segunda-feira, 1 de agosto de 2016

OS CONTRASTES DA VIDA CRISTÃ (7)




                                               Salmo 126
IMEDIATA MUDANÇA: oração.
        Vemos que de repente o salmista ergue sua voz em oração: “Restaura, Senhor, a nossa sorte, como as torrentes no Neguebe”. Que petição! Eis aí a razão porque Deus nos coloca em situações difíceis neste mundo. O povo salvo não pode seguir a vida aqui como o mundo segue; nosso caminho não é direcionado ao Egito, pois estamos caminhando para o lar celestial e a estrada está cheia de perigos. O Neguebe localiza-se na parte sul de Israel e é a região menos favorecida por chuvas. Abraão passou por esse lugar e devido a fome que houve ali foi melhor sorte no Egito (Gênesis 12:9,10).
        Essa região seca fornece para nós o quadro do que é este mundo para os crentes. Muitas vezes a sorte do povo de Deus aqui parece ter desaparecido, pois não há qualquer sinal de chuvas de bênçãos em nosso meio. Parece que Deus nos abandonou; parece que fomos esquecidos no meio de tantas lutas; parece que o mundo avança em situações melhores; parece que a mentira prospera, que o Egito mundano ri de nossa aparente desventura. Não temos esperança aqui; na seca não há como trazer chuvas, senão com as bênçãos de Deus. Mas eis o que acontece, pois no Neguebe havia as inesperadas torrentes. Quando tudo parecia ser sequidão e morte, eis que de repente inundações transbordavam o Neguebe. Acontecia que uma forte chuva que ocorria em lugares distantes enchia aqueles lugares tomados pela seca.
        É exatamente o que acontece com nossa jornada por este mundo, pois quando tudo parece que só há morte, sofrimentos, tristezas, angústias, etc. Eis que hoje passamos por dias assim, pois não vemos sinais dessas torrentes que vem do alto, as riquezas que vem do céu a nós aqui. A igreja passa por dias perigosos, por lutas terríveis; ela está cercada pela maldade, porquanto o mundo prospera em suas mentiras, perversidades e práticas contra a lei de Deus e contra os céus. A igreja de Deus sofre com o que ocorre ao seu redor. A igreja é santa e por andar em santidade ela não pode suportar o que vê; e o mundo tem forçado entrar no meio do povo de Deus; o mundo tem usado de estratégias para forçar a igreja a aceitar seus métodos, suas ideias predominantemente humanistas e apóstatas, além de suas abominações dentro dela.  
        Não é o momento para orarmos e suplicarmos perante a face de compaixão do nosso Deus? “Restaura, Senhor, a nossa sorte...”. Não temos para onde ir, senão humilharmos e encher nossos pulmões espirituais desse santo oxigênio e assim fazer subir nossas petições como cheiro suave perante nosso Deus. O mundo está zombando de nós; falsos mestres com suas maldades tentam escarnecer de nossa fé e mostrar que estão sendo mais “abençoados”; a palavra de Deus está sendo usada como instrumento para profanação e como fonte de enriquecimentos ilícitos. Tudo isso vemos ocorrendo ao nosso derredor e parece que essas forças do mal tentam aproximar para ameaçar até mesmo nossa existência aqui. Estamos passando por esse terrível Neguebe; estamos sentindo agora o fato que o mundo odeia o povo de Deus e que não pode suportar nossa presença nem um pouquinho mais.
        O que fazer nesse instante quando nossa sorte parece ser de ruína, desolação e morte? Não é um momento precioso para avançarmos? Foi assim com Davi quando viu o exército filisteu cercando os medrosos soldados de Saul. O que Davi fez? Recuou? Não! Avançou! Os inimigos nada podem contra o povo salvo e  perseverante. Nossa fonte de recursos inesgotáveis está no céu e com nossos joelhos fincados no solo devemos elevar nossas vozes em agonia, súplicas, jejuns e intercessões: “Restaura, Senhor, a nossa sorte...”.

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