sexta-feira, 31 de julho de 2020

O PURO EVANGELHO (4)


Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
O CONTEUDO DA MENSAGEM:          “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”
         Caro leitor, creio que a introdução trouxe certa iluminação ao nosso entendimento, no que diz respeito ao evangelho. Não há uma época tão carente da verdade como a nossa, porque até mesmo dentro das igrejas é perceptível um evangelho que não é o mesmo de Paulo, ou o evangelho dos mistérios eternos de Deus. Precisamos saber que qualquer elemento estranho à verdade revelada vem prejudicar a mensagem; é contaminador.
         Mas precisamos avançar no exame minucioso desse verso de 1 Coríntios 15:3. Veremos agora o conteúdo da mensagem. Esse precioso conteúdo aparece na frase: “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”. Eu sei que a natureza enganosa do pecado impede que vejamos a seriedade dessas palavras, especialmente em nossos dias quando pecado não é visto como algo tão letal, venenoso e corrosivo à alma. Creio que quanto mais luz tivermos dessas maravilhas reveladas, maior será nossa capacidade espiritualmente perceptiva. Ora, se encararmos essa frase com seriedade e temor veremos o quanto ela revela nossa miséria; o quanto nos humilha e nos atira ao pó. Por quê? É simples. A frase mostra  a nossa triste história, contada por Deus e também revela nossa triste condição atual e o que realmente merecemos a condenação eterna.
         Veja caro leitor, o quanto nossa terrível e tremenda culpa aparece nas palavras: “...nossos pecados”. Satanás é a mesmíssima serpente do Éden; o que ele fez ali, semeando dúvidas quanto ao caráter santo, puro e fiel de Deus, ele ainda está fazendo. Ele consegue fazer com que as multidões ignorem que toda miséria dos homens; toda essa enxurrada de destruição vista neste mundo diariamente é por causa dos nossos pecados. Satanás sempre semeia nas mentes dos homens que a culpa foi e é de Deus; que os homens não merecem essa situação tão vil; que não merecem sofrer nem aqui, nem tampouco na eternidade. Ele faz que os homens creem que finalmente Deus cedeu; que os anos que passaram fizeram com que Deus meditasse bem e concluísse que o erro foi Dele e que agora Ele quer todos de volta a Ele; que todos são seus filhos e que todos encontrarão com Ele no céu um dia. Ora, essa mentalidade tão vil e perniciosa tem sido levada na carruagem ecumênica para o mundo todo.
         Por incrível que pareça, em nossos dias até mesmo os púlpitos têm cedido aos apelos humanistas. Por essa razão o evangelho chega aos corações, tão cheio de melado do favor humano. Precisamos entender que as multidões querem abrir todos os caminhos de paz que as religiões apresentam; querem se ajuntar, dando as mãos para que todos juntamente numa só voz e numa só alma possam proclamar que são de Deus e que Deus se arrependeu do que fez com os homens. A situação é gravíssima e cheira a chegada do justo juízo de Deus sobre a nação e sobre a igreja aqui no Brasil.
         Mas quero voltar ao texto para mostrar que a mensagem acerca de “...nossos pecados...” precisa voltar a ser pregada. Precisamos de leais pregadores da doutrina da culpa e da depravação do homem. Carecemos de homens cheios da compaixão de Deus e cheios da Palavra da verdade. Ouso afirmar aqui que sem a pregação da culpa do homem e de sua condição debaixo da Ira de Deus, nada vai resolver, nem mesmo falar sobre eleição, predestinação ou mesmo acerca da segurança eterna.
         Noutras palavras, os homens precisam ser levados imediatamente à visão da queda e de que continuam sendo malignos, vis, idólatras e carregados de paixões. Eles precisam sentir que seus pecados são aterrorizantes dentro e fora deles; que precisam urgente da mensagem de salvação e que Cristo Jesus é o Cordeiro puro, o único que veio para trazer salvação eterna; que só no sangue Dele a alma encontra a paz com Deus e que poderão ser aceitos perante o glorioso Juiz do universo sem qualquer culpa.

O PERIGO DA INCREDULIDADE (8)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Conhecendo melhor o trabalho sutil e malicioso de um coração incrédulo, posso afirmar que a incredulidade vil se enfeita de adornos da justiça própria. Ela trabalha de forma escancarada, publicando a todos e todos presenciando e saudando esses atos de justiça própria. A incredulidade se posta como capaz e digna de toda aceitação, porque continuamente ela está dizendo que não precisa dos recursos divinos, nem das revelações gloriosas e perfeitas de Deus na palavra. A incredulidade simplesmente se coloca como surda, recusando a santíssima provisão pelo sangue do Justo Cordeiro. A incredulidade de Caim é a modelo perfeita de como a incredulidade atua neste mundo. O pecado acalenta sua própria justiça e declara que a justiça de Deus não serve. Ela não quer ir para o céu, porquanto não tem qualquer aspiração pela Nova Jerusalém. A incredulidade vil, cega e surda segue seu caminho e se arma contra todos quantos se opõem a ela, assim como Caim resistiu seu irmão.
        Precisamos ir longe nisso? Claro que não! A incredulidade não morreu, ela sempre se desponta em cada ser que aqui nasce, e como serpente que saiu do ovo ela já se sente pronta para se virar sozinha com seu veneno. A incredulidade vil exibe o seu “guarda-roupa”, e mostra o quanto é abarrotada de vestimentas diferentes. Tem até vestes com as quais ela se mostra disfarçada de pastores, padres e charlatões espirituais. Mas o alvo dela é seguir a vida por este mundo e se houver caminhos melhores para atingir suas metas de prosseguir no mundo de um modo que lhe agrada, ela irá tomar as vestimentas que servirem. Ela quer passar como boa, justa e zelosamente religiosa; facilmente se curvará para aquilo que a fará mais egoístas. A incredulidade tem ouvidos prontos a ouvir suas e melosas palavras que enfeitam seu coração; ela se encanta com charmes religiosos e se abarrotará de costumes e modos que a farão mais encantada e atraente com tantos belos trajes da justiça própria.
        Quer ver a encantadora incredulidade? Veja a grande babilônia, a famosa meretriz que aparece no capítulo 18 de Apocalipse. Como aparece religiosamente linda, porque a grande e famosa meretriz é a reunião de todas as incredulidades. Ajunte todas as mentiras religiosas e verá o quanto todas as incredulidades darão as mãos para celebrar uma divindade desconhecida. Examinemos um pouco as atividades da incredulidade vil numa igreja, porque ela consegue dissimular-se bem e passar como autêntico crente. Ela consegue definir um credo religioso e se estabelece como alguém de fé e zelo. Mas tudo vai bem até que a verdade do evangelho vem perfurar seu coração e deixa-lo amedrontado, pelo fato que está caminhando para a perdição eterna.
        Porém, não há quem possa curar um coração tomado por essa moléstia do pecado. A incredulidade chora, faz pacto de andar certo, toma algumas decisões que parecem espirituais, mas como ela vive da aparência, logo essa nuvem se dissipa e sua face destruidora aparece para reagir. Não há como tentar acender a luz da verdade num ambiente evangélico porque a maliciosa incredulidade vai apaga-la. Assim como os judeus incrédulos tiraram seus disfarces e se revoltaram contra o próprio Senhor encarnado. A incredulidade não se levanta contra os adornos santos que aparecem na construção do tabernáculo do evangelho. A incredulidade odeia a glória do Senhor da glória e quer fugir dali. A mensagem santa descobre seu perverso coração e fere sua visão mundana. A mensagem santa tira a incredulidade do seu conforto, porque a luz é forte e a faz fugir.
        Não há como lidar com a incredulidade, ela é imutável em seu propósito e anseia em seu plano de arrancar a glória da tão grande salvação. A incredulidade não tem parte com as ovelhas, porque estas creem no Senhor, porquanto são elementos cujos corações foram mudados para temer ao Senhor e segui-Lo.

SALVOS PARA AS BOAS OBRAS (2)



“Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios  2:10)
INTRODUÇÃO:      
        Nesta página permanecerei na introdução, porque sei o quanto o tema acima precisa ser bem explicado. Com veemente zelo quero atacar o evangelho barato, tão falado às multidões em nossos dias, cujos resultados são danosos não somente para a igreja, como para o próprio mundo. A salvação bíblica não é Deus carimbando o passaporte para alguém fez uma decisão de salvação. Muitos que tem crido assim, simplesmente pegam tal “passaporte”, põem no bolso, ou guardam em casa e assim voltam para o mundo, a fim de desfrutar os prazeres mundanos. Salvação que não transfere o pecador da morte para a vida, das trevas para a luz, do império de satanás para o reino de Deus, não é salvação bíblica. O homem no pecado é um cadáver neste mundo e só Deus pode ressuscitá-lo dentre os mortos. Por essa razão quero enfatizar bem o assunto que Paulo trata em Efésios 2:10. Mas antes de entrarmos nos detalhes devo mostrar quatro lições importantíssimas que envolvem essa introdução.
        1.     A graça não desativa, mas ativa o salvo. O que quero dizer é que o trabalho da graça salvadora empunha suas poderosas armas que vêm danificar o poder da morte e assim erguer o novo homem em Cristo, para que ele no mundo opere essas obras jamais vistas pelo mundo. Elas são chamadas no texto de “boas obras” e fazem diferença das “obras”, conforme a visão religiosa do mundo.
        2.     Devemos fazer diferença entre as obras em Adão e as obras em Cristo. Os homens não salvos fazem obras e essas obras são boas do ponto de vista humano, mas aos de Deus são completamente inúteis. Nosso Senhor mostra essa diferença em João 5, onde Ele diz no verso29: “E os que fizeram o bem para a ressurreição da vida, e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação”. Veja bem que nosso Senhor no texto está considerando os atos dos homens: Fazer o bem e fazer o mal. Temos de seguir a mente do próprio contexto (o capítulo 5), porque nosso Senhor mostra que Ele veio ressuscitar mortos, então entendemos que os que estão mortos no pecado sempre farão o mal, enquanto os que são ressuscitados espiritualmente na salvação hão de fazer o bem. Os mortos estão em Adão, os vivos são os que estão em Cristo. Em Adão as obras nada têm de valor. Em Cristo as boas obras são de extremo valor.
        3.     Salvação que não resulta num viver que evidencie boas obras, não é salvação bíblica, porque, pelas obras revelamos se estamos em Cristo ou em Adão. É esse o ensino que Tiago nos traz em sua carta, no capítulo 2. Ali ele diz que a fé sem obras é morta. A fé sem obras pode ser comparada a um Lázaro morto, tirado do sepulcro sem vida e entregue às suas irmãs. Para que serve um cadáver? Tiago não está dizendo que a salvação vem pelas obras, mas sim por uma fé que realmente tem ação, por isso ele usa a ilustração de Abraão, antes da lei e de Raabe, na lei.
        4.     O povo de Deus está no mundo para exibir os traços dados pela graça de novas criaturas. Deve ser esse o efeito que será visto nos que são salvos. É isso o que o Espírito Santo nos ensino nesse verso fulgurante de Efésios 2:10. Que essa mensagem chame nossa atenção e nos envolva de forma prática nessa verdade. Que sejamos tomados no íntimo dessa santa introspecção: Sou eu um crente? Amo a palavra de Deus? Sou obediente ao comando do Senhor? Cada dia avanço em me separar mais e mais do mundo e sua corrupção? Meu modo de viver mostra que pratico a justiça bíblica? Essas coisas devem penetrar nosso coração e chamar nossa atenção. Que o Senhor nos guie nessa jornada.

Pregação - A grande reconciliação - Provérbios 16:7 - Pr. David Sena

quinta-feira, 30 de julho de 2020

SALVOS PARA AS BOAS OBRAS (1)


                          
“Pois somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios  2:10)
INTRODUÇÃO:      
        Prezado leitor, sinto-me tão feliz por poder contribuir na vida dos santos de Deus com os preciosos ensinos da graça, e são eles que edificam a igreja com a casa de Deus e adorna a igreja, sendo ela a noiva de Cristo. E mesmo que eu pudesse escrever milhões de páginas sobre quaisquer tema que tratam da graça, eu serei nada, porque estamos lidando com o oceano das insondáveis riquezas de Cristo. Não devo eu pensar e agir como João Batista? “Convém que Ele cresça e que eu diminua” (João 3:30). Milhares de livros já foram escritos sobre a graça e eu estou tentando dar minha parcela naquilo que pude ver em minha vida e que posso conhecer mais e mais, à medida que avanço no conhecimento da palavra.
        Tem duas razões que me levam a escrever sobre o tema acima: “Salvos para as boas obras”. Uma é que o assunto é indiscutivelmente de grande importância para a igreja. Ora, estamos diante do fato que Deus tem salvado um povo e tem deixado esse povo diferente, que brilha como luz na terra, a fim de glorificar Seu grande Nome. Para mim esse é ensino que é mais destacado pelo Senhor Jesus, pelos apóstolos no Novo Testamento e em todo ensino do Velho Testamento. Então, não estaremos pisando em terreno novo, mas sim num lugar já bem conhecido.
        Mas a outra razão é que esse ensino tem sido massacrado por aqueles que entendem de forma errada os exercícios da graça em nossos dias. Aliás, foi sempre assim, pois sempre satanás lutou e tentou manchar os preciosos ensinos que enriquecem os santos de Deus. Da mesma forma como ele sempre atuou na história, muito mais agora o pai da mentira tem usado de todos os meios para profanar a graça. Aliás, foi esse o assunto de Judas em sua pequena carta, onde ele diz que o trabalho dos agentes das trevas consiste em transformar a graça de Deus em libertinagem.
        O que está acontecendo? Ocorre que a palavra “graça” tem sido mal compreendida por muitos, especialmente no que tange à sua obra salvadora. Muitos são ensinados que, pelo fato que salvação é pela graça, basta uma decisão de “aceitar Jesus como salvador” a pessoa está salva e sem dúvida alguma entrará no céu. Ora, tem muita verdade nisso, mas também tem muito engano nisso. Eu creio que quando alguém se converte a Cristo de todo coração é salvo para sempre. Foi assim com o ladrão na cruz e com todos os que sinceramente se arrependeram e creram. Essa é uma verdade indiscutivelmente bíblica. Mas o perigo consiste em espalhar uma salvação tão barata que todo mundo vai querer tal salvação. É como uma mercadoria que não tem tanto valor no mercado, então fica exposta para quem quiser.
        Não há dúvida que isso tem causado tanto prejuízo para a igreja de Deus, porque elementos perigosos, falsos mestres aparecem e distribuem tal salvação de graça. Elementos que jamais conheceram arrependimento e confissão são tidos como salvos, e o efeito é que não há nada em suas vidas que demonstra o trabalho gracioso do Espírito de Deus. E então o que ocorre é que não há qualquer evidência das “boas obras” conforme o texto de Efésios 2:10. Sem a genuína e gloriosa obra feita por Deus não há mudança no homem; ele continuará sendo o mesmo homem corrompido e odiador de Deus, achando que já está com a passagem assegurada para entrar no céu.
        A minha página acabou, mas a introdução desse assunto ainda não. Minha esperança é que tenha despertado o interesse nos meus leitores, a fim de amar essa verdade tão preciosa em seus corações.

O PERIGO DA INCREDULIDADE (7)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Todo meu esforço consiste em descobrir pela palavra de Deus o quanto é perigosa e letal a incredulidade, porque ela é inata ao coração. Nosso Senhor não amenizou a situação dos judeus arrogantes; Ele não teve nenhuma compaixão da incredulidade daqueles elementos que sempre O interpelavam, pois Ele conhecia perfeitamente a condição do homem no pecado. Para Deus não há mais terrível e proveniente do coração do homem do que não crer Nele. A incredulidade mostra o quão destruidor foi o pecado; como arruinou a criação em todos os aspectos da vida e como lançou o homem no poder da morte, tornando-o cego, surdo, mudo e paralítico. Nas palavras do Senhor vista no capítulo 10 de João mostra que não há absolutamente nada que se possa extrair do homem, a fim de leva-lo a Deus. Eles não criam em Jesus porque faltava entendimento; porque precisava um pouco mais de paciência na abordagem evangelística do Senhor. Segundo o Senhor, eles não criam porque não pertenciam às Suas ovelhas.
        Notemos essas verdades na prática. A incredulidade se prontifica a buscar qualquer recurso material no egoísmo do coração. A incredulidade tem consigo mesma seu modo de crer e em quem deve por sua confiança. Sua atitude hostil é contra Deus e não admite sua intromissão A incredulidade está dizendo que ela crê em si mesma. A incredulidade é louca e segue a loucura, porquanto, mesmo vendo as palavras documentas de Deus, ainda assim não as tolera.  A incredulidade tem consigo o desenho feito no íntimo de sua própria divindade. As matérias da incredulidade são corrompidas e não há qualquer luz que direcione o viver no íntimo; tudo é buscado conforme seus interesses voltados para si mesmo; todas as bênçãos buscadas pela incredulidade visa seu sucesso material.
        Que situação terrível se encontra o coração endurecido do homem. Já mencionei tanto Esaú, mas a vida dele vem a calhar quando tratamos de  uma mensagem com este tema. Em seu coração não havia qualquer coisa, senão interesses voltados para esta vida; seus planos estavam voltados para a formação de uma nação desenhada em seu coração. Ele acreditava no Deus do seu pai Isaque, mas o negava no viver. A confiança de Esaú estava fixada nele mesmo e queria que as bênçãos do seu pai caíssem sobre sua cabeça; queria que o Deus de Abraão fizesse uma aliança com ele, aliança totalmente diferente da que fora feita nos planos eternos. Estava ali um ímpio que marchava impiedosamente para seus planos pervertidos de construir uma nação sem Deus no mundo.
        No caso de Jacó a situação foi diferente, porque pela escolha o trabalho da graça deveria operar algo que somente a graça podia fazer, que era dar àquele homem um novo coração. Se não houvesse essa intervenção espiritualmente cirúrgica na vida de Jacó, certamente ele agiria com as mesmas disposições incrédulas e perversas do seu irmão, mesmo em circunstâncias diferentes. Se Deus não arrancar o coração feito de pedra pelo pecado, realmente é impossível para qualquer homem crer sinceramente no Deus da aliança. O incrédulo quer negociar com o Deus da criação e tenta imobiliza-lo em suas manobras perversas. Foi assim com aqueles judeus de João 10, pois com seus corações altivos e presunçosos marchavam para a eternidade, achando que tudo estava certo; que eles eram corretos em suas religiões e que certamente mereciam estar no Paraíso com o papai Abraão.
        Mas, quem estava perante eles? O Deus da aliança – o Senhor da glória. Ele conhece que o homem no coração nada quer com Ele, por isso Ele veio ao mundo buscar Suas ovelhas e reuni-las todas em Seu aprisco santo.

quarta-feira, 29 de julho de 2020

A GRANDE RECONCILIAÇÃO (15 de 15)


                  
“Sendo o caminho do homem agradável ao Senhor, este reconcilia com ele os seus inimigos” Provérbios 16:7
INIMIGOS RECONCILIADOS.
        Finalmente, os homens quando trilham o caminho agradável ao Senhor, são reconciliados com o céu. Por quê? Eles agora são cidadãos do lar celestial, são povos incrivelmente nascido lá. Eu nasci numa cidadezinha no interior da Bahia, meu nome está escrito no cartório da cidade. Os que são salvos têm seus nomes escritos no livro da vida. O Senhor afirmou essa verdade aos seus discípulos: “...Alegrai-vos antes porque vosso nome está arrolado no céu” (Lucas 10:20). Paulo deixou bem salientada essa verdade aos crentes de Filipos: “Mas a nossa cidade está nos céus, de onde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20). Nosso Senhor nada deixou de esperança terrena para Seus discípulos, mas afirmou que iria preparar lugar para eles na casa do Seu Pai (João 14:2).
        Incrível, mas no Velho Testamento Deus convida os céus para observarem juntos a loucura de Israel em desviar da fonte de amor perene, mas agora nosso Senhor mostra como os céus dizem Bem-vindo a um povo salvo e que a cidade celestial será habitada por homens e mulheres cujos corações foram lavados e purificados pelo sangue do Cordeiro de Deus. A salvação dos perdidos e arrependidos é motivo de festa no céu e de horror para o inferno. Agora homens como o ladrão pode ver a porta do céu escancarada para lhes dar entrada permanente na cidade de onde nunca mais sairão nem verão qualquer sofrimento.
        Finalizo dizendo que o homem é reconciliado com a verdade. Tem a verdade no mundo, mas trata-se da verdade que o mundo pode enxergar. Tudo aqui é movido pela verdade de tal maneira que qualquer mentira, mais cedo ou mais tarde será revelada e descoberta. Mas em sua essência o mundo é mergulhado na mentira. O príncipe deste mundo é o pai da mentira e ele faz com que todo seu programa que aqui se desenrola precisa ser feito na base da mentira. No mundo, toda verdade vem de Deus, mas toda mentira vem do diabo. Aqueles que têm uma visão bem clara da verdade bíblica, logo descobrem que o que passa por este mundo é tudo mentira. Todo programa deste mundo é formulado e manipulado por poderes invisíveis da mentira. Tudo aqui é um tipo de passatempo, de entretenimento, a fim de que as pessoas se sintam bem, mas nessas programações o poder da mentira tem em mira fortalecer a mente para acreditar naquilo. É assim que satanás controla o mundo e com inteligência perversa faz com que os homens mundanos acreditem que aqui é melhor e que tudo aqui vai dar certo.
        Quando os homens se convertem é justamente porque viram que andavam por caminhos perigosos. Os salvos percebem o sutil e invisível inimigo que age nas trevas; eles percebem que agora são motivos de ódio do mundo e que satanás há de persegui-los, porquanto se tornaram inimigos dele. Agora, o que estava no avesso passa a ser visto no lugar certo. Agora há luz no caminho; há realidade no horizonte e tudo é explicado à luz daquilo que a bíblia mostra. Antes Deus era inimigo, agora Ele é amigo fiel e constante. Agora o caminho da verdade é seguido de forma justa e constante. Glória ao Senhor!

O PERIGO DA INCREDULIDADE (6)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Posso assegurar que a incredulidade se dispõe a obedecer a toda e qualquer fantasia da idolatria natural do coração. A idolatria é o coração fechado, obstinado, resistente, que continuamente desafia a Deus. Podemos notar que nas palavras de Raabe acerca do seu povo em relação a Deus (Josué 2), ela mostra o quanto toda população de Jericó com suas autoridades já sabiam quem era o Deus de Israel; sabiam que Ele abriu o mar vermelho e fez Israel passar. O povo não era ignorante acerca do todo poderoso. Era seus corações arrogantes, presunçosos e dispostos a continuar em seus pecados que fizeram deles pessoas fugitivas, tentando se ocultar de Deus, achando que a muralha era capaz de lhes dar proteção. A conversão de Raabe foi um ato misericordioso da parte do Senhor.
        Foi a incredulidade que fez o povo de Israel agir, como sempre age um coração endurecido. O incrédulo sempre raciocina de um modo natural; ele vê a vida do ponto de vista da natureza, por isso o povo olhou para as alturas do Monte Sinai e não viu nada do homem Moisés. Eles não olhavam pela fé, vendo o Deus que lhes tirou do Egito. O incrédulo ignora a bondade e os atos poderosos de Deus. Essas coisas não são levadas em conta em seu viver. Um homem viu uma serpente congelada, ficou com dó dela e a levou para aquecer. Uma vez aquecida a cobra voltou a agir e picou envenenando o homem que agiu com bondade para com ela. É assim que faz o homem no pecado. A vida do incrédulo é desenhar o destino do ponto de vista natural. Por essa razão a providência do povo foi fazer o bezerro de ouro e aproveitar a “liberdade” que jamais tivera no Egito, a fim de curtir a vida.
        Todo problema do homem está no coração. Se estiver lacrado e obstinado contra Deus ele agirá assim, disposto a ser hipnotizado pela mentira. Judas, nem mesmo vendo todas as maravilhas da graça ao andar com Jesus e com os apóstolos, pode deixar ser dominado poder dominante do amor ao dinheiro. O incrédulo não desconhece a Deus, ele sabe tanto acerca do Deus da bíblia que não O quer por perto. Seu coração é fechado, pois tem outro poder que o domina ali. O incrédulo nada tem para dar a Deus em adoração, amor, serviço, ações de graças e consagração. O incrédulo vê Deus de longe e diz: “Fique por aí, não venha perto de mim!”. O crê do incrédulo é igual ao crê dos demônios, pois quanto mais perto chega a luz ele grita: “O que queres de mim?”. Quando um incrédulo é descoberto pelo evangelho, sua reação é a mesma de Acabe em relação ao profeta Elias: “Porventura me achaste inimigo meu?”.
        A incredulidade é achada em todo coração que jamais se arrependeu. É achada num Judas traidor, mas também é achada num religioso Saulo de Tarso. É achada no povo assassino e perverso, o povo Caldeu, mas também é achada nos religiosos e fanáticos judeus. Por onde passarmos veremos os atos da incredulidade em toda sociedade. Mesmo diante de tantas verdades despontadas perante seus olhos, eis que a incredulidade estará bajulando os homens e xingando a Deus; disposta a oferecer seus cultos aos ídolos e pronta a negar culto solene e santo ao Deus vivo e verdadeiro, o qual lhes enche de bênçãos materiais dia a dia.
        A incredulidade vil é assim, sempre pronta a se enfeitar, cantar, falar versos, orar e até mesmo trabalhar para Deus. Mas veja os atos da incredulidade, porque ela há de negar as Escrituras. Ela tem forças para manter a bíblia fechada, calada e luta para aniquilar toda pregação bíblica. A incredulidade é forte e poderosa para suas maldades, porque diante dos homens ela sabe bem como manipular, enganar e mentir e acha que Deus pode ser tratado da mesma maneira, como faz com os homens.

terça-feira, 28 de julho de 2020

O PERIGO DA INCREDULIDADE (5)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Nem podemos imaginar o quanto o poder do pecado sempre leva o homem a descer rumo aos mais tortuosos caminhos da descrença em Deus e da confiança naquilo que é simplesmente nulidade. Nestes dias em nosso país, quanto mais parece que evoluiu o culto religioso, na realidade a incredulidade aparece bem trajada de suas profundas superstições. Quanto mais o mundo parece mais belo e agradável, mais aumenta a descrença num Deus sobrenatural, que se revelou em Sua Palavra. Notemos bem como os homens estão sempre prontos a engolir as piadas evangélicas de nossos dias, porque foi sempre assim, os filhos do diabo se aproximam dele, a fim de receber suas orientações mentirosas. A incredulidade se adere bem a qualquer elemento religioso onde as mentiras aparecem bem trajadas de servas dos homens. Quanto mais os homens puderem saciar o egoísmo, eles se agarrarão às mentiras.
        Nosso Senhor arrancou a capa religiosa que encobria o coração dos judeus e declarou a eles que a liberdade externa que eles usufruíam escondia o fato que não passavam de pobres escravos. Nosso Senhor estava dizendo a eles que a escravidão do Egito foi apenas sombra daquilo que envolvia suas almas e que era desconhecido aos seus olhos. No capítulo 10 nosso Senhor mostra a cruel manifestação de incredulidade que fazia seus corações extremamente endurecidos: “...vós não credes porque não sois das minhas ovelhas”. Ele não diz que eles não criam porque não foram bem informados, porque ignoravam os ensinos acerca Dele.
        Ora, as obras, a vida e os ensinos do Senhor provavam o fato que Ele era o Filho de Deus. Os discípulos viram as obras do Senhor e testificaram ser Ele o Filho de Deus. Aqueles homens eram ovelhas sim, mas ovelhas errantes, cada uma seguindo seu próprio rumo. Como Caim, eles amavam o mundo; como Balaão amavam as riquezas terrenas e como Coré ambicionavam uma posição melhor aqui. Esse trio humanista, mundano e egoísta fazia parte daqueles corações que por várias vezes tentaram matar o Senhor. O Senhor estava cercado de inimigos. Eles eram ovelhas na fragilidade diante dos lobos invisíveis, mas eram leões na natureza perversa e extremamente corrompida pelo pecado. Tinham aparência de piedosos, mas por dentro eram fanáticos pelos caminhos idólatras, como procederam seus pais em toda história de Israel.
        Que diferença há com os homens de hoje? Nenhuma. O coração do homem é tão embrutecido na incredulidade hoje quanto foi o coração de Caim, de Balaão e de outros nomes conhecidos. Se Deus não poupa uma fé pequena dos seus servos; se Ele chamou os discípulos de “homens de pouca fé”, quanto mais a incredulidade é vista por Ele como a atitude mais terrível, assombrosa, criminosa e desafiadora da parte dos homens. Alguns dizem: “Eu creio em Deus”. Outros dizem coisas semelhantes, mas o que é isso? Que tipo de fé é essa que até os demônios possuem? A incredulidade é como uma parede de pedra, onde os homens gravam o nome de Deus juntamente com seus ídolos. Ora, eles refletem isso nos seus lábios, porque a mesma boca que transmite coisas boas, também pronunciam as maldades que procedem de seus corações.
        Ó, que triste situação dos homens na incredulidade. A incredulidade diz que tem fé, que crê em Deus. Mas esse crê é a atitude de inimigos que fogem, que se escondem, que se armam querem também atacar. A incredulidade é lisonjeira, porque Deus aparece para tirar-lhe do seu conforto e bem-estar. A incredulidade é vil, zombeteira, caluniadora, falsa conselheira e pronta para atacar toda verdade, assim que aparece a oportunidade.

A GRANDE RECONCILIAÇÃO (14)



“Sendo o caminho do homem agradável ao Senhor, este reconcilia com ele os seus inimigos” Provérbios 16:7
INIMIGOS RECONCILIADOS.
        Posso afirmar que quando o homem anda pelo caminho que agrada a Deus, eis que ele é reconciliado com o céu, porque passou a ser um cidadão do céu. Aqui na terra têm lugares onde não posso entrar, porque está escrito logo na entrada: “Proibido a entrada de estranho”, ou mesmo está subentendido. Até mesmo a rainha Ester para obter acesso à presença do rei Assuero arriscou sua vida. O céu é diferente? Claro que não! Aliás, a cidade celeste é o lugar onde há proibição e Deus deixa essa verdade bem informada a todos, como vemos em Apocalipse 21 acerca daqueles que ali não entrarão.
        O homem por natureza é proibido entrar no céu. Ele está fora do Paraíso desde a queda. Vejo o quanto satanás tem feito com que a sociedade religiosidade tem sido trabalhada para pensar positivamente que após a morte todos irão para o céu. Os homens têm sido alimentados com vã esperança de que irão para lá. Mas qualquer pecador, não importa a quantia de pecado que praticou se foi boa pessoa aqui ou má, está completamente distanciada do céu. Primeiramente, não há qualquer interesse nos homens quanto ao céu; o lar de habitação de Deus é um lugar indesejável em seus corações e provam aqui, porque fogem de lugares santos, da companhia de pessoas crentes sinceras e também dos ensinos puros e santos. O lugar para onde os homens irão após a morte é desenhado aqui pelos homens por onde pisam, o que falam, o que pensam e o que fazem.
        Em segundo lugar, o céu é o pior lugar para os homens, porque lá não há o que eles tanto buscam aqui. Lembra do que o Senhor disse: “Onde está o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração”? Onde está o tesouro do mundano? No céu? Não! Está no mundo e é no mundo que está seu coração e não no céu. Vemos alguém falando do seu desejo de ir morar no céu? O mundo enganado acha que depois da morte terá um lugar de repouso, um lugar de perpétuo repouso. Veja bem que não há qualquer afinidade entre o cidadão deste mundo com o cidadão do céu; a linguagem de ambos é diferente e suas aspirações não combinam. Como poderá o pobre pecador, cujo caminho é desagradável a Deus, poder ser tratado como um cidadão do céu? Como pode um habitante das trevas entrar no reino de luz? Como pode um filho da ira entrar no reino eterno do Deus de amor? Como pode um amante da iniquidade entrar no lugar Santo? É impossível!
        O que precisa acontecer? Os céus abominam o ímpio! Suas portas serão fechadas e sua luz é terrivelmente ofuscante para os olhos carnais e naturais. Se não toleramos a luz do sol aqui, como tolerar o lugar da irradiação da plena glória de Cristo? Como poderá o lugar puro, onde tudo é feito das mais puras joias, receber lá elementos cujos pés estão sujos, as mãos manchadas e suas bocas impregnadas de palavras torpes? Numa ilustração bem simples, não toleramos em nossas casas as simples sujeiras, quanto mais o lugar onde o Santíssimo habita em glória. Ora, a linguagem bíblica para o pecador é que ele precisa ser purificado. Veja o que Deus disse a Israel, nos dias de Isaías: “Purificai-vos!” Não é assim que Ele fala hoje ao pecador? Não é a mesma mensagem para homens e mulheres que querem entrar no reino de glória?
F.     Ele é reconciliado para ser apresentado ao universo como estrela da graça.

Pregação - Uma ovelha sustentada - Salmos 23:2 - Pr. David Sena

A VERDADEIRA FELICIDADE (16)




Sendo assim, todo homem piedoso te fará súplicas em tempo de poder encontrar-te. Com efeito, quando transbordarem muitas águas, não o atingirão. Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento” (Salmo 32:6,7).
O TRIUNFO DO HOMEM FELIZ:
         Caro leitor consideremos de todo coração essa oração de louvor e adoração ao Senhor da parte de um coração convertido: “Tu és o meu esconderijo; tu me preservas da tribulação e me cercas de alegres cantos de livramento”. Eis aí o homem feliz, porque a salvação bíblica mostra que a felicidade consiste em andar triunfantemente com Deus neste mundo perigoso. Felicidade não é derivada de um viver solto na carne; não consiste em aproveitar o máximo desta vida.
         Veja caro leitor como o homem salvo alegra e regozija em seu Deus! Veja como o Senhor é doravante sua força, sua glória e desafio contra as poderosas manifestações inimigas que controlam este mundo. Contra o mundo, a carne e o diabo: “Tu és meu esconderijo”. Porque, quem é o homem para lutar contra esse triângulo do mal? Homens e mulheres no mundo inteiro não passam de escravos algemados, acorrentados a serviço desses poderes que controlam ricos, pobres, sábios e ignorantes. Enquanto os homens não conhecem esses inimigos, suas almas são levadas por esses vendavais em direção ao abismo. Eles não percebem que estão sendo iludidos e que caminham em direção ao matadouro.
         A alma convertida toma seu Senhor e Salvador como seu esconderijo. O convertido é posto num lugar seguro; é uma ovelha guardada sob uma poderosa mão. O Senhor torna-se Sua cidadela forte, seu abrigo seguro onde nenhum inimigo pode chegar. Veja, caro leitor como o crente corre sempre em busca do socorro do Senhor, se esconde Nele em oração, temor e constante vigilância. Notemos que a felicidade é conquistada em cada vitória, a cada momento ela vai mostrando que aparece de glória em glória. Tal verdade irrompe a alma em júbilo, e faz a felicidade genuína despontar-se em júbilo e regozijo íntimo. O autor de um antigo hino transmite essa verdade numa de suas estrofes:
                                      Vencendo a tentação contente viverei
                                      Sob tua proteção, ó meu bendito Rei!
                                      Ó meu Jesus comigo, vem estar agora,
                                      Té que no céu contigo eu vá morar
         Mas, as forças inimigas aparecem à medida que os verdadeiros santos de Deus avançam. Os crentes não estão imunes ao poder da morte e do inferno, porque constantemente somos avisados pelos sofrimentos que esses poderes atacam e afligem os santos de Deus. Nosso Senhor em Sua humilhação experimentou essas angústias: “Cordas de morte me cercaram, e torrentes de perdição me amedrontaram. Cordas de Seol me cingiram, laços de morte me surpreenderam(Salmo 18:4,5). Onde está felicidade nisso? Como alguém pode afirmar que é feliz na dor, na perda, na angústia e noutras manifestações infernais? Eis a resposta: “...Tu me preservas da tribulação...”. A promessa do Senhor é que as forças da morte eterna não atingem o crente. Os santos não estão imunes às dores e sofrimentos físicos, mas estão livres das conseqüências eternas. Certamente os pavores do inferno assustam o salvo. Pisamos solo perigoso! As forças do abismo anseiam arrastar os santos para as mandíbulas do inferno que nunca diz “basta”!
        Mas, onde está a felicidade nisso? Ela consiste no fato que esses terrores foram vencidos por Cristo e que jamais atingirão eternamente o salvo! A felicidade está no fato que nesses momentos os santos clamam ao Senhor!Quando ele me invocar, eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei, e o honrarei” (Salmo 91:15)

segunda-feira, 27 de julho de 2020

A GRANDE RECONCILIAÇÃO (13)



“Sendo o caminho do homem agradável ao Senhor, este reconcilia com ele os seus inimigos” Provérbios 16:7
INIMIGOS RECONCILIADOS.
        Incrível e maravilhosa é a obra da reconciliação feita pelo poder da graça. Se não tivermos uma visão nítida da tão grande salvação, estaremos longe de percebermos aquilo que já ocorreu na vida dos crentes e que dão a eles a bênção de viver na alegria que só os crentes podem desfrutar. Todo engano do pecado deve ser dissipado do viver do crente e a vida em todos os aspectos deve ser vista à luz dessa maravilhosa salvação, tudo isso porque a sabedoria dada por Deus encheu o salvo do temor do Senhor, a fim de viver e andar no caminho que agrada a Ele.
        Quero finalizar mostrando que na salvação os homens são reconciliados, no sentido de promover a paz e justiça na terra. Como acontece isso? Pode ainda haver paz e justiça num ambiente de iniquidade? Claro! A vida dos salvos deve encher o mundo dos conceitos celestiais de vida. O que falta no mundo? Justiça e paz. O que os crentes fazem é exibir essas coisas estranhas aos conceitos mundanos. Por mais que tente o mundo não consegue estabelecer justiça e a ausência de justiça resultará em ausência de paz. A presença de qualquer iniquidade é injustiça. Não existe um pecado sequer que não leva o homem a rastejar na injustiça. O pecado jamais irá oferecer segurança à vida pessoal, à família e à sociedade, mesmo que tudo seja trabalhado e moldado de tal maneira que os homens pareçam que estão felizes e cheios de paz. Tudo isso não passa de aparência.
        O que os salvos fazem? Eles estão no mundo para brilhar essa justiça; eles devem expor em suas casas, nos serviços, por onde andam e trabalham as maravilhas da perfeita justiça de Cristo neles. Os salvos são pessoas pacíficas, não com o pecado, mas sim porque diante de Deus suas armas de defesa e ataque foram atiradas fora na conversão, por isso são chamados de “mansos”. Seus direitos são colocados perante Deus e a paz que eles têm mostra que não há um espirito de guerra, vingança, ofensa e disposição retaliativa. Muitos santos sofrem os ataques e perseguições deste mundo, deixando que Deus seja o Forte Defensor deles. Eles não são bobos nem covardes. Os pacíficos e justos são pessoas fortes e cheias do domínio de Deus no viver.
        A aplicação da justiça e da paz de Cristo não é brincadeira, porque a guerra agora é mantida contra o mal. No conceito cristão de vida há amor e guerra: “amar a justiça e odiar a iniquidade”. A justiça indica que o crente tem sua bandeira erguida de paz com Deus e que é exatamente isso o que os homens precisam. Odiar a iniquidade diz que haverá guerra enquanto todo tipo de pecado não for tratado e punido pela conversão a Cristo. A paz que o crente transmite mostra que não há lugar para os ensinos mentirosos; que a paz não beija a mão dos iníquos e que não há conluios com a maldade. Na reconciliação com os homens os santos de Deus são os vencedores enquanto a impiedade é decretada como derrotada. Na reconciliação Deus está usando seus servos para mostrar o temor a Ele neste mundo, mesmo que o tempo de duração é por pouco tempo.
        Ó, quanto precisamos de homens e mulheres piedosos em nossos dias! Quando as estrelas da graça não brilham no mundo, eis que aumentam terrivelmente as perversidades e deboches dos escarnecedores.

O PERIGO DA INCREDULIDADE (4)


                
“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
         O tema exige que eu continue nessa investigação acerca da perigosa incredulidade e já pude mostrar que tudo teve início na queda. Os homens não nascem crendo em Deus, mas sim com seus corações empedernidos e revoltados contra Deus. Incredulidade significa que no íntimo o homem nem sequer se ocupa com Deus, nem com suas palavras. A incredulidade ignora Deus e não significa que os homens no pecado não acreditam Nele, mas sim que não há temor suficiente que envolva suas vidas em obediência e submissão. O que neles é um medo que, dependendo das circunstância poderá leva-los a fugir, assim como os companheiros de Saulo fugiram da luz que o cegou (Atos 9). Não existe uma ignorância total acerca de Deus, o que existe é completa indiferença.
         Outra verdade que precisamos conhecer é o fato que a incredulidade mostra que há uma ligação com o pai da mentira – satanás. Os homens no pecado precisam de um ser supremo; o que há de alguém espiritual para eles, esse alguém é satanás, que é chamado de pai deles. Realmente os homens precisam dessa divindade, porque satanás espertamente se oculta e inventa meios idólatras para que possa ser adorado de forma indireta. Sempre satanás fez assim com as nações no mundo e faz em nossos dias. Cada ser humano que ser livre, independente e sentir-se feliz neste mundo para experimentar o melhor que o mundo pode oferecer. Assim como elevou Jesus às alturas, a fim de que ser adorado pelo filho de Deus, satanás também infunde nos corações um desejo de ser igual a Deus. O amor pelo dinheiro e o desejo por riquezas é o passo principal para outros malignos desejos, e não há nada que possa dissuadir os homens de suas reais intenções hostis a Deus em sua jornada por esta vida.
         Assim, essa ligação íntima com o deus deste sistema existe e é uma portentosa ligação que vai às mais profundas atividades religiosas criadas pelo reino das trevas. Tudo isso indica onde a incredulidade vil chega. A incredulidade inata trabalha a todo vapor na tentativa de acabar com os cultos dirigidos pelos fieis. Deus tomou Ezequiel em espírito e o levou ao templo em Jerusalém para mostrar ao profeta o que os sacerdotes faziam no templo, adorando ídolos, em total afronta ao Senhor e Sua glória (Ezequiel 8).
         A incredulidade também revela a arrogância derivada de um coração enganoso, em achar que é livre. Para o coração incrédulo tudo o Deus fala não é digno de crédito, a bíblia é posta de lado e seus ensinos tratados com indiferença. Para o leviano coração a vida consiste de encarar o viver aqui e ganhar esta vida. Mesmo o mais religioso, cujo coração não foi mudado mantém sua atitude de não acreditar em Deus e suas promessas. A incredulidade pode saber da salvação, mas esse assunto não é levado em conta e como Caim ele prossegue, tendo em vista seus planos. Como Esaú, a incredulidade quer as bênçãos e normalmente depende de um elemento humano, no qual pode por sua confiança. Foi assim com Saul, porque após ter desobedecido a Deus, mostrou sua atividade cruel de um homem incrédulo. O que ele fez foi buscar apoio de Samuel. O incrédulo é sempre assim, pois sempre estará precisando de uma “muleta” humana. A incredulidade cai perante os homens, buscando socorro, enquanto a fé cai perante o Deus da revelação bíblica.
         Ó pobre alma incrédula, até onde irá? Eu sei o quanto satanás ousa colocar nomes divinos nas bocas dos homens; eu sei o quanto ele que usar o nome de Deus e de versos e cânticos bíblicos, na tentativa de dar paz e calma ao coração incrédulo. Mas o fato é que ninguém pode mudar o incrédulo, mesmo que apareça trajado de religioso e bondoso, ele é o mesmo, incrédulo e autoconfiante.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

O SALÁRIO DO PECADO (13)


“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A ALIANÇA COM A MORTE: (continuação)
         Amigo leitor, na meditação de ontem procurei mostrar quão perigoso é para alma que tem feito aliança com a morte e com o além, à semelhança do que fizeram os líderes religiosos e políticos de Jerusalém. É bom que abramos as nossas bíblias em Isaías 28, no desejo de que leitores enganados tenham seus olhos abertos para enxergarem o perigosíssimo caminho pelo qual estão transitando.
         A aliança com a morte é renovada cada dia. Na cegueira do pecado o homem não pode ver que cada manhã Deus está renovando suas misericórdias (Lamentações 3:22), porém, no pecado o homem vê a provisão da criação como um direito dele; enxerga seu caminho como uma via de livre acesso, considerando ter liberdade para prosseguir. Visto que não há qualquer indício de juízo pelos seus atos, prossegue resoluto e decidido a viver no pecado.
         Percebe-se a aliança que o homem no pecado tem com a morte pela maneira que ele foge de um ambiente onde há verdadeira vida. Veja a escolha do ímpio, seu prazer por ambientes perigosos; sua habilidade para trabalhar e ter dinheiro a fim de desfrutar daquilo que ele acha ser vida; como gasta seu dinheiro naquilo que não é pão e seu suor naquilo que não satisfaz (Isaías 55: ). Veja como se esconde de uma perscrutação bíblica; corre de um ambiente salutar para sua alma, prefere às más companhias a estar junto com o povo de Deus. Veja como corre para os lugares mais tenebrosos onde se mantém oculto a fim de que não seja descoberto pela verdade.
         Nessa tão triste condição os homens não percebem que são enlaçados pela habilidade da morte; que estão aprisionados e levados de um lado para outro conforme a tirania do pecado (João 8:44). Estão enganados ao pensar que podem fazer algo para Deus e que Deus espera algo da parte deles; desconhecem o fato que são inúteis e que nada podem fazer de favor de Deus (Romanos 3:12). A alma aprisionada é fortemente atraída para ambientes perigosos, há um poder irresistível que a conduz rumo à miséria e que a faz surda para a sabedoria e prudência. Vive e respira o ambiente onde há o cheiro e a fragrância do pecado; zela e vela por ambientes desses, sua família está ali, seus amigos são os que partilham da sua festa mundana.
         Acrescento também, que na aliança com a morte nada há de receios no ímpio com relação às tempestades que acometem seu viver, ameaçando lançá-lo na eternidade. Surge algum remorso, mas nada de temor ante uma enfermidade, acidente ou outra ameaça qualquer. A morte se aproxima com doçura, dando-lhe uma perigosa paz, dizendo-lhe no íntimo que tudo está bem, e que nada de mal há de acontecer; fica cercado de proteção inútil e até mesmo a perigosa eternidade aparece como uma esperança de tranqüilidade.
         Meu amigo leitor, já correu para o sangue remidor a fim de ser perdoado, purificado e lavado de uma vez por todas? Lembre-se que nenhum pecador pode ser aceito por Deus a não ser mediante o sangue do Cordeiro amado (1 Pedro 1:19). Não tem resgate para o pecador fora da triunfante conquista da cruz.
         Fuja agora do perigo eterno que constantemente lhe ameaça e que pode jogar-lhe ao tormento eterno a qualquer momento. Pare de brincar com essa contínua aliança com a morte! Por que viver sem esperança e sem Deus neste mundo? Veja a ternura do Senhor Jesus em convidar pecadores! Veja o único que deu o golpe certeiro, destruindo a o pecado, a morte, o inferno, o mundo, o diabo e enfim toda essa organização de terror. Por que o Senhor da glória fez isso?  Para resgatar pecadores das trevas para Sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13). Caro leitor, se sua condição é de uma alma que busca ansiosamente a salvação, ouça a voz do Salvador que convida: “Vinde a mim, cansados e sobrecarregados...”!

O SALÁRIO DO PECADO




“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 6:23.
A ALIANÇA COM A MORTE: (continuação)
         Amigo leitor, na meditação de ontem procurei mostrar quão perigoso é para alma que tem feito aliança com a morte e com o além, à semelhança do que fizeram os líderes religiosos e políticos de Jerusalém. É bom que abramos as nossas bíblias em Isaías 28, no desejo de que leitores enganados tenham seus olhos abertos para enxergarem o perigosíssimo caminho pelo qual estão transitando.
         A aliança com a morte é renovada cada dia. Na cegueira do pecado o homem não pode ver que cada manhã Deus está renovando suas misericórdias (Lamentações 3:22), porém, no pecado o homem vê a provisão da criação como um direito dele; enxerga seu caminho como uma via de livre acesso, considerando ter liberdade para prosseguir. Visto que não há qualquer indício de juízo pelos seus atos, prossegue resoluto e decidido a viver no pecado.
         Percebe-se a aliança que o homem no pecado tem com a morte pela maneira que ele foge de um ambiente onde há verdadeira vida. Veja a escolha do ímpio, seu prazer por ambientes perigosos; sua habilidade para trabalhar e ter dinheiro a fim de desfrutar daquilo que ele acha ser vida; como gasta seu dinheiro naquilo que não é pão e seu suor naquilo que não satisfaz (Isaías 55: ). Veja como se esconde de uma perscrutação bíblica; corre de um ambiente salutar para sua alma, prefere às más companhias a estar junto com o povo de Deus. Veja como corre para os lugares mais tenebrosos onde se mantém oculto a fim de que não seja descoberto pela verdade.
         Nessa tão triste condição os homens não percebem que são enlaçados pela habilidade da morte; que estão aprisionados e levados de um lado para outro conforme a tirania do pecado (João 8:44). Estão enganados ao pensar que podem fazer algo para Deus e que Deus espera algo da parte deles; desconhecem o fato que são inúteis e que nada podem fazer de favor de Deus (Romanos 3:12). A alma aprisionada é fortemente atraída para ambientes perigosos, há um poder irresistível que a conduz rumo à miséria e que a faz surda para a sabedoria e prudência. Vive e respira o ambiente onde há o cheiro e a fragrância do pecado; zela e vela por ambientes desses, sua família está ali, seus amigos são os que partilham da sua festa mundana.
         Acrescento também, que na aliança com a morte nada há de receios no ímpio com relação às tempestades que acometem seu viver, ameaçando lançá-lo na eternidade. Surge algum remorso, mas nada de temor ante uma enfermidade, acidente ou outra ameaça qualquer. A morte se aproxima com doçura, dando-lhe uma perigosa paz, dizendo-lhe no íntimo que tudo está bem, e que nada de mal há de acontecer; fica cercado de proteção inútil e até mesmo a perigosa eternidade aparece como uma esperança de tranqüilidade.
         Meu amigo leitor, já correu para o sangue remidor a fim de ser perdoado, purificado e lavado de uma vez por todas? Lembre-se que nenhum pecador pode ser aceito por Deus a não ser mediante o sangue do Cordeiro amado (1 Pedro 1:19). Não tem resgate para o pecador fora da triunfante conquista da cruz.
         Fuja agora do perigo eterno que constantemente lhe ameaça e que pode jogar-lhe ao tormento eterno a qualquer momento. Pare de brincar com essa contínua aliança com a morte! Por que viver sem esperança e sem Deus neste mundo? Veja a ternura do Senhor Jesus em convidar pecadores! Veja o único que deu o golpe certeiro, destruindo a o pecado, a morte, o inferno, o mundo, o diabo e enfim toda essa organização de terror. Por que o Senhor da glória fez isso?  Para resgatar pecadores das trevas para Sua maravilhosa luz (Colossenses 1:13). Caro leitor, se sua condição é de uma alma que busca ansiosamente a salvação, ouça a voz do Salvador que convida: “Vinde a mim, cansados e sobrecarregados...”!