quarta-feira, 17 de maio de 2017

A HISTÓRIA DA NOSSA REDENÇÃO (3)




“E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; e tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” (Colossenses 2:13-15).
NOSSA CONDIÇÃO NO PECADO: “E a vós outros que estáveis mortos...”
        Paulo mostra a história da nossa redenção contando onde foi que o pecado nos colocou: “...que estáveis mortos...”. Não vejo outras palavras que revelam nossa horrível condição com tanta clareza do que essas vistas nesse verso. Sei o quanto satanás fará com que os evangélicos fiquem dormindo para esse fato, porque a nossa natureza não quer nem pensar que o pecado nos jogou nesse sepulcro. Não ficamos surpreendidos com nossa queda, com nossa condenação e com algumas atitudes que temos contra Deus. Mas o fato é que não queremos saber da profundidade do ensino acerca da depravação total; não queremos que o sepulcro seja aberto, a fim de que Deus conte acerca de nossa podridão, que fomos atirados a este mundo vil e completamente aprisionados pelo poder da morte.
        Mas importa que entremos nesse assunto com humildade e temor, reconhecendo que foi o Deus da verdade que trouxe esses fatos à baila, caso contrário jamais saberia. Também, importa que saibamos o quanto essa verdade é tão salutar às nossas vidas, porque lança fora todo nosso conceito tão errado, acerca do livre-arbítrio e de que Deus respeita a liberdade humana e espera dos homens uma atitude aceitá-lo. Chegou o momento para que seja fulminada nossa soberba natural; para que se cale toda boca e todo mundo seja achado exatamente nessa condição descrita nesse texto acima, como também em Efésios 2 e João 5. O que podemos esperar dos homens no pecado? O mesmo que esperamos de um defunto. Há possibilidade natural de mudança em um morto? Pode ele por si mesmo levantar, andar, falar e agir? Não adianta tentar encontrar uma explicação, porque será inútil. Não há esperança na morte, porque tudo é desesperador e qualquer tentativa para mudar a situação é vã e é satanás quem é esperto e hábil para fazer com que mortos espirituais pareçam que estão com vida, e assim ele consegue encher as igrejas de defuntos.
        Paulo comprova o estado de mortos espirituais na qual nós estávamos mostrando pelas transgressões: “...pelas nossas transgressões...”. Queremos a prova da morte? Se não estivermos satisfeitos com a prova da morte física, então vamos para nosso estado no pecado. O termo “transgressões” é o termo grego “paraptomasin”. O ensino desse vocábulo vem transmitir o fato que o pecado nos atirou na sarjeta deste mundo, como acontece com defuntos sem qualquer valor. Na criação fomos feitos para o louvor do criador, para deleitarmos nele e vivermos a vida dele. No pecado tudo o que funcionava era chamado de “transgressão”; que nosso ser estava sendo usado e carcomido pelo pecado e que somos assim preparados para a morte eterna. O mundo diabólico vê utilidade na morte, porque satanás consegue fazer que os mortos funcionem bem em seu reinado de miséria e de destruição. Mas para Deus os mortos nenhum valor têm, assim como não vemos num defunto qualquer coisa que seja útil, senão que seja sepultado logo, antes que entre em putrefação.

Nenhum comentário: