terça-feira, 31 de maio de 2011

AS AFLIÇÕES DA ALMA (16) à procura do Amado "...busquei o Amado..."


        
...Busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).
À PROCURA DO AMADO DA ALMA:  “...busquei o amado de minha alma...”
         Prezado leitor, o que acontece quando uma alma é despertada por Deus para as verdades eternas da gloriosa salvação em Cristo? Já pudemos ver que há confissão sincera e que é algo do coração. Essa disposição do coração é claramente vista no próprio texto, quando a mulher se dispõe a agir: “Levantar-me-ei...”. É exatamente isso o que acontece quando a alma é mobilizada para buscar aquilo que representa seu tesouro eterno. Não é exatamente assim que vivem os homens no pecado? Não é verdade que eles gastam seus bens e sua energia em busca das vaidades? O mundo oferece aquilo que é tão aprazível à carne e aos olhos, então eles estão prontos a pagar um alto preço por aquilo que tanto amam e desejam.
         Amigo, onde está seu tesouro? Está no esporte? Está nos prazeres sexuais? Está nas mentiras religiosas? Está na comida e noutras coisas? Então, onde está seu tesouro, seu coração estará ali também. Todos os membros do nosso corpo trabalham em função de alcançar nosso tesouro, a fim de que alcancemos a felicidade tão procurada. Apesar de andar com Jesus, ser contado entre os apóstolos e conhecer todas as maravilhas operadas por Cristo, o tesouro de Judas era a riqueza. Seu coração estava na riqueza, por isso esperava a oportunidade de obter aquilo pelo qual tanto sonhara ter.
         Quando a alma é despertada por Deus para achar seu tesouro eterno – Cristo, certamente todo seu ser é mobilizado para buscar esse tesouro. O livro de Josué, no cap. 2 nos fornece uma ilustração vívida na vida de Raabe. Ela morava naquela cidade condenada por Deus à destruição. Mas aquela mulher estava certa que Deus mandaria alguém ali, a fim de que ela pudesse mostrar seu grande interesse de ser salva e de pertencer ao Deus de Israel, e ela estava aguardando o momento certo de agir. No coração Raabe não pertencia mais àquele povo rebelde, idólatra e condenado; seu coração pertencia ao grande Deus de Israel. Quando os dois espias enviados por Josué chegaram ali depararam com um cenário inesperado. Dentro da cidade havia uma mulher cujo coração buscava a salvação no Deus verdadeiro. Aqueles dois homens presenciaram uma incrível ação da fé verdadeira, de um coração temente a Deus e que estava pronta a sofrer as conseqüências para provar que doravante pertencia ao Deus vivo e ao povo desse Deus.
         Então, todo aquele que é despertado por Deus à busca do Amado da alma há de ter essa fé que demonstra ação. A alma se ergue, levanta-se da sua preguiça e passa a agir pelo caminho certo. Foi assim que agiu o filho pródigo. Assim que percebeu a loucura que cometera, meditou no amor do seu pai, levantou-se e tomou o caminho certo de retorno ao lugar certo: “Levantar-me-ei e irei ter com meu pai...” (Lucas 15:18). O Jesus apresentado pelo evangelho moderno nada tem a ver com o verdadeiro e glorioso Filho de Deus. Não é o tesouro da alma, mas sim uma bijuteria mundana que a natureza carnal tanto gosta. Ainda no pecado o homem despreza o Rei da glória, porque prefere o mundo; a natureza ligada ao mundo e seus prazeres prefere descer para as ruínas eternas. Conhecer Cristo Jesus é um privilégio; é Deus, o Pai entregando a alma ao filho. Caso contrário o homem desprezará a Cristo, assim como Israel desprezou o maná no deserto.
         Amigo leitor, bem pode ser que o seu caso seja diferente. Pode ser que você seja uma alma bem-aventurada, atraída irresistivelmente para Cristo. Ele está tão perto de você!
                                              

domingo, 29 de maio de 2011

Me COMPADEÇO dos Homossexuais, ODEIO a Homossexualidade


“Vendo ele as multidões, compadeceu-se delas, porque estavam aflitas e exaustas como ovelhas que não têm pastor.” Mateus 9:36
“…Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.” 1 Coríntios 6:9-11
O Senhor Jesus, olhando para as multidões, diz o texto sagrado, se compadeceu delas porque as via como ovelhas que não têm pastor. Ele bem conhecia o seu estado de miséria por causa do pecado. Sofria ao ver milhares, cativos de Satanás, convulsionando ao chão, espumando, andando em meio aos sepulcros, ferindo-se com pedras, maltrapilhos, vendidos ao pecado, como a mulher pecadora apanhada em adultério, infelizes, escravizados ao pecado. Cristo, a imagem de Deus perfeita em contraste com a imagem de Deus desfigurada (em cada um desses pecadores)! É assim que vejo os homossexuais; pecadores como eu, destituídos da glória de Deus, à mercê do diabo que os agrilhoa e faz deles o que quer. São infelizes, como eu era infeliz sem Cristo. Essas pessoas não estão preocupadas com o pecado do homossexualismo, ao praticá-lo, desejam apenas ser “felizes”. Elas foram convencidas pelo Maligno que isto é perfeitamente natural, uma opção legitima que lhes propicia grande satisfação, e por isso, ninguém, por preconceito, possui o direito de lhes coibir.
Ó como estão enganados, e, como gostaria de convencê-los disso! Porque sei que não são felizes, e a pecha que lhes atribuem, “gays” (alegres), não corresponde à realidade. Podem tentar mostrar sua alegria exteriormente, nas suas fantasias coloridas, pintadas com todas as cores do arco-íres, mas, isso de nada adiantará, seus corações continuarão tristes. Esses pobres pecadores estão praticando uma relação que nunca fez parte dos planos de Deus, e usufruindo de uma paixão considerada por Ele como “infame (Rom. 1:26) Oro e choro por eles, porque, as conseqüências serão drásticas. Satanás não quer que eles saibam disto, mas Deus lhes admoesta ao avisar da “merecida punição do seu erro”(Rom 1:27), “o salário do pecado é a morte”!(Rom 6:23) Ronda-lhes o fantasma da AIDS e os terrores do inferno.
Gostaria tanto que os homossexuais soubessem que há esperança, que há solução e completa libertação em Cristo Jesus! Quando Paulo, o Apostolo, chegou em Corinto, uma cidade ímpia ao extremo, havia ali muitas prostituas, muitos homossexuais, chamados de sodomitas, havia um templo dedicado às orgias, idolatrias e superstições; o Diabo reinava tranquilamente. O apostolo sentindo-se intimidado diante de tal cenário foi orar, e o Senhor lhe disse: “[...] pregue não te cales, pois tenho muito povo nesta cidade…”(At. 18:9-10) e assim, depois de um trabalho árduo, mais tarde pode dizer:
“[...] nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas [...] herdarão o Reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus”.

Ó como gostaria de dizer a mesma coisa aos sodomitas e efeminados de hoje!
Odeio a homossexualidade! Esta prática maligna inventada por Satanás no mais profundo do inferno. Ela foi arquitetada por ele com o propósito de zombar de Deus e de sua obra perfeita, e para a desonra de homens e mulheres. É uma prática vergonhosa, imunda, que escraviza, humilha e degrada a pessoa humana. Não adianta lutar contra o preconceito que, infelizmente, existe nas pessoas, porque ele estará no íntimo de cada praticante; eles próprios se incriminam, marginalizam-se e punem-se a si mesmos. Os homossexuais se enganam ao pensar que assumindo publicamente a prática, se acharão livres, não estarão eles serão rechaçados pela própria consciência, que como verdugo os atormentará. Ó instrumento vil nas mão do sórdido impostor! Ó tridente infernal que atormenta estas pobres almas! Até quando não virá o Justo Juiz, para te julgar, trancafiando-te no teu próprio lugar de origem, juntamente com aquele que te engendrou? Quando deixarás para sempre de insultar a Deus e aviltar os homens? Te odeio homossexualidade vil!
Quem és tu PL122? Lei injusta, usurpadora da liberdade. Pretendes amordaçar os fieis, ameaçando-os de multa e prisão? Não sabes que os que amam a verdade de Deus não se intimidam? Eles já têm sobre si a sentença de morte; morreram com Cristo para este mundo, e a única coisa que desejam é viver para Deus. Nada deterá esses pregoeiros da justiça, nem os fará calar contra esta prática opressora de Satanás, que aflige essas pobres almas, as quais eles amam e desejam que sejam livres através da denúncia contra tal pecado e pela proclamação do Evangelho de Cristo. Esta é a única esperança capaz de libertá-los da condenação eterna. Ó Fútil, ignóbil e imprestável lei, pensas que silenciarás os púlpitos? Invalidarás os blogs e sites dos arautos da verdade? Ainda que fizesses as próprias pedras clamariam, e nos cantos obscuros das masmorras estes homens de Deus, ainda lá estariam orando, consumidos de amor pela pobre alma de cada homossexual, para que seja livre, salva, lavada e santificada em o nome do Senhor Jesus.

Pastoral extraida do site www.grandemomento.com.br do Pr. Josafá Vasconcelos. Posted on 20/05/2011

O homem morto em seus pecados

“Pois, na morte, não há recordação de Ti; no sepulcro, quem Te dará louvor?” Salmo 6:5.

        Uma vez presenciei num velório uma lamentável cena. Uma senhora ainda nova chegou, ela ainda não sabia se o defunto que estava no caixão era realmente seu marido. Quando foi tirada a tampa ela rapidamente reconheceu ser o seu querido esposo que falecera ainda tão novo. Oh! Que tanto pranto por parte daquela pobre senhora! Obviamente, o seu choro, seus rogos, sua aflição, em nada eram reconhecidos pelo seu amado que partira definitivamente.
        Precisamos saber que é nesta mesmíssima situação que estão os homens ainda em seus pecados. A morte do verdadeiro homem, o homem interior faz o ser humano estar na triste condição de morto em seus delitos e pecados (Efésios 2:1). No estado de um espiritualmente morto, não há qualquer recordação de Deus. Pode gritar clamar, pedir, falar, chamar, mas mesmo assim o homem no pecado ficará completamente indiferente.
        Na morte tudo é paralisado. Na morte o homem no pecado ficou mudo, portanto não pode louvar, orar, confessar, testemunhar e adorar a Deus. Na morte ele ficou surdo, portanto não pode ouvir a Palavra de Deus para obedecê-la (João 3:36). Na morte seus pés estão espiritualmente paralisados, portanto, não pode transitar pelo caminho da santidade rumo ao lar celestial. Na morte, suas mãos ficaram amarradas, portanto, não podem servir ao Senhor com alegria. Na morte sua mente ficou entenebrecida. Não há luz ali, portanto, não pode aprender de Deus e prestar-Lhe um culto racional como Lhe é devido (Romanos 12:1). Na morte ele está espiritualmente cego. Em nada pode divisar a Glória de Deus (2 Coríntios 4:4), e pela fé conhecê-Lo, amá-Lo e admirá-Lo.
        Mas a situação não pára aí. Eis o que vem a seguir no verso: “... no sepulcro, quem te dará louvor?”. O lugar dos mortos está a esperá-los. Onde? “No sepulcro”. O lugar dos mortos é entre os mortos. Oh! Que triste verdade! Se não tem a vida que há no Filho, o pecador está morto e será atirado no lugar dos mortos. Onde? O lugar das almas é o inferno, que é a palavra hebraica “sheol” traduzida por “sepulcro” no Velho Testamento.
        O Filho de Deus veio a este mundo para conceder vida aos mortos! Esta é a mais gloriosa e triunfante verdade do evangelho bíblico: “... para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a VIDA eterna”. A palavra de Deus opera vida na região dos mortos. O mundo é cemitério de mortos espirituais. No mundo não há qualquer sinal de recordação do Deus da Bíblia. Toda euforia é ocasionada pelo pai da mentira que aparece como o deus deste mundo.
        Meu amigo leitor, o sinal que você tem a vida que há em Cristo é evidenciado pelo prazer que você tem pela Palavra de Deus: “Quem é de Deus ouve as palavras de Deus...” (João 8:47). O amor e obediência à Palavra do Senhor é sinal claro e evidente que o chamado do evangelho já ocorreu em sua vida e que você já saiu das trevas para a maravilhosa luz.

sábado, 28 de maio de 2011

O grande Dia da Ira de Deus!

“Pois a cama é tão curta que nela ninguém se pode estender; e o cobertor tão estreito que com ele ninguém se pode cobrir.... Agora, pois, não sejais escarnecedores, para que os vossos grilhões não se façam mais fortes; porque da parte do Senhor Deus dos exércitos ouvi um decreto de destruição completa e decisiva, sobre toda terra”. (Isaías 28:20,22)

         É triste ver o quanto os homens modernos desconhecem a verdade a respeito de Deus! São dias de conforto material e de muitos falsos mestres que lhes apresentam um Deus que é apenas amor, que não passa de um tipo de papai Noel. Eles apregoam uma falsa paz nos corações de homens e mulheres que jamais ouviram a verdade acerca do Deus da bíblia.
         Ó meu amigo é fato que Deus é amor, mas o Deus de amor é também o Deus de terror! O mesmo Deus que dia após dia derrama sua bondade sobre a terra em forma de chuva, ar, saúde, comida e outras coisas necessárias para nosso viver, é o Deus que pela Sua Palavra ameaça os homens em todos os lugares acerca da Sua Ira.
         Ele adverte aos homens acerca do dia quando Ele virá para convocar pela morte homens e mulheres para o juízo. Agora parece que tudo vai bem no viver, porque o sol está brilhando e não há qualquer evidência da chegada do juízo. Enquanto não aparece o dia da Ira de Deus, homens e mulheres continuam andando pelos caminhos tortuosos, em seus pecados.
         Veja amigo, no texto as ameaças de Deus! A linguagem mostra o que uma pessoa sente quando está sob terrores! Não consegue dormir! O medo apodera de sua alma, a cama fica curta e o cobertor fica estreito. Tudo fica escuro ao derredor! Tudo é pavoroso e que os poderes das trevas cercam sua alma!
         O que será de sua alma naquele dia dos terrores de Deus? O que será de sua alma, amigo, quando você ficar sozinho perante a pavorosa morte? O que será de sua alma quando você for chamado e sozinho para entrar na eternidade?
         A solução agora é buscar o Salvador bendito – Cristo Jesus! Converta-se a Ele de todo coração agora mesmo! Aproveite agora, porque Ele veio ao mundo para salvar pecadores arrependidos! Pare de viver desafiando a Deus! Pare de viver obstinadamente nos caminhos tortuosos!     

sexta-feira, 27 de maio de 2011

As aflições da alma (14) - à procura do Amado "...busquei o Amado de minha alma..."

“...busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

À PROCURA DO AMADO DA ALMA:  “...busquei o amado de minha alma...”

         Prezado leitor, hoje é minha tarefa mostrar em que consiste a busca do Amado da alma, como é isso na prática. Na meditação anterior pudemos ver o que acontece quando uma alma é despertada por Deus e repentinamente passa a ver algo que jamais vira. Estamos diante da poderosa obra da graça, algo que somente Deus pode mostrar. Alguém pode passar anos numa igreja; pode ter lido a bíblia muitas vezes; pode ter seus pais crentes, etc. e jamais tenha sido salvo. Tenho um amigo que por anos pastoreou uma igreja e descobriu que nunca foi salvo.
         O fato é que a salvação pertence exclusivamente a Deus. Nenhum pastor, nem igreja, nem batismo, nem oração, nem as muitas atividades religiosas podem salvar o perdido. Não podemos dar vida sequer a uma barata, quanto mais ressuscitar mortos espirituais. É trabalho soberano da visitação do Alto, e que pertence ao Pai e ao Filho. Foi exatamente isso que nosso Senhor mostrou aos fanáticos e supersticiosos judeus: “...Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). A entrada do pecado não frustrou as pessoas da divindade, pelo contrário, foi o caminho aberto para a introdução da força da graça: “... Onde abundou o pecado, superabundou a graça” (Romanos 5:20).
         Tendo essas verdades em mente, digo e afirmo que a busca pelo Amado da alma começa num coração confesso. Ninguém pode conhecer a salvação de Deus sem confissão. Essa verdade é bem revelada em todo Velho Testamento, especialmente no livro de Levítico. Os sacrifícios de sangue eram aceitos mediante a sincera confissão da culpa do ofertante. A ausência da confissão indica que há pecado oculto (Salmo 32:3); a ausência de confissão indica que há lugares escondidos no coração, que o pecador não quer revelar. No Salmo 32 o salmista afirma que enquanto ele calou silenciou seus pecados no íntimo, o inferno continuou na alma. Houve um tipo de ressecamento, sua alma ficou como um solo ressequido, sem chuva, por isso não havia fruto da alegria, da paz e do viver (Salmo 32:3,4).
         Milhares tentam ser crentes com seus pecados ocultos no íntimo. Eles se escondem numa igreja, procuram atividades dentro de uma religião, porém mantêm obstinadamente envolvidos com suas idolatrias e paixões bem escondidas do pastor, da esposa, do marido, dos pais e de outros. Aparentemente tudo parece ser belo ao derredor, mas a verdade registrada no íntimo é não há paz lá dentro: “Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz” (Isaías 57:21) A maldade continua como se fosse uma fera oculta; sua revolta contra Deus está bem disfarçada.
         Confissão é a porta do coração completamente escancarada para Deus. É a luz de Deus focada no íntimo e todos os esconderijos secretos do coração perante os olhos do Senhor: “Confessei-te o meu pecado, e a minha iniquidade não mais ocultei...” (Salmo 32:5).
         A confissão indica que o portão do coração foi aberto para que o Rei da glória ali possa entrar e reinar. A confissão indica que a alma é completamente transparente, que nada mais fica encoberto, porque essa vida foi descoberta por Deus. A confissão indica que o pecador está em temor perante Deus; que está pronto a revelar toda sua maldade e declarando com isso sua culpa e total merecimento do castigo eterno.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

As aflições da alma (13) - à procura do amado "...busquei o amado de minha alma..."

“...busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

À PROCURA DO AMADO DA ALMA:  “...busquei o amado de minha alma...”

         Prezado amigo estamos vendo o que Deus faz quando desperta uma alma para a verdade. Não existe uma bênção maior do que ser achado por Deus. É ser bem-aventurado! (Salmo 32:1) É ter o privilégio de ser entregue por Deus, o Pai ao Filho! (João 6:37). Quando Deus desperta uma alma para ir à busca do Amado é porque vai achá-Lo: “Buscar-me-eis e me achareis...” (Jeremias 29:13). Ó amigo, pense nessas verdades tão preciosas da salvação de Deus! Por acaso o homem em seu estado natural quer saber de Deus? Jamais! Ele ama o pecado; ele tem prazer em viver escondido nas trevas, odiando a Deus e desafiando a Deus no íntimo. Descobrir a alma é milagre e ouso apresentar aos meus leitores o Deus, o único que opera maravilhas (Salmo 136:4).
         Primeiramente, a descoberta da verdade vem por obra vivificadora do Espírito de Deus, porquanto é o próprio Deus que chama os pecadores das trevas para a luz, da morte para a vida (João 5:24). Quando a alma é descoberta, imediatamente percebe que há um vazio no íntimo; que tem sido ludibriada neste mundo, que há um elemento de deserto, de insatisfação em tudo aquilo que possui. É exatamente isso o que diz o salmista no Salmo 107:4: “Andaram desgarrados pelo deserto, por caminho ermo; não acharam cidade em que habitassem”. Milhares de almas quando são visitadas por Deus descobrem que toda sua luta por uma vida materialmente melhor não passa de ilusão. Não encontram mais prazer nas coisas terrenas; apercebem-se logo que as coisas desta vida não resultam em felicidade genuína, verdadeira. A alma descoberta por Deus logo descobre que está sendo iludida, enganada e que a infelicidade, a tristeza, o medo da morte e a incerteza do destino eterno ocupam seu coração. Outro detalhe quanto à alma descoberta por Deus, é que ela descobre que toda sua luta é inútil. Ela percebe que não há possibilidade de ter um lar eterno aqui; que não há possibilidade de possuir um corpo imortal enquanto aqui viver; que tudo está sendo rasgado como papel, porquanto tudo se acaba com a morte e que nada pode ser levada consigo para a eternidade.
         Prosseguindo, muitas almas são descobertas para enxergar seu estado de escravidão, aprisionadas na sombra da morte e sem qualquer possibilidade de escape. Muitas almas deparam com o profundo do poço onde caíram, porquanto gastaram seus anos agradando a carne com seus vícios e noutras práticas malignas. A mulher adúltera, conforme a narrativa de Lucas 7, sem dúvida alguma foi assim. Percebeu logo a sua perdição, escravidão e culpa; tudo ao seu derredor era amargura e tristeza. Até que correu para os pés do Amado e ali achou a paz que chegou mediante o perdão do Mestre.
         Meu amigo leitor, você é uma alma! Em que situação você se encontra espiritualmente neste momento? Por que viver longe do Senhor? Por que esperar o momento final para descobrir tardiamente sua miséria? Por que não aproveita o momento de achar o Amado Salvador? Acorde agora! Veja como você está escorregando para o desespero eterno! Invoque ao Senhor agora, pedindo-Lhe perdão e purificação para seus pecados! Ele é o Deus dos quebrantados, dos contritos! Ele desceu do céu justamente buscar pecadores assim, que descobriram seu estado de perdição, mas que clamam a Ele de todo coração.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

As aflições da alma (12) - à procura do Amado "...busquei o amado de minha alma..."

“...busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

À PROCURA DO AMADO DA ALMA:  “...busquei o amado de minha alma...”

         Prezado amigo chegamos agora no ensino mais glorioso da passagem. Creio eu que é a verdade mais preciosa achada em toda Escritura, porque proclama o propósito central da revelação de Deus aos homens, conforme nosso Senhor afirma: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar perdidos” (Lucas 19:10). Precisamos não somente saber que esta é a verdade que se sobressai em toda Escritura no trato de Deus com os homens, como também precisamos conhecer a profundidade dessa verdade.
         O mais surpreendente no texto é que a mulher, repentinamente descobre sua solidão e em seguida passa a buscar o seu Amado. Ora, isso não é normal, é atípico para os padrões naturais do homem caído em Adão. Infelizmente o ensino do livre-arbítrio tem sido propagado nos meios religiosos e aceito como algo líquido e certo. Certamente o ensino do livre-arbítrio do homem não pode andar de mãos dadas com a soberania absoluta de Deus, porquanto a bíblia ensina a liberdade de Deus em fazer o que Lhe agrada. O livre poder de decisão do homem e a soberana vontade de Deus jamais andarão juntos. O que mais ouvimos hoje é acerca de um Deus paralisado no céu à espera de uma decisão de cada indivíduo.
         Como a mentira tem sido mantida e misturada com alguma pinceladas da verdade, ela tem se assentado no trono dos corações corrompidos e assim tem banido a verdade. Assim, com o ensino a respeito da vontade humana como soberana, e que Deus respeita o poder de decisão de cada um, a fé humana tem se sobressaído como um elemento soberano. Com efeito, Deus tem sido colocado como um subserviente dos homens.
         Amigo leitor chamo sua atenção para a Palavra da verdade. Não sejamos superficiais, letárgicos no tocante ao livro de Deus! O evangelho proclama a glória de Cristo e não a glória humana! O que parece ser livre-arbítrio, na realidade não passa de ser uma proclamação da ação maravilhosa e soberana do Deus que salva. Certamente o texto em Cantares mostra um poder de decisão naquela mulher: “...busquei o amado de minha alma...”. Parece, mas não é! Então, essa repentina decisão dela é algo surpreendente, porquanto ela passou a ver a sua situação! Ela estava cega, mas agora passou a ver! Como pode?
         Então, caro leitor, se enxergarmos a Palavra de Deus sempre do ponto de vista da glória de Deus, não do homem, assim começaremos a entender acerca dessa maravilhosa e tão grande salvação. Ora, se não foi o livre-arbítrio da mulher; se não foi uma iniciativa dela, o que ocorreu? “Não há quem entenda; não há quem busque a Deus” (Romanos 3:11). Nosso Senhor foi bem enfático: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer...” (João 6:44).
         Então, diante dessas verdades reveladas, posso assegurar que houve um milagre naquela mulher de Cantares! Sem dúvida alguma, ela foi ressuscitada dentre os mortos! A natureza humana odeia Cristo! Odeia o caminho para o céu! O homem no pecado ama a iniquidade e corre em busca das paixões carnais, como um leão é voraz pela carne! Saulo de Tarso prosseguia firme e resoluta sua marcha criminosa contra o Senhor e contra a igreja. Toda sua vontade estava escravizada ao domínio da mentira religiosa, na qual fora criado. Até que o Senhor apareceu para mostrar Sua força contra o inimigo e fazer dele uma nova pessoa!

terça-feira, 24 de maio de 2011

As aflições da alma (11) - descobrindo as afliçoes "...no meu leito..."

“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES “...no meu leito...” (continuação)

         Prezado leitor, minha esperança é que você enxergue as maravilhas do evangelho nesse texto, porque não há uma riqueza maior para os pecadores do que o encontro de suas almas com aquele que é o Salvador bendito. Não há perigo maior para os homens do que passar suas vidas aqui aprisionadas nas trevas, levado pela falsa paz deste mundo. Muito mais agora, este mundo está muito bem enfeitado pelas lisonjas religiosas; ocupado com o culto dos prazeres e muito bem servido de falsos mestres, homens perigosos que parecem ser piedosos por fora, mas por dentro são aqueles que Cristo chama de lobos devoradores (Mateus 7:15).
         Mas a mensagem do evangelho vem proclamar a verdade; aparece para revelar a triste condição do homem, vagueando nas trevas, apalpando o mal e nada vendo dos perigos eternais que rondam suas almas. O evangelho brilha a verdade de um mundo cujo líder é cruel, homicida e mentiroso (João 10:10). O evangelho anuncia a verdade que retira toda fachada, que rasga o véu da mentira e que publica o fato que o viver no pecado é pisar em solo perigoso; é beber dia a dia o cálice da terrível Ira que paira sobre as cabeças de homens e mulheres culpados.
         O evangelho aparece não para fazer o homem sentir-se bem, porque justamente retira tudo o que é paliativo, mostra as dores de consciências culpadas; mostra a realidade da culpa dos homens em Adão e suas terríveis transgressões, por isso são culpados e condenados à perdição eterna. Por outro lado o evangelho traz consigo o bálsamo da alma, Cristo Jesus aparece como aquele que na cruz derrotou todos os inimigos. O evangelho mostra o caminho da felicidade, o caminho da cruz, o lugar do encontro entre Cristo Jesus e os pecadores arrependidos (Mateus 9:13).
         Então, diante desses fatos é preciso que eu faça brilhar intensamente a luz do evangelho da glória de Cristo. Sem Ele a alma está sozinha, desamparada, mesmo que esteja dentro de uma igreja; mesmo que faça inúmeros sacrifícios; mesmo que por fora tudo parece prosperidade. Não há lugar de repouso enquanto a alma estiver no pecado, porque ela habita sozinha na escuridão, sem paz, sem alegria, na solidão, no desespero, na incerteza e no perigo de ser atirada para as trevas eternais a qualquer momento. Sem encontrar o Amado, a alma vagueia neste mundo, curtindo as propostas de encontrar nesta vida a felicidade, mas não percebe que satanás está ganhando tempo. O que satanás faz é promover festa por fora. Ele apresenta às multidões diariamente o bezerro cevado, e atrai homens e mulheres para suas festas banais onde os resultados são de tristeza, choro e dores.
         Prezado leitor é melhor um prato de hortaliça onde há amor, do que o boi cevado onde há contendas. Todo seu problema está no seu coração, não por fora! Neste mundo vozes inimigas querem persuadir você com o engano de que sua satisfação e felicidade consistem em preencher seu vazio com as bugigangas desta vida passageira. Será que é preciso  enfermidades e outras desgraças para mostrar o quanto sua alma está sozinha? Quando será que você vai entender que chegará o momento quando há de ficar só? Quando será que vai entender que seu caminho está afunilando mais e mais, e que há de encarar o Juiz? Acorde, amigo! O Amado da sua alma está perto! Ele agora é o Salvador dos contritos e quebrantados!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

As aflições da alma (10) - descobrindo as aflições "...no meu leito..."

“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES DE UMA ALMA: “...no meu leito...”

         Caro leitor, o sistema religioso deste mundo encobre a triste condição das almas perante Deus. Os falsos mestres trabalham tendo em vista trazer paliativos, a fim de que as pessoas não fiquem conhecendo a miséria na qual estão longe de Deus. Os falsos pastores têm uma mensagem que funciona como aspirina; eles são hábeis em encobrir a real enfermidade das almas; eles conseguem fazer com que os pecadores sintam uma paz falsa, letal, como faziam os falsos profetas nos dias de Jeremias: “Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz” (Jeremias 6:14).
         Mas a Palavra de Deus descobre as almas; a verdade chega até o recôndito, no lugar mais íntimo do homem, exatamente aonde chega a comunicação da sabedoria tão desconhecida para o pecador. É triste para as multidões quando Deus se afasta e permite assim que elementos gananciosos apareçam para trazer ilusões religiosas! Quão sério é para uma alma ser mantida na ignorância de Deus, sob as paixões carnais! Curtindo um mundo perigoso, enganador, sutil e letal, os homens mundanos não percebem o quanto estão sendo ludibriados. O caminho pelo qual percorrem é escuro (Provérbios 4:19); suas almas estão aflitas, mas a euforia carnal não permite que eles percebam.
         Note bem o mundano, a sua solidão íntima é mostrada no fato que está sempre à procura de companhias. Ele quer sentir-se alegre; ele quer respostas nos meios carnais, mundanos e mentirosos para continuar em sua euforia. É na aparência mundana que ele desafia a Deus; que prossegue alimentando sua carne e destruindo sua alma. Enquanto curte o programa mundano, o homem no pecado prossegue achando que está ganhando, lucrando. Ele não consegue ver que está algemado, que está aprisionado em seus pés. Para ele a visão que tem do mundo é a real liberdade, a fonte da alegria. Para ele, lá adiante está o verdadeiro paraíso; ele vive de sonhos e não de um andar sóbrio e consciente de que está perdendo.
         Nosso Senhor afirma que aquele que quer ganhar a vida, fatalmente há de perdê-la. Enquanto a alma estiver mantida na escuridão, sem a luz da verdade chegando ao íntimo, ela prosseguirá assim, por fora tudo branco como casca de ovo, mas por dentro tudo podre. Quanto mais profundo for o poço do pecado, mas difícil é para a alma. Quanto mais curtir a carne; quanto mais venerar o prazer, mais profundas e pervertidas serão as manifestações do pecado. A alma no íntimo é açoitada pelos chicotes de uma consciência em fuga, porquanto a  ausência da paz com Deus faz o viver do homem mais infernal. A alma em sofrimento transtorna o ambiente e envenena a sociedade. Duas vezes o profeta Isaías afirma: “Para o ímpio, diz o meu Deus: não há paz” (Isaías 57:21).
         Meu amigo leitor, a mensagem do evangelho proclama essas verdades; descobre o homem e mostra a verdade de um viver longe de Deus. O evangelho chega e declara que a paz do mundo é falsa e perigosíssima! O evangelho mostra a culpa do pecador e sua distância de Deus. Volte agora, ó alma, para o Senhor! Desperte agora, ó alma para o teu Amado! Acorde agora, ó alma, busque o teu refúgio! Aquele que na cruz morreu e que venceu a morte na ressurreição, está agora a convidar o perdido pecador para a salvação gloriosa e eterna!

domingo, 22 de maio de 2011

Sansão e e sedução da cultura. por Roger Ellsworth

Roger Ellsworth
Nossa palavra sedução vem do latim “sudecere”, que literalmente significa “levar para o lado”. Este vocábulo possui uma conotação negativa, ou seja, implica em que alguém é levado para o lado, afastando-se de uma coisa boa e correta para algo vil e inferior. Em outras palavras, não significa apenas ser levado para o lado, mas também “ser desencaminhado”.
         Não somos capazes de pensar muito sobre alguém que foi seduzido, sem que Sansão nos venha à mente. Ele foi o grande “seduzido” de todos os tempos. A fim de apreciarmos quão trágica foi a pessoa de Sansão e quão terrível a sua sedução, precisamos começar pensando sobre aquilo do que ele foi afastado.
Sansão foi chamado para ser um especial instrumento de Deus, em um tempo quando todo o povo de Deus fora seduzido pela cultura dos filisteus. Na época dos juízes, a nação de Israel se encontrou oprimida por seus ímpios e cruéis vizinhos, em várias ocasiões. Mas, em cada instância, “os filhos de Israel clamaram ao SENHOR” (Jz 3.9,15; 4.3; 6.6- 7; 10.10). Quando chegamos ao período em que os filisteus tinham a supremacia sobre Israel, não lemos nada afirmando que o povo clamou a Deus. R. C. Sproul disse: “De maneira diferente dos outros invasores, os filisteus eram civilizados e não se mostravam terrivelmente opressivos; por conseguinte, Israel relaxou sob o domínio dos filisteus e não invocou o Senhor”.
         Este foi o ambiente em que Deus chamou Sansão. O povo de Israel havia se acomodado a uma existência pacífica com os filisteus; e Sansão seria o instrumento de Deus para despertar seu povo e convocá-lo a abandonar sua paixão pela cultura filistéia. Para alcançar este propósito, Deus concedeu ordens ao pais de Sansão, instruindo que seu filho seria um nazireu. O cabelo de Sansão não deveria ser cortado (Jz 13.5). Ele não deveria beber vinho ou comer coisas impuras (Jz 13.7).
         Por ter sido dotado com uma força super-humana, Sansão foi, por muito tempo, um poderoso e eficiente instrumento nas mãos de Deus. Enquanto lemos o relato de sua vida, encontramos este refrão: “O Espírito do SENHOR de tal maneira se apossou dele” (Jz 14.6,19; 15.14). Isto nos mostra onde realmente se encontrava a força de Sansão. Seu cabelo era o símbolo de sua força física e sua consagração a Deus, mas a fonte de sua força era o Espírito de Deus. James B. Jordan afirmou: “Não havia qualquer vínculo mágico entre a força e o cabelo de Sansão, mas havia uma conexão espiritual no fato de que Deus outorga força àqueles que são dedicados a Ele; e, no caso de Sansão, sua cabeça dedicada era o sinal de sua separação para Deus”. (Elias e os profetas de baal; discípulos; Eliseu)
         Após ter sido usado por Deus durante diversos anos, de maneira poderosa e admirável, esperaríamos que Sansão se mostrasse invencível. Ele havia contemplado Deus utilizando-o para realizar grandes vitórias e parecia ser tão forte na fé quanto era em sua força física. A última coisa que esperaríamos ouvir era que Sansão brincaria com o perder a força que Deus lhe havia concedido e utilizado.
         O casamento de Sansão foi um exemplo claro da sedução da cultura dos filisteus que envolveu Sansão. Os pais de Sansão lhe falaram sobre isso. (Juízes 14:3)... e essa história se desenrolou da forma que já conhecemos.
         Então, Dalila apareceu no cenário da história. Muitos pensam que ela era uma filistéia; outros imaginam ter sido uma israelita apóstata. A Bíblia não o diz. Uma coisa é certa: ela era uma filistéia em seu coração; e mostrou-se tão identificada com os filisteus, que poderia ser contada com um membro deste povo.
         Dalila deve ter sido muitíssimo bela, e os príncipes filisteus sabiam que Sansão possuía uma fraqueza por mulheres bonitas. Portanto, eles a arrolaram em sua causa. Ela deveria, em troca de uma boa quantia de dinheiro, descobrir a fonte da força de Sansão, enquanto os príncipes filisteus estariam escondidos em um quarto. No momento oportuno, eles sairiam e dominariam Sansão. Quando os filhos de Deus aprenderão que sempre existem inimigos escondidos por perto, esperando uma oportunidade de fraqueza, a fim de que entrem em cena e causem destruição?
         Três vezes Dalila pediu a Sansão que revelasse a fonte de sua força. Três vezes Sansão deu-lhe uma resposta mentirosa. Três vezes os filisteus vieram para dominá-lo, mas foram vencidos por ele. No entanto, nesses encontros, não há qualquer menção do Espírito vindo poderosamente sobre Sansão. Por causa do louco flerte de Sansão com o pecado, o Senhor já havia se retirado dele.
Finalmente, Dalila importunou Sansão além de sua capacidade de suportar; ele revelou a verdadeira fonte de sua força. Quando ele dormiu, ela cortou suas longas tranças, e os filisteus vieram e o levaram preso.

Essa história parece bastante fantasiosa, para acreditarmos nela?


         Por que, após se tornar óbvio o que Dalila pretendia, Sansão continuou até que ela o viu falando a respeito da fonte de sua força? Por que ele correu tão grande risco? Nisto, percebemos novamente a fragilidade da natureza humana. Isto não é verdade apenas no que se refere a Sansão; também é verdade no diz respeito a todos nós. Ficamos enamorados de coisas que sabemos que nos destruirão. Diga-me quantas vezes você foi abrasado pelo pecado e se voltava para ele; e eu lhe direi por que Sansão permaneceu conversando com Dalila.
         Sansão pagou um terrível preço por sua tolice. Os filisteus lhe vazaram os olhos e puseram-no a virar um moinho, no cárcere. Esta foi a maneira dos filisteus mostrarem que seu deus, Dagom — o deus do grão, havia conquistado a vitória sobre o Deus de Israel. De modo semelhante, quando um filho de Deus cai em pecado, o mundo incrédulo está sempre disposto a regozijar-se com malignidade sobre este filho de Deus e atribuir seu pecado a uma inerente deficiência no cristianismo.
         A vitória dos filisteus teve pouca duração. Enquanto Sansão trilhava grão, seu cabelo cresceu e, com ele, o arrependimento. Quando os filisteus trouxeram Sansão a um de seus festivais repleto de bebedice, a força de Sansão retornou ao ponto em que ele foi capaz de derrubar as colunas do edifício, matando a si mesmo e os filisteus.
         De que maneira Sansão se envolveu neste embaraço? Como ele perdeu sua força? Reputando as coisas como normais. Não andando em obediência a Deus. Procurando ver quão perto ele poderia chegar do fogo e não se queimar. Todas essas coisas e muito mais contribuíram, mas a resposta final é que ele mesmo tornou-se tão enamorado da cultura dos filisteus, que incorporou e expressou através de Dalila que ele estava cego para as outras coisas.
         Não sei que epitáfio a família de Sansão escreveu em seu túmulo, após retirarem seu corpo de entre as ruínas do templo dos filisteus. Porém, sei que poderiam ter escrito: “SEDUZIDO PELA CULTURA QUE, POR DEUS, ELE FOI CHAMADO A INFLUENCIAR”.
Sansão é uma figura muito apropriada da igreja contemporânea. À semelhança dele, fomos chamados a influenciar nossa cultura, para Cristo. Fomos chamados para ser o sal que ameniza a degeneração moral do reino dos homens e a luz que mostra o caminho para o reino de Deus.

Todavia, a cultura que estamos procurando influenciar não é passiva.

         Ela tem sua própria doutrina, agenda e pregadores, mostrando-se agressiva e militantemente dedicada em resistir nossa mensagem e pregar a sua.
Muitos de nós fazemos bem, durante certo tempo, em sermos fiéis a Deus, permanecendo contra a agenda deste mundo. Mas o contínuo e sedutor namoro de Dalila começa a minar nossas defesas, e, antes que percebamos o que aconteceu, estamos pensando e conversando de maneira similar a filisteus civilizados, defendendo posturas contrárias à Palavra de Deus.
         O poder do cristianismo se encontra na Palavra de Deus, e, quando nos permitimos ser sedutivamente afastados dela, nos achamos, assim como Sansão, roubados de poder e humilhados diante de um mundo escarnecedor. Sansão permanece como um lembrete contínuo de que mesmo o mais forte cairá, se for prostituir-se ao seguir uma cultura pagã. Essa prostituição sempre conduz à falta de poder, à cegueira e à morte. Isto não é a explicação para a cegueira que impede a igreja de ser capaz de discernir entre o verdadeiro e o falso? Isto não explica a morte que impede a igreja de se regozijar na realidade das coisas espirituais?
         A figura de Sansão é tão lamentável quanto poderia ser, mas existe também grande consolação nessa história. Em última análise, os filisteus venceram Sansão, não porque eram mais fortes, mas porque ele demonstrou infidelidade. Os cristãos, às vezes, caem na armadilha de pensarem que seu grande inimigo é a cultura ímpia que os assedia. Sem dúvida, a cultura ímpia é um inimigo, mas apenas em sentido secundário. Nosso grande inimigo somos nós mesmos (a nossa natureza). Se estamos sendo oprimidos hoje, não é porque as crenças e o estilo de vida moderno são mais fortes do que nós, e sim porque temos sido infiéis para com Deus, que nos torna fortes.
         Quão profundamente precisamos guardar esta verdade em nossos corações! Nossa vocação é sermos fiéis a Deus! Mas o que dizermos sobre o filho de Deus que já se mostrou infiel para com Ele? O que dizermos sobre o cristão que foi seduzido pela cultura ímpia? Louvado seja Deus, existe outra consolação a recebermos da vida de Sansão! Os cabelos espirituais crescem novamente! O filho de Deus pode ser seduzido pela cultura pagã que o rodeia, mas, por fim, retornará ao Senhor e será renovado. E, assim como Sansão foi vindicado, este filho de Deus também o será. Está chegando o bendito dia em que seremos retirados da cultura que despreza as coisas de Deus e resplandeceremos como as estrelas do firmamento, para sempre. E todo o universo saberá que estávamos certos em andar com Deus.

sábado, 21 de maio de 2011

Será que Deus ouve as orações de um pecador não salvo?

“Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir; mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça” (Isaías 59:1,2).

         Prezado amigo, milhares hoje pensam que podem orar e falar com Deus. É verdade que em Sua Palavra Deus mostra que Ele ouve as orações e que atende as petições daqueles que O buscam de todo coração. Mas será que Ele ouve as orações e os pedidos feitos por qualquer pessoa? Absolutamente não!
         No texto do profeta Isaías vemos claramente que o pecado faz separação entre Deus e o homem. Ora amigo, o Deus da bíblia é completamente santo: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos exércitos...” (Isaías 6:3)! O Deus da bíblia não pode tolerar pecado! Sendo assim, firma-se o fato que enquanto o homem estiver em seus pecados Deus jamais ouvirá suas orações.
         Convido você a humildemente compreender tal verdade. Nós nascemos no pecado. O Salmista confessa: “Eu nasci na iniqüidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5), e o Deus santo odeia o pecado. Enquanto o homem estiver sob o domínio do pecado, ele está debaixo da Ira de Deus.
         Meu amigo esteja certo que Deus não ouve, nem ouvirá as orações de uma alma não purificada e perdoada dos seus pecados. Pode orar a vontade; pode esforçar-se em fazer fervorosas preces, suas palavras sumirão como fumaça e dispersarão como poeira no espaço.
         Mas, há uma oração que introduz a alma de uma vez por todas na presença de Deus. É a oração de um coração que realmente confessa seus pecados e que busca o perdão e a purificação de sua alma. Note como a bíblia deixa isso bem esclarecido: “Se confessarmos os nossos pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1João 1:9).
         Meu amigo, tendo seus pecados perdoados de uma vez para sempre e tendo sua alma purificada mediante o sangue do Cordeiro de Deus, o pecador agora pode orar, porque será ouvido. Somente assim o pecador estará debaixo do amor de Deus e será continuamente aceito em toda e qualquer circunstância.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

As aflições da alma (9) - descobrindo as aflições "...no meu leito..." (continuação)

“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES DE UMA ALMA: “...no meu leito...”

         Caro leitor, a mensagem do evangelho proclama que o Filho de Deus veio ao mundo a fim de buscar e salvar perdidos. Seu maravilhoso ministério neste mundo é salvar pecadores e o transcorrer da história humana, desde a queda conta a grande demonstração da maravilhosa graça de Deus chamando pecadores ao arrependimento. A mulher de Cantares 3 descobre que está encurralada pelas trevas, o pavor chega e ela aterrorizada busca o Amado de sua alma. Eis aí a verdade de uma alma bem-aventurada; ela descobre que está sozinha, que não pode viver assim e busca a companhia de alguém que lhe ama, que lhe protege e que há de lhe guiar.
         O que a Palavra de Deus ensina sobre essa grande descoberta? Não tem uma notícia mais maravilhosa do que essa! Notemos bem o que Davi diz no Salmo 32:1,2: “Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado aquele o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade, e em cujo espírito não há dolo”. O que a bíblia está ensinando? Ela afirma que o homem extraordinariamente feliz, não é aquele que tem prosperidade financeira; não é aquele que neste mundo possui tudo aquilo que o homem tanto ambiciona ter; não é aquele que tanto o evangelho da prosperidade apresenta em nossos dias. O homem feliz é aquele que é visitado pela misericórdia de Deus; que é abraçado pela compaixão de Deus, para conceder-lhe perdão dos seus pecados e completa purificação.
         Amigo leitor, que seu coração esteja aberto para ouvir a respeito da velha história do amor de Deus! De como Ele marca um encontro de amor com o pecador que Ele almeja salvar! Como sempre foi Ele que procurou Seus eleitos até encontrá-los! Maravilhosa benção é para a alma, quando Deus abre-lhe os olhos e permite que ela veja suas aflições! Quando o homem descobre a solidão no íntimo, quando o medo lhe sobrevém por se sentir inseguro, desamparado, e acorrentado nas trevas deste mundo tão incerto, não há dúvidas que é uma alma visitada por Deus! Não é a alma que vai ao encontro do Salvador; é a graça irresistível que puxa a alma em direção ao Amado!
         Não foi assim com Zaqueu? As riquezas e prazeres foram perdendo seu valor quando aquele homem descobrira o quanto sua alma estava na solidão, sem Deus, sem perdão e sem salvação! Para que os lucros passageiros? Para que o conforto mundano e carnal? Ele em nada era um homem feliz, por isso queria conhecer o amor de Deus e ter certeza de ser amado, perdoado e plenamente aceito. Zaqueu não sabia que era a graça que lhe atraía aos braços do Salvador! Ele não sabia que Deus havia marcado um encontro com Ele ali em Jericó (Lucas 19:1-10).
         Eu nas trevas vagueava sem a luz da retidão
         A minha alma estava morta e eu sem fé no coração!
         A mensagem do evangelho proclama a tão grande salvação! Cristo amou perdidos pecadores! Cristo veio arrancar pecadores das prisões do pecado e levá-los salvos para Sua glória eterna! É Ele o Amado da alma! Querido leitor, sua alma está nessa condição tão triste? Correndo de um lugar para outro buscando a verdade? O Salvador está agora perto!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

As aflições da alma (8) - descobrindo as aflições "...no meu leito..."

“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES: “...no meu leito...” (continuação)

         Caro leitor, somente a verdade do evangelho pode revelar a triste condição das almas no pecado. Paulo esclarece isso ao falar aos Efésios acerca da situação deles antes que fossem salvos. Eles viviam “...sem esperança e sem Deus no mundo” (Efésios 2:12). Milhares acordam no abismo eterno; milhares são despertados na miséria eterna. Muitos são acordados aqui, mas não se humilham em temor perante a verdade revelada. Não foi assim com Faraó? Mais do que muitos aquele arrogante monarca egípcio pode conhecer o poder, a força, a glória e soberania do Deus de Israel. Por diversas vezes Deus usou as pragas como chicotes do castigo da Sua ira santa. No cap. 9 Deus fala a Faraó por meio de Moisés que poderia facilmente ter tirado a vida dele, mas estava mantendo-o vivo para que por meio dele o Nome de Deus fosse glorificado. A vida de faraó aparece documentada em Romanos 9 para mostrar que Deus usa de compaixão com quem Ele quiser usar de compaixão, e endurece o coração de quem Ele quiser endurecer: “Pois diz a Escritura a Faraó: Para isto mesmo te levantei: para em ti mostrar o meu poder, e para que seja anunciado o meu nome em toda a terra. Portanto, tem misericórdia de quem quer, e a quem quer endurece” (Romanos 9:17,18)
         Milhares são acordados diante do pavor da morte. Conheci um moço que devido um sério acidente de carro estava disposto a converter-se a Cristo, mas tão logo passou o efeito da tragédia esqueceu-se de Deus e voltou à sua vida normal de iniqüidade. O homem no pecado é igual pernilongo quando espantado, mas não demora muito volta à busca de sangue. Muitos pensam que se converteram porque receberam uma bênção material, mas é algo que funciona apenas na aparência, porque logo retornam ao caminho tortuoso. O homem no pecado não consegue sobreviver fora do seu ambiente mundano. Ele é igual peixe que precisa estar na água, seu habitat natural.
         Amigo leitor, ninguém consegue ver os perigos que rondam sua alma, a não ser pela visitação misericordiosa de Deus. Se o Deus que salva não chegar perto com a luz do evangelho os homens continuarão cegos, apalpando seus ídolos e acreditando que o paraíso verdadeiro está num mundo melhor aqui mesmo. Seus lucros estão naquilo que o mundo pode dar e trabalham dia após dia para receber o salário do pecado. Não foi assim com Caim? O caminho de Deus rumo ao paraíso celestial não servia para aquela alma enganada. Por isso fugiu da presença misericordiosa de Deus e trabalhou para construir um mundo melhor, sem Deus (Gênesis 4).
         É exatamente isso que acontece com as multidões cegadas pelo príncipe deste mundo. O que os homens querem, satanás tem para oferecer-lhes neste mundo enganador. Mesmo sendo contado como discípulo de Cristo, sabedor da verdade do evangelho, Judas habitava nas trevas. O que brilhava para ele era seu amor ao mundo e seu profundo desejo de ter dinheiro e fama. Quando acordou já estava sendo empurrado para o abismo de trevas eternas. Quando percebeu o quanto fora enganado, já estava sendo atraído pelas forças do inferno.
         Amigo leitor acorde agora pela mensagem do evangelho! Ouça a voz do Amado redentor que convida os pecadores ao arrependimento!


quarta-feira, 18 de maio de 2011

As aflições da alma (7) - descobrindo as aflições "...no meu leito..."

“...no meu leito, busquei o amado de minha alma, busquei-o e não o achei. Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade, pelas ruas e pelas praças; buscarei o amado de minha alma. Busquei-o e não o achei. Encontraram-me os guardas que rondavam pela cidade. Então lhes perguntei: Vistes o amado da minha alma? Mal os deixei, encontrei logo o amado da minha alma; agarrei-me a ele e não o deixei ir embora, até que o fiz entrar em casa de minha mãe e na recâmara daquela que me concebeu” (Cantares 3:1-4).

DESCOBRINDO AS AFLIÇÕES: “...no meu leito...” (continuação)

         Amigo leitor, os homens no pecado não podem perceber o que significa a escuridão deste mundo, até que Deus venha em Sua misericórdia e abra seus olhos espirituais. A Bíblia está cheia de ilustrações que explicam tal verdade. O cap. 4 de Gênesis fala da vida de Abel. Seu nome significa “vaidade”. Nota-se como Abel procurou conhecer a verdade de como voltar para Deus tão logo descobrira com tristeza que foi atirado com seus pais para fora do paraíso devido a queda no pecado. Por quanto tempo Abel viveu aprisionado à ilusão das iniqüidades à semelhança do seu irmão Caim, realmente não sabemos. Mas o que importa é que o Senhor teve misericórdia daquele moço e mostrou-lhe o caminho certo e seguro para sua salvação.
         Quando ofereceu sacrifício de sangue Abel estava confessando sua culpa e a necessidade que ele tinha de um substituto que ocupasse o seu lugar. Naquele momento a fé que fora implantada em seu peito pelo Espírito de Deus vislumbrou o Salvador que um dia viria para ocupar o lugar dos perdidos. É bem provável que seus pais explicaram-lhe tudo sobre a queda no Éden e a promessa da semente que viria para esmagar a cabeça da serpente (Gênesis 3:15). Com os olhos da alma abertos aquele moço percebeu a solidão de sua alma e passou a procurar seu Amado Salvador, então com simplicidade e confiança confiou plenamente no sangue do Cordeiro para sua remissão, para a sua segurança de entrar no paraíso celestial.
         Amigo leitor, o Deus de toda misericórdia tem revelado a verdade da condição tão triste dos perdidos. Não há neste mundo quem possa abrir os olhos espirituais da alma, elas estão perdidas; elas tranquilamente dormem o sono letal e não percebem que estão sendo encaminhadas para a destruição eterna. Estão aprisionadas em densas trevas, contemplando alguns fachos de luz que satanás põe neste mundo. Elas se alegram apenas naquilo que agrada a carne e ficam deslumbradas com os encantos mundanos postos perante seus olhos. Alegram na espera de um mundo melhor, de uma glória passageira. Seus inimigos são transformados em deuses perante seus olhos, e até mesmo a morte chega dando-lhes certeza de um descanso. Enquanto a alma dorme, nada percebe quanto ao seu desamparo; não vê necessidade do Amado, Cristo é rejeitado abruptamente. A mensagem não é aceita; a formosura e a glória do Rei não chegam ao coração. Toda verdade é rejeitada e vista como fantasia religiosa. A alma no pecado despreza o favo de mel; rejeita o prato de hortaliça porque tem o boi cevado na mesa mundana.
         Amigo leitor, diante dessa verdade, conheçamos o Deus de toda graça! O Deus de toda misericórdia chega para abrir os olhos do cego; desperta aquele que agora dorme o gostoso sono do pecado; chama da morte para a vida aquele que está sob a penalidade eterna! A mensagem do evangelho chega para brilhar neste mundo, descobrir as farsas de satanás e chamar os pecadores ao arrependimento! Ó alma, acorde agora! Ó alma, as maldições da lei chegam agora para provocar dores nessa sua insensível consciência! Ó alma, desperte agora, veja o maravilhoso Senhor, amigo incomparável! Ele é o grande conquistador dos perdidos! Ele é o triunfante Senhor, que na cruz derrotou todo inimigo e é o único que pode quebrar as prisões do pecado e arrancar as almas da triste condição na qual estão!

terça-feira, 17 de maio de 2011

Religião da superstição

“Então, disse Mica: Sei, agora, que o Senhor me fará bem, porquanto tenho um levita por sacerdote” Juizes 17:13.

        No final do livro de Juízes podemos ver até onde vai a religiosidade humana quando se afasta da verdade bíblica. Observe que para Mica, ter um levita morando em sua casa era sinal da presença e das bênçãos de Deus. A superstição ocupa o lugar da razão conforme a Palavra de Deus, encobrindo a verdade. Olhando superficialmente, até parece bonito e espiritual, mas não passa de ser produto do coração idólatra e carregado de crendices supersticiosas.
        Quando mudamos para a casa onde estamos morando agora, não demorou muito para que ladrões entrassem e roubassem nosso computador e outros aparelhos. Ficamos profundamente aborrecidos, mas depois pude perceber a razão porque Deus permitiu isso. Ora, o povo dessa rua nos conhece porque moramos aqui por mais de onze anos. Todos sabem que sou pastor, e hoje é comum pensar que a presença de um pastor com sua família numa rua significam proteção e segurança, e que todos estarão protegidos de maus olhados. Pois é, dava para perceber o espanto na face de nossos vizinhos. Para eles é o cúmulo um pastor, servo de Deus ser roubado. Mas estou certo que Deus permitiu que acontecesse conosco para que o povo da rua ficasse ciente que não é esse o método de Deus em abençoar as pessoas.
        Como acontecia em Israel nos dias dos juízes, acontece aqui em nosso país. O povo, até mesmo os chamados crentes, está mergulhado no engano da superstição. Por que isso? A razão é que afastaram da Palavra da verdade. A igreja do Senhor deixou de pregar a verdade bíblica e ocupou-se com entretenimentos e outros meios para fazer com que a multidão se sinta bem. A religião moderna é a religião de Mica, por isso muitos aproveitam para arrancar dinheiro do povo. O nome de pastor, missionário, bispo e até mesmo apóstolo, tem sido usado para enganar a multidão com a “bela” mentira que eles são ungidos de Deus e que recebem revelações diretas de Deus. Satanás, o pai da mentira tem cegado milhares com essas superstições.
        Hoje para a multidão ser abençoado por Deus é ter sucesso nesta vida material. Tudo está indicando que Deus está presente com a pessoa ou com a família se materialmente estiver indo às mil maravilhas. Inventaram um aparelho que mede espiritualidade e favores divinos, esse aparelho é chamado prosperidade material.
        Quanta diferença de Moisés! A Escritura diz que Ele preferiu ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado (Hebreus 11:25). A prosperidade em si nada tem de errado. Mas a prosperidade material pode ser um aviso solene de Deus de um juízo que está preste a acontecer caso o povo não se arrependa de seus pecados. A limpidez do céu pode ser o anúncio de um terrível temporal.
        O povo de Deus não vive de superstição, mas sim da verdade bíblica como está escrito. “Sede sóbrios” é a ordem de Deus aos seus santos, para que eles nunca coloquem seus corações sobre aquilo que logo desvanece.


sábado, 14 de maio de 2011

Uma geração em perigo!

“Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que põem as trevas por luz, e a luz por trevas, e o amargo por doce, e o doce por amargo!” (Isaias 5:20)

         Ah! Que tristeza ver como a atual geração brinca com Deus! Todos estão juntos na tentativa de mudar as estruturas da criação de Deus. O que estão fazendo?
  1. Passaram a chamar o mal de bem. A mentira, a perversidade, a prostituição, o adultério e outras maldades praticadas à luz clara do dia são bem vindos até dentro da família.
  2. Passaram a chamar o bem de mal. Estão rindo daquilo que é sério! Estão atirando lama naquilo que é pureza! Estão zombando daquilo do bom nome, do respeito, da seriedade no viver, da honra e da pureza!
  3. Passaram a por as trevas por luz. Estão brincando com a mentira, preferindo a vaidade! Estão prontos a honrar mais seus corpos do que suas almas! Escancaram as portas de suas casas e de suas mentes para práticas abomináveis e estão declarando que nada há de errado!
  4. Passaram a por a luz por trevas. Com efeito, estão jogando fora, como lixo os verdadeiros tesouros da honestidade, temor a Deus, pureza de vida e exemplo para filhos. Recebem em suas casas tudo aquilo que certamente há de destruir suas vidas e aviltar a família.
  5. Passaram a por o amargo por doce. Que triste preferência! Os homens e mulheres não sabem que o gosto dos prazeres pecaminosos são destrutivos! O que é gostoso para as paixões da carne, logo transformará em horror e amargura para a alma.
  6. Passaram a por o doce por amargo. Eis aí a triste consequência! O que é doce passa a ser amargo. Nada mais de conselhos, de sabedoria, de virtudes, de exemplo a ser seguido! Nada mais de uma consciência pura e presença de temor a Deus!
O que Deus diz? AI! Essa palavrinha ressoa como a mais aterrorizante ameaça! Ainda há tempo para arrependimento! Ainda há tempo para homens e mulheres voltarem para a Palavra de Deus, na busca do Salvador e Senhor Jesus Cristo!