terça-feira, 30 de junho de 2020

Just As I Am

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (10 de 11)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
O PERIGO POR NEGLIGENCIAR A OPORTUNIDADE: “muitos procurarão entrar e não poderão”
        Finalizo esta mensagem mostrando os perigos que rondam muitos, pois o tempo mesmo nos mostra isso na linguagem do nosso Senhor: “muitos procurarão entrar e não poderão”. Nosso Senhor sempre lida com os homens assim, pois mostra a verdade de forma clara e simples e depois traz a aplicação daquilo que Ele mesmo expôs e é exatamente isso o que Ele faz no texto. Ele respondeu aquela interrogação do homem, mas de forma prática, mostrando a responsabilidade de cada ser humano; mostrando que conhecimento teórico de nada resolve; a porta estreita está perante todos como sendo o único meio de escape e todos devem ser acordados para a responsabilidade de escapar do juízo.
        Mas o que ocorre é que milhares negligenciam e acham que vão escapar de uma forma ou de outra. Jonathan Edwards diz em seu livro “Pecadores nas mãos de um Deus irado”: “Há no íntimo dos homens naturais o pensamento de que, de uma forma ou de outra eles escaparão do juízo”. Tentarei mostrar como os homens tentam evitar o juízo, mas do modo deles, tudo porque não ouvem a voz de Deus, por isso acham que existem outros meios de escapar. Eles fogem do amor acolhedor de Deus e nem percebem que estão indo em direção à ira do próprio Deus. Era para Faraó ficar com seu exército no Egito e não desafiar Deus e ao fazer isto eles pereceram nas águas do mar vermelho. Pobres homens e mulheres iludidos no coração! Para eles o que Deus fala não tem qualquer valor. Normalmente os avisos de Deus vêm de modo simples. A arca de Noé podia ser simples e Noé parecia ser louco, mas era o aviso de escape, era a porta estreita exposta perante os olhos da multidão naqueles dias.
        Sempre Deus está mostrando aos homens que a porta de escape é simples e é algo irracional aos olhos dos homens. As coisas de Deus sempre são vistas como loucuras pelos homens, porque para eles as coisas devem ser vistas de um modo lógico, mas a lógica dos homens não passa de loucura para Deus. Para os homens se não houver sinais claros, então não há razão de correr para escapar. Não havia qualquer sinal de chuva nos dias de Noé, por isso o povo considerava loucura. Não havia qualquer indício de juízo em Sodoma e Gomorra, o dia era lindo e o céu estava limpíssimo. Mas as palavras de Deus ressoam com clareza e nitidez para os que creem. O fugir, escapar, correr para buscar abrigo, tudo isso só desperta os que creem, por isso Noé construiu a arca e Ló fugiu para o monte.
        Lembremos bem que o juízo está cercando os homens neste mundo, mas quando Deus mostra esses fatos é porque Ele exibe a todos aquela portinhola aberta e só passa um de cada vez – a porta estreita. Nos dias de Jeremias era mais fácil para o povo judeu acreditar nas lindas e belas palavras dos falsos profetas do que na mensagem do homem de Deus. Jeremias não falava por si nem de si. Ele relatava o que Deus havia dito no livro de Deuteronômio. A nação rebelde seria destruída, milhares seriam mortos e outros milhares deportados. Jeremias avisava que o perigo vinha do norte – os caldeus. Mas eles não acreditavam. Quando havia algum indício de arrependimento, o Senhor ordenava a Nabucodonosor que ficasse parado, mas quando o povo retornava à maldade, a ordem vinha e os perversos caldeus marchavam em direção à Jerusalém.
        Tudo isso vem mostrar aos homens que não há como escapar dos juízos eternos de Deus se os pecadores não correrem para o abrigo seguro firme e eterno, o grande salvador e Senhor Jesus Cristo.

segunda-feira, 29 de junho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (7)



“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
O PODER ATERRORIZANTE DA PRIMEIRA MORTE: ”Ninguém pode vir a mim... se o pai que me enviou não o trouxer...”
        Estou persuadido que devo ser enfático sobre esse assunto, em razão de que somos propensos a atenuar o horror daquilo que é o inevitável resultado do pecado – a morte. A morte não mexeu em algumas partes do homem, mas envolveu todo seu corpo, alma e espírito. A morte não deixou que qualquer milímetro escapasse. Paulo diz em 2 Coríntios que a morte é a “terrível morte”. Nós estamos envolvidos por ela em todos os sentidos e horrores da dor física e da alma aqui nos acompanha, a fim de nos pegar com surpresas desagradáveis, foi por isso que nosso Senhor, envolvendo Sua tão grande salvação prometeu ressuscitar o salvo naquele dia: “...e eu o ressuscitarei no último dia”. Dou louvores ao Senhor pela perfeita maneira como Ele nos esclarece tudo o que precisamos saber em Sua Palavra, além do fato que nosso Senhor experimentou os horrores e flagelos da morte em Seu corpo de humilhação que aqui teve.
        Primeiramente quero tratar do poder da morte em nossos corpos mortais. É fato que nosso corpo é apenas a “casa de barro” onde habitamos temporariamente e no Éden Deus fez o homem usando o pó da terra e nada havia nesse pó que fosse contaminado com o vírus do pecado. Mas assim que o pecado entrou, eis que a morte passou a reinar para retroceder o homem para o pó: “ao pó voltarás”. Que lição humilhante para nós, porque agora fazemos o que todo reino animal, lutando para obter o sustento, a fim de não morrer logo. Assim sendo entendemos que a morte operou princípios de decomposição em nossos corpos, por esse fato envelhecemos e mesmo que tivermos muita saúde, nossos corpos seguem os princípios de envelhecimento, como ocorre com toda criação visível.
        Não temos qualquer controle quanto aos poderes da morte sobre nossos corpos, a não ser quando Deus opera seus milagres, assim como Ele fez e faz curando pessoas diretamente, ou indiretamente, usando médicos ou remédios, mas tudo provem da bondade desse Deus. Alguns nascem com problemas físicos sérios e levam consigo essas dificuldades, sem que haja qualquer intervenção divina. Paulo tinha aquele problema físico que ele intitula de “espinho na carne” e mesmo rogando a cura da parte do Senhor, este recusou fazê-lo na justa e santa vontade Dele para Seu servo. Eu mesmo já nasci com um problema de circulação no pé direito e parece que levarei comigo para a sepultura; pode bem ser que sofrerei, assim como sofreu dos pés o rei Asa até sua morte.
        Tudo satanás tem feito ultimamente para encobrir a realidade dos efeitos da morte em nossos corpos atingidos pelas desgraças do pecado. O culto ao corpo é, de certa forma celebrado até mesmo nos meios evangélicos. Qual a razão? Sem dúvida isso ocorre quando os prazeres sensuais envolvem homens e mulheres. Veja bem, não refiro apenas a assuntos sexuais (o tema dos nossos dias), mas sim a tudo aquilo que envolve beleza física, força e saúde. Em si nada disso é errado, mas quando isso toma posse do viver, então perigos terríveis ameaçam os homens. Já ouvimos de jovens que morreram na cirurgia, porque buscavam corpo mais bonito. Percebemos que quanto mais a sensualidade envolve homens e mulheres, mais são atraídos pela vaidade e trabalham em função de uma vida física mais apta para suas maldades. Porém, nada disso silencia a morte e é assim que ela trabalha silenciosamente e com mais charme, a fim de levar mais almas para a satisfação do inferno.

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (9 de 10)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
O PERIGO POR NEGLIGENCIAR A OPORTUNIDADE: “muitos procurarão entrar e não poderão”
        O que realmente significa “esforçai-vos”? Podemos perceber com facilidade que nenhum homem em seu estado natural há de querer esforçar-se para entrar pela porta. Por natureza o homem não se dispõe para isso, porquanto, em sua cegueira ele nada vê de qualquer perigo. Ele luta contra os perigos daqui e se protege ao máximo contra doenças, ladrões e contra a morte física, mas não ergue um dedo sequer para escapar dos perigos do juízo eterno e da ira de Deus. Quando há esforço para entrar pela porta estreita, conforme a ordem do Senhor é porque algo novo ocorre em seu coração; sem dúvida o Espírito de Deus operou viva fé em seu ser, abrindo sua visão e audição espiritual. A fé que vem de Deus é o sinal claro que um novo homem tomou o lugar do homem natural, que houve um milagre e que agora as intenções são eternas e a pessoa pode ver o que jamais havia presenciado antes. Além disso, a fé verdadeira supera todos os obstáculos para alcançar aquilo que traz segurança eterna: “Ó minha alma, sem demora ergue-te para entoar os louvores do teu Cristo e Seu nome celebrar!”. As atividades da fé são extraordinárias, porque ela sobe às alturas a fim de conquistar Deus; o olhar do que crê mira o trono de misericórdia e humilhado exclama: “Quem me poderá salvar?”
        É meu intuito agora entrar no terceiro e último assunto que envolve esse tema. Ora, o texto nos chama a cumprir essa missão: “muitos procurarão entrar e não poderão”. Normalmente os homens naturais só são despertados para os perigos que envolvem sua alma quando é tarde demais. Muitos até mesmo são ousados em desafiar a morte e o inferno, como faziam os líderes de Jerusalém (Isaías 28). Eis o desempenho de loucura dos homens no pecado, pois acreditam que são espertos e capazes de desafiar poderosos e até mesmo Deus. Muitos até mesmo se veem capazes de fazer planejamento de uma suposta conversão perto da morte, crendo que a decisão é deles e não de Deus. Se tomarmos o primeiro capítulo de Provérbios vemos que Deus simplesmente chega para danificar os planos arrogantes. Ele diz ali que quando sobrevier o desespero, como a chegada de uma tempestade, eis que clamarão, porém não serão ouvidos.
        O que acontece é que quando satanás se coloca como o deus deste século, então ele ilude os homens religiosamente, de tal maneira que milhares pensam que estão procurando Deus, quando na realidade estão buscando seus interesses por meio de superstições. Tenho examinado muitos que hoje correm em busca de bons sentimentos e muita sorte na vida, têm achado num suposto jesus criado pelo evangelho da nova era. Muitos nem mesmo sabem da vida eterna estão se sentindo bem. Preguei numa igreja onde o ambiente era de muito louvor e bons sentimentos de amor, mas a verdade é que nada havia ali preparado para ouvir o chamado ao arrependimento. É triste, mas é pura verdade que o evangelho foi tirado e em seu lugar outro sistema foi inventado para admitir o maior número de pessoas. Nem preciso dizer quanta urgência há pela necessidade de um avivamento em nossos dias, pois tudo está sendo encaminhado pela loucura religiosa promovida pelo ecumenismo.
        Mas a verdade continua e o apelo vem para que homens e mulheres se arrependam e corram para a porta estreita, à busca de socorro e livramento. Não há como escapar da ira de Deus, a não se que pecadores busquem agora mesmo o grande o glorioso Mediador – Cristo Jesus Homem.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Ninety and Nine

Ninety and Nine

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (8)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A ATITUDE DE CADA SER HUMANA EM FACE DA SUA RESPONSABILIDADE: “Esforçai-vos”
        Quero agora meditar um pouco mais no termo usado por Cristo: “Esforçai-vos”. O esforço vem como uma reação em face do perigo. Se atravesso uma avenida movimento, eu me apressarei em correr ao ver que um carro está vindo e poderei ser atropelado. Li a respeito de um homem que levava sua esposa ao hospital, pois ela estava sentindo as dores de parto. Eis que um pneu do seu carro caiu num buraco, mas naquela angústia ele reuniu forças e conseguiu tirar a roda e levar a esposa para chegar em tempo no hospital. A função da mensagem do evangelho é fazer com que os pecadores vejam os perigos e busquem socorro. Mas você vai argumentar dizendo que a busca por socorro é atividade do livre-arbítrio. Mas é justamente o contrário, porque o livre-arbítrio ensina que há liberdade no homem em tomar uma decisão. Ao ver o perigo o homem busca socorro e não a decisão de ir. Foi isso que nosso Senhor quis dizer quando mostrou a porta estreita como escape. Ninguém vai querer escapar de um prédio quando tudo está normal ali, mas buscará socorro quando se vê cercado num incêndio.
        Também, o esforço em correr para entrar pela porta estreita é algo da própria graça de Deus. Nenhum pecador verá qualquer perigo eterno, sem que Deus lhe abra os olhos para enxergar tal perigo. Pilatos resolveu lavar as mãos, achando que era uma boa justificativa para escapar. Judas em seu orgulho resolveu por um ponto final em sua vida pelo enforcamento. Há peixes no oceano que não tem visão nenhuma, mas Deus deu a eles poder de localizar presas. Mas aos homens no pecado não há qualquer elemento de esperteza para perceber os perigos eternos que lhes rodeiam. Eles sempre correrão para o braço forte dos homens, ou mesmo para seus ídolos e bens, menos para Deus. Assim podemos perceber que ao lidar com a responsabilidade dos homens aqui, Deus está exibindo o quão rico e maravilhoso Ele é em Seus atos de misericórdia, como é em Seus atos de juízo.
        Mas há o esforço da fé. Não tem algo mais belo neste mundo, aos olhos de Deus do que ver homens e mulheres à busca daquilo que a natureza carnal e egoísta do homem jamais busca. A primeira atividade da fé é buscar a comida e bebida que suprirão a fome e a sede da alma e isso não é atividade da livre-iniciativa do homem, pois é algo sobrenatural, jamais produzido pelo homem ou pelo mundo. Quando isso acontece vemos que é obra de Deus: “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mateus 5:2). Não há algo que mais causa medo aos homens aqui do que a falta de comida e bebida. Então, podemos notar que quando Deus trata com a responsabilidade do homem, Ele o faz na base de que o homem natural falhou, assim como um servo falha em seu compromisso. Ao tratar o homem como um ser responsável Deus, em Sua bondade mostra que ele será julgado, que o Juiz está à porta. Deus diz que o homem não ficará impune, que ele não é como os animais, que ele foi feito à imagem e semelhança de Deus, como coroa da criação de Deus e que a queda foi algo terrível. Mas ao mesmo tempo Ele aponta o lugar de escape, como Jesus apontou para aquele judeu curioso. Se Ele há de usar de graça salvadora, isso é com Aquele que é livre para agir com compaixão com que Ele quiser. Se um rei tem mil inimigos e em seu decreto ordena que todos sejam executados, se usar de compaixão com cem deles, ele o faz porque quer fazer.

O PODER ATROZ DA MORTE (6)


                    
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
O PODER ATERRORIZANTE DA PRIMEIRA MORTE: ”Ninguém pode vir a mim... se o pai que me enviou não o trouxer...”
       Posso ir mais longe ao afirmar que sem o espírito vivo no homem, a ama é iludida em buscar descanso nela mesma. Mas o que cerca a alma dentro do próprio homem é a morte. Onde não há vida é porque a morte está presente. Há um silencia angustiante no homem interior; toda alegria que o homem tem vem de fora, como a luz da lua, ou mesmo de um farolete. Tudo o que a alma recebe é proveniente do mundo com suas festas, prazeres e promessas. Mas aqui tudo passa e as angústias vêm à medida que a alma fica sozinha. A perversa Jezabel procurou reunir toda felicidade, prazer e riqueza em torno dela e do seu reino, sem importar em punir inocentes; aquela alma tudo fez para fechar quaisquer portas de juízo, responsabilidade e culpa, mas quando na sua velhice encarou a morte, eis que não tinha nenhuma força nem interna nem externa para enfrentar o horror da ira de Deus que caiu sobre sua cabeça.
         A morte, também concede a alma momentos angustiosos, manifestando sua face cruel. Momentos após momentos as forças das trevas aparecem e são mais pesadas do que as angústias que o corpo pode sentir. Há o horror da solidão, porquanto no mundo toda companhia falha. Se o homem força em impor companhias fora daquilo que é justo e reto, logo as forças do mal fortalecem muito mais. Deus em Sua bondade tem dado aos homens a família, na companhia de um marido, esposa, filhos, amigos, etc. Veja bem que essas amizades lícitas vão embora para deixar a alma na solidão. Mas milhares hoje vivem forçando companhia. Uma mulher abandona seu marido e abre as portas para relações sexuais ilícitas, ela pensa que achou companhia, mas a verdade é que piorou, porque a solidão se torna mais forte, como resultado de uma consciência culpada.
        Outros utilizam os recursos que o mundo tem para alimentar mais felicidade, resultando em maior desgraça para a solidão e desespero da alma. O homem se entrega ao álcool ou às drogas na esperança de sentir no físico a felicidade maior, mas os resultados só pioram, atirando-o a uma maior escravidão e angústia. Os resultados do pecado serão sempre e continuamente a morte; quanto mais se atira ao pecado, mas a morte aparecerá forte e impetuosa como um furacão. Além disso, a morte atrai o poder e as tramas de satanás, levando a alma às ilusões religiosas. Satanás nunca para com suas manipulações, a fim de destruir os homens. Quanto mais os homens se entregam ao pecado, mais eles procurarão alternativas com suas religiões, chegando até ao ponto de uma literal adoração ao diabo. Veja a vida dos perversos reis de Israel, porquanto eles enchiam a nação de todo tipo de idolatrias, até mesmos com cruéis atividades, como oferecer seus filhos ao deus moloque, queimando-os no fogo.
        Meu amigo, o homem mudou? Claro que não! Ele é o mesmo, sob a força escravizante, dominadora e enganadora do pecado. Os resultados do pecado na alma são terríveis e até mesmo cruéis, pois quanto mais o homem se entrega à miséria do pecado, mais cruel ele fica. A morte põe armas perigosas nas mãos dos homens; a morte faz um homem voltar-se para seus amigos e parentes, a fim de eliminá-los. Não há conforto, alegria, amor verdadeiro e felicidade no pecado, pois ele só resultará na morte e suas cruéis manifestações no corpo e na alma. Somente Cristo Jesus, Salvador e Senhor para livrar de uma vez por todas os pecadores dessa aflição que começa aqui e perpetua pela eternidade.  

quinta-feira, 11 de junho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (5)


                              
“Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer, e eu o ressuscitarei no último dia” JOÃO 6:44
        O PODER ATERRORIZANTE DA PRIMEIRA MORTE: ”Ninguém pode vir a mim... se o pai que me enviou não o trouxer...”
        Me esforço pela graça para mostrar o quanto a morte, à luz das Escrituras é vista como sendo morte em suas cruéis e malignas manifestações. Se formos guiados pelo mundo e por nossa natureza tão enganosa, realmente não poderemos sequer entender um pouco desse terrível que envolve os homens aqui. Num texto como esse de João 6:44, tão cheio das maravilhas da graça, nosso Senhor mostra o quanto a morte age como morte aqui no mundo, no aspecto físico, mental e espiritual, além de lançar milhares na sepultura profunda, chamada de inferno.
        Quero dizer mais que, tendo dominado os homens e matado espiritualmente os homens, eles estão agora sob o domínio de seres angelicais caídos. Em 1 João 5:19 é dito que o mundo inteiro jaz no maligno. Notamos como funciona esse sistema sob o controle da ferocidade do diabo, especialmente na área religiosa. Primeiramente vemos uma obra de engano, não porque os homens são enganados por questão de ignorância. Eles amam esse estilo de vida aqui, conforme nosso Senhor disse aos judeus em João 8:44: “...e quereis fazer os desejos do vosso pai...” (o diabo). Os homens estão sempre aptos para a idolatria e trabalho com ardor para criar e fabricar seus ídolos e mesmo que estejam cientes da verdade revelada na bíblia, eles se mantém em resoluto e firme propósito em servir seus ídolos. Foi essa verdade que Jeremias enfrentou com o povo mais pobre de Jerusalém que restou da destruição causada pelos babilônios (Jeremias 44).
        O domínio poderoso da morte, matando espiritualmente os homens, levou a agir com muito mais profundidade em seus atos cruéis nas práticas de idolatria. As nações antigamente fabricavam seus ídolos para as formas mais hediondas e vis de atividades religiosas, a ponto de muitos oferecerem seus filhos, queimando-os vivos no fogo, como era o caso do deus moloque. Hoje mesmo estão descobrindo tuneis que foram feitos para essas práticas cruéis de adoração satânica no mundo inteiro, onde elementos famosos oferecem em sacrifícios crianças que foram roubadas. Por que os homens fazem isso? Com a queda eles espiritualmente estão mortos, por isso adoram, prestam cultos aos ídolos e reverenciam satanás, são levados por mentiras e são supersticiosos por natureza.
        Além disso, há o poder da morte na alma. Tenho dito que a alma é a parte natural do homem. É a alma que pensa, que usa a parte física para sua comunicação. É a alma que faz o homem ser, o homem natural (literalmente dirigido pela alma). A morte age poderosamente na alma e esses resultados são vistos facilmente. O poder da morte traz aflições das mais diversas espécies e isso tem aumentado muito em nossos dias. Essas aflições são resultados de uma busca por atividades e prazeres físicos, conforme temos visto ultimamente. Essas ocupações resultam em terrível e esmagador peso. A alma no íntimo não tem ninguém por ela, não tem o serviço do espírito, a fim de buscar apoio em Deus, pois ela está sozinha e desamparada. Muitos tem se entregado a calmante, drogas e são levadas ao suicídio, devido à situação em que a alma não encontra socorro aqui. Muitas vezes o socorro vem de forma temporária, com aconselhamento psiquiatra e com atividades. Mas os resultados são passageiros, porque a alma, sem salvação continuará sozinha.

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (7)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE DEUS. “Esforçai-vos...”
        No texto de Lucas 13:22-24 estou tentando mostrar o quanto o Senhor Jesus chama aquele homem à sua responsabilidade diante do iminente perigo que lhe cerca. Todo meu esforço tem em vista mostrar aos meus leitores que não há nisso qualquer elemento de livre-arbítrio. Quando nosso Senhor mostra a porta estreita, Ele está dizendo que ali está a resposta misericordiosa de Deus para os pecadores; pelo evangelho o Deus da bíblia mostra a luz da verdade que brilha, Ele não deixou o mundo em trevas, Ele não escondeu a verdade e todos podem ver; Deus quer mostrar que todos, em todas as nações são indesculpáveis perante Ele. Como homens, seres humanos criados à imagem de Deus e postos no mundo para a glória de Deus, eles não têm desculpas para adorar seus ídolos, ao invés de prestar santos louvores e adoração ao Criador.
        Outro detalhe é que nosso Senhor dá esse enfoque de responsabilidade aos judeus, por eles serem os despenseiros das revelações escritas. Paulo trata sobre isso em Romanos, especialmente no capítulo 2. Quem recebeu mais luz, mais responsável se torna e uma atitude de irresponsabilidade perante Deus, torna a pessoa digna de maior castigo da parte de Deus. Nosso Senhor várias vezes ilustra essa responsabilidade da parte dos judeus usando acontecimentos que foram narrados na história do Velho Testamento. Por exemplo, Ele fala da Rainha de Sabá, a qual veio de longe visitar Salomão, por causa da sabedoria daquele rei. Então o Senhor volta para os judeus e com séria advertência diz: “Aqui (referindo a Ele mesmo) está quem é maior que Salomão”. Já citei aquelas três cidades Betsaida, Corazim e Cafarnaum (Mateus 11), onde o Senhor havia feito tantos milagres e a população não se arrependeu, e como ele cita Sodoma e Gomorra, Nínive e Tiro, mostrando que o juízo sobre aquelas cidades seria pior do que ocorreu com essas.
        Assim, minha esperança é que os ouvintes atentos estejam realmente compreendendo essa lição. A queda no pecado, o fato que os homens são escravos, mortos em seus delitos, inimigos de Deus, etc. nada disso retira a responsabilidade que cai sobre cada indivíduo neste mundo. O grande Juiz, grande Criador, o dono absoluto do céu e da terra, Ele afirma que não anota a ignorância dos homens, pelo contrário, Ele está como que dizendo: “Vocês me traíram, roubaram a glória que me pertence, furtam minha criação a fim de viver como bem querem, entre outras coisas e mesmo assim vocês acham que não vão escapar?”
        Em tudo o Senhor grita aos homens em tom de compaixão; Ele orienta, mostra que todos estão pisando um terreno santificado e que a terra com frutos e toda condição feita para o bem-estar do homem pertencem a Ele. Se Ele mostra a porta estreita, um lugar onde o pecador pode escapar, Ele o faz devido a imensidão de Suas misericórdias, como diz Jeremias em Lamentações 3:21: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque Suas misericórdias não têm fim, elas se renovam a cada manhã”. Por isso o evangelho é a boa nova que vem do céu, por meio de uma revelação especial. A criação proclama com voz inaudível a mensagem de um Criador onipotente e assim toda boca é fechada e toda língua há de confessar a glória desse Deus. E a conversão do pecador? Então é outro detalhe, porque aí entra o trabalho da graça, que somente homens e mulheres escolhidos, mostrando isso no arrependimento, poderão ouvir.

quarta-feira, 10 de junho de 2020

Just As I Am

Pregação - O chamado de Jesus - Parte 2 - Mateus 11:28 - Pr David Sena

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (6)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE DEUS. “Esforçai-vos...”
        Estou me esforçando para explicar que a responsabilidade do homem nada tem a ver com o livre-arbítrio. O que vemos no texto de Lucas 13:22 é que o Senhor chama todos os homens para o fato que eles individualmente são responsáveis diante do todo-poderoso. Examinemos bem o texto, porque nosso Senhor mostra o escape: “A porta estreita”. Eis aí o esplêndido trabalho da misericórdia desse Deus santo, porque mesmo os homens sendo culpados, mesmo assim Ele expõe a porta de escape. Foi isso o que nosso Senhor falou com Jerusalém: “Jerusalém, Jerusalém que matas os profetas, quantas vezes quis eu ajuntar-te, como a galinha ajunta seus pintainhos, mas não quisestes!”.
        Eis aí uma das mais poderosas lições que temos sobre esses atos compassivos e longânimos de Deus em favor daquele povo. Mas, qual foi a resposta de Jerusalém para os atos de bondade do Senhor: “Vós não quisestes!”. Assim a atitude natural deles em rejeitar os caminhos santos de Deus mostra que eles são responsáveis e que jamais acharão qualquer indício de injustiça. Notemos essa verdade em Jeremias 6:16, onde Deus, pela boca de Jeremias exorta o povo a olhar o caminho direito por onde santos andaram, mas eles não quiseram. Foi isso o que Estêvão disse àqueles líderes religiosos, antes de ser trilhado pelo apedrejamento: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais” (Atos 7:51). O resultado foi a morte de um homem inocente.
        Toda ação de Deus em favor de uma raça caída é dizer aos homens o quanto Ele é tardio em irar e que em tudo Ele estende um visual de bondade e de aberturas, mostrando que há escape. Com a entrada do pecado Deus não começou a puxar o punhal, nem o revólver. Mesmo com o avanço da maldade na face da terra, sob a liderança de Caim, o Senhor deu longos anos à raça caída, a fim de mostrar Seu favor, a fim mostrar enfim, quão justo e aterrorizante é o Seu juízo, como foi com o dilúvio. Na pregação, nos Seus ensinos, em Suas advertências, nas palavras de Sua sabedoria, o Senhor está falando com homens naturais, dizendo a eles que são responsáveis diante Dele e que vão prestar contas. As aulas de um Deus Criador, benigno, bondoso e fiel, todos os homens podem e devem ouvir; essa escola todos devem entrar. Não estamos tratando da graça salvadora aqui. Quando Ele aponta a porta estreita, Ele está como que dizendo: “Virá aquele dia do juízo e milhares do mundo inteiro vão assentar-se a mesa com Abraão, Isaque e Jacó e muitos vão ficar do lado de fora”.
        Então, posso assegurar que a questão de quem vai entrar ou não é outra lição. Dentro deste reino terreno entendemos que cada pessoa é responsável, mas dentro do reino de Deus entra então a vontade soberana. Quando pregamos o evangelho num culto, se estiver cem pessoas não salvas, todas elas devem saber que a porta estreita está aberta. Estamos apelando para a responsabilidade, estamos avisando os homens acerca do perigo, mas quem vai entrar, isso não sabemos.
        Quem pode explicar esses atos de amor desse grande Deus? Ali em Jericó estava uma cidade inteira armada atrás de uma muralha, sabendo que enfrentava o Deus de Israel. Os longos anos de paciência estavam chegando ao fim e Deus estava dizendo que todos ali iriam morrer, mas só Raabe e seus familiares escaparam. Então, vemos o que significa o trabalho da graça. “Onde abundou o pecado, superabundou a graça”. Quando homens caem diante do Deus de Israel, que maravilhosa obra em estender Sua mão para chamar quem Ele bem quer chamar.

O PODER ATROZ DA MORTE (4)


                       
“Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”    JOÃO 6:44
        O PODER ATERRORIZANTE DA PRIMEIRA MORTE: ”Ninguém pode vir a mim... se o pai que me enviou não o trouxer...”
        Pretendo agora lidar com o poder atroz da morte no Espírito do homem. Creio que todos os crentes aceitam que o homem foi feito por Deus, corpo, alma e espírito. Não vou entrar nos pormenores desse assunto, porque em meus escritos no blogger tenho falado muito sobre esse assunto. Mas preciso enfatizar que pelo fato que Deus é espírito, então Ele fez o homem como um ser espiritual. Sendo assim entendemos que a parte espiritual do homem é a mais importante. Com a entrada do pecado o que realmente morreu foi o Espírito. O homem em seu estado natural não tem seu espírito funcionando porque está morto. O que funciona no homem caído é apenas a alma que está escravizada e controlada pela parte externa, o corpo. O homem sem o espírito é como um aparelho sem energia.
        Para ilustrar, neste exato momento estou com o computador ligado e digitando esta página, mas se a energia acabar, simplesmente para de fazer o que estou fazendo agora. Foi assim com a entrada do pecado, pois com a morte do espírito, eis que o homem ficou completamente desligado de Deus e sua atenção agora ficou focada apenas naquilo que é externo, por isso é chamado de homem natural (1 Coríntios 2:14). Visto que Deus é espírito, Sua comunicação com os homens é pelo Espírito. A comunicação entre os homens é pelo corpo, de modo que tudo isso cessa quando ele morre. Com o pecado entrou a morte e com a morte cessou a existência no tocante a Deus. É impossível para o homem, em seu estado natural servir a Deus, ouvir a voz de Deus, aprender de Deus, adorar a Deus e obedecer-Lhe e nem Deus espera que isso ocorra. Notemos bem o que Senhor Jesus diz à mulher samaritana: “Deus é espírito e importa que Seus adoradores o adorem em espírito e em verdade” (João 4:24).
        Quantos nem sequer compreender um pouquinho acerca dessa verdade. Quando falamos acerca da morte, entendemos o assunto de modo extremamente superficial. Mas a morte é a situação mais trágica onde o pecado colocou o homem. Sem esse entendimento toda verdade do evangelho bendito é lançada fora. Os homens no pecado nem sequer abrem um dos olhos para Deus. Morte é morte e ela afeta todos os detalhes acerca do homem. Tem outra passagem bíblica que nos ajudará ainda mais na compreensão do texto e está em João 5. Ali nosso Senhor cura o paralítico e com isso os judeus arrogantes e cruéis vieram acusa-lo de que ao curar aquele homem o Senhor estava quebrando o sábado. Mas o Senhor diz para eles: “Meu Pai trabalha até agora e eu trabalho também”. Essas palavras seriam suficientes para fazer aqueles cegos compreenderem que estavam diante do Criador.
        Nosso Senhor estava dizendo que Ele e o Pai na criação fizeram tudo em seis dias e descansaram no sétimo. Mas com a entrada do pecado e da morte os resultados foram tais que atraíram a compaixão de Deus, por isso essas Pessoas da divindade ainda estão trabalhando. E qual é o trabalho deles? Ressuscitar mortos: “Em verdade, em verdade vos digo que vem a hora, e agora é, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus, e os que a ouvirem viverão” (João 5:25). Ele estava dizendo que não veio ao mundo para consertar pés, braços, pernas e outras partes do corpo humano. Ele veio dar vida aos mortos. Marta e Maria não teriam nenhum interesse em ter Lázaro com seu corpo inteiro tirado da sepultura, mas ainda morto. Elas o queriam vivo. Com isso estou mostrando o quanto foi e é aterrorizante o poder da morte.

terça-feira, 9 de junho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (3)


                     
“Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”    JOÃO 6:44
        O PODER ATERRORIZANTE DA PRIMEIRA MORTE: ”Ninguém pode vir a mim... se o pai que me enviou não o trouxer...”
        É minha tarefa mostrar agora como foi que o pecado trouxe o aterrorizante poder da morte, porque as palavras: “Ninguém pode vir a mim...” expõe essa situação. Veja bem que o texto esclarece o real poder da morte. Nós sempre achamos que foi algo simples; que a morte é mostra sua força apenas no aspecto físico, no sofrimento, nas dores e outros tormentos experimentados nesta vida. Mas a bíblia vai muito mais profundo no assunto O resultado do pecado é sempre a morte, mas o que é mais trágico é que ela é explicada com seu real significado pelo fato que o homem caído não pode ir a Cristo: “Ninguém pode vir a mim...” Se não pode ir ao Filho é porque está morto.
        A definição mais comum acerca da morte e que ela mantem o pecador distante de Deus. Mas vejo o quanto essa definição é realmente vaga e posso mostrar isso no aspecto físico da morte. Quando eu morrer minha existência aqui findará, meu relacionamento com minha esposa não mais existirá; meus compromissos terrenos acabarão e ninguém mais me procurará para um conselho, ou mesmo amizade, etc. Creio que no tocante ao aspecto da morte física, morte significa que fisicamente deixei de existir para esta vida terrena. Na questão espiritual será que é diferente? A morte espiritual me mantém meramente longe de Deus de Deus, ou cancelou minha existência espiritual para Deus? Quando alguém possui vida espiritual é porque ele existe para Deus, pertence a Deus e voará para o céu após sua morte física. Mas sem a vida espiritual, ela simplesmente não existe para Deus. Existe como alma, como um ser que caiu, que desobedeceu e que prestará contas no juízo, a fim de ser lançada no castigo eterno.
        Minha esperança é que minha explicação seja realmente entendida. Morte é cessação de existência naquele aspecto no qual a pessoa morreu. Meus pais morreram e mesmo que eu vá na Bahia, busque a casa onde eles moraram, chame por eles, eles não me ouvirão, porque não existem mais. Esta existência terrena acaba com a morte. Lá no céu eu não me unirei mais com minha esposa e meus filhos não me terão mais como sendo pai deles. Assim é a morte espiritual. A morte espiritual não está dizendo que a pessoa está distante de Deus, ela simplesmente espiritualmente não existe; quando chegar o juízo muitos vão dizer que andaram com Deus, que falaram dele e que até mesmo fizeram milagres no nome do Senhor, mas o que o Senhor irá dizer? “Nunca vos conheci”. Esse é o sentido de morte.
        Digo mais que a única maneira de cancelar o poder da morte é se houver milagre. Para ter Lázaro de volta precisou do portentoso milagre do Senhor, quando chamou um morto da tumulo para a vida. Se não for isso, morte causa assombração. Ouvi de um acontecimento numa cidade aqui perto, quando um moço que tinha morrido apareceu para alguns; foi ao bar onde frequentava, visitou sua mãe, e depois desapareceu. Quando deram conta do que acontecera, eis que a população entre num estado de assombração. Se foi verdade ou não, isso apenas explica o quanto a morte realmente significa “cessação de existência”. Tudo isso explica o que o nosso Senhor quer dizer no texto de João 6:44: “Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer”. Por que? Porque está lidando com defuntos espirituais.
Obs. Nas duas páginas iniciais lidei com o verso 37 de João 6, mas foi engano de minha parte. Na realidade organizei o esboço no texto de João 6:44. Desculpe meu engano, apesar que aquele texto também pode explicar o mesmo assunto.

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE DEUS (5)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE DEUS. “Esforçai-vos...”      
        O termo “esforçai-vos” não indica que Deus está ordenando que os homens usem o livre-arbítrio? Aparentemente sim, mas quando olhamos friamente, à luz da verdade revelada, vemos que Deus está tratando com o homem natural, conforme eles são diretamente responsáveis diante Dele. A mensagem do evangelho primeiramente lida com o orgulho inerente do homem; quer mostrar o quanto ele é realmente culpado em não dar a Deus a glória que Lhe é devida; o quanto ele, tendo tudo ao seu dispor, ainda assim atribui a glória à criatura, em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Deus está cercando o homem e dizendo que eles não vão escapar, em tudo Ele está mostrando que a única esperança está em que eles se humilhem. Foi assim com o rei Acabe, quando ouviu a sentença de juízo sobre sua descendência por boca de Elias (1 Reis 21).
        Sigamos o raciocínio bíblico, para que não sejamos tomados pelo engano. Se quisermos entender o livre-arbítrio do homem, ao lidar com o homem natural em sua responsabilidade, neste caso Deus está como que dizendo: “Tome agora a decisão, use sua volição para se humilhar, porque você verá que não pode correr para mim”. Na realidade Deus está mostrando o perigo que cerca o homem nesta vida; que para todo lado ele está cercado e não pode escapar. No caso de Acabe, o período de humilhação dele não mudou seu coração. Mudança do coração é tarefa da graça de Deus e não do livre-arbítrio do homem. O livre-arbítrio do homem o fará sempre fugir de Deus, como um peixe foge do lado de fora da agua. A queda do homem no pecado, sua condição de caído, morto em seus delitos, condenado ao inferno, debaixo da ira de Deus e em condição de escravo, essas verdades não são levadas em conta quando Deus o chama a ver sua responsabilidade. Essas verdades são mostradas pela graça e somente os que foram salvos podem vê-las.
        Para um maior esclarecimento, notemos bem como o Senhor Jesus em Mateus 11 lança Seus “ais” amaldiçoantes sobre as cidades de Betsaida, Corazim e Cafarnaum. Ele não faz apelo ao povo ali para tomar decisão para a salvação deles. Ele mostra como foi que a misericórdia de Deus cercou aquele povo e eles viram e ouviram coisas que outros povos que morreram jamais puderam ouvir. Então, de repente, no verso 25 o Senhor passa a conversar com o Pai, mostrando que o assunto da graça salvadora e dos juízos santos são mistérios que envolvem apenas a divindade e que o Filho revela apenas aos que Ele quiser revelar. A criação perfeita está cercada de sabedoria, como nos ensina Provérbios 8, por isso Deus chama todos os homens, não importa se são religiosos, pobres, ricos, cultos ou ignorantes, todos são chamados  a entender que são responsáveis e que o juízo é justo.
        Outro detalhe de grandíssima importância é que, mesmo que não houvesse a revelação especial – a bíblia, mesmo assim toda criação, com voz inaudível, mas com os pregadores chamados de sabedoria, justiça e poder, eles sabem sim que são responsáveis e que realmente merecem o castigo eterno que virá. As palavras da bíblia aparecem apenas para documentar a miséria deles; é para que toda língua se cale e toda boca confesse a glória de Deus, queira ou não queira. Olhando do ponto de vista natural, o livre-arbítrio do homem é chamado a cair e não a subir, porque o homem pode cair, mas não subir. Foi exatamente isso o que nosso Senhor mostrou aos moradores de Cafarnaum, Betsaida e Corazim: “Subirás ao céu? Serás abatida até ao inferno”.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE (4)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A NOSSA RESPONSABILIDADE PERANTE DEUS. “Esforçai-vos...”
        Agora é o momento para que vejamos o assunto sobre a responsabilidade do homem, conforme nosso Senhor a expõe no texto: “Esforçai-vos...”. É lógico que muitos pensam que responsabilidade do homem é igual ao livre-arbítrio. Quem pensa assim está muito enganado. Mas é justamente esse o tema que mais faz vibrar os corações humanistas, no que tange a decisão dos homens para a salvação. Porém, nosso Senhor nunca lidou com o livre-arbítrio, porque é lógico que, para a salvação e decisão em relação a Deus o homem não tem.
        Mas a responsabilidade sim e isso não trata de buscar a salvação, mas sim de buscar a humilhação. Mas você me pergunta: “David Sena, o texto não está mostrando que o homem tem o livre-arbítrio, quando o Senhor diz: esforçai-vos?”. Não! O Senhor está mobilizando os homens a encarar o fato que eles vão ter que enfrentar o juízo, e esse fato, todos devem enfrentar já. Por essa razão quero expor o assunto e espero que eu o faça com ardor, a fim de ajudar os que buscam entender o assunto.
         Entendamos que a nossa queda no pecado e a miséria não nos isenta da nossa responsabilidade. Se o inimigo me deve, ele tem que me pagar, não importa se quer distância de mim ou não. Os resultados trágicos do pecado dizem que os homens vão pagar caríssimo por aquilo que praticarem. Foi assim que Deus encarou Caim. Ele matou seu irmão e agora seria como um fugitivo na terra. Interessante é que Deus mostrou-lhe o caminho que deveria tomar, pois havia um Deus de compaixão. Veja bem o quanto Deus está expondo as mesmas maravilhas da Sua compaixão para aquele assassino.
        Sempre a bíblia nos mostra o quanto Deus age com Sua misericórdia. Ele não traz Seu juízo, antes de mostrar o quão longânimo e compassivo Ele é. Ele está lidando com homens responsáveis, homens que caíram propositalmente, homens que hão de prestar contas perante Ele um dia. Ele não está pedindo que eles busquem a salvação; Deus está falando com homens naturais e não espirituais; Suas palavras clamam para que eles caiam perante o bondoso Criador, para quem eles deram as costas. O evangelho faz isso e foi essa a mensagem de todos os profetas, num esforço para que eles a nação de Israel voltasse para ouvir a mensagem de juízo. Notemos bem aquele homem no texto acima, porque ele quer ouvir de assunto que nada tem a ver com a sua condição perante Deus. Os homens no pecado estão sempre se esquivando, estão buscando outros assuntos e se desviam da verdade, não querem enfrentar a luz.
        Também, a nossa ignorância não nos isenta da nossa responsabilidade. Quando Paulo pregou em Atenas, na Grécia (Atos 17), Paulo encarou aqueles homens ali com a responsabilidade. Paulo não pediu para eles buscar a salvação. Eram eles um povo culto, mas a cultura deles os impulsionava a venerar ídolos e não o Deus vivo e verdadeiro. A cultura deles os tornava elementos tão rudes quanto os bárbaros e ignorantes. Paulo os encarou seriamente na cultura deles, falando do Deus que eles desconheciam e mostrando que eles, viviam, moviam e existiam nesse Deus. Paulo finaliza mostrando que eles iriam fatalmente encarar o juízo através do Varão destinado. Assim, a ignorância espiritual não livra ninguém de sua responsabilidade, por isso todos, em todo lugar devem saber que devem se humilhar perante Deus. Quanto a salvação, isso é com Ele.

O PODER ATROZ DA MORTE (2)


            
“Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”    JOÃO 6:44
INTRODUÇÃO:
        Quero alongar-me um pouco mais na introdução, porque precisamos ver como a luz da graciosa graça há de brilhar mais perante nossos olhos, a fim de que compreendamos melhor o tema que proponho. Repito o que sempre digo em minhas exposições doutrinárias, que se não compreendermos o real significado do poder terrível do pecado e suas consequências, certamente será impossível compreender os espetáculos da graça de Deus na salvação. Mesmo que você não pode ver a doutrina do pecado texto de João 6:37, é possível detectá-la nas palavras: “Todo aquele que o Pai me dá...”. Se é o Pai que entrega o pecador a Cristo, vemos o fato que os homens não podem sequer dar um passo em direção ao Salvador. Então, atinemo-nos para as seguintes verdades concernentes a doutrina do pecado, conforme nos mostra o texto:
        1.     A entrada do pecado é a causa de toda tragédia que podemos ver agora com nossos olhos espirituais. O pecado não é um mero problema; não é um tipo de doença contagiosa, nem uma derrota que pode ser mudada em vitória. O pecado trouxe a morte! Precisamos saber disso e que isso não é brincadeira. Não estamos tratando aqui de mera morte, mas sim de morte em todos os aspectos que envolvem o homem. O pecado envolveu todos individualmente e isso significa que não sobrou ninguém para socorrer seu companheiro ou irmão. O texto nos mostra que a condição do homem em relação a Deus é tal, que se não for o trabalho forte e poderoso da graça, não há como tirá-lo dessa condição. O texto mesmo nos mostra que é Deus quem age; que é Sua força pegando o homem no pecado e levando-o ao Filho para a grande obra da salvação.
        2.     Há uma completa falácia no que tange aos homens em relação a Deus. Eles mesmos estão completamente perdidos. Não há esperança fora de Deus. No pecado eles se mobilizam para tudo o que se refere a esta vida terrena e passageira; o pecado lhes faz respirar esse oxigênio mundano e faz pensar que esta vida terrena é a mais preciosa vida que existe e que não outra que possa igualar. Até mesmo a morte é vista como um bem que virá, como se fosse um galardão que o coroará com descanso eterno.
        3.     O movimento que vemos no mundo não passa de inimigos invisíveis em plena ação. Paulo nos coloca a par dessa situação não visível em Efésios 2 “...espírito que opera nos filhos da desobediência”. Com a entrada do pecado o mundo se tornou um ambiente de homens não espirituais, mas sim de homens da natureza, voltados para a natureza, daquilo que eles veem, tocam, ouvem e sentem. Olhemos os homens no pecado, porque vemos um monte de massa rastejando neste mundo e tudo isso Deus denomina de “a carne”.
        4.     Enfim, o texto nos mostra que a ação de Deus é completa e totalmente de Deus. Como vemos num cemitério, o mundo é assim também, porque o pecado não trouxe vida, não deu meia vida e meia morte; não deixou o homem com apenas um pouco de interesse em Deus. Se não houver uma intervenção de Deus, não haverá ninguém que queira ser salvo. Se você for num cemitério, não ouvirá alguém no sepulcro pedindo para tirá-lo da cova. Caso isso ocorresse, seria motivo de terror. Então, onde há morte é sinal que não há vida, por isso o motivo de usar este texto para tratar sobre o poder atroz da morte. Precisamos conhecer o que está por detrás de toda essa aparência, desse burburinho constante. Precisamos saber que Deus não enviou o Filho para consertar este mundo, mas sim ressuscitar mortos. Por isso nosso Senhor diz no texto: “Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim...”

Ninety and Nine

quinta-feira, 4 de junho de 2020

O PODER ATROZ DA MORTE (1)


                        
“Todo aquele que o Pai me dá esse virá a mim e o que vem a mim de modo nenhum o lançarei fora”    JOÃO 6:44
INTRODUÇÃO:
        Eu estou certo que a palavra da verdade e suas poderosas doutrinas são alimentos para os santos, como o maná que diariamente desce do céu; sei que são joias infinitamente valorosas, que adornam a alma do genuíno crente e sei que elas fazem nossa fé muito mais forte, à medida que mais avançamos nos santos ensinos que a graça traz a nós. O capítulo 6 desse evangelho de João, posso assegurar que nos traz benditas e profundas lições para nosso bem, porque vemos os espetáculos da maravilhosa graça, porquanto na doutrina da salvação aprendemos que onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5:20). Apesar de algumas mensagens extraídas desse texto de João, posso afirmar que ainda sou um anão e não um gigante no conhecimento das palavras do grande Senhor nosso.            Convido os discípulos do Senhor a assentar-se comigo, e assim atinar-nos às coisas mais profundas que nos são ensinadas pelo Espírito. Vivemos num mundo enfeitado por satanás para parecer que o ambiente é festivo a fim de que não vejamos os horrores do pecado e da morte. A palavra de Deus acaba com a festa para mostrar a realidade das coisas. Um dos ensinos mais ricos em detalhes no texto de João 6:44 é o tema que trata da depravação total e essa poderosa verdade aparece nas palavras: “Todo aquele que o Pai me dá...”. Ora, isso significa que se não houver uma atuação de grandíssima força da parte de Deus, significa que não há uma pessoa sequer que pode dar um passo em direção ao Filho.
        Vocês podem ver que esse é um dos temas que mais trato em meu blog e a razão é que é o assunto disparadamente mais tratado na bíblia. Eu me lembro que meu filho mais velho, quando era criança afirmou para mim: “Pai, o Velho Testamento inteiro é o ensino sobre a depravação total” e ele estava certo e nosso Senhor traz esse ensino para emoldurar o lindo retrato da salvação pela graça. Nosso Senhor não guardou esse assunto, como uma joia num cofre, ele, por assim dizer, rasgou o pacote e mostrou a triste condição na qual o pecado nos jogou: “mortos em nossos delitos e pecados”.
        Diante desse fato é que trago o tema exposto no cabeçalho: “O poder atroz da morte”. Já lidei com os outros assuntos pertinentes ao texto, mas agora irei tratar com o assunto da morte, pois ela aparece implícita nas palavras: “Todo aquele que o pai me dá...”. Ao desfazer toda confusão que envolve nossa maneira vã de conceber as coisas referentes à graça, sem dúvidas nos ergueremos em louvor, a fim de dar glórias e graças ao Autor da nossa fé e dessa tão imensa salvação. Que o Senhor me encoraje nessa batalha, para a glória Dele.

A RESPONSABILIDADE DO HOMEM PERANTE (3)



“Passava Jesus por cidades e aldeias, ensinando e caminhando para Jerusalém. E alguém olhe perguntou: Senhor, são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão” (Lucas 13:22-24)
A CEGUEIRA DO PECADO IMPEDE QUE VEJAMOS NOSSA RESPONSABILIDADE (verso 23)
        Estou tratando ainda sobre o fato que a cegueira do pecado impede que o homem veja a sua responsabilidade e ouso adicionar o fato que o sentimento de bem estar neste mundo faz isso. O sistema mundo funciona como o oceano do pecado e os homens sentem bem respirando esse perigoso oxigênio. O mundo oferece um ambiente mui agradável, porque onde habita o pecado não pode habitar nada mais além daquilo que trata desta vida. Se os homens querem saber de justiça, eles meditarão na justiça terrena; na bondade, no amor, na família, na religião, na divindade, no progresso, etc., mas tudo será visto deste ponto de vista terreno passageiro. Se quiser entender isso melhor examine o livro de Eclesiastes, pois ali tudo é visto no fundo desse oceano de aparente paz – o mundo. Note bem que não estou falando da terra, da criação, tudo o que veio da fascinante e perfeita criação de Deus. Refiro ao mundo organizado (cosmos); refiro-me a este sistema bem preparado para nossa entrada pelo nascimento e saída pela morte. Nosso Senhor com Sua maestria em nos ensinar, passa as verdades a nós a respeito deste sistema enganador onde o povo Dele
        Deus afirma que essa atitude dos mundanos é loucura. Vemos essas advertências em toda bíblia. No Velho Testamento, através dos Seus profetas o Senhor fala a todos os homens, até mesmo adverte as nações daquele tempo; fala também aos judeus, especialmente porque foi o povo com quem Deus fez aliança. Notamos isso no Novo Testamento, nas palavras de Jesus, de João Batista e dos apóstolos, pois tudo estava envolvendo os homens com suas responsabilidades diante de Deus. Foi exatamente isso que nosso Senhor passou para aquele homem no texto de Lucas 13, e usando o assunto para expor os perigos que virão, caso os homens agora não se arrependam. Também é certo que as coisas deste mundo servem de perigosa armadilha, tirando os homens da responsabilidade que cada um tem. O amor ao dinheiro é o laço mais eficaz usado no mundo para prender milhares. Aqui no Brasil temos visto os efeitos desastrosos da corrupção que alastrou em todas as áreas que envolvem a sociedade. O desejo por ter dinheiro e mais dinheiro, com ganho desonesto tem tomado o coração dos políticos e suas manobras têm enfeitiçado suas mentes, de tal maneira que eles não pensam nas consequências aqui e na eternidade.
        Também, as nossas concepções teológicas não removem a responsabilidade dos homens. Eu mesmo creio de todo meu coração nas doutrinas da graça e essas puras doutrinas para mim constituem o verdadeiro evangelho. Já presenciei e li muito acerca da responsabilidade do homem, e os resultados sempre foram que Deus espera que o homem tome uma decisão para Deus. Mas a bíblia em nada nos ensina isso. A responsabilidade do homem consiste em saber da verdade de Deus e se humilhar perante essas verdades. Todos os homens e mulheres no mundo devem saber que são responsáveis; todos devem saber que são culpados. O fato que são mortos no pecado e que nada podem fazer por si mesmo para salvar já é motivo suficiente para que eles entrem em desespero e busquem socorro. Todos devem saber que vão ter que enfrentar o horroroso e inescapável juízo de Deus. O evangelho puxa a lei consigo para primeiramente perfurar os corações endurecidos e fazer com que toda boca esteja fechada diante de Deus.