terça-feira, 7 de julho de 2020

A INÚTIL CONFIANÇA NO HOMEM E NAS COISAS (2)



“Moisés respondeu: Mas eis que eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão que vou dizer; pois dirão: O Senhor não apareceu a ti”. Então o Senhor perguntou a Moisés: Que é isso que tens na mão? Ele respondeu: Uma vara...”
O QUE TENHO EM MÃO:
        Ao introduzir este tema pude mostrar acerca de Moisés e como nós somos tão envolvidos por confiar em nós mesmos. Foi assim com Moisés e é assim conosco. Sempre vamos de um extremo para outro na gangorra de nossa soberbo, a qual fica tão escondida no íntimo. Estava ali Moisés que queria usar a força para libertar Seu povo, achando que ao matar um egípcio seria o começo para a grande libertação, claro, se pudesse obter a aprovação do seu povo. Mas logo se viu cercado pelo perigo de ser morto por Faraó, devido ao crime cometido, por isso sua fuga foi uma forma como Deus lhe levou para o deserto, a fim de ser humilhado. O trabalho de Deus não tem lugar para quem confia na carne, por isso Pedro foi atirado ao desespero do medo que o levou a negar seu Senhor. Quem confia em si e em sua capacidade de lutar com o poder da natureza logo saberá que a carne nada tem para oferecer a Deus. A espada de Pedro voltou imediatamente para sua bainha e o medo tomou posse do seu coração, porque a guerra sem Deus é o caminho certo do fracasso.
        Moisés também confiou na sua posição e dependeu disso a fim de livrar Israel. Afinal era ele o príncipe treinado no Egito e não demoraria para que ocupasse o trono e arrancasse seu povo daquela escravidão. Mas o trono terreno é pura miséria, quando não está envolvido pela autoridade do sublime trono de Deus. Quem era Israel? O povo de Deus! Foi Deus que quase quinhentos anos antes havia enviado Israel para o Egito; era o povo de Sua aliança e no tempo Dele haveria de trazer livramento. Ninguém frustra os desígnios santos do Senhor. Mexer com o tempo Dele significa insucesso nos planos. Sempre pensamos em nosso orgulho que somos melhores, que temos mais compaixão que Deus e que Ele está atrasado em suas metas e nós que somos os mais capazes.
        Não é raro que nossas mãos e pés são usados para intrometer nos planos de Deus. No intimo estamos dizendo: “Deus, olha o povo sofrendo, crianças jogadas no rio Nilo e os idosos não tendo mais forças diante de tanto sofrimento devido a maldade de Faraó”. Foi assim com Moisés; o sonho de um mundo melhor, sem morte, escravidão, injustiça, etc. tudo isso é a ativa e maligna natureza carnal embrenhada em mudar a situação. Olhemos o que acontece nos filmes, com atores e atrizes querendo dizer que o mundo deveria ser assim e assim; são os homens querendo dizer ao trono celestial que as coisas funcionam melhor desse jeito. Não são esses os projetos dos homens? Mas os anos passam, esses elementos morrem e seus planos são frustrados e atirados ao pó no esquecimento.
        Qual foi o problema com Moisés? Durante quarenta foi treinado no Egito, por isso queria usar o esquema humano para resolver as coisas. As intenções foram boas, seu dever patriota tomou posse do coração e não demorou para entrar em ação, com os resultados vistos como fracassos. Para onde Moisés foi? Saiu da riqueza para a pobreza; saiu da condição de príncipe, para ser um simples pastor; percebeu que nem sequer foi visto como herói pelo seu povo. Foi empurrado para o meio dos midianitas onde passaria quarentas anos, onde todo equipamento movido pela posição mundana deveria ser queimado e transformado em cinzas. Era para Moisés tirar os olhos do povo. A visão de amor do homem não passa de capricho carnal. O povo era o povo de Deus e não de Moisés. Muitos morreriam sob a tirania egípcia durante aqueles quarenta anos? Sim! Mas a morte não atrapalha os planos eternos de Deus, ela trabalha para a glória de Deus e os santos de Deus são o povo da ressurreição.

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