quinta-feira, 10 de maio de 2012

O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (15)



Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
                                                        O JUIZO DE DEUS
         Querido leitor estou certo que a Palavra de Deus é suficiente para trazer aos corações atentos o verdadeiro entendimento do terror promovido pelo pecado nesta vida e na eternidade. Tenho envidado esforços para atrair aos corações dos leitores a bênção da humilhação, porque grassa neste mundo o orgulho do pecado, e o falso evangelho promove a soberba religiosa que parte de corações não regenerados. Que a doce misericórdia do Senhor venha alcançar milhares nesses dias de trevas e ignorância das realidades eternas.
         Davi experimentou o fel das obras infrutíferas resultantes do seu pecado. O prazer de tão pouco tempo resultou em aflição pelo resto da sua vida. Mesmo obtendo o perdão de Deus, viu quão amarga foi a colheita tempestuosa daquele vento que havia plantado. O último petardo da implacável perseguição do pecado foi quando sofreu a amarga e feroz perseguição de Absalão, seu filho, que a qualquer custo queria o reino.
         O amigo leitor pode perceber que onde a maldade é semeada, o pecado imediatamente faz cessar todo sentimento e amor natural. O amor paterno, materno e filial é como as pétalas de uma rosa, tão frágeis que um simples sopro são desprendidas e jogadas fora. A rosa é bela com suas pétalas, mas uma vez retiradas, toda sua beleza desaparece e os espinhos aparecem logo abaixo no galho. O amor natural não suporta a força impetuosa do pecado num ambiente. Um homem cujo viver é tortuoso destrói o ambiente seguro e agradável dentro da sua família. Tudo é transtornado e a insegurança aparece, trazendo sofrimento para os mais fracos.
         Amigo leitor, o pecado traz escuridão e desespero à sociedade; desmancha qualquer alicerce moral e afugenta os verdadeiros valores. No pecado um homem deixa de ser homem e age como um animal no seu relacionamento. No pecado a mulher perde seu conceito de mulher, fazendo com que desapareça sua graça e dignidade. Quando o pecado não é tratado como um verdadeiro inimigo e uma abominação, seu veneno vai destruindo e aviltando tudo, como um fogo que tudo consome. Tudo o que é belo ao derredor vai desaparecendo, fazendo com que a vida perca a graça da vida, mesmo com favores materiais.
         Ora, o rei Davi conseguiu viver e reinar o restante de sua vida por causa do seu temor ao Senhor. Encarou a morte de Absalão seu filho como culpa sua; sabia que toda aquela desgraça fora causada por ele e não pelo jovem que na guerra foi morto. Por isso a morte de Absalão pesou tanto na alma de um pai amoroso! Como não haveria de chorar? Seu choro foi porque aquele pai estaria disposto a morrer no lugar do filho. Foi uma experiência que dilacerou sua alma. Ora, aquele herói de guerra nunca fugira de uma batalha, mas na perseguição preferiu agir como agiu. Não estava segurando seu reino com unhas e dentes. O que restou foi um coração arrependido perante o seu Deus e pronto a sofrer as mais graves conseqüências de sua maldade. No Salmo 51 as palavras de Davi pintam em vívidas cores o significado de um coração arrependido. Deus é o Deus dos corações arrependidos. Normalmente o pecado endurece o homem e o torna violento e fugitivo. Mas não foi o caso daquele gigante que tombou ferido pelo seu egoísmo.
         Meu amigo, no meio de tanta desgraça causada pelo pecado, eis que as boas novas chegam para declarar que Cristo Jesus veio ao mundo para destruir as obras do diabo. O homem arrependido vai ao pó, ao desespero, mas o Senhor inclina-se para conversar com uma alma aflita. Cristo veio ao mundo para erguer o caído! Quem mais pode fazer isso? Amigo, tente se erguer da queda do pecado por si mesmo e você verá que está se atolando na areia movediça do mal. Confesse agora a Cristo e conheça Seu perdão, amor, purificação e novidade de vida.
CONCLUSÃO
         Prezado leitor, como podemos concluir um assunto tão vasto? As Escrituras mostram o terror do pecado no viver do homem a fim de fazer brilhar a glória da cruz: “...Cristo morreu pelos nossos pecados segundo as Escrituras” (1Coríntios 15:3). Quem desconhece a miséria do pecado no íntimo jamais terá qualquer interesse na morte expiatória de Cristo. A lei de Deus foi dada para escancarar esse assunto, ela continuamente brada acerca do horror e da maldição do pecado. A maior parte das Escrituras funciona como raios-X, mostrando o que o homem é por dentro, a fim de que a mensagem solene do evangelho convide os pecadores ao conhecimento da tão grande salvação.
         Pretendo encerrar o inesgotável tema elucidando o texto de Números 32:23: “Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar”. Moisés, já no final da sua vida terrena está perante os representantes das duas tribos e meia. Eles chegam perante aquele grande líder solicitando a herança deles aquém do rio Jordão. Moisés, entretanto, encarou o pedido deles como uma atitude de rebelião. Por que eles não queriam morar em Canaã? Estariam recusando entrar na terra prometida? A atitude deles foi encarada seriamente por Moisés. Quarenta anos antes um grupo de israelitas havia recusado entrar na terra por medo, desconfiança de Deus, promovendo uma rebelião entre todo povo. A atitude hostil e rebelde deles resultou em que toda nação ficasse rodeando o deserto por quarenta anos como castigo de Deus, até que os rebeldes fossem mortos.
         O pecado deles visitou-os terrivelmente; a mão de Deus foi sobre eles esmagando-os até que nenhum sobrou, por causa da tremenda fúria do Senhor contra a maldade praticada por eles, quando desonraram a Deus com desobediência. Quarenta anos depois Moisés julga estar perante um grupo de rebeldes. Será que a nação vai sofrer duros golpes da Ira de Deus contra o pecado? Será que um grupo de homens presunçosos vai prejudicar a nação inteira? A reação daquele homem de Deus foi justa, a fim de que fosse punida qualquer atitude arrogante, num momento tão importante como aquele, quando a liderança da nação passaria para Josué. Mais tarde Josué enfrentaria a resistência de Deus contra toda nação por causa do pecado de um homem só – Acã, conforme o cap. 7 do livro de Josué. Sem a presença do Senhor a nação de Israel inteira não passava de minhocas ante o poderio daquelas nações armadas no território de Canaã. O pecado de um homem só representava o pecado de toda nação. Acã pecou, Israel pecou! A maldade de um homem foi como uma epidemia que contagiou toda nação: “Israel pecou; eles transgrediram o meu pacto que lhes tinha ordenado...” (Josué 7:11).
         Prezado leitor, é assim o pecado. Os representantes das duas tribos e meia deram provas a Moisés que seu pedido não era fruto de rebelião contra Deus, por isso receberam a terra aquém do Jordão. Aqueles homens estavam cheios do temor de Deus porque experimentaram durante os quarenta anos peregrinando pelo deserto, o que significam as conseqüências do pecado.
         Os homens precisam saber que não tem poder nenhum neste mundo contra o pecado. Você pode pegar um pau e matar uma víbora que foi achada em sua casa. Uma vacina pode erradicar uma enfermidade contagiosa, mas não há meio de combater o pecado e seus efeitos malignos. A ira de Deus paira sobre todo e qualquer pecado e o tormento eterno é a prova do furor de Deus contra o pecado. Somente o sangue do Cordeiro para tratar definitivamente contra todo e qualquer pecado. Somente Cristo levanta o caído, dá vida ao quebrantado de coração. Esta mensagem tem como meta chamar os pecadores ao arrependimento.

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