quarta-feira, 2 de maio de 2012

RESPOSTA A UM RUSSELITA


RESPOSTA À UM RUSSELITA
         Prezado José Nascimento, desde a semana passada estou com a carta que o Sr. me enviou, respondendo àquilo que escrevi provando o fato que o Senhor Jesus é o próprio Jeová. Queria muito que você chegasse para uma conversa pessoal, mas a carta enviada com seus argumentos ficou ainda melhor, porque pode tornar-se um ótimo documento.
         Pretendo não aprofundar muito naquilo que quero expor, combatendo com clareza o que fora enviado em sua carta. Em cada argumento seu tentando usar versos bíblicos para sustentar o que vocês crêem, irei responder à luz do contexto.
                                                                  (1)
         Primeiramente tomo o texto de João 8:58: “...antes que Abraão existisse, EU SOU”. José pare de ficar alimentando suas idéias com pressuposições! No cap. 8 de João, Cristo estava conversando com os judeus, provando para eles que Ele era de fato o próprio Jeová que se manifestou em carne. A expressão “EU SOU”, no hebraico vem da Palavra JEOVÁ. É Deus em carne mostrando àquele povo Sua identidade. Por essa razão eles pegaram pedras para atirar Nele, porque consideraram blasfêmia.
         Eles compreendiam tão bem o Velho Testamento, que logo ligaram com o próprio Jeová que apareceu para Moisés, conforme a narrativa de Êxodo 3:14:Respondeu Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos olhos de Israel: EU SOU me enviou a vós”. Meu amigo, Jeová é o Nome usado por Deus que identifica a presença soberana no meio dos homens. EU SOU salienta a auto-suficiência de Deus, e que nesse Nome localiza-se tudo aquilo que o pobre e miserável pecador necessita. Por essa razão Ele se manifesta como o grande EU SOU em todo livro de João. EU SOU a porta; EU SOU o caminho, a verdade e a vida; EU SOU a ressurreição, etc.
                                                                           (2)
         Imediatamente você pulou para Apocalipse 3:14 a fim de declarar que Cristo foi a primeira coisa que Deus criou. Nota-se que os russelitas baseiam-se em deduções, porque uma vez que crêem que Jesus não é Jeová, com efeito dão suas próprias interpretações aos textos, como esse de Apocalipse:Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”.
         Ora, vocês russelitas estão envolvidos em seríssimas complicações, porquanto, em Apocalipse o próprio todo Poderoso reivindica para Si atribuições dadas a Cristo. Por exemplo: “Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso” (1:8). Compare com o cap. 21:6 “Disse-me ainda: está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem tiver sede, de graça lhe darei a beber da fonte da água da vida”. Veja como o Todo Poderoso afirma que além de ser Ele o Alfa e o Ômega, é também o “Princípio e o Fim”.
         Veja como em Isaías 44:6 o grande Jeová diz a respeito Dele mesmo: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, seu Redentor, o Senhor dos exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus”.
         Nota-se também no cap. 22:13  que Cristo afirma declara: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim”, as mesmas atribuições conferidas ao Todo Poderoso. Tomei alguns versos em Apocalipse apenas para mostrar que o termo usado como princípio, nem sempre significa início de existência. Nas Escrituras quando Deus quer explicar a existência de todas as coisas, Ele mostra que Cristo é o fundamento de tudo; a causa, a razão suprema pela qual tudo veio a existir. Paulo deixou essa verdade bem esclarecida em Colossenses 2:16: “...tudo foi criado por ele e para ele”.
         Os russelitas desconhecem Cristo como o grande Jeová, aquele que se revelou aos homens, desde o Velho Testamento. Ele é o grande Deus Jeová, “Pai da eternidade” (Isaias 9:6). Meu amigo, compare Isaías 6 com João 12:39-41: “Por isso não podiam crer, porque, como disse ainda Isaías: Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, para que não vejam com os olhos e entendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Estas coisas disse Isaías, porque viu a sua glória, e dele falou”.
         Então, o Senhor Jesus, o grande Jeová manifestado em carne foi visto por Isaías em Sua resplandecente glória. Em Apocalipse vemos que Ele possui os mesmos atributos conferidos a Jeová. Por exemplo, confira 2:23: “e ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que esquadrinha os rins e os corações...”, com Salmo 7:9 “Cesse a maldade dos ímpios, mas estabeleça-se o justo; pois tu, ó justo Deus, provas o coração e os rins”.Caro José, quanto espero que o Senhor tenha misericórdia e venha abrir seus olhos!
                                                                 (3)
         Passo agora a comentar o que você fala a respeito de João 1:1: “No princípio...”. De novo vejo como vocês tomam um texto e o isola do contexto, a fim de publicar seus pretextos. Claramente João, quando fala do “princípio” (duas vezes, versos 1 e 2), está referindo a Gênesis cap. 1, referindo a criação. Meu amigo, numa linguagem bem clara o grande Jeová que se manifestou em carne é conhecido como o Verbo (traduzido palavra por vocês). Cristo é apresentado como o Verbo que estava com Deus na criação, porque Ele mesmo é o Autor da criação: “Todas as coisas foram feitas por intermédio Dele...” (1:3). Ele é o grande EU SOU da criação, e não um instrumento criado para fazer parte da criação. O grande Jeová é suficiente Nele mesmo. Além disso, João declara que viu a glória do VERBO (EU SOU, JEOVÁ): “E vimos a Sua glória..”.                     
         Amigo, Deus reivindica a glória somente para Ele: “Por amor de mim, por amor de mim o faço; porque como seria profanado o meu nome? A minha glória não a darei a outrem” (Isaías 48:11)
                                                                  (4)
         Agora meu serviço consiste em mostrar que o termo “primogênito” de Colossenses 1:15 em nada ensina que Cristo teve um começo de existência. Quando referimos aos seres humanos, certamente há começo. Meu filho mais velho teve um começo. Mas, ligado a Cristo, jamais transmite essa idéia tão absurda, profana e blasfema. Na divindade não existe começo de existência. No programa da divindade filiação aparece com uma linguagem que os homens possam entender. Uma pessoa foi feita filho de Deus por decreto. Veja a linguagem usada de uma pessoa de divindade para a outra: “ Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei (Salmo 2:7). Amigo, veja a linguagem usada: “...Eu hoje te gerei”. o HOJE de Deus revela eternidade: “Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente (Hebreus 13:8). Ele é o grande EU SOU e nós em referência a esse Senhor podemos afirmar: “...de eternidade a eternidade TU ÉS (de novo o EU SOU) Deus” (Salmo 90:2).
         A palavra “primogênito” quando refere-se a Cristo está tratando de direitos e não de início de existência. Nos costumes judaicos era o primogênito que tinha determinados direitos de bênçãos, como o caso de Esaú que vendeu esses direitos a Jacó. O Pai concedeu ao Seu primogênito o direito de ser herdeiro de todas as coisas (Hebreus 1:2).
         Outro detalhe, é que “primogênito” quando se refere a Cristo, trata-se também do fato que pela Sua morte e ressurreição traria pecadores do mundo inteiro à posição de filhos de Deus pela salvação de suas almas (João 1:12,13).  E Cristo seria: “...o primogênito entre muitos irmãos” (Romanos 8:29).
                                                                  (5)
         O senhor também afirma num parágrafo que em Apocalipse 11:16,17 que o título de todo poderoso é dado apenas a Jeová e que Jesus (sendo uma criatura) não recebe esse título.
         De novo mostrarei o quanto os russelitas estão iludidos e aprisionados nos redes que eles mesmos armaram para si. Tomo o texto de Apocalipse 1:7,8 para mostrar que Jesus, por ser Jeová recebe também esse título:Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”.
         Meu amigo, analise o texto com cautela.
1.      Está tratando do Senhor Jesus, pois é Ele que virá com as nuvens: “Eis que vem com as nuvens...”
2.      Imediatamente aquele que virá afirma: “Eu sou o Alfa e o Ômega...”. Ora, Cristo toma esse título para Si. Compare com Apocalipse 22:12,13: “Eis que cedo venho e está comigo a minha recompensa, para retribuir a cada um segundo a sua obra.Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro, o princípio e o fim”.
3.      Veja então a expressão: “...aquele que é, e que era, e que há de vir...” refere-se a Cristo: “...o que há de vir.... . Essa expressão sempre refere-se a Cristo: “Eis que cedo venho....Ele mesmo afirmou isso: “...Certamente cedo venho...”.
4.      Então, a conclusão é lógica que Cristo é o Todo Poderoso: Eu sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso”, título dado exclusivamente a Jeová, porque Ele Cristo é Jeová que se fez carne e habitou entre nós.
                                                                  (6)
O senhor está afirmando que, por ser inferior a Jeová, Cristo sempre orava pedindo ao Pai que lhe enviasse poder para realizar seus atos milagrosos. Tentou provar isso em Marcos 6:41-44 e Marcos 8:6-9. Quanta ignorância dos russelitas! Vou provar o quanto vocês não somente andam enganados, como também iludem milhares nessa mentira.
1.      Em Marcos 6:41-44 o texto não diz que Ele pediu poder para realizar aquele milagre: “E tomando os cinco pães e os dois peixes, e erguendo os olhos ao céu, os abençoou...”. A não ser que vocês torceram o texto na bíblia russelita, Cristo tomou o pão, ergueu os olhos aos céus, os abençoou.
2.      O segundo texto em Marcos 8:6-9, onde se trata da segunda multiplicação dos pães o Senhor faz a mesma coisa.
3.      Outro detalhe, nos milagres realizados pelo Senhor jamais Ele pediu ajuda, nem mesmo os realizou em Nome de Jeová. Ele ordenava sustentado em Sua própria autoridade. Note isso quando curou o paralítico (João 5), e na ressurreição de Lázaro ordenou que o morto saísse do sepulcro.
4.      Já que puxou o assunto, os milagres realizados pelos Apóstolos não foram realizados em Nome de Jeová, mas sim em Nome de Jesus: “em nome de Jesus Cristo, o nazareno, anda (Atos 3:6). Também: “Enéias, Jesus Cristo te cura...(Atos 9:34). E também, em Atos 19:17, quando trata dos feitos dos apóstolos, diz: “... e o nome do Senhor Jesus era engrandecido”.
         Caro José, veja como é o Nome do Senhor Jesus que está sendo exaltado e engrandecido! Isso prova que Ele é Jeová. Lembre-se que Deus sempre se ocupou com a glória e a honra do Seu Nome. Provo isso em toda Escritura, mas em Ezequiel caps. 20 e 36 Ele deixa isso claro quando repete várias vezes: “O que fiz, porém, foi por amor do meu nome.”..” e amor do meu santo nome...”. Nenhuma criatura pode tomar posse da glória do Nome de Jeová. Se Jesus fosse mera criatura, jamais tomaria a honra e a glória que estão no Nome de Jeová.
         Mas, sei que você vai dizer que Deus o Pai elevou o Nome de Jesus acima de todo nome, baseando em Filipenses 2:9,10: “Pelo que também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu o nome que é sobre todo nome; para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”. Ó, meu amigo, nas Escrituras vemos Jeová sendo glorificado por Jeová. Uma pessoa da divindade exalta outra, porque é Deus (Eloim, plural hebraico) que é exaltado. Além de tudo, o texto de Filipenses foi tirado de Isaías 45:22,23: “Olhai para mim, e sereis salvos, vós, todos os confins da terra; porque eu sou Deus, e não há outro. Por mim mesmo jurei; já saiu da minha boca a palavra de justiça, e não tornará atrás. Diante de mim se dobrará todo joelho, e jurará toda língua”.
                                                        (7)
         Agora chegou a vez de enfrentar os absurdos dos russelitas em Provérbios 8:22-31, porque num esforço tremendo para provar que Cristo não passa de uma criatura inferior inventaram um “mestre de obras”, criado por Jeová para assistir a criação. Em rápidas palavras vou expor o que significa sabedoria à luz de todo livro de Provérbios:
         1.      O cap. 8  de Provérbios é uma exposição personalizada da sabedoria. Ora, o livro inteiro de Provérbios é Deus ensinando sabedoria aos homens. Os homens são convidados a andar e pautar esta vida em santo temor ao Senhor (1:7). Os homens são advertidos dos perigos de negligenciarem os princípios de Deus no viver e sofrerem conseqüências aqui e na eternidade.
         2.      O cap. 8 inteiro é a sabedoria manifestada aos homens, numa linguagem clara e acessível à compreensão humana. Ela clama, ela posiciona-se em todos os lugares avisando aos homens do perigo de não dar ouvidos. Ela mostra ser santa e pura, que odeia a maldade e perversidade dos homens.
         3.      O que Deus está mostrando é que toda sua criação foi feita tendo a sabedoria como estrutura. Significa que a ausência desse santo temor ao Senhor fará que os homens sofram as conseqüências inevitáveis: “Mas o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte” (verso 36).
         4.      É óbvio que a linguagem de criação da sabedoria é a linguagem que Deus usa, a fim de comunicar uma verdade eterna aos homens. Meu amigo, não se cria sabedoria, ela é inerente ao Criador; faz parte de Seus atributos, especialmente de Sua santidade. A santidade é tão eterna quanto a eternidade do criador.
         5.      Finalmente, digo que Deus não precisa de um “mestre de obras”, ou mesmo desse arquiteto extra para admirar Suas obras na criação. O Todo-Poderoso é Auto-suficiente. O que a Palavra de Deus ensina é que “Todas as coisas foram feitas por meio Dele, e sem Ele nada do que foi feito se fez” (João 1:3). Foi por meio do Seu Filho eterno que o pai criou todas as coisas: “nestes últimos dias a nós nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, e por quem fez também o mundo” (Hebreus 1:3), a fim de que, tanto o Filho quanto o Pai, seja glorificado.
                                                                  (8)
         É outra tarefa que me cabe explicar o que a Palavra de Deus ensina a respeito da humilhação de Cristo. Meu desejo é que o Senhor mostre a mais preciosa verdade exposta em toda Escritura: “...Aquele que se manifestou em carne, foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, e recebido acima na glória” (1 Timóteo 3:16).
         Mas quero conduzir você na mais incrível passagem inspirada que revela as maravilhas da humilhação do Verbo (EU SOU), que se fez carne e habitou entre nós. Está em Filipenses 2:6-8: “o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz”.
         Vamos lá José, verifique o texto, não passe por cima. Vou tomar a frase: “o qual, subsistindo em forma de Deus...”. Examinemos a palavra traduzida “subsistindo”. É a palavra grega UPARKHÔN, significa existir em sua essência, como originalmente. Esta palavra deixa claro que não obstante sua humilhação, em forma humana jamais Jesus deixou de ser o próprio Deus. A forma humana ocultou sua divindade, mas não a anulou.
         Agora vamos examinar no mesmo texto a palavra “forma”. No grego é a palavra: MORPHÊ. O significado original dessa palavra é forma essencial, indicando que mesmo em Sua encarnação o Senhor Jesus não perdeu os poderes da divindade, como Onipotência, Onisciência, Onipresença, eternidade, etc. O que aconteceu foi que Ele não usou esses poderes.
         Eis aí o que significa esvaziar. Eis aí o real significado da humilhação daquele que é chamado de o Senhor da Glória (Tiago 2:1). Ele simplesmente se entregou como Servo para cumprir os propósitos eternos da redenção. O restante dos versos citados explica a posição de Cristo como homem e como Servo neste mundo.
                                                                  (9)
         Ao tomar o texto de João 17 verso 3, vejo o quanto os russelitas estão enrolados! João 17 é a passagem onde mais provas temos de que Jesus é o próprio Jeová, que em carne veio e revelou Deus aos homens. Caro José, veja as Palavras do Filho de Deus:  Agora, pois, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que eu tinha contigo antes que o mundo existisse”. O Rei da Glória está chegando ao término de Sua jornada terrena e comunica isso ao Pai. Seu anseio é retornar para ocupar Seu lugar de glória que sempre teve na eternidade. Lembre amigo que somente Deus é glorificado e que jamais Ele passa a glória Dele para outro!
         Posso examinar o texto mais a fundo. Veja a frase do Senhor no verso 24: “...pois que me amaste antes da fundação do mundo”. Caro José, vejo a atividade do amor eterno de Deus existente entre as pessoas da divindade. Visto que Deus é amor e esse amor sempre existiu e existirá na eternidade, obviamente o exercício desse amor envolveu as pessoas do conselho do Deus tri uno.
                                                                  (10)
         Vamos agora ver o texto que você tomou em João 14:28: “...porque o Pai é maior do que eu”. Percebe-se quão fracassada é a explicação de vocês na tentativa de provar que Jesus não é Jeová. No texto nosso Senhor está mostrando algo que é claro e evidente. O pai sempre foi maior do que o Filho. Isso é posição, autoridade e não essência. Meus filhos são inferiores a mim porque eu ocupo a posição de Pai, sou responsável nas minhas decisões, e eles me devem respeito. Mas não sou superior a eles na condição de homem. Sou tão humano quanto eles são. Quando o Senhor aceitou a posição de Filho Ele se humilhou e submeteu-Se ao Pai para cumprir o plano da salvação. E na posição de Filho Ele foi fiel até a morte. Mas como Filho jamais perdeu Sua glória da divindade.
                                                        (11)
         Tomo agora o texto de 1 Timóteo 2:3,4: “Pois isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”. José vejo como os russelitas nem sabem o que estão falando! Falam do Espírito Santo e têm essa pessoa bendita como uma força ativa. De cara aparecem dizendo blasfêmias a respeito do Espírito de Deus. Com isso mostram o quanto o Jeová inventado por vocês é um ser fraco e incapaz, que precisou criar uma força ativa, tipo um robô a fim de orientar as pessoas na verdade.
         No texto Paulo está mostrando que o trabalho de Deus neste mundo consiste em salvar perdidos pecadores da condenação eterna. Foi para isso que o Filho se fez carne e habitou entre nós (João 1:13). Ele veio ao mundo para resgatar pecadores da condenação eterna e levar os salvos para morar com Ele no céu: “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar perdidos” (Lucas 19:10).
         Caro José, arrependa dos seus pecados e humildemente peça ao Senhor o perdão e purificação mediante o sangue do Cordeiro!
                                                        (12)
         Em seguida, ao passar textos como o de Isaías 32:18 e Atos 15:14, percebo que vocês vivem torcendo um texto aqui e outro ali, a fim de edificar suas “torres de vigias”. Um erro atrai outro erro. Uma compreensão tortuosa da divindade levará a erros gravíssimos no tocante a outros detalhes. Lembre-se que corações endurecidos são os mais ativos em trabalhar para divulgar seus erros religiosos. Meu desejo é que você, José venha a conhecer a misericórdia de Deus e escape dessa prisão onde você está aprisionada mais de 50 anos.
         Ora, o texto de Isaías 32:18: “O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso”, não foi dado para satisfazer as paixões dos russelitas. O Senhor está chamando a atenção do povo de Israel por causa das Suas idolatrias. No cap. anterior (31) Ele chama a atenção da nação por causa da confiança que estava tendo no Egito e não no Deus de Israel. Então, no cap. 32 Ele começa a mostrar a tão grande salvação que viria com a vinda do Servo ao mundo. Aliás, todo livro de Isaías é uma exposição da salvação que Cristo conquistaria para pecadores perdidos (Isaías 53).
         Voltando a Isaías 32 vemos essa promessa da salvação no verso 17: “E a obra da justiça será paz; e o efeito da justiça será sossego e segurança para sempre”. Amigo, eis aí em poucas palavras Deus mostrando ao mundo o que Cristo faz no coração do homem e da mulher quando Ele opera Sua salvação eterna: “Paz, sossego e segurança para sempre”. Então, segue o ensino do verso 18: “O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso”. Essa é a peculiar linguagem hebraica para descrever o conforto, segurança eterna e verdadeira paz infundida no coração de uma alma regenerada e salva.
         Vamos então para Atos 15:14: “Simão relatou como primeiramente Deus visitou os gentios para tomar dentre eles um povo para o seu Nome”. Essas palavras ditas por Simão foram resultados da reunião que houve em Jerusalém, por causa do problema que os crentes gentios estavam enfrentando. Os judeus estavam infiltrando nas igrejas o ensino de que as práticas judaicas deveriam ser observadas pelos crentes gentios. O concílio que houve em Jerusalém teve uma conclusão que trouxe alívio doutrinário e prático para as igrejas.
         Foi nessa tonalidade bíblica que Simão mostrou aos judeus presentes que Deus visitou os gentios a fim de tomar um povo para Si. Segue-se a mesma ordem bíblica conforme vemos em Isaías, porque a salvação é para os que estão pertos (judeus) e para os que estão longe (gentios).
                                                                  (13)
         Em seguida vejo que você deixou de apelar para seus textos arranjados e partiu para falar a respeito do grande número de russelitas em vários países. Não sei como podem usar um texto como João 8:32 para mostrar que essas oito milhões de almas estão libertas! Libertas de que? Li um livro de um russelita que foi salvo por Cristo e deixou esse ensino pernicioso. O título do livro é: “30 anos escravizado na torre de vigia”.
         José estou impressionado com esse número de oito milhões. O plano A original era para 144 mil. Agora, têm que tomar uma decisão para o plano B porque ultrapassou tremendamente o número. Meu amigo, estou surpreso porque esse número deveria ser bem maior. O ensino russelita é muito agradável para a natureza corrompida, orgulhosa, depravada e rebelde do ser humano. O ensino russelita atende os anseios carnais e mundanos dos homens que querem um paraíso terreno, porque almejam viver em seus pecados.
                                                                   (14)
         Vou agora defender a verdadeira fé desse ensino anti bíblico das duas esperanças. Caro José, essa idéia de que a bíblia indica duas esperanças, uma na terra, outra no céu é um ensino que vocês urdiram, como as aranhas tecem suas teias. Essas duas esperanças refletem claramente que vocês estão emaranhados no desespero e falta de paz no coração.
         A bíblia não oferece nenhuma esperança eterna neste mundo. Paulo aponta aos crentes a seguinte certeza: “...Cristo em vós, a esperança da glória(Colossenses 1:27). Foi essa certeza que Cristo deu aos santos: “Na casa do meu Pai há muitas moradas, vou preparar-vos lugar” (João 14:2). Nosso Senhor jamais prometeu aos Seus discípulos qualquer esperança neste mundo. Paulo foi bem claro ao dizer: “Mas a nossa pátria está nos céus, donde também aguardamos um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3:20). A herança dos santos está guardada no céu, não aqui (1 Pedro 1:4).
         Mas eu sei que vocês vão argumentar usando as passagens em Salmo 37 e Mateus 5. De novo vejo a esperteza dos russelitas, quando usam textos bíblicos. O Salmo 37 não está falando da terra que será habitada como um paraíso. Aqueles 40 versos estão falando do comportamento adequado que os crentes devem ter enquanto aqui vivem, diante das atitudes perversas dos homens: “Não te enfades por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade” (verso 1). Caro José, a linguagem hebraica do Velho Testamento “Para sempre”, nem sempre quer dizer eternamente. Por exemplo, é dito no Pentateuco que a tribo de Levi teria o sacerdócio eterno, mas sabemos que a o sacerdócio Levítico foi retirado.
         Quanto ao texto de Isaías 65, posso lhe afirmar que o Senhor está expondo para Israel não uma promessa de um paraíso futuro, mas sim dos resultados da grande salvação que seria conquistada por Cristo, conforme foi apresentado em toda extensão do livro de Isaías. A linguagem usada no Velho Testamento é bem cheia de ilustrações para ensinar maravilhas eternas. Mas tomo o verso 24: “E acontecerá que, antes de clamarem eles, eu responderei; e estando eles ainda falando, eu os ouvirei”. Veja amigo que no texto o Senhor está falando que Seu povo clamará, falará com Deus em oração e o Senhor vai ouvir. Ora, num paraíso não há motivo de clamar. Clamamos quando há perigo; oração e suplicamos a Deus quando estamos cercados de circunstâncias difíceis.
         E os versos 10 e 11 do mesmo cap. seguem o mesmo esquema de todo cap. Deus está falando a linguagem que o povo de Israel bem conhecia. Veja Sharom e vale de Acor. O povo judeu conhecia muito bem esses lugares. Mas em seguida vem a frase: “...para o meu povo que me buscou”. Caro José, não esqueça que as Escrituras explicam as Escrituras. Ligue essa frase do verso 10 com Isaias 55:6: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto”. Veja José o convite de salvação aos perdidos! Veja a linguagem dessa salvação como é usada no Velho Testamento na comunicação de Deus com Israel.
         Para terminar, digo e afirmo que aquilo que nosso Senhor fala em Mateus 5:5: “Bem aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”, segue os mesmos princípio e leis de interpretação bíblica. Ali Cristo começa o famoso Sermão do Monte que vai até ao cap. 7. Nosso Senhor está mostrando aos fariseus hipócritas qual é a diferença entre o reino da terra e o reino de Deus. Ele está mostrando o que Deus faz nos corações daqueles que se convertem a Ele de todo coração. Ele mostra como essas pessoas fazem a diferença no viver deles neste mundo; como eles passam a ser “o sal da terra e a luz do mundo”. Essas pessoas tornam-se mansas no viver e são elas que realmente herdam a terra. São os crentes verdadeiros que sabem como viver neste mundo. São eles que vivem em santidade e justiça aqui. Cristo está tomando um texto do Salmo 37 para mostrar que são homens e mulheres transformados que são habilitados a viver aqui. Ele não tem nenhuma promessa de um paraíso terreno para Seu povo. Veja o que Ele diz: “porque é grande o vosso galardão nos céus”. Não há qualquer promessa oca e fútil de um viver feliz neste planeta.
         Tomar um verso desse a fim de armar seus esquemas heréticos é torcer as Escrituras e cair em sérias armadilhas para a alma.
                                                                  (15)
         Caro José, eu não sei o que vocês entendem de esperança celestial! O Jeová de vocês tem apresentado duas esperanças, deixando vocês sem saber o que escolher. Paulo disse que o desejo dele era partir e estar com Cristo porque para ele era infinitamente melhor (Filipenses 1:23). Ficar aqui para Paulo era porque queria fruto para seu trabalho (verso 22). Por que os crentes Colossenses se alegravam e serviam ao Senhor? Eis a resposta em Colossenses 1:5: “por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho”.
         Biblicamente não tem um paraíso lá em cima para alguns e um paraíso terreno para outros. A igreja de Deus é o povo eleito do Senhor e não há no meio do povo de Deus uma classe de pessoas mais excelentes do que outras, porque todos foram alcançados pela misericórdia de Deus e remidos pelo sangue do Cordeiro (1 Pedro 1:19).
                                                                  (16)
         Vou encerrar meus argumentos para falar daquilo que você disse: “Decepamento eterno”. Vejo como vocês tentam manipular as Escrituras, porque inventaram um Jeová diferente, mais adaptável para a natureza carnal e corrompida. Para vocês russelitas, não existe sofrimento eterno, mas sim aniquilação, por isso usam espertamente o termo decepamento.
         Meu amigo, o Deus da bíblia é o Deus eterno; é o Deus de amor, mas também é o Deus de Ira. O amor Dele é eterno, mas também a Ira Dele é eterna. Por isso a linguagem bíblica é clara a respeito de fogo eterno, vergonha eterna, tormento eterno, etc. O evangelho bíblico vem avisar aos homens que se recusarem o amor eterno em Cristo para o perdão e purificação de seus pecados, certamente irão para o lugar de tormento eterno. Milhares e milhares já estão lá agora.
                                                        (final)
         Quanto ao convite para suas reuniões, posso aceitar ir lá se me derem a oportunidade de subir no púlpito e pregar a verdade para vocês. José, nós somos os verdadeiros do verdadeiro Jeová, que se fez carne e habitou entre nós, o Grande EU SOU! Foi ele que disse: “...e sereis as minhas testemunhas...” (Atos 1:8). Veja como este texto combina bem com Isaías 41:10: “Vós sois as minhas testemunhas e o meu servo, a quem escolhi; para que o saibais, e me creiais e entendais que eu sou o mesmo; antes de mim Deus nenhum se formou, e depois de mim nenhum haverá”.
         Veja bem como o Jeová de Isaías é exatamente o mesmo de Atos 1:8. O grande EU SOU diz: “Eu Sou o mesmo”. Agora ligue com Hebreus 13:8:Jesus Cristo é o mesmo, ontem, e hoje, e eternamente”.
         José, digitei essas páginas meditando no fato de que eu sou o que sou porque Deus teve misericórdia de mim, e me tirou do lamaçal do pecado. Minha esperança é o que o Senhor tenha misericórdia de sua vida também, meu amigo. Que Ele venha tirar você dessa rede tão perigosa na qual você se encontra com milhares de pessoas e ainda trabalhando para que outras venham a cair na mesma arapuca.
        No amor de Cristo e na sincera esperança de ver sua alma salva:
David Vieira Sena






        
                                                       


        

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