quarta-feira, 30 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (6)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
A FORÇA DO AMOR DE CRISTO.
        Agora chegou o momento para que tomemos a força do amor de Cristo, porque no texto em Cantares o esposo declara que o amor é forte como a morte. Olhos da fé e bem despertados pelo Espírito de Deus, certamente verão que ali o Espírito de Deus nos direciona ao amor zeloso e fiel de Cristo em favor do seu povo. É claro que o amor dos homens é medíocre e falível, mesmo um amor intenso de um homem por uma mulher, porquanto a própria morte vem para desmanchar tudo isso, assim como aconteceu com Raquel e Jacó. Sendo assim devo sublinhar no texto o intenso amor de Cristo pelos crentes, amor que jamais pode ser apagado.
        É claro que, comparada à força da morte, o amor de Cristo é infinitamente mais forte. Esse fato deve trazer um grande despertamento às nossas vidas, porque do ponto de vista deste mundo tudo aqui é desespero, porque tudo está marcado para ser derrotado e esmagado pela morte. Mas agora eis que surge o forte Senhor, o valente que aparece armado a fim de proteger sua casa. Então, qual a diferença entre a força do amor de Cristo e a força da morte?
        1.     A força da morte é resultado do pecado. A morte se inspira no pecado e expõe seus “músculos” quando os homens se atiram nas práticas iníquas. A morte se aproveita da tremenda fraqueza e inoperância dos homens, a fim de dar seus golpes de terror, dor, medo angústia e sofrimento eterno. Foi essa força que levou Judas a nocaute e que apoderou de seus farrapos humanos, a fim de empurra-lo para a voracidade do inferno.
        Mas, quão diferente é a força do amor de Cristo, pois ela resulta de santidade e onipotência. A força do amor de Cristo está embasada no fato que ela é operante nela mesma, que ela jamais pode ser anulada, destruída e aniquilada. A força do amor de Cristo se inspirou em Deus mesmo, no fato que ele quis amar, porque ele simplesmente amou; essa força se ergueu ao ver a mediocridade dos objetos a serem amados; contemplou a miséria, a fraqueza, a inaptidão e o justo merecimento que tais objetos tinham da força do juízo de Deus para desprezá-los e atirá-los aos portentosos braços da morte. A força do amor de Cristo é ousada, pura, livre de qualquer egoísmo, enquanto a força da morte resulta da covardia do pecado e utiliza todos os instrumentos do pecado para sua exibição cruel.
        2.     A força da morte também opera a dor, a tristeza, a angústia, o medo, o ódio, e tormentos, enquanto a força do amor de Cristo opera glória, felicidade, perfeição e impecabilidade. A força da morte arruína tudo ao derredor, desmancha o vigor, anula as esperanças e mostra na história que restou tudo ruína e miséria. A força da morte não tem proposta um presente melhor, porque ela dita o fato que a alegria de agora pode ser transformada em caos de repente. Ela consegue soprar e apagar as chamas de uma esperança futura, definindo que virão dias sombrios e que esta realidade presente será extinta para sempre.

        Notemos a força do amor de Cristo, porque ela pega a morte e a esmaga no pó, a fim de entrar e soprar o fôlego da verdadeira vida, a qual jamais será destruída. A força do amor de Cristo chega e onde a morte semeou seus atos perversos e declarando que é impossível trazer tudo de volta. Essa força chega para operar milagres, para anular o terrível odor da corrupção e ressurgir alegria, felicidade e verdadeira esperança. Não foi assim com Lázaro? O que a morte trouxe àquele ambiente? Tudo ali era sombrio, pavoroso e desesperador, até que chegou a força do amor de Cristo, para iluminar onde tudo era treva. Qual foi o poder usado pelo amor? Apenas sua palavra: “Lázaro, sai para fora!” e a morte foi vencida, zombada e desprezada.

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (9)

                   

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE  EM SUA IDENTIFICAÇÃO “...como um exército com bandeiras”.
        A igreja também se identifica como sendo um povo que representa o Rei. Ela funciona no mundo como uma embaixatriz vinda do céu. O reino da igreja é o reino do céu, sua forma de vida é celestial e não terreno; seu modo de viver é do céu, seus pensamentos e sentimentos estão ligados aos padrões dos céus e não da terra (Colossenses 3:1,2). Também ela deve obediência e submissão ao Senhor e em nada se submete aos caprichos deste mundo. É claro que a igreja está em pleno acordo aqui com tudo aquilo que é justo, puro, honesto e vinculado à lei de Deus. A igreja facilmente se harmoniza àquilo que não estiver ligado à corrupção, e vai mais além, porque faz com que a luz celestial brilhe de forma mais intensa, não permitindo que as mentiras venham apagar a verdade, nem que a corrupção venha apodrecer o manchar aquilo que é proveitoso aos homens.
        Também posso assegurar que os recursos da igreja são de lá. Os santos de Deus não são autorizados a ajuntar tesouros da vaidade aqui na terra, e mesmo que eles adquiram essas coisas, eles estão prontos a perdê-las. A igreja sempre está subindo às alturas, à busca das bênçãos celestiais, a fim de obter o que precisa para viver aqui. O Senhor da igreja prometeu cuidar de cada um (Hebreus 13:5) e até mesmo realizar coisas que vão além de qualquer entendimento, se isso for necessário. A igreja não vive à busca de milagres espetaculares, porque ela sabe que tudo o que temos vem das mãos milagrosas do Senhor, mas às vezes milagres acontecem em formas de curas e de outros acontecimentos que os homens não conseguem explicar. Crentes obedientes têm testemunhado de grandes coisas que o Senhor tem feito em suas vidas, tudo porque pediram, esperaram e assim receberam. A fé que a igreja tem não lhe foi conferida para fazer espetáculos, mas sim para viver normalmente aqui.
        Também acrescento aqui que o padrão de vida da igreja é elevadíssimo. Enquanto o mundo se apodrece no pecado, eis que a igreja vem mostrar como os crentes são diferentes no viver. Os homens crentes devem ser cavalheiros em seu comportamento diante das mulheres, agindo com todo respeito. De suas bocas palavras imundas jamais devem sair, porque representam o céu na terra. As mulheres crentes devem fugir daquela disposição carnal de querer avançar, a fim de conquistar a chamada liberdade feminina. Elas sabem bem que a verdadeira liberdade consiste em agir da maneira correta, conforme Deus estabeleceu, a fim de que elas sejam belas, segundo a beleza do coração e que sejam seguras num mundo onde os homens são perversos. Mulheres e homens crentes são ousados em estabelecer o verdadeiro significado de família na terra, e os jovens crentes lutam para seguir o exemplo de homens e mulheres crentes.
        A igreja é assim na terra, pois o padrão de vida é realmente elevado, mostrando isso na linguagem, na forma de andar, de vestir, nas amizades, na criação de filhos, no trabalho, etc. São os crentes que conseguem vencer a ira, a inveja, a amargura, a vingança, etc. e que vão além a desenvolver gentileza, amabilidade e afetos no trato, sem deixar a coragem e franqueza. A igreja vive da verdade, por essa razão é transparente em todo seu estilo de vida, enquanto representa o céu na terra.

        Sei que o assunto é profundo, mas o que tenho dado até agora é suficiente para saber o real significado desse “...exército com bandeiras”. É claro que toda essa verdade traz sobre os crentes uma imensa responsabilidade de agir como crentes sinceros devem agir. 

terça-feira, 29 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (5)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Enquanto estou digitando esta página para tratar da poderosa força da morte, não me sai da mente a tragédia ocorrida com uma equipe de futebol do Brasil, quando voava para a Colômbia para o jogo. Parece que todos os jogadores morreram, trazendo luto, tristeza e dores para toda cidade de Chapecó em Santa Catarina, sul do Brasil. Toda força, ânimo, alegria, disposição de luta que havia em todos aqueles jogadores foi destroçada pela morte. Ela chega para desafiar toda glória, ostentação, fama e posição. Para a morte nada disso tem valor; para essa fera do pecado todo poderio humano não passa de palha, fácil de ser transformada em cinzas.
        Ela está presente aqui neste mundo, a fim de mostrar o quanto o efeito do pecado é terrível e aterrorizante. Onde o pecado está presente, eis que a presença da morte vem atrás. O pecado não traz alegria, nem prosperidade, nem fartura, nem segurança, etc. O resultado imediato de qualquer pecado, de qualquer transgressão, de qualquer ato iníquo, pequeno ou grande, seu resultado é sempre a morte. Seu resultado é imediatamente um vazio e um abismo de miséria dentro de alma; seu resultado aparece em forma de decepção, tristeza, angústia, solidão e perversidades. Dependendo do tipo de pecado, eis que a morte vem trazendo um terrível odor de ódio e desconfiança da parte de todos. Quando Davi cometeu adultério, eis que imediatamente a morte o cercou de ódio mortal, e ele não teve qualquer compaixão de um homem considerado herói de guerra. Quando Abimeleque matou seus irmãos, eis que a morte veio para prepará-lo para a morte, porque passou a odiar e ser odiado até mesmo por aqueles que pensava ser amigos (Juízes 9).
        Os homens modernos pensam que podem estruturar a vida em cima de roubo, assassinatos, adultérios, fornicação, mentiras e outras atitudes semelhantes. Mas eles não percebem que a morte os colocou no corredor mortal, que por todo lado estão sendo odiados e desprezados e que finalmente serão atirados no abismo. O salário do pecado não resulta em bênçãos, nem amor, nem espiritualidade, mas sim em ódio oculto. Mesmo para os crentes, caso não confessem logo suas maldades praticadas, eis que imediatamente começam a desprezar a Deus, usar de sofismas, ficam presunçosos e começam a articular um viver religioso segundo as invenções de seu coração corrompido. A morte é esperta, pois tem consigo sua rede, e traz consigo seus grilhões e algemas. Foi assim que ela prendeu Judas e o puxou até o cadafalso. A força da morte é descomunal, assim como a força de um tigre, ou mesmo de um leão.
        Não há poder algum que possa arrancar qualquer pessoa do domínio da poderosa morte, a não ser o poder daquele que a venceu para sempre ali na cruz. Muitos pensam que escaparam do poder da morte porque estão libertos de algum vício ou mesmo de qualquer outro mal. Qualquer pessoa neste mundo só pode estar certo que escapou da morte se foi tomado pela força da graça salvadora. Caso contrário ainda tem sua testa marcada e sua mão com o sinal de que, a qualquer momento será amarrado e lançado nas trevas exteriores. Os mundo atual brinca com o pecado; homens todos os dias tentam fazer um acordo com ela; milhares continuamente estão fortalecendo suas prisões, enquanto vivem diariamente em seus pecados. Eles acham que a morte é encantadora, bonita e agradável, por essa razão vivem sem qualquer temor.
        A única esperança para as almas que vivem sob os grilhões do pecado e da morte é o grande Salvador e Senhor, pois foi ele mesmo que veio aqui e sozinho enfrentou a pavorosa morte para vencê-la para sempre, a fim de conquistar pleno triunfo ao povo escolhido.


A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (8)

                

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE  EM SUA IDENTIFICAÇÃO “...como um exército com bandeiras”.
        Quando examinamos de perto o texto veremos que a lição vai mais longe, porque a igreja carrega consigo sua identificação: “...com bandeiras”. A bandeira de uma nação aparece sempre mostrando de onde um exército vem e que está pronto para representar seu país. Creio que é de imensa importância que saibamos que a igreja representa o céu na terra, porque somos um povo celestial: “Pois a nossa pátria está no céu...” (Filipenses 3:20). A igreja não carrega a bandeira de uma denominação, nem de qualquer país aqui na terra, mesmo que seja uma nação considerada cristã, conforme muitos pensam e afirmam, a igreja verdadeira nada tem a ver com o sistema mundano de vida aqui; a igreja não mira lutar com os homens, derramando sangue e vencendo exércitos estrangeiros. A igreja do Senhor é formada por pessoas de todas as nações e tribos conforme vemos em Apocalipse 5:9,10, por isso não há qualquer razão para que suas batalhas tenham qualquer conotação terrena.
        Mas vale a pena considerarmos esse assunto, porque muitas vezes crentes são levados a pensar e lutar conforme as normas terrenas. Observemos bem que todas as instruções dadas aos crentes para um viver aqui requerem que nossas armas e poder sejam do alto e não da terra. A igreja é chamada a não vingar, odiar, maltratar e ofender os homens. Os ensinos do reino do céu são diametralmente opostos aos ensinos da terra. Quando Pedro puxou sua espada para golpear alguém que estava entre os que prenderam a Jesus, imediatamente nosso Senhor ordenou que Pedro guardasse sua espada. Qual a razão? A igreja carrega consigo as características do céu e é completamente diferente da mentalidade terrena.
        A igreja representa seu Rei – o Senhor da glória. A igreja está subordinada àquele que viveu e morreu sendo manso e humilde de coração; a igreja pertence àquele cujo reino é espiritual e com padrões opostos aos nossos costumes. Aqui o que comanda tudo é a força e a esperteza. No reino de Deus o que comanda é a humildade e disposição de servir. No reino de Deus, o mais forte é o mais fraco; o mais forte é aquele que se humilha e obedece de coração às ordens do Senhor, conforme ele ordena em sua palavra.
        Outro detalhe, é que os recursos da igreja estão lá no céu e não aqui. A igreja continuamente sobe às alturas em oração, súplica e rogos, a fim de buscar suprimento de força, vigor, poder, misericórdia, etc. a fim de conquistar o que precisa. A igreja em Jerusalém conquistou a libertação miraculosa de Pedro apenas com oração (Atos 12). A igreja tem vencido batalhas incríveis pelo poder do evangelho; a igreja tem obtido a destruição de heresias, de mentiras, maldades e crimes, apenas no poder da oração e da pregação do evangelho. Forças do mal têm marchado contra a igreja, no anseio de destruí-la, mas tem sido no poder do Espírito de Deus que essas forças têm sido massacradas e destruídas. Nações e tribos foram conquistadas; idolatrias banidas, crimes desfeitos e lares refeitos, apenas com o poder que a igreja tem na sua comissão em orar e pregar a mensagem santa, num mundo dominado pelas forças das trevas.

        Quem pode contra esse povo celestial? Quem pode contra aqueles que nasceram do alto? Quem pode contra o povo eleito, em quem habita o Espírito de Deus? Quem pode contra aqueles que estão para sempre seguros e cercados pelo eterno amor de Deus? Que mundo insensato! Como pode ignorar um povo que realmente quer o bem da humanidade? Não fica claro que essa hostilidade vem do pecado? Não está evidente que a liderança deste mundo cruel vem do maligno?  

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (7)


                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE NA BATALHA: “...como um exército...”.
        A invencível igreja de Cristo é triunfante e suas armas são a verdade, a justiça e santidade. Quanto a arma da justiça, é bom que saibamos que a igreja nasceu na justiça e que trilha o santo e puro caminho da justiça. Ela foi elevada à condição de justa,  porque foi aceita na justiça do Senhor Jesus. Realmente o propósito principal da salvação é tornar homens culpados em inocentes, injustos em justos e aceitáveis aos olhos de Deus. A igreja é composta de milhões e milhões de homens e mulheres que foram vestidos (simbolicamente) com as vestes brancas da pureza de Cristo, conforme vemos em Romanos 5:1: “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus...”.
        Mas a justiça de Cristo é algo mais do que uma posição. Ela é também uma forma de vida. Notemos bem que é a justiça de Cristo no salvo que o torna livre da condenação e que faz Deus declarar que o culpado está inocentado. Se alguém se converter na hora da sua morte, como o ladrão na cruz, ele estará tão livre da culpa e apto para herdar o paraíso celestial, da mesma forma que qualquer crente antigo. Mas a igreja aqui ela demonstra essa justiça na forma de viver: “E uma vez libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Romanos 6:18). Por essa razão os crentes passam a odiar a iniquidade, e realmente toda e qualquer iniquidade é injustiça. Se alguém declara que é salvo, mas vive na prática de qualquer iniquidade, é evidente que tal pessoa jamais conheceu a salvação que torna uma pessoa justa.
        Então, o que acontece é que a jornada do crente é pelo caminho da justiça. O propósito da salvação que há em Cristo é que cada crente palmilhe pelas veredas que somente os crentes trilham. Ló, o sobrinho de Abraão, podia não ser um gigante espiritual, mas era justo e provou isso quando estava em Sodoma, vendo as perversidades daqueles homens e mulheres (2 Pedro 2:7,8). A justiça de Cristo é o modo de vida da igreja, por essa razão ela é odiada. O mundo aprecia e reverencia a justiça dos homens, mas tem um ódio mortal daqueles, cujas vestes espirituais revelam a pureza do seu Senhor. Mas é com essa justiça que a igreja brilha nos lares, nas vidas de filhos, esposas, maridos, empregados, patrões, etc. O mundo é um verdadeiro campo onde os justos podem brilhar e ensinar aos mundanos o verdadeiro sentido de vida, onde ninguém deve nada a ninguém, a não ser o amor. A ausência de justiça prática é a causa de Deus derramar sua ira contra a perversidade dos homens neste mundo.
        Também, a igreja dispõe da santidade como sua arma usada neste mundo. Enquanto a justiça revela o trato da igreja no viver social, a santidade de vida mostra que a igreja é piedosa e relaciona-se com Deus. É a santidade que revela que a igreja é do céu, que ela está aqui no mundo para agradar a Deus e não aos homens, que ela está separada de toda contaminação deste mundo. É a santidade que faz a igreja iluminar bênçãos dos céus e encher o mundo da fragrância da Nova Jerusalém. É a santidade que faz com que muitos mundanos passem a temer a Deus; que faz com que o mundo funcione da maneira correta e que traz bênçãos incontáveis dos céus à terra.
        Essas são as poderosas armas utilizadas pela igreja na face da terra: A verdade, a justiça e a santidade. E assim ela marcha vencedora, mesmo que o mundo atual está carregado de elementos aproveitadores, os quais afirmam que são apóstolos, enviados de Deus aos homens, quando realmente são ladrões e salteadores. Os falsos crentes tropeçam, caem e manifestam que jamais foram crentes, diante desse avanço implacável da mentira em nossos dias. A igreja apóstata há de revelar sua face de hipócrita, mas os verdadeiros santos avançam firmes e fieis até ao fim.

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (4)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Creio que não chegamos a avaliar o poder da morte, porque o engano do pecado nos leva a confiar e esperar nesta vida presente. Mas não foi assim com os homens crentes do Antigo e do Novo Testamento. Eles encaravam a vida aqui à luz da ressurreição, por essa razão não tinham medo e aguardavam com santa expectação os valores absolutos achados apenas na ressurreição. Eles não brincavam com a morte, mas sabiam que ela era um tipo de trampolim que os fariam saltar desta vida tão ínfima, para um viver de absoluto e eterno poder.
        Notemos em 2 Coríntios 1 como Paulo encarou os sofrimentos que aqui enfrentava devido os rigores da perseguição. Ele mostra aos crentes de Corinto que ele e colegas de trabalho carregavam neles mesmos a sentença da morte (1:9), mas tinha absoluta confiança que Deus havia de livrá-los de tão grande morte (verso 10). Ouvi acerca dos rigores da perseguição imposta pelos comunistas contra os santos de Deus na Rússia. Muitos sofreram tanto que eles mesmos diziam que por fora tudo tremia, mas que seus pés estavam firmados na inabalável Rocha dos séculos. Essas verdades contadas nas Escrituras e vividas pelos santos de Deus podem nos revelar o quão poderosa, forte e cruel é a morte e que todo prazer dela está voltado em direção ao homem, a fim de destruí-lo e extirpá-lo da face da terra.
        O que a morte faz neste mundo é revelar em todo lugar o quanto ela é, de fato poderosa. Ela desmancha o orgulho e vaidade dos homens, pois estes sempre estão confiantes em sua força e em sua beleza externa. Embutido no coração iludido dos homens está o pensamento de que nada pode contra aquilo que é na aparência. Eles acham que a morte está distante, que ela só chegará quando estiverem acima de seus setenta e oitenta anos. Mas o Salmo 49 veio destruir essa impressão de bem-estar neste mundo, porque a morte não olha idade. Pelo contrário, ali o Salmista declara que ela funciona como se fosse um pastor. Isso significa que ela apascenta os corações com ludíbrios; que ela simplesmente quer aproveitar da ocasião para pegar os fortes, gordos, inchados de arrogância e de prazeres, a fim de destruir seus corpos com um inesperado ceifar de suas vidas aqui: “...eles descem diretamente para a cova, onde a sua formosura se consome; a sepultura é o lugar em que habitam” (verso 14).
        É fato que ninguém ousa fazer uma pesquisa no cemitério, mas basta um pouco de sabedoria para mostrar que ali estão moças, rapazes, adolescentes, crianças, bem como os velhos. Quantos que queriam viver, gastar dinheiro para preservar sua beleza e força, mas que foram surpreendidos com a poderosa morte! Não foi assim com o rei Jeorão, o qual sofreu a terrível visitação da ira de Deus, e ainda novo partiu para a eternidade depois de uma enfermidade mortal (2 Crônicas 21)? A morte chega e desafia riquezas, conforto, beleza, força física, etc. Quem pode contra a poderosa morte? Ela não recua diante daquilo que tanto impressiona os homens; ela não se intimidade nem é comprada por absolutamente nada. A única força que pode deter a morte, a fim de que ela venha para destruir homens e mulheres neste mundo, é a força da compaixão de Deus, atendendo as orações e súplicas dos crentes.

        Quando vemos inchados de orgulho pelo poder, fama, riquezas que têm, não tarda para que, de repente eles sejam pegos de surpresas em lugares escorregadios. É na vaidade do pecado que os próprios homens atiçam a chegada da morte. Eles fazem isso com bebidas, cigarros, drogas, imoralidades, entregando seus corpos a vis paixões. Que campo de oportunidades a morte tem! Ela olha os homens como leões observam os gnus, e cada dia milhares são surpreendidos nas ciladas mortais armadas em todas as direções do caminho largo. 

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (3)

                         
Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Todo meu esforço agora está concentrado em mostrar o quanto a morte é poderosa e que não há nada, fora do amor de Cristo, que possa superar o poder atuante e avassalador da morte. As chamas continuamente acesas do inferno anunciam que ela é invencível em tomar poderosos, vaidosos, arrogantes, ricos e cultos, a fim de lançá-los no crepitante fogo da destruição eterna. O único fogo capaz de destruir o poder da morte será o fogo do lago de fogo, lugar para onde ela será atirada, juntamente com toda podridão resultante do pecado.
        Mas quero dar maior ênfase a esse assunto, porque os homens precisam saber o quanto vivem iludidos de que são poderosos neste mundo, sem, contudo perceber que a morte é quem apascenta suas vidas aqui, conforme a lição vista no Salmo 49. A morte tomou posse de tudo aquilo que para os homens é instrumento para suas atividades aqui. A morte faz parte da casa e de todos os móveis ali; a morte entra no carro, assenta-se ao lado e toma o controle do veículo, sem que seus ocupantes saibam disso; a morte se harmoniza bem com a beleza e toma posse daquilo que alguém gastou para tornar-se ainda mais atraente; a morte toma posse da força física, da inteligência, das emoções; a morte está em cada esquina, nos hospitais, nos bares, nas refeições; a morte está presentes nos momentos de alegria, de descanso, bem como nos momentos de tristeza e de dores; a morte se utiliza de amigos, desconhecidos, parentes e até de bem-amados, com a finalidade de agarrar para si aqueles que ela tanto quer levá-los para seu lugar de pavor. Ela está presente e é apta para desmanchar toda arrogância, vanglória, vaidade, força, beleza e autoconfiança. Ela sabe bem como desmanchar prazeres, como destruir as esperanças, como anular o riso e a felicidade que este mundo oferece.
        Eu sei o quanto os homens tão levados pelo sentimento de bem-estar odeiam que falem para eles acerca dos terrores da morte. Eles vivem fazendo diariamente acordo com a morte e com o inferno, porque acreditam que podem viver um pouco mais. Eles vivem se agarrando a todo sistema religioso, crendice, superstições, na tentativa de apagar da frente os horrores que virão, caso continuem vivendo em seus pecados. Eles buscam orações, reza, e qualquer “bênção”, porque acreditam que podem escapar da poderosa morte, mas desconhecem o fato que somente tão somente a misericórdia de Deus pode dá-lhes mais um dia de vida aqui.
        Na semana passa fui visitar uma jovem senhora que tinha sofrido um acidente de moto. Ela estava hospitalizada e iria ficar muito tempo no hospital, pois precisava de uma cirurgia, a fim de poder voltar a andar novamente. Quando lhe falei da oportunidade dada por Deus para que ela se arrependesse de seus pecados e se convertesse a Cristo, ela não falou nem sim, nem não. Deixei com ela um novo testamento e pedi que ela aproveitasse e lesse o evangelho de João. Mas não demorou muito para ouvir o quanto ela estava zangada comigo, só porque havia dito para ela esses fatos tão claros mostrados pela bíblia. Ela queria que eu fosse lá apenas para orar por ela e pedir que ela se recuperasse logo para voltar para sua casa e sua vida normal. É claro que orei pedindo a misericórdia de Deus em curar-lhe. Mas é também certo que lhe falei do destino terrível que aguarda as almas impenitentes.
        Naquele hospital deixe um exemplo claro do que a morte faz com as almas. Ali estava uma mulher iludida, endurecida e querendo voltar logo para sentir os prazeres do pecado. Ali estava uma alma tão cega, a ponto de desafiar a poderosa morte; achava que escapou da morte porque merecia viver mais aqui. Ela não sabia que Deus estava ouvindo as orações da igreja em favor dela e que por isso uma vez mais escapou. 

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (6)

                          

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE NA BATALHA: “...como um exército...”.
        A igreja marcha também de forma subordinada ao Senhor, porque ela está sujeita a Cristo em todos os aspectos. A igreja não funciona espiritual e biblicamente como uma organização democrática, mas sim teocrática. A igreja tem um só Senhor e está sempre subordinada a ele, aprendendo com ele e vivendo para ele. Na democracia cada um faz o que  bem quiser, mas na teocracia bíblica fazemos o que nosso Senhor ordena. Vivemos em amor, porque ele nos ordenou que amássemos uns aos outros; vivemos em santidade, porque ele é Santo e nos chamou, salvou e preparou para que andássemos no santo desejo de agradá-lo.
        Essa submissão é vista no viver de cada crente, no emprego, nos lares com o viver do marido cuidando da esposa e dos filhos exatamente como o Senhor quer; a esposa submetida respeitosamente ao seu marido e os filhos honrando seus pais. A igreja mostra essa submissão e ordem na sociedade, na forma como os crentes respeitam seus patrões, autoridades e vivem em justiça nos relacionamentos. Quando essas atitudes não aparecem naqueles que se denominam crentes, é porque não é o cristianismo verdadeiro.
        A igreja também marcha de forma vencedora. Muitos pensam que o cristianismo é visto num amor apagado e febril, conforme a mentalidade que o mundo tem de amor. Mas a igreja ama com o amor de Deus e esse amor é avança em luta contra o mal, conforme a ordem de Paulo em Romanos 12:9: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem”. Para o sistema evangélico tão antibíblico de hoje, amar significa amar e apegar ao mal e ao bem ao mesmo tempo. Mas vemos que a soma disso é hipocrisia. Quando os apóstolos foram instados pelos líderes religiosos a não pregar o que pregavam, eis que aqueles homens imediatamente responderam, dizendo-lhe que não era justo obedecer a eles em lugar de obedecer a Deus. Por causa dessa decidida confissão de fé eis que a igreja tem sofrido terríveis perseguições no transcorrer da história.
        Mas devemos aprender que a igreja vence de forma diferente, porque suas armas são as armas da verdade. A igreja foi arrancada da mentira, a fim de ser guiada na verdade, conforme faz o Espírito de Deus (João 16:13). A igreja sabe bem que a mentira em nada pode ser tolerada; sabe que satanás tenta fazer todo tipo de imitação, imitando fé, louvor, doutrina, amor, santidade, etc. Mas a igreja é capaz de discernir bem as coisas e saber distinguir entre o falso e o verdadeiro. A igreja ama a verdade, e todos os fieis lutam incansavelmente pela causa da verdade. E quanto mais a verdade chega em  profundidade, mais apreciada ela será por aqueles que nasceram da verdade. As mentiras religiosas, tão enfeitadas e adornadas de algumas verdades bíblicas, podem encher de satisfação os falsos crentes, os que seguem aos homens. Mas os crentes logo as rejeitam porque sabem que discerni entre o mel verdadeiro e o mel falsificado.

        Ultimamente satanás tem feito tudo para impedir que a mensagem cristalina e santa do evangelho chegue aos corações. Mas é na escuridão que a luz brilha mais. Por essa razão não podemos parar de expor a verdade como ela realmente é, mesmo que os homens não aceitem. Tenho visto que muitos fogem quando a verdade brilha perante seus olhos. Por que isso? A razão óbvia é que tais pessoas não são da verdade. A luz do santuário não vinha de fora, mas sim da presença do Senhor. A luz da verdade do evangelho é suficiente para atingir corações e mostrar as maldades que habitam nos corações de homens e mulheres, a fim de que acordem e se arrependam. 

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (5)

        

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE NA BATALHA: “...como um exército...”.
        A igreja é triunfante porque marcha de forma organizada não só com a mente firmada na verdade, como também no coração. A igreja foi atraída pela graça que assaltou seu coração. Ninguém foi salvo sem que tivesse sido visitado pela luz da verdade do evangelho no íntimo, pois Deus requer que sua verdade chegue no coração, a fim de desalojar o pecado dali e Cristo passe a reina. O coração é o homem inteiro para Deus; é o sangue do cordeiro na orelha direita, no polegar da mão e do pé, conforme a linguagem do Senhor em relação às suas ovelhas: “...ouvem a minha voz, eu as conheço e elas me seguem” (João 10:27).
        Sendo assim, a igreja não é composta de crentes pela metade, mas sim de homens e mulheres inteiramente dedicados ao Senhor. Assim ela pode realmente adorar a Deus em espírito e em verdade (coração e mente). A igreja tem reverenciado ao Senhor, tem composto milhares e milhares de músicas ao seu redentor; tem mostrando através de melodias e poesias sua fé e dependência de Deus na jornada, bem como tem expressado sua esperança em vê-lo na glória.
        Também, a igreja marcha organizada na vontade e determinação. Ela não está mais sujeita às mentiras, ilusões e superstições que envolvem tanto este mundo maligno. A igreja é cercada pela sabedoria bíblica e pela capacidade de discernir as coisas (Filipenses 1:9). É verdade que satanás tenta enlaçar e seduzir muitos santos e parece que suas tentativas às vezes dão certo. Mas é engano, pois os verdadeiros crentes logo são atraídos pelo amor do Senhor que lhes acompanha e lhes ensina. Conheci santos de Deus, homens e mulheres simples, os quais jamais conheceram as doutrinas em sua profundidade. Nestes dias tão maus e carregados de apostasias, eis que a igreja tem sido pressionada a mudar sua opinião e adaptar-se aos padrões religiosos e “evangélicos” modernos. Mas, mesmo sob tal pressão, a igreja não muda sua postura ante a verdade. Os falsos crentes e falsos pastores se afastam, mas os fieis permanecem firmes e resolutos para a batalha.
        Também, a igreja marcha de forma subordinada. A igreja moderna está literalmente subordinada a satanás, por essa razão aceita suas ideias, suas práticas mundanas e seus ensinos que parecem cheios de graça. Mas a igreja de Cristo está como sempre subordinada a Cristo. Seu Senhor está sempre presente com ela; sua carta que é a Bíblia é a fonte de inspiração de fé; as orações são atividades constantes, as quais mantêm os crentes humildes e dependentes; as provações são instrumentos usados para trazer disciplina, santidade, altruísmo e amor sincero uns pelos outros. A igreja jamais há de negar seu Senhor e tem provado isso conforme a história e a bíblia nos mostram.

        É assim que a igreja prossegue seguindo firme neste deserto abrasador, vendo as manobras e táticas de satanás. Certamente o pai da mentira sempre agirá sob o engano de que pode destruir a igreja usando vários métodos e tentativas. Mas o mundo está passando e está sendo destruído tudo o que não é do Senhor. Heresias e todo tipo de mentiras estão sendo empurrados para o abismo. Mas a igreja continua firme e indestrutível na jornada. Por quê? O Senhor responde: “Eu edificarei a minha igreja...” (Mateus 16:18). Quem pode contra o Senhor? Quem pode destruir o que ele está edificando? Aliás, todos os inimigos nem percebem que está sendo usados para o próprio bem da igreja (Romanos 8:28). Não é uma história maravilhosa? Não devemos nós nos render em humildade, louvor e adoração ao Senhor?

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (2)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS
        Visto que a morte é a mais poderosa força que resultou da entrada do pecado, não temos alternativa, senão esta de examinar sua força, comparando-a com a força do amor. Em que triste condição vive os homens no pecado tendo a morte como o único poder que lhes domina e lhes prepara para o grande banquete do inferno! Mas a notícia chega agora às almas, que o amor do noivo amado chegou para superar infinitamente o poder tirano e cruel daquela que a tantos tem atirado no abismo para o sofrimento eterno. A notícia chega do céu, declarando aos perdidos que, se o fogo do poder inflama no inferno, eis que o amor de Cristo inflama em seu coração cheio de amor, capaz de livrar os pecadores dos terrores eternos.
        Vemos que a morte é poderosa em seu terrível resultado do pecado: “O salário do pecado é a morte...”  (Romanos 6:23). Os homens pensam diferentes, pois imaginam em seus corações que a recompensa do pecado é gozo, alegria, prazeres, divertimentos e perpétua felicidade. Davi pensava assim no íntimo quando planejava meios para tomar Bate-Seba e possuí-la. Mas assim que o pecado foi consumado, o que foi que gerou? A morte (Tiago 1:15). Não demorou em que o engano lhe amordaçasse, que o medo lhe cercasse, que a vaidade lhe enganasse ao pensar que ainda estava em condições espirituais para reinar, julgar e fazer o bem. Foi assim também com seu filho Amnon, pois assim que cometeu seu hediondo ato contra uma jovem indefesa, eis que imediatamente chegou a morte como um serpente constritora, a fim de lhe cercar e preparar para seu golpe final.
        Que os homens saibam que o salário do pecado sempre será a morte, mesmo que eles pensem que tudo vai bem. A morte é o horror que paira sobre todos e expõe homens e mulheres aos terrores da ira de Deus. A morte eterna não é apreciável a Deus, pois ele não é Deus de mortos, mas sim de vivos. Por isso, homens e mulheres no pecado não passam de pobres e miseráveis em condição de penúria e a única chance para eles escaparem está na visitação compassiva de Deus.
        Por que isso? Porque a morte vem para esmigalhar todos os poderes que ousam enfrentá-la neste mundo. Olhemos para Herodes cheio de orgulho e fantasiado pelos louvores mundanos (Atos 12), mas eis que não demorou em que a morte mostrasse o quanto ela era forte suficiente para derrubá-lo do seu trono e o tornasse o prato favorito dos vermes. Veja Judas, pois quando ele meditava que estava fortalecido, tendo as trinta moedas de prata em mãos, eis que de repente a morte vem saudar-lhe com o golpe do terror, arrancando-lhe toda inútil confiança e levando-o a tomar firme decisão de tirar a própria vida. A morte é o maior terror que habita neste mundo e a todo instante ela está mostrando suas garras com todos, não importa a idade.
        Sua presença devia ser motivo de sábias decisões dos homens; devia ser causa de fuga do mal; devia ser a razão para que muitos corressem para Deus; para que pais ensinassem seus filhos acerca do temor ao Senhor, porque o sistema mundano não tem alicerces; não traz segurança e sua estrada está cheia de armadilhas à frente e à direita e á esquerda há ladrões e salteadores. A morte neste mundo é resultado do pecado e não da criação de Deus; a morte neste mundo é resultado da desobediência e não da submissão do homem ao criador. A morte é a amostra clara que tudo vai mal, que a ira de Deus paira sobre os culpados e que o juízo lhes espera. A morte é o sinal de que este mundo não vai melhorar, que a força dela está presente para estampar em tudo o adeus, o sofrimento, a angústia, a tristeza e todo tipo de sofrer. A morte está presente para mostrar o quanto os homens estão iludidos e como não passam de pobres, fracos, enfermos e marcados na testa para o juízo que há de vir.

        

terça-feira, 22 de novembro de 2016

A FORÇA DO AMOR OU A FORÇA DA MORTE (1)


Cantares 8:6  “...porque o amor é forte como a morte...”.
COMPARANDO AS DUAS FORÇAS.
        Acredito que é de inestimável valor para toda igreja, bem como para todos pregar num texto desse, porque o amor é um assunto tão destacado nas Escrituras. Também, importa que saibamos que o mundo coloca o amor como o fundamento da vida religiosa e dos relacionamentos, mas nada tem a ver com esse amor visto nessa declaração em Cantares. O amor do mundo nada tem de força, tampouco pode ser comparado com a força da morte. Podemos afirmar sim, que o amor do mundo é fraco, assim como os homens são fracos e enfermados pelo pecado.
        É claro que o texto mostra o amor do marido para com sua esposa e revela também que seu amor por ela era sublime e glorioso. Mas, a igreja precisa saber que esse verso realmente destaca o amor de Cristo pelo seu povo e é o único texto onde a força desse amor é revelada, comparando com a força da morte. O que o Espírito de Deus quer fazer no texto, não é enfatizar o amor de um marido, mas sim o amor de Cristo para com aqueles que ele mesmo conquistou ali na cruz. Em toda bíblia vemos como essa mensagem é enfatizada; vemos como Deus quer transmitir seus cuidados ternos em favor dos crentes; vemos como ele quer passar segurança a todos; vemos acima de tudo o quanto ele quer mostrar ser zeloso e que importa que cada crente cuide em viver em santidade, separado para ele.
        Para enfatizar essa verdade, creio que é de grande importância que vejamos a força do amor comparada com a força da morte. Por incrível que pareça vemos que o Autor sagrado fala da morte como sendo ela poderosamente forte; vemos que ela está acima do poder do diabo, do mundo e do inferno, porque este precisa dela. Então, estamos diante de uma tão grande lição e creio que pode erguer a vida dos santos, além de atrair pecadores ao arrependimento. Estamos vendo o quanto a morte é forte, mas tem uma força que desafia a poderosa morte – a força do amor do Senhor em favor do seu povo. Assim, não demorarei na introdução, pois quero entrar nessas lições. Minha esperança é que meu Senhor seja glorificado e que seu povo fique ainda mais perto dele e que experimente dia a dia a força desse seu imensurável amor.
        Meu trabalho agora consiste em mostrar biblicamente o quanto a morte é forte. Quando pensamos nela não conseguimos avaliar seu poder. Mas basta que olhemos para a história deste mundo, assim seremos capazes de entender o quanto ela, de forma poderosa destruiu tudo o que os poderosos e grandes impérios tentaram erguer. Olhemos para trás e perguntemos: Onde estão os grandes? Onde estão aqueles que ousaram desafiar tudo e todos? Onde estão aqueles que confiaram em sua força, seu poder financeiro, em sua saúde, etc.? Não é verdade que a morte os engoliu? Não é verdade que foram massacrados e empurrados para o abismo? Olhemos a grande Babilônia com suas conquistas e carregada de riquezas adquiridas nas guerras. O que resultou de todo esforço, de todo labor para edificar o que eles pensavam ser indestrutível? Ah! Ela para sempre se curvou ante o poderio da morte.

        Voltemos nossa atenção para as nações e cidades, porque elas se gabam de suas conquistas e avanço tecnológico; muitas se exaltam com suas riquezas, enquanto outras estão murchas devido a pobreza. Será que não conseguimos ver que a  realidade delas está no cemitério e não em seus prédios, faculdades, empresas, estradas, esportes e outras coisas semelhantes? É nos cemitérios que vemos que o poder é da morte e não dos homens; que a vitória é da morte e que toda glória e façanhas dos homens são atiradas nesse lugar. Quanto mais o mundo fica cheio de poder financeiro; quanto mais os homens se avultam em sonhos e vaidades terrenos, eis que Deus chega e diz o que falou para Israel nos dias de Uzias: “Por isso, a cova aumentou o seu apetite, abriu a sua boca desmesuradamente; para lá desce a glória de Jerusalém, e o seu tumulto, e o seu ruído, e quem nesse meio folgava” (Isaías 5:14).

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (4)

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUFANTE NA BATALHA: “...como um exército...”.
        Outra verdade com respeito à igreja é que ela é ativa como exército de Deus. É claro que não está tratando de uma batalha envolvida em atividades sociais, culturais e religiosas. Ela não foi chamada para fazer o que o mundo gosta e está disposto a fazer. A igreja é um exército do céu na terra e conforme Efésios 6:12) sua guerra é espiritual: “...porque não temos que lutar contra a carne nem contra o sangue...”. Mas a verdade mais incrível de tudo isso é que a guerra espiritual da igreja, (quando feita conforme os padrões bíblicos) então resulta em bênçãos materiais. A igreja é o único exército que traz justiça, pureza, família, respeito, segurança, liberdade e tudo mais que um povo tanto precisa.
        Por essa razão devemos nós saber em que tipo de guerra a igreja está envolvida. A primeira lição é que sendo formidável como um exército com bandeiras, eis que a igreja é organizada. Tiramos lições preciosas quando olhamos a forma como Deus conduziu seu povo pelo deserto, a fim de conquistar a terra prometida. O capítulo 10 de Números nos eleva para vermos, como que das alturas, como Deus organizou tudo, como cada tribo ocupava seu lugar e como a liderança do Senhor da glória ia à frente. A igreja difere de Israel, porque é um povo celestial (Efésios 1:3) e parte para desocupar o lugar que agora está sendo ocupado pelas hostes espirituais da maldade (Efésios 6:12).
        Então, a igreja marcha sim de forma organizada. Vemos que o povo de Deus é organizado na mente, porque todos os salvos creem igualmente no mesmo evangelho, na mesma obra salvadora. O evangelho distorcido destes dias tem desarmado o povo da capacidade de pensar. Os cultos modernos visam tirar a capacidade de pensar, raciocinar, meditar e avaliar tudo à luz da verdade. Tudo hoje é feito nos famosos cultos, a fim de que o povo sinta e não pense; tudo é feito para que todos aceitem o que está sendo feito ali sem qualquer questionamento. Mas tudo isso é regido pelo poder do pai da mentira, porque ele não quer que ninguém saiba da verdade. Conheci um senhor que ficou três num lugar assim, longe de tudo e de todos, porque disseram que ele iria ter um “encontro com Deus”. Ele me falou que naqueles dias ele se comportou como um alguém automatizado, sem poder falar com qualquer pessoa. Assim o resultado que aquela experiência amargou a vida daquele homem que hoje não passa de um viciado.
        Cristo não salva pessoas nas trevas, ele tira das trevas para sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13). Quando vemos alguém todo eufórico com suas experiências sem qualquer fundamento bíblico, estejamos certos que está ali alguém que vai sentir seu tombo mais adiante. Paulo afirma em Efésios 1:13 que nós fomos salvos depois que ouvimos a palavra da verdade. Mas hoje qualquer mentirinha “evangélica” parece encher corações de alegria momentânea. Notemos que na conversão de Saulo não houve qualquer engano, pois o Senhor fez com que aquele moço soubesse de sua terrível culpa: “...por que me persegues?” (Atos 9:4). A graça misericordiosa do Senhor manteve Saulo por três sentindo o gosto amargo da sua miséria, a fim de entender a verdade do Salvador bendito.

        Que fujamos desse espírito enganador dos últimos dias; que cuidemos com as manobras diabólicas e sedutoras manifestadas nesse cenário intitulado de evangélico, a fim de corremos à busca sempre da verdade. A igreja marcha com conhecimento; marcha com discernimento, porque a mensagem da cruz não é obscura, mas sim plenamente inteligível. Assim a igreja tem a fé bem fundamentada, a fim de poder avançar contra esse império do mal que um dia será desfeito por Cristo de uma vez por todas.

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (3)

                      

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUNFANTE POR SUA AUTORIDADE: “formidável ou imponente”.
        A igreja também está coberta da glória de Cristo. Ela é a escrava resgatada; ela foi tirada da imundície, da miséria e da condenação. Conforme vemos em Ezequiel 16 na descrição daquela mulher, a igreja estava na mesma situação, pois o pecado a desfigurou e anular toda glória da criação. Mas agora tudo é diferente, porque a igreja pela graça reflete a glória do Senhor Jesus. Mediante a salvação não há mais culpa, nem condenação, nem vergonha, nem qualquer motivo para o motejo e difamação do diabo e do mundo. Tudo aquilo que Cristo conquistou na cruz e na ressurreição cobre agora a igreja, tornando-a maravilhosa e encantadora para  sempre. Diante desses fatos incontestáveis, eis que o mundo teme a presença da igreja, porque não há possibilidade de destruí-la, amaldiçoa-la e corrompê-la. Uma igreja local pode se manchar por causa da presença de elementos estranhos em seu meio, mas a igreja vitoriosa já foi completamente purificada e santificada para ser daquele que a comprou e a chamou para si mesmo.
        A igreja também é invencível por causa da fé. O Deus da igreja é invisível; suas armas não são as mesmas utilizadas aqui neste mundo. A igreja mira algo que o mundo não pode contemplar, porque vive da aparência. O povo salvo compõe os heróis da fé, aqueles que agem completamente diferentes. O heroísmo do mundo não passa de mitos e de sonhos. Mas não é assim com a igreja, porque sua história é real, suas conquistas provam que ela luta por justiça, santidade, retidão e piedade. Ela não tem como base as emoções, porque é um modo de viver flutuando na carne. Ela tem como base a palavra e se estabelece, firmando sua fé e seu amor num mundo onde nada tem da verdade. Por essa razão a igreja é invencível aqui. Ela crê naquilo que o mundo não pode crer; ela caminha por uma estrada pela qual o mundo louco não consegue trilhar; ela avança certa e convicta para seu lugar de glória permanente. Ora, esse estilo de vida é completamente estranho para os mundanos, porque eles não têm visão dessas coisas que somente os que creem podem contemplar.
        Sendo assim, eis que a igreja realmente causa admiração: “Quem é esta?”, a mesma admiração que os homens tiveram de Cristo: “Quem é este?”. Os santos que compõem a igreja são homens de outra pátria – a celestial (Filipenses 3:20). Isso significa que cada pessoa não crente olha com desdém e ódio para a igreja; o mundo se ajunta para estraçalhar a igreja; os mundanos rangem os dentes como cães, furiosos e prontos para agarrar e matar o povo de Deus e só não fazem isso porque Deus não permite. Mas o fato é que como Saulo de Tarso cada um deles respira ameaças e mortes contra os santos de Deus.
        Também, a igreja é misteriosa e inexplicável para o mundo. Eles podem explicar as religiões existentes, mas no que tange à igreja, é uma matéria que não entrará nos currículos das escolas e faculdades. O único livro que conta a história da igreja é a bíblia e mesmo assim tal história só pode chegar ao nosso entendimento mediante os ensinos dados pelo Espírito de Deus. Caso contrário a palavra de Deus será um livro obscuro e impossível de ser entendido até pelos mais inteligentes e religiosos. Então, a igreja é conquistadora, ela avança para a glória e não quem possa impedir sua jornada; não há quem possa destruir a igreja, porque sua conquista foi efetuada de uma vez por todas ali na cruz e na ressurreição. Aqueles que são salvos são os que mostram aqui no ver que de fato pertencem a igreja de Deus.

        Diante de tudo isso não devem os crentes andar em santo temor e humildade?

NECESSIDADE DE ACORDO (14 de 14)


“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO
        Sei que preciso dar um passo a mais na explicação desse assunto tão prático e tão necessário. Sei que muitos estão iludidos como uma salvação que nada custa ao viver. Conforme vemos no Salmo 32, o homem que põe sua confiança nesse Deus que salva, realmente passa a andar com ele em santa dependência e humildade. Não há lugar na bíblia para uma salvação que isola o crente do viver e andar com Deus; seus santos são suas ovelhas; seu povo lhe segue e aprendem dele e com ele.
        Mas preciso mostrar que há recompensas eternas e aqui, por andar em comum acordo com esse Salvador e Senhor. Essa falsa segurança dada por muitos para muitas almas iludidas, realmente resulta em decepção, engano e afastamento. Homens e mulheres que conheceram o Senhor e salvador conheceram sim a alegria e felicidade aqui e sabiam que a recompensa no céu seria infinitamente melhor. A bíblia fala da atitude de Moisés, porque recusou o nome, a fama e as glórias egípcias, a fim de sofrer com o povo de Deus, porque mirava o galardão celestial (Hebreus 11:26). Esses homens e mulheres que andaram aqui com Deus foram infelizes? Claro que não! Para eles o que era eterno era prioridade, então o mundo com seus favores eram considerados periféricos.
        Coloco aqui em primeiro lugar o fato de que há a alegria da salvação, do fato que Cristo reconcilia homens com Deus; que agora não há mais inimizade e que estão fora da ira de Deus. Há também a alegria de ter um amigo incomparável ao seu lado. Nosso Senhor prometeu nunca abandonar seus queridos (Hebreus 13:5) e assim ele é nosso companheiro fiel, glorioso, gentil e amoroso. Normalmente os verdadeiros crentes experimentam essa presença quando estão passando momentos difíceis no viver, pois nesses momentos quando o mundo nada pode fazer, eis que o Senhor está perto ensinando os crentes através das provações.
        Também há a bênção de ser útil neste mundo. Somente os fieis servos de Deus podem realmente beneficiar seus parentes, amigos, filhos, cônjuges, etc. Fora dessa comunhão tão preciosa tudo se torna humanismo e resulta em fracasso. Olhemos a vida de Mardoqueu (livro de Ester), para sabermos desse ensino na vida daquele grande homem. Foi com uma atitude humilde, mas de destemida confiança que ele foi usado para servir ao seu povo e livrar os judeus de um verdadeiro massacre promovido pelo perverso Hamã.
        Há também a bênção da certeza de que é triunfante na jornada. Quem anda neste mundo sem Deus, sem dúvida fracassará em tudo. As paixões mundanas estão acima de todo poder, da cultura e das filosofias religiosas dos homens. Ninguém consegue vencer o mal sem andar com o Senhor aqui. Mas os crentes humildes percebem o quanto podem avançar triunfantemente nesta vida; o quanto são capazes de derrotar satanás, o mundo a carne e mostrar a todos o quanto o mundo depende deles para sobreviver um pouco mais.
        Mas, o mais importante é a certeza de que vai morar com seu Senhor no céu. Quem não anda com o Senhor aqui, certamente não tem qualquer prazer de vê-lo um dia no céu. Quem não trilha as veredas rumo ao céu nesta vida, é certo que anda ao contrário, pelo caminho largo rumo à perdição. Milhares estão andando neste mundo com o diabo e o próprio pai da mentira lhes engana, a ponto de pensarem que estão andando com Deus. Milhares partem para o abismo numa jornada de bem-estar, sentindo o gosto deste mundo maligno. A única esperança para os pecadores está em se humilhar e de coração se converter a Cristo; de coração aberto e confesso render-se a ele. Pecadores assim são os que passam a andar aqui em comum acordo com Cristo.
        











sexta-feira, 18 de novembro de 2016

NECESSIDADE DE ACORDO (13 de 14)


“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO
        O homem que quer andar com Cristo deve meditar e avaliar bem o custo de seguir o Senhor, porque também haverá de sofrer o ódio do mundo. Nosso Senhor bem afirmou que não veio trazer paz, mas sim espada. E todos os verdadeiros crentes experimentam esse fato no viver; eles sentem o ódio e perseguição do mundo dentro de sua própria casa. É claro que muitas vezes Deus leva uma família inteira à conversão, como ocorreu com toda casa de Cornélio (Atos 11) e com o carcereiro (Atos 16), mas isso não é regra. O mundo há de odiar o crente, porque agora ele pertence a Cristo e passou a ser um cidadão do céu. O mundo percebe logo e sente um odor estranho e uma atitude diferente da parte do convertido.
        Além de tudo, o que segue a Cristo terá que levar sua cruz. Não é fácil ser um crente neste mundo, porque será motivo de zombaria e desdém de todos. O crente logo percebe que há um peso em seguir ao Senhor; que sua carne constitui um tremendo obstáculo e que ele deverá lutar para vencer aquilo que tanto lhe atirou aos prazeres outrora. O mundo e a carne vêm para pressionar o peso da jornada por um caminho que além de ser estreito sobe rumo ao céu. O próprio fato de seguir a Cristo já é um custo altíssimo, pois o mundo não vai lhe aceitar com os padrões de justiça e santidade, mesmo que o crente seja alguém diferente, bondoso, cheio de amor e gracioso no trato. O mundo não tolera aquilo que vem do céu; o mundo é afeiçoado àquilo que o próprio mundo faz.
        Outro detalhe, para seguir a Cristo a pessoa terá que aceitar os padrões do reino de Deus. O sistema deste mundo está erigido com os recursos da fama, da soberba, da força, da vaidade e ambição. Satanás subiu ao monte da sua própria ambição de querer ser igual a Deus (Isaías 14) e então passa a chamar os homens, a fim de que todos cheguem lá, a fim de que achem a felicidade e o prazer. O mundo é exatamente isso em todos seus programas e metas. Mas quem quer seguir a Cristo verá que é diametralmente diferente o sistema e espírito do reino de Deus. Nosso Senhor é o modelo de humildade e ele deixou a glória para nos servir, enquanto nós deixamos o pecado para entender que o verdadeiro significado da vida está em prestar serviço uns aos outros neste mundo.
        Creio que devemos atinar-nos para isso, pois o cap. 13 de João nos mostra essa verdade de um modo particularmente prático. Nosso Senhor mostrou o quanto ele, sendo o Filho de Deus veio ao mundo para nos servir. Por essa razão, nós seus servos devemos imitá-lo, procurando servir uns aos outros. Ele mesmo afirmou que quem quiser ser grande terá que ser servo no reino de Deus. Na vida cristã não há lugar para os orgulhosos; não há lugar para aqueles que querem ser “estrelas”, vistos por todos; não há lugar para os que buscam posição e honras. Certamente não é algo fácil para aqueles que ainda carregam uma natureza adâmica e que lutam contra as paixões da carne dia a dia. Mas o amor, disciplinador e santificador do Senhor vem nos conduzir nessa santa vereda de utilidade e serviço na edificação do povo de Deus.

        Estamos vivenciando dias de um cristianismo diferente, que se baseia mais em emoções do que na verdade. Por essa razão a fé mostrada vem do homem mesmo e não de Deus. Vemos homens e mulheres andando não como servos, mas sim como senhores e senhoras cujo deus é o pai da mentira e não o humilde Senhor que deixou o céu e veio à terra para nos servir e nos fazer trilhar esse santo e bendito caminho. Fomos chamados para mostrar que o pecado estragou tudo; que o pecado encheu tudo de podridão e que o cristianismo traz a lume a justiça, a retidão, a santidade, a segurança e o verdadeiro sentido de amor bíblico.

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (2)

                             

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do dia, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
ELA É TRIUNFANTE POR SUA AUTORIDADE: “formidável ou imponente”.
        Tendo introduzido o assunto, resta que agora possamos compreender e aplicar essas verdades tão impressionantes em nossas vidas. Estamos lidando com verdades eternas, as quais estão infinitamente acima de qualquer entendimento, porque lidamos com a revelação que nos foi dada. A igreja não é um empreendimento humano; não é uma invenção de uma cúpula de religiosos ou eruditos teológicos. A igreja, conforme o ensino das Escrituras é resultado do amor gracioso e misericordioso de Deus; é fruto do majestoso e penoso trabalho do Senhor Jesus ali na cruz. Por essas razões devemos nos aplicar de coração a compreender que não há privilégio maior para alguém do que fazer parte dessa obra magnífica da graça salvadora que alcançou e alcança milhões e milhões de pecadores neste mundo em toda história.
        A primeira lição aparece no próprio texto revelando a igreja como sendo triunfante, por causa de sua autoridade. A autoridade e poder da igreja são resultados da autoridade e poder do Senhor Jesus, assim como um homem rico passa sua autoridade para sua esposa. A verdade é que a igreja está peregrinando numa região que não é dela, assim como Israel peregrinou do Egito à terra prometida, pisando em solos que pertenciam a outros povos. Assim é a igreja neste mundo. Não fosse o poder gracioso do Senhor que protege e ampara seu povo, certamente toda igreja seria esmagada pelo ódio esmagador do diabo usando seu mundo pervertido. A igreja sabe disso; a igreja está consciente de que o mundo e sua organização não lhe pertencem; a igreja não está aliada a este sistema de vida porque sabe que sua cidadania está no céu (Filipenses 3:20).
        Mas isso não apaga a igreja, não paralisa seu avanço nem diminui sua importância. O mundo jaz nas mãos do maligno, mas a terra não, ela pertence ao Senhor: “Do Senhor é a terra e tudo o que nela habita” (Salmo 24:1). A igreja aqui cuida dos interesses do Senhor, servindo a ele conforme sua vontade, a fim de proclamar ao império inimigo que a glória toda lhe pertence e que o fim do diabo e seu sistema satânico está chegando ao fim. O que faz a igreja revestida de autoridade é que ela pisa firmemente o solo da verdade; sua estrutura debaixo dos pés é a Rocha dos séculos; sua posição de justa e pura está estabelecida para sempre, porque nada veio da igreja, mas sim da sublime conquista que o Senhor alcançou na cruz. O povo que foi arrancado da tirania e escravidão do diabo é um povo aceito por Deus como sendo perfeitamente justo e aceitável aos seus olhos.
        Por essa razão toda tentativa de satanás em amaldiçoá-la é vã. Ele luta inutilmente, até mesmo chegando à presença de Deus, a fim de acusar os crentes, mas, todo seu labor se depara com a presença daquele que justificou e purificou a igreja, para tornar advogado de um povo remido (1 João 2:1). A igreja avança neste mundo como o sol avança desde o nascente até ao poente; a igreja do Senhor é intrépida como leão e não recua jamais. Então, a presença da igreja no mundo é um espetáculo que enche os olhos dos anjos e paralisa o reino do pai da mentira. Satanás jamais contava com isso. Sendo levado pelo engano do pecado, jamais o deus deste sistema passageiro imaginava que enfrentaria entre os homens algo que é indestrutível.

        Toda lição visa mostrar que essa é a igreja do Senhor. Então, aquele que pensa que faz parte da igreja, mas seu coração é mundano e aprisionado às paixões da carne, realmente desconhece o caráter santo e justo desse povo que marcha vitoriosa e triunfante, rumo à glória eterna. 

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

NECESSIDADE DE ACORDO (12)


“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO
        O homem que deseja andar com Cristo nesta vida e viver com ele na eternidade, certamente terá que aceitar as condições santas e justas do Senhor. Deve lembrar que ele é Deus; que o amor partiu dele; que a decisão de nos servir veio dele e que ele provou tudo isso ao vir à terra para dar sua vida por imerecidos pecadores. Sendo assim, não passa de atrevimento da nossa parte exigir que Jesus venha aceitar nossas propostas, nossas condições egoístas e prepotentes, a fim de segui-lo. Aliás, alguém com interesses vis e mundanos jamais conhecerão o Senhor, porque ele há de comunicar-se apenas com os humildes e quebrantados.
        O que os pecadores que anseiam andar com ele devem saber é que ele será o Pastor e nós ovelhas. Acredito que muitos que afirmam ser crentes em nossos dias pensam que podem tratar o Senhor como ovelhinha de estimação deles. Quanto engano tem levado milhares ao suicídio espiritual! Cristo veio buscar suas ovelhas e ele atesta esse fato em Ezequiel 34 e João 10. Por esse fato, a alma que deseja conhecer esse Senhor certamente há de sentir-se como ovelhinha, sem qualquer defesa no meio de tantos perigos que cercam os homens neste mundo. O Senhor forte e poderoso prometeu cuidar dos seus; prometeu guiar seu povo nesta vida; prometeu sustentá-las e proteger aqueles por quem morreu na cruz. Então, é arrogância encoberta que leva alguém a pensar e sentir que pode andar com Jesus sem submissão, obediência, respeito e dependência dele nesta vida.
        Também terá que aceitar o fato que andar com ele traz consigo consequências sérias. Falo isso porque sei o quanto milhares começarem bem, mas recuaram; foram e viram de perto a luz brilhante da graça iluminando corações e mostrando a verdade com clareza. Mas o fato é que recuaram. Já lidei com muitos que aparentavam disposição de guerra e prontidão para avançar para enfrentar o mundo, a carne e o diabo, mas recuaram porque tiveram dúvidas e medo. Se quiser andar com ele aqui neste mundo, deve avaliar bem o alto custo dessa disposição de fé e coragem:
        1.     A vontade terá que ser sacrificada no altar. Muitos pensam que se converteram, mas é notável o fato que ainda continuam com seus corações endurecidos e indispostos a submissão às ordens do Senhor. Muitos ainda continuam amando os prazeres deste mundo e sempre estão apresentando desculpas de fraqueza, quando realmente jamais foram quebrantados no íntimo, a fim de obedecer a Cristo e abandonar idolatrias e todo amor à carne. Muitas são as mulheres que nem sequer cogitam o fato que para seguir a Cristo deverão ser humildes e cheias de respeito à autoridade de seus maridos, porque o Senhor ordena que elas sejam assim.
        Mas os homens também não estão fora, porque não têm qualquer interesse em se aproximar do Senhor, a fim de aprender da liderança amorosa dele, para que possam administrar amor às suas esposas. Para eles é melhor levar a vida de forma mais fácil do que tomar para si a responsabilidade de administrar o lar de forma espiritual e ser exemplos de fé e amor para esposa e filhos. Muitos são os jovens e adolescentes que realmente não querem obedecer e honrar seus pais, conforme Deus ordena.
        Por que isso? A explicação é que a vontade do velho homem não foi desmanchada pelo poder da graça; que tais pessoas jamais conheceram o real significado do pecado e a miséria de seus corações terríveis. Como podem afirmar que andam com Cristo e que vão morar no céu com ele, quando aqui desprezou seu comando e não se submeteram ao seu cetro?

        

A MARAVILHOSA IGREJA DE CRISTO IV (1)

                           

                                                        IGREJA TRIUNFANTE
“Quem é esta que aparece como a alva do di, formosa como a lua, pura como o sol e formidável como o exército com bandeiras?” (Cantares 6:10).
INTRODUÇÃO:
        Creio que esse verso de Cantares é de uma profundidade inatingível por todos quantos se aventuram a conhecer as maravilhas da palavra de Deus. A razão principal é que nós somos extremamente limitados para atingir as verdades eternas, especialmente no que tange àquilo que nos foi dado acerca da igreja. Já pudemos ver a igreja e sua confissão; a igreja e sua beleza; a igreja e sua santidade. A partir de hoje me proponho a aventurar-me em expor o tema que o final desse verso nos desafia a ver, isto é, “a igreja como um povo triunfante, conforme nos mostra a frase: “...formidável como o exército com bandeiras”.
        Todos os crentes devotados à verdade revelada hão de entender que a igreja do Senhor neste momento de tantas trevas parece ser mais derrotada do que triunfante. Parece que as forças das trevas têm destruído a igreja e mostrado que o mal é vitorioso contra a verdade, a justiça, a piedade e a santidade. Mas não podemos avaliar a situação atual como se estivéssemos olhando as nuvens que no momento escondem o sol, porque elas logo sairão e o brilho da grande estrela mostrará ser ela a mesma, cheia de glória. É assim com a igreja neste momento, porque o fato que ela mais parece distante e mórbida, em nada desfaz o fato que ela é o que, gloriosa, perfeita e triunfante. Se a contemplarmos do ponto de vista mundano, certamente estaremos mostrando o quão ignorantes somos e que realmente não temos a fé bíblica que vê as coisas do ponto de vista de Deus.
        Quero analisar esse assunto vendo de outro ângulo. A igreja que é o povo de Deus na terra sempre passou por períodos iguais a este. No dias de Isaías o povo de Deus foi visto na linguagem do próprio Deus assim: “A filha de Sião é deixada como choça na vinha, como palhoça no pepinal, como cidade sitiada” (Isaías 1:9). Por que isso? A razão é mostrada pelo fato que naqueles dias a prosperidade material trouxe consigo uma clara demonstração de hipocrisia religiosa, carnalidade, tentativas inúteis de enganar a Deus com atividades e idolatrias. E assim tem sido a história do povo de Deus, porque depois de grandes avivamentos e manifestações da graça salvadora de Deus, eis que a igreja enfrenta momentos terríveis devido as intensas lutas de satanás, na tentativa de denegrir a palavra de Deus e perverter tudo com suas mentiras. Basta que leiamos a história da igreja para que pensemos que em determinados período a igreja nem sequer mostrasse sinais de vida.
        Porém, não quero me avançar na história, mas sim na verdade que nos foi entregue, porque a igreja é mostrada como sendo um povo triunfante em toda Escritura. Noutra tradução o verso de Cantares diz: “...imponente como um exército com bandeiras”. Isso significa que a igreja de Deus marcha de forma triunfante, em plena submissão a Deus. Foi no meio das trevas que os fieis do Senhor sempre apareceram para brilhar como estrelas num mundo perigoso e cruel. Os verdadeiros santos sempre se mostraram invencíveis, cheios de fé e de coragem. Tomemos como exemplo o período quando Israel estava na Babilônia; quando a face graciosa de Deus parecia distante e indiferente à situação do seu povo. Foi nessa circunstância cruel que brilhou a glória do Senhor através da vida de homens como Neemias, Daniel e seus amigos, Esdras e Ester.

        A igreja não tombou nem tombará ante o tiroteio dos inimigos, porque ela tem a vida que há no Filho; ela é mais do que vencedora e o mundo, a morte e o inferno jamais poderão destruir aquela que foi comprada e resgatada para pertencer ao Senhor que tanto amou sua noiva.