senhor aos Seus servos foi que eles fossem pelo mundo inteiro e pregassem o evangelho a toda criatura. A mensagem da santa reconciliação com Deus vem pela mensagem pregada com fidelidade pelos arautos celestiais. É triste ver como a pregação da cruz foi basicamente anulada e que as mensagens de hoje estão mais envolvidas com entretenimentos intelectuais ou emocionais. Por essa razão é quase impossível achar pecadores; os evangélicos saudaram o mundo com práticas aceitáveis pelos mundanos, de tal maneira que eles se adaptam aos cultos facilmente.
        Lembremos bem que o evangelho anuncia que os homens são incapazes de serem salvos; que os pensamentos deles não são de Deus; que os caminhos deles não são os caminhos santos do Senhor (Isaías 55). A obra soberana do Senhor atua onde os homens se humilham e clamam por salvação. Deus atua em mudar corações, em tirar o obstinado e duro coração do homem e dar-lhe um novo coração que leva o homem a temer a Ele constantemente. O Senhor é o único que pode fazer essa santa cirurgia, tirando o ímpio, perverso e mundano coração, para por no peito de um salvo um coração que obedece a Deus. Que fantástica obra! Porventura, Ele não tem exibido as amostras dessa graça durante os séculos? Não podemos ver isso em nossas próprias vidas? Obviamente o mundo não percebe, não entende nem aceita isso. O que é loucura para o mundo, para os salvos é motivo de festa.
        Que santo apelo Deus faz aos homens! Como é que os desobedientes conseguem ser obedientes? Olha Zaqueu (Lucas 19) e veja ali alguém que mostra onde o pecado nos colocou e onde a graça coloca. A vida de desobediência é o resultado da queda em Adão; mostram os traços corruptos de nossa natureza e como seguimos com prazer o curso movido pelo príncipe deste mundo. Mas o viver obediente mostra o que o Senhor pelo Seu povo na cruz. O ajuntamentos de homens como eu, Paulo, o ladrão na cruz, Zaqueu e outros milhões indicam que Deus opera maravilhas. Até mesmo nosso pai na fé – Abraão, foi tirado de um ambiente infame, da idolatria, para seguir o curso de obediência a Deus. Obra feita pela operante graça. Glória e aleluia ao Redentor!

A ETERNA CONQUISTA DA REDENÇÃO (9)


                              
“Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor. O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor” (ISAÍAS 59:19-21)
A GRANDE CONQUISTA MOSTRADA NO PACTO ETERNO: “Quanto a mim, este é o meu pacto com eles...”
         Chego agora à parte final do texto. Precisamos conhecer a história da redenção, porque todos os crentes fazem parte dessa conquista; os santos todos estão envolvidos num plano idealizado na eternidade e conquistado pelo Redentor, ao descer do céu e vir à terra por amor aos Seus eleitos. Estou persuadido que essa é a verdade que ilumina o coração do salvo; que faz o crente trilhar com segurança pelo caminho da santidade e do dever cristão; esse ensino nos enche de temor e faz o justo viver neste mundo na intrepidez de um leão. Foi essa história que homens de Deus pregaram no passado; foram essas tremendas verdades que abalaram nações, trazendo avivamentos com milhares de almas sendo salvas.
         Conhecemos o Deus do pacto na aliança que Ele faz com os salvos: “Quanto a mim, esta é a minha aliança com eles, diz o Senhor...” (Isaías 59:21). Que tremenda verdade! Hoje ouço acerca de uma mensagem falsificada, pois homens são induzidos a fazer um pacto com Deus. Quanto engano! Quem fez o pacto foi o Senhor e essa aliança partiu de Sua graça, e onde a graça opera o homem nada tem de participação; eles são receptores dessa ação divina. Deus não fez um pacto de salvar os homens, caso os homens mudem o comportamento e queiram aliar-se a Ele. Na aliança da graça a atuação é soberanamente vinda de Deus. Foi assim que Deus, o Pai relacionou-Se com o Redentor e com todos quantos seriam salvos. O tratado é feito com Jesus e Sua descendência – os eleitos. Conheçamos, pois esse pacto.
         1.      A promessa do Espírito que esteve em Cristo: “...o meu Espírito que está  sobre ti...”. Que santa realidade! O mesmo Espírito que ungiu Jesus de Nazaré; o mesmo Espírito que atuou em toda Sua jornada até à cruz é o Espírito que Deus enviaria para habitar em cada crente. Sigamos as pisadas dessas promessas. Em João 14 e 16 o Senhor enche os discípulos dessa promessa, mostrando a eles que a alegria que teriam não estaria no mundo, nem nas promessas toscas e inúteis do mundo. Eles teriam a paz do Senhor no meio do inferno de perseguição aqui, porque a presença do Espírito do Senhor habitaria neles; eles seriam corajosos, cheios de fé, de poder e estariam assim habilitados para testemunhar em Jerusalém e no mundo inteiro que Jesus, Aquele que fora crucificado, ressuscitou, foi elevado ao céu, era o Salvador e Senhor e que haverá de voltar triunfante.
         Que ditosa verdade aos crentes em todo tempo! O que nós éramos neste mundo? Fomos achados no pecado, pobres escravos, marcados como condenados à destruição, devido nossa culpa, mas o Senhor estendeu Sua compaixão, e nos pegou com essa rede de amor, a fim de que fôssemos Dele para sempre! Que aliança tremenda! Além de tudo, sabendo que nada podemos na luta contra as trevas, mesmo assim enviou Seu Espírito para habitar nos salvos; habilitou-nos com Seu poder; com Sua presença em nós, somos capazes de entender as verdades reveladas, para encher nossos corações de gozo e exultação, ao gravar essas verdades em nossos corações. Além disso o próprio Espírito Santo carrega nossos fardos; que conhecimento Ele tem de nossas fraquezas! (Romanos 8:25). Como pobres fracos seres caídos podem trilhar para o céu? Como pobres pecadores podem andar com triunfo para o céu? Não foi isso conquistado pelo Redentor em nosso favor?

sexta-feira, 12 de abril de 2019

A ETERNA CONQUISTA DA REDENÇÃO (8)



“Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor. O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor” (ISAÍAS 59:19-21)
O GRANDE CONQUISTADOR APRESENTADO: “E virá o redentor a Sião...”
        Tem lições de considerável importância no texto. Onde aparece o Redentor, é claro que os redimidos vão aparecer: “...e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor”. É de grande valor que eu explique aos meus leitores o que Deus quer falar sobre “...aos de Jacó que se converterem...”. No Velho Testamento vemos que Deus nunca muda Sua linguagem, uma vez que Ele está conversando com o povo de Israel. Mas quando comparamos o ensino do Novo Testamento com o ensino do Velho Testamento, percebemos que Deus a linguagem de Deus refere-se à descendência de Jacó, mas no aspecto espiritual. A linguagem de Deus é sempre espiritual e Jesus mostrou isso aos judeus (João 6), dizendo que o que Ele falava era mais que letra, era espírito. Por essa razão os cegos e surdos judeus não entendiam.
        Essa mesma verdade Paulo transmite a nós em Romanos 9, onde o apóstolo afirma que os descendentes de Abraão não são necessariamente os filhos da carne, mas sim os filhos da promessa. No texto acima é contada a descendência convertida de Jacó, porque os que se convertem a Cristo têm a mesma experiência que Jacó teve em sua conversão. A bíblia inteira se ocupa com pessoas de todas as nações, e vemos isso desde Gênesis até Apocalipse.  Deus se ocupa em toda Sua palavra a mostrar essa verdade. A meta de Deus em enviar o Redentor era para conquistar a redenção, a fim de justificar a muitos; Seu objetivo era salvar Seu povo (Mateus 1:21)  e mesmo que o mundo não entenda isso, o que está em voga é a glória de Deus na salvação de milhões e milhões.
        Outra verdade que deparamos no texto é que Sua povo é conhecido como aqueles que se arrependem: “...e aos que em Jacó se desviarem da transgressão...”. A obra da redenção faz completo contraste com as obra da lei. Esta nunca teve a função de tirar os pecados, pelo contrário, a lei veio avultar ainda mais a ofensa dos homens contra Deus; veio para deixar ainda mais azedo o que o pecado azedou. Em nenhum período da lei houve qualquer intervenção da lei contra o mal. O que houve foi alguns anos de avivamento aqui e ali, mas não exercício da lei, mas sim da própria graça, entrando e brilhando na escuridão da maldição da lei. Os sacerdotes nada podiam fazer para aniquilar a transgressão do povo. Mas a chegada do Redentor foi para tirar a transgressão de uma vez por todas; a meta era trazer justiça eterna com resultante paz aos corações dos perdoados e justificados. A alegria da graça seria eterna; o regozijo dos santos seria em seus corações; a festa seria na alma; as promessas seriam celestiais e não terrena; o perdão seria eterno e temporário e o santuário seria o corpo dos salvos e não uma mera construção.
        Além disso, podemos afirmar que toda essa obra, em toda sua dimensão é de Deus. Ele mesmo prometeu que faria isso; que tiraria o coração de pedra e daria um coração que Lhe temesse todos os dias. É essa a mensagem da redenção que nos foi entregue, a fim de que pudéssemos pregar aos homens; Deus ordena a todos e em todos os lugares que se arrependam (Atos 17:30). É no arrependimento que Deus despeja a fé nos corações; é nessa fé que brota no coração por obra do Espírito Santo, que vem a paz resultante de salvação que jamais pode ser desfeita. O Redentor aparece no Novo Testamento, afirmando que veio buscar Suas ovelhas, que eles jamais iriam perecer; que elas estão guardadas e protegidas nas Suas mãos e nas mãos do Pai. Assim os salvos podem cantar com alegria infinda: “Na redenção firmado estou, meu  cativeiro já findou, contente cantarei louvor ao meu glorioso Redentor.
                           



FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (10)


                              
“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
QUANDO O HOMEM SE TORNA FILHO DA OBEDIENCIA.
            Como filhos da desobediência os homens provam a veracidade da depravação e da condição de incapacidade de salvar-se a si mesmo. Como filhos da desobediência os homens são vistos nessa condição, devido sua natureza e não porque praticou determinados atos feios e desastrosos no viver. Enquanto olhamos as coisas segundo as aparências, eis que o Senhor nos mostra do ponto de vista Dele. Precisamos aprender à luz da lógica também. Jamais diríamos que um filhote de cascavel não é perigosa, só porque parece inofensivo. Não diríamos que um porco tem natureza de ovelha, só porque nunca foi para a lama.
            Por mais que um homem seja bonzinho, aparentemente religioso e de bons costumes, não significa que tem a natureza divina nele. Meus três filhos têm a mesma natureza minha, porque foram gerados por mim; parecem comigo e com a mãe deles. A mesma verdade, de modo perfeito é aplicada aos filhos de Deus, fazendo diferença com os filhos da desobediência. Deus nunca há de tratar os não nascidos de novo como Seus filhos, porque eles não têm a natureza divina. Tiago afirma essa verdade em sua carta: “Segundo a Sua vontade, ele nos gerou pela palavra da verdade...” (Tiago 1:18). Percebemos o quanto a palavra de Deus nos ensina com coerência esse fato. Segundo a opinião de muitos os homens são filhos de Deus porque eles quiseram ser filhos Dele. Mas a verdade é que entra a vontade soberana de Deus: “...segundo a Sua vontade...”.
            Notemos bem que é Deus quem gera Seus filhos e não nossa disposição para isso. É essa a doutrina do novo nascimento e isso nada tem a ver com nascimento natural. Pedro afirma em sua segunda carta que fomos resgatados da nossa vã maneira de viver na qual fomos gerados pelos nossos pais (1 Pedro 1:18, e no verso 23 que fomos regenerados pela palavra de Deus, semente viva e permanente. Assim entendemos que há real diferença entre os “filhos da desobediência” e os “filhos da obediência”. Toda luta do diabo neste mundo é fazer com que todos os homens se sintam como fossem filhos de Deus. Por essa razão a mensagem do evangelho deve ser pregada e a função da palavra é agir como semente. Eu posso pregar, lançar a verdade aos corações, mas não posso vivificar a palavra. Quando eu era pequeno costumava pegar semente de feijão ou de milho e plantava, e após alguns dias queria ver o que tinha acontecido. Às vezes não brotava, mas a inquietude infantil me levava a escavar e perceber como estava a semente.
            Paulo fala acerca dos crentes que eles, tendo ouvido a verdade e crido foram salvos (Efésios 1:13). Estou enfatizando isso, a fim de que saibamos que se não houver esse processo de milagre da vivificação na vida de alguém, certamente ele não é filho da obediência. Sua condição é a mesma desde seu nascimento. Acontece muitos com pais crentes, os quais acreditam que seus filhos, sendo filhos de crentes e levados desde cedo para a igreja, automaticamente são crentes. Mas isso não passa de engano. Eu mesmo tive a experiência de ser levado para os cultos numa igreja batista, mas não era  um crente. Participava dos cultos, mas meu coração não estava na adoração a Deus. Passei a ser um crente quando me converti de todo coração, passando a amar a palavra de Deus.
            A ordem de Deus a todos os homens permanece inalterável: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam cancelados os vossos pecados...” (Atos 3:19). Assim acontece o que o Senhor afirma: “Necessário vos é nascer de novo” (João 3:7).

quinta-feira, 11 de abril de 2019

FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA (8)


                                       
“E entre eles, também todos nós andávamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais” (Efésios 2:3)
FILHOS DA DESOBEDIÊNCIA. PROVADO NOS ATOS “espírito que atua...
        Os chamados de “filhos da desobediência” têm seus corpos à serviço da iniquidade. Nessa condição é impossível que alguém que não conheceu a salvação em Cristo venha oferecer seu corpo em adoração a Deus. Os filhos da desobediência desconhecem na vida, na mente e nas emoções o que realmente significa compaixão de Deus, por isso não irão, jamais receber exortações à santidade e consagração: “Rogo-vos, pois, irmãos pelas misericórdias de Deus que apresenteis os vossos corpos...” (Romanos 12:1). Eles poderão chegar a um alto grau de religiosidade; poderão realizar sacrifícios incríveis; poderão citar o nome de Deus e de Jesus; poderão falar versos bíblicos, etc. mas, tudo isso não passará de atos externos, de serviço executado na carne.
        Não há nos filhos da desobediência qualquer elemento da verdade eterna no coração, para que possam erguer um culto de adoração verdadeira a Deus. Eles também não possuem um coração vivificado, a fim de fazer desse coração um santuário de adoração a Deus em espírito. Os filhos da desobediência dependem de liderança externa e de circunstâncias para realizar seus cultos; eles vivem de superstições e era assim com a mulher samaritana, crendo que a cisterna de Jacó provia bênçãos espirituais (João 4). O prazer dos filhos da desobediência é incrivelmente voltado para a mentira. Alguns se atiram voluntariamente às mentiras mais terríveis, inventadas religiosamente por satanás. Outros, como os judeus encobrem o amor à mentira com bela capa de verdades. Alguns conseguem aparência de piedade, até que são descobertos no íntimo, e quando isso ocorre, eles se erguem em fúria contra Deus. Quase que os religiosos de Nazaré mataram Jesus, lançando-O de um penhasco (Lucas 4). Não o fizeram porque ainda não era a hora da morte do Senhor. Mas eles fizeram contra Barnabé, assassinando um homem, somente porque lhes pregou a verdade (Atos 7).
        Sendo filhos da desobediência, é lógico que o espírito de desobediência opera neles. Não há neles o Espírito de Deus; não há neles qualquer apreciação pela verdade. Não há nos filhos da desobediência qualquer interesse em santidade; não há neles desejos por conhecer um Deus que é santo e não há sentimentos e entendimentos para obedecer as ordens que vêm do céu. Deus lida com vivos, mas os filhos da desobediência estão destituídos da vida que há no Filho. Tirá-los do ambiente mundano para coloca-los num ambiente espiritual resultará em desgraça, será como peixe se debatendo fora d’agua. Nos filhos da desobediência nada neles de alegria, felicidade, prazer, segurança, paz, etc. Essas coisas não existem neles, por isso eles dependem inteiramente daquilo que o mundo pode lhes fornecer. Se tirar o mundo dos filhos da desobediência é como arrancar-lhes o coração. Eles entraram neste mundo e seguem os planos normais que este sistema tem, até que eles morram.
        É triste ver a situação dos mundanos. Deus não têm quaisquer planos para mudar este mundo. Toda esperança para os homens está num Deus de misericórdia. Os crentes entendem isso e sabem que foram alvos da compaixão de Deus. Os atos soberanos de Deus, suas verdades que nos foram entregues nos deixam abalados. Alguns filhos da desobediência ficam perplexos quando ouvem os ensinos santos de um Deus que opera segundo Sua vontade. Mas a reação será ou de humilhação, ou de mais orgulho ainda. A força do pecado leva os filhos da desobediência a pensar que podem andar sem Deus, que a vida aqui é deles e que céu e terra lhes pertencem. Não é terrível o engano do pecado?

A ETERNA CONQUISTA DA REDENÇÃO (7)


                    
“Assim, temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do sol; pois virá como torrente impetuosa, impelida pelo Espírito do Senhor. O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem, diz o Senhor” (ISAÍAS 59:19-21)
O GRANDE CONQUISTADOR APRESENTADO: “E virá o redentor a Sião...”
        As notícias da tão grandiosa conquista feita pelo Redentor ali na cruz têm causado um impacto de terror ao mundo; as nações jamais conquistarão suas metas de terror e de domínio; muitas nações sentiram o horror da destruição da ira de Deus e foram extirpadas da face da terra, para nunca mais serem erguidas; poderosos e não poderosos desceram às partes baixas da terra, devido ao orgulho de desafiar o reino do céu. As nações mudaram? Não! Elas continuam em sua impetuosa atividade contra os céus; elas tramam métodos científicos e tecnológicos, a fim de mostrar a Deus o quanto são fortes e como podem estabelecer na terra o reino, segundo eles, melhor do que o Reino celestial. A fúria dos homens é como o rugir dos mares. Por que eles agem assim? Ora, os homens sabem que acima deles assentou-se no trono celestial Aquele a quem o Pai exaltou acima de todo nome. O mundo inteiro e o reino do diabo sabem que na cidade santa – a Nova Jerusalém – reina soberana e triunfantemente Aquele que domina sobre tudo e sobre todos.
        Que situação de horror para o reino de satanás aqui! Sob o engano do pecado, o pai da mentira jamais abandonou nem abandonará seus projetos de ser semelhante ao altíssimo; persevera sua ambição de reinar, até mesmo no céu, por isso cerca os lugares celestiais, por isso tem acesso perante Deus, a fim de acusar os santos. Suas obras pervertidas podem ser vista no mundo inteiro; seu poderoso esquema em usar homens mortos no pecado continua e suas pisadas podem ser vista pelos caminhos religiosos, sociais, políticos, etc. neste mundo; suas obras de imitação chegarão ao ponto de erguer um Cristo admirável ao mundo e tudo agora está sendo preparado. Todavia, satanás sabe que o Redentor deu o golpe de vitória contra ele ali na cruz; toda suas esperanças são desfeitas com as conquistas do Salvador e da salvação em todas as nações.
        Satanás está vendo que nada pode; que não há como deter a obra do Pai e do Filho em vivificar mortos neste mundo (João 5). Seus inventos mentirosos só traduzem em decepção, pois não há como deter vidas; ele pode bem segurar mortos, mas não os vivos. Afinal, quem pode contra Aquele que ressuscita mortos? Também, o Redentor destruiu as expectativas da morte; a Nova Jerusalém está recebendo os vivos; eles sobem, porque não podem mais descer; as portas do inferno estão abertos para os mortos, mas não para os que foram vivificados mediante o poder do grande Senhor. O mundo também está em terrível aflição, em face da presença dos crentes que ainda andam neste mundo. Eles são “pedras no sapato” deste sistema enganador. A presença dos crentes anuncia que Cristo vive, que a morte não O reteve no sepulcro e a prova é que os santos estão presentes e Ele vive neles. Que situação angustiante para o mundo! Mesmo que eles inventem suas obras religiosas; mesmo que eles implantem seus sistemas de cultos, de justiça, de adoração e outros métodos aparentemente satisfatórios, entretanto, tudo será visto com suas manchas, corrupções e perversidades.
        Quem pode contra o Redentor? Quem pode contra uma obra que foi feita perfeita e definitiva? O mundo nem imagina o que o grande Redentor pode fazer. Ele é cheio de compaixão e quando vem em busca dos eleitos, eis que traz consiga seus apetrechos de salvação e de punição! O mundo ignorante desconhece a glória que há de vir e como a igreja brilhará triunfantemente no fulgor da glória Daquele que morreu, ressuscitou e vive para sempre!