Você encontrará aqui publicações a respeito do evangelho bíblico. Muitos são postados por mim mesmo, mas outras mensagens vinculadas à verdade da mensagem da graça, publicada por homens que levam a verdade à sério serão achadas. Que este blog seja uma verdadeira mina de riquezas espirituais, a fim de que suas vidas sejam edificadas e o Nome Glorioso seja exaltado!
quinta-feira, 23 de janeiro de 2020
sexta-feira, 17 de janeiro de 2020
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
terça-feira, 14 de janeiro de 2020
QUEREIS TAMBÉM RETIRAR-VOS? (1)
“Então,
perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da
vida eterna; e nós temos crido e conhecido que tu és o santo de Deus” (JOÃO 6:67-69)
INTRODUÇÃO:
Caro leitor, não podemos ignorar essas
palavras que saíram da boca de Pedro no final dessa mensagem dada por Cristo
aos judeus. O capítulo inteiro está recheado de tantos ensinos preciosos da
graça soberana e o Senhor não procurou encher o ambiente de ilustrações, como
Ele fez no Antigo Testamento. Quem lê os escritos dos profetas pode perceber
que Deus sempre usa de ilustrações em Suas palavras dirigidas ao Seu povo. Mas
não vemos isso neste capítulo. O Senhor estava cercado de judeus, os quais
estavam à procura de “bênçãos materiais”, como o mundo sempre busca. Nosso
Senhor havia multiplicados os pães, e eles O procuraram a fim de fazer Dele o
Rei de Israel.
Por fora pareciam homens religiosos,
santos e tementes a Deus, mas por dentro mostravam que não passavam de
mundanos, rebeldes, assassinos e supersticiosos. Eram eles surdos, mudos e
paralíticos; estavam mortos em seus pecados; eles entendiam qualquer lição
relacionada às questões religiosas deste mundo, mas eram tapados em reconhecer
a linguagem santa e eterna proveniente da boca do Senhor. O Senhor havia dito a
eles que as Palavras proferidas eram espírito e vida, mas eles não as
entendiam. Eles compreendiam as letras do ponto de vista mundano. Como
compreender a linguagem: “Comer minha carne e beber o meu sangue?” Aquilo era
loucura para aquele povo, cujo coração estava endurecido. Nosso Senhor não
mudou Sua linguagem; não procurou usar de ilustrações, nem parábolas. Por essa
razão eles fugiram, ficaram escandalizados com as palavras do Senhor.
Mas o Filho de Deus não mudou sua
mensagem para mantê-los perto. Nosso Senhor não queria agradar os homens; não
correu para trazê-los de volta. As mensagens ilustradas do Velho Testamento não
fizeram com que eles voltassem para Deus, como o faria agora? O Senhor estava
diante de um povo sem vida; em seus corações reinava o pecado e por fora estava
satanás lhes guiando pelas mentiras religiosas. Nosso Senhor mostrou a eles que
veio ao mundo para fazer a vontade do Pai que lhe havia enviado e não a vontade
deles. Além disso, nosso Senhor ressalta bem em todo capítulo que a salvação é
obra de Deus, porque ninguém é salvo, a não ser que Deus realize essa obra.
Notemos bem que todos saíram; não
queriam ouvir aquela mensagem, por isso voltou para seus discípulo com a
interrogação: “Quereis também retirar-vos?” Assim, as palavras do Senhor vêm mostrar
um Deus soberano que age por misericórdia. Ele não tinha uma linguagem que
agradaria os homens; a multidão ouviria da condição na qual o pecado lhes
colocou. Ele não falaria de política, de dinheiro, de saúde e outros assuntos
terrenos. Sua linguagem era espiritual e eterna. É óbvio que os judeus e o mundo
rejeitariam a mensagem, assim como rejeita hoje. A resposta de Pedro como
porta-voz dos outros mostra que é só pela graça de Deus: “Para onde iremos nós?”.
E você meu amigo, quer ouvir a mensagem
da verdade ou vai querer retirar também? Conheci muitos que ouviram e parecia
que queriam ouvir mais. Mas assim que a mensagem começou a tocar em seus
corações e mexer com o orgulho, então abandonaram.
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NÃO VERÁ A VIDA (4)
“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA
QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
Tomemos a vida de Saulo de Tarso, porque
sabemos o quanto era um homem incrivelmente sério e zeloso em sua religião. Não
era ele um hipócrita, porque cria que tudo o que fazia estava certo; que todo
seu esforço redundaria numa ressurreição final e que um dia iria morar no
Paraíso celestial com Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, etc. Paulo era um morto
espiritual; a luz da verdade revelada não havia entrado em seu coração e tudo
que recebera não passava de mentiras e para aquelas mentiras ele havia se
dedicado e consagrado, assim como acontece com os mulçumanos. Dentro do seu
coração Saulo nutria um tremendo ódio contra o Senhor e respirava nele um
sangrento desejo de ver mortos os seguidores desse Nazareno.
Tenho passado essas coisas, a fim de
mostrar o que significa o que o texto diz: “Não verá a vida...”. Nós estamos
acostumados a olhar o homem e ver boas qualidades nele; observamos
cuidadosamente boas coisas que achamos que podem leva-lo a Deus. Mas, que valor
tem um morto? Será que entendemos que o pecado trouxe a morte? Será que
entendemos que não há qualquer sinal de vida no homem? No que tange a vida aqui
ele tem, mas quando se trata de coisas eternas ele está morto. Sendo assim
devemos entender que a existência do homem no pecado é completamente sem valor
para Deus. Pode ser os grandes como Herodes, Pilatos, Félix ou Faraó. Não
passam de mera fumaça que aparece agora e logo se dissipa. Pode ser os ricos,
os cultos, os fortes e grandes nomes que surgem na religião mundana. Não passam
de meros cadáveres inúteis para Deus.
Mas você pode retrucar, dizendo que
morte, conforme o texto, não significa morte, mas sim num estado como se
estivesse sem vida. Ora, para que Deus usaria o termo morto? Além disso, por
causa desse termo é que Deus usa a palavra “ressurreição”, a fim de dizer que
Ele nos deu vida. Se tirarmos a palavra “vida” ou “morte” do seu significado
literal, teremos que dizer que Jesus não morreu na cruz; que Ele estava
semimorto e que a ressurreição era realmente uma mentira. Fujamos desse perigo!
Para nós os homens estão vivos, porque podem falar, caminhar, trabalhar,
pensar, sentir e tomar suas decisões neste mundo. Mas isso é o que vemos.
Porém, quando se trata de coisas espirituais eles estão mortos, são defuntos
andantes; estão surdos, mudos, paralisados, com a mente e emoções em trevas.
Notemos que quando trata-se de coisas desta vida eles estão bem vivos, mas
quando se trata de Deus, da glória de Deus e de coisas eternas, eles ficam em
absoluto silêncio ou procuram sair.
O Senhor e seus apóstolos jamais mudaram
a mensagem. É verdade que eles lidaram com os homens como seres vivos,
responsáveis perante Deus. Quando Deus lida com os homens é sempre assim, pois
Ele os convoca a entender que a culpa do pecado é deles; que é insana a vida
que eles levam em suas idolatrias e práticas perversas. Deus lida com os homens
no fato que eles vão enfrentar o juízo, que terão de prestar contas perante o
grande Juiz e que no final o juízo de Deus será um juízo justo e santo. Devido
ao pecado os homens estão mortos e carecem de uma intervenção vivificadora de
Deus, assim como Lázaro precisou para voltar à vida. Mas os homens, como seres
responsáveis são chamados à responsabilidade deles. Eles são culpados pelos
seus pecados, por não darem a Deus a glória que lhe é devida; por usar da
criação e ainda viver em suas maldades.
O evangelho convoca os homens ao arrependimento,
porque quando os homens se arrependem é sinal que eles estão no lugar certo,
onde Deus usará ou não de compaixão para com eles.
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
NÃO VERÁ A VIDA (3)
“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA
QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
Avancemos um pouco mais no exame do
termo “vida”. Lembremos bem que a vida que recebemos de nossos pais nada tem de
valor para Deus, pois com a queda fomos postos como condenados perante Ele.
Além disso, a bíblia deixa claro que o homem natural está completamente
distante e alheio à vida que há no Filho. Não importa a condição de vida aqui;
pode ser um famoso Herodes, um poderoso Faraó ou o mais simples lavrador, todos
estão na mesma condição. Digo mais que até o mais religioso da face da terra, sendo
considerado por todos como alguém santo e digno do céu, não passa de um homem
natural bem emplumado como uma ave, sem qualquer discernimento das verdades
eternas. Vida natural é completamente oposta à vida espiritual. A existência da
primeira está condicionada apenas à este mundo, enquanto a existência da outra
é para sempre – eterna.
Examinemos essa verdade, vendo a vida
do religioso Nicodemos. Quando ele foi ter de noite com Jesus (João 3),
certamente ele pensava que estava certo, que sua religião era a verdadeira e
que era um mestre no conhecimento das coisas de Deus. Porém aquele homem foi
surpreendido pelas palavras do Senhor: “Necessário vos é nascer de novo”.
Notemos que Jesus colocou Nicodemos juntamente com todos em Israel e em sua
religião dos fariseus: “...vos é...”. Nicodemos pensava que tudo estava bem
entre ele e Deus, mas foi surpreendido com uma linguagem que ele jamais ouvira;
até aquele dia ele ouviu apenas sobre as letras da lei e jamais conhecera o
espírito da lei. Nicodemos não passava de um homem natural, nascido de Adão,
sem qualquer ligação com a fé de Abraão de outros homens de Deus.
É essa a condição de todos os homens,
não importa a raça, a cor, a religião, os pais, etc. todos nasceram no pecado e
essa vida nada tem de valor para Deus. Sem a vida que há no Filho, quem é o
pobre ser humano? Não passa de um peregrino, sem pátria aqui e sem lugar no
céu, marcado para ser atirado no abismo eterno. Como podemos nós mudar essa
situação? Tem alguma esperança de que as coisas melhorem para os homens aqui?
Claro que não! Podemos nós chegar ao cemitério e chamar os mortos à existência?
Olhemos tudo na visão bíblica e vejamos como o pecado trouxe a morte em todos
os aspectos.
Outrossim, olhemos os homens no pecado,
em suas vidas como naturalmente vivem. Não é verdade que eles são contentes na
vida natural? Eles veem a vida aqui como a coisa mais bela e charmosa; o mundo
para a vida natural é encantadora e cheia de atração, porque é a vida natural.
Fale do céu para o homem natural; fale das glórias eternas, do fato que lá não
há dor, nem morte e que lá é o verdadeiro Paraíso. O homem natural ignora tudo
isso, porque soa estranho aos seus ouvidos. Para o homem natural a vida aqui é
melhor, porque tudo é visto à luz daquilo que eles veem e ouvem. Para eles a
esperança está aqui e até as dores, morte, lutas, maldades e acontecimentos
trágicos fazem parte desta vida natural.
Tentar fazer da vida natural uma vida
espiritual é tão inútil quanto fazer um animal ser participante da vida humana.
A condição do homem perante Deus é de morto. Ora, não estamos lidando com esta
ou aquela religião; não estamos tratando aqui de coisas inventadas por homens
religiosos. A linguagem de João 3:36 é do próprio Deus: “...não verá a vida...”.
É uma terrível sentença de morte eterna que paira sobre a cabeça de homens e
mulheres que permanecem impenitentes em seus pecados. É como se Jesus entrasse
no cemitério e dissesse: “Vou chamar Lázaro, mas aquele que está noutro
sepulcro não”. Deus dá a sentença eterna aos pecadores e isso é algo que deve
nos aterrorizar, porque muitos que aqui vivem, jamais verão a vida.
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AS ARMADILHAS DO PECADO ( 12 de 12)
“Portanto, eu os
julgarei, cada um segundo os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor
Deus. Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões, para que a
iniquidade não lhes sirva de tropeço” (Ezequiel 18:30)
A GRANDE DESCOBERTA
Oh! Quão terrível é a armadilha do pecado!
Israel nos dias de Ezequiel não viu, por isso foi levado para o cativeiro. No
profundo poço do pecado os homens não conseguem ver o propósito da tão grande
salvação; que Deus é o grande Salvador, cheio de misericórdia que se manifesta
aos pecadores. O amor pelo pecado é tão terrível que os homens não percebem que
perigos mortais e eternos rondam suas almas a todo instante, à semelhança do
homem que com uma corda conseguiu alcançar os ovos de uma ave rara, num lugar
alto. Assim que ficou perante os ovos e pronto para pegá-los, descobriu que
havia soltado a corda e que ficaria preso naquele lugar, sem poder escapar da
morte certa. Preocupado, percebeu que a corda que havia soltado estava
voltando, e ele, num esforço incomum conseguiu escapar da morte.
Conforme o Salmo 40 o Salmista percebeu
que estava num profundo poço do pecado e que somente o Deus de amor poderia tirá-lo
de lá. Pobres almas! Muitos lutam na vã tentativa de escapar desse buraco onde
estão, mas todo esforço é inútil, é como mexer numa areia movediça, porque se
afunda mais. O nosso Senhor, mesmo justo, perfeito, sem mácula, pode entender a
condição do homem, pois voluntariamente veio e assumiu nossa miserável
condição, a fim de levar nossas culpas e pecados sobre Si. Ele viu a miséria do
pecado e até clamou ao Pai para livrá-Lo (Salmo 22). Somente o poder da graça
compassiva pode mostrar aos homens a miséria, assim como Deus mostrou aos
moradores de Nínive (Jonas 4) e eles puderam clamar ao misericordioso Deus de
Israel.
E você, meu amigo? Já pode perceber a
realidade da queda? Será que ainda está vivendo nas alturas da soberba, sem
imaginar que perigos eternos rondam sua alma? Será que está pronto a continuar
transitando na escuridão, atraído pelas paixões e achando que nada há de
errado? Será que, como Saulo de Tarso, está achando que é capaz de ser
religioso por si mesmo e ainda encontrar o paraíso após a morte? Acha que pode
fugir da verdade, pensando como Félix que haverá outra oportunidade? Acha que é
poderosamente capaz de fazer aliança com a morte e com o inferno, sem perceber
que poderá ser a próxima vítima? Por que não ouvir o Senhor? Por que brincar de
surdo, achando que pode manipular Deus e passar despercebido nesta vida?
Enquanto o homem brinca, eis que satanás se diverte em dominar a mente com seus
truques religiosos. Tudo o esperto pai da mentira fará para que o pecado não
seja visto como tragédia; tudo ele fará para que o mundo pareça melhor, mais
belo e com a estrada para o inferno bem enfeitada e cheia de atrações.
Como o Senhor se manifestou para Israel naqueles
dias, da mesma forma ele se manifesta aos pecadores em todos os lugares e em
todos os tempos: “Convertam-se e afastem-se de todas as suas transgressões,
para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”. Essa mensagem aos homens
jamais mudou, porque a condição dos homens é a mesma. Deus está chamando os
pecadores ao arrependimento porque só Ele mesmo vê os perigos eternos que
rondam as almas, como uma perigosa e venenosa serpente oculta; como um leão à
espreita. É para fugir para Ele, porquanto Ele mesmo é o socorro e livramento
para os que O buscam de todo coração. Ele mesmo afirma no texto que não tem
prazer na morte do ímpio, pois Ele sabe o horror eterno que espera a alma
impenitente. Eis agora o dia da salvação! Eis agora a oportunidade que é dada
aos pecadores para que sejam salvos! Eis o Salvador bendito, Aquele que desceu
do céu e veio à terra, a fim de dar-Se a Si mesmo, para livrar homens e mulheres
do sofrimento merecido!
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2020
AS ARMADILHAS DO PECADO ( 11 de 12)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
Estamos
vendo o que realmente significa a queda no pecado e suas armadilhas postas ao
longo do caminho largo. O pecado sempre é inversão dos valores; sempre mostra o
caminho oposto a Deus. A natureza do pecado sempre fará com que Deus seja
removido da frente; toda aquela noção bíblica de Deus, de sua presença,
onipotência, onipresença e onisciência não existem no pecado. O efeito terrível
do pecado é que a pessoa sempre a de buscar outro deus, porque tudo do pecado é
inverso, segue o caminho que desce e não que sobe. Além disso, a força do
pecado é mostrado no orgulho próprio, porque mesmo cercado de perigos
terríveis, ainda assim o homem não vê, pelo contrário o efeito de sua decisão é
desafiar Deus e dizer que não é verdade o que Ele afirma a respeito Dele.
Notamos isso
na vida de Nabucodonosor, o perverso e tirano rei da Babilônia. Daniel havia
advertido o rei do que haveria de acontecer, caso ele não se arrependesse do
seu orgulho e tanta maldade praticada. Mesmo assim, o monarca arrogante olhou
para a linda Babilônia e louvou a si mesmo por ter feito aquelas maravilhas.
Foi assim que imediatamente Deus o demoveu do seu lugar de rei e o impeliu para
o mato, a fim de viver como um animal por alguns anos. Notemos o que o pecado
faz na natureza humana, porque remove qualquer temor e cerca o ambiente de
orgulho e independência, como se Deus simplesmente não existisse, ou estivesse
longe. Outro detalhe é que o pecado é por si mesmo enganador, porque mesmo nas
derrotas claras o pecado há de inserir no coração a ideia de que tudo vai dar
certo.
Tomo agora a
vida de Belsazar, (Daniel 5) filho de Nabucodonosor, porque após a
interpretação daquilo que a mão de Deus escreveu na caiadura do palácio, o rei simplesmente
ignorou o perigo mortal. O exército Medo e Persa já havia tomado o palácio e
ele seria morto naquela noite. Mas todo aquele acontecimento que havia
transtornado o rei e a todos, simplesmente foi ignorado, ele quis recompensar
Daniel pela interpretação e naquela mesma noite foi morto. O pecado tem esse
terrível efeito, pois se Deus não usar de misericórdia, a natureza do pecado há
de empurrar o homem para o abismo de forma inevitável. Não é essa a mentalidade
de Lúcifer, satanás? Claro! Ele acha que tudo vai dar certo, que Deus está
errado e trabalha de forma terrível, a fim de trazer ao mundo seu grandioso
propósito de estabelecer um reino de ateísmo e perversidade, mesmo sabendo que
seu destino é o Lago de fogo.
Assim segue
o homem em seus pecados; em sua cegueira não vê quantas armadilhas estão postas
no caminho que segue, utilizando a mesma mentalidade de satanás, achando que a
vitória virá, que o próximo dia, mês e ano serão melhores. Não há como findar
esse sistema, porque mesmo no sofrimento e à beira da morte o homem no pecado
sente que tudo vai dar certo. Não há no pecado um elemento de mudança; não há
como desligar o homem desse estado pervertido no qual se encontra. Para alguns
Deus concede que vá longe e amplia sua felicidade em meio a prosperidade, mas
não demora para que o Senhor remova tudo e puxe o ímpio para sua cova. Foi
assim com Esaú, pois seu anseio de se tornar uma próspera nação foi alcançado,
e de fato foi. Ele e seus descendentes construíram Petra e progrediram de forma
dinâmica e com muita habilidade. Mas não demorou para que Deus, a Seu tempo
viesse e destruísse toda aquela grandiosidade e deixasse os escombros para a
história ver que é assim que Deus faz com quem ousa desafiá-Lo.
Só há uma
resposta para os que estão no pecado: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que
sejam cancelados os vossos pecados...” (Atos 3:19)
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NÃO VERÁ A VIDA (2)
“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA
QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
Uma vez dada a introdução procurarei
entrar nos detalhes do texto. Lidemos com a preciosa palavra de Deus; chequemos
a linguagem santa, examinando-a à luz da mentalidade divina, conforme Ele nos
transmite em toda Escritura. Nunca devemos esquecer que a Palavra de Deus há de
trazer contradição naquilo que ela mesmo ensina. O que parece ser contradição é
devido nossa visão errada. Os erros doutrinários aparecem justamente porque
ensinos são extraídos, não à luz da verdade conforme Deus fala em toda Palavra,
mas sim porque elementos colocam seus raciocínios falazes, a fim de tentar
fazer com que a Bíblia fale o que eles querem. Os judeus, por exemplo, viam
apenas a letra das Escrituras e não o espírito que que as envolviam, por isso
manifestavam ira e até mesmo disposição assassina contra o Senhor.
“...quem crê no Filho tem a vida
eterna...”. Quero que analisemos a palavra “vida”, a qual aparece no texto duas
vezes. No Novo Testamento 3 palavras gregas aparecem traduzidas “vida”. A
primeira que aparece em 1 João é a palavra “bios”, a qual trata-se do aspecto
físico ou aparente da vida. O outro termo é “psique” e normalmente trata-se da
alma. Esta palavra foi usada por Cristo para falar sobre esta vida que envolve
a alma em sua ligação como corpo. Por exemplo, quando Ele fala do homem louco
que ajuntou riquezas e disse para sua alma: “Come, bebe, folga e regala-te”.
Ele usa o termo psique para referir a essa vida que termina aqui com a morte. Mas
o termo usado em João 3:36 e em todo livro de João é a palavra grega “Zwê” que
é usada para referir à vida que está acima de psique e bios; é a vida por
excelência, a vida que há no Filho.
Quando nascemos viemos ao mundo com “bios”
e “psique”, a vida física e a vida da alma. Não trouxemos a vida que há no
Filho. A entrada do pecado nos tornou homens naturais, homens físicos ligados à
alma. Não trouxemos a vida que há no Filho, mas sim a vida que há em Adão.
Noutras palavras, esta vida natural nos tornou daqui, da terrena e não do céu.
Sem a vida que há no Filho, a vida verdadeira e eterna, para Deus o homem é um
morto. A vida natural é fruto do pecado e em toda Escritura Deus mostra nosso
estado de imundície, com o qual entramos neste mundo. Vejo como o movimento
evangélico moderno tem feito de tudo para que todos sintam que são filhos de
Deus, que podem orar, adorar e outras atividades religiosas. Mas quanto engano!
O texto de João 3:36 deixa claro que “quem temo Filho, tem a vida...”.
Significa que há diferença, que têm os que receberam a vida que há no Filho e
os condenados. O texto afirma categoricamente que muitos não verão a vida.
Para falar um pouco mais sobre nosso
estado natural de imundos, precisamos ver alguns textos bíblicos que vão nos
ajudar. Davi, quando se conscientizou do seu pecado e chegou em confissão
perante Deus, ele pode compreender a realidade da imundície do pecado: “Eu
nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe”. Imediatamente ele pediu
ao Senhor que o limpasse e o purificasse usando os rituais de purificação,
conforme a lei (Salmo 51. Leia todo esse Salmo). Além disso vemos essa verdade
claramente estampada em Isaías 64:6: “Mas, todos nós somos como o imundo...”. O
Velho Testamento usa muita figura física de imundície, como o leproso e como a
mulher no período da menstruação, a fim de enfatizar o estado no qual deixou o
homem no pecado.
Passei bem rápido por esses textos
somente para lembrar meus leitores, que não há no homem a vida aceitável a
Deus. Para Israel em Isaías 1 Ele ordena: “Purificai-vos!”. Para os discípulos
em João 15 o Senhor diz: “Mas vós estais limpos pela palavra que vos tenho
pregado”. Tudo isso e muito mais é para que saibamos que não há naturalmente em
nós nada que atrai a simpatia de Deus.
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sábado, 4 de janeiro de 2020
quinta-feira, 2 de janeiro de 2020
NÃO VERÁ A VIDA (1)
“Por isso, quem crê
no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não
verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36) INTRODUÇÃO:
Prezado leitor, creio que devo chamar sua
atenção para este texto tão precioso e cheio de instruções. Preciso tomar cada
palavra aqui e deixá-las bem esclarecidas em vossas mentes e emoções, pois eu
sei que essa é a função de um pregador. O texto em si mesmo é profundamente
esclarecedor e confrontador, além de mostrar o ensino glorioso da tão grande
salvação e também do terrível estado do homem em seus pecados. Não há dúvida
que para esta época tão cheia de armadilhas religiosas, tão bem preparadas pelo
pai da mentira, os homens desta geração precisam saber o que a bíblia deixa tão
claro à mente de todos. O texto ataca o programa ecumênico, humanista e
socialista destes dias tão perigosos como uma leoa à espreita.
O texto deixa claro que uma alma não
salva não verá a vida e sobre isso que desejo tratar aqui. Essa declaração é
terrível, porque mostra a condição tão espiritualmente aterradora, na qual
vivem os homens no mundo, porque se eles não verão a vida é porque estão mortos.
Olhando superficialmente, essa afirmação incrivelmente reveladora parece tão
superficial que pode bem ser descartada como algo sem importância. Uma razão é
que quando vemos uma frase como essa: “...não
verá a vida...”, traduzimos no íntimo como algo que não fará diferença. Sem
vida no nosso entendimento tão pobre é algo que não chama a atenção. Vida para
nós é vivacidade, é ser alegre, jovial, ter o prazer de curtir o mundo, etc.
Mas nós estamos lidando com a Palavra de Deus e na bíblia estar sem vida
significa “estar morto”.
Mas o texto é tão desafiador que vou
mostrar-lhes o quanto a situação é aterrorizante para a alma que continua com
seu coração em plena rebelião contra Cristo. A frase aparece como uma sentença
que cai sobre homens e mulheres os quais ignoram a importância da salvação. É
fato que o evangelho moderno nem mesmo quer saber desses detalhes tão
impressionantes, porque tudo hoje é superficial, tudo é visto do ponto de vista
humano, social e os homens são tratados como pessoas que sofrem e que precisam
de nosso socorro. Olhamos tudo à luz da aparência, do sofrimento externo, mas a
bíblia não vê as coisas assim. Deus vê a raça caída em Adão; que todos pecaram
e que diante de Deus não quem possa estar em condição melhor. A bíblia afirma
sobre o fato que a morte entrou e que os efeitos mortais do pecado estão por
toda parte em forma de doenças, perversidades, pobrezas e mortes.
Outro detalhe importante é que não estou
trazendo um evangelho diferente, porque essa mensagem foi pregada pelos
apóstolos e por grandes pregadores, homens de Deus que levavam a sério a
verdade conforme está escrito. O que eles pregavam? Eles afirmavam que os
homens estavam mortos em seus pecados e que nada tinham de desejo em ir para
Deus, justamente como afirmou nosso Senhor aos judeus: “E não quereis vir a mim
para terdes vida”. O antigo evangelho sempre buscou glorificar a Deus em Sua
atuação soberana. O que diz o texto acima? Afirma que os homens em seu estado
de rebelião contra o Filho não verão a vida. Que estado de condenação! Que
estado lastimável! É como se o Autor da vida estivesse passando num cemitério e
neste e naquele túmulo ele olhasse e dissesse: “Este e aquele não verão a vida”.
Vejamos como tudo fica claro nas
Escrituras; vejamos como Deus nunca mudou seus pensamentos. O mesmo Deus que
disse: “Amei Jacó e aborreci de Esaú” é o Deus que fala a mesma coisa: “Este eu
o chamo para a vida, aquele não”. Não é para nós temermos e tremermos diante do
grande Senhor? Esse é o evangelho bíblico que soa como uma doce sinfonia aos
corações santificados, enquanto para outros não passa de loucura.
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AS ARMADILHAS DO PECADO ( 10)
“Portanto, eu os julgarei, cada um segundo os seus
caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor Deus. Convertam-se e afastem-se de
todas as suas transgressões, para que a iniquidade não lhes sirva de tropeço”
(Ezequiel 18:30)
A MAIS TERRIVEL QUEDA (Romanos 3:23)
O pecado
injeta na alma um conceito de que o mundo é um lugar de paraíso e glória; é o
mais poderoso efeito do pecado, porque é seu trabalho anular a glória de Deus e
as realidades eternas. Todo propósito do pecado é opor-se a Deus e aos
conceitos eternos. O pecado a vida aqui parecer melhor e que é infindo este
sistema e não há como escapar dessa armadilha mortal, mesmo, a não ser que haja
uma intervenção da graça operante de Deus na vida. Um Esaú há de escolher um
mundo onde ele poderá ter uma descendência, com fama e riquezas aqui. Um Jacó,
não fosse a eleição divina escolheria também o mesmo caminho desejado por sua
natureza pecaminosa. O ladrão na cruz, mesmo em face da morte, ainda assim
queria um Salvador que lhe trouxesse um livramento dessa morte e um escape para
voltar à vida que sempre teve e não fosse o milagre da graça jamais escaparia
da condenação do inferno que tanto lhe aguardava. Pilatos era seduzido pela fama
e pelas honras terrenas, por isso, mesmo vendo ser Jesus inocente e Justo,
preferiu condená-lo e libertar o criminoso Barrabás.
O pecado
também tapa a visão e os ouvidos, tornando a alma incapaz de enxergar e de
ouvir. Veja bem, não estou tratando do aspecto físico, porque neste aspecto
tudo poderá estar funcionando maravilhosamente bem. Porém, Deus vê o homem no
coração e é lá que tudo deve funcionar perfeitamente bem. O pecado faz com que
todas as funções que o homem no coração deveria ficassem sem qualquer
utilidade, pois com o pecado tudo no homem interior deixou de funcionar. Seus
olhos estão cegos, os ouvidos surdos, os pés paralíticos, as mãos paralisadas,
a mente em trevas e as emoções sob a mentira. O Salmo 115 afirma que a pessoa
está como um ídolo mudo, surdo e inativo. Notemos o quanto o pecado em seu
serviço aqui é operante e até mesmo diria que é soberano em suas maldades.
O pecado
também remove Deus da frente, porque para a natureza do pecado não há divindade
que é onipotente, onisciente ou onipresente. No pecado tudo funciona com uma
visão daquilo que podemos ver e tocar, tudo deve ser palpável na lei do pecado.
O pecado, no máximo leva o homem a compreender as funções da alma, mas não
passa disso, porque a alma tem suas funções com o uso do corpo. Mas no pecado
não há a parte mais importante do homem que é o espírito. O corpo parece como
uma casca de ovo, mas a alma habita em escuridão lá dentro. Por isso que o
Salmista afirma acerca do ímpio: “...que não há Deus são suas cogitações”. É
por isso que o homem no pecado vive assim, como se não houvesse Deus; o temor
ao Deus vivo e verdadeiro é inexistente no homem que jaz no pecado, ele entende
a divindade à luz daquilo que vê, sente e pensa em seu mundo de escuridão. Um
homem pode cometer suas abominações, sem sequer imaginar que os olhos do
todo-poderoso estão mirando seus atos abomináveis.
Assim, Deus
removido da mente e das emoções, por isso é de se esperar que a lei do pecado
fará com que os homens criem outros deuses para si. Vemos que a nação de
Israel, mesmo aprendendo tudo sobre a lei e tendo um histórico de milagres e
poder da mão conquistadora de um Deus compassivo, ainda assim a preferência do
povo era voltada aos seus ídolos, atitude de franca rebelião, blasfêmia e
ousada rebelião. Eis o que a Palavra de Deus mostra acerca do pecado. Não há
qualquer esperança no homem; não há qualquer possibilidade que ele volte por si
mesmo para Deus, porque é impossível. Foi a graça que entrou trazendo luz em
plena escuridão, a fim de mostrar aos homens que há um Deus que opera
maravilhas nesse imenso mercado de escravos – o mundo.
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quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
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