quarta-feira, 25 de setembro de 2019

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (1)

“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
INTRODUÇÃO.
        O que significa crer em Jesus para a salvação? A fé salvadora foi espalhada de forma vulgar e todos hoje declaram que creem em Jesus. Vemos que em João e especialmente em Romanos a palavra fé não é explicada, porque ela em si traz consigo os elementos bíblicos e santos de um crer verdadeiro. Nos dias do Senhor muitos creram Nele, mas tinham medo de confessar, por causa da perseguição empreendida pelos fariseus (João 12:42). Nota-se que o crer bíblico é diferente da fé expressada nos lábios de muitos. O Espírito Santo usou Tiago para mostrar no capítulo dois de sua carta que a fé bíblica tem ação, é viva. É como se Tiago pegasse o termo usado nas cartas de Paulo e a desvendasse mostrando a realidade dessa genuína fé, em contraste com a fé morta, vista em muitos.
        O motivo desta mensagem é que nós cheguemos a conhecer nossa fé à luz das Escrituras. Que nós saibamos que há diferença entre a fé que vem do coração de uma alma salva e a fé puramente natural e supersticiosa. Esta nem sempre é vista de imediato. Filipe não percebeu a falsa fé de Simão, mas logo ele demonstrou que não passava de um farsante. Já batizei várias pessoas que disseram que creram em Jesus, mas não demorou muitos para que tais pessoas mostrassem que jamais haviam convertido de coração ao Senhor. Não podemos julgar imediatamente alguém, mas podemos checar a fé pelas obras e dizer à pessoa que ela não tem evidências de alguém em quem habita o Espírito de Deus. Visto que foi espalhada uma mensagem de um evangelho barato pelo mundo afora, então vemos que a fé natural se aproveitou disso. Graça barata, fé barata. Se transformarmos a graça em libertinagem (Judas 4), certamente teremos elementos não salvos dizendo que são crentes e que foram salvos.

         Não devemos fugir desse perigo? Se pregar o evangelho bíblico, a mensagem que expõe a glória do Filho de Deus, não é verdade que essa mesma mensagem há de produzir a fé verdadeira? “A fé vem pelo ouvir...” (Romanos 10:17). Vemos que tudo vem do Alto. A fé pura, o crer verdadeiro implantado no coração do homem arrependido é uma boa dádiva e um dom perfeito? Então vem do Alto (Tiago 1:16). Os homens relutam em crer em Deus de forma total, por isso dividem o trabalho da salvação. Eles querem dizer que a graça salvadora vem de Deus, enquanto a fé vem do homem. Quanto engano! Como pode um cego ver? Como pode um morto dispor-se para caminhar em direção a Deus? Se Jesus não vai até o túmulo de Lázaro e ali ordena que o morto saia, de forma alguma espera-se que Lázaro deixará sua tumba. Saulo de Tarso saiu para Damasco na decisão firme e resoluta de perseguir os santos. Foi o facho de luz celestial que o derrubou mediante compaixão e foi a graça que ali fez a cirurgia em tirar um coração de pedra, para implantar um novo coração e assim nascer Paulo (Atos 9).

         Ah! Eu sei o quanto os homens fogem de encarar as sagradas letras, para examiná-las e descobrir as coisas como Deus mostra e não como nós gostamos de vê-las. Estamos na era da internet e basicamente as informações que queremos chegam facilmente a nós na tela do computador ou de um celular. Mas não é o caso das verdades bíblicas. Os mistérios de Deus devem ser sondados por corações quebrantados, humilhados e contritos. Deus revela Seus segredos aos santos. A fé não é algo banal, a fé é vida. A fé é o homem novo em ação; a fé é o novo homem em Cristo tendo uma visão bíblica, que olha tudo à luz daquilo que Deus nos entregou. Então, que jamais abracemos a fé comum. Ora todos, até mesmo os demônios creem e tremem, como diz Tiago. Minha esperança é que eu possa passar essas verdades de modo que os sinceros crentes possam entender e crescer nessa verdade. 


A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (1)



“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
INTRODUÇÃO:      
Amado leitor, uma das funções da Palavra de Deus é descobrir nosso íntimo e revelar o que está certo ou errado lá dentro. O cristianismo atual está tão distante da Palavra de Deus, porque tem se apoderado daquilo que o mundo oferece, a fim de lidar com os homens. A psicologia tem largamente ocupado a verdade revelada e não raro, o uso das sagradas letras é um meio de adaptá-la aos padrões daquilo que o mundo atual espera. Mas como vemos, a Palavra de Deus é a espada do Espírito; ela não é um ramalhete de flores; não é uma aspirina que tira a dor temporariamente. Ela é uma arma de guerra contra o pecado. Mas parece que os homens modernos são vistos como pobres criaturas, sofredoras, indignas de tantos males pelos quais a sociedade passa.
É uma pequena introdução, mas espero entrar no tema com sucesso. Estamos vivendo os dias quando o espírito de uma falsa paz permeia os corações e os homens descansam num perigoso vulcão. O fato é que a bíblia apresenta o homem como inimigo de Deus e não como amigo. Mas a tragédia do falso evangelho é que ele aponta o homem como amigo, religioso e que busca a Deus. Por isso tudo tem sido feito em nossos dias para que a mensagem evangélica seja diferente, mais aceitável e agradável ao ouvido de todos. Porém, não é isso o que a bíblia apresenta acerca do homem no pecado. Termos fortes são usados por Deus para mostrar que os homens estão em guerra contra Deus. Eles são tratados como inimigos, cruéis, mentirosos e cheios de malícias. Duas vezes nos Salmos vemos que eles declaram que “não há Deus”.
Esse é um assunto grandioso nas Escrituras, mas quero limitar-me apenas aquilo que nesta página introduzir, a fim de levar meus leitores a entender o que o texto de Isaías quer ensinar. Sendo o homem inimigo de Deus, certamente ele não está em paz com Deus. Por essa razão o próprio Deus declara esse fato em Isaías 57:21: “Para o ímpio, diz o meu Deus, não há paz”. Por fora o homem tenta dizer que não; tenta usar de todos os meios para declarar que está tudo bem, por essa razão ele luta para forjar uma paz que não é verdadeira, mas é falsa. Um dos mais perigosos e fatais inimigos do homem é essa falsa paz. Conviver com ela é como acariciar uma víbora; é como tentar encobrir uma enfermidade mortal com aspirina. Por duas vezes o Senhor afirma no livro de Isaías que “Para o ímpio não há paz”. Em Suas palavras o Senhor mostra que o viver do ímpio é como as ondas do mar.
        Creio que é importante que a Palavra venha sondar os corações dos leitores, para descobrir se há a paz com Deus no íntimo, ou há uma verdadeira guerra travada no coração contra Deus. O fato é que no texto Ele afirma categoricamente que “Não há paz para os ímpios...”. Então, se é um ímpio, o Deus que não pode mentir afirma que não há paz. É claro que se é salvo, então não há qualquer perigo. Os salvos têm a paz com Deus e descansa naquilo que foi feito na cruz. É essa verdade que traz alegria vinda do céu aos corações santificados. Fora disso tudo é engano e trapaça do pecado.
Então, como um bom médico chegarei aos corações para sondar os corações. Os homens são inimigos de Deus e não há um sequer que deseja ser reconciliado. Toda obra é feita por Deus, porquanto é Ele mesmo o grande reconciliador. É obra do Espírito despertar os pecadores, tirá-los dessa condição tão vil, dessa jornada no pecado. É o Espírito da glória quem mostra aos homens sua condição nas trevas, numa jornada em seus pecados que desafia o próprio Deus. Chegou o momento para que os homens vejam sua condição, peguem suas armas de guerra e as deponham o grande Salvador e Senhor. Ele há de pegá-las, quebra-las e lança-las no fogo. Essa é a mensagem do evangelho reconciliador.

Pregação - Quando a guerra é do Senhor - 1 Samuel 17:47 - Pr David Sena

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

Pregação - Descobrindo os eleitos de Deus - 1 Coríntios 1:26-31- Pr Davi...

PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (12 de 12)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
OS HORRORES VISTOS NOS ANOS: “...e os seus anos na angústia”.
        Os anos na angústia, porque a vaidade terá o controle, a fim de pensar que tudo vai muito bem. Os rebeldes contra Deus sempre vão achar que Deus está lhes abençoando e mesmo em meio às angústias seus corações endurecidos não percebem que estão cercados da ira de Deus. Nos anos da angústia vem apatia; vem um consolo mortal envolver toda alma; vem um espírito de satisfação com os momentos aparentemente melhores. Quando Deus colocou Coré, Datã e Abirão no lugar onde sofreriam o castigo merecido, eis que imediatamente toda compaixão que antes os envolvia foi tirada. O patíbulo onde será executado nem sempre é visto e reconhecido pelos rebeldes. Nem mesmo a velhice e a chegada de Jeú com sua tropa foi suficiente para acordar uma mulher cercada pela ira de Deus (2 Reis 10). Nem mesmo a terrível dor que afligiu Jeorão até à sua morte abalou sua vida, despertando para o arrependimento.
Também, os anos serão envolvidos na angústia porque a alma lá dentro começará a sentir a solidão e a miséria. Ao abandonar o Senhor, rejeitar Sua liderança e procurar fazer o que bem quer fazer, eis que imediatamente os sonhos da vaidade são desfeitos e em lugar deles aparecem os pesadelos. A vida vira uma miséria porque todo fundamento do viver começa a desmoronar. Os homens com quem se alegrava ficam distante; os prazeres que envolvem o corpo vão sumindo; os desejos normais da vida dão lugar às enfermidades e não há como escapar dessas coisas. A angústia que envolve a alma nessa condição começa a mostrar que a morte está chegando e que os inimigos, antes invisíveis começam a se aproximar para zombar do fracasso e do terrível destino que se aproxima. Seus consoladores chegam para jogar vinagre em suas feridas; as mensagens de conforto serão apenas de alguns momentos. A noite virá para atormentá-lo e o dia será um refresco provisório, declarando que está perto o dia mau.
Na angústia, porque a presença da morte começará a chegar e anunciar         que terá que enfrentar o horror do juízo de Deus. Oh! Que tristeza!  A felicidade, que tanto procurou está lhe deixando desamparado, postando-se de longe e dizendo-lhe Adeus! Tudo está indo embora para sempre e que o que esperava de um paraíso terrestre é rasgado para mostrar que ele há de enfrentar a face do grande Juiz. Ora, não ouviu a palavra de Deus, então, aquilo que foi idolatria lhe não mais lhe traz felicidade. As preciosidades achadas nesta vida não vão livrar-lhe da desgraça que está chegando. Agora ele percebe tardiamente que a vida é uma miséria e que há ameaças constantes em tudo.
Só angústia envolve sua alma, porque a vaidade lhe roubou as forças e que agora
 não tem nada que possa lhe fazer forte ante o terror da enfermidade e da morte. Aconteceu que antes brincou com Deus, zombou Dele, desconfiou de Sua liderança e recusou Suas provisões. O que lhe espera agora? Não é miséria? Eis aí o horror de um viver agarrado ao egoísmo e ao prazer, sem se humilhar perante o Senhor, buscando dele a salvação.
Mas há esperança para os arrependidos, porque as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos. A mulher adúltera percebeu pela graça o quanto foi louca a sua decisão de servir ao pecado, mas foi logo atraída pelo amor de Deus e recebeu Dele o perdão e salvação.

quarta-feira, 18 de setembro de 2019

PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (11)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
OS HORRORES VISTOS NOS ANOS: “...e os seus anos na angústia”.
        Como Deus consome os anos dos Seus inimigos na angústia? Sem dúvida precisamos examinar com temor e tremor essas verdades à luz das Sagradas Letras. Que saibamos que os princípios de Deus são eternos; significa que o mesmo que Ele fez com aquele povo rebelde no deserto, há de fazer com os rebeldes agora. O que os homens querem em seus corações, certamente terão. Os rebeldes agarrarão aquilo que tanto caçaram aqui, mas o fato é que eles verão o quanto essas coisas transformarão em angústias no final. Não foi assim com Judas? Não foi fato que ele passou todo tempo procurando meios de alcançar seus ideais? Ele queria dinheiro, fama e prestígio aqui, mas no final percebeu tardiamente o quanto aquilo que tanto buscara se tornou o peso atroz que o empurrou ao abismo.
        Tomemos a vida de Urias, um dos mais incríveis reis de Judá. Ele queria fama, sucesso, glórias e grandes conquistas. Deus permitiu que tudo o quanto ele desejava fosse alcançado, mas no final viu seus anos sendo corroídos na angústia de um leito numa enfermidade mortal – a lepra – que o levou à morte (2 Crônicas 26). O coração endurecido não percebe que os anos vão deteriorando a vida aqui. Tenho percebido o quanto a vaidade e os desejos sensuais estão destruindo a vida de milhares aqui no Brasil. A busca por paixões ocupou o coração de homens e mulheres, de tal maneira que eles não querem admitir que a velhice chegou; os cabelos brancos não são vistos como mensageiros de sabedoria. Homens e mulheres cujos corações estão endurecidos não conseguem ver quaisquer perigos à volta. Eles querem a alegria em desfrutar das festas, noitadas, romances sexuais; eles estão prontos a gastar fortunas com cosméticos, para que a velhice fique distante. Eles não percebem o quanto as angústias estão batendo às portas.
        Logo chegam as angústias. E como elas aparecem? Tentarei mostrar aqui o quanto isso funciona na sabedoria da ira de Deus. Primeiramente a vida fica sem direção, sem uma meta, porque a vaidade fez com que a alma perca todo senso de sabedoria. O que Deus fez com aquela multidão de rebeldes, foi que eles ficassem rodeando pelo deserto, até que todos morressem ali. Não era isso o que queriam? Foram rebeldes e não quiseram marchar em obediência à voz de Deus, sob o comando do grande Senhor que os libertou do Egito; foram arrogantes a ponto de desafiar o todo-poderoso. E agora? Deus não os matou de uma vez; Deus concedeu o que eles queriam, mas fez com que rodeassem o deserto até que seus corpos virassem estrumes nas areias. Deus estava ali? Sim! Mas não em bênçãos e sim na ira Dele.
        Milhares estão vivendo nessa condição, até que as angústias apareçam. Logo percebem que estão sozinhos. Parentes, amigos e prazeres vão embora, dando lugar as dores, gemidos, solidão, desprezo. A miséria de um coração endurecido será mostrado numa revolta contra Deus, num espírito de amargura e num desespero para que tudo mude. Os bens que possui serão usados, num desejo de comprar a vaidade de volta. As vaidades aparecerão para debochar da pessoa; elas rirão como hienas e mostrarão o quanto foi horrível a decisão de não obedecer a Deus. As ameaças de uma morte súbita deixarão a pessoa em suspense num ambiente indigno de confiança.


sexta-feira, 13 de setembro de 2019

UM DEUS QUE TRABALHA PARA QUEM NELE ESPERA (10 de 10)



“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera” (Isaías 64:4)
DEUS TRABALHA
        Caro  leitor, chego agora à parte final desta mensagem e minha oração é que essas verdades cheguem ao seu coração, fortalecendo sua fé e inundando a alma de firme confiança em Deus e em Suas promessas. Quanto mais confiarmos no Senhor, mais nos tornaremos gigantes em prosseguir; se desviarmos e voltarmos para buscar caminhos mais fáceis, seremos medíocres, frágeis e ridicularizados aqui. Nós os crentes não desejamos ser anões na fé; queremos crescer e isso implica em desenvolver essa confiança em nosso Deus. Hoje quero mostrar como esse Deus trabalha para aquele que Nele espera, conforme o texto nos mostra.
Ele trabalha sintonizando a alma com sua presença continuamente. Quanto mais me aproximo do Senhor mediante o conhecimento de Sua Palavra, mais Ele se aproxima de mim. Quanto mais me distancio Dele é sinal de que estou orgulhoso e que dependo de mim mesmo. A graça combina com a fé e não com a nossa incredulidade. Quanto mais arrogante eu for, mas sozinho ficarei para mergulhar em minha miséria. A fé se aproxima de Deus, como Moisés entrava na tenda da congregação. A graça conversa com a fé, a fé conversa com a graça. Quando a fé se aproxima é sinal de que o crente está se sentindo fraco e precisa de Deus e assim a graça chega para operar Sua força na debilidade daquele que se aproxima de Deus.
Precisamos saber que a aproximação de Deus continuamente não faz parte de nossa natureza pervertida e enganosa. Nós tendemos a querer sentir Deus, a buscar as emoções fortes. A fé não precisa disso, ela combate contra isso e luta para detonar essas manifestações da carne. A fé quer subir às alturas, enquanto a carne quer descer. A fé ganha confiança à medida que avança e nega a carne, declarando guerras às manipulações e invencionices. Quanto mais nos humilharmos e negarmos a carne, mais fortalecidos seremos pela graça.
 Também, o Senhor trabalha fortalecendo a fé e enchendo o coração ações de graças. Não é fácil esperar em Deus, mas a vida cristã pela fé exige disciplina. Não foi fácil para José ficar anos no sofrimento da separação de sua família. Não é fácil separarmos de toda confiança em nós, nos homens e neste mundo. Somos por natureza vidrados com este sistema; somos como peixes, acostumados com a agua. Respirar a atmosfera celestial não é brincadeira, por isso precisamos humildemente pedir ao Senhor que em Sua graça Ele venha nos habilitar para crer melhor Nele, para subir às alturas e de lá desprezar o mundo. Grandes homens de Deus que aprenderam a confiar em Nele foram aqueles que reconheceram a enorme fraqueza e se dispuseram a andar com Deus, revestindo-se de todo poder da graça.
Ele trabalha queimando toda expectativa carnal e mundana. É claro que é de se esperar isso. Nossas atitudes carnais aparecem como inimigos de Deus, e Aquele que conhece nosso coração sabe bem como tratar em eliminar todo vestígio de maldade que aparece através de nossa corrompida natureza. Quanto mais subirmos ao monte da presença do Senhor, mais purificados estaremos dessas contaminações mundanos. Nossos sonhos terrenos e as aspirações por riquezas, fama, sucesso, etc. tudo isso é arrancado, para que a fé seja livre desses chumbos carnais, e assim possamos confiar inteiramente Nele.
        Finalmente, Ele trabalha ensinando a alma a firmar-se Nele e desejá-Lo mais. O alvo da fé é conhecer melhor o Senhor; é deseja-Lo mais; é ser semelhante a Ele e trilhar a vida aqui com Ele. Nós veremos o Senhor no céu e seremos perfeitos lá. Aqui é nosso dever subir mais e mais essas alturas, até que nossas vidas sejam tomadas de alegria, prazer, exultação e verdadeira felicidade, coisas jamais conhecidas por este mundo vil e entregue às mentiras, destinado ao fogo eterno.





PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (10)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
OS CASTIGOS DE DEUS QUE APARECEM COMO BÊNÇÃOS: “...fez que os seus dias se dissipassem num sopro...”.
        Como Deus visita homens e mulheres em Sua Ira? Como Deus faz com que os dias de alguém sejam consumidos na vaidade? Foi isso o que Ele fez com Israel no deserto, porque tentaram a Ele, ao invés de simplesmente obedecer. Deus faz com que os dias sejam cheios de coisas agradáveis nos relacionamentos; haverá muitos amigos, muita felicidade aparente; muitos elogios, etc., mas por outro lado virão inevitáveis problemas. O povo da cidade de Siquem encheu o coração de Abimeleque de orgulho e vaidade, quando pediu para ele ser o rei. Mas não demorou para que Deus mesmo transformasse o sonho em pesadelo e todo povo se moveu contra Abimeleque. Quando nossos corações não são inclinados para Deus somente, eis que nossos relacionamentos são transformados em miséria aqui. Deus sabe como encher todo ambiente de raízes de amarguras; Deus sabe como transformar os dias em motivos de sofrimentos e não mais de felicidades.
Significa que a própria vaidade chegaria para esmagar o viver, detonar a humanidade e detonar o futuro. Foi assim com Jezabel, pois Deus não lhe arrancou a vida na mocidade, pelo contrário Deus alongou sua vida e permitiu que ela desfrutasse de bons momentos na liderança da nação ao lado do seu frágil e covarde marido. Deus concedeu prosperidade a Jezabel, mas não demorou em que a vaidade detonasse seu viver. Quando isso acontece os dias passam sem serem notados e dá a impressão que eles jamais terão seu final; as cãs (cabelos brancos) chegam e a pessoa não percebe. Quando Deus transforma os dias em vaidade, eis que os princípios de valores desaparecem e a vida é levada por aquilo que é sempre agradável. Quando os dias são mergulhados na vaidade, eis que a pessoa ignora os verdadeiros fundamentos de sabedoria, caráter, pureza e santidade. Tais virtudes são atiradas fora como se fossem lixo.
Oh! Quão perigosa é essa jornada, quando homens e mulheres recusam submissão à palavra de Deus. Tenho visto isso em nossos dias. Vejo mulheres (até mesmo as chamadas de crentes), as quais têm sido levadas pelo programa enganoso dos direitos da mulher. Com isso elas não percebem que seus dias estão foram entregues à vaidade; elas estão convencidas que estão certas, de que Deus está errado em mantê-las submissas aos seus maridos. Elas recusam isso e saem para a chamada de liberdade. Elas aparentam felicidade, mas na realidade é uma felicidade carnal. Elas não estão aptas para construir famílias, edificar um lar, serem conselheiras para os filhos e construir caráter. Os dias foram atirados à vaidade em ganhar dinheiro, ter o poder aquisitivo melhor, passear, comprar coisas, manipular o marido e desfrutar de uma religião firmada em emoções e não na obediência à verdade.
        Os dias atirados na vaidade não podem aceitar os princípios do reino de Deus não toleram o tomar a cruz e seguir a Cristo. É por isso que os resultados são trágicos e a miséria vem se aproximando paulatinamente. É por isso que elas fazem festas com a vaidade, se tornam conquistadoras e são levadas para os perigos nas armadilhas feitas por satanás ao longo do caminho largo por onde trilham.

Pregação - A apresentação do Salvador - João 1:29 - Pr. David Sena

sexta-feira, 6 de setembro de 2019

UM DEUS QUE TRABALHA PARA QUEM NELE ESPERA (9)



“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalha para aquele que Nele espera” (Isaías 64:4)
DEUS TRABALHA
        Antes de entrar no assunto final relacionado ao tema, faço questão de frisar o fato que os que esperam no Senhor, firmados na fé resoluta e persistente não são pessoas inativas. Digo que é mais ficar fazendo algo na energia da carne do que realmente esperar em Deus. É mais fácil se adiantar e tomar as providências com as próprias mãos do que firmar-se na santa coragem de aguardar em Deus o momento Dele em agir da maneira Dele. Para Israel, enviar os doze espias era melhor do que ficar tanto tempo no deserto. Era preciso espiar a terra da promessa, para ver se era ou não a terra desejável pelo povo. A natureza carnal desconfia de Deus, não crê em suas promessas, por isso se julga melhor do que Deus. A incredulidade cega, acha que tem visão melhor; a incredulidade frágil acredita que Deus é impotente. A incredulidade sempre é julgada e condenada por Deus, assim como fez com Israel, deixando que aquele povo rodeasse pelo deserto durante quarenta anos, até que o povo ímpio perecesse.
        Você não vê a fé persistente atoa. Enquanto esperava a promessa Abraão pode peregrinar por toda terra prometida, julgar as coisas que precisavam, punir culpados, orar por seu sobrinho, ver o nascimento do seu filho Isaque, sepultar a esposa e depois partir para a Cidade Celestial. Se Moisés não ficasse quarenta anos no meio dos midianitas, ele não seria achado na humilde condição de lidar com o pobre povo escravo de Israel. A ação da carne, por mais bela, religiosa e trabalhadora que for, não passa da carne querendo se ostentar diante de Deus; é orgulho cheio de farrapo desafiando a Deus. Deus permite que Seus servos fiquem por muito tempo numa atitude que parece ser inativa e infrutífera, mas o que acontece é que ele está sendo preparado pela graça para aquilo que Deus quer fazer. Quem faz a obra é o Senhor; é Ele quem opera em nós e por nós; é Ele que não dorme e nem sequer toscaneja.
Enquanto Daniel estava cercado na cova dos leões, Deus estava agindo na vida do rei e preparando o espetáculo de juízo contra os elementos que condenaram Daniel. No serviço do Senhor devemos saber que está em jogo é a glória do Nome Dele e não nossas paupérrimas atuações. Davi, enquanto estava sendo perseguido por Saul, parecia que perdia tempo. Era ele o rei de Israel escolhido por Deus. Podia ele simplesmente liquidar o rei Saul e ocupar o lugar dado a Ele. Mas a graça impediu que ele agisse dessa maneira, pois sabia que o tempo era de Deus, por isso esperou o momento que sabia ser o tempo de Deus.
Como é que Deus trabalha? Minha esperança é que eu possa passar essas verdades com clareza a todos os meus leitores. Aqueles que Nele esperam precisam ter um conhecimento adequado acerca do Senhor, conforme o ensino das Escrituras. Qualquer ignorância acerca de Deus traz consigo terríveis erros no viver e na prática. O segredo de uma fé firme está na firme resolução de beber e banhar-se da verdade revelada que nos foi entregue. A multidão evangélica moderna desconhece esse fato, por apanha, ao ignorar os perigos que lhes cercam. Queremos combinar nossas atividades com o trabalho de Deus, mas acontece que isso é engano. Naquilo que eu posso fazer, devo me entregar para trabalhar, mas naquilo que é impossível para mim, devo esperar em Deus. Se eu estiver na direção do carro, minha esposa ao meu lado não pode aliar-se comigo nessa direção, caso contrário poderá acontecer um acidente.
Esperamos em Deus enquanto agimos fielmente naquilo que fomos designados a fazer. É meu dever ler a bíblia, orar, testemunhar de minha fé perante os incrédulos, ordenar minha casa nos ensinos do Senhor, cumprir meus deveres perante a sociedade, estar na igreja assistindo os cultos com outros irmãos. Enquanto isso oro, esperando em Deus para aquilo que não posso fazer, porque depende de Seus atos soberanos.

PERIGOS DE UM VIVER REBELDE CONTRA DEUS (9)



“Com tudo isto ainda pecaram, e não deram crédito às maravilhas. Por isso consumiu os seus dias na vaidade e os seus anos na angústia” (Salmo 78:33)
OS CASTIGOS DE DEUS QUE APARECEM COMO BÊNÇÃOS: “...fez que os seus dias se dissipassem num sopro...”.
        O que Deus fez com aquele povo que tentou o Senhor no deserto? A resposta é que Ele fez com que seus dias fossem dissipados na vaidade. É essa a lição que trago aos que aqui vivem desafiando a Deus, achando que Deus vai subordinar-se aos seus caprichos terrenos. Estas verdades solenes devem encher nossas almas de santo temor. Quando Deus faz com que os dias de alguém sejam dissipados na vaidade, eis que todo interesse se volta pelas coisas terrenas, pelas ambições da vida aqui; pelas alegrias passageiras;   pelas aprovações dos homens; pelo espírito de engano em achar que a vida vai muito bem; pelos sentimentos de que estão sendo abençoados. Ora, essa isso o que a pessoa queria; ela desprezou as coisas eternas, desprezou no coração as maravilhas da graça salvadora, ignorou os caminhos eternos e as promessas celestiais. Então, a pessoa passa a ter o que realmente queria ter.
        Os dias são gastos na vaidade dos relacionamentos também. Quando desprezamos o Senhor e as maravilhas eternais da graça, eis que imediatamente ocupamo-nos com os interesses humanos. Ao desprezar a Deus, seus conselhos e caminhos, eis que aparece um despertamento por relacionamentos aqui. Logo o interesse é voltado à amizade e todo sistema de julgamento é tirado; os princípios de juízo de Deus passam a serem tratados com desdém. Nota-se isso quando Deus julgou Coré, Datã e Abirão, abrindo a terra e fez com eles descessem vivos para o abismo (Números 16). Logo a reação do povo contra Deus apareceu, atacando Moisés e Arão, dizendo que eles estavam matando o povo de Deus. Quando a alegria dos homens está voltada para os interesses desta vida, imediatamente aparece o desprezo a Deus.
Mas a verdade é que os resultados desse corporativismo carnal são dramáticos, pois o verso acima deixa claro que os efeitos de perturbação surgem. Não foi assim com Abimeleque? (Juízes 9). Ao matar seus irmãos e se aliar ao povo de Siquém, esperou apenas 3 anos e a situação de amizade ficou invertida com o ódio do povo contra ele e o ódio dele contra os siquemitas, terminando em terrível matança de ambos os lados.
Estamos vivenciando isso em nossos dias, quando a multidão, tão voltada aos interesses desta vida passageira se aliaram uns aos outros no ataque à verdade. O que importa hoje é o que eles sentem e não a verdade revelada. Vemos o quanto os dias dos homens hoje estão entregues aos caprichos das vaidades deles. Mas os resultados têm sido dramáticos. Elementos fantasiados de pastores têm dominado a vida deles, expondo aquilo que eles gostam de ouvir. Os relacionamentos de “amor, amizades, sociabilidade, etc.” têm destruído a família, os bons conceitos de criação de filhos, da posição da mulher e do homem, os princípios de uma liderança piedosa da parte do homem, bons costumes e respeito, e assim por diante. O mundo encontrou rachaduras no casco do navio e assim as aguas lamacentas desta vida têm entrado e destruído as coisas de valores. O sorriso e felicidade banal tentam ocultar os fracassos e as festas, divertimentos vêm ocupar o ambiente.
Essas coisas vêm encobrir o fato que os dias estão sendo consumidos pela vaidade. Que o Senhor em Sua compaixão venha livrar esta sociedade desses tão terríveis perigos!


Pregação - O clamor dos eleitos - Isaías 59:9-11 - Pr. David Sena