quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (7)


                        
“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
QUAIS SÃO OS PERIGOS RESULTANTES DA VAIDADE DOS GENTIOS
        O propósito principal de satanás é levar vaidade aos corações; ele enche as almas de vento, daquilo que é nulidade e sem qualquer valor. Os crentes devem fugir dessas coisas e buscar socorro do Senhor em oração e na palavra. As vaidades servem de entretenimentos e retiram as mentes dos verdadeiros valores – os valores eternos. Os crentes estão no mundo, muitos mexem com negócios e ganham a vida trabalhando assim para o sustento de suas famílias. Isso não significa vaidade. A vaidade acontece no coração quando os mesmos interesses dos mundanos contagiam os corações dos santos e eles demonstram isso quando perdem interesse pelos cultos, pela oração, pela palavra e negligenciam suas responsabilidades com Deus.
        O que acontece é que as vaidades encobrem as realidades das coisas, não nos permitem ver a vontade soberana de Deus em tudo, corta de nós a visão do reino de Deus e tudo passa a ser visto à luz das coisas que acontecem aqui. Foi por causa disso que nosso Senhor instruiu seus discípulos em Lucas 6, acerca da preocupação com as coisas desta vida, como comer e vestir. Ele afirma ali que é assim que vivem os gentios. Então, à luz dessa passagem podemos perceber o quanto é perigoso gastar tempo com aquilo que os mundanos tanto amam, mesmo aquilo que é lícito e puro nesta vida. O fato é que satanás pulverizou a criação de Deus com o veneno da vaidade, por isso cuidemos para não sermos sócios desse programa pervertido que ele tem neste mundo e para este mundo.
        Agora é meu dever falar sobre o que a vaidade dos gentios pode produzir nos crentes. Primeiramente, as vaidades operam de tal maneira que o que é lícito e justo pode ser tornar pervertido e cruel. Muitos homens que se entregaram ao trabalho, mas esqueceram dos deveres para com Deus e para com suas famílias, logo caíram em terríveis pecados sexuais e até em atos desonestos, no afã de enriquecerem. Em nossos dias vemos como mulheres deixaram a ocupação dada por Deus a elas de edificarem suas casas, a fim de unir-se ao mercado de trabalho. Logo os resultados aparecem com prejuízos intermináveis e letais. Por quê? A razão é que foram tocados no coração pela vaidade dos gentios. O culto ao corpo é a solenidade deste mundo em nossos dias, e vemos crentes mais ocupados com a beleza física do que com adornos espirituais no viver. Enfeitam a aparência, mas nada há de beleza e santidade de Cristo no coração.
        Assim, a vaidade dos gentios consegue apagar toda e qualquer intenção de avançar em piedade e santidade. É mais fácil viver e gastar-se com a aparência do que com aquilo que somente a fé vê. É raro achar em nossos dias crentes maduros e prontos para ajudar adolescentes e jovens e muitos nem sequer querem buscar ajuda e conselho para um viver que agrada a Deus. A razão de tudo isso é porque o mundo que nos cerca tem revelado suas habilidades incríveis em gerar felicidade e conforto. O mundo inteiro está ao nosso dispor, é só apoderar dele.
        Quanto perigo cerca o crente em nossos  dias! Quanto prazer por estar na comunhão com os ímpios num cinema, num estádio de futebol, num churrasco ou festa de aniversário, do que estar nos cultos, aprendendo da palavra e conhecendo melhor acerca do Deus das Escrituras!

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (8 de 10)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
        O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER A BUSCAR A   SALVAÇÃO DOS PERDIDOS.
        Estou chegando ao ponto final dessa mensagem, mas não poderia findá-la sem essa aplicação em nossas vidas. Não há dúvida que o humanismo atual nos tornou cheios de uma bondade errada, por isso tendemos a trazer mais prejuízos do que realmente servir aos homens de uma forma eficaz e eterna. Falam muito de amor em nossos dias, mas claramente vemos que é um amor sem qualquer fundamento extraído da verdade que nos foi revelada. Estamos mais prontos a buscar o bem social e material dos homens; é um amor mais horizontal e não vertical. É comum ver a falta de homens e mulheres amadurecidos e aptos para edificar, exortar e ajudar dentro das nossas igrejas. Os cultos hoje focam em sentimentos e não na solidez da verdade. Tudo é feito para que no ambiente todos se sintam bem, como se estivessem tomando calmante ou mesmo comprimido para evitar dores.
        Mas, na verdade a igreja de Deus, composta de pessoas salvas do pecado, na realidade demonstrará que é cercada de um ambiente de misericórdia. Ora, quem conheceu a misericórdia de Deus, há de entender que os homens ao derredor precisam de misericórdia. É exatamente aqui que quero tratar sobre o fato que o amor de Cristo deve buscar a salvação dos perdidos. Foi essa a atitude de todos os santos, dos verdadeiros crentes em todo lugar e em toda história. Foi esse espirito compassivo que ocupou o coração de homens e mulheres que foram chamados a pregar o evangelho em lugares distantes, ermos e perigosos. Tudo porque a misericórdia envolveu suas vidas. Muitos deles, em suas atividades não pareciam que carregavam esse emblema do coração de Deus, como os profetas, mas a reação deles ao ver o juízo de Deus vindo sobre o povo, mostrava o quanto aqueles homens realmente eram movidos de profunda compaixão, como Moisés que amou profundamente Israel, lutando em oração e intercessão para que Deus não destruísse o povo rebelde.
        Tendo essas verdades cravadas em nossas mentes e emoções, eis que sem dúvidas podemos entender o que significa “o amor de Cristo nos constrange”. Constrangeu Paulo a não mudar sua atitude para com a igreja em Corinto, mesmo mal entendidos por alguns crentes dali, o apóstolo permaneceu firme em seu desejo de ajudar aquele povo. Notemos bem que não fomos chamados para salvar, mas a compaixão de Deus em nós chega a tal ponto que parece que nós mesmos queremos salvar os homens. Foi isso o que Paulo transmitiu sempre em relação ao mundo e em seus cuidados pelas igrejas. Ele, como que, sentiu “dores de parto” pelos crentes da Galácia.
        Nós também não podemos desfrutar desse mesmo amor tão envolvido em compaixão? Não é o momento para que deixemos de uma vez nosso egoísmo para entregarmos de coração pelo bem eterno daqueles que estão ao nosso derredor? Estou certo que sim. Estamos tão envolvidos noutras atividades, em nossos projetos de um viver confortável aqui, que esquecemos que somos o povo da misericórdia. Com uma visão clara do que é de fato a salvação bíblica, não há dúvida que vamos querer ver o bem eterno daqueles que ao nosso derredor estão perecendo. A nação brasileira está a cada dia apodrecendo no pecado das drogas, da imoralidade sexual, da destruição da família e de outras atividades pervertidas associadas. Enquanto isso ocorre, o interesse pela oração é quase nulo; não vemos altruísmo na disposição nossa de negar a nós mesmos pelo bem eternal daqueles que nos cerca. Tudo isso porque vemos nossa salvação, mas não vemos a perdição dos milhares.


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (7)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À CONSAGRAÇÃO
        Também, devemos consagrar todo nosso ser, porque tudo é Dele: “Foi Ele quem nos fez e Dele somos”. Seria loucura ignorar esse fato, mas a verdade é que o pecado dominou tanto nosso ser que entregamos com orgulho insensatez tudo de nós para servir a iniquidade aqui. A luz radiante que brota da cruz veio e mostrou quem realmente somos, e que tudo foi feito perfeitamente no corpo, na alma e no espírito, para que fôssemos santuário de habitação do Seu Espírito Santo. Que doce Senhor! Que paciência e graça! Como foi que Seu amor nos suportou tanto e enfrentou tanta oposição, a fim de nos conquistar para Si!
        Vamos agora às particularidades das nossas atividades, porque temos um campo aberto à frente, a fim de demonstrar o fato que Seu amor nos constrange. Devemos nos consagrar aos cultos. Atualmente elementos perigosos têm feito tudo para desfazer a igreja em seu serviço local. Alguns desprezam a igreja do Senhor em suas atividades, conforme nos ensina a Palavra de Deus. Mas, o amor de Cristo deve nos constranger a estar com nossos irmãos, mesmos os mais simples. Por que não assentar com eles? Por que não cantar com eles? Por que não orar com eles e por eles? Por que não ouvir a palavra de Deus e Seus santos conselhos, a fim de enfrentar a terrível jornada no dia a dia? Sem uma igreja onde podemos estar presentes, adorando, servindo e demonstrando nosso amor uns aos outros, não seremos capazes de lutar contra o terror das trevas neste mundo. Será que haveremos de olvidar a ordem do Senhor? “Não deixando de congregar, como é costume de alguns...”. (Hebreus 10:25).
        Devemos também mostrar como o amor de Cristo nos constrange, consagrando nossos bens, a fim de que, aquilo que temos usado seja para a glória do Senhor. Oh! Como tudo o Senhor nos tem dado em Sua graça, a fim de revertermos em adoração a Ele! Que sejamos como o rei Davi, pois após ter ajuntado tudo, pode adorar a Deus com o povo e demonstrar profunda humildade e temor, ao afirmar que tudo o que eles doaram para a construção do templo em Jerusalém veio de Deus e não deles mesmos (1 Crônicas 29). Também, nossos bens devem ser usados através da igreja, a fim de mostrar a glória de Deus através de nosso amor aos irmãos. O amor de Cristo sempre constrangeu os corações dos santos. Eles sempre foram fervorosos e aptos para dar o melhor, a fim de que outros em necessidade pudessem ser socorridos.
        O ambiente cristão deve ser inundado dessa atmosfera do amor de Cristo. O humanismo atual quer roubar isso e passar a glória para os homens. Onde o evangelho é pregado e a palavra de Deus reverenciada em temor, então ali pode e deve haver essa demonstração do amor. Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. O ambiente deve estar revestido da unção do céu, a fim de que todos sejam tomados de santo temor e louvor. Onde reina o pecado, ali reina a maldade; onde brota iniquidade, a morte estará presente. Onde o mundo está com sua presunção e mentira, ali estará o homem querendo se mostrar. Fujamos de tudo isso, pois o ambiente onde o amor de Cristo perdura é o lugar onde reina a verdade que nos foi entregue e onde a santidade de repousa.

SERVI AO SENHOR COM ALEGRIA (11 de 11)


                        
“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele que nos fez e não nós; somos o povo Dele e ovelhas do Seu pastoreio. Entrai pelas portas Dele com gratidão e em átrios com hinos de louvor; louvai-O e bendizei-Lhe o nome. Por que o Senhor é bom e eterna a Sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (Salmo 100).
NOSSO SERVIÇO MOSTRADO COM ALEGRIA
        Quero dar maior ênfase ao fato que servimos ao Senhor com bom senso bíblico, porque a natureza carnal e “religiosa” quer sempre passar à frente de Deus. O serviço sacrificial que é aceito por Deus é marcado pela obediência. Notemos que Saul, quando foi dada a ordem de executar os amalequitas, ele não o fez como Deus havia ordenado, então sua rejeição foi decretada através do profeta Samuel (1 Samuel 15). Para o arrogante rei ele tinha feito o que Deus queria, mas o fato é que ele fez o que ele mesmo, em sua pertinaz rebelião queria fazer. Os crentes sinceros obedecem ao Senhor de coração nos mínimos detalhes da vida e isso significa servi-Lo com alegria.
        Também, a graça que nos salvou não nos deixa esquecer o que éramos no pecado e o que nós fazíamos de coração em servir aos ídolos, a carne e ao príncipe deste mundo. Os mundanos servem com real prazer as ordens de um tirano e homicida; eles estão prontos a até mesmo morrer pela causa da mentira. Nós os crentes não podemos fazer o melhor? Por que temos que dar a metade para Deus? Por que devemos oferecer animais defeituosos no altar do Senhor? Olhemos a vida do rei Davi, assim que começou seu reinado. Lembramos que, com imensa alegria e festividade no coração o rei mandou trazer a arca para Jerusalém, porque sabia o quanto a presença do Senhor era de infinda importância para seu reinado. E quando foi censurado pela sua mulher, ele mesmo deu a resposta humilde de um servo de Deus: “...me envilecerei e me humilharei aos meus olhos...” (2 Samuel 6:22). Havia imensa alegria no coração daquele rei em servir ao Senhor.
        Fazemos isso também pela fé. Foi pela fé que nos convertemos e é pela fé que seguimos a jornada rumo ao lar celestial. Pela fé ordenamos que todo nosso ser e nosso corpo sejam rendidos e consagrados ao Senhor. Pela fé ordenamos o fim da preguiça, da amargura, da derrota, do desânimo; pela fé conquistamos paz e ordenamos que todos os que nos pertencem sirvam ao Senhor. Pela fé entendemos que Ele está conosco, que cuida de nós e não nos deixa um instante sequer. Pela fé crescemos em servir e aumentamos nossa alegria. Pela fé implantamos a verdade revelada em nossa mente, a fim de que só haja luz onde antes só havia trevas; pela fé tomamos nossas emoções e as consagramos ao Senhor, para que nosso regozijo seja real e não medíocre. Pela fé fazemos tudo isso e não permitimos que o combustível da carnalidade religiosa venha ser nossa motivação.
        Servimos ao Senhor com alegria porque temos habitando em nós Aquele que tomou nossas fraqueza e que nos conduz em toda verdade aqui; Aquele que nos inspira para amar a Cristo Jesus; Aquele que nos consola em todas as nossas tribulações e lutas. Mesmo as dificuldades que os santos enfrentam aqui, elas são degraus que nos levam a prestar melhor serviço a nosso Mestre. Caminhamos assim e conquistamos o gozo e alegria em melhor servir Aquele que aqui perfeitamente nos serviu. Termino aqui deixando a bela mensagem do coro de um antigo hino: “Oh! Quanto mais sirvo ao meu Salvador, mais doce e meigo Ele torna pra mim. A felicidade vem cada vez mais, sim quanto mais sirvo ao meu Salvador!”

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (6)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À CONSAGRAÇÃO
        Ao meditarmos no fato que nosso Senhor se consagrou totalmente por nós, não há como não derreter nossos sentimentos para que todo nosso ser seja consagrado a Ele. Foi isso que mobilizou Paulo. Aquele que antes era motivo do seu terrível ódio, é agora motivo de imenso amor. Ele trata disso no capítulo 3 de Filipenses. Ao conhecer Seu Senhor e vê como foi conquistado pelo Filho de Deus e que tudo agora o encaminhava para a tão almejada ressurreição, tudo isso moveu Paulo para viver e morrer por Ele. O mesmo Senhor do apóstolo é nosso Senhor; o que Ele fez por Saulo de Tarso, fez também por cada crente, antes pecadores e indignos.
        Outro fato importante na consagração é que todo nosso ser é Dele, nada é nosso. No milagre da criação em todo universo está a maneira como Ele nos fez. Incrível e majestosa atividade Daquele que nos fez como vasos de misericórdia (Romanos 9). O mundo está lotado de vasos da ira, de elementos que o Oleiro fez, moldando-os, a fim de fazer deles instrumentos de Sua ira. Notemos bem que Ele não fez o pecado, Ele apenas entrou no terreno do pecado, pôs Sua mão de poder na massa de pecado, a fim de fazer Seus instrumentos que demonstram Sua misericórdia e Sua ira santa. Ele é glorificado em tudo o que faz; Ele é glorificado tanto em salvar como em demonstrar Sua indignação contra o pecado.
        Então, o que eu sou? Fui eu quem determinou ser um crente? Fui eu quem decidiu ser o vaso de honra, objeto de Sua graça compassiva? Claro que não! Ele o fez porque quis fazer e essa foi a santa determinação de Sua abundante graça em meu favor. O que Ele viu em mim, a fim de vir em busca de um elemento como eu? Não poderei eu me consagrar e dedicar-Lhe todo meu ser? Só tem uma resposta: Fui amado por Ele, fui escolhido Nele e fui buscado por Ele. Essas verdades vêm como luz que invadem o santuário de nossos corações e que brilham nosso entendimento, a fim de organizar nossos sentimentos e nos levar a viver constrangidos em amar Aquele que nos amou primeiro.
        Além de toda essa história que vai infinitamente além da nossa capacidade de entendê-la em Sua profundidade, temos ainda o fato que nosso Senhor deixou Sua glória e veio até esse tão pequeno planeta terra, lugar escolhido para as façanhas da graça, a fim de se unir à nossa humanidade. Ele ousou nos conhecer de uma forma avassaladora, pois não veio aqui como um “turista da divindade”. Não! Ele se tornou Homem, a fim de habitar entre homens perdidos; veio conhecer nosso sofrer, o real significado com o poder da morte. Essa história foi de uma forma maravilhosa e perfeitamente registrada em toda Escritura, a fim de que todos ficassem sabendo disso. Ele não olhou apenas para um grupo, uma nação especial, mas sim para todas as famílias da terra, a fim de mostrar Seu infinito e eterno amor.
        Com esse amor Ele comunica com os Seus, mesmo antes de entrar neste mundo pelo nascimento. Quem pode ler todo Velho Testamento sem perceber que a voz é Dele e que as palavras são provenientes Daquele que nos amou? Que O amemos sim e que pelo amor Dele sejamos quebrantados, a fim de doar todo nosso ser.

SERVIR AO SENHOR COM ALEGRIA (10 de 11)


        
“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele que nos fez e não nós; somos o povo Dele e ovelhas do Seu pastoreio. Entrai pelas portas Dele com gratidão e em átrios com hinos de louvor; louvai-O e bendizei-Lhe o nome. Por que o Senhor é bom e eterna a Sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (Salmo 100).
NOSSO SERVIÇO MOSTRADO COM ALEGRIA.
        Crentes em Cristo, nossa entrega para servir ao Senhor é pela fé. A religião moderna é predominantemente emocional e afastada do fundamento bíblico. Mas a fé supera tudo isso e com coragem ousa servir ao Senhor. É tão bela a fé funcionando normalmente num coração obediente e feliz! Os santos viveram e vivem no mundo assim e conquistam plena vitória nessa atitude corajosa. Nosso serviço a Ele é resultado de um amor abnegado e corajoso e o Senhor é glorificado quando O servimos de coração. Foi baseado na verdade da ressurreição que Paulo exortou os crentes em Corinto para que se entregasse ao trabalho do Senhor e além de tantas maravilhas recebidas de Sua graça, Paulo afirma: “...sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor” (1 Coríntios 15:58).
        O serviço ao Senhor com alegria é feito com bom senso. Todos os santos de Deus se alegram em servir ao Senhor com alegria. Não é algo feito por causa de uma consciência culpada, isso não é serviço nem adoração. Não é tomando a frente Dele e fazendo vigorar nossa carnal força de vontade. Tudo o que é feito sob a energia de uma natureza pervertida, certamente resultará em fracasso e maior desânimo. Para Deus tudo começa na santificação e inteira consagração a Ele. Nenhum sacerdote no serviço do templo em Jerusalém ousava entrar no templo sem os devidos preparos ordenados por Deus, caso contrário a morte era certa. Nadabe e Abiú foram mortos repentinamente, porque levaram fogo estranho à presença do Senhor. Não corramos à frente da liderança graciosa e sábia do nosso Deus: “Não sejais como o cavalo ou a mula, que não têm entendimento, os quais com cabrestos e com freios são dominados, caso contrário não te obedecem” (Salmo 32:9).
        Servimos ao Senhor consagrando todo nosso ser. Que nos livremos de qualquer dedicação ao mundo com seus prazeres. Os vasos do Senhor devem ser purificados para Seu serviço. Devemos fazer nos mínimos detalhes; que não sejamos faltosos em nada; somos servos Dele e sob Seu comando tudo deve funcionar adequadamente. Homens crentes, casados são chamados para servir ao Senhor em suas casas, cuidando da família, amando a esposa e sustentando a família com dedicação e abnegação. Mulheres casadas servem ao Senhor com humildade e temor; elas devem ser exemplos em submissão ao marido e cuidadosas em suas casas.
        Filhos crentes servem ao Senhor quando obedecem seus pais e os honram com alegria. Servimos ao Senhor no serviço onde trabalhamos para ganhar nosso pão diário. Veio do Senhor esse serviço para nosso sustento, por isso o serviço a Deus deve ser feito, trabalhando com honestidade, e tudo fazendo para que o Nome do Senhor seja glorificado no meio dos incrédulos, assim como santos no passado procederam e foram bem sucedidos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (5)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À CONSAGRAÇÃO
        Oh! Quão pesados somos nós para consagrar nossas vidas! As vezes vemos o custo tão alto e o sofrer que nos espera em carregar a cruz! Deveria ser assim? Eu sei que todos os verdadeiros crentes seguem ao Senhor. Não creio que há um grupo de crentes mais espirituais que outro grupo; daqueles que seguem firmes o caminho da cruz e de outros que simplesmente resolveram nem ser de Cristo, nem ser do mundo. Os salvos todos são chamados de discípulos e de seguidores do Senhor. É claro que devido ao peso terrível da caminhada, Eles buscam alívio no Senhor, buscam conforto na jornada e buscam força na graça para a contínua jornada rumo ao céu. Tudo o que pretendo fazer é que busquemos com sabedoria agradar o Senhor e para isso devemos meditar nos fatos do Seu grande amor por nós.
        Lembremos bem que Ele mesmo se consagrou para que nós fôssemos Dele. Incrível! Que santo pensamento do Senhor! Que glória! Que graça! Aquele que em nada precisa de alguém para ser Deus, simplesmente resolveu nos amor, tomar nossas vidas para Ele e por isso voluntariamente se consagrou. Ele queria que o grupo dos milhões de eleitos fossem filhos de Deus, por isso se entregou para ser o “Primogênito entre muitos irmãos”. Queria que o grupo de milhões de eleitos fosse como uma esposa, por isso resolveu amar Seu povo, e para que fosse diferente do mundo chamou esse povo de “minha igreja” e afirma a bíblia que “Cristo amou a igreja e a Si mesmo se entregou por ela”. Isso é consagração.
        Ele viu o quanto o pecado veio como um rolo compressor para destruir o povo eleito, então Ele se consagrou como Pastor, a fim de buscar esse imenso rebanho de ovelhas tiradas do mundo inteiro, a fim de formar um só rebanho, tendo Ele como um só Pastor. E nosso Senhor foi ainda mais longe, porque sendo Ele Deus, veio aqui e tomou a forma humana, sem, contudo ser atingido pela mancha do pecado, a fim de nos conhecer como seres caídos e levar sobre Si nossas dores e iniquidades (Isaías 53). Também se consagrou a fim de se humilhar até à posição servil. Mostrou isso enquanto aqui esteve, pronto para servir e foi esse Servo até à cruz, sem que voltasse atrás nem sequer um segundo.
        Se meditarmos nesse amor glorioso; se enchermos nosso coração desses ensinos eternos e tão cheios da luz do amor e da Sua graça, sem dúvidas saltaremos de alegria como cervos e gazelas; anelaremos conhecer mais ainda nosso amado. Quão horrorosos éramos no pecado! Como o mal nos desfigurou a ponto de nos tornar vermes! Mas mesmo assim Ele nos amou tanto e Se deu por nós, a ponto de achar num estado de graça. Ei-Lo dizendo que somos belos! Ei-Lo sempre dizendo aos nossos ouvidos que Ele nos amou com amor eterno! Não é grandioso isso? Os santos foram de tal maneira purificados, que não há qualquer manchar vista pelo Pai. Fomos feitos justos de tal maneira que a linguagem bíblica é que estamos vestidos de vestes mais alvas que a neve.
        Não há razão para dizermos que o amor de Cristo nos constrange? Não seria motivo de vergonha ignorar tais gestos de amor e comportarmos de forma diferente?


A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (6)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
QUAIS SÃO OS PERIGOS RESULTANTES DA VAIDADE DOS GENTIOS
        Conforme os ensinos bíblicos, vemos que o pai da mentira leva vaidades aos corações dos homens. Satanás não tem outro objetivo; ele não tem como fundar um reino estabelecido na verdade. Por essa razão, desde o princípio o príncipe das trevas se ocupou em encher os corações dos homens com tremenda avidez por aquilo que lá na frente resultaria em fracasso e miséria. Ora, ele mesmo vive sob o farrapo dessa vaidade. O que ele é, também passa para a multidão que o segue. Em Efésios Paulo afirma que ele é o “espírito que opera nos filhos da desobediência” (Efésios 2:2). Ele não mudou nem mudará seus planos. Onde habita o pecado, ali habita a vaidade, mesmo aparecendo em boas e sinceras intenções.
        Todo pensamento, intenção e serviço, quando não são feitos por Deus e para Deus são vaidades e resultarão em fracasso. Deus mostrou isso para Nabucodonosor, o arrogante ditador babilônico. Nada da verdade entrava em seu coração; nada sabia que estava sendo usado por Deus para punir as nações e que logo seria arrancado do seu trono. Ele só pode ver a realidade das coisas após aqueles sete anos vivendo como animal, e assim mesmo porque Deus lhe mostrou os fatos, segundo os propósitos do Altíssimo. Notamos como a vaidade tomou o coração de Belsazar, porque mesmo sabendo acerca dos perigos, conforme o que foi descrito na caiadura da parede, ainda assim achava que nada dos juízos de Deus chegariam.
        Dei esses exemplos porque as mesmas vaidades operantes no coração daqueles homens, são as vaidades que há nos corações dos homens de hoje. É a mesma coisa. O que aconteceu com Caim na antiguidade é o que acontece com qualquer pessoa em nossos dias, na face da terra. Também não há diferença, tanto faz o rico, o pobre, o culto ou ignorante, todos no pecado vivem sob esse efeito avassalador, chamado de “o engano do pecado”. Observemos bem que somente Deus operando no coração pode desviar o homem desse sistema que ludibria a alma. Às vezes os homens ímpios são despertados por Deus para agirem com bom senso, porque Deus os levantou para isso. A decisão deles, nesse caso não foi vaidade. Os propósitos de Labão em perseguir Jacó eram para acabar com ele. Foi Deus que em sonhos alertou aquele homem e assim seu comportamento mudou. Quando Ciro foi erguido por Deus, eis que toda vaidade foi tirada da sua mente e ele mesmo ordenou que os judeus voltassem para Jerusalém e construísse o templo (Esdras 1).
        Diante desses fatos biblicamente comprovados podemos nós os crentes fugir dos perigos que envolvem nossas vidas, caso busquemos comunhão com os que vivem nas trevas. Os crentes logo percebem o que significa “vaidade dos pensamentos” dos gentios. Seus corações transbordam dessa vaidade e eles expressam isso em suas palavras e obras. Que sejamos nós como Daniel, pois vivendo e trabalham no palácio da Babilônia não deixou ser levado pelos padrões imorais e idólatras daqueles homens ali. Mesmo sendo um ambiente apóstata e ecumênico, aquele moço não abandonou sua fé e foi agraciado por Deus para manter-se firme, educado e pronto para jamais negar o que cria, diante daquele ambiente carregado de incredulidade.                                                  

       


SERVI AO SENHOR COM ALEGRIA (9 de 10)



“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele que nos fez e não nós; somos o povo Dele e ovelhas do Seu pastoreio. Entrai pelas portas Dele com gratidão e em átrios com hinos de louvor; louvai-O e bendizei-Lhe o nome. Por que o Senhor é bom e eterna a Sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (Salmo 100).
NOSSO SERVIÇO MOSTRADO COM ALEGRIA.
        Quero ver se posso explicar o “servi ao Senhor” de uma forma prática. Creio que a Palavra de Deus nos envolve em tudo com o amor Daquele que nos serviu e que ainda nos serve dia a dia. Os crentes habitam nessa “casa de amor”, por isso não há razão para que não o sirvamos com prazer e envolvidos nesse júbilo vindo do Espírito de Deus. Não é possível que o faremos com tristeza, com nosso coração pesado, olhando para mundo e vendo que lá há maior alegria do que o envolvimento no serviço do nosso Mestre. Não é possível que aqueles que foram visitados pela graça hão de precisar ser puxados pela força e pelos ditames da lei.
        Também, não é possível que tenhamos nossos corações divididos; que há uma guerra civil interna, onde uma parte quer servir a carne e ao mundo, enquanto outra parte quer servir ao Senhor. Isso não pode ocorrer em nós, porque nosso Senhor mesmo afirmou que não há possibilidade de haver dois senhores para os quais prestamos serviço concomitantemente. Assim, não há como dividir nosso corpo, dedicando uma parte para Deus e outra parte para o mundo. Não há como estender uma mão em serviço a Deus e com a outra abraçar o mundo. Ou somos integralmente do Senhor ou somos totalmente consagrados ao mundo. Também, não devemos pensar que alguns atos feitos para Deus revelam que O servimos com alegria. Judas pode estar acompanhando os discípulos na comissão (Mateus 10), mas seu coração está ambicionando lucros. Alguém pode estar no culto na Escola Dominical, mas no íntimo pode estar já combinado com alguém para estar no cinema ou noutro lugar durante o culto da noite.
        Será que podemos pesar essas coisas em nós mesmos? Também, não pensemos que podemos conquistar o desejo de servir ao Senhor usando as emoções como combustível para isso. A religião jamais deve ser usada como “efeito drogas”. Alguns ficam tão hipnotizados com o momento de um culto emocional que logo se apresenta com avidez para servir ao Senhor. Outros são levados por um arrependimento ou remorso após ouvir uma pregação, e logo vão à frente para consagrar suas vidas. Nada contra esses momentos. Mas pode ser algo do momento. Já vi muitas consagrações desse tipo, que nasce hoje e morrem durante a noite. Ah! Como a natureza carnal é insensata e apavorada! Quando a fé bíblica e santa não domina o coração, eis que a febre do momento chega. Não precisamos desses dispositivos, porque sua durabilidade é a mesma de uma vela acesa e que vai derretendo aos poucos, até não ter mais brilho.
        Que façamos tudo sob o domínio da santíssima fé. Ela é a candeia acesa no coração e que jamais qualquer sopro do mundo, da carne e do diabo pode apaga-la. Deus tem prazer nas obras daqueles que creem e que firmam suas vidas na verdade revelada, e a tomam como real documento para um serviço santo ao Senhor.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

SERVI AO SENHOR COM ALEGRIA (8)



“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele que nos fez e não nós; somos o povo Dele e ovelhas do Seu pastoreio. Entrai pelas portas Dele com gratidão e em átrios com hinos de louvor; louvai-O e bendizei-Lhe o nome. Por que o Senhor é bom e eterna a Sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (Salmo 100).
POR QUE DEVEMOS SERVIR AO SENHOR COM ALEGRIA
        Uma vez que fomos libertados da escravidão para servir, então temos toda razão, poder e forças para subir às alturas desse santo e alegre serviço ao Senhor. Enquanto no mundo vemos escravidão devido a tirania do diabo e o controle do pecado, os crentes podem avançar pelo caminho seguro da paz com Deus. No caminho do salvo não há interrupção, nada interpela o livre acesso dos santos. Todo problema está com o fato que somos orgulhosos, e não raro agimos contra a vontade de Deus. Neste caso já não funciona a liberdade de servir. É no caminho de santidade, com a finalidade de agradar a Deus que realmente entenderemos que estamos servindo a Ele. A liberdade dos sacerdotes no trabalho do templo em Jerusalém consistia em que eles deveriam continuamente obedecer as ordens do Senhor.
        Também, o serviço ao Senhor é feito em amor. Paulo fala aos Gálatas que estamos livres dos rigores da lei, a fim de servir uns aos outros em amor (Gálatas 5:1). Não existe serviço sem o devido amor que nos encoraja a dar de nós mesmos pelos outros. Milhares de crentes têm mostrado disposição de servir ao Senhor e muitos deles nunca foram vistos pelos homens. Eles não interessavam por isso; morreram ocupados em servir e foram vistos pelo Senhor em suas obras. Sem o amor de Cristo envolvendo nossas motivações, tudo será motivado pelas vaidades egoístas dos homens. Quando amamos há alegria e prazer naquilo que estamos fazendo.
        Sejamos envolvidos por esse espírito de prontidão em servir ao Senhor. Caminhamos de glória em glória e avançamos para um posto mais alto na escola dos servos. Há tanta alegria em servir a Cristo que tal trabalho nos envolve num caminhar de glória em glória. O escritor de um antigo hino diz numa de suas estrofes: “Quanto mais servi a Cristo, mais doce e terno Ele se torna pra mim”. Não é que Cristo vai melhorando sua atitude para com Seus servos, mas é o fato que no serviço a Ele que o conheceremos como Ele realmente à medida que o tempo passa e que eu persisto nesse serviço Além de tudo, nosso serviço a Ele é feito porque Ele mesmo nos serve continuamente. Quando deparamos com o fato que Ele cuida de nós em todas as nossas necessidades a cada dia e que em todos os aspectos de nossas vidas vemos seus milagres suprindo as nossas necessidades. Mesmo na nossa antiga vida de incredulidade Ele jamais faltou conosco.
        Ah! Ele nos serviu na cruz e nos serve sempre! Em termos de serviço estamos na escola divina. Em tudo vemos um Deus que dia a dia cuida de nós, supre nossas necessidades e ainda leva nossos fardos. Podemos entender isso? Diante desses fatos, não é para que nós nos entreguemos a Ele sempre? Queremos servir nosso Senhor! O texto do Salmo 100 diz que nós somos ovelhas do Seu pastoreio, mas essas ovelhas não são passivas, mas sim ativas em promover a glória do nosso Senhor em nossos atos.

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (5)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O PERIGOSO ENVOLVIMENTO COM OS GENTIOS: “...na vaidade...”
        Tenho feito tudo para esclarecer aos meus leitores sobre os perigos que envolvem os crentes, quando se associam com os gentios. Todo esse perigo está localizado na “vaidade do seu próprio entendimento”. Já pude mostrar que toda luz que os ímpios têm é externa e não interna; vem do mundo e não do Espírito Santo e nada eles possuem de qualquer documento divino que lhes mostre o caminho certo. Toda luz externa tem em vista apenas fazê-los sentir a emoção do viver aqui, das aparências de um mundo trabalhado pela arte do pai da mentira. Dentro deles nada há, senão escuridão. Todo pensamento deles, no que tange as coisas eternas e vindas de Deus está mergulhado em densas trevas; seus sentimentos são envolvidos pela mentira daqui, nada há de bom senso, quando comparado àquilo que a bíblia nos ensina.
        Percebemos isso com clareza quando lemos o livro de Eclesiastes, aliás um livro que mostra palavras ditas pelo melhor homem que o mundo pode produzir. Ali vemos que a luz que Salomão tem é a luz que vem do sol e o discernimento dele está naquilo que se espera do seu trabalho, vida conjugal e outras atividades terrenas. Mas tudo morre aqui e até mesmo a noção que tem de Deus é de um criador e de alguém que os homens devem lembrar antes da velhice. Esse é o propósito desse livro. Os crentes devem saber que os ímpios buscam alegria, prazer, festa e até mesmo religião e tudo isso eles acham essas coisas aqui.
        Nós os crentes temos tudo isso em Cristo e aguardamos nossa cidade celeste para a festa eterna que lá teremos. Mas a diferença é que os gentios não têm esse discernimento. Para eles a vida é aqui e devem gozar de tudo o que esta vida presente oferece. Eles trabalham para isso e se dedicam para construir um sistema cada vez mais, (segundo eles) melhor. Pelo esclarecimento da palavra de Deus os crentes podem entrar nesse recinto obscuro dos incrédulos. Sem esse exame usando a luz divina não entenderemos a mente dos gentios. Eles vivem o mundo deles; eles não entendem o modo de vida dos crentes e nem podem entender, porque são estranhos a este estilo de vida dos crentes, chamado de vida espiritual. Notemos bem que os crentes não ficam de foram de determinadas festa. Vamos a um aniversário, participamos de casamento e de outras atividades aqui. Não é proibido. O que os crentes devem ter é o discernimento correto das coisas.
        Tudo nós fazemos para agradar a Deus e naquilo que é pecaminoso nós nos afastamos. Os crentes sabem o momento quando devem fugir do mal, enquanto os ímpios não. Para eles a maldade faz parte da festa também. Sem o temor ao Senhor, para eles não existe o fugir do mal. Para Abraão, quando os reis de Sodoma quiseram dar-lhe bens em troca das pessoas, ele imediatamente rejeitou, porque não queria que ninguém dissesse que tinha enriquecido Abraão. Para aquele homem de fé, agradar a Deus era normal em sua vida. Para os mundanos era loucura. Então, vemos a terrível diferença. Foi assim também com José na casa de Potifar. Para o ímpio deitar com a mulher do seu próximo é coisa normal e (segundo ele) é seu direito. Mas para José o certo foi fugir do mal. Eis aí outro exemplo do que significa não andar como andam os gentios.


AMOR QUE NOS CONSTRANGE (4)


                               
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
        Cuidemos em nos humilhar perante o amor que nos constrange. Hoje tenho ouvido das perturbadoras palavras inventadas pelos falsos mestres da nova era: “Apaixonados por Cristo”. Não há dúvida que tudo isso vem desse “melado” de espiritualidade forjada por elementos, a fim de levar os incautos ao sentimento enganoso de que Deus está impressionado com tal “paixão”. Nem mesmo o Senhor declarou essa paixão pelo Seu povo. Ele simplesmente “amou a igreja”, e “amou com amor eterno”. Não há nada de paixão, nada desse fervor carnal.
        A igreja deve fugir dessa cilada sentimental, pois querem inventar um cristianismo diferente da vida cristã normal dos santos de Deus. Todos os verdadeiros crentes devem viver sob o poder do amor do Senhor; nós carregamos uma natureza carnal e sempre somos atraídos para as paixões e concupiscências da carne. Não fosse o amor do Senhor por nós, o que seria de nossas pobres almas? O amor de Cristo nos persegue, protege, cuida, guarda e guia; nosso Senhor, nem sequer por um segundo há de abandonar Seus santos, Suas ovelhas. Não inventamos um amor que assemelha ao amor do Senhor por nós. Somos constrangidos pelo amor de Cristo, mas nunca o Senhor será constrangido por um amor que simplesmente não temos.
        Qualquer coisa que revela espiritualidade forjada não passa de ser a carne tentando se mostrar; é o homem querendo afirmar que pode fazer mais do que Deus; querendo encobrir suas maldades com uma capa de um amor pintado e irreal. Nós amamos porque Ele nos amou; amamos sob a impulsão do amor verdadeiro. Mesmo os santos que mais demonstraram amor aqui na terra hão de por a boca no pó, porque sabem que a honra e a glória pertencem ao Senhor e que nossos feitos aqui Ele mesmo os fazem por nós e em nós. Quando amamos com o amor de Cristo, significa que temos andado apenas alguns km; que avançamos numa jornada que não tem final. Os santos querem ser batizados nesse amor de Cristo e quando brilham no amor, aqueles que são beneficiados verão Cristo e não eles.
        Foi esse amor que Paulo quis demonstrar a igreja em Corinto; aqueles homens sofriam os maus tratos no mundo, devido ao fato que pregavam o evangelho. Como acreditar que crentes se uniriam ao mundo para persegui-los? A igreja de Corinto pode perceber que o amor de Cristo por meio do apóstolo não era medíocre, não se envergonhava de tratar com o mal; não deixava de lidar com os erros; não era humanista nem buscava a simpatia dos homens. O amor de Cristo é resoluto, firme e decidido, custe o que custar e Paulo mostrava esse fervente amor.
        Diante dessas sublimes verdades, toda exortação nesta parte tem em vista nos levar a conhecer que é em humildade e obediência que os santos conhecem e começam a participar de um amor que nos constrange – o amor de Cristo. Fujamos das investidas de satanás, porque ele ousa imitar tudo o que é de Deus e nessa jornada dele, não vemos o amor de Cristo na vida daqueles que confessam ser crentes. Vemos uma crescente obra da carne, um fervor pelo mundo e grande apreciação por aquilo que Deus denomina de injustiça. Que o Senhor nos livre desse perigo que ameaça inundar a igreja em nossos dias!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (3)



“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
        Nosso Senhor negou a Si mesmo, recusou usar todas as Suas prerrogativas da divindade, a fim de mostrar o quanto amou Seu povo. O que somos agora teve como causa o amor do Senhor por nós e não houve nem sequer um pingo de atividade ou merecimento de nossa parte que nos movesse a amar a Cristo. Éramos odiadores do Senhor e provamos isso em nosso estilo de vida mundana e iniqua. Mesmo nos tornando crentes e salvos, o amor que habita em nós é o amor de Cristo e o amor nosso. Se formos movidos por esse amor será porque a grandeza da glória e do amor de Cristo está acesa em nossos corações. Paulo ficou como que estonteado pelo amor de Cristo, de tal maneira que se entregou a viver por Ele e para Ele: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro”.
        Amor que clama pelo amor do objeto amado é um amor egoísta. Nosso Senhor jamais pediu que Sua igreja O amasse. Nós fazemos isso porque a graça fez com que nossos pensamentos ficassem tão santificados, a ponto de meditar na profundida, altura e largura desse amor. Nossos sentimentos também foram tocados por esse toque santo. Que culto de emoção preenche nosso ser! Como Ele pode estender Sua mão e arrancar pobres seres caídos do poço da perdição onde se encontravam? Se uma mulher pode servir com prazer o marido que tanto lhe ama, porque não podemos nós servir ao que nos mostrou perfeito amor.
        Se o amor Dele nos constrange significa que podemos avançar bem longe nesse amor; que podemos nós alcançar os mais altos lugares desse amor. É claro que jamais atingiremos as alturas, profundidade e largura do amor de Cristo. Nós podemos imitar um pouco isso e temos que rasgar diariamente nosso ego em santa confissão; temos que lutar em santa guerra da carne contra a intromissão da natureza maligna e carnal na qual ainda estamos. Sempre veremos aqui o quanto estamos distanciados do amor, mais do que as distâncias interplanetárias. Vemos o amor dele aqui no mundo, a partir da distância que há entre nós e nossos semelhantes. Mas Ele nos viu do céu; foi do alto que Ele olhou para nossa baixeza e vileza.
        Seu amor, também agiu sozinho, enquanto nós sempre estamos precisando da ajuda uns dos outros, das exortações, disciplinas e não raro passamos vergonha. Mas o Senhor não. Nunca houve um momento que Ele quisesse voltar e renunciar seu ideal. Foi o amor perfeito, por isso não precisava de aperfeiçoamento. Não houve equipamento aqui para que O ajudasse. Não! É claro que Ele aprendeu obediência, mas tudo porque atravessou um vale desconhecido; caminhou por via perigosa e soube o que é sofrer pelo sofrimento. A divindade conheceu a humanidade e nisso teve que passar pela escola desse aperfeiçoamento da escola do Pai.
        Diante de tudo isso, não é fato que podemos e queremos servi-Lo? Não é melhor permitir que o jugo Dele seja posto em nossos ombros? Não caminhamos sozinhos pela estrada dos servos, pois nosso Senhor vai ao nosso lado nos ensinando e guiando por caminho que Ele mesmo abriu. Que sejamos prontos para renunciar a nós mesmos a todo momento, a fim de servi-Lo melhor e com prazer aqui.


A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (4)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O PERIGOSO ENVOLVIMENTO COM OS GENTIOS: “...na vaidade...”
        As principais advertências de Deus ao Seu povo no Velho Testamento foram dadas para que a nação se desviasse dos costumes dos gentios. O livro de Levítico, capítulos 18 a 20 é Deus mostrando os perigos daquelas nações que iriam ser punidas por Deus, devido às práticas de suas maldades. A principal atividade deles em relação ao povo de Deus seria desviar o povo de Deus, a fim de que adorassem e servissem seus ídolos. Ora, os crentes devem saber que os ímpios são os principais instrumentos de satanás, a fim de desviar os crentes do Senhor e fazê-los amar o mundo. Em todos os anos do meu ministério sempre percebi que os crentes facilmente se corrompiam quando se uniam com incrédulos. Não demorava muito para que eles inventassem desculpas e assim afastassem de Deus e de Sua Palavra.
        Foi por causa disso que Paulo exortou os crentes, a fim de que não se amoldassem aos princípios deste presente século pervertido. As vaidades mundanas têm forte poder para amoldar nossos corações, criar idolatria e afastar-nos do caminho de fé, disciplina e santidade. Os crentes mais experientes sabem o quanto Deus utiliza disciplina para tirar de nós aqueles hábitos antigos que tanto nos induziam às maldades. Satanás nunca para em suas manobras para derrubar os crentes. Quando ele não o faz diretamente, ele utiliza meios indiretos. Quando não fez com que Balaão amaldiçoasse o povo de Israel, não demorou muito para usar o mesmo Balaão para levar os homens de Israel à queda com as midianitas (Números 5).
        Os mundanos são terríveis em suas práticas; não há mudança neles, a não ser para pior. Os só param um pouco em suas práticas de vaidades quando os crentes por perto vivem em santidade e influenciam suas vidas. Caso contrário eles prosseguirão perturbando os santos e armando ciladas para que eles venham a cair ao longo do caminho. Por essa razão Paulo exorta para que não tenhamos comunhão com eles; para que fujamos dessa união entre as trevas e além, porque não há como comungar com eles. Em 1 João é dito que estamos no mundo, mas que não somos do mundo. Podemos à distância brilhar, assim como o sol fica distante da terra, mas tem poder para iluminar o planeta inteiro. Mais perto do Senhor, mais comunhão com Ele, mais ligado à palavra fiel, melhor para nós e até mesmo para o bem de parentes, amigos e vizinhos incrédulos.
        Muitos se afastam tanto da palavra de tal maneira que se afastam do Senhor. Muitos não são crentes de coração, porque se desviam de tal maneira que são levados pela poderosa influência ímpia e pervertida deste mundo. Conheci alguns que davam impressão de que eram crentes, mas a força brutal do mundo dominou suas vidas e eles voltaram para brindar as festas dos prazeres com os perversos. Estavam com os crentes anteriormente, mas não eram sinceros crentes em Cristo, por isso voltaram para o lugar que tanto amavam. Ninguém pode segurar um ímpio como ovelha, porque não é ovelha. Ninguém pode prender um mundano num ambiente santificado pela graça, a não ser que o ambiente venha a se corromper com práticas mundanas.


SERVI AO SENHOR COM ALEGRIA (7)



“Celebrai com júbilo ao Senhor todas as terras. Servi ao Senhor com alegria e apresentai-vos diante Dele com cântico. Sabei que o Senhor é Deus; foi Ele que nos fez e não nós; somos o povo Dele e ovelhas do Seu pastoreio. Entrai pelas portas Dele com gratidão e em átrios com hinos de louvor; louvai-O e bendizei-Lhe o nome. Por que o Senhor é bom, e eterna a Sua misericórdia; e a sua verdade dura de geração em geração” (Salmo 100).
POR QUE DEVEMOS SERVIR AO SENHOR COM ALEGRIA
        A atuante graça prova o quanto Deus foi compassivo para conosco – os salvos. Não foi um trabalho da lei, nem obra de qualquer organização religiosa, nem bons costumes religiosos passados a nós por nossos pais. Tudo isso nada fornece de base para sustentar um coração temente e pronto para servir ao Senhor com alegria. Na salvação a graça opera novo coração, conforme a promessa do Deus que salva perdidos. Essa salvação foi tão grandiosa que envolveu todo nosso ser aqui, a ponto de mudar nossa disposição, a qual antes era dedicada aos ídolos, mas que agora prontamente se voltou para servir ao Senhor. O cenário da salvação em Cristo é tão grande que os crentes têm uma visão de 360 graus no que tange a eternidade. A realidade das coisas foi posta perante nossos olhos e agora vemos o quanto éramos loucos em viver no pecado e que o temor ao Senhor nos impulsiona a deixar tudo para servi-Lo.
        Também, fomos libertados da tirania do pecado para servir Aquele que nos libertou pelo conhecimento da verdade. Salvação que mantém o homem ainda preso às iniquidades, não é salvação bíblica. Vemos em Colossenses o testemunho de Paulo com respeito àqueles irmãos em Cristo, como a tão grande salvação mudou completamente suas vidas, pois queriam servir ao Senhor na igreja em disposição de fé, no poder do amor e na certeza da esperança. Aliás, fomos postos neste mundo para servir. No pecado os homens vão servir ao pecado; salvos na graça os homens vão servir a Deus. Satanás não contava com esse maravilhoso e inexplicável serviço da salvação. Satanás na queda contava com toda humanidade para servi-lo no estabelecimento do seu império de trevas aqui. Aos olhos dele não havia qualquer esperança contra a rebelião dos homens. Mas foi a graça que agiu e mostrou o quanto satanás e seu reino de trevas foram pegos de surpreso.
        Não precisa da lei para nos estimular ao serviço, porque a lei provou que nada pode. Os homens, mesmo diante da imensidão da bondade de Deus, estão sempre prontos para dar as costas ao Senhor e esquecer de todo bem. No pecado os homens são como serpentes, prontas para picar e matar. Mas na obra da graça tudo é diferente, porque Deus opera mudando corações. A graça trouxe a paz com Deus; a graça em sua força arrancou as armas da rebelião do homem e postou o homem em humildade e santo temor ao Senhor. Assim, o texto do Salmo 100 revela aquilo que se espera do homem crente. Ele quer servir ao Senhor. Mesmo com toda dificuldade e luta contra a carne e contra o mundo, ainda assim os santos reúnem forças para servir ao Senhor. Ele não quer mais o mundo; distanciou-se de satanás e do pecado para abrigar-se no amor de Deus; o reino onde habita agora é o reino do Filho de amor do Senhor. Tudo isso não mostra o valor glorioso em servir ao Senhor com alegria?

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (3)



“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O PERIGOSO ENVOLVIMENTO COM OS GENTIOS: “...na vaidade...”
        Por que não podemos nos envolver com os ímpios? Por que não buscar meios, a fim de falar com eles sobre a salvação em Cristo? Notemos bem que a bíblia não trata da companhia e amizade, mas sim da perigosa comunhão com eles. Somos admoestados a não seguir os viver de vaidade dos ímpios. Não há, nem deve haver no crente a perigosa vaidade. Os crentes devem ter seus pensamentos e emoções controlados pela verdade; devem seguir o caminho para o céu; devem pisar o sólido terreno da sobriedade e vigiar sempre devido aos perigos que lhes cercam enquanto trilham no caminho da peregrinação.
        O que realmente significa o viver de vaidade dos ímpios? Significa que toda essa luz que mobiliza o sistema de vida dos gentios é luz externa e não interna. A multidão cega no pecado só consegue ver o mundo e a forma como que satanás encheu esta vida presente com seus brilhos de prazer, paixão e sentimentos de que não há outro lugar melhor do que este mundo para viver. Notemos bem que aí está o envolvente perigo. Tudo está do lado de fora, enquanto no coração dos ímpios só há escuridão, pois não conseguem ver outra coisa senão a vaidade.
        Quando tomamos a palavra da verdade, é com essa “tocha” iluminada que adentramos nessa “caverna” escura, nesse labirinto de trevas, a fim de descobrirmos o que há no coração do ímpio e o que o leva a viver como vivem aqui; porque agem nessa vaidade e sonham com uma esperança de um viver melhor aqui, sendo que o que lhes espera é a morte e o além. Devemos saber que não há diferença entre os homens. Por fora parece que alguns são melhores; que em alguns há bom senso e que pensam coisas boas. Mas quando tudo é posto diante da luz da glória de Deus, então realmente não há diferença alguma.
        Notemos bem a vida de Pilatos, porque havia nele certo senso de justiça. Ele viu que estavam condenando um homem inocente, por isso lutou para impedir que o Senhor fosse crucificado. Vejamos bem que na hora certa, quando foi confrontado com a verdade, ele nada sabia da verdade; seu coração estava longe, distanciado do verdadeiro sistema de justiça, por isso procurou meios supersticiosos para livrar da culpa em condenar um inocente, tomando uma bacia com agua e lavando suas mãos. Então, os homens podem chegar até certa altura da verdade, mas passou dali veremos que a escuridão aparece e ele se agarrará às vaidades dos seus pensamentos.
        Às vezes pensamos que alguém que tem o conhecimento da verdade bíblica há de ter luz suficiente nele para não viver na vaidade. Mas é engano, porque se a verdade não atingiu seu coração trazendo luz do céu, eis que ele será hipnotizado pela vaidade. Judas parecia ser um excelente apóstolo. Ele conhecia bem o Velho Testamento e se tornou seguidor de Cristo, mas não ardeu a luz da verdade no coração. Por essa razão a escuridão reinava ali e aquele homem era levado pela vaidade de um mundo melhor, de posição e riquezas terrenas, ambicionando lucros passageiros. Assim, não demorou em aproveitar a oportunidade e ganhar riquezas traindo o Filho de Deus. Sabemos o resultado trágico de tudo isso.


AMOR QUE NOS CONSTRANGE (2)


                                       
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
O AMOR DE CRISTO DEVE NOS CONSTRANGER À HUMILHAÇÃO.
        Tendo já dado a introdução, importa que agora saibamos o que implica isso em nosso viver. Acredito que se houver qualquer resquício de orgulho e confiança em nossas obras e atividades carnais, sem dúvida mergulharemos em terríveis perigos. O evangelho que ressalta o homem e não a glória e amor de Deus, não é evangelho bíblico. Acima de tudo o amor de Cristo deve nos mobilizar a sermos um povo humilde, justamente porque fomos objetos da imensidão e eternidade desse amor. Quando pecadores sabem do terror do pecado que lhe acometeu na queda; quando sabem o quanto viveram longe do Senhor, odiando a Deus e a todos, não é isso motivo de humilhação em saber que foram amados? O que havia em nós para que Ele pudesse interessar-se por medíocres e condenados?
        Analisando tudo à luz da depravação total, em que nós somos melhores que os mais atrevidos e pervertidos pecadores? Terminei de ler o livro O TOTEM DA PAZ. Com que habilidade e graça, Don Richardson descreve ali os horrores praticados pelas tribos em trair, matar e devorar uns aos outros. O final dessa história é realmente emocionante ao ver o que Deus fez entre aquele povo bárbaro em salvá-lo e transformá-lo. Mas, que diferença existe entre aquele povo canibal com o povo das nações modernas? São diferentes? Claro que não! Os homens quando são entregues a si mesmos estão prontos a trair, matar e até mesmo devorar uns aos outros. Intrinsecamente somos iguais, temos a mesma propensão ao mal e somos capazes de fazer coisas ainda piores do que fazem terroristas neste mundo.
        Notemos bem que toquei exatamente naquilo que os homens não toleram ouvir – depravação total – porque revela nossa fotografia em Adão. A verdade é que quanto mais sei da minha situação tão deplorável em Adão, mais entendido serei no que tange ao amor de Cristo; haverá uma reação ao compreendermos o quanto Deus nos amou e como foi tão profundo esse amor, como diz a primeira parte do antigo hino: “Por que me amou assim?”. Eu realmente creio que o que mais as igrejas precisam ouvir em nossos dias é sobre o tema: “O que éramos e somos em Adão”. Ora, a Bíblia está cheia desses ensinos; são revelações de Deus que nos foram entregues, assim como outros temas importantes. Se não soubermos disso, nossa natureza sempre há de buscar em nós algo que achamos ser “tesouros do nosso coração”.
        Também, posso afirmar aqui que grandes avivamentos ocorreram na história quando os homens foram descobertos pela palavra. Firmemos na Palavra, porque ela mesma mostra que avivamentos se irromperam nos dias dos apóstolos, porque aqueles homens pregavam o que os povos precisavam ouvir. Foi no dia de Pentecostes que Pedro pregou no livro de Joel, e aqueles numerosos judeus presentes bem conheciam aquele livro e o texto usado por Pedro. O apóstolo em nada atenuou a culpa deles; mostrou-lhes que eram culpados por terem se ajuntado com os gentios para crucificar o Senhor da glória. Aquele som do evangelho veio do céu na doce visitação compassiva do Senhor, e assim milhares de almas compungidas foram salvas naquele dia, dando início à edificação da igreja em Jerusalém e espalhando pela face da terra posteriormente.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

AMOR QUE NOS CONSTRANGE (1)


                                               
“Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando isso, se um morreu por todos, logo todos, logo todos morreram”  (2 Coríntios 5:14).
INTRODUÇÃO
        O que foi que levou Paulo a dizer que o amor de Cristo constrangia a ele e aos seus colegas no serviço do Senhor? Foi o fato que, se Cristo morreu por todos, logo todos morreram. O que ocorreu com a morte de Cristo, sem dúvida mobilizou todos os salvos para viver e agir nesse amor. Foi isso que levou aquele amado apóstolo a agir como de fato agiu com a igreja de Corinto e tratar aqueles irmãos como deviam ser tratados; foi o amor de Cristo que impulsionou a consagrar todo seu ser, a fim buscar o bem dos crentes no mundo inteiro.
        Não há dúvida que precisamos desse tão cordial ensino, que ele é benvindo em nossos corações. Precisamos entender o que significa ser constrangido pelo amor. Se o amor de Cristo ainda não nos constrangeu, então é fato que estamos vivendo em profundo orgulho próprio e precisando saber se nossa fé está ancorada na Rocha dessa imensidão de amor do Senhor em favor do Seu povo. O termo grego que foi traduzido “constrange” significa “ter junto”, e a ideia que  passa é que o mesmo amor do Senhor deve nos impulsionar a pensar como Ele pensou e agir como Ele agiu. Que o amor que Ele mostrou por nós venha encher nossas mentes e sentimentos; que cantemos e celebremos esse amor; que devolvamos em consagração e santidade, em devoção e separação apenas para Ele. Que cantemos na mesma inspiração poética que cantou o autor do antigo hino: “Oh! Que amor glorioso! Preço tão grandioso! Que Jesus por mim na cruz pagou; inaudita graça me mostrou!”
        Estou certo que o evangelho humanista, tão ligado à vontade “soberana” do homem, tem feito o contrário no movimento evangélico atual. A mesquinhez, a inclinação para o mundo, o abandono da palavra, etc. tudo isso revela que a verdade do amor da cruz nem sequer tocou na pele do coração. Não parece que houve o “matrimônio” do encontro entre a fé e a graça; não há nos crentes modernos (com exceções) qualquer evidência de que houve real salvação no viver. A igreja moderna nada tem a ver com a virgem pura e santa do Senhor; com o povo cheio de temor e submisso àquele que chamou um povo para Si.
        Que o Senhor venha em Sua imensa compaixão nos ligar a Ele, nos envolver com Sua presença e mostrar Sua presença invisível e gloriosa, por meio da autêntica pregação do evangelho em nossos dias. Queremos esquecer deste mundo; queremos subir, pela fé às alturas do Seu amor e curtir pela fé o que nosso Amado fez por nós. Foi Ele quem nos amou primeiro e assim Ele mesmo lançou a base desse amor, onde eu e todos os santos podemos subir e achar o lugar certo onde devem viver e estabelecer nosso modo de vida.
        O tema acima não é nada fácil para ser exposto, mas sempre o Senhor nos concede Sua graça em entender e explicar aquilo que é de suma importância em nosso viver terreno, até que Ele se manifeste, vindo nos buscar. Minha esperança é que os verdadeiros crentes encontrem gozo e alegria no Senhor; nosso viver é Cristo; nosso prazer, força e alegria é o próprio Senhor.

A VIDA DE VAIDADE DOS ÍMPIOS (2)


                             
“Isto, portanto digo, e no Senhor testifico, que não andeis mais como os gentios, na vaidade do seu próprio entendimento” (Efésios 4:17)
O PERIGOSO ENVOLVIMENTO COM OS GENTIOS: “...na vaidade...”
        Na primeira página pude introduzir o assunto e espero que tenha sido bem-aventurado nessa introdução, a fim de chamar a atenção de meus leitores. Acredito que boa parte dos crentes esqueceu, ou nem mesmo examinou o assunto sobre o perigo que envolve o companheirismo e comunhão com os não crentes, chamados em Efésios de “gentios”. Em nossos dias (especialmente aqui no Brasil) vejo o quanto os ímpios, envolvidos em terríveis maldades, não cessam de empurrar os crentes, de uma forma ou de outra para que caiam como eles caíram. O mundo odeia o Senhor, a justiça Dele e santidade do povo de Deus. Por essa razão eles lutam perseguindo os crentes, a fim de que eles caiam, vivam como eles vivem e não perturbem o estilo de vida deles.
        Preciso agora mostrar os perigos que envolvem os laços de amizades. Reitero isso porque tenho acompanhado a queda de muitos. Conheci uma senhora que era muito ativa na igreja, na oração e na disposição para o trabalho de Deus. Mas aos poucos ela foi perdendo o interesse pelas coisas de Deus e assim foi sendo influenciada por más e perigosas amizades, até que a queda feia veio. As exortações bíblicas são constantes, para que não nos envolvamos com as trevas, para que não tenhamos comunhão com perversos, os quais tanto odeiam Deus. Não estou falando que devemos odiar as pessoas, ou desprezá-las. Quando estamos colocados em nosso lugar de obediência a Deus e cumprindo nosso dever, então podemos sim ser úteis na vida das pessoas que não conhecem o Senhor. No palácio da Babilônia, Daniel e seus três amigos foram extremamente úteis na vida de todos ali, porque se separaram para Deus.
        Quero tomar o texto de Efésios, a fim de mostrar o que passa no coração do ímpio. O coração do homem só pode ser desvendado pelas Escrituras, por isso a bíblia nos leva até a esse recinto oculto e obscuro. A palavra usada por Paulo no texto é “vaidade”: “...na vaidade dos seus pensamentos”. Este termo é muito usado em toda Bíblia, como por exemplo no Salmo 24: “...que não entrega sua alma à vaidade”. A bíblia está sempre mostrando que os gentios, os não salvos, incrédulos e odiadores de Deus vivem na vaidade. “Vaidade” significa que tudo o que eles fazem resultará em nada. Noutras palavras, pudéssemos abrir a mente do ímpio veríamos que ali tem nada. É como uma bola de futebol. O resultado do que eles pensam e põem em prática no viver resulta e resultará em nenhum proveito.
        Não sei se pude ser claro e prático na definição, mas creio que para um bom entendedor da verdade, meia explicação basta. A vida de milhares chamados crentes hoje tem produzido exatamente nada. Os crentes não foram chamados para isso; os crentes são plantações diletas de Deus e é para que eles produzam fruto (João 15). Se não houver fruto no viver, então para que servirá. O grande Deus há de arrancar toda árvore que não dá fruto no viver. Que o Senhor tenha compaixão de nós, seus filhos e servos, pois vivemos num mundo cheio desse fervor por paixões, práticas cruéis e somos chamados continuamente para o conforto dos mundanos. Enquanto isso o nome do Senhor tem sido motivo de escândalo e de desonra no meio dos gentios.