segunda-feira, 6 de julho de 2020

A INÚTIL CONFIANÇA NO HOMEM E NAS COISAS (1)



“Moisés respondeu: Mas eis que eles não vão acreditar em mim, nem ouvirão que vou dizer; pois dirão: O Senhor não apareceu a ti”. Então o Senhor perguntou a Moisés: Que é isso que tens na mão? Ele respondeu: Uma vara...”
INTRODUÇÃO:      
        Nós os crentes entendemos que toda Escritura veio a nós para nossa bem, em especial as experiência adquiridas por homens de Deus, como Moisés. Sempre lembramos dos gigantes na fé como se eles fossem super homens, mas Tiago lança fora essa tendência supersticiosa nossa, mostrando que aqueles homens eram semelhantes a nós. Os homens de Deus não foram gigantes, mas sim homens cheios de fraquezas, os quais foram habilitados pela graça, a fim de cumprir os santos e eternos propósitos de Deus. Cada santo de Deus tem seu devido papel, onde ele ocupa seu lugar de importância nos propósitos de Deus. Ninguém poderá realizar qualquer trabalho para Deus se não for chamado e habilitado para a função. Sem a ação de Deus um Moisés quererá ser forte e usará a força para matar os homens. Um Pedro há de puxar a espada para agir com violência.
        Deus usa circunstância e tempo para lidar com os que Ele chama, como foi no caso de Moisés. Foi pela santa providência que ele, quando criancinha não foi assassinado, como outras milhares de crianças, ante a crueldade de Faraó. Foi por milagre que ele passou de um réu para um príncipe do Egito. Mas na sua juventude e força ele tomou a frente de Deus e foi preciso que fugisse às pressas para escapar da morte, deixando sua posição privilegiada, a fim de ficar quarenta anos no deserto, como pastor de ovelhas e aprendendo a ser humilde. Mas foi quando viu a glória de Deus na sarça ardente que Deus mostrou o quanto a natureza adâmica é terrivelmente enganosa e tendenciosa a descrer em Deus. Por natureza tendemos a confiar em nós, em nossa força ou habilidade, mas ao chegarmos diante dos desafios da fé então murchamos como a folha.
        Creio que essa experiências de Moisés foi necessária, a fim de levar Moisés à humilhação. Pensamos que os longos 40 anos vivendo no meio dos midianitas foram suficientes para quebrar-lhe o ego, mas não foi assim, pois Moisés saltou da soberba para a soberba; do extremo da autoconfiança para o extremo do medo. O que Deus fez foi mostrar-lhe que da primeira vez Moisés confiou em si mesmo e não sabia que ao lidar com o sistema deste mundo fora do tempo de Deus, simplesmente percebeu que a serpente voltou-se contra ele mesmo. E agora, após quarenta anos? Moisés mudou? Não! Era o mesmo Moisés, só que estava se guardando e se protegendo, por essa razão foi mostrado o que ele era nele mesmo.
        Que lição para nós! Saltamos da valentia para o medo. Somos oito ou oitenta nos assuntos espirituais. Com habilidade mato um inimigo, mas logo adiante me vejo fugindo de uma ordem dada por Deus. É humildade isso? Não! É pura manifestação da soberba humana. Cremos em Deus, essa é nossa confissão, mas na hora H fugimos de medo. Ora, Deus chama os santos Dele para a Missão Impossível, e é aí que tropeçamos, por que? A razão simples é que não cremos em Deus, duvidamos dele. Mas no trabalho dele não há lugar para nossa força física ou habilidade mental. Tudo isso no trabalho de Deus é ferramenta enferrujada e frágil.
        O poder é de Deus e não do homem, e foi essa a lição que Deus queria passar para Moisés, mas ele, como nós estava lerdo em confiar em Deus. O que parecia humildade, realmente era orgulho encoberto. Deus não coroa a incredulidade vestida de humildade. Ele reveste a fé de Sua santa unção e habilita Seus servos, enchendo-os de Seu poder. Por essa razão devemos apreender essas lições, passando-as para nossas pobres almas, tão cansadas de por oposição à frente de tudo aquilo que Deus nos manda fazer.

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