terça-feira, 28 de julho de 2020

O PERIGO DA INCREDULIDADE (5)



“Mas vós não credes porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito” JOÃO 10:26
A TERRIVEL INCREDULIDADE: “Mas vós não credes...”
        Nem podemos imaginar o quanto o poder do pecado sempre leva o homem a descer rumo aos mais tortuosos caminhos da descrença em Deus e da confiança naquilo que é simplesmente nulidade. Nestes dias em nosso país, quanto mais parece que evoluiu o culto religioso, na realidade a incredulidade aparece bem trajada de suas profundas superstições. Quanto mais o mundo parece mais belo e agradável, mais aumenta a descrença num Deus sobrenatural, que se revelou em Sua Palavra. Notemos bem como os homens estão sempre prontos a engolir as piadas evangélicas de nossos dias, porque foi sempre assim, os filhos do diabo se aproximam dele, a fim de receber suas orientações mentirosas. A incredulidade se adere bem a qualquer elemento religioso onde as mentiras aparecem bem trajadas de servas dos homens. Quanto mais os homens puderem saciar o egoísmo, eles se agarrarão às mentiras.
        Nosso Senhor arrancou a capa religiosa que encobria o coração dos judeus e declarou a eles que a liberdade externa que eles usufruíam escondia o fato que não passavam de pobres escravos. Nosso Senhor estava dizendo a eles que a escravidão do Egito foi apenas sombra daquilo que envolvia suas almas e que era desconhecido aos seus olhos. No capítulo 10 nosso Senhor mostra a cruel manifestação de incredulidade que fazia seus corações extremamente endurecidos: “...vós não credes porque não sois das minhas ovelhas”. Ele não diz que eles não criam porque não foram bem informados, porque ignoravam os ensinos acerca Dele.
        Ora, as obras, a vida e os ensinos do Senhor provavam o fato que Ele era o Filho de Deus. Os discípulos viram as obras do Senhor e testificaram ser Ele o Filho de Deus. Aqueles homens eram ovelhas sim, mas ovelhas errantes, cada uma seguindo seu próprio rumo. Como Caim, eles amavam o mundo; como Balaão amavam as riquezas terrenas e como Coré ambicionavam uma posição melhor aqui. Esse trio humanista, mundano e egoísta fazia parte daqueles corações que por várias vezes tentaram matar o Senhor. O Senhor estava cercado de inimigos. Eles eram ovelhas na fragilidade diante dos lobos invisíveis, mas eram leões na natureza perversa e extremamente corrompida pelo pecado. Tinham aparência de piedosos, mas por dentro eram fanáticos pelos caminhos idólatras, como procederam seus pais em toda história de Israel.
        Que diferença há com os homens de hoje? Nenhuma. O coração do homem é tão embrutecido na incredulidade hoje quanto foi o coração de Caim, de Balaão e de outros nomes conhecidos. Se Deus não poupa uma fé pequena dos seus servos; se Ele chamou os discípulos de “homens de pouca fé”, quanto mais a incredulidade é vista por Ele como a atitude mais terrível, assombrosa, criminosa e desafiadora da parte dos homens. Alguns dizem: “Eu creio em Deus”. Outros dizem coisas semelhantes, mas o que é isso? Que tipo de fé é essa que até os demônios possuem? A incredulidade é como uma parede de pedra, onde os homens gravam o nome de Deus juntamente com seus ídolos. Ora, eles refletem isso nos seus lábios, porque a mesma boca que transmite coisas boas, também pronunciam as maldades que procedem de seus corações.
        Ó, que triste situação dos homens na incredulidade. A incredulidade diz que tem fé, que crê em Deus. Mas esse crê é a atitude de inimigos que fogem, que se escondem, que se armam querem também atacar. A incredulidade é lisonjeira, porque Deus aparece para tirar-lhe do seu conforto e bem-estar. A incredulidade é vil, zombeteira, caluniadora, falsa conselheira e pronta para atacar toda verdade, assim que aparece a oportunidade.

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