sexta-feira, 31 de julho de 2020

O PURO EVANGELHO (4)


Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi, que Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1 Coríntios 15:3)
O CONTEUDO DA MENSAGEM:          “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”
         Caro leitor, creio que a introdução trouxe certa iluminação ao nosso entendimento, no que diz respeito ao evangelho. Não há uma época tão carente da verdade como a nossa, porque até mesmo dentro das igrejas é perceptível um evangelho que não é o mesmo de Paulo, ou o evangelho dos mistérios eternos de Deus. Precisamos saber que qualquer elemento estranho à verdade revelada vem prejudicar a mensagem; é contaminador.
         Mas precisamos avançar no exame minucioso desse verso de 1 Coríntios 15:3. Veremos agora o conteúdo da mensagem. Esse precioso conteúdo aparece na frase: “...que Cristo morreu pelos nossos pecados...”. Eu sei que a natureza enganosa do pecado impede que vejamos a seriedade dessas palavras, especialmente em nossos dias quando pecado não é visto como algo tão letal, venenoso e corrosivo à alma. Creio que quanto mais luz tivermos dessas maravilhas reveladas, maior será nossa capacidade espiritualmente perceptiva. Ora, se encararmos essa frase com seriedade e temor veremos o quanto ela revela nossa miséria; o quanto nos humilha e nos atira ao pó. Por quê? É simples. A frase mostra  a nossa triste história, contada por Deus e também revela nossa triste condição atual e o que realmente merecemos a condenação eterna.
         Veja caro leitor, o quanto nossa terrível e tremenda culpa aparece nas palavras: “...nossos pecados”. Satanás é a mesmíssima serpente do Éden; o que ele fez ali, semeando dúvidas quanto ao caráter santo, puro e fiel de Deus, ele ainda está fazendo. Ele consegue fazer com que as multidões ignorem que toda miséria dos homens; toda essa enxurrada de destruição vista neste mundo diariamente é por causa dos nossos pecados. Satanás sempre semeia nas mentes dos homens que a culpa foi e é de Deus; que os homens não merecem essa situação tão vil; que não merecem sofrer nem aqui, nem tampouco na eternidade. Ele faz que os homens creem que finalmente Deus cedeu; que os anos que passaram fizeram com que Deus meditasse bem e concluísse que o erro foi Dele e que agora Ele quer todos de volta a Ele; que todos são seus filhos e que todos encontrarão com Ele no céu um dia. Ora, essa mentalidade tão vil e perniciosa tem sido levada na carruagem ecumênica para o mundo todo.
         Por incrível que pareça, em nossos dias até mesmo os púlpitos têm cedido aos apelos humanistas. Por essa razão o evangelho chega aos corações, tão cheio de melado do favor humano. Precisamos entender que as multidões querem abrir todos os caminhos de paz que as religiões apresentam; querem se ajuntar, dando as mãos para que todos juntamente numa só voz e numa só alma possam proclamar que são de Deus e que Deus se arrependeu do que fez com os homens. A situação é gravíssima e cheira a chegada do justo juízo de Deus sobre a nação e sobre a igreja aqui no Brasil.
         Mas quero voltar ao texto para mostrar que a mensagem acerca de “...nossos pecados...” precisa voltar a ser pregada. Precisamos de leais pregadores da doutrina da culpa e da depravação do homem. Carecemos de homens cheios da compaixão de Deus e cheios da Palavra da verdade. Ouso afirmar aqui que sem a pregação da culpa do homem e de sua condição debaixo da Ira de Deus, nada vai resolver, nem mesmo falar sobre eleição, predestinação ou mesmo acerca da segurança eterna.
         Noutras palavras, os homens precisam ser levados imediatamente à visão da queda e de que continuam sendo malignos, vis, idólatras e carregados de paixões. Eles precisam sentir que seus pecados são aterrorizantes dentro e fora deles; que precisam urgente da mensagem de salvação e que Cristo Jesus é o Cordeiro puro, o único que veio para trazer salvação eterna; que só no sangue Dele a alma encontra a paz com Deus e que poderão ser aceitos perante o glorioso Juiz do universo sem qualquer culpa.

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