quinta-feira, 30 de julho de 2020

O PERIGO DA INCREDULIDADE (7)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Todo meu esforço consiste em descobrir pela palavra de Deus o quanto é perigosa e letal a incredulidade, porque ela é inata ao coração. Nosso Senhor não amenizou a situação dos judeus arrogantes; Ele não teve nenhuma compaixão da incredulidade daqueles elementos que sempre O interpelavam, pois Ele conhecia perfeitamente a condição do homem no pecado. Para Deus não há mais terrível e proveniente do coração do homem do que não crer Nele. A incredulidade mostra o quão destruidor foi o pecado; como arruinou a criação em todos os aspectos da vida e como lançou o homem no poder da morte, tornando-o cego, surdo, mudo e paralítico. Nas palavras do Senhor vista no capítulo 10 de João mostra que não há absolutamente nada que se possa extrair do homem, a fim de leva-lo a Deus. Eles não criam em Jesus porque faltava entendimento; porque precisava um pouco mais de paciência na abordagem evangelística do Senhor. Segundo o Senhor, eles não criam porque não pertenciam às Suas ovelhas.
        Notemos essas verdades na prática. A incredulidade se prontifica a buscar qualquer recurso material no egoísmo do coração. A incredulidade tem consigo mesma seu modo de crer e em quem deve por sua confiança. Sua atitude hostil é contra Deus e não admite sua intromissão A incredulidade está dizendo que ela crê em si mesma. A incredulidade é louca e segue a loucura, porquanto, mesmo vendo as palavras documentas de Deus, ainda assim não as tolera.  A incredulidade tem consigo o desenho feito no íntimo de sua própria divindade. As matérias da incredulidade são corrompidas e não há qualquer luz que direcione o viver no íntimo; tudo é buscado conforme seus interesses voltados para si mesmo; todas as bênçãos buscadas pela incredulidade visa seu sucesso material.
        Que situação terrível se encontra o coração endurecido do homem. Já mencionei tanto Esaú, mas a vida dele vem a calhar quando tratamos de  uma mensagem com este tema. Em seu coração não havia qualquer coisa, senão interesses voltados para esta vida; seus planos estavam voltados para a formação de uma nação desenhada em seu coração. Ele acreditava no Deus do seu pai Isaque, mas o negava no viver. A confiança de Esaú estava fixada nele mesmo e queria que as bênçãos do seu pai caíssem sobre sua cabeça; queria que o Deus de Abraão fizesse uma aliança com ele, aliança totalmente diferente da que fora feita nos planos eternos. Estava ali um ímpio que marchava impiedosamente para seus planos pervertidos de construir uma nação sem Deus no mundo.
        No caso de Jacó a situação foi diferente, porque pela escolha o trabalho da graça deveria operar algo que somente a graça podia fazer, que era dar àquele homem um novo coração. Se não houvesse essa intervenção espiritualmente cirúrgica na vida de Jacó, certamente ele agiria com as mesmas disposições incrédulas e perversas do seu irmão, mesmo em circunstâncias diferentes. Se Deus não arrancar o coração feito de pedra pelo pecado, realmente é impossível para qualquer homem crer sinceramente no Deus da aliança. O incrédulo quer negociar com o Deus da criação e tenta imobiliza-lo em suas manobras perversas. Foi assim com aqueles judeus de João 10, pois com seus corações altivos e presunçosos marchavam para a eternidade, achando que tudo estava certo; que eles eram corretos em suas religiões e que certamente mereciam estar no Paraíso com o papai Abraão.
        Mas, quem estava perante eles? O Deus da aliança – o Senhor da glória. Ele conhece que o homem no coração nada quer com Ele, por isso Ele veio ao mundo buscar Suas ovelhas e reuni-las todas em Seu aprisco santo.

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