quarta-feira, 31 de agosto de 2016

A IGREJA DE DEUS (8)



                                     
“Para que se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15)
A IGREJA – SUA PROCEDÊNCIA:  “...igreja do Deus vivo...”
        Digo mais, que a palavra de Deus é o único instrumento de edificação da igreja. Assim como ovelhas vivem de pastos verdes, eis que os santos vivem da verdade revelada. À mesa da igreja só tem esse alimento e ela para os crentes é tudo o que eles precisam para serem fortalecidos e aptos para a jornada. A igreja não sobrevive daquilo que interessa ao mundo; seu maná vem do céu e é um desprezado pelo mundo. Tudo porque a igreja vem do céu; os que nasceram de novo são procedentes da vontade de Deus e não dos homens (João 1:13). O que Paulo diz em Efésios 1:13 é que tendo ouvido o evangelho da salvação eles foram salvos.
        Outras programações como músicas, festas, dramatizações, filmes, etc. tudo isso não passa de entretenimentos e pode ser agradável a muitos. Mas olhemos a história da igreja, porque ela jamais sobreviveu daquilo que vemos acontecendo nos cultos hoje. Os santos se alegram na verdade, vivem da verdade, adoram com a verdade e são fortes e encorajados com a verdade revelada. Enquanto o mundo vive da euforia do momento, a igreja de Deus age diferente, pois seu culto é racional e não emocional (Romanos 12:1). A luz da igreja vem da velha história da cruz, por isso os santos pensam nessa história; em seus cânticos eles ecoam essa mensagem de amor, porque é uma sinfonia para seus corações. É uma história de amor, porque brilha na cruz a doce história do Cordeiro amado. Essa luz está apagada para o falso evangelho moderno, porque sua luz vem deste mundo e da chama da nova era, e sua duração é momentânea, como acontece com faíscas que sobem da brasa e logo apagam.
        Mas é a luz do calvário que abre o cenário da eternidade passada, porque os santos só podem entender a história da eleição a partir da linda história do amor de Cristo na cruz. O brasume da ira de Deus que caiu sobre o Filho foi suficiente para arrebentar a parede de obstáculo à nossa compreensão dessa maravilhosa história do amor de Deus. Sem a cruz tudo é escuridão e sem qualquer ligação com o entendimento e as emoções. Sem a cruz os homens tentam ligar salvação com eleição e ficam ainda mais perdidos e afeiçoados aos homens. A igreja precisa desse marco histórico do tempo – redenção pelo sangue, a fim de que seja conduzida ao fato que foi escolhida em Cristo antes da fundação do mundo. Brilhe a glória da cruz e eis que toda nossa história de depravação, miséria, ofensa e perversidades fará com que os santos sejam humildes, entendendo o que realmente significa misericórdia.
        A história da redenção anula completamente toda e qualquer manifestação da soberba do velho homem. A igreja é uma companhia de discípulos que aprendem aos pés do Senhor (Deuteronômio 33:3). Por essa razão o culto dos santos será sempre motivo de escárnio para o mundo e a pregação será desprezada. O mundo tem medo desse ambiente, porque onde está a história da cruz, está também a glória de Cristo (2 Coríntios 4:4). A igreja representa a noiva do Senhor, por esse fato os que pertencem à grande meretriz odeia estar com o povo santo. Também, é a história da cruz que contagia a igreja a viver e andar. A luz do calvário brilha pelo caminho estreito, mostra a direção certa, revela os perigos e abre seus olhos para conhecer os mistérios da iniquidade, que envolvem este sistema enganador.
        Como me vejo incapaz de explicar essas coisas! Afinal, a igreja é do Senhor e não daqui. É privilégio ser participante dessa família do Senhor, sabendo que neste mundo só sofrimentos nos esperam. O mundo mostra a face do diabo e a igreja sabe disso, por essa razão espera com anseio entrar no céu para contemplar a face daquele que um dia mostrou seu amor e provou ser de fato um amor sacrificial tendo a morte de cruz.

UM DEUS SATISFEITO? (5)




“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
DEUS À BUSCA DE SATISFAÇÃO: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma...”
        Vou mais longe ao afirmar que Deus buscou satisfação quando envolveu a conquista de um povo para si: “Assim como nos escolheu nele, antes da fundação do mundo...” (Efésios 1:4), e que para isso a divindade entrou em atuação. Que grande obra da graça! Em tudo seria o poder de Deus; em tudo seria a atuação gloriosa dele, porque seu povo eleito foi visto no pecado e sob o poder atuante da morte em todos os seus aspectos. Nada havia em seus escolhidos que mostrasse qualquer diferença: “Ele vos deu vida, quando estávamos mortos em nossos delitos e pecados” (Efésios 2:1). Não havia em seus eleitos nenhum olho funcionando para reconhecer a glória de Deus; nenhum ouvido estava aberto; suas bocas fechadas em relação a Deus, sem qualquer possibilidade de emitir qualquer sinal de confissão; suas mãos e pés paralisados, assim como fica um defunto.
        No pecado não há qualquer esperança; o pecado não deixa uma porta de possibilidade aberta. O efeito do pecado é imediata morte; não há vida no pecado em qualquer aspecto e mesmo o que parece ser vida agora, na realidade é morte, porque o homem no pecado vive sob os ditames do pecado e de seus efeitos terríveis. Eles respiram ameaças e morte; eles anseiam e choram por paixões carnais em todos os aspectos da vida e estão aptos para irem de mal a pior nessa jornada terrena e transitória. Busquemos vida entre os mortos, e o que vamos achar? Olhemos ao derredor e vejamos se há sinais da verdadeira vida que há em Cristo. Tudo o que parece ser vida na realidade é apenas aparência. É vida quando vem do alto; é vida quando homens e mulheres estão livres para andar para o céu; é vida quando homens e mulheres respiram justiça e santidade na terra; é vida quando a esperança da glória eterna funciona como as batidas do coração e quando o amor de Deus faz com que suas obras reflitam em bênçãos na terra.
        Diante desses fatos podemos afirmar que Deus buscou satisfação em agir com sua graça em favor de pecadores caídos. Ah! Mas ele não escolheu milhões e milhões porque houve alguma coisa que fizesse com que seus eleitos fossem melhor que os não eleitos. Não existe diferença entre defuntos. Pode ser um Lázaro, tão querido de suas irmãs Marta e Maria, mas como um defunto, o lugar dele seria na cova. O Deus que buscou satisfação jamais irá achar tal satisfação no pecado, pois ele não é Deus de mortos, mas sim de vivos. Deus acha satisfação na atuação dele mesmo, no amor dele mesmo e na atuação poderosa da sua graça, a qual supera infinitamente todos os poderes do pecado e da morte. Se os perdidos fossem a causa de sua escolha, então diríamos que houve injustiça. Mas até mesmo pensar assim seria da nossa parte profanação. O texto de Efésios 1:4 responde com clareza: “Assim como nos elegeu “nele”...”. Nele quem? Em seu Amado (Efésios 1:6).
        Quanto aos perdidos, eis que eles foram envolvidos pelos braços da misericórdia, mas quanto a eleição da graça, eles foram envolvidos e achados no Filho. No pecado fomos vistos e caídos em Adão; na graça os eleitos foram aceitos graciosamente no Amado. Não é uma história maravilhosa? Então, os crentes agora refletem a obra da graça; eles não têm em que se gloriar, nem mesmo na fé, mas sim no triunfante amor de Deus, amor que venceu o mar bravio deste mundo, que atravessou o rio da morte e que suportou todo poder do mal contra si mesmo, a fim de buscar um povo para si. Nisso o Senhor Deus buscou satisfação!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

UM DEUS SATISFEITO? (4)




“Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeitos; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Isaías 53:11)
DEUS À BUSCA DE SATISFAÇÃO: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma...”
        Deus buscou satisfação também, quando entrou em luta, a fim de vencer o mal no universo, e assim destruir qualquer manifestação do pecado. O alvo do Deus santo ao buscar satisfação era remover toda e qualquer evidência de injustiça, porque o pecado é realmente injustiça (1 João 5:17). O alvo da redenção de Cristo também era purificar todo universo dessa contaminação, a fim de que o mal jamais pudesse novamente erguer-se contra Deus. O que vemos no livro de Apocalipse? Não é a história daquilo que vai ocorrer nos últimos dias? Não é a exposição clara e certa das maravilhas da redenção conquistada pelo Cordeiro de Deus? Não é o fato que os reinos cruéis e perversos deste mundo e do diabo serão destruídos para sempre? Não é o fato que a morte, satanás e este mundo perverso terão seu fim para todo sempre no lago de fogo? Ora, isso não traz satisfação ao coração de Deus?
        Também, meditemos na ira de Deus, além do seu imenso e infinito amor. Sua ira e seu furor são tão santos quanto é sua misericórdia. Os que beberão o cálice da sua ira testemunharão para sempre o quanto o Senhor odeia o pecado, quanto os salvos louvarão sua graça. Certamente a história da redenção traz a lume toda grandeza e esplendor da ira de Deus. Tanto o lago de fogo quanto a Nova Jerusalém manifestam a glória do Senhor. A fornalha ardente de Nabucodonosor mostrava o quanto era poderoso aquele monarca em sua raiva, quanto mostravam o seu poder os seus jardins suspensos. Se é assim com um homem revestido de poder que passa, quanto mais o todo-poderoso. Ah! Quanto os santos de Deus podem louvá-lo agora! Não estamos lidando com hipóteses; não estamos esperando acontecimentos que talvez vão ocorrer. A redenção na cruz provou que tudo foi feito, que todos os inimigos estão sendo agora mesmo postos debaixo dos pés do Senhor.
        Quando vemos agora os homens vivendo atrevidamente em seus pecados, achando que jamais serão punidos, eles nem sequer imaginam que estão sendo amarrados com as cordas de sua própria iniquidade. Eles desconhecem o fato que os grilhões, algemas e cordas de Deus são invisíveis e que a rebelião deles funciona como furacão que se volta contra suas vidas aqui. Quando Belsazar resolveu realizar a festa de luxúria e de desafio a Deus com seus súditos, o monarca não sabia que tudo aquilo era o peso que lhe puxava para o abismo, e que o inferno o esperava com tanto anseio. O orgulho do homem contra Deus não passa de ser uma arma apontada contra seu próprio coração (Daniel 5). O pecado tem um poder incrível de cegar a alma e hipnotizar a mente, de tal maneira que até mesmo satanás acredita que há possibilidade de iludir e vencer Deus.
        Quem afinal pode mover-se contra Deus? Quem pode deter o tempo e estorvar seus planos eternos? Todos os acontecimentos passados e do presente declaram que Deus está satisfeito, que tudo está funcionando perfeitamente e que o Senhor Deus está sendo glorificado, mesmo diante das manifestações de ira dos homens e do diabo. A morte e ressurreição de Cristo abalaram todo sistema inimigo e o reino do diabo está abalado. Deus está satisfeito! Saibamos que tudo o que está acontecendo no reino visível e invisível está louvando a Deus; todo cenário está sendo montado para a grande festa. Os salvos agora cantam a redenção pelo sangue e a reunião dos inimigos no mundo inteiro está acontecendo para anunciar que a vontade soberano foi feita no céu e na terra!

A IGREJA DE DEUS (7)




“Para que se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15)
A IGREJA – SUA PROCEDÊNCIA:  “...igreja do Deus vivo...”
        Precisamos saber que a igreja pertence a Deus, a não ser que homens ergueram um grupo, a fim de cumprir seus propósitos nefandos; a não ser que o grupo reunido não passa de elementos vaidosos, religiosos na aparência e não no coração, assim como eram aqueles da sinagoga onde Jesus entrou, conforme o relato de Lucas 4:16-30. A não ser que a reunião constitui-se de idólatras e de mundanos. Paulo não está referindo à essas reuniões tão aceitáveis à carne e ao mundo. Paulo fala acerca de igrejas onde homens e mulheres se reúnem numa só fé, num só espírito, no amor do Espírito, a fim de adorarem a Deus; onde há liderança santa, de homens fieis à verdade e cheios do Espírito; onde o ambiente é cheio de temor, de reverência numa consciência de que Deus é fogo consumidor (Hebreus 12:29). O Senhor não está presente num ambiente onde não impera a verdade conforme as Escrituras; Deus não está presente onde a pregação do evangelho não é levada a sério, onde impera a soberba humana.
        A igreja é a joia do Senhor, é resultado da eleição, do amor sacrificial do Filho de Deus e da sua vocação mediante o evangelho. Nosso Senhor afirmou em Mateus 16:18 que ele mesmo iria edificar sua igreja. Ele estava declarando que Pedro não passava de uma pedrinha pequena, que ele mesmo, o Filho de Deus era a Rocha onde seria construída essa obra planejada desde a eternidade. Homens santos foram usados por Deus nessa grande construção, mas eles viviam cheios de temor, estavam conscientes de que não passavam de instrumentos transitórios, porque a obra era de Deus. Foi o Senhor da glória que desceu do céu sozinho; foi ele que amou seu povo e se entregou a si mesmo, a fim de conquistar essa esposa que ele mesmo santificou para si (Efésios 5:27). A igreja de Deus não é uma entidade do mundo; pelo contrário, ela sofre aqui enquanto marcha rumo à glória; ela é desprezada porque é marcada e selada para pertencer a Deus para sempre.
        O movimento evangélico moderno nem mesmo entende acerca da igreja, porque o que faz ultimamente é dar às mãos ao sistema ecumênico e sentir o cheiro das riquezas mundanas. Homens perversos estão à frente de igrejas desse tipo, porque o que manda ali é o desejo por prestígio, fama e prosperidades, provando o quanto esse movimento é mundano e satânico. Oh! Quanto devemos fugir desse sistema! Hoje vemos que poucas são as igrejas que amam a palavra e que de fato adoram a Deus conforme o sistema bíblico de adoração. O Senhor tem preservado aqueles que mantêm aceso o testemunho da verdade, num mundo abarrotado de mentiras religiosas. Enquanto avarentos e perversos constroem suas igrejas para seus objetivos tão malignos, eis que o Senhor Jesus está edificando a sua igreja; aqui e ali vemos a reunião de homens e mulheres santificados pela graça; em todas as nações homens e mulheres salvos proclamam a glória dessa tão grande salvação. Quem pode alguma coisa contra esse grande Construtor? Enquanto os mundanos pensam em quantidade, eis que ele trabalha poderosamente com qualidades. Enquanto o mundo se alegra com a multidão fascinada e emocionada pelas belas e contagiantes mentiras, eis que o Senhor opera com elementos salvos, e esses elementos fazem a diferença.
        Além de tudo, os verdadeiros pastores e servos fieis não estão à busca de fama, prestígio e honras dos homens. Aquele que edifica sua igreja para si, também se importa em cuidar de seus servos fieis. Cuidar da igreja não é um trabalho fácil, porque está lidando com o povo de Deus, por aqueles que o Senhor amou e há de amar eternamente. É um trabalho fascinante, mas ao mesmo tempo alvo da terrível perseguição do mundo e do diabo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

A IGREJA DE DEUS (6)



                                             
“Para que se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade”. (1 Timóteo 3:15)
A IGREJA – SUA PROCEDÊNCIA:  “...igreja do Deus vivo...”
        Creio que esse texto de 1 Timóteo deve ser encarado com profundo temor por nós. A igreja de Deus não é um clube, nem mesmo deveria ser chamado de igreja, um lugar onde Deus não está sendo adorado, amado e temido por aqueles que ali frequentam. Então, cabe a nós considerarmos essas palavras do apóstolo, à luz do que está ocorrendo em nossos dias. Já pudemos ver que a igreja é a casa de Deus, o lugar onde Deus habita no meio do seu povo, assim como funcionava o tabernáculo e o templo no Velho Testamento.
        O texto, também nos mostra que a igreja tem uma procedência, porque é chamada de “igreja do Deus vivo...”. Que texto tão revelador! Quando uma igreja não cumpre os propósitos bíblicos e santos, eis que ela não está demonstrando que sua procedência é de Deus. Significa que parece mais uma sinagoga do diabo e que não é reconhecida pelo Senhor. Onde o Senhor não está presente em sua santidade, poder, verdade e glória, é certo que satanás está ali presente. Esse lugar é próprio para os propósitos da carne, do mundo e das mentiras religiosas que satanás inventa, mesmo que citem ali o nome de Deus e textos bíblicos sejam lidos. Para Deus não há meio termo, pois o Senhor que manifesta ao seu povo é o grande Amém, conforme ele se apresenta à soberba igreja de Laodicéia (Apocalipse 3).
        De onde veio a igreja? O texto responde: “...igreja do Deus vivo...”. A lição é que é ela veio de Deus e não dos homens. Os homens podem construir templos, fundar religiões, mas não podem gerar a igreja. Não há qualquer poder nos homens para erigir a igreja, porque ela resulta do poder de Deus, dos mistérios e do amor eterno de Deus. Observemos a entrada de Paulo ali na cidade de Tessalônica, (1 Tessalonicenses 1), como chegou ali com Silas, e no poder de Deus pregou o evangelho. Como algo extraordinário ocorreu. O que tinha ali naquela cidade, senão cultos e mais cultos aos ídolos, vícios, prostituições e outras  atividades provenientes do pecado e do diabo. Mas eis que de repente o poder do Espírito de Deus entrou ali e almas começaram a se converter de todo coração, e provaram isso porque no verso 9 Paulo afirma que eles deixaram seus ídolos e se converteram ao Deus vivo, para que seus corações enchessem de esperança pela volta de Cristo (verso 10).
        O que aconteceu naquela cidade foi obras de homens como Paulo e Silas? Claro que não! Quem é o homem para converter pecadores a Deus? Aqueles homens eram instrumentos, porta-vozes de Deus, mas a obra foi totalmente do Senhor, a fim de arrancar pecadores pela graça, da condição aviltante onde o pecado lhes colocou. Mas veja bem no mesmo capítulo que Paulo estava impressionado, porque reconheceu que aqueles convertidos eram de fato eleitos de Deus (1:4). Isso mostra que a igreja foi um projeto eterno de Deus, que partiu desse amoroso e gracioso Senhor, a fim de arrancar milhares e milhares da miséria, escravidão e condenação do pecado. Qualquer atitude de arrogância de Paulo seria tratada com rigor, e o apóstolo sabia bem que era Deus quem fez aquela majestosa obra.
        O Senhor Jesus mesmo afirmou: “ E eu edificarei a minha igreja...” (Mateus 16:18). Antes de partir para Roma e ser morto ali, Paulo chama os pastores das igrejas de Éfeso, mostrando que eles são responsáveis em cuidar da igreja do Deus vivo, igreja que ele resgatou com seu sangue (Atos 20:28). Que responsabilidade! A igreja é composta de genuínos e sinceros crentes, pessoas que se arrependeram e que se converteram a Deus. Isso é milagre, porque não há qualquer possibilidade para que os homens tomem essa decisão, a não ser que Deus mesmo os chame para Si, no poder da sua graça.