sexta-feira, 18 de novembro de 2016

NECESSIDADE DE ACORDO (13 de 14)


“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO
        O homem que quer andar com Cristo deve meditar e avaliar bem o custo de seguir o Senhor, porque também haverá de sofrer o ódio do mundo. Nosso Senhor bem afirmou que não veio trazer paz, mas sim espada. E todos os verdadeiros crentes experimentam esse fato no viver; eles sentem o ódio e perseguição do mundo dentro de sua própria casa. É claro que muitas vezes Deus leva uma família inteira à conversão, como ocorreu com toda casa de Cornélio (Atos 11) e com o carcereiro (Atos 16), mas isso não é regra. O mundo há de odiar o crente, porque agora ele pertence a Cristo e passou a ser um cidadão do céu. O mundo percebe logo e sente um odor estranho e uma atitude diferente da parte do convertido.
        Além de tudo, o que segue a Cristo terá que levar sua cruz. Não é fácil ser um crente neste mundo, porque será motivo de zombaria e desdém de todos. O crente logo percebe que há um peso em seguir ao Senhor; que sua carne constitui um tremendo obstáculo e que ele deverá lutar para vencer aquilo que tanto lhe atirou aos prazeres outrora. O mundo e a carne vêm para pressionar o peso da jornada por um caminho que além de ser estreito sobe rumo ao céu. O próprio fato de seguir a Cristo já é um custo altíssimo, pois o mundo não vai lhe aceitar com os padrões de justiça e santidade, mesmo que o crente seja alguém diferente, bondoso, cheio de amor e gracioso no trato. O mundo não tolera aquilo que vem do céu; o mundo é afeiçoado àquilo que o próprio mundo faz.
        Outro detalhe, para seguir a Cristo a pessoa terá que aceitar os padrões do reino de Deus. O sistema deste mundo está erigido com os recursos da fama, da soberba, da força, da vaidade e ambição. Satanás subiu ao monte da sua própria ambição de querer ser igual a Deus (Isaías 14) e então passa a chamar os homens, a fim de que todos cheguem lá, a fim de que achem a felicidade e o prazer. O mundo é exatamente isso em todos seus programas e metas. Mas quem quer seguir a Cristo verá que é diametralmente diferente o sistema e espírito do reino de Deus. Nosso Senhor é o modelo de humildade e ele deixou a glória para nos servir, enquanto nós deixamos o pecado para entender que o verdadeiro significado da vida está em prestar serviço uns aos outros neste mundo.
        Creio que devemos atinar-nos para isso, pois o cap. 13 de João nos mostra essa verdade de um modo particularmente prático. Nosso Senhor mostrou o quanto ele, sendo o Filho de Deus veio ao mundo para nos servir. Por essa razão, nós seus servos devemos imitá-lo, procurando servir uns aos outros. Ele mesmo afirmou que quem quiser ser grande terá que ser servo no reino de Deus. Na vida cristã não há lugar para os orgulhosos; não há lugar para aqueles que querem ser “estrelas”, vistos por todos; não há lugar para os que buscam posição e honras. Certamente não é algo fácil para aqueles que ainda carregam uma natureza adâmica e que lutam contra as paixões da carne dia a dia. Mas o amor, disciplinador e santificador do Senhor vem nos conduzir nessa santa vereda de utilidade e serviço na edificação do povo de Deus.

        Estamos vivenciando dias de um cristianismo diferente, que se baseia mais em emoções do que na verdade. Por essa razão a fé mostrada vem do homem mesmo e não de Deus. Vemos homens e mulheres andando não como servos, mas sim como senhores e senhoras cujo deus é o pai da mentira e não o humilde Senhor que deixou o céu e veio à terra para nos servir e nos fazer trilhar esse santo e bendito caminho. Fomos chamados para mostrar que o pecado estragou tudo; que o pecado encheu tudo de podridão e que o cristianismo traz a lume a justiça, a retidão, a santidade, a segurança e o verdadeiro sentido de amor bíblico.

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