sexta-feira, 30 de abril de 2021

O CAMINHO DA FELICIDADE (4)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob às minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não cheguem a ti”. Salmo 32:8,9

O CAMINHO DE DEUS (verso 8)

        Examinemos o que nosso Deus quer nos ensinar quando diz: “Instruir-te-ei e te ensinarei...”. A primeira lição é que nosso Deus sempre comunicou com o Seu povo e o faz por meio da Sua Palavra escrita. Seu livro inspirado é pleno e suficiente para todos. Deus não dá instruções sem Seu documento escrito. Foi assim com Israel e será sempre assim com a igreja. Suas instruções vêm a nós como o maior privilégio que os homens podem ter na terra. Deus mesmo disse a Israel que a nação era um povo privilegiado em ter as leis, preceitos e mandamentos que tinha, conforme os escritos de Moisés. Deus sempre instruiu Seu povo em amor, paciência, mostrando o que Ele tinha em livrar Seus santos dos perigos. Ele queria apenas que o povo desse ouvidos à Sua palavra e assim eles seriam bem sucedidos.

        Não é assim conosco hoje? Se Ele fez com o povo de Israel, fundamentando o viver deles na Sua santa lei, quanto mais os crentes agora, os quais estão debaixo da graça. O que nós temos nas Escrituras? Temos instruções que vêm em forma de doutrinas, aliás de todas as doutrinas concernentes ao homem, a Deus em Sua santa tri unidade, aos anjos, ao diabo, ao céu, ao inferno, à salvação e à igreja. Em todas essas doutrinas muito mais podemos aprender acerca do nosso Deus, porque O temos conosco pelo Santo Espírito para nos ensinar. Lembramos o que nosso Senhor nos prometeu em João 14, que o consolador viria habitar em nós, a fim de nos conduzir em toda verdade. Não somos um povo desamparado e jogado ao léu neste mundo; Ele não deixou como órfãos aqui destinados à ferocidade do pecado, do mundo e do diabo. Nosso Senhor ama cada crente individualmente e nos ensina como devemos viver.

        É óbvio que o Senhor tem seus instrumentos de instruções. Os pais são os principais responsáveis em ensinar os filhos. Era assim que famílias piedosas faziam em Israel, pois passavam os ensinamentos acerca do Deus de Israel desde que seus filhos eram pequeninos. Os que fracassavam nisso podiam ver os resultados em filhos rebeldes mais tarde, como foi o caso do Sumo-sacerdote Eli (1 Samuel). Deve ser assim conosco hoje. Lares onde os filhos não são ensinados na bíblia acerca do conhecimento de Deus, são lares que veem o fracasso chegando, mesmo que sejam bem sucedidos financeiramente. Para que riquezas materiais quando os filhos desconhecem as riquezas eternas.

        Em nossos dias vemos o grande desprezo dos pais em ver seus filhos conhecendo a verdade e o temor do Senhor, e falo a respeito de lares de muitos crentes. Os pais estão tão ocupados em ganhar dinheiro; as mulheres deixaram a função de esposas e mães, a fim de entrar no mercado de trabalho e colaborar financeiramente com acúmulo de coisas materiais no viver. Assim, os filhos são ensinados como ganhar mais e não como ser homens e mulheres que temem a Deus e andam em Seus caminhos. Nada contra ganhar dinheiro e ser rico, mas quando isso ocupa o primeiro lugar, então é certo que a desgraça vem galopante. Tenho lidado com isso em nossos dias, porque os valores morais têm sido atirados fora como se fossem lixo e isso ocorre porque famílias abraçaram o conceito mundano de vida e desprezaram os ensinos do Senhor.

        Nenhum crente poderá se desculpar de que não teve tempo para isso. A instrução de Deus na família não deve ser feita pela igreja, mas sim por pais piedosos, os quais querem ver filhos disciplinados e tementes a Deus. A igreja deverá ser a reunião de homens e mulheres tementes a Deus, levando filhos obedientes para ouvir a pregação e os ensinos da palavra.

 

        

 


O VIVER DO HOMEM FELIZ (7)


“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

DEPENDÊNCIA DE DEUS: “...te fará suplica em tempo de...”.

        Nossa próxima lição que emana do texto acima tratará da dependência que o homem piedoso tem de Deus, porquanto a vida de oração incrivelmente logo se manifesta. Quando Deus mandou que Ananias fosse encontrar com Saulo na Rua Direita, ele encontraria Saulo orando. Eis aí o resultado imediato de uma santa conversão. Acontece isso com o crente, porque quando há algo errado na vida, imediatamente ele para de orar. O pecado torna o homem independente de Deus. No arrependimento a voz da confissão ressoa em clamor: “Tem misericórdia de mim”, como ocorreu com Davi (Salmo 51). Quem imaginava ver Saulo orando perante Aquele a quem estava perseguindo de forma insana? Mas é justamente isso o que ocorre numa sincera conversão a Cristo.

        Veja bem o que ocorre na conversão, porque tudo aparece em forma de oração: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”. Podemos facilmente entender que invocação é uma oração em forma de súplica. Ninguém invocará um nome qualquer sem se ver antes em perigo. Os homens no pecado clamam aos homens e aos seus ídolos, mas não ao Deus da bíblia. Permita que eu trate um pouco mais sobre o fato que o evangelho tão humanista de nossos dias não leva os pecadores à invocação. Não estou falando que seja algo audível a nós, mas sim da invocação de um coração quebrantado, arrependido. O resultado é que a igreja de Deus está cheia de elementos que não consideram o viver cristão com humildade e santo temor. A força da carne tem puxado o mundo para dentro da igreja e a igreja tem se associado ao mundo, mesclando tudo. Isso significa que hoje não há homens santos de Deus, os quais buscam socorro em Deus, a fim de serem fortalecidos para a batalha.

        Mas todos devem saber que se tudo começou com invocação e seguirá em invocação. O que é a vida cristã? É o homem com sua visão aberta pelo Espírito Santo para ver a verdade como a vida é. Passamos a trilhar o caminho certo; passamos a ter toda oposição do inferno contra nós; passamos a sentir o ódio mortal dos mundanos  e do diabo investindo para nos derrubar e destruir nossa fé, a fim de que profanemos o nome do Senhor. Se o caminho do chamado crente parece ser pacífico com o pecado e com o diabo, então tal pessoa está sendo enganada. Os crentes estão engajados numa guerra contra a carne, o mundo e o diabo, claro em circunstâncias que diferem uns dos outros.

        Mas o que ocorre é que aquele que obteve a salvação que há em Cristo passa a ter seu Deus como fonte de socorro. Essa dependência de Deus é algo normal no viver de um crente. É claro que os salvos vão aprendendo sempre. Muitas vezes eles falham, muitas vezes decepcionam e caem, mas não há desânimo perpétuo na fé cristã. Quando parece que o túmulo mundano engoliu a fé, eis que de repente os santos se erguem da cinza para mostrar que estão humildemente na dependência da graça para viver. Os pastores sabem o que é lidar com os crentes, eles dão prazer, porque amam a palavra e buscam conselhos. Os salvos diferem dos não crentes, porque estes realmente atrapalham o ministério pastoral; eles não andam e não deixam os outros andarem, pois estão sempre em oposição à verdade. Os salvos têm uma ligação de dependência com o Senhor, eles amam a Cristo e mostra isso pelo desejo de conhece-Lo melhor na palavra, a fim de apegar a Ele e viver por Ele.

        Vemos essa dependência dos salvos na letra da primeira estrofe de um antigo hino: “Guia-me meu Salvador, sempre me conduz Senhor, certo firme, forte estou, pois contigo andando vou”


quinta-feira, 29 de abril de 2021

O VIVER DO HOMEM FELIZ (6)


“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

OS TRAÇOS DE UM HOMEM BEM-AVENTURADO

        É lógico e óbvio que tem muito a ser falado acerca do homem bem-aventurado, mas sei que não tenho essa capacidade para dinamizar esse assunto e que o Senhor use outros servos Dele para essa finalidade. Mas o que tenho isso vou conceder aos meus leitores. Examinemos o perfil desse homem a quem o texto o intitula de “piedoso”. Não há dúvida que ele é alguém que passou a conhecer, de fato o Deus vivo. E esse conhecimento foi mais do que informações recebidas na mente, porque muitos obtêm conhecimentos bíblicos de várias doutrinas, mas nunca conhecem a Deus. Não há possibilidade de conhecer o Senhor, a não ser que Ele mesmo se apresente ao pecador: “Buscar-me-eis e me achareis...”. Notemos como Deus faz, pois quando alguém busca a Deus é porque Ele mesmo se apresenta a tal pessoa: “...e me achareis...”, caso contrário é impossível.

        Estou certo que uma mensagem aceita na mente deve ser cravada no coração, porque Deus fala à consciência do homem, a fim de que este passe a temê-lo. Conhecimento que não resulta em temor é algo abstrato, sem qualquer proveito para o viver. Hoje estão fazendo de tudo para aumentar o número de pessoas nas igrejas, e fazem isso com mero conhecimento ou mesmo com atividades. Quando a conversão ocorre é porque o coração foi atingido pela força operante da graça. É assim que ocorre quando o homem se torna piedoso, pois se tornou um autêntico homem que anda com Deus e nós precisamos saber desses fatos.

        Impressionante, mas o fato é que antes de conhecer o Senhor o homem pensa que é forte, que pode andar por si só, que é livre, independente e que não tem que  prestar contas a ninguém. Ele não enxerga o que a bíblia diz a seu respeito, como sendo ele um escravo do pecado e que caminha a passos largos para a perdição eterna. Mas note o piedoso, porque ele passa a andar com Deus. O que andava sozinho agora vê o quanto estava enganado; em sua conversão ele invocou o Nome do Senhor e agora na peregrinação ele percebe que não pode andar sozinho mais, por isso busca força em Deus. Ora, é assim que o homem se torna um valente na vida, pois busca força em Deus. Todo verdadeiro crente sabe disso, pois quando tenta viver por si só, logo se mostra ser um fracasso. Notemos a vida dos grandes homens de Deus. Moisés sozinho, pensou que era um valente, mas logo teve de fugir. Quando percebeu o poder da graça se tornou um grande líder usado poderosamente. No poder de Deus foi que Abraão peregrinou e foi vencedor em toda sua jornada. Davi se tornou valente porque Deus o fez corajoso e forte, mas quando deixado sozinho levou um terrível tombo que o deixou terrivelmente ferido em sua vida espiritual. Não resta dúvida que o homem forte é o que humildemente depende de Deus.

        O homem piedoso era um pobre, miserável e tomou o Senhor como sendo sua riqueza. Toda sua confiança agora está depositada em Deus. O homem piedoso é trabalhador e produtivo no viver, mas ele há de ter Deus como sendo seu socorro para os dias maus, quando buscar recursos que venham lhe ajudar em suas necessidades. O homem piedoso vê em Deus sua fonte toda bênção em todas as áreas da sua vida. O piedoso não se apega as coisas terrenas, porque sabe bem que é um mordomo dos bens que Deus lhe confiou, por isso em oração e na palavra ele aprende sabedoria em como viver aqui. O piedoso sempre está sendo desafiado a progredir e prosperar nessa incrível fé que lhe leva a confiar apenas em Deus para suas necessidades.


O CAMINHO DA FELICIDADE (3)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob às minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não cheguem a ti”. Salmo 32:8,9

O CAMINHO DE DEUS (verso 8)

        Outra verdade que vemos no texto acima, verso 8 é que Deus tem Seu caminho e devemos entender que esse é o caminho por onde devemos andar. O nosso Senhor jamais nos guiará pelo caminho da injustiça e da perversidade, como andam os gentios. O Senhor nos preparou um caminho, Ele conhece o caminho e é por esse caminho desconhecido do mundo e da natureza carnal que os santos são orientados e guiados. Examinemos esse caminho do Senhor com humildade e temor perante Aquele que nos salvou e nos prepara para as maravilhas eternais que virão na eternidade.

        A primeira lição é que esta vida no mundo mostra ser um caminho; o tempo que vigora em passado, presente e futuro mostra que entramos pela porta do nascimento e que sairemos pelo escuro portal da morte. Vemos que entre o nascimento e nossa morte temos um caminho pelo qual estamos passando. Para alguns o caminho é curto, para outros o caminho é comprido. O tempo também nos ensina que somos peregrinos na terra e que nada teremos desta vida que será nosso e que levaremos conosco. Ao caminharmos como peregrinos e forasteiros na terra, saudamos o que vemos no presente, anelamos saber o que será no futuro e aprendemos com o passado.

        Mas o texto nos mostra que temos um Deus que se ocupa com Seu povo e que é nosso perfeito Guia. Que privilégio temos, pois não estamos sozinhos no meio de tantos perigos! Também sabemos que Deus nos conduz pelo caminho que Ele preparou e consagrou para nele andássemos. Esse caminho é chamado de vereda do justo; assim como Deus guiou Israel pelo deserto, cuidou do Seu povo e jamais abandonou Seus escolhidos, assim também é conosco na jornada. Os crentes devem saber que essa verdade é aplicada na vida. Se é um crente, então é certo que está sendo guiado pelo Senhor. Ele não espera a decisão nossa, para sabermos se queremos ou não ser guiados por Ele. Somos o povo que Ele comprou, que nos ama e jamais há de nos deixar. O não atira um filho ao desprezo, Ele é um pai que realmente ama e comunica com cada um por meio da Sua palavra. Todo nosso fracasso vem porque ignoramos essa verdade e não cuidamos em escutar seus ensinos.

        Então, voltemos ao texto porque precisamos aprender o que nos é ensinado logo no início: “Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir...”. Notemos ali como a verdade acerca da orientação de Deus brilha perante nossos olhos: “Instruir-te-ei...”. Notemos que o Senhor diz que primeiro ele nos instrui, e Ele o faz de que maneira? Não há dúvida que é pela palavra. Insisto nesse detalhe porque sei o quanto os crentes de nossos dias desconhecem e muitos ignoram esse fato. Deixar de lado a palavra de Deus para embarcar nos conselhos deste mundo moderno, o qual oferece uma vida fácil é o que se desenrola em nossos dias.

        Além disso, vemos como sistemas chamados de evangélicos têm surgido com novas propostas de vida cristã, aliás bem diferentes daquilo que temos na palavra de Deus. Muitos também se arrogam de receber revelações diretas de Deus. Tudo isso tende a desviar muitos crentes das verdades divinas que nos instrui em nossos deveres. Contamos também com o fato que muitos são os que pensam que são crentes, mas que realmente não são convertidos, por isso não há neles qualquer prazer pela palavra nem se dispõem em ouvi-la para colocar em prática na vida.

Pregação | A manifestação da felicidade no crente - Salmos 32:11 | Pr. D...

terça-feira, 27 de abril de 2021

O CAMINHO DA FELICIDADE (2)


“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob às minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não cheguem a ti”. Salmo 32:8,9

Estamos examinando os versos 8 e 9 do Salmo 32, porquanto eles mostram que a felicidade apresentada na bíblia é conquistada em santa disciplina no viver. É feliz ser um crente, saber que fui justificado, que sou um herdeiro de Deus e que irei morar no céu. A paz com Deus enche a alma de alegria, prazer e satisfação. Mas logo o salvo vai deparar com as duras realidades da vida aqui, que ele é um ser humano semelhante aos outros, carregando consigo, em seu corpo mortal uma natureza depravada que está apegada à sua carne. Ele percebe que agora é um filho de Deus pelo novo nascimento e que seu Deus tornou-Se seu Guia, amigo, conselheiro e disciplinador, e que sendo assim haverá necessidade de disciplina. 

Deus ensina aos crentes que há diferença entre liberdade e ser libertino. Ele mostra que a liberdade do crente, sem a liderança Dele é extremamente perigosa. Se nosso filho, ainda pequeno não for guiado por nós e que seguir o caminho sem a direção dos pais, sem dúvida vai achar perigos mil à frente. O mundo ensina que liberdade é o direito de fazer o que a pessoa bem quiser fazer e é isso o que está embutido no termo “democracia”. Mas o crente não age assim, pois ele percebe que é uma criatura frágil como ovelha e que precisa do seu criador e Senhor para lhe guiar. O bom senso vê essa verdade e busca isso. Por que digo que creio num Deus que em nada ocupará minha vida? O mundo cria seus ídolos, porque querem viver na libertinagem. O crente conheceu o Deus da bíblia que há de guia-lo no verdadeiro conceito de liberdade. 

Vamos nos cercar dos ensinos bíblicos, a fim de fortalecer nosso viver na fé. O fato é que o cristianismo afirma que os crentes são pessoas achadas e compradas pela misericórdia de Deus. O que Cristo fez na cruz foi que pelo Seu sangue ele comprou um povo para Si. Paulo afirma em 1 Coríntios que os santos foram comprados por alto preço e nós sabemos o valor daquilo que é caro e para o qual pagamos seu preço. Se eu compro um carro caro, vou dar valor extremo àquele veículo porque passou a ser meu. Foi assim que Deus fez com os crentes. O Senhor não é o meu Deus porque eu decidi e solicitei que ele fosse meu Deus preferido. Muitos tratam o Deus da bíblia assim, como se fosse um ídolo inventado e fabricado na mente, um deus que, segundo eles, servirá para lhe ajudar nas conquistas dos seus sonhos.

Porém, em nada essa divindade pagã corresponde ao Deus da bíblia, soberano Autor e conquistador de um povo que Ele mesmo comprou ali na cruz. Nós fomos salvos para fruirmos a felicidade de Deus, segundo as normas e as instruções que pautamos em Sua bendita palavra. O Senhor não solta os crentes, Ele os tem e os ama com amor sempiterno, por isso os guia neste mundo perigoso. É isso o que nos é passado em toda bíblia. É claro que Ele dinamiza nossa liberdade e é Nele que os crentes aprendem sobre o verdadeiro conceito da liberdade. Os salvos não estão sob uma lei amaldiçoante, mas sim na liderança da graça. Mas a graça não nos guia para baixo, ela nos conduz para cima, por caminhos que jamais imaginávamos, por perigos que nunca pensávamos enfrenta-los. Mas é assim a vida cristã. O Senhor nos tomou para si e se ocupa com cada ovelhinha que é possessão Dele. Ora, isso é maravilhoso e é nesse ensino que entenderemos o que Ele quer nos transmitir nesses versos 8 e 9 do Salmo 32. Nossa oração é que Ele nos conceda humildade e disposição firme e sincera na obediência a Ele; que vençamos todo mal, toda indisposição da carne, a fim de avançarmos na liberdade da águia, subindo às alturas até conhecermos a região celestial, onde está nossa permanente morada.

O VIVER DO HOMEM FELIZ (5)

          

“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar -te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

OS TRAÇOS DE UM HOMEM BEM-AVENTURADO

        Devo continuar mostrando os traços de um homem bem-aventurado, ou feliz, para fazer real diferença entre a mentalidade mundana acerca de felicidade e aquilo que Deus mostra em Sua Palavra. Nota-se que o homem feliz é alguém que agora possui uma visão correta desta vida. Na conversão o homem não se torna um anacoreta, alguém que foge do mundo, refugiando no lugar distante, a fim de fugir das assolações tentadoras de um mundo perverso. O homem que foi salvo mediante a salvação que há em Cristo teve sua visão aberta e descobriu que vivia enganado, que era um cego, sem que realmente soubesse dessa cegueira. Ele percebeu que era manipulado pelo pecado, guiado pelas mentiras de satanás e hipnotizado por um mundo que aos seus olhos parecia ser o paraíso desejado.

        Vemos no texto que o homem feliz, conforme Deus o fez feliz é um homem normal agora; é alguém que passou a andar no caminho reto; passou a viver como um homem deve viver. Ele não foge do mundo, ele simplesmente anda por um caminho que segue ao contrário daquele que o mundo segue. Tudo isso porque o salvo se tornou alguém piedoso e já sabemos que piedade nada mais é do que alguém que no coração passou a ter o temor do Senhor: “Sendo assim, todo homem piedoso...”. Então sigamos os ensinos que esse precioso verso nos transmite.

        O que aconteceu foi que, de repente o homem convertido percebeu que seu viver anterior era de um homem louco, pois não via para onde estava sendo empurrado por terroristas invisíveis. Assim ele passou a depender de Deus. Ele pensava que andava sozinho e que era livre para fazer o que bem queria, sem contudo perceber que tinha um inimigo que o guiava por caminhos tortuosos e que um escravo do pecado, fazendo exatamente tudo aquilo que lhe era ordenado a fazer. Mas agora não, pois ele passa a andar com Deus. Notemos bem essa verdade no texto: “Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te...”. Agora sim, ele é livre, porque a salvação bíblica solta os grilhões e algemas que prendem o homem. Mas a liberdade dele não o torna alguém independente, pois percebe que é uma ovelha que tem seu pastor na liderança. Ele percebe que vezes após vezes surgem perigos inesperados, mas ao invés de confiar em sua própria capacidade, o homem piedoso corre para Deus: “...em tempo de poder encontrar-te”.

        Deparamos com verdades que precisam ser levadas aos crentes em nossos dias, especialmente por causa desse contagioso ensino da fantasiosa prosperidade. Muitos são aqueles que acham que vida cristã deve ser pautada de bênçãos materiais; que as bênçãos do viver são reconhecidas em forma de recursos financeiros, saúde e divertimentos. Mas isso é uma verdade em parte. Deus não tira nossa liberdade na salvação; Deus não nos empurra a um viver de pobreza e miséria na salvação. O Senhor não arrancou a riqueza ajuntada por Zaqueu. O que ocorre é que o homem piedoso, no temor do Senhor percebe que há perigos terríveis que envolvem esta vida aqui e que por isso ele corre em busca do socorro de Deus. Ele agora vê que o mundo jaz no maligno e que por ser ele um crente ele há de enfrentar provações e perigos na jornada. Os verdadeiros santos sempre pregaram isso no passado e também transmitiram esses fatos em hinos belos. Os santos sabem que enfrentarão perigos mil na jornada e que por isso aprendem a confiar e buscar o Senhor, lutando sempre em oração, a fim de que não sejam dominados nem contagiados pelos sentimentos de avareza deste mundo maligno.


Pregação | A grande festa da fé - Salmos 100 | Pr. David Sena

sexta-feira, 23 de abril de 2021

O CAMINHO DA FELICIDADE (1)

 

“Instruir-te-ei e te ensinarei o caminho que deves seguir, e sob às minhas vistas te darei conselhos. Não sejais como o cavalo ou a mula, sem entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio para que não cheguem a ti”. Salmo 32:8,9

INTRODUÇÃO:      

        Creio que pudemos ver em linguagem bem prática e com lindos tons de doutrinas o que significa ser feliz. Devemos dar louvores a nosso Deus pela clareza de sua palavra, especialmente na passagem. Vimos como nasce a verdadeira felicidade no homem, como tudo tem início com o pecado indo a Cristo, tendo seu coração convicto de suas culpas e de sua merecida condenação; vendo que todo seu viver foi de ofensas a Deus. Vimos como Deus apresenta o homem feliz, mostrando que é alguém que foi perdoado dos seus pecados e que tudo agora está coberto pelo sangue propiciador do puro Cordeiro que foi à cruz. Vimos que é Deus que opera o essa verdade no coração e que não há mais engano no íntimo do pecador que é salvo. Os dois primeiros versos deste Salmo mostram o que a mensagem do evangelho tem a transmitir em toda bíblica para todos os pecadores. Não tem outra mensagem na bíblia e se desviarmos dessa verdade é certo que entraremos no caminho da miséria, como estamos vendo ocorrer em nossos dias.

        Também vimos nos versos 3 e 4 o que acontece quando o homem simplesmente silencia o pecado no íntimo, o quanto de miséria vem à alma. Em meio a esse evangelho moderno que saúda e alegra-se com o humanismo, o que vemos é o aumento de tristeza, angústias, suicídios e toda tentativa religiosa dos homens em buscar um viver melhor, mais ligado com os sentimentos do que com a verdade. Com o Salmista

        Chegamos à parte final e ela é empolgante porque, repentinamente o próprio Deus aparece falando. Sua misericórdia em favor do pecador é algo relevante, porque Ele se manifesta oferecendo ao homem a real e genuína felicidade. Agora o Senhor se manifesta como o nosso Guia fiel para direcionar nossas vidas num mundo perigoso, por isso esses dois versos são dinamicamente exortativos. Agora o Senhor se manifesta como sendo nosso Pai, sempre presente, em tudo nos ensinando, instruído e disciplinando. Precisamos aprender com Ele para que cheguemos à maturidade e caminhemos sempre Lhe agradando em tudo.

        Outro detalhe é que, devido a nossa natureza carnal, temos a tendência de desviar dos retos caminhos do Senhor; tendemos a ser impetuosos naquilo que não devemos fazer. Todos devemos lembrar de Israel na ocasião quando se rebelou em não entrar na terra prometida (Números 13), devido às más informações dadas pelos que foram espionar. O que ocorreu foi que, quando Deus falou que nenhum deles, de 21 anos para cima entraria na terra prometida, pois todos iriam morrer no deserto. Foi assim que de repente eles quiseram entrar. Somos assim muitas vezes, pois quando Deus diz: “Não vá!” nós vamos. Quando Deus diz: “Vá!”, então não vamos. Foi assim com Israel e é assim com os crentes hoje. Por essa razão Deus nos envolve em disciplina. Assim, o que aparece no verso 9 é uma séria exortação, para que sejamos pessoas que têm entendimento, a fim de não agirmos como animais teimosos.

        Assim avancemos nesse Salmo tão maravilhoso. Queremos como crentes ampliar nossa felicidade na tão grande salvação que nos foi dada por Cristo e em Cristo. Não queremos retroceder, porque pela fé avançamos no caminho que nos leva à perfeição. Devemos mostrar ao mundo que somos diferentes, que somos as pessoas mais felizes do universo. Fomos achados por Deus quando éramos miseráveis escravos que estavam marcados para serem atirados nas trevas eternais. Ora, tais verdades enchem os corações dos santos do verdadeiro júbilo: Alegrai-vos no Senhor!”

O VIVER DO HOMEM FELIZ (4)

               

“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

OS TRAÇOS DE UM HOMEM BEM-AVENTURADO

          Continuemos a examinar os traços de um homem bem-aventurado, feliz e piedoso, conforme descreve o verso 6: “Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas...”. Quão importante é para os crentes essa lição que nos traz o verso 6, porquanto precisamos ser humilhados e reconhecer que nada de bom houve em nós e que foi por pura misericórdia que fomos chamados das trevas para a maravilhosa luz.

        Outra verdade de grande significado para nós é o fato que o homem piedoso era um morto que achou vida. Uma das mais terríveis atividades feitas pelo pecado é levar o homem a achar que ele tem vida aqui. O que ele possui é vida no pecado e no pecado o que temos é morte. O que a bíblia diz? “O salário do pecado é (e não será) a morte”. Será que entendemos isso? Isso resume o fato que não há vida no pecado. Então, tudo o que o homem no pecado sempre irá receber aqui é a morte; todo seu ser foi ocupado pelo poder da morte; todo seu corpo tornou-se uma habitação da morte; todos os benefícios trazidos à esta vida presente, como bens, amizades, famílias, saúde, conquistas, religião, fama e outros privilégios estão carregados do poder da morte. É claro que o homem o homem no pecado só poderá ver essas coisas se a misericórdia de Deus abrir os olhos do entendimento, caso contrário esses fatos não subirão ao seu entendimento e consciência.

        O homem piedoso é consciente disso. Ele percebe que saiu da tumba do pecado para as realidades eternas. Veja que foi exatamente isso o que aconteceu com Saulo de Tarso, porquanto, após sua conversão se viu diante do fato que o viver mudou, que tudo o que pensava, cria e vivia era embuste. Ele percebeu que o Nazareno Jesus a quem tanto odiava e perseguia era o próprio Senhor da glória e que o ambiente religioso que tanto amava e frequentava não era mais seu lugar. Isso é o que significa sair da morte para a vida. Na vida real há uma consciência das realidades eternas; na vida real o que é natural é rasgado para dar lugar às coisas eternas. A vida em Cristo não anula a vida natural, mas sim a coloca em seu devido lugar, porque agora o que predomina não é o reino da terra, mas sim o reino de
Deus.

        Também, o homem piedoso percebeu que era um ímpio que agora teme a Deus. É por isso que ele tornou-se um piedoso no real sentido da palavra. Enquanto o homem não for salvo por Cristo ele é e será chamado por Deus de “ímpio”. Por que? A razão é que ele não teme a Deus. Saulo era religioso? Sim! Era zeloso em sua religião e nos costumes da lei de Moisés? Sim! Mas era um ímpio. Na conversão Deus efetua no homem o que somente Ele faz em Sua graça. Ele tira o coração endurecido e mau do homem e põe nele um novo coração, para que o homem possa lhe temer durante toda sua vida, e tudo isso revoluciona o viver. Sabemos o quanto o atual movimento evangélico tem produzido mais “evangélicos” e não piedosos. Já tenho falado sempre que a mensagem que não resulta em vidas piedosas não é a mensagem do verdadeiro evangelho e isso tem sido a tragédia dos nossos dias.

        O que é ser piedoso? A resposta é que o piedoso tem o temor de Deus no coração e é isso que mostra que a vida teve um começo real, que agora a pessoa é nova criação e que segue o caminho dos piedosos na terra. O piedoso é aquele cujos olhos espirituais foram abertos e ele vê agora tudo à luz da bíblia e sua vida é coordenada pelas sagradas letras.


quinta-feira, 22 de abril de 2021

Pregação | O caminho da felicidade - Salmos 32:8, 9 | Pr. David Sena

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (14 de 14)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        7.     Insatisfação quanto àquilo que possui materialmente. O pecado jamais conduzirá o homem por veredas justas, as quais dão descanso a alma. O homem no pecado não tem descanso e dentro dele há um turbilhão que o envolve em insatisfação no viver. Vemos isso no Salmo 107:4 e 5: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminhos solitários; não acharam cidade para habitarem. Famintos e sedentos, a sua alma neles desfalecia”. Impressionante como na figura de linguagem o Espírito Santo descreve a alma vazia, à busca de um lugar onde habitar; como o mundo é descrito como um deserto, onde as esperanças são descobertas como ilusórias e fúteis. Homens e mulheres que têm seus pecados guardados em seus corações e dominando mente, emoções e vontade, eles se veem como que circulando pelo deserto desta vida, sem jamais achar lugar de habitação permanente, porque simplesmente não vão achar. Sua casa, por mais bela e confortável que for logo perde o sentido, seus bens não lhes garante segurança em face dos inimigos que aparecem, como ladrões, enfermidades e o medo de perder o que têm.

        Não há no viver dos ímpios um cerco de segurança que lhes dê paz e conforto na alma. Eles se apoderam de seus ídolos e envolvem suas casas e bens com todo tipo de superstições idólatras e buscam apoio nos homens. O pecado não traz uma habitação segura aos homens aqui, porque a morte acompanha o pecado em todo trajeto humano. As atividades da morte estão sempre gerando medo, angústia, pavor, ansiedade, e à medida que avança o pecado essas coisas vão se aprofundando mais e mais. Os homens não tem habitação aqui porque são peregrinos neste mundo e vivem sem qualquer esperança e sem Deus (Efésios 2:12).

        8.     Manifesta servidão ao pecado em várias áreas da vida. Nem todos os homens servem ao pecado em iniquidades que os levam às masmorras do mal. É notável ver como em nossos dias o pecado tem algemado milhares nas drogas, esmagando o ser humano e tirando deles todo significado do que é ser homem ou mulher. Milhares estão presos e incapazes de sair do buraco, porquanto foram infelizes na busca errada por felicidade.

        O mundo cada vez mais está abrindo suas comportas do mal; cada dia está oferecendo mais prazeres, em plena manifestação contra Deus e contra Sua santa lei. A destruição da família tem causado tremendas rupturas nas bases da sociedade e isso tem trazido profundas maldades vistas em homens e mulheres, os quais perderam todo sentido natural de viver. A servidão ao pecado tem revelado em que profundidade o pecado joga homens e mulheres e como são transformados em perversos, trazendo aflições aos mais fracos.

        9.     Desenfreada busca de prazeres carnais, tendo em vista a alegria. O mundo sempre foi assim, mas em nossos dias tem aumentado as ofertas do pecado e satanás tudo tem feito para dizer às multidões que ser adúltero, trair, entregar seus corpos às práticas perversas são coisas normais e que Deus quer a felicidade de todos. Tudo, até mesmo religiões modernos se ergueram para “abençoar” os homens e trazer tranquilidade aos seus corações pervertidos.

        Qual a verdade central em tudo isso? Há felicidade? Não! Quanto mais o mal for silenciado e guardado no íntimo os homens irão de mal a pior. Eles vão mostrar seu imenso amor ao pecado e ódio a Deus. Quanto mais permanecer na maldade, mais o coração será endurecido para que a verdade não entre. Há esperança para o pobre pecador? A solução está em sua humilhação. As atitudes dos homens em nada afetarão o reino de Deus. O socorro para a alma atribulada vem do Senhor, o grande Salvador, o qual veio ao mundo para destruir o poder do pecado, salvar perdidos para torna-los cheios da felicidade que vem de um Deus gracioso e compassivo.

       

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 21 de abril de 2021

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (13)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        Posso continuar o assunto, mostrando as consequências terríveis do pecado, quando ele (ou eles) é silenciado no íntimo. A experiência é dramática: “Enquanto calei os meus pecados...”. Todos devem saber que a bíblia não esconde a verdade acerca disso; a bíblia mostra a ação e reação dos homens no pecado; a bíblia não silencia o pecado, ela vai lá e cutuca o mal, revelando a verdade por dentro e manifestando-a por fora. Por essa razão devo continuar o trabalho, me esmerando em mostrar a todos o que realmente ocorre. Lembremos bem que o que ocorre com os ímpios acontece também com os crentes, claro de diferentes modos, reações e consequências.

        5.     Quando o pecado é silenciado no íntimo, eis que haverá atitudes de fuga para se esconder da verdade. Impressionante! O pecado no íntimo ordena que o homem se esconda em lugares de trevas. Nota-se que o homem no pecado sempre estará se desculpando para não ouvir a mensagem do evangelho, ele não quer ir a um culto onde será descoberto. Ele vai querer ouvir cultos que lidam com emoções, com festas e shows e até mesmo se sentirá que Deus está lhe abençoando nessa jornada religiosa que está empreendendo. Músicas, shows, pregações de autoajuda, etc. nada disso descobre o coração corrompido do homem, nem o leva à convicção de pecado. Somente e tão somente a Palavra pregada com poder é que o fará com eficiência.

        6.     Também, haverá atitudes de perversidades em relação ao próximo. É impossível encobrir as maldades no íntimo e ainda ter condições de amar as pessoas. Não tem como fazer isso. O amor opera sempre em justiça e não em mera simpatia vista na face. A tendência é que quanto mais o homem se aprofunda na maldade, por fora ele tenta esconder sua maldade usando de simpatia, amizade, querendo a aprovação de todos. Herodias passou a odiar João Batista, porque foi na face de Herodes e o condenou a possuir a mulher de outro, no caso Herodias. Qual foi o resultado? Ela mesma planejou matar o profeta.

        Quanto mais aumenta o terror do pecado guardado no íntimo, mais festas, religiões falsas e amizades os homens procurarão obter por fora. Mas o fato é que o pecado se reproduz em novas e malignas perversidades. E quanto mais aumenta a iniquidade, mais terrores da morte serão vistos. O homem no pecado não consegue amar sua esposa, nem uma mulher casada conseguirá fazer seu papel de esposa, conforme Deus ordena. Os filhos não conseguirão ser obedientes. A tendência é consolidar a maldade na sociedade em detrimento dos mais frágeis, como estamos vendo em nossos dias.

        Não foi exatamente isso o que aconteceu desde a queda? Não foi assim que Adão, para se defender pôs a culpa sobre a esposa e esta, por sua vez pôs a culpa sobre o diabo. A natureza maligna do homem é sempre assim, sempre escondendo sua culpa, achando que assim poderá escapar. Os homens sempre estão se queixando; sempre estão reclamando do governo, da esposa, do marido, dos filhos, da condição financeira e outras queixas. Qual a resposta bíblica? Queixe-se cada um dos seus pecados. Enquanto permanece assim a miséria prosseguirá e a infelicidade terá sua habitação permanente no viver. O pecado vem apagar as festas, porque a morte chega forte para mostrar o quanto é capaz de vencer e dominar tudo aqui.


O VIVER DO HOMEM FELIZ (2)


“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

OS TRAÇOS DE UM HOMEM BEM-AVENTURADO.

        Nesta página quero tratar acerca dos traços que obviamente veremos num homem que experimenta a felicidade vinda de Deus. Devemos lembrar que não estamos tratando daquilo que o homem mundano busca e tenta encontrar no mundo. Muitos parecem felizes, porque para eles a felicidade que tanto buscam é achada naquilo que o mundo pode dar. Consideremos o homem, cuja felicidade é vista na aparência olhando o Salmo 73. Veja como ele se mostra o quanto tem de tudo e como as pessoas o observam com inveja. Veja como o caminho pelo qual ele anda parece ser seguro, dando-lhe certa estabilidade. Esse é o homem modelo, cheio da bem-aventurança que o mundo dá. E nós já sabemos no texto do Salmo 73 e na nossa experiência vivida aqui, o que ocorre com esses elementos, porque de repente eles se deparam com os caminhos escorregadios.

        Sendo assim veremos, segundo a luz da palavra de Deus, o quanto a bíblia mostra a completa diferença entre a felicidade vinda de Deus e aquela que vem do mundo. O homem salvo é tirado da morte para a vida, das trevas para a luz. Diante desses fatos notavelmente apresentados, vemos que estamos diante de realidades eternais, jamais vistos e conhecidos deste mundo que jaz no maligno. Por isso não devemos sequer combinar a felicidade achada no mundo com a felicidade vista num homem crente. Ao salvo é dada a base, o fundamento correto de perfeita justiça, de uma reconciliação com Deus, sendo assim aceito como justo em Cristo. A luz da felicidade bíblica tem seu início na cruz e dali avança para a perfeição que será experimenta após sua morte.

        Para realçar bem essa diferença vamos ver o que realmente ocorreu, porque se tivermos em mente que há no mundo qualquer sinal de felicidade, então não entenderemos o que significa ser um verdadeiro crente. Veja no verso 6 como se projeta um homem feliz neste mundo: “Sendo assim, todo homem piedoso...”. Deu para detectar? O que a salvação bíblica produz? A resposta é simples: “piedade”. Sempre tenho falado sobre isso. Se o evangelho pregado não resultar em vidas de homens e mulheres piedosos é claro sinal que estamos pregando a mentira. Não estou referindo a piedade vista na aparência, porque isso as religiões modernas fazem muito bem. Estou falando da piedade no coração; daquilo que faz o homem temer a Deus e andar com Deus neste mundo. Ora, é isso o que vemos na bíblia. O homem piedoso mostra o que Deus faz no coração, como Ele tira o coração de pedra e coloca um novo coração que vai temer e andar com Ele.

        O mundo produz homens piedosos? Claro que não! Então, quando nos deparamos com aquilo que o evangelho bíblico produz vemos a grande diferença. Quem é um homem piedoso? Ele era um louco que se tornou sábio. Antes no pecado, o próprio engano do pecado o fazia pensar que ele era o máximo, que sabia como viver, andar e tomar suas próprias decisões. Ele pensava ser capaz de andar sozinho neste mundo, até que seus olhos foram abertos e ele viu o perigo, se converteu e passou a andar com Deus.

        Falo isso porque o mundo faz os homens se sentirem autoconfiantes e seguros, porque muitos imaginam que se forem justos, trabalhadores e leais a família, então tudo irá bem na vida. Ontem mesmo assistir pelo noticiário o que aconteceu com uma família inteira, a qual foi esmagada ao ser o carro onde estavam, prensados por uma carreta que vinha detrás contra a outra carreta que estava à frente. Veja a loucura dessa auto-confiança que o homem natural tem nesta vida.


terça-feira, 20 de abril de 2021

O VIVER DO HOMEM FELIZ (1)

 

“Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; te me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7)

INTRODUÇÃO:      

        Caros leitores, irmãos e amigos, entramos agora numa nova etapa do ensino acerca da verdadeira felicidade neste Salmo. Nota-se que há uma incrível organização, porquanto em toda sua extensão o Salmista está tratando sobre a felicidade, ou bem-aventurança que o homem tem a partir da sua conversão, conforme vimos nos versos 1 e 2. Percebemos nos versos 3 e 4 como o salmista conta como foi sua miséria no coração, ao tentar silenciar seus pecados no íntimo. Mas é a partir do verso 6 que a felicidade bíblica no homem salvo começa a apresentar como ela é e como se desenvolve no viver do crente.

        Veja bem como a felicidade dada por Deus em nada parece com aquilo que os homens buscam e acham no mundo. A felicidade aqui, além de ser transitória ela é enganosa e tende a ludibriar a alma, porque depende inteiramente daquilo que é visto, buscado e achado num mundo que oferece paixões e fama, coisas que são destruídas pelo tempo e finalmente pela morte. A felicidade bíblica, vinda de Deus tem um firme e inabalável fundamento, porque se baseia em um Deus justo e santo, o qual providenciou por meio de Cristo o perdão e a purificação dos pecados. Notemos bem que felicidade se fundamenta numa plataforma de justiça e assim ela é edificada. A salvação eterna implantada como certeza de que tudo está certo entre o homem e Deus é princípio desse santo viver, o qual começa aqui e salta para a eternidade após a morte.

        Outro detalhe que é de vital importância é que a felicidade, tendo seu fundamento firme pela fé na obra da cruz, ela tem seu processo de crescimento. É a luz do justo que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. É exatamente isso o que veremos nos versos 6 e 7, os quais serão tratados a partir de hoje. Peço aos meus leitores que examinem o texto e as explicações com santo zelo em suas almas. Queremos viver a realidade da vida à luz da verdade que nos foi entregue. Queremos fugir sim deste mundo e suas propostas de felicidade que surgem perante nossos olhos continuamente. Há um antigo hino antigo, onde na primeira estrofe o autor diz: “Riquezas não preciso ter, mas sim celestes bens”. Era esse o tipo de felicidade que ele queria extrair de Cristo e em Cristo. Minha esperança é que esse seja o desejo de meus leitores também. O mundo moderno não cessou de nos cercar com suas tentadoras propostas de felicidade salpicada de veneno. Que o Senhor nos livre desses manjares do inferno.

        Sendo assim entremos nos dois versos que almejamos conhece-los de perto. Nosso professor é o Espírito Santo e Ele veio nos guiar em toda verdade. É bem perceptível a ordem em que o Espírito de Deus organizou os assuntos. Passamos pelos primeiros versos mostrando que o homem bem-aventurado, feliz, é aquele que Deus o faz feliz. Nada tem a ver com o belo e largo caminho, cheio de adornos da prosperidade carnal, leviana e passageira, conforme este mundo apresenta e que atrai o coração corrompido do homem no pecado.

        Que o Senhor, tão amável e perfeito comunicador venha nos encher de gozo e real felicidade achados somente em Cristo. Que nosso prazer em conhecer acerca daquele que nos amou e nos amará para sempre venha encher nosso coração. O que busca no lado externo da vida, nós achamos em Cristo somente. Impressionante é que a riqueza Nele nos compele a alegrar naquilo que fez aqui e que Dele recebemos para nosso viver.

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (12)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        Continuemos a descobrir as tramas do pecado no íntimo, causando assim a infelicidade no homem, sem que ele perceba a origem dessa infelicidade. Por que o homem mantém seus pecados em silêncio no íntimo? É claro que não temos a resposta neste mundo, mas, à luz da bíblia invadiremos esse esconderijo do mal, a fim de denunciar o que ali acontece continuamente. Já pudemos ver que a ausência da paz com Deus resulta numa inquietude interior. Normalmente vemos como por fora tudo parece calmo em muitos indivíduos. Alguns buscam paz numa religião, numa filosofia proveniente de uma religião oriental ou mesmo simplesmente desprezando os rogos de uma consciência culpada, a fim de sentir-se em paz e dormir em sossego. O mundo moderno está apimentado dessas alternativas que supostamente dão sossego à alma. Mas quero dar continuidade em mostrar o que ocorre no coração do homem que o faz tão agarrado aos seus pecados.

        2.     O pecado insufla uma disposição no íntimo, para acreditar em crendices e superstições. É comum ocorrer isso, sempre foi assim como os homens. Nos dias dos juízes, na história do Antigo Testamento, quando o povo estava afastado de Deus eles se apegavam à crendices, crendo que as sortes materiais vinham se tivessem um sacerdote com eles. Veja as formas como o pecado hipnotiza a mente e as emoções. É fácil acreditar que olhando para uma figura de um suposto Jesus vai trazer prosperidade na vida. Crer que a bíblia é um livro de onde emana poder, vitória e sucesso faz os homens acreditar em aberrações, sem perceber que estão sendo usados por elementos perigosos, os quais querem arrancar suas posses. Notemos que satanás faz para manter os homens presos no pecado e ainda sentindo paz ao derredor.

3.     Manifestação de ansiedade e de medo têm pegado os homens de surpresa. Quando as perturbações do mundo surgem, logo os homens percebem que não há rocha de segurança onde possam firmar seus pés. Qualquer lugar neste mundo que pareça ser seguro, na realidade é ilusão, porque logo os pés se deparam com terrores. As luzes deste mundo apagam facilmente; seus terrores manifestam porque a morte está presente e cercada das hostes infernais que vêm assombrar o mundo. Tudo é feito neste mundo para assegurar conforto aos homens no pecado, mas eles não percebem que são armadilhas montadas ao longo do caminho.

        4.     Incertezas ante ao futuro. Notemos como o pecado assenta no coração certa tranquilidade no que o homem tem agora. Ele não se ocupa com a morte; ele a vê distante, porquanto o momento é para ser desfrutado. Muitos usam o refrão: “A vida é para ser vivida agora!”. Frases são criadas, desejando paz e harmonia a todos e Deus é chamado para abençoar o presente viver, a fim de esquecer o passado e não se preocupar com o futuro. Satanás tem semeado isso no mundo usando novos pensamentos e usando o nome de Deus, com versos bíblicos tirados do contexto.

        Veja amigo, como funciona tudo neste mundo. Tudo aqui é feito para encobrir a miséria, a infelicidade proveniente do pecado. Tudo é feito para pintar o mundo com vivas cores de alegria. Enquanto isso a bíblia continua a dizer a verdade: “Para os ímpios não há paz”. Você ignora isso? Faz de tudo para não dar ouvidos à verdade escrita para seu bem? Prefere a miséria aqui, ao invés das glórias eternas que Deus tem em Cristo para homens e mulheres arrependidos?


Pregação | O melhor para os salvos - Filipense 1:21-23 | Pr. David Sena

quinta-feira, 15 de abril de 2021

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (11)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        Nota-se nas palavras do Salmista o quanto sua alma ficou carente de vigor e as reações aparecem no aspecto físico, tudo por causa do pecado não confessado, mas sim ocultado no íntimo. Significa que não há felicidade como essa ausência é mostrada externa e internamente.

        1.     Falta de paz com Deus, que resulta numa inquietude interior. O mais aterrorizante no que tange à ocultação do pecado no íntimo é a ausência da paz com Deus. Todo conflito do homem é primeiramente com Deus. Ao ser amigo do pecado é inevitável sua inimizade contra Deus. Não há meio termo nisso, porquanto a paz com o pecado no íntimo significa atitude bélica contra o Deus glorioso. O Salmo 46 foi escrito para mostrar a realidade dessa guerra. Em palavras incrivelmente hábeis o Espírito Santo mostra como o homem no íntimo é como o mar agitado, e essa agitação aparece por fora, gerando um ambiente assustador no mundo, de guerras, vinganças, maldades, e outras atividades expostas neste mundo e por este mundo.

        Por fora muitas vezes não é perceptível, porque o homem em cujo coração seu pecado está em silêncio, ele pode ostentar calma, tranquilidade e aparente confiança. O sol parece irradiar felicidade em alguns homens; eles parecem cheios de inspiração e de autoconfiança. Mas é apenas aparência. Sem a liderança do Deus da paz no íntimo, repentinamente o ambiente é transformado em assolação. Arranque os falsos fundamentos do homem no pecado e veremos o que ele é capaz de fazer, como demonstra tremenda disposição para suas maldades. Isso ocorre com o crente, mas é por breve tempo, porque Deus não permite que um santo Seu viva desonrando Seu nome.

        Também, a paz com Deus gera homens e mulheres chamados na bíblia de “mansos”. Mansidão nas Escrituras trata do fato que a pessoa não tem qualquer arma guardada no íntimo, a fim de lutar contra seus semelhantes. Mas quão terrível é a ausência dessa paz! Ela não somente é descoberta diante dos conflitos da vida, mas muito mais quando o evangelho da glória entra em ação. Tudo parecia tranquilo, com as bonanças da vida em Israel, até que João Batista entrou em ação com suas mensagens avassaladoras. O reino do diabo treme quando a pregação do evangelho da glória é exposta, porque o que estava oculto é logo descoberto. Nem mesmo a vida confortável de Herodes pode ser preservada e seus adultérios guardados, como se fosse algo normal. Custou a morte do profeta, mas o rei e a perversa e adúltera Herodias ficaram sabendo que seu pecado foi descoberto e extremamente odiado.

        Em nossos dias tudo satanás, com suas táticas mentirosas bem preparadas tem feito com que novos grupos “evangélicos” apareçam com seus mercenários à frente. Toda tática do diabo tem em vista fazer com que todos andem sentindo calma, paz e confiança que está tudo bem entre eles e Deus. Satanás preparou um caminho “excelente” para isso; ele criou sistemas de cultos que agradam a natureza corrompida e pervertida dos homens; ele simplesmente abriu novos caminhos, a fim de que os homens sintam que tudo está bem entre eles e Deus e que assim a ausência da paz com Deus não seja sentida. Mas tudo isso é destruído ante o poder da verdade do evangelho da glória. Para o homem no pecado Deus afirma que não há paz. O Senhor não dá qualquer conforto para o pecado, Ele o fere com tremendo ódio e declara que ninguém que vive em seus pecados escapará.


VIVENDO À LUZ DA ESPERANÇA (7)

                        

“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 JOÃO 3:3)

O PROCESSO DA PURIFICAÇÃO:        “A si mesmo se purifica...”

        Na página anterior pude mostrar o quanto o farisaísmo entra para interpelar os propósitos santos dos crentes em Cristo no processo da purificação, conforme o que aprendemos em 1 João 3:3. Hoje quero ocupar-me com outro perigo que considero ameaçador a uma vida cristã comprometida em assumir sua responsabilidade diária em ter como escopo o querer ser igual a Cristo. É óbvio que o bom senso nos mostra que é impossível alcançar essa perfeição nesta vida, porque ainda habitamos nesta casa feita de barro, nosso corpo enfraquecido e mortalizado devido a presença do pecado.

        O perigo que aparece agora é chamado de “inativismo”. Realmente existe isso? Claro! O inativismo age ao contrário do farisaísmo no sentido de que este é ativo em sustentar um modo religioso externo de vida, enquanto aquele simplesmente nada faz. Foi por causa dessa fé sem qualquer empenho de vida cristã que Tiago escreveu sua carta. Ele não estava em absolutamente nada atacando a fé mostrada por Paulo em Romanos. Tiago estava apenas mostrando que a mesma fé que faz o homem buscar sua salvação em Cristo é a fé ativa, atuante, forte e que se move no viver, caso contrário a fé é morta e tudo o que é morto que valor tem para Deus? Tiago, inclusive mostra a poderosa fé que os demônios têm, pois creem e tremem.

        O inativismo foi vitalizado, creio eu pelo frágil e barato evangelho que tem sido pregado por muitos anos, o evangelho da fé simples. Os propagadores dessa fé creem que o homem tem nele mesmo o potencial para crer em Cristo para sua salvação, por isso vemos como espalham essa ideia de que basta uma “decisão de fé” e a pessoa é salva. Posso lembrar da experiência de evangelismo contada por um pregador, o qual abordou um homem, mostrou-lhe os passos da salvação, ele fez uma decisão e, segundo ele, o homem foi salvo ali. Definidamente pronto! Minha experiência é que tais decisões normalmente não permanecem, elas aparecem nítidas como fumaça, mas que logo se dissipa.

        Já conheci muitos que se assentaram e descansaram nesse “colchão” confortável, dizendo que são salvos, sem que jamais foram examinados no íntimo. Esse evangelho que considero frágil não tem procedência de um exame claro na bíblia sobre o significado da verdadeira fé. A fé comumente pregada em nossos dias atinge a mente e as emoções e não o coração do indivíduo. Ela é somente objetiva, mas sem qualquer vínculo com o homem interior. Quando a fé é apenas algo da mente e das emoções, ela não terá forças para transitar pela vereda da justiça e pelo caminho da consagração por amor ao Senhor.

        O que o inativismo faz? A explicação é que a pessoa se torna obviamente inativa. Ela não tem ação de agir, enquanto o Deus da bíblia ordena aos crentes que entrem em constante ação e progresso na vida cristã. Muitos são aqueles que creem ter recebido o “ingresso” para entrar no céu e assim se assentaram para “deixar tudo com Deus. Ele está contente, tranquilo porque vai para o céu, mas continua mundano e sem qualquer disposição de luta no viver. Ele está super feliz pela “certeza da sua salvação”, mas fica irritado com a mensagem que tende a por em dúvida tal “certeza”.

        Esse inativismo normalmente se manifesta com a disposição de entregar a Deus. Até parece alguém deita em sua esteira e deixa Deus puxa-la. Entretanto, nossa atividade aparece com firmes ordenanças na palavra de Deus; somos exortados a estar despertados num mundo de escuridão. Somos exortados a tomar a espada para a luta contra os poderes das trevas; somos ordenados a entregar nossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1), e assim por diante.


Pregação | A vitória da felicidade Salmos 32:6,7 Pr. David Sena

quarta-feira, 14 de abril de 2021

VIVENDO À LUZ DA ESPERANÇA (6)


“E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 JOÃO 3:3)

O PROCESSO DA PURIFICAÇÃO:        “A si mesmo se purifica...”

        Seguindo o ensino que o Espírito Santo que comunicar a nós, precisamos saber à luz de toda Escritura o que realmente significa o trabalho de purificação. Precisamos saber quais são os perigos que envolvem, antes de saber realmente a lição positiva. Cuidemos com o farisaísmo. Nosso Senhor sempre confrontou com o sistema criado pelos fariseus em sua religião que amplamente dominava o povo de Israel naqueles dias. Nem todos os fariseus eram elementos hipócritas, mas a maior parte sim, pois traziam consigo uma aparência de piedosos, puros e espirituais, quando por dentro eram elementos perigosíssimos. Não pensemos que o farisaísmo morreu, porque é algo que advém do coração corrompido do homem no pecado. O farisaísmo consiste em mostrar por fora uma espiritualidade que não existe no coração. Nosso Senhor comparou os fariseus com o sepulcro caiado, pois por fora está belo, mas por dentro só há imundície e ossos.

        O mundo está cheio de religiões fabricadas por elementos que se ocupam com essa purificação da aparência e os líderes são espertos em dominar as pessoas, mantendo-as sob controle deles. Também, tais sistemas são extremamente atraentes à natureza carnal, pois dá impressão de que a pessoa realmente agrada a Deus, quando realmente está agradando a si mesma. Vemos com clareza que os religiosos judeus normalmente viviam da aparência do farisaísmo e quando nosso Senhor arrancava a “capa religiosa” deles, o resultado era um ódio extremo que irrompia dos seus corações pervertidos. Já lidei com isso e devemos saber o quanto o evangelho moderno cria essa capa. É mais fácil lidar com os homens do mundo, os quais nada têm com religiões, do que com elementos cheios desse espírito dos fariseus. Eles normalmente são zelosos, mas esse zelo não tem em vista a glória de Deus nem o bem do próximo, mas sim seus interesses carnais.

        Cuidemos com esse aparato de espiritualidade forjado pela natureza enganosa dos homens. Nosso Senhor sempre entrou em confronto com elementos assim e por não ser sua hora ele não foi assassinado. Embora fosse um homem com motivações sinceras em sua religião dos fariseus, Saulo de Tarso mostrava o que realmente é um fariseu no íntimo e como estava disposto a encontrar o Nazareno com seus discípulos, a fim de silencia-los com a prisão ou mesmo com a morte. Quando ele se converteu, então a capa de espiritualidade foi tirada dos seus antigos colegas e prontamente estavam prontos a jurar Saulo de morte, assim como fez com Estêvão. Todo pastor sincero sabe o quanto o farisaísmo é perigoso em sua igreja. Aqueles que querem viver a viver para agradar o Senhor no coração prefere a compreensão das santas doutrinas da graça no viver. O farisaísmo sempre procurou e procura se alicerçar em passagens bíblicas. Os fariseus naquele tempo fundamentavam seus ensinos na lei de Moisés, mas o faziam de forma errada e com motivações perversas contra a população. O farisaísmo sempre há de produzir hipócritas, fujamos disso. Nosso Senhor mostrou que o serviço daqueles homens ao ensinar os homens redundava em elementos herdeiros do inferno duas vezes.

        Nosso trabalho consiste em buscar a purificação no coração e quando fazemos isso, tudo por fora toma seu devido lugar. O crente que se purifica no coração à cada dia, há de mostrar o quanto é puro por fora. Cuidemos para que não vivamos mumificados neste. O mundano e incrédulo vive da aparência, os crentes não. Queremos lidar com o homem do coração, porque é ali que está o que Deus realmente vê. Se tentarmos reger nossa vida cristã na aparência, seremos críticos e sempre censuraremos os outros pela visão externa das pessoas, para nosso prejuízo e o prejuízo do nosso próximo.


A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (10)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        Devo tratar um pouco mais sobre a ira de Deus contra o pecado, justamente porque essa sempre foi a manifestação de Deus na história de Israel, durante o período da lei. O que predominava durante aquele período de maldição era a lei que jorrava do Monte Sinai a fúria de Deus contra o pecado. Naquele período Deus manifestava Sua graça para muitos; Sua face de amor e compaixão é facilmente perceptível, brilhando em meio à escuridão de uma lei que realmente amaldiçoava. A diferença entre aquele período com a manifestação da graça em Cristo Jesus é que agora brilha a fascinante graça de Deus em favor do Seu povo, por isso prevalecem da parte dos apóstolos as palavras “Graça e paz” em suas saudações.

        Mas “graça e paz” não dão a entender que foi anulada a ira de Deus contra o pecado. A lei de Deus tem sua voz que ecoa do Monte Sinai, para apontar aos pecadores a salvação que vem do Monte do Calvário. A face do Senhor está voltada em fulgurante amor pelo Seu povo, mas Sua ira paira sobre a cabeça dos homens e mulheres que persistem em seus pecados. Um evangelho que recusa mostra a força do pecado mediante a lei não é evangelho bíblico. A lei faz as dores do pecado surgirem, para apresentar o único que traz cura eterna. Spurgeon disse que a lei funciona como agulha que vai à frente furando o tecido, mas que puxa a linha da graça atrás. Quem há de querer um Salvador, se jamais viu sua perdição? Quem há de buscar um médico, se não sente os perigos de alguma enfermidade?

        O pecado guardado no íntimo tem um trabalho incrível de manter as pessoas enganadas. O pecado dá uma sensação de que tudo é normal e aceitável; o pecado faz o homem pensar que ele tem direitos de ir contra os princípios de Deus, especialmente naquilo que aos olhos de todos é aceitável. Foi assim com o Salmista ao silenciar o mal em seu íntimo. O que aconteceu foi que ele passou a sentir os sintomas do pecado em seu íntimo: “O meu vigor se tornou em sequidão de estio”. Lá dentro, no íntimo, no lugar sagrado do homem, onde ninguém vê, senão Deus, ele tentou preservar oculto o mais poderoso inimigo, por essa razão tudo dentro dele secou. Qual é a lição prática que o texto nos transmite? Como havia dito anteriormente, a ideia é de ausência de chuva, ressecamento e consequente falta de fruto.

        Acredito que devemos sondar melhor essa lição que veio a nós com palavras sábias da parte do Espírito Santo. Nosso Senhor nos mostra onde está o tesouro, só temos que tomar as ferramentas e buscar tais lições que em graça vieram a nós.  A alma cercada pelo ambiente onde habita o pecado ela fica tomada de resultados terríveis. O que ocorre na ausência de chuva ocorre também no íntimo. O pecado dissipa a alegria e o prazer em encher o ambiente de bênçãos, para trazer miséria e sofrimento. Essa ausência de fruto é normal no viver de alguém que não é crente; toda alegria dele nasce daquilo que ele espera do lado de fora, isto é que vem de circunstâncias favoráveis. Não há fruto lá dentro, pois tudo está seco. Quando chega os momentos decisivos, quando o pecado revela seu salário – a morte, então tudo por dentro e por fora há enfrentar a infelicidade que traz o pecado. Os homens mundanos sempre estão semeando vento e colhendo tempestade e a felicidade adquirida aqui tem “pernas curtas”. A escuridão e tempestade logo surgirão e mostrarão o horror e miséria em que vive o homem sem Deus neste mundo.


terça-feira, 13 de abril de 2021

A CAUSA DA INFELICIDADE NO HOMEM (9)


“Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos, pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou como sequidão de estio” “Salmo 32:3,4)

        AS TRISTES CONSEQUÊNCIAS: “Enquanto calei os meus pecados envelheceram os meus ossos...”

        Vou mais longe ao afirmar que as consequências de calar o pecado no íntimo traz sofrimentos no corpo. A razão maior é que o pecado não opera felicidade, mas sim a morte. O que acontece é que o enganoso pecado diz no íntimo que ele faz a pessoa feliz e que Deus não está vendo o que está oculto no íntimo. Outra lição é que o pecado é um verdadeiro terror para o corpo. Quando Deus fez o modelo do corpo de Adão no Éden, não o fez para a habitação do pecado. Um copo descartável não foi feito para colocar nele gasolina, por exemplo. O combustível simplesmente contorce o copo que foi feito para beber agua ou refrigerante e que logo é descartável.

        O pecado no corpo é quem trouxe com efeito as terríveis e inúmeras enfermidades que tantos males, dores e mortes tem causado à raça. Muitas enfermidades que o mundo declara ser apenas problemas mentais, na realidade são ocasionadas por pecado guardado no íntimo. O que o salmista experimentou, ele expõe numa linguagem que explica tudo: “...envelheceram os meus ossos...”. Aliás, a linguagem claramente mostra o que acontece com a terra quando não recebe chuva, não há sinal de vida, pois tudo morre ao derredor. É assim que ocorre com o homem que guarda o pecado no íntimo, pois não terá no íntimo, na alma um ambiente salutar, marcado por fruto. Por fora poderá dizer que está tudo bem, mas o fato é que não haverá dentro dele os benefícios resultantes de uma alma sadia, que recebe bênçãos derivadas do céu.

        É sentida a angústia no físico. O corpo não pode sofrer a presença do pecado sobre si. No texto vemos como o salmista diz que seus ossos se envelheceram. Nossos ossos são colunas do corpo, mas o que o pecado faz é enfraquecer tais colunas. Os resultados do pecado não aparecem com meras enfermidades físicas, porque atingem o corpo e alma, o homem completo é atingido. Manifesta em doenças, depressão, fuga, violência, rebelião, perseguição aos verdadeiros crentes, busca de alívio por meio de mentiras religiosas. Nota-se que a ausência de “chuvas” no íntimo torna todo ser do homem num ambiente que em nada irá produzir de bênçãos. Devemos lembrar que foi o que aconteceu com o rei Davi, porque seus atos perversos retirou dele todo poder de amar, julgar e proteger sua família e o povo de Israel. Foi assim também com o rei Asa, porquanto, ao ouvir que iria sofrer consequências no governo por não buscar o socorro de Deus, mas sim dos homens, ele imediatamente mostrou sua raiva contra o profeta e contra alguns do povo.

        Não podemos imaginar o que pode acontecer quando um homem ou mulher silencia sua maldade no íntimo. Perante Deus e Sua palavra ele se torna um fugitivo que tenta achar refúgio na escuridão. O que vemos hoje são homens e mulheres, os quais devido as maldades abrigados no íntimo estão mostrando as faces de assassinos, covardes, sem qualquer sentimento natural. As notícias correm céleres hoje, mostrando homens que se transformam em feras, matando filhos, esposas e outros atos ainda piores. O que podemos dizer sobre isso? Há esperança? Claro! O Deus de misericórdia está em plena ação. Aquele que derramou chuva de compaixão pela cidade de Nínive (Jonas 4), porventura não há de ter compaixão desta atual geração marcada por atos tão pervertidos? Crentes, curvemos perante o Senhor em sincera atitude de contínua confissão. Aproveitemos o amor, bondade, cuidado, compaixão e ternura do Senhor, para nosso bem, enquanto aqui vivermos