terça-feira, 29 de setembro de 2020

“ CONHECENDO A PRECIOSIDADE DO FILHO” (3)

 


“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo” (Mateus 3:17)

A RAZÃO DAS PALAVRAS DO PAI: “Este é meu Filho Amado...”

        Sei que preciso retomar esse tema, mas as vezes as ocupações me impedem de fazer isso, pelo menos escrevendo uma página por dia. Minha esperança é que eu não falhe em nutrir os que amam a palavra de Deus com verdadeiro alimento celestial e esse alimento vem a nós quando aprendemos acerca do nosso Senhor, odiado do mundo, mas amado e apreciado pelo Pai, conforme o texto de Mateus 3:17 nos mostra. Deus sempre mostrou aos homens o quão perigoso é para alguém se erguer contra Seu Filho Amado. Josefo, antigo historiador judeu narra sobre a morte do Herodes que mandou matar as crianças, na tentativa de matar o infante Jesus, conforme a narrativa de Mateus 2. Diz Josefo que aquele Herodes teve um trágico e terrível fim.     

        Diante dessas verdades, voltemos ao texto porque ali vemos o quanto Deus usa essas palavras: “Este é meu Filho Amado...” como advertência a todos. O Filho voluntariamente se humilhou, mas o Pai eterno se encarrega de avisar a todos sobre o perigo de achincalhar, zombar, escarnecer e colocar Jesus no mesmo nível de seres humanos, pecadores como nós somos. A humilhação do Senhor é vista pelos homens, mas a glória Dele é mantida pelo Pai. Se os homens estão armados contra o simples Nazareno, a fim fazer Dele motivo de zombaria é certo que o Pai tem em mãos Suas armas aterrorizantes, as quais serão usadas contra aqueles que desprezarem o filho. As narrativas de Josefo mostram como foram os horrores que sofreram os moradores de Jerusalém, quando o general Tito, no ano 70 invadiu a cidade e a encheu de cadáveres, em cumprimento da maldição que veio sobre o povo quando pediram que o sangue do Justo recaísse sobre suas cabeças.

        Devemos lembrar que a humilhação do Filho foi voluntária, ativa e não passiva   . Por incrível que pareça, nós somos pecadores por decisão de nossos pais no Éden, mas também por decisão tomada por nós. O que somos agora é o que seríamos se estivéssemos em lugar de Adão. Nossas atitudes revelam o que somos nós por prazer. Mas o caso do Senhor Jesus, Ele simplesmente ignorou, ou mesmo escondeu Sua divindade para vir até nós aqui; na reunião do Conselho de Deus foi o Filho quem se apresentou para o serviço da redenção. Note bem que Ele não deixou os poderes da divindade, mas simplesmente não usou. Ele provou esse fato na transfiguração, mas fez questão de mostrar isso a 3 discípulos, a fim de que eles mesmos pudessem testemunhar e incluir esse fato em seus escritos, como fizeram Pedro e sua segunda carta e João no capítulo de sua 1 carta.

        Em tudo isso estou tentando mostrar que mesmo na humilhação do Filho, tornando-Se homem na mais humilhante condição, Ele jamais ficou isolado e abandonado pelo Pai. Ele mesmo diz em João que no momento final, quando iria se dirigir para a cruz, todos os discípulos Lhe abandonariam, mas Seu Pai estaria com Ele. O único momento que Deus abandonou o Filho foi quando foi de fato crucificado e na cruz se tornou pecado em lugar do Seu povo; foi ali que o Filho gritou em hebraico: “Deus meu, Deus meu por que me desamparaste?” Foi naquele momento que o Cordeiro foi imolado: “Ao Senhor agradou moê-Lo”. Que história fantástica, a qual deve mover nossos corações de santo temor, tremor e adoração.

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