terça-feira, 1 de setembro de 2020

“A SIMPLICIDADE DA FÉ” (1)

                                      
“Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra Ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a Ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém  o outro, repreendeu-o dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem, mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23:39-43)
INTRODUÇÃO
        Na conhecida história desse ladrão, que foi salvo perto da morte temos uma lição bem prática a respeito do que significa a simplicidade da fé salvadora. Você não precisa entrar numa escola para aprender acerca da fé que salva, assim como não precisa estudar a respeito da composição da água para saber a respeito do valor dela. O valor da água aparece na sua utilidade para desfazer a sede. Assim é a fé cristã, porque a bíblia mostra o quanto ela é simples. A fé que teve os grandes heróis da bíblia, é a mesma fé que aquele ou aquela irmã tem. A bíblia trata da fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3).
        Temos muito que aprender sobre a fé, especialmente porque ela veio a nós diretamente do Autor da fé (Hebreus 12:2). Notemos bem que não importa se a fé foi experimentada por grandes homens que andaram com Deus. A lição que temos nesse texto de Lucas mostra o quanto um homem que foi salvo na beira do precipício, teve a mesma fé que outros santos tiveram. Olhando hipoteticamente, se ele vivesse mais aqui, sem dúvida sua fé exibiria como forte luz no meio dos homens. Se a fé viesse de nós ela revelaria toda fraqueza, incerteza e miséria, porque nada de bom pode se esperar do homem. Mas por ela vir do Homem perfeito, então a fé cristã tende a se agigantar diante das provações e decisões.
        Quando comparamos, o texto mostra que o ladrão que não se converteu também cria. Isso significa que ele tinha fé; Nota-se que ele esperava que o Cristo faria algo espetacular por ele. Esse é o exemplo claro do que é a fé meramente humana. A fé cristã é simples fé, porque é útil para o viver aqui e para introduzir o homem no céu. A diferença foi grande, quando comparamos a fé do convertido e a fé do não convertido. A primeira sempre será simples, mas a segunda mostra ser idólatra e banal, jamais reconhecida por Deus.  A primeira vê Deus em Sua glória e exaltação, a segunda vê a glória deste mundo e o perigo de perdê-la para sempre. Quanto mais o mundo se torna religioso, como está agora, mais a fé se mostrará trajada de um orgulhoso romance com esta vida terrena. Quando essa fé brilha para a glória do homem, eis que a fé simples dos santos prossegue seu caminho.
        É assim que vive o justo, seguindo sempre seu caminho rumo ao céu. A fé do ladrão convertido, bastou mirar o rumo certo para cima, imediatamente entrou em sua alma uma satisfação de gozo e alegria, mesmo em face do sofrimento físico, pendurado ali na cruz. A fé do ladrão convertido simplesmente o desligou do mundo, cortou o cordão umbilical que o ligava à esta ambiciosa vida de prazer misturado com maldades. A fé do ladrão não convertido não precisava de asas, pois tinha peso suficiente para fazê-lo descer de volta ao seu habitat natural. A fé do ladrão convertido deu a ele asas para voar às alturas da região celestial, lugar onde somente homens e mulheres que foram transformados em príncipes de Deus podem e poderão viver para sempre.
        Minha esperança é que entendamos o texto e assim examinemos nossa fé. Ela veio do segundo Adão, ou veio do primeiro Adão? Ela é celestial ou terrena? Ela é idólatra e busca os milagres que tanto anseiam o homem no pecado por um viver mundano, ou está ligada ao Cordeiro simples e Sua obra na cruz? Minha esperança é que cada página seja um desenrolar de um viver que transborda na certeza da vida eterna que teve início na conversão e que durará pela eternidade sem fim

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