quarta-feira, 30 de setembro de 2020

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (3)

 

                    

“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

O AMADO FILHO DE DEUS

        Preciso avançar, entrando na segunda lição que posso extrair do texto acima, porquanto o Pai diz acerca do Filho: “...este é meu Filho Amado...” Nunca Deus falou isso acerca de qualquer ser criado. Estamos lidando com a natureza divina, assim como um pai terrena ama de coração seu filho, porque veio de sua natureza. Cristo é da mesma natureza do Pai, por isso há essa apreciação eterna. Precisamos saber de alguns fatos para que entendamos melhor essa verdade e apreciá-la.

        Negativamente, Cristo não se tornou Amado do Pai, por causa de algumas circunstâncias. Eu amo e passo a ter prazer em alguém à medida que vejo nele algo que me desperta motivo de satisfação. Cada dia, mês e ano que passam eu posso apreciar melhor minha esposa. Dinamicamente vejo suas qualidades como esposa dedicada, sua feminilidade e seu cuidado por mim, pela casa e pelo ministério. Sem dúvida, essa apreciação avançará mais ainda, porquanto posso ampliar meu conhecimento a respeito dela. Tenho três filhos e o mesmo acontece, porque posso conhece-los mais e ter prazer neles, porque surgiram, humanamente falando de minha natureza, pois foram gerados por mim.

        Mas não é o caso do Filho em relação ao Pai. Cristo não foi se mostrando melhor; o Pai não foi ampliando Sua satisfação e apreciação pelo Filho, porque viu Nele desenvolvimento, como acontece com os relacionamentos humanos. Apesar de ter nascido, gerado pelo Espírito Santo em Maria, o Filho sempre foi o eterno Filho de Deus e a reciproca comunhão sempre foi eterna. A comunhão na divindade ultrapassa nosso entendimento e essa comunhão nunca foi interceptada, nem mesmo com o fato que o Filho, o qual é chamado de “Pai da eternidade” entrou e conheceu o que significa tempo. O tempo tem a função de mexer conosco, pobres criaturas; o tempo ceifa nossa energia e remove nossas disposições, mas não com relação Àquele que se tornou carne e tabernaculou-se entre nós (João 1:14).

        No caso do Filho, o Pai está afirmando algo que envolve a comunhão da santíssima tri-unidade, comunhão eternamente gloriosa e imutável. Quando nos envolvemos com o tempo e vemos o Filho do nosso ponto de vista terreno e transitório, eis que a linguagem de Deus entra em ação, mostrando aos homens o quanto a glória do Filho envolve o tempo aqui: “Jesus Cristo, ontem e hoje é o mesmo e o será para sempre” (Hebreus 13:8. O texto incrivelmente mostra o cenário eterno do Senhor, mesmo que conheceu o tempo como nós conhecemos. O verso declara Sua imutabilidade: “ontem e hoje...e o será...”. A encarnação mostrou Sua humilhação, mas o verso de Hebreus remove o véu e mostra Sua glória. Meditemos na letra do antigo hino:

        “Jesus Cristo está sentado no Seu trono de poder, tudo já tem consumado no que quis aqui fazer. Ó que glória, ó que glória no Senhor se pode ver!”. Do nosso ponto de visto vemos Sua humanidade apenas, mas o Pai, no texto acima proclama a glória do Filho Amado, alertando a todos, dizendo que não estamos lidando com um mero homem, mas sim com o eterno e glorioso Filho, cuja natureza é divina. O mundo o odiou e o odeia, mas não o Pai.

A FONTE DA FELICIDADE (2)


“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado aquele a quem Deus não imputa maldade e em cujo espírito não há dolo” Salmo 32:1,2

INTRODUÇÃO:

        Ninguém neste quer ser infeliz e todos nós vivemos à busca de alegria, prazer e queremos que isso seja ampliado. Nós somos seres humanos e tudo o que Deus fez, Ele o fez perfeito, por isso há felicidade naquilo que vem da perfeição. O problema nosso é que buscamos a felicidade sempre na fonte errada. Na queda o que fizemos foi dar as costas para Deus porque ouvimos a voz da serpente, achando que no conselho do diabo estava felicidade. Veja nossa loucura! A nossa história sempre foi assim desde a queda; nós olhamos para frente, para o horizonte, miramos as promessas do diabo, como se a história do Éden fosse agora mesmo e partimos ansiosos por buscar recursos neste mundo maligno.

        O que aconteceu conosco no Éden é contado por Deus e Oséias, numa linguagem conhecida de um homem traído que fora abandonado pela sua esposa ama, a qual foi à busca dos amantes. O que vemos em nossos dias é exatamente o que Deus narra a nosso respeito em Sua Palavra. A lição é a mesma e o cenário o mesmo, de um mundo sedutor e enganador. Notamos bem que os homens dia a dia marcham à busca da felicidade. Até parece que estão procurando o pote de ouro no final do caminho e todos os dias, resolutamente eles marcham, ignoram a história antiga, ignoram os que passaram e morreram e se entregam à busca de um mundo que lhes dê a felicidade em glória.

        O que vemos? Em lugar da felicidade, miséria, tristeza, morte, dor, separação e cada dia avoluma a maldade neste mundo. Mesmo com dinheiro, saúde e outras coisas tão desejadas, o tempo declara que estamos caminhando para dias mais difíceis de canseira, choro, dor e enfado. Quando parece que tudo vai bem e que o mundo vai melhorando; todos conseguindo uma vida melhor, com conforto através de melhores recursos tecnológicos, eis que vemos o aumento do ódio, de iniquidades abomináveis, sem falar da destruição da família, de suicídios e de outras coisas feias e assustadoras acontecendo.

        Voltando ao Éden, o que aconteceu ali? Qual foi o problema que gerou miséria? Não foi o fato que abandonamos a fonte da felicidade? E essa fonte não era o Éden como perfeito e formidável Paraíso, mas sim o fato que abandonamos Deus mesmo. Em toda Sua palavra Ele se apresenta ao Seu povo como sendo a fonte da real e perfeita felicidade; Sua linguagem em Jeremias 2 para o povo de Israel é que a nação abandonou a fonte da água viva e foram cavar cisternas rotas, que não retém agua.    Olhemos para o povo no mundo inteiro; olhemos para as pessoas ao nosso derredor. O que está acontecendo? Não é fato que todos levantam para estudar, trabalhar, brincar, passear, alimentar, etc. de uma forma errada? Eles deram as costas para o Deus da bíblia e avançam na direção errada, à procura do nada. O mundo está cheio de janelas e portas abertas e em todas satanás se posiciona dizendo a todos: “É aqui, aqui, aqui, aqui!”. Mas o mundo é o palco de insatisfação e cada dia se encarrega de desmanchar o prazer daquele dia, a fim de enviar o freguês para outro dia vivenciar a mesma coisa.

        Talvez tenha exagerado com duas páginas para introduzir o assunto, mas espero que essa “longa calçada” suporte muitos interessados em entrar na casa, a fim de saber qual é a verdade acerca da Fonte da felicidade. Se a palavra de Deus não nos trouxer a resposta que precisamos, é certo que seremos infelizes. Mas estou certo que o Deus do Salmo 32 não nos deixará decepcionados na busca pela verdade.

 

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Luiz de Carvalho - Campainhas de Ouro

A FONTE DA FELICIDADE (1)

 

                                              

  1. “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado aquele a quem Deus não imputa maldade e em cujo espírito não há dolo” Salmo 32:1,2
  2. INTRODUÇÃO:
  3.         Por que passo a escrever sobre esse Salmo? Aliás, muito tempo atrás escrevi mensagens sobre esse salmo que considero uma fantástica exposição do evangelho e seus efeitos na vida dos homens. Parece-me que o antigo assunto que escrevi ficou bem obsoleto, não obstante eu saber que falar sobre felicidade é algo do dia a dia. Mas o fato é que o assunto hoje está mais quente do que há alguns anos atrás.
  4.         O que está acontecendo é que com o aumento do pecado foi incrementado no coração dos homens a filosofia mais atualizada da felicidade. E de fato ela chegou mais charmosa e enfeitada de direitos humanos. O mundo sempre foi assim, mas hoje a situação parece muito mais atraente. Aliás, eu diria que o assunto do dia é o hedonismo, o qual entrou até mesmo dentro dos arraiais evangélicos. Tudo hoje está envolvido em atividades que buscam felicidade.
  5.         Quanto mais o mundo se torna mais pecaminosa, mais aprofunda a busca por felicidade. O dinheiro é a maior fonte da felicidade, conforme o pensamento deste mundo, mas não é somente o dinheiro, porque há uma busca da felicidade na saúde, por isso as religiões que mais tratam de cura são procuradas.   Dentro das igreja parece que inventaram novos meios que façam o povo mais feliz e que venham atrair as pessoas. Por essa razão inventaram os chamados “louvorzão” e outras coisas que salientam a felicidade.
  6.         Por favor, não me entendam mal, pois sei que todo ser humano busca a felicidade, e eu sou um que faz parte dessa busca, claro, de uma forma justa e honesta. Temos família, amigos, alimento, saúde, passeios e divertimentos, nada contra. O perigo está no fato que as pessoas estão buscando felicidade de uma forma errada. O que fazem hoje sempre ocorreu no mundo desde a entrada do pecado, porque os homens deixaram a fonte de agua viva e foram cavar cisternas rotas, que não retém agua. Foi essa felicidade que buscam hoje a mesma que Caim buscou, assim que recusou o acesso ao Paraíso eterno por um mundo melhor, sem ver os perigos terríveis que viriam com o dilúvio. Foi essa mesma busca que tomou o coração da mulher de Ló, a qual viu nas perversas cidades de Sodoma e Gomorra o lugar de felicidade para suas filhas. E assim poderia expor aqui muitas ilustrações sobre essa perigosa e letal felicidade tão buscada pelo mundo, em especial em nossos dias.
  7.         Qual é o problema do homem na busca errada pela felicidade? Não é certo ser feliz? Dias atrás falei com um senhor que havia deixado sua esposa e estava vivendo com outra mulher, logicamente de modo errado. Falei para ele do que a bíblia diz sobre o assunto e uma resposta que ele deu foi que Deus quer nossa felicidade. De fato, nosso Deus quer dar a felicidade ao homem, mas a felicidade que emana Dele e não do pecado. O que acontece hoje é que as pessoas inventaram uma felicidade sem justiça e o fato é que não pode haver qualquer felicidade sem justiça. Mas é exatamente nisso que os homens tropeçam hoje, até mesmo dentro das igrejas. Eles querem ser felizes e o mundo tem oferecido vasto campo de felicidade. Em tudo ressoa a voz do diabo dizendo: “Venha ser feliz!” Mas o fato é que sem a base certa a casa irá cair.
  8.         Foi exatamente isso o que Senhor ensina em Mateus 7, na ilustração da construção de duas casas, uma construída sobre a rocha, outra construída sobre areia. Qual das duas permanecerá de pé?

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (3)

 


“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

A RAZÃO DAS PALAVRAS DO PAI: “Este é meu Filho Amado...”

        Sei que preciso retomar esse tema, mas as vezes as ocupações me impedem de fazer isso, pelo menos escrevendo uma página por dia. Minha esperança é que eu não falhe em nutrir os que amam a palavra de Deus com verdadeiro alimento celestial e esse alimento vem a nós quando aprendemos acerca do nosso Senhor, odiado do mundo, mas amado e apreciado pelo Pai, conforme o texto de Mateus 3:17 nos mostra. Deus sempre mostrou aos homens o quão perigoso é para alguém se erguer contra Seu Filho Amado. Josefo, antigo historiador judeu narra sobre a morte do Herodes que mandou matar as crianças, na tentativa de matar o infante Jesus, conforme a narrativa de Mateus 2. Diz Josefo que aquele Herodes teve um trágico e terrível fim.     

        Diante dessas verdades, voltemos ao texto porque ali vemos o quanto Deus usa essas palavras: “Este é meu Filho Amado...” como advertência a todos. O Filho voluntariamente se humilhou, mas o Pai eterno se encarrega de avisar a todos sobre o perigo de achincalhar, zombar, escarnecer e colocar Jesus no mesmo nível de seres humanos, pecadores como nós somos. A humilhação do Senhor é vista pelos homens, mas a glória Dele é mantida pelo Pai. Se os homens estão armados contra o simples Nazareno, a fim fazer Dele motivo de zombaria é certo que o Pai tem em mãos Suas armas aterrorizantes, as quais serão usadas contra aqueles que desprezarem o filho. As narrativas de Josefo mostram como foram os horrores que sofreram os moradores de Jerusalém, quando o general Tito, no ano 70 invadiu a cidade e a encheu de cadáveres, em cumprimento da maldição que veio sobre o povo quando pediram que o sangue do Justo recaísse sobre suas cabeças.

        Devemos lembrar que a humilhação do Filho foi voluntária, ativa e não passiva   . Por incrível que pareça, nós somos pecadores por decisão de nossos pais no Éden, mas também por decisão tomada por nós. O que somos agora é o que seríamos se estivéssemos em lugar de Adão. Nossas atitudes revelam o que somos nós por prazer. Mas o caso do Senhor Jesus, Ele simplesmente ignorou, ou mesmo escondeu Sua divindade para vir até nós aqui; na reunião do Conselho de Deus foi o Filho quem se apresentou para o serviço da redenção. Note bem que Ele não deixou os poderes da divindade, mas simplesmente não usou. Ele provou esse fato na transfiguração, mas fez questão de mostrar isso a 3 discípulos, a fim de que eles mesmos pudessem testemunhar e incluir esse fato em seus escritos, como fizeram Pedro e sua segunda carta e João no capítulo de sua 1 carta.

        Em tudo isso estou tentando mostrar que mesmo na humilhação do Filho, tornando-Se homem na mais humilhante condição, Ele jamais ficou isolado e abandonado pelo Pai. Ele mesmo diz em João que no momento final, quando iria se dirigir para a cruz, todos os discípulos Lhe abandonariam, mas Seu Pai estaria com Ele. O único momento que Deus abandonou o Filho foi quando foi de fato crucificado e na cruz se tornou pecado em lugar do Seu povo; foi ali que o Filho gritou em hebraico: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?” Foi naquele momento que o Cordeiro foi imolado: “Ao Senhor agradou moê-Lo”. Que história fantástica, a qual deve mover nossos corações de santo temor, tremor e adoração.

Pregação - Um pecador seguro - Salmos 23:6 - Pr. David Sena

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

In the Hour of Trial

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (2)

 


“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

A RAZÃO DAS PALAVRAS DO PAI: “Este é meu Filho Amado...”

        Ao entrar nos detalhes do texto, sem dúvida sei que as maravilhas são infinitas e estou certo que não sou capaz nem sequer de tocar naquilo que apenas dá início em mostrar as riquezas da divindade. Quase não vemos as palavras de Deus o Pai falando aos homens, mas aqui Suas palavras ressoam e nós devemos saber a razão que levou o Pai a transmitir esses solenes termos referente ao Seu amor e apreciação pelo Seu Filho. Nos livros proféticos normalmente vemos esse diálogo e comunicação entre as duas pessoas, como ocorreu na criação (Gênesis 1). Também há destaque maior visto no Salmo 2, mas no Novo Testamento é algo inédito.

        Sem dúvidas as palavras expressam solene advertência: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”. Por que? Ora, o Senhor entrou nas aguas do Jordão para fazer o que? Ser batizado. Quem iria batizar o Filho de Deus? João Batista. Era esse o trabalho daquele grande profeta e muitas e muitas pessoas desceram às águas do Jordão para serem batizadas por ele. Ele era diferente de Elias, o profeta que batizava com fogo. O batismo de João foi chamado de “batismo de arrependimento”, porque sua mensagem foi sempre convidando Israel para arrepender dos seus pecados. Quem descia às águas do Jordão eram pessoas que confessavam seus pecados.

        Mas o Filho de Deus, o Senhor Jesus precisava de arrependimento? Cometeu Ele algum pecado? Dirigiu-Se a João Batista em decisão de uma alma contrita? Não! Ali estava o puro e santo Cordeiro de Deus: “Aquele que não conheceu pecado...” (2 Coríntios 5:21). O que vemos naquele cenário descrito por Mateus é mais uma evidência da impressionante humilhação do Senhor. Foi ali, quando foi batizado que o Senhor mostrou Sua incrível identificação com a raça caída; aquele que fez o Jordão e que por três vezes fez secar as aguas, agora Ele mesmo entra e é mergulhado nas mesmas águas onde Naamã mergulhou 7 vezes para ser curado da lepra (2 Reis 5)

        É evidente que solenes palavras da boca do Pai seriam ouvidas do céu. Como não? Ali estava uma multidão presenciando esse batismo; vinha pecadores de toda parte e no meio deles aparece o Cordeiro de Deus que veio para tirar o pecado do mundo? Se Ele não tinha pecado, por que precisa ser batizado? Aquele que nunca precisou de arrependimento, como pode entrar no rio a fim de ser mergulhado ali? Foi então que veio as palavras da boca do Pai: “Este é o meu Filho amado...”. Todos que ali se aglomeravam eram pecadores, eram filhos de Adão, caídos, necessitados de arrependimento, de mudança feita por Deus no coração. O Filho desceu do Senhor para se entregar na cruz, morrendo por aqueles pecadores.

        Mas Deus o Pai estava como que dizendo: “Esse não é filho de Adão; esse não nasceu no pecado; Ele por fora pode parecer um pecador, mas esse é o parecer da visão terrena. Esse é meu Filho Amado”. Foram palavras que vieram para arrancar toda dúvida; Deus o Pai estava ali em defesa da pureza do Seu Filho. Isso foi bem salientado para que todos ali pudessem saber que estavam diante do glorioso Ser celestial, o qual desceu aqui e tomou forma humana. Foi assim que Deus fez com os anjos, quando estes presenciaram o Senhor se humilhando e ocupando a posição de seres inferiores aos anjos. A ordem foi dada aos anjos: “Adorem o Filho!”.


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (1)

 

“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

         INTRODUÇÃO:

        Amado leitor, não há qualquer sombra de dúvida que todo esforço de Satanás com suas mentiras religiosas no mundo tem em vista denegrir a glória de Cristo, de  uma forma ou de outra. Falo com franqueza que não tenho palavras que possam explicar a realidade daquilo que acontece de forma escancarada em nossos dias, de como o ecumenismo tomou forma e aparece como uma linda e sedutora mulher, atraindo religiosamente os corações, a fim de que todos deem as mãos e adorem o cristo da nova era. Satanás muito avançou em seu mais ambicioso plano de atrair a adoração para si. Uma vez que ele se esconde atrás de toda mentira, então, o movimento ecumênico é o melhor e mais belo caminho que leva essa adoração mundial ao pai da mentira.

        Sendo esse o cenário atual, que mobiliza a todos para uma mesma fé, importa que entendamos que tudo o que envolve humanismo, idolatria, tudo misturado com as mais terríveis manifestações de iniquidades, o que devemos fazer? Devemos nos calar? Todo esse conforto que o mundo atual oferece tem em vista calar os crentes, aceitando tudo como se fosse de Deus. Quando o mundo convida ao descanso carnal é sinal que há uma proposta de paz, diante da qual não podemos nos curvar. A igreja no mundo não habita em sua mansão que Cristo foi preparar. Ela é peregrina e forasteira neste mundo. A igreja desfruta da paz com Deus, mas jamais da paz com o mundo, pois ambas não combinam.

        Acho que não preciso percorrer esse assunto da epidêmica paz que chega como forte tranquilizante a todos, pois sempre refiro a esse assunto nos meus escritos. Preciso voltar ao texto de Mateus. A igreja é a noiva, Cristo é o noivo, Aquele que desceu do céu e veio dar-Se a Si mesmo para conquistar um povo para Si, conforme o ensino de Efésios 5. Diante de fatos tão preciosos, é certo que a igreja precisa conhecer Aquele que um dia veio ao mundo e se entregou por ela. Se desviarmos nossa atenção do nosso Amado, certamente nos perderemos num mundo perigoso, onde todas as armadilhas estão preparadas para destruir nossa fé. Conhecer Cristo, o Filho de Deus é o maior desafio aos crentes, porquanto a bíblia existe para essa dinâmica na vida individual dos crentes.

        Ora, quem é Jesus? O texto lido mostra como Deus, o Pai, em poucas palavras mostra Seu apreço pelo Filho: “Este é meu Filho amado...”. Esse texto nos traz profundas lições e estou certo que as palavras do Pai trazem lições que podemos toma-las para nossas vidas. Ignorar conhecer o Senhor é a mais louca decisão; realmente duvido que alguém que não tem qualquer interesse em conhecer seu Senhor seja realmente uma pessoa nascida de novo. Querido leitor, nós temos a revelação escrita nas mãos, será que desprezaremos conhecer Aquele que abriu uma tenda em nosso meio, a fim de nos buscar e salvar? Minha esperança é que eu possa levar tais lições, de modo tal que todos os crentes venham apreciá-las e minhas orações é que esse grande despertamento comece já, com santos de Deus tendo grande desejo de conhecer seu Deus: “Sabei que o Senhor é Deus!”

Pregação - Descoberta da triste jornada do ímpio - parte 2 - Isaías 57:1...

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (10 de 10)

 


“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

“A FIRME E SEGURA RECOMPENSA DA FÉ”.

        Digo mais, que a fé alcança a formosura de Cristo, Sua face de amor pousa sobre uma alma arrependida. Nosso Senhor jamais recusou o que crê, nunca falhou com o perdido que o busca de todo coração. Se um pai terreno recebe um filho pródigo que voltou ao lar em busca de abrigo, amor e proteção, quanto mais o Senhor que provou na cruz Seu infinito amor pelos que O buscam de todo coração. Nunca, jamais haverá no inferno alguém que vai reclamar da fidelidade do Salvador em não atender-lhe quando um dia, aflito clamou Sua salvação. Além disso não podemos esquecer de que Seu ministério é salvar. Ele ainda não tomou seu traje de Juiz; o grande Advogado do Seu povo continua Sua obra em salvar. Ele assentou-Se ao lado do Pai porque completou perfeitamente a obra na cruz, mas não para descansar. Aquele que estava ao lado daquele moço na cruz é o mesmo que agora estende Sua graça em atender a súplica de um coração que invoca Seu grande nome.

        Voltando ao texto, vemos que Ele também dá significado e autoridade na salvação, quando Ele diz: “Em verdade te digo”. Talvez jamais pensamos na importância dessas palavras. Qual a razão disso? Não é o fato que Ele é o Deus da verdade? Com essas palavras, a verdade salvadora penetrou como flecha de amor no coração daquele moço; “em verdade te digo” romperam as trevas, baniram o terror, afastaram os poderes infernais e ergueram o frágil pecador à condição de herdeiro de Deus. Ora, aqui estamos tão acostumados com as infidelidades dos homens e nós mesmos abraçamos e coroamos nossa própria infidelidade, porquanto habitamos juntamente com a corrupção de nossos corações. Mas não é assim com o Salvador, pois Ele sempre deu Sua assinatura na salvação de todos os que foram a Ele. “Louvamos-te ó Deus, pelo dom de Jesus, que por nós pecadores foi morto na cruz”.

        O grande e glorioso Salvador aponta Sua vitória contra a morte: “hoje estarás...”. Primeiramente não vemos qualquer relutância da parte do Senhor, pois há algo definido em Suas palavras. Naquele momento as mãos da graça agarraram o perdido cheio de confissão para dizer-lhe: “tu és meu!”. Naquele momento as mãos infernais do diabo e da morte retiraram seu domínio e as cadeias e grilhões que o prendiam foram arrancadas, assim como as cadeias que prendiam Pedro na prisão simplesmente foram tiradas (Atos 6). Aquele que veio ao mundo para salvar, porventura perderia um dos seus eleitos? Claro que não! Não há poder humano, angelical ou infernal que possa contra as ordens do Salvador.

        Também, ali na cruz, mesmo ante a festa de aparente vitória dos inimigos, na realidade o golpe já tinha sido dado, porque nos planos eternos, o Cordeiro já tinha sido morto desde a fundação do mundo. Ali na cruz estava o Autor da vida, por isso a morte estava destinada a conhecer sua terrível e absoluta derrota; satanás, o príncipe deste mundo receberia o golpe certeiro em sua cabeça; o mundo derrotado ao ouvir sobre a ressurreição e o inferno avisado que suas portas seriam trancadas para que nenhum dos eleitos caísse lá.

        Cristo define bem o destino certo da fé: “no Paraíso”. Destino assegurado e não havia possibilidade de qualquer interpelação da parte dos inimigos. Cristo veio buscar essa alma que Ele mesmo salvou e Seu objetivo era levar ao lar, o lugar que Ele foi preparar para os santos. “Maravilhosa graça, maior que meu pecar!”

A GRANDE DESCOBERTA (11 de 11)


 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)

A PERGUNTA RESULTANTE DA GRANDE DESCOBERTA

        O mundo terá suas respostas na ciência e também na religião. O trabalho mais ardiloso do pai da mentira é trajar-se de deus e ele está se exibindo agora em especial como o incrível deus deste presente século. Sua jogada é espalhar o máximo possível de religiões, porque assim ele confunde a fé. Mas a verdade é que a fé dos eleitos jamais ficará confundida. Ele confunde a falsa fé e os homens no pecado gostam disso, porque eles seguem a todos e usam o  sistema religioso moderno como desculpa. A fé verdadeira tem resposta nas palavras de vida eterna e não nas palavras de vida natural. As vozes dos lobos disfarçados de ovelhas são percebidas por aqueles que sabem discernir as palavras da verdade daquilo que não passa de mentira.

        Também, o mundo busca resposta na política, assim como os religiosos judeus, pois eles negaram o Rei da glória e disseram que tinham César Augusto como rei, o que acarretou em seríssimo prejuízo anos depois com a destruição de Jerusalém pelo general Tito, enviado pelo “grande rei César”. É óbvio que aqueles que estavam perante o Verbo encarnado, mas que deram as costas e foram embora, queriam um rei terreno, assim como preferem as nações, segundo o que vemos no Salmo 2. As palavras do Senhor no capítulo 6 de João não lhes trouxeram esperança terrena.

        Também, o mundo busca resposta nas diversões e nos bens. Os mundanos têm seus corações apegados às vaidades; eles gastam seus ganhos com divertimentos vãos e inúteis, porque suas almas foram aprisionadas nesse sistema que atrai somente seus anelos carnais. Assim como o grupo no deserto desejou voltar para o Egito por causa do menu egípcio, assim os mundanos estão aptos para estender as mãos àquilo que eles mais gostam, desde que enchem seus olhos e seus estômagos.

        Os mundanos também verão no mundo que há várias saídas e que elas parecem melhores. Mas essa é a visão ilusória dada aos homens terrenos. Satanás sempre concede aos homens, não somente os momentos de prazer, como também de consolação. Satanás e seus mensageiros sempre chegam no momento certo para confortar os corações dos que choram; eles fazem com que a morte, a dor, a traição, a angustia, a perda financeira e muito mais seja tudo esquecido. Os mundanos sempre estão “levantando a poeira e dando a volta por cima”. Até mesmo a morte traz consigo as palavras de consolação aos que estão sendo chamados por ela. Ela vem ardilosamente para dar as “bênçãos” e dizer que eles vão descansar em paz. Além disso, a morte chega como esperança para aqueles que perderam os bens e que veem seus planos indo para o buraco. A resposta é dar o fim na própria vida.

        Que diferença há na resposta dos salvos! “Tu tens as palavras de vida eterna...”. A fé imediatamente vê que a saída está na vida eterna e não na vida aqui. A fé passa a ver o invisível e tudo aqui toma o verdadeiro sentido. A fé passa a aprender que as coisas terrenas vieram das coisas celestes; que o visível veio do invisível, por isso o invisível é infinitamente melhor. Qual a melhor decisão? Seguir o Senhor! Isso custa caríssimo para a natureza enganosa, vil e corrompida da carne. Mas é o caminho que ultrapassa esta vida e nos lança para a infinitude da glória eternal, onde milhares de santos já estão em gozo eterno. Glória ao Senhor!

 

        

 

 

 

 

terça-feira, 22 de setembro de 2020

A GRANDE DESCOBERTA (10)

 

                           

 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)

A PERGUNTA RESULTANTE DA GRANDE DESCOBERTA

        “Para onde iremos nós?” O mundo busca resposta no próprio mundo, mas a fé vê além. O caminho do mundo termina com a morte, mas o caminho da vida ultrapassa tudo e é visto pela fé como o caminho que transporta o salvo para as regiões eternas, infinitamente além do entendimento e compreensão dos homens. Olhando do ponto de vista dessa vida, a fé percebe que o mundo se torna mesquinho e um lugar vil e imundo, quando comparado às riquezas que esperam os salvos.

        Além disso o mundo tenta fazer de tudo para ampliar o conceito de um mundo melhor. Aliás foi sempre assim, pois sua história revela o quanto homens considerados filósofos e poderosos lutaram inutilmente para melhorar e fazer deste mundo um lugar mais amplo, com mais possibilidade de estender sua estrada, a fim de ir além. Ah! Todos eles foram embargados pelo tempo e pisoteados pela morte. Como por nossa esperança neste mundo? Aqueles discípulos tiveram essa visão de fé e se posicionaram como os santos do passado, os quais olhavam além da morte e esperavam a ressurreição de seus corpos mortais. A fé deles, colocada sob a visão mundana seria tida como louca e desvairada, mas nada intimidava a coragem e a decisão dos milhares de santos que morreram na fé, dando adeus ao mundo cruel, a fim de herdar herança eterna.

        O mundo de hoje melhorou? Não! É o mesmo mundo das expectativas egípcias, das superstições dos seus magos e das ambições dos seus faraós. É o mesmo mundo das filosofias gregas, as quais aparecem misturando sabedoria com insensatez, trazendo resposta vazia, sem qualquer coerência que produz resultado positivo. O mundo de hoje melhorou? Não! O que ocorreu com grandes e poderosas nações no passado? Foram transformadas em entulho, pois todos os esforços dos poderosos viraram pilha de lenha no fogo da ira de Deus.

        O mundo atual não segue uma linha de história, firmada na verdade, pois é o mesmo mundo de Caim, mundo bem amadurecido para o juízo. Que diferença há neste mundo atual com Sodoma e Gomorra? Nenhuma! Os mesmos pecadores daquelas amaldiçoadas cidade são vistos hoje desafiando a Deus com suas maldades e práticas abomináveis. Será que este belo mundo, cheio de invenções de uma tecnologia que avança pode ser o lugar dos fiéis servos do Senhor? Claro que não! Abraão nem sequer cogitou morar em Sodoma, pois os santos confessam que a cidadania deles está no céu, de onde aguardam o Salvador e Senhor.

        O mundo não melhorou? Não está mais informado religiosamente falando? Claro que não! A teologia santa no mundo será tomada como sempre como um sistema de superstição e os falsos mestres surgem aos montes como elementos que são mercenários e aproveitadores. Ó que mundo terrível! Que lugar de mentiras! Para onde iremos nós? A resposta é: “Tu maravilhoso Senhor tens palavras de vida eterna”. Por isso voltamos para ti; por isso nossos corações se apegam às tuas palavras, com real prazer. Nós os santos clamamos para que tu não nos desampares, senão tombaremos! Ó Pastor e Cordeiro Amado, somos teus, pois tu mesmo nos atraíste a Ti! Nosso ser encontra gozo e alegria somente em Ti, ó Verbo encarnado!

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (9)

 


“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

“A FIRME E SEGURA RECOMPENSA DA FÉ”.

        Minha esperança é que ao finalizar esta mensagem eu possa, na graça de expor de tal maneira a verdade que venha encher os corações dos santos da alegria que a fé verdadeira acha em Cristo, conforme diz a mensagem de um antigo hino: “Cristo satisfaz minha alma, pois em meu lugar sofreu. Vida, liberdade plena, Sua salvação me deu”. Quem pode narrar a plenitude da tão grande salvação na vida de alguém? Como poderíamos entrar no coração daquele homem que foi salvo ali na cruz, a fim de descobrir o gozo da sua fé, em meios aos horrores da crucificação? Por isso creio ser de real importância mostrar como somente a simples fé encontra a segura e eterna recompensa achada na graça salvadora.

        A primeira lição que emana do texto é que a fé simples e sincera encontra a graça. Esse é um encontro inevitável. Nunca o pecador arrependido e confesso será despedido vazio; jamais a fé baterá na porta da graça e achará a casa vazia. O Deus que prometeu salvar todo aquele que invocar o Nome do Senhor é Fiel e por isso não pode mentir. Nunca, jamais uma alma arrependida sofrerá qualquer decepção ao buscar refúgio em Cristo. Esse lugar seguro não é uma fortificação impenetrável, porquanto, torre forte é o nome do Senhor, onde o pecador se acolhe e acha segurança ali. Além disso, a alma arrependida há de invocar e invocação é um clamor por socorro, clamor que vem de um coração sobressaltado e angustiado. A resposta é que essa alma que invoca será salvo. Os pecadores que buscam o Senhor de todo coração jamais sofrerão vexame.

        Ora, foi isso que aquela pobre alma arrependida achou em Cristo. Sua petição pela fé foi mostrada numa singela humildade; suas palavras formaram clara exposição da fé que busca interesses eternos e tais coisas são achadas em Cristo Jesus imediatamente. Sua humilde petição mostrou ser um homem que desceu ao pó e do pó contemplou as maravilhas da graça. Que impressionante poder da graça! Ali estava uma alma, cuja vida foi mergulhada em todo tipo de iniquidade, de tal maneira que o mundo mesmo o tornou indigno de viver na terra.

        A justiça terrena e celestial colocou aquele homem no corredor da morte pois foi culpado pela lei da terra. Mas ele já era culpado pela lei de Deus e seria lançado no abismo para os eternos gritos de aflição. A graça, porém se encarregou de entrar no território de juízo, a fim de exibir a força da misericórdia, a qual venceu o juízo. Que cena impressionante! Cenário fechado para o mundo. Este sistema maligno gosta de assistir as cenas de juízo somente, pois desconhece o que a graça de Deus faz. Que poder deslumbrante da graça! Ela entrou para mostrar que age de forma superabundante para tomar o impuro, imundo, vil, desgraçado e indigno, a fim de limpá-lo e torna-lo mais alvo que a neve. A humilde fé abriu a boca e fez a petição correta e nessa petição achou o Sumo-Sacerdote da nossa salvação; “...hoje mesmo estarás comigo no Paraiso”.

        Amigo leitor, eis aí o real significado da salvação bíblica. Se você está buscando essa salvação; se seu anelo encontrar esse Salvador e essa definitiva salvação, digo e afirmo que Ele, o Salvador e Senhor está perto de você agora. Se seu coração clama por ser salvo é porque Ele está perto e pronto para salvar.

“Veio Jesus a este mundo vil, para salvar-te a ti; foi rejeitado por gente hostil, para salvar-te a ti. Glórias ali no céu deixou, ingratidão no mundo achou, tudo Ele fez porque te amou, para salvar-te a ti”

Pregação - Um pecador exaltado - Salmos 23:5 - Pr. David Sena

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (8)

 

                          

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

        O que aconteceu com aquele moço que ali na cruz recebeu a misericordiosa obra de salvação? Ele teve uma consciência da terna compaixão de Deus em Seu favor. A desgraça da mais pervertida soberba tombou e naquele momento ele viu que a mão estendida desse Deus estava pronta para abraça-lo com Seu perdão. Suas palavras revelam o quanto ele se humilhou, o quanto estava atirado ao pó, de tal maneira que nem pediu que o Senhor o acudisse, mas sim que lembrasse dele. Nessa petição ele marcou o tempo: “...quando entrares no teu reino”. Que incrível fé! Como Deus exalta esse tipo de fé! Eis aí a fé que pertence aos eleitos de Deus.

        O Salvador não está perante um arrogante, mas sim perante um homem que chegou ao pó. A obra salvadora, mesmo sendo em múltiplas circunstâncias que diferem uma da outra, Ele vê a singular fé. Ali estava a mais sincera confissão que, sem qualquer dúvida espantou o céu. Naquele momento a porta do céu mostrou que estava escancarada para receber um perdido, enquanto a porta do inferno foi trancada e o abismo não receberia alguém. Tudo isso traz a mais bela lição que precisamos aprender e apreender, o fato que Deus é o Deus dos humilhados; o fato que o Salvador jamais perde de vista um perdido; jamais há de ficar distante de qualquer alma arrependida e que chega a Ele em sincera contrição.

        Quão diferente é o evangelho moderno, porquanto chegou a nós com sua face aparentemente humilde, mas quando vista por dentro não passa de ser uma estratégia diabólica, a fim de manter os homens ainda mais fortes em sua pretensão de desafiar o céu. A mensagem do evangelho moderno está nutrido de ódio pela verdade; tem em seu santuário a glória do homem e tem como seus emissários elementos bem disfarçados. Deus nunca prometeu salvar homens e mulheres que têm seus corações um romance marcado com o amor à iniquidade. Deus nunca prometeu salvar quem ainda se acha vestido de seu orgulho próprio, mas a mensagem moderna promulga esse elemento de humanismo, desejo por uma vida melhor aqui e traz consigo a noção de que Deus deve atender nossa fé banal, mundana e carnal.

        Voltando ao texto, percebemos que a esperança que brotou no coração daquele moço foi o desejo por vida eterna. Como ele soube do Paraíso? Não há dúvida que era um judeu, o qual desde a infância obteve conhecimento desses fatos relacionados à ressurreição e às moradas eternas. Ele não era um ignorante, como os pagãos vistos nas nações ao derredor. Quando a misericórdia o abraçou, então toda sua visão foi acesa para as realidades eternas. Noutras palavras, ele viu ali sua chance, pois o Salvador estava fisicamente perto. Ele pediu como um homem humilde deve pedir e sua atitude foi ouvida: “Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”.

        Meu amigo, que lição preciosa! Ela transmite a salvação de Deus aos homens e que todos, não importa se for ladrão, religioso, de boa moral, estão na mesma condição no pecado. O ladrão que ali se converteu pode entrar no Paraíso porque sua conversão foi de coração ao Senhor. Ele obteve o perdão dos seus pecados porque achegou-se perante o Deus de toda misericórdia e achou Nele socorro imediato. Jesus não esperou para chegar aos céus, mas estendeu Sua mão e o salvou naquele mesmo momento. O dia da salvação é hoje e não amanhã.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

A GRANDE DESCOBERTA (9)

 


 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)

HOUVE A SÁBIA DECISÃO DE CORAÇÕES REGENERADOS.

        Percebe-se no texto que aqueles homens perceberam que os valores eram eternos; que havia em suas palavras de vitórias plenas contra o mal e que o céu desceu à terra para busca-los. Que lição bendita eles receberam, pois mostraram que realmente carregavam consigo o real significa de ser discípulo do Senhor. Com os olhos do coração abertos por obra do Espírito Santo, eis que os homens veem a linguagem da Escrituras em sua totalidade. O homem bíblico é aquele que contemplou a grandeza e extensão da tão grande salvação. Abel, quando viu no sangue do animal simbolizado ali, Ele contemplou tudo o que precisava ver. A realidade desta vida terrena não lhe ambicionava mais, por isso se tornou alvo da fúria do seu próprio irmão.    O curso da verdadeira teologia está gravado no coração de um homem convertido ao Cordeiro de Deus e é exatamente isso o que importa. Os grandes homens usados por Deus que escrevem livros e mais livros normalmente querem expandir e tornar notório esse conhecimento. Quanto tempo viveu um Abel, Enoque, Noé, Abraão, etc? Eles viveram o tempo suficiente para conhecer e andar com Deus na terra. O Senhor tinha para eles as palavras de vida eterna. Notemos isso na vida de Simeão, pois Deus o deixou viver até aquele majestoso dia, quando em Jerusalém tomou a criança de Maria e a envolveu em seus braços, e assim pode erguer os olhos e dizer: “Pode levar teu servo, pois ele já contemplou tua salvação” (linguagem minha).

        Foi isso que tomou posse do coração daqueles homens que firmaram seus pés no propósito de ficar perto do Senhor. Para eles a presença do Senhor era tudo e o que o Verbo encarnado falava eram palavras vivas, as quais irradiavam seus corações de regozijo e prazer. Todo encanto da vida eterna não está em nada relacionado com coisas. Vida eterna é a própria vida e está tratando de uma pessoa só – o Verbo encarnado. Quando tratamos de vida aqui sempre entendemos à luz das coisas, ou mesmo o que eu posso obter daquilo que o mundo pode dar. Mas nas palavras de vida eterna não há esse elemento que pulula na estrada. A vida eterna é o próprio Filho: “Quem tem o Filho, tem a vida, mas quem não tem o Filho de Deus não tem a vida”.

        Estou afirmando isso, porque sempre vejo como vida eterna é compreendida hoje à luz daquilo que compreendemos desta vida terrena. A ideia que transmite é que vou ter alguma coisa comigo; que serei mais rico do que aqui, etc. Mas não foi isso que aqueles homens entenderam. A grandeza do Filho de Deus é mostrada no fato que Ele é em Si mesmo a própria vida. Assim, toda grandeza é Ele mesmo e está Nele mesmo. A vida em Adão está profunda e totalmente ligada ao pecado. A essência da vida natural é o pecado com seus dramáticos e terríveis efeitos. Mas no tocante ao nosso Senhor, vê-Lo é ver a vida e foi isso que encheu de gozo o coração daqueles homens.     E da nossa parte, o que fazer? A resposta vem imediatamente extraída das Escrituras: “Alegrai-vos no Senhor! Regozijai, exultai” (Salmo 32). Pedro, Tiago e João puderam ver a glória do Senhor e aquela experiência foi impressionante e dramática para eles e João pode dizer: “vimos, tocamos apalpamos o verbo da vida”.

        “Ó como é tão singular Jesus, esbelto e mui gentil, no rosto traz uma rara luz, fanal do mundo vil”

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (7)

                              

“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)

UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.

        Aquele moço bem-aventurado, não somente reconheceu seu pecado, sua condição tão triste, como também reconheceu seu destino de condenação merecida. O engano do pecado no coração tem um efeito enganador tão drástico, que mesmo perante a morte o homem acha que não merece o que está acontecendo consigo. Ele e seu colega andaram de mãos dadas ao orgulho até que a graça salvadora entrou em ação na vida desse moço. O que o homem merece? No íntimo ele estabeleceu que merece viver aqui e gozar das mais saborosas comidas oferecidas pelo mundo, em termos de paixões pecaminosas. O homem no pecado não tolera um Salvador como o Cordeiro de Deus; ele quer um salvador político, um tipo de herói que lhe salve das desventuras terrenas. E mesmo que ele a morte chegue ele ainda aspira um lugar onde possa descansar.

        A natureza do pecado é assim. Cada ser humano se acha revestido de autoridade divina. Ele olha toda natureza criada e no íntimo declara que tudo pertence a ele, por isso clama por um salvador diferente, por um jesus que o livre dessas dificuldades que tanto estorvam seus intentos. Não há nada que possa fazer com a pobre criatura tão mesquinha, perversa e disposta a enfrentar o longânimo, paciente e bondoso Deus. O homem no pecado só sente o desespero do inferno na hora final, quando está à beira do abismo, pronto para cair lá e mesmo assim ainda brota uma esperança que não cairá. Mesmo no inferno, o pobre pecador clama em vão por uma condição melhor.

        Mas com aquele moço, assim que a venda do pecado foi tirada, ele se viu perante o Justo, Santo e Bendito Salvador; realmente ele presenciou a glória do Cordeiro ali e foi uma iluminação incrivelmente bendita, dada a ele pelo poder do Espírito Santo. Notemos em sua linguagem que houve nele uma profunda humilhação manifestada em temor. Ele não foi arrogante em sua petição, pois ali estava um réu perante Deus, crendo que merecia sim, ser atirado no sofrimento eterno. Suas palavras revelam que no íntimo ele caiu aos pés do Senhor, no íntimo ele adorou ao Cordeiro de Deus e no íntimo mostrou que estava profundamente quebrantado. Ele nem sequer pediu que o Senhor lhe socorresse naquele exato momento, mas sim quando o Senhor entrasse em Seu reino. O próprio fato que ele disse: “em teu reino...” prova o quanto ele reconheceu a divindade do Senhor.

        Eis aí as maravilhas de uma conversão genuína. Quanto falta isso em nossos dias! O encontro dos homens hoje não marcado com Deus, mas sim com elementos que querem ver suas igrejas cheias e por isso terminam carregando a bateria do coração de mais orgulho. O Senhor chama os pecadores ao arrependimento; o Senhor visita o contrito e abatido de Espírito, porque tem uma obra magnífica a fazer ali. Ele veio vivificar os abatidos. Hoje não há isso, pois tudo é feito mecanicamente. Basta fazer uma decisão e pronto e a pessoa é considerada salva, sem que nunca ouviu no íntimo o chamado gracioso. Não estou inventando no estilo de evangelismo, estou pregando o que Deus fala. Várias vezes o Novo Testamento fala que Deus chama os Seus. “Aos chamados” e isso é repetido. E foi assim que Ele fez com aquele moço, cuja vida foi desregrada. E o que temos nós de diferença? Somos melhores? Não! Somos os mesmos vis, caídos e ofensores no viver.


Pregação - A triste jornada do impio - Isaías 57:1-10 - Pr. David Sena

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (6)



“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)
UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.
        Prosseguindo, devo dizer que aquele moço ali na cruz mostrou pela fé o quanto tinha uma necessidade pessoal: “lembra-te de mim...”. Creio que isso é de grande e imenso valor, porque a salvação é algo individual. Os desejos santos pela coletividade aparecem depois no viver. Mas quando o perdido tem sua visão aberta para o Salvador, essa visão é particularmente dele. Um homem não é salvo juntamente com sua amada esposa ou mesmo com seus filhos. A chamada divina da irresistível graça acontece com pecadores individuais. Quando uma pessoa está se afogando, ela clama por socorro, para que seja livre da morte. O ladrão mirou o Salvador e invocou Seu nome, buscando Sua salvação. Deus prometeu salvar aquele que Ele mesmo chama à salvação e foi exatamente isso o que aconteceu com aquele moço.
        Sendo assim, precisamos ver o que sucede então nesse individuo. É claro que entendemos que houve um trabalho soberano, poderoso e eficaz, caso contrário o homem prefere morrer em seus pecados. Salvação é sempre igual, mesmo que as circunstâncias diferem uma da outra. O modo como o Senhor salvou Saulo, não foi o mesmo modo como ele salvou Zaqueu. Às vezes o chamado é tão simples e ocorre sem que haja qualquer episódio que chame nossa atenção. Em Oséias Deus fala que atrai o pecador com cordas humanas e laços de amor (Oséias 11:4). É comum que Deus coloque pecadores numa boa família, com bons ensinos e disciplinas. Muitos se convertem porque os pais os levaram aos cultos desde quando eram pequenos.
        Outros são muitas vezes passam por sérias dificuldades, com abusos de pessoas perversas. Quantos escravos foram salvos; quantas pessoas se converteram depois de um tempo na prisão. As cordas e castigos humanos são muitas vezes as “cordas de amor” que Deus usa para atrair os pecadores. Foi quando Deus deixou Jacó sem os pais para ficar os duros vinte anos na casa de Labão, que Jacó pode humildemente conhecer seu Deus no vau de Jaboque (Gênesis 32). Os caminhos, circunstâncias e meios usados por Deus são inúmeros e em tudo Ele é glorificado em salvar. Muitos são surpreendentemente salvos na hora da morte. Muitos, como o ladrão na cruz deixa seu testemunho ao mundo no último suspiro, a fim de subir ao céu. Louvamos ao Senhor pelos Seus santos meios usados, porque em tudo Ele é glorificado.
        Mas agora, para encerra esta página, quero afirmar que certamente há uma unidade de coração, no que tange a salvação. A confissão sem dúvida é a mesma de todos: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (Romanos 10:13). O que quero afirmar aqui é que todos clamam a Cristo, porque reconheceram seus pecados. Foi assim com aquele moço. Nota-se em suas palavras seu completo arrependimento ao ver o Salvador à sua frente. Naquele momento sua humilhação foi manifestada: “Jesus, lembra-te de mim...”. Não era mais aquele arrogante e pretensioso ser, tão dominado pelos anseios e vaidades desta vida. Agora ele vê sua indignidade; ele não ordena, mas pede. Agora o velho Adão morreu e apareceu ali um mendigo espiritual, com suas mãos vazias, suplicando que o Senhor o socorra. Que fantástica visão! Que maravilhosa lição! Oxalá, que Deus venha encher nossas igreja e pecadores arrependidos e assim que o mundo seja lotado de homens que cheios de temor se tornaram piedosos no viver.

A GRANDE DESCOBERTA (8)



 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE A SÁBIA DECISÃO DE CORAÇÕES REGENERADOS.
        O que ocorreu ali foi que aqueles homens perceberam que as palavras do Senhor nada tinham a ver com esta vida terrena; que eram ensinos que estavam infinitamente acima dos melhores padrões religiosos e seculares deste mundo. A linguagem do Mestre Amado era estranha e não servia para os anseios terrenos e foi por isso que aqueles homens simplesmente foram embora. Se na história do Velho Testamento os judeus não suportavam as mensagens dos profetas, uma vez que elas vinham cheias das advertências de Deus, quanto mais as palavras que saíam dos lábios do próprio Verbo encarnado. Eles perceberam que havia nelas um altíssimo conceito de coisas duráveis.
        Nosso Senhor estava mostrando que o que a lei trazia em seus ensinos era coisas que não passavam de figuras, símbolos e sombras e que com o tempo elas seriam dissipadas, assim que a realidade das coisas chegasse. Cristo mesmo era a realidade. A graça sobre graça chegou; a coisas abaláveis deram lugar às realidades eternas. A lei de Moisés não podia expor a realidade das coisas no terreno de maldição e morte, mas a graça sobre graça veio para rasgar este véu terreno e finito, a fim de exibir a vida que há no Filho. Estava ali perante eles não meramente o Autor da vida, mas a própria vida, a vida eterna. Suas palavras eram espirituais e meras letras mortas; eram palavras que atormentavam e atormentam o velho homem em Adão, tão impregnado de desejos por ser e viver como uma divindade neste mundo.
        Tentando usar outras palavras, posso afirmar que os discípulos viram a própria vida perante eles; eles se agarraram à tais verdades com prazer: “...tens as palavras de vida eterna...”. Então, o mundo se tornou abominação, um ambiente mesquinho e miserável para aqueles homens. Seguir o Senhor foi a decisão marcante de suas vidas, mesmo sabendo que o caminho a seguir não era fácil. Eles queriam ficar ao lado Dele, segui-Lo fielmente, assentar-se aos Seus pés e ouvir seus impressionantes ensinos. Eram homens simples, os quais pela fé tomaram posse daquilo que os santos no passado quiseram ver com seus próprios olhos. A riqueza prometida pelo mundo se tornou miséria perante; e mesmo cheios de fraqueza, eles se submeteram ao Senhor para servi-Lo, mesmo atônitos quanto ao destino da cruz, tão enunciado pelo Senhor.
        Que fantástica lição que a graça gloriosa nos dá! O que aqueles homens receberam é o mesmo que pecadores arrependidos recebem. Ninguém vai a Cristo, se não se tornar um mendigo espiritual. Enquanto o homem carregar as migalhas mundanas em suas mãos, ele achará que o mundo com suas promessas é melhor. Cristo veio dar vida e isso significa que Ele há de operar no meio dos mortos, a fim de ressuscitar pecadores. Ele veio abrir olhos espirituais, a fim de que homens e mulheres vejam a glória Dele e a tão gloriosa, eterna e refulgente salvação, a qual ultrapassa todo e qualquer entendimento deste mundo. Quem há de trocar o mundo por riquezas eternas? Tal decisão é loucura para os mundanos. Mas para pecadores arrependidos, o que importa este mundo? O Senhor tem consigo palavras de vida eterna.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

A GRANDE DESCOBERTA (7)



 “...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE A SÁBIA DECISÃO DE CORAÇÕES REGENERADOS.
        Diante desses fatos eternos e buscados pelos discípulos do Senhor, a conclusão que temos é que o mundo é o que sempre foi desde a queda. O desinteresse por coisas eternas não é novidade vista apenas nesta geração. O espírito rebelde de Caim sempre foi a essência deste mundo que jaz no maligno. Por que aquela multidão foi embora? Por que deixaram a excelência do santo e eterno caminho? Não foi porque amavam o presente século perverso? Claro! Estamos hoje respirando a mesma atmosfera desse cemitério mundano. Temos que mudar nossos métodos? Claro que não! Mortos no pecado são iguais em qualquer época e em qualquer lugar.
        Mas agora é necessário que aprimoremos nossa fé e nosso viver diante da sábia decisão tomada pelos discípulos: “...Senhor, para quem iremos?...”. Afinal, todo nosso serviço na pregação do evangelho tem em vista que homens e mulheres tomem essa sábia decisão. O mundo moderno é mais belo, mais encantador, cheio de milagres das descobertas tecnológicas e com novas propostas de felicidade a todos. Tudo hoje tende a atrair os corações dos não crentes, e até mesmos os crentes devem se acautelar com os perigos, para que não sejam atirados nesse lamaçal. Minhas orações é que milhares voltem seus corações para a Palavra da verdade com seus ensinos eternos.
        O que aconteceu foi que aqueles homens viram que as palavras do Senhor eram poderosas, coisas jamais ouvidas. Na verdade, a visão deles foi além deste véu; eles perceberam a vida que era excelentemente melhor do que a vida aqui; eles perceberam que as palavras do Senhor revelavam o fato que Ele veio dar vida e vida que durava para sempre. Até aquele momento aqueles homens viveram sob o engano do pecado; achavam que a vida aqui era trabalhar para se alimentar, beber, dormir, esperar pelo dia seguinte e assim um dia morrer. Jamais ouviram palavras de esperança por um caminho que explodisse o poder da morte, a fim de mostrar as maravilhas da eternidade. Aquelas eram de fato, palavras de vida eterna.
        Também, olhando de outro ângulo podemos entender que as palavras do Senhor revelavam a triste condição do homem caído e escravo do pecado. A lei dada por Moisés serviu para mostrar o quanto eram de fato pecadores; que em nada eram melhores que os povos gentios e que vieram da mesma queda no Éden. Assim, toda jactância foi jogada no lixo e as vaidades de um coração amante do mundo foram queimadas diante dessa mesma luz que irradiou perante Saulo de Tarso. Quem eram aqueles homens? Pobres pecadores, como eu e você. Que diferença havia na escravidão daquele tempo com a escravidão dos homens modernos? Nenhuma!
        Assim, nós podemos ver como Deus, em Sua compaixão e na descomunal força da graça opera. No meio da rebeldia, endurecimento e obstinação dos homens, de repente a fé que é dada ao pecador abre a boca e confessa: “...Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras de vida eterna...”. Não esperamos uma decisão do homem, porque ele já é bem decidido a recusar a verdade, assim como o leão rejeita um prato de hortaliça.

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (5)


                                              
“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)
UMA BUSCA CORRETA DA SUA SALVAÇÃO.
        Amado leitor, que sejamos esforçados em compreender o quanto a fé que foi dada aos santos é singela. Sou tão enfático nisso porque sei o quanto tendemos a dar cores àquilo que já vem na coloração correta. A fé salvadora traz consigo todos os elementos necessários que mostram suas virtudes e a caracteriza como sendo algo que vem de Deus e não dos homens. Já pudemos ver a real diferença entre a fé salvadora e a fé que brota do coração pervertido e mundano do homem no pecado, e essas lições são vistas no próprio texto, quando vemos a diferença entre o ladrão que foi salvo e o ladrão que pereceu em seus pecados. Ambos mostraram as reais diferenças que tanto vêm nos ensinar.
        A próxima lição nos mostra outra atividade da fé verdadeiramente bíblica, porquanto aquele moço teve seus olhos da alma abertos, a fim de ter uma visão correta do Salvador. Veja bem o que seus lábios contritos disseram: “Jesus, lembra-te de mim...”. A versão trinitariana traduz “Senhor”. Realmente eu me atenho à tradução que usa o termo “Jesus”. A razão é que aquele moço, sendo judeu percebeu na própria palavra quem era aquele que estava ali ao seu lado pendurado. Sem dúvida, a fama de Jesus se espalhou em toda Judéia e Samaria. Mas nós sabemos com clareza que se não houver da parte de Deus uma iluminação, abrindo nossos olhos à compreensão das verdades eternas, simplesmente ignoraremos os fatos. O termo Jesus significa “Jeová salva”.
        A compreensão disso rasgou o coração daquele moço; ele percebeu que estava perante o Salvador prometido. Ele entendeu que ali estava o Justo e santo Cordeiro de Deus. Aquele moço teve um vislumbre do grande Salvador e da tão grande salvação. Aquela visão da fé esmagou seu ego, matou o velho homem e abriu sua boca em santa confissão. O que ocorreu ali foi a majestosa obra da graça num coração de um pecador; foi coisa não vista nem entendida pela multidão, nem pelos demônios e satanás. Onde havia somente trevas do pecado, eis que brilhou a superabundante graça. Aquele moço, ao ver que ali estava o Redentor prometido, imediatamente fez com que dos seus lábios brotasse essa confissão: “Senhor, lembra-te de mim...”. Ele viu que Deus lhe abriu um pequenino tempo; ele viu que estava perdido, que morreria e cairia no abismo logo abaixo, por isso não hesitou em clamar.
        Ó quanto precisamos dessa verdade em nossos dias! O fato é que esconderam o refulgente Salvador e Sua refulgente salvação em nossos dias. Como os homens vão clamar, invocar esse Salvador? Eles não percebem a grave situação onde se encontram; eles acham que há firmeza debaixo dos seus pés; eles estão sendo confortados e dinamizados pelo mundo, pelo diabo e até mesmo pela morte. Satanás trabalhou e trabalha duro para espalhar aos homens uma figura de um Jesus diferente; um jesus que mais parece com um animal de carga do que com o Cordeiro de Deus. Por essa razão é que tanto me esforço, a fim de que todos saibam a verdade, conforme nos mostra João em Sua 1 Carta: “E o sangue de Jesus seu Filho nos purifica de todo pecado”. Milhares já experimentaram isso em suas vidas e foram salvos; milhares partiram para o reino de glória eternal com Cristo no céu, porque foram igualmente salvos.
        Eis agora o fato que essa oportunidade gloriosa está estendida a todos os pecadores neste momento.