quarta-feira, 31 de maio de 2017

ADORANDO A DEUS COM TRIBUTOS (13 de 13)



“Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao Senhor nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras” (Salmo 96:7-9)
O TERROR DESSE INVÍSIVEL SER: “Tremei diante dele...”
        Para encerrar vemos o quanto a santidade do Senhor nos leva a uma adoração consciente da nossa miséria e da miséria deste mundo: “Tremei diante dele todas as terras”. O evangelho moderno mostra o quão fracassado ele é, porque nada mostra de temor ao Senhor. O cristianismo atual mostra o quanto Cristo é desconhecido, provando isso pela ausência de temor. Foi essa ausência de temor que levou Israel à ruína e exílio no Velho Testamento. Satanás toma posse da ignorância espiritual do povo chamado crente, a fim de promover sua apostasia, e ele faz de tal maneira que todos pensam que é Deus que está agindo em nosso meio. A adoração atual revela o quanto o povo nada sabe acerca do Deus da bíblia, de quão glorioso e santo ele é  e que nossa terrível indignidade nos leva a temer perante ele.
        Mas os verdadeiros crentes devem mostrar isso no viver, a fim de que o mundo saiba e venha a sentir o terror de Deus. Os falsos mestres hoje estão encorajados em brincar com o nome santo, porque nada há perante seus olhos que os leve a temer e tremer. Eles continuam mentindo escandalosamente, usando o nome de Deus e tomando a palavra para seus propósitos perversos e gananciosos. Os fortes e poderosos deste mundo devem saber que terão que comparecer perante aquele que o Pai exaltou para ser o Juiz dos vivos e dos mortos. A igreja primitiva fez tremer os reinos e os reis, porque a palavra de Deus foi enaltecida e o nome de Cristo proclamado com poder. Os líderes religiosos e políticos, ou tinham medo ou manifestavam ódio. Quando o Senhor é conhecido, conforme o que a bíblia mostra a respeito de Deus, conforme o trabalho maravilhoso do Espírito Santo usando homens santos, eis que a liderança deste mundo treme; a mentira é destruída, o mal é banido e o nome santo é temido nas igrejas, na sociedade e família.
        O que acontece em nossos dias é que nada vemos acerca desse temor e tremor. Os chamados “louvores” não passam de momentos de emoção, não de manifestação da fé bíblica, de homens e mulheres santos que foram salvos e provam isso em vidas santas. A ausência de temor e tremor é vista em cultos da rebelião à verdade; em pregação centrada no homem e suas necessidades; em cânticos cujas mensagens nada revelam da verdade da cruz. O que vemos hoje não é um povo centrado na verdade e carregado de temor, porque a pregação nada mostra do horror do pecado, da condenação merecida do pecado e da necessidade de arrependimento e da conversão e fé em Cristo.
        Que o Senhor manifeste sua misericórdia em nossos dias, porque grande é a rebelião contra sua verdade; grande é o interesse dos homens por dinheiro e por aceitação de todos. O momento agora é de humilhação, de uma resoluta entrega a Cristo. Há extrema necessidade de pregar a mensagem da cruz nos púlpitos em nossos dias, para que os falsos convertidos venham a conhecer a verdade no íntimo (Salmo 51:6) e para que pecadores, tremendo diante do horror da ira de Deus, venham a encontrar no Senhor Jesus a tão grande e maravilhosa salvação, a fim de viver em temor e tremor dia a dia.
        Oh Senhor, ouve nossas petições pelo avivamento!
         





A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (13)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
O GRANDE TRIUNFO DOS SALVOS: “E despojando os principados e...”
        Na história da nossa redenção, eis que o que ocorreu na cruz mostrou ser a plena e completa derrota das trevas. Ao derrotar o pecado, também derrotou o mundo e o diabo com todos seus aliados. Ao despojar significa que satanás e todo seu império, a morte e o inferno         perderam tudo. O Senhor arrancou dos inimigos todas as suas armas e anulou todo poder para conseguir seus planos em relação à igreja. Parece que “principados e potestades” referem aos poderes legislativos e executivos das trevas, referindo a satanás, seus anjos e demônios. Olhemos este mundo do ponto de vista da palavra; livremo-nos da nossa visão natural e superficial, a fim de enxergar além do véu com os olhos do coração.
        Como vemos satanás atuando aqui? Como podemos saber acerca de suas atividades aqui? É claro que os crentes criteriosos hão de ver a atuação do nosso arqui-inimigo à luz daquilo que eles aprendem, observando segundo aquilo que está escrito. Satanás é visto em suas manobras neste mundo especialmente por meio das autoridades e poderes. Em Ezequiel 28 tem uma lição que nos mostra essa verdade através do príncipe de Tiro. Logo no começo do capítulo aquele líder é chamado de príncipe, porque está referindo a um homem muito inteligente que liderava aquele povo. Mas, não demora muito para que a visão do príncipe seja tirada, a fim de mostrar quem estava por detrás daquele príncipe: O rei de tiro – satanás. Agora já não é um mero príncipe, mas sim um rei, um tirano espiritual, dominador, o qual usava aquele príncipe, enchendo seu coração de orgulho.
        Vemos que neste mundo satanás pode usar a liderança das autoridades mundanas, a fim de criar leis perversas contra o povo de Deus. Basta que Deus ordene e satanás se erguerá, usando homens perversos em seu governo, a fim de trazer perversidades e terrores neste mundo. Mas a derrota deles foi mostrada ali na cruz: “...publicamente os expôs ao desprezo....” O que isso significa? Significa que nosso Senhor ali na cruz mostrou sua completa submissão ao Pai e não aos arrogantes líderes políticos e religiosos deste mundo. Nosso Senhor demonstrou isso perante Pilatos e Herodes; seu silêncio foi suficiente para mostrar o quanto era submisso a autoridade do Pai. Neste mundo os poderosos normalmente se transformam em assassinos e ditadores.
        Mas, ali estava um homem que em nada se sentia intimidado pelas forças deste mundo; jamais se comportou com medo, nem ficou desesperado. Ali estava o Rei dos reis e Senhor dos senhores, mostrando que as atrocidades dos homens contra ele era o cálice amargo que ele haveria de beber. Sua arma não foi a arma usada aqui, mas sim sua subordinação à vontade do Pai, a fim de que seu povo fosse alcançado, mediante sua entrega na cruz.

terça-feira, 30 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (12)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
O GRANDE TRIUNFO DOS SALVOS: “E despojando os principados e...”
        A história da nossa redenção avança mostrando sua força, suas conquistas, seu triunfo e sua glória. A nossa redenção não é uma mera salvação; o que antes parecia ser vitória das trevas, eis que agora mostra a completa derrota de um reino diabólico, o qual foi abalado, destruído e derrotado eternamente. Veremos isso no verso 15: “e despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz”. A vitória de Cristo na cruz trouxe não somente a derrota do pecado, como também derrotou o mundo e o diabo com todos os seus aliados. A casa do pecado é completa e ao mexer com o mal, há de mexer com toda sua estrutura, assim como ao abalar o alicerce de um edifício, sem dúvida todo edifício sofrerá com esse abalo. O reino do pecado é uma única organização, de modo que a vitória de Cristo fez com que tudo tremesse e viesse a despencar. Examinemos esses fatos conforme nos mostra o texto.
        Para nos mostrar essa verdade eis que o Paulo utiliza o verbo “despojar”: “...despojando os...”. O que Cristo fez foi o que acontecia nas guerras, porque o exército vencedor ficava com tudo o que pertencia ao exército derrotado. Quando Josafá foi com o povo de Jerusalém ver a derrota das nações aliadas que queriam invadir e destruir Jerusalém, eis que junto com os cadáveres havia milhares de riquezas, as quais os judeus tomaram posse. Isso era o despojo de guerra. Foi exatamente isso o que nosso Senhor fez na cruz, porque ele não somente derrotou e destruiu todos os inimigos, como também os despojou. Satanás, os demônios, anjos caídos, a morte, o mundo e o inferno perderam suas forças e foram aniquilados naquilo que eles pensavam ser riquezas e glórias. Os inimigos nada têm de armas que possam ser usadas contra o Senhor e contra o povo remido.
        O mundo está tão derrotado, que não podem impedir que os salvos mostrem por suas vidas a conquista de Cristo. A morte nada pode fazer para impedir que o Espírito de Deus vivifique os mortos, quando Deus quer operar salvação no meio dos homens (João 5). O inferno suspira em vão porque nada pode fazer ao ver que na morte de um crente ele é levado para o céu, ao invés de cair em suas mandíbulas de terror. O diabo tem seu sistema de escravidão completamente falido, porque milhares foram arrancados de seu mercado de escravos e ainda agora milhares de remidos são arrancados de lá pelo poderio do salvador. A mentira deste sistema enganador foi completamente vencida pelo poder subjugador da verdade, de tal maneira que satanás apavorado não mais consegue se ocultar.
        Podemos nós entender a história da nossa redenção? Pensamos que uma historieta, de poucas páginas. Mas a verdade é que essa história é perfeita e que transcende o tempo, as mentes, pois veio da eternidade e invadirá a eternidade. Não é para nós, os salvos perscrutar essa mais linda história, a velha história do grande salvador?

ADORANDO A DEUS COM TRIBUTOS (12)




“Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao Senhor nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras” (Salmo 96:7-9)
A EXCELÊNCIA NA ADORAÇÃO: “Adorai ao Senhor na beleza...”
        Acheguemo-nos para adorar ao Senhor na beleza da sua santidade. Todos os crentes são chamados a esse lugar santo a cada instante, onde estiver, em qualquer lugar, sozinhos, com o povo de Deus na comunhão de um culto, em oração, no trabalho, na escola, no lar, etc. O Senhor que nos amou e nos comprou com seu sangue é o nosso Deus, ele está perto e nos ama. Estamos partindo para a glória eterna e lá conheceremos perfeitamente aquele que nos chamou para si. Desprezemos o mundo com suas paixões, a fim de desfrutarmos, de forma antecipada, dessas maravilhas que somente os santos podem desfrutar pela fé.
        Outra lição deve ocupar nossos corações, a fim de que venhamos a sentir a santa ousadia em adorar nosso Senhor continuamente, é o fato que sua santidade é bela: “...na beleza da sua santidade”. Será que podemos entender esse fato? O que nosso Senhor quer nos ensinar com isso? A primeira lição é que sua santidade irradia as maravilhas da salvação. A conquista da cruz não anulou a beleza e a glória de Cristo. O fato que ele veio e tomou sobre si nossos pecados, em nada conspurcou sua glória. Pelo contrário, irradiou ainda mais a beleza do Senhor diante do seu povo. A salvação que nos foi dada é belíssima, santa, pura; os que entraram nesse recinto de vida eterna perceberam que esse lugar, de fato transmite temor, mas ao mesmo tempo é um ambiente de amor, de liberdade, de alegria e paz. A salvação em Cristo nos tirou das trevas para a maravilhosa luz, para um ambiente do amor do Filho de Deus, onde fomos aceitos como filhos.
        Notemos bem que aquelas três mil almas que se converteram, imediatamente se uniram numa só alma, porque juntas elas tinham o mesmo temor, a mesma fé e a mesma disposição de alegria para amar ao Senhor e aprender dele. A santidade de Deus não perturba a alma salva, não a afugenta, pelo contrário, ela se aproxima para conhecer o que significa deleitar-se no Senhor. Há um antigo hino, cujo autor transmite a verdade de como a fé ordena a alma a aproximar-se do Senhor em santa felicidade:
                     Oh! Minha alma, sem demora, ergue-te para entoar
                        Os louvores do teu Cristo e seu nome celebrar!
        Notamos bem nessas palavras o quanto a salvação nos leva a sentir atraídos pela santidade de Cristo, porque é algo impressionantemente belo. Fomos ligados a ele; fomos unidos para sempre à sua natureza santa; somos agora participantes dessa santidade. Salvação que não une o homem à santidade do Senhor não é salvação bíblica; é fraude religiosa. Salvação que mantem o homem ligado ao mundo e amante desse sistema, jamais conheceu o perfeito salvador no íntimo. Tudo o que resulta da salvação é belo e santo. O perdão, a justiça, a vida eterna, a chamada, a eleição, a posição de filhos de Deus, a adoção, etc. Tudo isso declara que o ambiente do salvo é de pura santidade e que pela fé somos impulsionados a amar ao Senhor, a adorá-lo, a pensar nele e ter nossos afetos nele. Assim entenderemos o que significa a beleza da sua santidade.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

ADORANDO A DEUS COM TRIBUTOS (11)




“Tributai ao Senhor, ó famílias dos povos, tributai ao Senhor glória e força. Tributai ao Senhor a glória devida ao Senhor nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras” (Salmo 96:7-9)
A EXCELÊNCIA NA ADORAÇÃO: “Adorai ao Senhor na beleza...”
        Somos chamados também à excelência nessa adoração a Deus com tributos. Com tristeza posso afirmar que somos lentos demais em conquistar esse lugar de adoração ao Senhor, tudo porque não avançamos em desejos santos de conhecer melhor nosso Deus. Aos crentes Deus deu seu Espírito, a fim de que pudéssemos pela fé conhecer melhor nosso Senhor. Nosso Deus é conhecido como sendo ele santo. No Velho Testamento ele é chamado de “o santo de Israel”; em Isaías 57 o Espírito Santo afirma que aquele que habita a eternidade é conhecido como o santo. No Novo Testamento essa identificação do nosso Deus não ganha menor intensidade, porque os crentes foram feitos habitação do Espírito Santo e todos eles são chamados para viver em santidade, imitando o Senhor (1 Pedro 1:15), e em Hebreus 12 o mesmo Senhor afirma que disciplina cada crente, a fim de que eles se tornem participantes da sua santidade.
        É sempre obra de satanás levar confusão aos ensinos bíblicos, por essa razão ele ataca a doutrina da santidade, de tal maneira que cria confusão na mente de milhares. O mundo e a falsificação religiosa sempre hão de deturpar o verdadeiro sentido da santidade bíblica. Mas o fato é que santidade para os crentes é algo lindo, belo, assim como é bela a pureza, a luz; nós admiramos e aceitamos tudo o que é pureza no aspecto físico, muito mais será admirável a pureza espiritual. Santidade é a beleza da perfeição divina, sendo por nós admirada, celebrada e desejada, porque somos participantes desse dessas maravilhas. Participar da santidade de Deus indica que somos aceitos em Cristo, que não há mais medo da morte e dos terrores da ira de Deus. Conhecer a santidade significa que não há mais ameaças de uma lei que foi quebrada, nem há mais maldição dessa lei, porque nosso Senhor um dia foi maldição em nosso lugar.
        Sendo assim, vemos que adorar ao Senhor na beleza da sua santidade deve ser algo normal e constante para os crentes. Somos dele para sempre, somos ovelhas do seu pastoreio (Salmo 100); somos alvos do seu amor eterno e chamados à sua glória. Adorar a Deus na beleza da sua santidade nos faz afastar deste mundo e suas sujeiras; nos faz abandonar as imundícies da carne, com as quais o mundo tanto tenta nos manchar e destruir nossas vidas. Fomos chamados a reino diferente; fomos tirados do lamaçal do pecado, a fim de habitar para sempre na companhia daquele que é santo. Nosso coração foi santificado na salvação; tudo de nosso ser foi santificado, nossa voz e cada membro do nosso corpo. Nosso lar eterno onde vamos habitar é santo.
        Então, cada verdade exposta acima tem como objetivo incentivar os crentes agora à adorar ao Senhor, chegar mais perto dele e admirar sua beleza, suas perfeições, sua graça impressionante. Estejamos prontos a queimar constantemente a natureza carnal, não mais admirando o mundo, mas nosso Senhor, aquele que deixou o céu e veio à terra, a fim de nos comprar, para que fôssemos dele para sempre; a fim de que reunidos possamos adorá-lo, amá-lo e desejar ser iguais a ele em nosso modo de viver.