sexta-feira, 11 de novembro de 2016

NECESSIDADE DE ACORDO (9)

                               
“Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo?” Amós 3:3
UM ACORDO DE ANDAR COM CRISTO.
        Para andar com Cristo é necessário que o homem aceite as exigências do Senhor, caso contrário não há qualquer possibilidade de andar com ele. Dou ênfase a esse fato porque é comum ver hoje muita euforia no que tange à salvação. Muitos pensam na salvação como Cristo aceitando o que as pessoas querem. O que passa na mente de muitos é que Cristo é convidado e não o homem; que a decisão é do homem e não de Deus. Mas, quanto perigo isso pode envolver a vida de milhares! Por esse fato quero ressaltar bem aqui o que realmente implica em andar com Cristo nesta vida.
        Primeiramente exigirá da parte de qualquer pecador uma atitude de profunda humilhação, porque o convite vem da parte do Senhor e não dos homens. Nosso Senhor deixou essa verdade bem esclarecida na mente dos seus discípulos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós...” (João 15:15). É bom que isso seja enfatizado, porque nosso Senhor jamais chamará qualquer arrogante e hipócrita. Ele enfatiza no livro de Provérbios o quanto ele abomina o soberbo, e sabemos o quanto essa atitude vem bem disfarçada de espiritualidade e de “santos” desejos.
        O mais que puder falar do fato que Deus é Deus de almas quebrantadas será muito pouco, porquanto a bíblia enfatiza tanto. Ninguém pode achegar-se a Cristo sem essa atitude, porque caso contrário terá um encontro com um inimigo bem disfarçado. Mas o evangelho moderno continua evitando mencionar aos homens a necessidade que cada tem de se arrepender perante Deus. Creio profundamente que quando o homem é chamado para andar com Cristo é porque ele foi achado no lugar certo, em quebrantamento. Por que isso? É simples. O convite vem da boca do Senhor: “Vinde a mim”. Os homens não são chamados para correrem à frente; não são chamados para continuar em rebeldia, fazendo o que bem quiserem na vida. Quando o Senhor disse o seu “vinde a mim” para Mateus, eis que imediatamente aquele homem deixou tudo, todo seu bom salário e um viver confortável a fim de seguir o Senhor.
        Outro detalhe é que no chamado do Senhor está o fato que a graça dá poder ao que fora chamado a seguir. Seus discípulos foram homens ocupados e trabalhadores, mas que consideraram o andar com ele uma decisão infinitamente superior a toda atividade deste mundo. Então, fica claro que sendo a chamada dele, não há quem possa decidir andar após o Mestre, porque é claro que a natureza humana nem sequer cogita isso. Os homens querem os benefícios materiais do Senhor; muitos querem tê-lo, a fim de serem abençoados em seus negócios. Mas para segui-lo não há possibilidade. Sua glória deixa os homens afastados e indispostos a aprender dele; sua graciosidade é motivo para seus anelos mundanos; seus ensinos não servem para suas pretensões terrenas e seu caminho é cheio de perigos.
        Além disso não há como associar o viver do Senhor com o esquema dos homens. Provo isso com aquele episódio ocorrido em Nazaré (Lucas 4), quando Jesus entrou na sinagoga e ali começou a falar usando o livro de Isaías. Enquanto o Senhor falava palavras graciosas, eis que aqueles homens e mulheres estavam prontos a ouvi-lo, mas quando o Senhor começou a mexer com suas tradições religiosas, eis que a palavra de Deus ficou encoberta pela brutalidade de seus corações iludidos. Por essa razão pegaram o Senhor para matá-lo, assim como faziam com os profetas no Velho Testamento. Mas o Senhor simplesmente se afastou, porque não ainda a sua hora para sua morte.

        Todo meu esforço visa levar meus leitores a conhecerem a importância da humilhação diante do Senhor e de sua palavra, se quisermos realmente andar com ele.

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