quarta-feira, 9 de novembro de 2016

NECESSIDADE DE ACORDO (7)

                             
“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO.
        Agora pretendo entrar no assunto mais importante deste tema, porque tendo como base aquilo que já temos aprendido anteriormente, como alguém poderá ter um acordo para andar com Cristo neste mundo? A tendência do evangelho atual é mostrar-se indiferente a todo ensino bíblico sobre a queda e da indisposição dos homens no tocante a Deus. Tenho percebido que todos hoje querem assegurar que tem Jesus, que ama Jesus e que anda com ele aqui. Mas tudo isso foi uma jogada esperta do pai da mentira usando os falsos mestres, a fim de tirar alimentar a todos com uma ideia errada e antibíblica acerca de Deus e da sua salvação.
        Outro detalhe é que o ensino do livre-arbítrio tem sido despejado no cenário evangélico por muitos anos e tem sido aceito porque é muito apreciado por todos. E nem podemos avaliar as dramáticas consequências trazidas por esse falso ensino para o mundo, porque alimenta um terrível orgulho no coração e desmancha todo temor a Deus. Esse ensino não somente despreza a poderosa doutrina da depravação total, como também ignora a obra de uma salvação soberana que parte da misericórdia de Deus. Além disso tal ensino declara que Deus espera a decisão do homem em receber a salvação que Jesus conquistou ali na cruz.
        É óbvio que tal ensino anula completamente os ensinos graciosos do evangelho da glória de Cristo, passando a glória para o homem e transformando a salvação do homem numa atividade do próprio homem. Mas quanto engano e quão pernicioso é esse ensino. Como os homens vão querer andar com Cristo neste mundo? Eles gostariam de fazer isso se Jesus fosse do estilo deles, conforme imaginam no engano dos seus corações. Religiosamente eles estão tão armados como Saulo de Tarso contra o Senhor; politicamente eles querem a glória para si e Cristo vem desmanchar todo esse resplendor terreno; como mundanos eles não querem perder o vínculo que tem de amar o mundo e conquistar fama e sucesso aqui; como homens naturais, as promessas do Senhor Jesus em nada estão vinculadas aos prazeres terrenos, por isso elas são desprezíveis e desprezadas.
        Outro detalhe é que eles não aceitam o governo do Senhor; eles não hão de tolerar alguém lhes ordenando a serem humildes, submissos, perdoadores e justos. Eles também não hão de aceitar o sistema profético do Senhor, porque não querem, nem toleram seus ensinos, antes preferem as mentiras aqui e estão prontos a serem “abençoados” pelos mentirosos e enganadores travestidos de profetas e mestres. Também, não querem o sistema sacerdotal de Cristo, porque não querem caminhar por um caminho de humilhação, dando louvores a Deus, cantando hinos acerca da redenção nem tampouco oferecendo seus corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, porque isso sufocaria suas intenções de obter um viver tranquilo e confortável neste mundo.

        Podemos lembrar bem daquele homem que chegou para Jesus e declarou que o seguiria por onde ele fosse, mas eis que o Senhor mostrou-lhe imediatamente sua situação aqui e que nada tinha aqui, declarando que não tinha lugar de prazer e conforto neste mundo, porque sua intenção era a cruz, como seus discípulos bem presenciaram. Para isso vamos sondar as exigências desse acordo em andar com Cristo aqui; vamos ver se combina bem com nossa natureza egoísta e mundana; vamos ver se tem ligação com nossos planos e sonhos; vamos avaliar bem se estaremos dispostos a caminhar por um caminho que aos olhos do homem parece insensato e sem qualquer objetivo. Que o Senhor tenha misericórdia de nossas vidas levadas pelo engano do pecado! 

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