quinta-feira, 31 de maio de 2012

O NOVO HOMEM EM CRISTO (1)



Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias 6:8
INTRODUÇÃO:
         Prezado leitor, na tentativa de continuar transmitindo o Evangelho da Glória de Cristo é que me encarrego agora de trabalhar com esse incrível e revelador verso de Miquéias. Não consegui achar um tema melhor do que esse: COMO O HOMEM DEVERIA SER PERANTE DEUS? Creio que o assunto é de extrema importância. Não creio que seja um tema agradável aos corações modernos, mas minha tarefa consiste em expor a verdade do evangelho, porque é esse o assunto que Deus requer que Seus servos preguem. Tenho orado para que o Senhor traga um grande despertamento em nossos dias, quando as trevas da ignorância, da superstição e do relativismo pairam sobre todos. A frouxidão doutrinária e o prevalecente crescimento da apostasia mostram os ventos procelosos do inferno querendo apagar toda verdade e toda ortodoxia bíblica.
         Caro leitor carecemos de ouvir a respeito da justiça de Deus, da Sua verdade revelada; da terrível culpa dos homens e da Ira divina que paira sobre eles; do Seu glorioso Cordeiro que padeceu na cruz em favor dos perdidos; da gloriosa ressurreição e do juízo vindouro. Quão grandiosa é essa mensagem! Quão grandioso é esse evangelho! Quão suficiente é essa tão grande salvação conquistada na cruz! Cristo veio ao mundo para buscar e salvar perdidos! (Lucas 19:10). Cristo se manifestou para desfazer as obras do diabo! (1João 3:8). Deus está transportando pecadores do império das trevas para o reino do Filho do Seu amor (Colossenses 1:13)
         Será que podemos vislumbrar o evangelho em Miquéias? Claro! Aliás, a Palavra de Deus é toda ela a mensagem do evangelho! Desde Gênesis até Apocalipse brilha intensamente a luz da glória de Cristo e do Seu amor em favor dos perdidos. Qual era a mensagem dos profetas? Não era o evangelho? Claro! Não tem dois ou três tipos de mensagens diferentes na bíblia. A mensagem exclusiva é aquela que mostra a triste condição do homem no pecado, sua culpa e condenação merecidas e mostra o Deus de infinito amor expondo a todos a Sua grandiosa, eterna e suficiente salvação.
         Mesmo nas densas trevas da lei vemos os servos do Senhor fazendo ressoar a mensagem do arrependimento! Caro leitor, em toda Escritura o caminho é o mesmo; a mensagem é a mesma e a salvação é a mesmíssima salvação encontrada no Novo Testamento. O sangue do Cordeiro de Deus perpassa pelas veias das Sagradas letras, por isso vemos os santos do Velho Testamento regozijando nessa graça salvadora. A lei veio para cutucar o pecado; veio para mostrar que o pecado é pecado mesmo; que somente a suficiente graça pode levar pecadores ao desespero na busca pelo Salvador.
         Então, ao abrir o livro de Miquéias vemos ali a Palavra viva, porque o sangue remidor circula livremente nesses 7 capítulos. Os homens daqueles dias eram exatamente iguais a nós, mas, o Deus que ali aparece é o Deus de toda compaixão! Portanto, vamos tomar o livro de Miquéias, apenas nesse verso, a fim de que conheçamos as maravilhas da graça. Vamos comparar Escritura com Escritura e mostrar a perfeita sinfonia do evangelho!
         É óbvio que Deus está falando com a nação de Israel; essa intimidade é o linguajar de Deus em Sua comunicação com o povo da aliança. Miquéias foi contemporâneo de Isaías. Naqueles dias a nação estava materialmente bem. O rei Uzias promoveu grande prosperidade material para a nação, mas ao mesmo tempo o povo escorregava na maldade. Também, a pregação de Miquéias mirava o reino do norte, tendo Samaria como capital. Parecia que havia diferença entre o norte e o sul; parecia que a desgraça cairia somente sobre as dez tribos que se afastaram completamente de Deus, por causa dos dois bezerros de ouro feito por Jeroboão. Mas  a verdade é que Jerusalém, com todos os seus aparatos religiosos; com toda estrutura de adoração verdadeira estava na mesma condição que o povo do norte.
         Mas é nessa atmosfera de apostasia que brilha o coração cheio de misericórdia de Deus, conforme vemos no verso 8 do cap. 6 e em todo cap. 7. Que comunicação incrível! Com que clareza Deus mostra à nação a necessidade da obra da graça! Em Suas palavras o Senhor está demonstrando aos homens que não há poder capaz de mudar o homem! Que o homem é caído no pecado. Noutras palavras, a mensagem de Miquéias é a maldição da lei nos transportando à cruz; são os terrores do Sinai fazendo com que busquemos a luz da graça achada no Monte do Calvário e engrandecendo o evangelho da glória de Cristo nos corações.
         Convido o amigo leitor para que passemos alguns dias deleitando nossas almas nessas palavras ditas pelo Senhor Deus e conhecendo o que realmente Ele quer nos transmitir. Como eu e você deveríamos ser perante Deus? Ora, o verso em pauta mostra a resposta imediatamente: Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? Logicamente teremos que buscar explicação na graça sobre um assunto tão revestido de mistérios.
         Antes de entrar nos detalhes do texto, creio que será de maior proveito se extrairmos do próprio texto algumas lições que iluminarão bem o tema e que nos ajudarão no seu entendimento:
1.      Diante dos homens Deus demonstra Sua bondade: “... o que é bom...”. Então,          não   há razão para que o homem viva neste mundo para servir ao pecado.
2.      Ele mostra aos homens o que Ele espera dos homens na maneira de viver.
-        Ele não está pedindo sacrifícios (versos 6,7), conforme o sistema dos ídolos.
-        Não é para tentar comprar a Deus com Seu dinheiro, com a religião inventada do          coração e outros artifícios carnais.
3.      Ele apresenta em simples palavras o que Ele requer de cada homem          individualmente: Justiça, misericórdia e piedade.
-        Vocês detectaram esse querer de Deus em relação ao homem?
-        Há possibilidade de o pecador tornar-se alguém que possa carregar consigo          esses 3 elementos exigidos?
-        Percebem que essas 3 exigências divinas não podem ser alcançadas          naturalmente? Porque se forem honestos vão admitir a impossibilidade de          alcançar por si mesmos esses ideais.
4.      Precisamos conhecer na própria revelação bíblica que Deus concede a resposta          aos homens. Aquilo que é impossível aos homens então, Deus entra para          realizar.
         Bem, nessa introdução creio que pude expor um panorama daquilo que o Senhor quer nos ensinar. Que nossos corações estejam com fome e sede para ouvir as preciosas verdades da tão grande salvação! Que estejamos preparados para nos humilhar perante o Senhor da glória, porque somente assim entenderemos a grandiosa verdade do poder transformador da graça! Minha oração é que os santos sejam edificados na graça e que almas não salvas venham a ter um encontro real e genuíno com o grande e bendito Salvador!









JESUS É JEOVÁ - O GRANDE EU SOU (4 e 5)



Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êxodo 3:14)

         Prezado amigo, notável é a manifestação do grande JEOVÁ a Moisés. Depois de quarenta anos sumido do seu povo escravizado, morando no meio dos midianitas, eis que o Deus de Israel aparece para aquele que seria o elemento humano usado para a retirada do povo de Deus da escravidão egípcia.
         A maneira como Deus atraiu a atenção de Moisés foi interessante. A presença de Deus estava numa chama que ardia numa plantação e a planta não era consumida. O ensino para Moisés era que para Deus o fogo que ardia no meio da nação não consumia o povo de Deus, porque o grande JEOVÁ estava no meio do Seu povo. Era incrível, mas Moisés estava perante o Deus que apareceu para Abraão, Isaque e Jacó! Deus chamou Moisés para que ele fosse e falasse com Faraó sobre a saída do povo de Deus!
         Moisés estava assustado e extremamente tímido ante a majestosa presença. Foi quando perguntou sobre o Nome de Deus, caso o povo perguntasse a respeito. A resposta foi muito clara, o nome de Deus passado para Moisés foi: “EU SOU O QUE SOU”. Eis aí o significado do nome JEOVÁ: “EU SOU O QUE SOU”.  É exatamente esse o Nome que Jesus atribui a Si mesmo quando se dirige aos Judeus: “Em verdade em verdade vos digo: Antes que Abraão existisse, EU SOU” (João 8:58). As palavras do Senhor Jesus eram dirigidas aos homens que conheciam bem a história do Velho Testamento, por essa razão pegaram pedras para apedrejarem o Senhor, afirmando que Ele estava blasfemando.
         Prezado amigo, a expressão “EU SOU O QUE SOU”, é a tradução do termo hebraico JEOVÁ. É o nome que Jesus atribui a Si mesmo, portanto o Filho de Deus é JEOVÁ, o Filho que foi manifestado em carne. Mas esse Nome indica as atividades do Senhor em relação aos homens.          EU SOU O QUE SOU         é a assinatura do Senhor. O que o pecador precisa, o Filho de Deus é. EU SOU a vida, a ressurreição, a luz do mundo, o salvador, o caminho, a verdade, o Senhor dos Exércitos, o Todo – Poderoso, o Deus conosco, o Senhor da glória, etc.
         É esse o glorioso Salvador dos perdidos que veio ao mundo para buscar e salvar (Lucas 19:10)! É esse grande EU SOU que agora comunica aos perdidos o perdão, a remissão e a reconciliação com Deus. É esse grande EU SOU que o Pai apontou para ser o JUIZ naquele grande dia. Portanto, quão necessário é que os homens e mulheres agora se arrependam, antes que seja tarde demais.

JESUS É JEOVÁ – SUA GLÓRIA (5)
 “No ano em que morreu o rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as orlas do seu manto enchiam o templo”. (Isaías 6:1)

         Sem dúvidas, foi aterrorizante a visão que Isaías teve da Glória de Jeová! Abalou profundamente sua vida e trouxe-lhe grande transformação, porque foi perante essa visão da glória que Isaías pode compreender seus próprios pecados e o drama da iniqüidade da nação de Israel. Afinal, como poderia ele levar uma mensagem de compaixão àquele povo, sem que experimentasse a compaixão de Deus em sua própria vida?
         Quem foi essa pessoa cheia de glória vista pelo profeta? Quem era essa pessoa assentada sobre um alto e sublime trono? Quem era esse ser glorioso perante o qual Isaías achou que cairia na perdição eterna ao perceber sua própria miséria? Se compararmos Escritura com Escritura perceberemos que Isaías estava tendo uma visão do Senhor Jesus Cristo antes da Sua encarnação.
         Ora, das Pessoas da tri-unidade bendita Cristo é aquele que se manifestou aos homens. Ninguém pode conhecer o Deus vivo a não ser por meio daquele que desceu do céu e revelou Deus em carne. Portanto, Isaías estava tendo uma visão de JEOVÁ, o Filho, antes que este viesse ao mundo. Isaías estava contemplando o mesmo que Pedro, Tiago e João viram por ocasião da transfiguração do Filho de Deus quando subiu ao monte.
         Para confirmar que Isaías viu Jesus, JEOVÁ 700 anos antes que nascesse, tomemos a passagem de João 12:39-41: Por isso não podiam crer, porque, como disse ainda Isaías: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e dele falou.
         Notemos bem que o texto afirma que Isaías viu a Sua glória, e dele falou. Portanto, Isaías contemplou JEOVÁ, o Filho! Isaías presenciou a glória daquele um dia iria se humilhar e descer até a indignidade humana a fim de que pela Sua morte e ressurreição conquistasse uma tão grande salvação para homens e mulheres arrependidos. Foi diante dessa majestosa presença que Isaías pode ver sua própria miséria; que tinha uma boca suja. Era um homem imoral, corrompido no falar, e era assim porque seu coração era sujo juntamente com toda nação. Mas foi ali que Isaías alcançou a purificação dos seus pecados e pode assim ser salvo.
         Amigo, a salvação de sua alma vem desse grande JEOVÁ, o Autor de uma tão grande salvação para os pecadores!


        

quarta-feira, 30 de maio de 2012

A TRISTE DECISÃO DO PECADOR (17 de 17)



"Assim diz o Senhor: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas: qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: não andaremos." Jeremias 6:16.
A TRISTE DECISÃO DO HOMEM (última).
            Amigo leitor, toda lei de Deus descreve fielmente a corrupção do coração dos homens em seu caminho de desobediência. Todos os seus pensamentos e atos estão continuamente dizendo a Deus: “Não andaremos em teu caminho”. Os homens foram, são e serão sempre assim em todos os tempos, e a lei do pecado afirma que eles vão de mal a pior, a não ser que haja a intervenção misericordiosa do Senhor. Onde entra o sol da compaixão de Deus, conheceremos que ali Ele opera Seus milagres em corações.
         O povo de Nínive, capital da Assíria era, sem dúvidas, merecedor do castigo da Ira de Deus. Era um povo extremamente cruel, por isso o profeta Jonas tanto desejava que Deus derramasse Sua fúria a fim de extirpar toda aquela população da face da terra. Porém, o cap. 3 do livro de Jonas descreve um acontecimento jamais ocorrido, nem mesmo no meio do povo de Israel. Qual foi o resultado da pregação do profeta naquela cidade? Esperava daquele povo uma reação de ódio contra aquele profeta israelita, para matá-lo imediatamente. Mas não foi assim! O que o profeta presenciou foi algo inusitado! Houve um avivamento! Toda população foi convencida da necessidade de humilhação perante o Deus de Jonas! A mensagem do profeta transmitia um iminente juízo de Deus contra toda aquela cidade de cento e vinte mil pessoas. Então o temor chegou ao trono, e o rei foi o primeiro a tomar as medidas que evidenciavam arrependimento; sua decisão mobilizou toda população e até mesmo os animais foram colocados na mesma situação alarmante: “E fez uma proclamação e a publicou em Nínive, por decreto do rei e dos seus nobres, dizendo: não provem coisa alguma nem homens, nem animais... mas sejam cobertos de saco... e clamem fortemente a Deus; e convertam-se cada um do seu mau caminho, e da violência que há em suas mãos” (Jonas 3:7, 8).
         Por que aquele povo se arrependeu? Por que mudou o coração de toda aquela população? Foi uma atitude derivada da livre iniciativa deles? Absolutamente, não! Eis que a resposta aparece nas doces e meigas palavras do Senhor dirigidas ao Seu servo Jonas: “E não hei de eu ter compaixão da grande cidade de Nínive em que há mais de cento e vinte mil pessoas, que não sabem discernir entre a sua mão direita e a esquerda, e também muito gado?” (Jonas 4:11).
         Amigo leitor cerquemo-nos da verdade mais preciosa narrada em toda Escritura: “Rendei graças ao Senhor porque...a Sua misericórdia dura para sempre” (Salmo 136:1). O que a Bíblia faz em toda sua extensão é exibir o desenrolar das misericórdias do Senhor através da história da raça humana. Os corações humilhados e quebrantados voltam imediatamente ao Deus que visita o pecador e o levanta da sua miséria e escravidão. Notemos como Ele tem prazer em comunicar com homens e mulheres que se lançam aos Seus pés em busca do Seu perdão: “... ao coração quebrantado e contrito, não desprezarás, ó Deus” (Salmo 51:17). È o Senhor em plena atividade salvadora neste mundo pervertido, estendendo Sua compaixão e salvando homens e mulheres da triste escravidão do pecado. Ele não veio ao mundo em busca dos bonzinhos, religiosos, etc., mas sim em busca dos pecadores, dos perdidos, daqueles que querem o perdão e a justiça que vêm do Senhor e salvador.
         Que estas meditações baseadas em Jeremias 6:16 venham glorificar o Senhor levando os leitores atentos ao temor devido a Ele, e produzindo no viver o fruto do verdadeiro arrependimento. GLÓRIAS AO SEU NOME!

JESUS É JEOVÁ - O SENHOR DA GLÓRIA (2 e 3)



“Meus irmãos, não tenhais a fé em nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor da glória, em acepção de pessoas” (Tiago 2:1).
        Nesse texto de Tiago vemos como Jesus, de fato é Jeová. Ora, Tiago era meio – irmão de Jesus, porque era filho de Maria no relacionamento dela com José. Tiago se converteu após a ressurreição de Cristo e sua subida ao céu. Tiago se tornou um dos líderes da igreja em Jerusalém. Não era apóstolo, mas exercia grande influência na igreja.       
         Por ser um judeu nato Tiago era conhecedor das Escrituras do Novo Testamento, por isso prova em suas palavras o quanto ele cria que aquele que nasceu de Maria era o próprio Jeová que se manifestou em carne, vindo ao mundo com a finalidade de buscar e salvar os perdidos. A prova disso está no fato de que ele chama Jesus de O Senhor da Glória. O artigo definido mostra que glória é essa. Ora, todo judeu piedoso sabia o que significava a Glória de Deus. Sabia que somente Jeová era o Deus da Glória e que Ele não passava Sua glória para ninguém.
         O judeu piedoso sabia que a Glória de Deus referia-se à soma de todos os atributos de Deus, da sua grandeza, majestade, senhorio, domínio, santidade, soberania, do direito de ser adorado, amado, temido, glorificado por todos. Ora, essa glória Deus não passa para ninguém mais, porque é exclusividade Dele. “...A minha glória não a darei a outrem” (Isaías 48:11). Todo judeu sabia que a Glória desse Deus estava no santuário em Jerusalém e que ali ninguém poderia entrar sem ser morto, a não ser o sumo-sacerdote uma vez por ano.
         Diante desses fatos afirmamos que o Senhor Jesus, o Senhor da Glória é o próprio Jeová. Durante o ministério terreno de Jesus, Tiago era um incrédulo e não aceitava o viver do Filho de Deus, mas quando se converteu sua vida mudou e passou a ser um homem temente ao Senhor que tanto rejeitara.
         Querido amigo, aquele que veio ao mundo, o grande EU SOU, é Jeová que se manifestou em carne. João, referindo à transfiguração de Cristo no monte quando esteve juntamente com Pedro e Tiago, disse: “...e vimos a Sua Glória, glória como ao do unigênito do Pai” (João 1:14). Notemos o que o próprio Senhor Jesus pede na oração do cap. 17 de João: “Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”.
         Que magnífica bondade desse Deus! Ele deixou Sua glória a fim de vir a este mundo maligno para buscar perdidos pecadores (Lucas 19:10). Um coração orgulhoso e endurecido contra a verdade jamais poderá conhecer esse maravilhoso Salvador e Senhor. Somente pecadores que invocam o Seu Nome são salvos de seus pecados e vão morar com Ele na glória eternal (Romanos 10:13).
         O convite agora é para que o homem arrependido clame a Ele pedindo-Lhe salvação. Seus ouvidos estão apurados para ouvir o socorro da alma aflita e desesperada. 

JESUS É JEOVÁ – ADORADO PELOS ANJOS.  (3)
“E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem” (Hebreus 1:6).

         Hebreus cap. 1 é uma das mais significantes passagens bíblicas onde vemos exposta com clareza a divindade de Cristo. No verso 3 brilha intensamente a luz da Sua glória: “Ele o resplendor da sua glória”, frase que indica quem é esse é Ele, não na sua aparência, mas em sua natureza. O termo glória indica a natureza de Deus que foi manifestada aos homens na pessoa encarnada do Seu Filho. A outra frase: “expressa imagem do seu Ser” notifica que é Ele o próprio Deus – Jeová que veio ao mundo e que pelos Seus atos e caráter provou Sua divina procedência.
         Lições preciosas aparecem nesse cap. 1 de Hebreus. Na história do Velho Testamento Cristo teve uma atuação junto aos anjos, por isso constantemente Ele é chamado de o “Anjo de Jeová”. A palavra anjo significa “mensageiro”, alguém enviado para notificar um recado do próprio Jeová aos homens. Essa atividade Dele na história do Velho Testamento é o início de Sua humilhação, mas o mais impressionante ato de humilhação do Senhor foi quando Ele tornou-se homem. Na passagem temos a citação do Salmo 2, onde vemos as duas pessoas da divindade conversando entre eles e um diz ao outro:  Tu és meu Filho, hoje te gerei. E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho” (Salmo 2:7).
         Ora, a atitude servil de Cristo ao tornar-se homem foi tão humilhante, que Ele desceu da posição inferior aos próprios anjos. Foi uma atitude que os anjos não compreenderam, por essa razão eis o que ocorre no verso 6 de Hebreus 1: “E outra vez, ao introduzir no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem”. Por quê? Como é que os anjos adorariam alguém inferior a eles? Por essa razão é Deus fazem com que os anjos se curvem perante a majestade gloriosa que desceu a essa posição tão humilhante a fim de salvar perdidos.
         O termo usado para “adoração”, não significa uma mera homenagem, como fazemos com qualquer autoridade. A mesma palavra é usada quando Cornélio se curva para adorar Pedro, pensando que o apóstolo fosse um ser superior. A reação de Pedro foi imediata: “Mas Pedro o ergueu, dizendo: Levanta-te, que eu também sou homem”. A mesma atitude teve o anjo diante de quem João curvou-se para adorá-lo:
Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus” (Apocalipse 22:9).
         Os anjos adoraram o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Como adoração só pode ser dada unicamente a Deus, afirmamos dogmaticamente que Jesus é Jeová. Ora, não confessar isso é rebelião e obstinação no coração. Não adorar aquele que é a imagem de Deus é uma atitude de revolta contra aquele que Deus o Pai elevou o Nome acima de todo nome.