sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

NÃO VERÁ A VIDA (3)


                                             
“Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que porém permanece rebelde contra o Filho não verá a vida, mas a ira de Deus permanece sobre ele” (JOÃO 3:36)
MOSTRA A CONDIÇÃO NA QUAL ESTÃO OS HOMENS NO PECADO.
         Avancemos um pouco mais no exame do termo “vida”. Lembremos bem que a vida que recebemos de nossos pais nada tem de valor para Deus, pois com a queda fomos postos como condenados perante Ele. Além disso, a bíblia deixa claro que o homem natural está completamente distante e alheio à vida que há no Filho. Não importa a condição de vida aqui; pode ser um famoso Herodes, um poderoso Faraó ou o mais simples lavrador, todos estão na mesma condição. Digo mais que até o mais religioso da face da terra, sendo considerado por todos como alguém santo e digno do céu, não passa de um homem natural bem emplumado como uma ave, sem qualquer discernimento das verdades eternas. Vida natural é completamente oposta à vida espiritual. A existência da primeira está condicionada apenas à este mundo, enquanto a existência da outra é para sempre – eterna.
         Examinemos essa verdade, vendo a vida do religioso Nicodemos. Quando ele foi ter de noite com Jesus (João 3), certamente ele pensava que estava certo, que sua religião era a verdadeira e que era um mestre no conhecimento das coisas de Deus. Porém aquele homem foi surpreendido pelas palavras do Senhor: “Necessário vos é nascer de novo”. Notemos que Jesus colocou Nicodemos juntamente com todos em Israel e em sua religião dos fariseus: “...vos é...”. Nicodemos pensava que tudo estava bem entre ele e Deus, mas foi surpreendido com uma linguagem que ele jamais ouvira; até aquele dia ele ouviu apenas sobre as letras da lei e jamais conhecera o espírito da lei. Nicodemos não passava de um homem natural, nascido de Adão, sem qualquer ligação com a fé de Abraão de outros homens de Deus.
         É essa a condição de todos os homens, não importa a raça, a cor, a religião, os pais, etc. todos nasceram no pecado e essa vida nada tem de valor para Deus. Sem a vida que há no Filho, quem é o pobre ser humano? Não passa de um peregrino, sem pátria aqui e sem lugar no céu, marcado para ser atirado no abismo eterno. Como podemos nós mudar essa situação? Tem alguma esperança de que as coisas melhorem para os homens aqui? Claro que não! Podemos nós chegar ao cemitério e chamar os mortos à existência? Olhemos tudo na visão bíblica e vejamos como o pecado trouxe a morte em todos os aspectos.
         Outrossim, olhemos os homens no pecado, em suas vidas como naturalmente vivem. Não é verdade que eles são contentes na vida natural? Eles veem a vida aqui como a coisa mais bela e charmosa; o mundo para a vida natural é encantadora e cheia de atração, porque é a vida natural. Fale do céu para o homem natural; fale das glórias eternas, do fato que lá não há dor, nem morte e que lá é o verdadeiro Paraíso. O homem natural ignora tudo isso, porque soa estranho aos seus ouvidos. Para o homem natural a vida aqui é melhor, porque tudo é visto à luz daquilo que eles veem e ouvem. Para eles a esperança está aqui e até as dores, morte, lutas, maldades e acontecimentos trágicos fazem parte desta vida natural.
         Tentar fazer da vida natural uma vida espiritual é tão inútil quanto fazer um animal ser participante da vida humana. A condição do homem perante Deus é de morto. Ora, não estamos lidando com esta ou aquela religião; não estamos tratando aqui de coisas inventadas por homens religiosos. A linguagem de João 3:36 é do próprio Deus: “...não verá a vida...”. É uma terrível sentença de morte eterna que paira sobre a cabeça de homens e mulheres que permanecem impenitentes em seus pecados. É como se Jesus entrasse no cemitério e dissesse: “Vou chamar Lázaro, mas aquele que está noutro sepulcro não”. Deus dá a sentença eterna aos pecadores e isso é algo que deve nos aterrorizar, porque muitos que aqui vivem, jamais verão a vida.

Nenhum comentário: