segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (6)


                               
“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS NO ÍNTIMO:       Mas os ímpios são     como o mar agitado...”
        Preciso avançar um pouco mais na exposição do texto, pois eles são agitados como as ondas do mar. O ímpio foge do Senhor Deus, seu pior inimigo e porque sabe que nada pode contra Ele. A luta é intensa dos ímpios em relação a Deus; eles habitam num mundo onde Deus impõe Suas leis, a fim de trazer benefícios aos povos, mas eles se unem com seus governantes a fim de arrancar da face da terra todo sistema de governo que Deus dá. Eles querem um mundo livre, liberto de qualquer barreira que lhes impede de pecar mais. O ímpio tenta sustentar uma paz com seus próprios méritos. Por fora eles tentam ser amigos de todos, praticar fraternidade e fazem esforços para ajudar o próximo. Tudo isso enche a alma de certo paz que eles chamam de paz consigo mesmo.
        Os ímpios tentam sustentar sua paz com seus ídolos e até mesmo fazem sacrifícios por eles. Eles veem nos ídolos os deuses que realmente satisfazem seus anelos. Normalmente os ídolos são vistos como positivos; não há nos ídolos nada de verdade, de justiça e retidão. Os ímpios gostam disso. Os ídolos, não tendo os poderes da divindade, nada podem fazer contra os caminhos maus dos ímpios. Eles não lhes atormentarão por serem onipresentes, oniscientes nem onipotentes. Isso facilita o andar deles. Os ídolos são fabricados nas mentes insensatas dos ímpios, por isso eles veem os ídolos como seres que precisam de oferendas e sacrifícios. Os ídolos também são feitos para abençoar os caminhos dos ímpios; eles querem sentir que serão abençoados e que dias maravilhosos de saúde, bens, conforto e sucesso aqui virão. No caminho dos ímpios não há juízo, nem perigo de morte ou de horrores eternos, por isso os ímpios se aliam e os veneram, porque eles querem manter o céu mundano bem intacto em suas mentes e emoções.
        Para manter seus corações governados pela paz achada aqui, vemos os ímpios sempre fugindo das realidades eternas. O gozo do ímpio é o mundo passageiro; suas conquistas e ideais estão aqui; eles veem que por meio do dinheiro, da cultura e outras atividades alcançarão a felicidade tão buscada. Os ímpios não conseguem entender as realidades eternas, pois para eles a realidade é este sistema. Notemos na linguagem do Senhor dirigida ao povo judeu em João 6. Ele usa uma linguagem espiritual, a fim de mostrar o reino do céu e não do mundo. Aquilo foi loucura para o povo por isso eles foram embora para não ouvir. A palavra de Deus expõe um conceito de vida que está infinitamente acima deste sistema apresentado pela vida aqui. Os crentes são encorajados a envolver-se com coisas eternas no linguajar, no andar, no pensar, etc. Foi isso o que Paulo falou aos Colossenses: “Pensai nas coisas lá do alto...” (Colossenses 3:1).
        Nunca houve um mundo tão aprazível e atraente aos olhos mundanos, como o mundo moderno. Tudo o que é bom aos olhos dos homens; tudo o que é paixão e propostas de riquezas e de ardentes felicidades o mundo traz, levando a todos por meio da televisão e da internet. O mundo é um lugar jamais visto de ardentes paixões, por isso os ímpios tanto amam seu mundo e enchendo a alma de alegrias banais. O mundo moderno está cercado de todos os tipos de ídolos, de toda espécie de conselhos que salientam auto ajuda aos homens; satanás tem ensinados os homens mundanos a orar e isso serve como terapia espiritual para salientar uma paz no íntimo. Os homens mundanos são alegres, amigos e cordiais; tudo é visto por fora como brilhante como a luz, mas por dentro eis que a multidão luta contra o inferno interior, a ausência da paz com Deus e muitos até se entregam à morte pelo suicídio.

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (6)


                              
“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER VERDADEIRO
        O que significa crer em Jesus? Se deixarmos ser levados pelas ondas de engano, como estamos presenciando em nossos dias, certamente seremos envolvidos pelos misticismos e superstições da época. Satanás espertamente toma o nome para ludibriar o povo. O mundo se sente bem ao falar de Jesus, crê que ele ouve suas orações e envolve o nome do Senhor com seus ídolos. Essa sempre foi a tática do pai da mentira. Os termos bíblicos devem ser usados à luz dos ensinos da Palavra, se sairmos de lá certamente vamos nos perder nos emaranhados de um mundo perigoso e sutil. 
        Sem dúvida a fé que salva não é da natureza humana, porque nada de bom pode vir do homem. Ter fé salvadora é fazer o bem, e Paulo afirma em Romanos que não há quem faça o bem. Tomemos o texto de Efésios 2:8: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isto não vem de vós...”. Notemos que Paulo expõe a fé como um feito de Deus, juntamente com todos os outros elementos da graça. Todos aparecem num só pacote das grandiosas obras salvadoras. O que pode vir de um morto? O que temos nós para dar a Deus? Notemos os homens no pecado. Eles têm no íntimo um potencial de fé? Examinemos os judeus nos dias do Senhor na terra. Eles criam no Deus de Abraão, de Moisés e de outros elementos do Velho Testamento, mas a fé deles não passava de ser confiança no homem; eles vão inventar algum ídolo, a fim de por a confiança nele. Os judeus criam em Abraão, da mesma forma como no Velho Testamento criam na Rainha do céu (Jeremias 44); como criam num bezerro fabricado pelas mãos dos homens. Eles criam em Moisés, assim como estavam dispostos a adorá-lo, caso descobrissem a sepultura dele.
        A fé que crê em Jesus é a simples, mas poderosa fé, a qual é implantada no coração, por obra do Espírito Santo. O Autor da fé dos eleitos é Aquele que conquistou tudo na submissão ao Pai; a que o mundo pervertido tem não pode nem estará associada à fé santíssima. A fé salvadora eleva os santos à condição de soldados do Senhor. Eles não somente creem para serem salvos e entrarem no céu, eles creem para viver diariamente batalhando contra o mal e na santa dependência de Deus em suas vidas. A fé supersticiosa dos não salvos os mantem escravos, estultos e idólatras. A fé dos que são realmente crentes é sustentada na Palavra; ela renova suas forças na verdade; ela mantem seus músculos espirituais fortes, devido ao poder renovador da palavra; a luz da fé vem da verdade escrita, é como o sol, enquanto a fé inútil deste mundo não passa de mero palito de fósforo aceso em densa escuridão.
        A fé mundana não está associada ao Deus da bíblia. Nota-se que Dario, o rei da babilônia cria no Deus de Daniel, mas não era o mesmo crer daquele homem de Deus. Enquanto Daniel dormia entre os leões, o rei não conseguia dormir em seu palácio, com todas as honras ao seu dispor. Que resposta ele tinha? Era um fracassado e dominado por uma cúpula de elementos invejosos e por uma lei incapaz de julgar de verdade. Quais foram suas palavras para Daniel? “Que teu Deus te livre das garras dos leões”. Eis aí a turbulenta fé dos homens; ela reina bem na calmaria das trevas; ela ouve bem a voz sutil e enganadora do pai da mentira. Um Faraó tirano tinha fé, mas era a fé que desafiava Deus e na hora dos terrores tinha que apelar para Moisés e Arão: “Rogue ao teu Deus!”.
        Meu amigo, se seu coração se humilhou diante da verdade; se agora vê sua condição e a necessidade de um salvador que venha livrar você deste mundo e do castigo eterno é porque já brotou a fé verdadeira em teu coração. “Se com tua boca confessares a Jesus...” (Romanos 10:9)

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Pregação - A mensagem do céu - 1 Timóteo 1:15 - Pr. David Sena

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (5)



“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER VERDADEIRO
        Tenho escrito várias páginas tratando sobre a fé verdadeira. Sabemos o quanto satanás imita as coisas de Deus especialmente quando se trata de assuntos religiosos. O inimigo de Deus e do povo de Deus é astuto, esperto e inteligente na arte de imitar, especialmente no que diz respeito a fé. Ele pode imprimir uma fé falsa num coração, de tal maneira que a pessoa vai pensar que ela é realmente crente, quando na realidade não é. Alguns creem na mente, concordam com grandes e poderosas verdades, mas jamais experimentaram o novo nascimento e conversão sincera no coração. Muitos aprendem sobre as poderosas doutrinas da bíblia e elas servem como luz brilhando e alegrando seus corações, mas jamais conheceram o amor do Senhor mostrando na cruz para a expiação dos seus pecados. Já lidei com muitos que viviam iludidos, especialmente porque ouviram algo sobre a certeza de salvação que a bíblia dá aos crentes.
        É claro que a bíblia é enfática sobre a fé em Cristo. A carta de Paulo aos Romanos é a carta da fé, da justiça de Deus para todo aquele que crê. A intenção de Paulo não é mostrar a qualidade da fé, mas sim falar da grandeza da justificação. Mas, mesmo em Romanos vemos como a fé aparece como algo distinto, algo que é realizado por Deus no coração do homem arrependido: “Se com tua boca confessares...e com teu coração creres...” (Romanos 10:9 e 10). Observemos bem o quanto o crer é algo feito no coração do homem. Sendo algo do coração, então não é natural, nem produzido pelo próprio homem. Percebemos essa ação sobrenatural vendo a vida do eunuco, conforme narra Atos 8. O Espírito Santo impulsionou Filipe a assentar-se na carruagem porque ali estava aquele homem lendo Isaías 53; ele queria saber quem era o personagem do texto. Notemos bem que ele vinha de Jerusalém, ele fora lá adorar, era um gentio que aprendeu sobre os costumes e sobre a religião judaizante, mas que nada sabia da verdade. Mas assim que compreendeu imediatamente quis ser batizado, porque creu de todo coração: “É lícito se crês de todo coração”.
        Assim entendemos que fé não é mero assentimento intelectual ou emocional; não é o resultado de uma festa temporária; não é uma luz que acende hoje, mas que apagará amanhã. Na parábola da semente nosso Senhor mostra o quanto tem aqueles que parecem que vão dar fruto. A semente cai na terra, parece que vai brotar, pois há alegria, festa e muito louvor, mas quando chega o momento de dar fruto, esse fruto não aparece. A semente caiu em terra? Sim! Mas o que aconteceu, não houve profundidade, pois logo abaixo havia pedra, a pedra da incredulidade estava oculta; aquela plantinha morreu secou e resultou em nada. Lembro-me de uma jovem que parecia uma grande conquista da graça. Ela ficou impressionada com as grandes doutrinas e as abraçou imediatamente; não demorou para ser batizada e vinha com prazer aos cultos. Mas quando a provação chegou ela mostrou que sua fé não era proveniente de uma obra realizada pelo Espírito Santo em seu coração.
        Uma coisa é ter fé, outra coisa é estar na fé. A fé verdadeira aparece sim na vida daquele que incrivelmente recebe a palavra com alegria, é provado e aprovado para produzir fruto resultante da palavra. Algumas pessoas recebem a palavra com alegria na sala de suas vidas, mas logo percebe-se que elas não querem que a verdade penetre no íntimo, por isso procura logo se esconder. Nos dias do Senhor na terra Ele deparou com alguns seguidores de João Batista, os quais queriam apenas a luz daquele grande pregador, mas assim que a candeia daquele profeta apagou com sua prisão e morte, eis que eles simplesmente recusaram a luz que nunca se apaga, a luz do mundo (João 5).


A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (5)


                    
“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS NO ÍNTIMO:       Mas os ímpios são     como o mar agitado...”
        Há no ímpio, em sua guerra contra Deus, uma constante busca de paz com a criação. Como assim? Os ímpios sempre miram a natureza como se fosse ela uma divindade em si; é um meio usar a natureza como motivo de culto, por essa razão é comum ver os ímpios saudando a natureza, chamando-a de “mãe natureza”, fazendo dela uma fonte de conforto e alívio para o coração. Na história sempre os homens cultuaram algo da criação; nações adoravam animais e coisas bizarras faziam com suas mãos. Eles cultuavam a lua, o sol, as estrelas. Muitas são as nações que cultuam os peixes, os rios, vacas (como na Índia). Não pensemos que tal atitude parte de elementos incultos, porque até mesmos os sábios deste mundo tentam achar na natureza um modo de desviar de Deus, não atribuindo a criação ao Criador, por isso cultuam e celebram uma divindade que eles intitulam de evolução.
        Não pretendo entrar nos pormenores disso, mas afirmo que os ímpios fazem de tudo para encontrar fonte de paz nessas coisas, menos em Deus; são meios de saudar a mentira e achar refúgio onde jamais encontrarão. O Autor da criação convoca toda as criaturas para contemplar a insensatez do homem; a própria criação está submissa à vontade do soberano. A tripulação do navio onde Jonas estava percebeu pelo que Jonas falou que Deus estava sacudindo o mar por causa de um homem; Jonas foi visitado por um grande peixe na ação da misericórdia de Deus, tanto os tripulantes do navio, como Jonas perceberam a ação de Deus em agir com poder usando a criação.
        Sendo assim, quanta insensatez é buscar paz na criação! A criação não vê o homem como amigo; não busca ser o centro de atenção nem de culto; a criação está sob o controle do Criador que rege tudo pela palavra do Seu poder (Hebreus 1:3). Buscar refúgio e paz na natureza é estar desguarnecido e exposto aos perigos da ira de Deus.
        Notemos que Deus usou o que os egípcios adoravam, a fim de usá-lo como poderoso exército contra eles. Os gafanhotos apareceram para dizer que se matassem alguns tinham outros milhares que estavam chegando. O sol não terá dó dos homens; a chuva pode se tornar um inimigo mortal; os ventos podem tornar furiosos em arrancar os homens da zona de conforto. Enfim, a natureza clama contra a presença do homem no pecado; os animais estão voltados furiosos contra os homens querendo esmagá-los e sugar o sangue deles, porque são inimigos na criação; até mesmo um bichinho de estimação pode voltar-se contra seu dono para destruí-lo.
        Não há paz fora do sangue remidor. Para onde os ímpios forem eles estão desamparados, assim como soldados na guerra ficam quando se expõem aos inimigos. Não há lugar onde os homens possam se esconder de Deus; não há refúgio aqui; não há caverna, não há lugar secreto, pois tudo está escancarado perante Deus. Então tudo é inútil para o homem na busca por um lugar de paz aqui. Toda paz que eles encontram tem efeito momentâneo. Em Provérbios vemos como o sábio mostrou que o lugar onde o justo se acolhe e se sente seguro é o Nome do Senhor. Os salvos já correram para lá, já acharam refúgio e abrigo eterno, a fim de correr da Ira de Deus. Quão insensatos são os homens! Como eles desafiam a Deus! Como têm coragem em se expor! Vivem se sentindo livres, sem qualquer noção do perigo que ameaça suas almas.
        Não é o momento para arrependimento? Podemos escapar dos homens; podemos escapar da fúria de uma autoridade; podemos encontrar abrigo contra perigos temporários, mas não há lugar de escape para o perdido fora do sangue remidor do Filho de Deus!

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (4)


                        
“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS NO ÍNTIMO:       Mas os ímpios são     como o mar agitado...”
        Os ímpios também buscam paz neste sistema mundano. Na tentativa de fugir de Deus eles estão constantemente tentando achar um lugar no mundo onde haja alguma luz. Eles buscam essa paz na amizade mundana, porque a presença dos amigos, parentes parece trazer um estímulo de confiança. Com os amigos que pensam, falam e creem do mesmo jeito, os homens se sentem fortalecidos. Os que bebem sempre serão vistos nos bares rindo, pagando bebidas e se sentindo heróis naquilo que falam e fazem. Normalmente o mundo oferece o melhor em termos de companhia em todos os aspectos. Olhemos a religião mundana, porque são muitos que seguem as mentiras e idolatrias; são as multidões que se reúnem em proclamar suas crenças sem qualquer fundamento da verdade e é nesses lugares que os ímpios buscam paz. Também sabemos que no mundo não falta elementos trajados de sacerdotes, trazendo suas superstições para cobrir a cabeça dos fieis de mais enganos.
        É na multidão que os ímpios se sentem confortados; eles querem seguir o embalo da alegria de um carnaval, de um baile e de outros programas oferecidos pelo mundo. Há uma paz em tudo isso e quando eles retornam, então se sentem satisfeitos, porque muitos participavam daquilo. Há certo lampejo de paz no mundo; parece que o mundo tem consigo aquilo que os homens têm prazer. Notemos nos filmes, pois tudo aquilo é mentira, mas os ímpios se sentem bem; parece que acham conforto, promessa e consolo nessas coisas. Eles não percebem que satanás está ampliando o cerco e que ficam ainda mais presos em mentiras. Essas luzes mundanas que tanto atraem o coração logo apagam. A felicidade achada num filme logo é desfeita como névoa, por isso os ímpios são chamados de volta para obter novamente. Quanto mais o mundo se torna mais belo, agradável e cheio de luxos e prazeres, mais os homens ficam mais escravizados; mais os laços de amizades se estreitam; mais a religião fica trajada de amor e de solidariedade. Quanto mais eles se envolvem em iniquidades, mas simpáticos eles ficam.
        Oh! Quanto o mundo cobra caro! É impossível melhorar o mundo e ainda manter os padrões puros e santos de Deus firmados na sociedade. Quanto mais o mundo parecer com o céu, mais os homens procurarão destruir os verdadeiros valores. Quanto maior a paz com o pecado, mais guerra haverá contra os inflexíveis padrões santificados por Deus para o bem dos homens. Quanto mais a família for desfeita, mais surgirão homossexuais e lésbicas na sociedade; quanto mais sumirem os fieis, mais aparecerão as crueldades do adultério e da fornicação. O príncipe deste mundo, quanto mais belo e atraente for, é porque tem intenções de destruir todas as leis santas e puras do Senhor na face da terra. E é exatamente isso o que estamos vendo em nossos dias.
        Há também uma busca de paz com o inimigo de sua alma, e ele sabe bem como se disfarçar! Satanás é o autor da falsa paz; dele nada podemos ter do que se refere à verdade (João 8:44). Não tem maior sacerdote da mentira do que satanás. Ele é um esperto conselheiro, um amigo incrivelmente atraente, que sabe esconder bem seu punhal. É um profeta incrível, porque se disfarça bem, prometendo grandes coisas aos homens. Ah! Como os homens dão crédito a ele! A religião dele é um doce colchão, onde as multidões deitam e ali descansam, sem perceber quais perigos. Satanás se disfarça como sendo dono da prata e do ouro; sempre tenta construir um trono e assentar-se nele, dizendo que é Deus. Todos os ímpios veem nele a esperança de um mundo melhor. Por isso confiam em suas palavras e creem em suas mentiras.
        Oh! Que o Senhor use de compaixão com milhares que vivem neste mundo iludidos e levados pelas ondas perigosas desse mar revoltoso.

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (4)


                        
“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER DA NATUREZA HUMANA
        Já sabemos o quanto a natureza humana é esperta. Os homens no pecado tentam ludibriar o próprio Deus, pois estão sempre dizendo: “cremos, cremos em Deus”. Não foi assim com os rebeldes israelitas? Pois viram a mão de Deus operando de forma poderosa no Egito, arrancando-os daquela fornalha de ferro, a fim de leva-los com sabedoria, poder, bondade e segurança à terra prometida. Mas não demorou em que eles mostrassem o que estava gravado em seus corações dissolutos e rebeldes. Várias vezes grupos se erguiam contra Deus, contra Sua liderança, contra Sua provisão e assim querendo voltar para o Egito.
        Ora, nós somos assim e não há nos crentes qualquer motivo que os leve a sentir orgulhosos, achando que temos mais vantagens. Quantas vezes ofendemos a Deus, não crendo em Sua provisão! Quantas vezes somos açoitados pela disciplina de amor de um Pai bondoso! Estamos sempre perante tantas promessas, mas não cremos nelas, por isso é preciso que Deus nos faça passar por duras provações, a fim de nos ensinar a viver, obedecer e trilhar rumo à maturidade. Com os santos Deus sempre agiu e agirá assim. Enquanto fez Esaú prosperar materialmente, com Jacó Ele fez que descesse com a família para o Egito. Notemos a atitude de Tomé. Não andou tanto tempo com o Senhor? E agora mostrava sua disposição em não crer naquilo que fora ensinado, que o Senhor seria crucificado e ressuscitaria ao terceiro dia. Ele creu nessa verdade? Não! (João 20:28,29).
        Também, a natureza humana, tão rebelde, segue a Deus sob o impulso paternal. Talvez na história de Israel não houve um rei que mais causou surpresa ao povo de que Joás (2 Crônicas 24). Ele foi realmente criado sob o comando de um homem piedoso, Joiada. Quando assumiu o trono, ainda novo, pareceu que seria um poderoso líder espiritual e haveriam bênçãos de um homem de Deus sobre a nação. Mas, assim que Joiada saiu do cenário pela morte, então Joás mostrou quem de fato era ele, um lobo que estava enjaulado. Quantos filhos de crentes parecem fieis enquanto estão sob o cuidado dos pais, mas assim que se sentem livres, então rebelam e vão o tão ambicionado mundo, conforme anelava seus corações. Eles afirmam que creem, porém não é o crer vindo da Palavra e operado no coração pela palavra.
        Também, a natureza crê por interesses. Muitos olham a religião cristã como fonte de recursos materiais, assim como Esaú queria a bênção da primogenitura, porque queria granjear riquezas. Quando o servo de Abraão, Eliezer apareceu com joias, ouro e prata, então Labão pode dizer para ele: “Entre bendito do Senhor!”. Os homens sempre foram assim, porque buscam Deus com esses interesses. Em nossos dias vemos isso em abundância. A doutrina da prosperidade poderosa e conquista milhões. Hoje as bênçãos são contadas por quantas “moedas” caem do céu em nossas mãos. O mundo hoje vem a nós cheio de luxos e confortos; há um grande anseio por viagens, comidas, carros, amizades, cinemas, festas entre outras coisas. Muitos abrem a boca para confessar Jesus, mas estribados em sonhos de uma vida melhor aqui. 
        Não foi assim nos dias de Isaías? O povo de Israel parecia muito espiritual, mas eles lutavam para dizer que estavam indo bem; que eram adoradores; que amavam Deus; que estavam dispostos a ofertar, cantar, trazer seus sacrifícios e realizar suas festas. Mas foi nessa euforia contagiante que Deus mostrou o quanto eles estavam distantes; o quanto tinham seus corações carregados de iniquidade e que precisavam ser purificados. Deus chama tais pessoas individualmente à conversão sincera, de coração a Ele, para que sejam salvos, crendo de todo coração em Seu Filho.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (3)


                        
“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER DA NATUREZA HUMANA
        A bíblia afirma o quantos os espíritos imundos creem; eles estão por dentro da verdade revelada. Todo medo dele era por causa do conhecimento que eles tinham das Escrituras.        Mas devemos lembrar sim que Cristo não morreu pelos demônios. O crer deles não vai servir para que eles escapem da condenação que virá. Cristo morreu por seres humanos e não por demônios; o Filho de Deus se tornou homem e não anjo, conforme vemos em Hebreus 2.
        Mas quero tratar agora sobre o fato que a natureza humana pode crer em Jesus, mas com uma fé ainda inferior à fé que os demônios têm. Até mesmos os crentes são censurados pela pequena fé. Lembramos que Jesus chamou a atenção dos discípulos por não crerem no poder absoluto de Deus. Ele exaltou a fé de alguns fora da nação de Israel, enquanto o povo judeu não confiava plenamente naquilo que eles aprenderam à luz dos ensinos do Velho Testamento. É claro que muitos creram em Jesus, conforme vemos em João 2, no milagre da transformação da agua em vinho. Mas é dito ali que o Senhor não confiava neles, pois sabia o quanto a natureza humana era inconfiável (2:23-25).
        Podemos esquecer os episódios na jornada do deserto? Aqueles rebeldes criam em Deus? Criam sim! Eles sabiam no íntimo que ali estava o Deus todo poderoso, o qual guiava Seu povo com mão forte para a terra prometida. Mas o crer deles não era nascido no coração; no íntimo eles amavam o Egito, o sistema de vida daquele povo, suas comidas, seus prazeres, mesmo cercados foram pela dura escravidão. Milhares não são ignorantes da verdade; milhares conhecem os ensinos bíblicos, mas todo problema deles é que são rebeldes. Alguns creem em Jesus porque esperam receber alguma coisa daqui. Foi assim com a multidão despertada pelo milagre da multiplicação dos pães (João 6). Aquele sinal provocou neles um despertamento louco por Aquele que poderia bem ser o rei que tanto esperavam. Mas eram materialistas no coração; eles agiam da mesma forma que agiram os judeus no deserto; eles queriam pão para sanar a fome física deles, mas no íntimo rejeitavam o pão celestial, o maná que veio do céu. No cap. 6 inteiro vemos como o Senhor mostra que Ele é para aquele povo; mostra que Sua mensagem nada tinha com os desejos insanos dos homens. No final a multidão endurecida simplesmente foi embora, não querendo ouvir e até mesmo os discípulos ouviram a pergunta: “Quereis vós, também retirar?”.
        Ora, a natureza dos homens é a mesma de sempre. Quer com os judeus, com americanos, brasileiros ou de qualquer outra nação, os homens vieram do pecado, por isso creem num Jesus segundo aquilo que eles esperam aqui. Vejo milhares à busca de prosperidade e por causa dessa louca pretensão mundana estão prontos a fazer terríveis sacrifícios. Elementos aproveitadores chegam com suas “redes” de lorotas e promessas. Até mesmo promessas claramente bizarras e sem qualquer bom senso são feitas por eles e a multidão acredita. O anseio por uma vida melhor aqui em todos os aspectos leva muitos a pensar que Deus é um negociante; que Ele negocia bênçãos em troca de fé e de atividades religiosas. Essa busca ardente por bênçãos que desce do céu em forma de prosperidade terrena é antiga nos costumes religiosos dos povos. E agora, o que satanás faz é fazer suas festas com essa inverdade.
        Mas o desconhecimento de Deus é a causa dessa fé irracional. O povo de Israel se perdia por causa da ignorância. Não é verdade o que acontece em nossos dias? Não é o momento para que chamemos os pecadores a voltar de coração para o Deus glorioso, santo, diante de quem devemos nós temer e tremer?

A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (3)


                              
“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS NO ÍNTIMO:       Mas os ímpios são     como o mar agitado...”
        Há um tremendo conflito no íntimo do ímpio, mas é no engano do pecado que ele pensa que é algo normal. Normalmente vemos os ímpios usando os recursos deste mundo para livrarem dos conflitos. Sempre podemos vê-los tentando resolver seus problemas do coração, usando os dispositivos achados aqui mesmo. Devido ao engano do pecado, eis que os ímpios sempre tramitam com os recursos passageiros. Uma viagem, a companhia com os amigos, os prazeres mundanos, as bebidas e outros divertimentos, são alguns meios usados por eles. Nessa insegurança no íntimo eles procuram se segurar em muitos recursos aqui. Alguns buscam essa segurança no conhecimento, outros buscam numa religião e superstições. Os ímpios vivem driblando seus problemas e muitos, quando não conseguem achar recursos nos modos tradicionais, vãos à busca de conselheiros e psicólogos.
        O viver dos ímpios é mobilizado a buscar certeza naquilo que é incerteza; seus pés não têm firmeza, porque neste mundo não pode achar lugar firme, seguro e claro para pisar. Notemos que Nicodemos passou boa parte de sua vida pisando em lugares assim. Ele era religioso e sua religião prestou-lhe essa incerta ajuda. O ímpio pode andar achando que está seguro, até que venha a verdade para ser exposta perante seus olhos. Pilatos foi surpreendido pela Verdade, assim que confrontou o Santo prisioneiro. Tudo estava bem até aquele momento, pois julgar homens culpados e inocentar os justos seria mais uma de suas atividades. Para ele isso era normal no cumprimento do seu dever. Mas assim que encarou a verdade, então pode perceber o quanto sua segurança era incerta e que pisava um terreno escorregadio. Veja bem que para se justificar ele buscou solução em superstição ao lavar suas mãos.
        Vemos que ao ser descoberto sua insegurança, o ímpio não se dá por vencido. Sua segurança não está na luz, não está naquilo que é confirmado como verdade. Notemos a vida de Esaú, pois seus planos estavam voltados a ter uma vida de sucesso material; ele queria a bênção do papai Isaque, a fim de alcançar seus propósitos. Nem mesmo derrotado pela esperteza e astúcia de Jacó, nada disso mudou seus planos em caminhar a jornada mundana em franca desobediência a Deus. Nada pode modificar os planos naturais dos ímpios, pois o caminho seguro para ele está firmado naquilo que ele vê e sente. O mundo é seu campo de ação; seu deus é aquele que ele mesmo inventou no coração e seus planos envolve conquistar o melhor que puder nesta vida. Cada passo que ele dá é pisando na incerteza e se der certo, eis que ele está pronto a dar um passo a mais ao avançar em seus ideais.
        O ímpio tenta também buscar uma paz dentro do seu próprio campo de conflito. Como não pode crer em Deus, então ele crê nele mesmo. Ele vê a si mesmo como sendo seu próprio inimigo. Por essa razão os ímpios buscam paz consigo mesmo. Normalmente ouvimos os ímpios perdoando eles mesmos. Sabemos que conflitos ocorrem entre duas ou mais pessoas. A Palavra de Deus afirma que os homens são inimigos absolutos de Deus, mas eles não veem assim, por isso encontram inimigos neles mesmos. Assim é mais fácil para lidar. Isso é uma manifestação do profundo orgulho que habita no íntimo dos pecadores. Em seus conflitos eles se armam aqui mesmo; procuram diligentemente dominar o campo de guerra e se dá como vencedor. Mas a bíblia mostra a verdade. Pilatos estava perante o Senhor, o Deus de toda verdade; passou por cima da autoridade soberana que lhe havia colocado naquela posição e preferiu ser pacífico com a população, libertando um criminoso, mas condenando um inocente. Que grande culpa!

Pregação - A diferença entre o verdadeiro e falso evangelho - Atos 3:1-1...

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A TREMENDA GUERRA DO ÍMPIO (2)



“Mas os ímpios são como o mar agitado, que não se pode aquietar; cujas águas lançam de si lama e Iodo. Para os ímpios, diz o meu Deus, não há paz” (ISAÍAS 57:20,21)
CONHECENDO OS ÍMPIOS NO ÍNTIMO:       Mas os ímpios são     como o mar agitado...”
        Já pude introduzir o assim, por isso agora entraremos em nossos comentários acerca do texto lido. Não fosse as revelações de Deus por meio da Sua Palavra, jamais poderíamos entrar nesse recinto secreto e escuro do coração humano. Em Jeremias 17 é dito ali que enganoso e o coração do homem e nós os crentes devemos aprender melhor acerca dessa verdade dita a nosso respeito. Não somente é enganoso nosso coração, como também somos levados por esse engano. Nosso Senhor enfrentou os arrogantes e hipócritas fariseus, para mostrar-lhes o quanto eles eram espertos em enganar o povo nas atividades religiosas. Mas por outro lado o Senhor estava mostrando também o quanto o povo era facilmente conduzido pelos lábios maliciosos desses elementos. O que há no ímpio? Nós sempre olhamos os homens do lado de fora; encaramos a beleza externa da casa ou consideramos a humildade por fora, mas o grande Deus afirma o que no texto? “Mas os ímpios são como o mar agitado...”.        Tomemos esse texto como luz para invadir o coração do homem no pecado; que tomemos esse farolete da revelação bíblica, a fim de entrarmos nessa caverna de horror. O que há lá dentro? Há silêncio? Não! Há um constante barulho, como acontece com as ondas do mar. O que está havendo ali? Respondo que ali há um tremendo conflito no íntimo do ímpio e para ele isso é normal. Olhemos o ímpio por fora, porque o que acontece lá dentro ele tenta contornar por fora, mas é tudo vão. Por fora ele vai dizer que crê em Deus, que está sendo abençoado; ele sorri, tem amigos e se diverte, etc., mas o problema Deus mostra lá dentro. Não há luz dentro dele; há uma turbulência lá, porque ele não tem consigo a paz que invade a alma numa confiança absoluta em Deus. A ausência do Deus vivo lá dentro é mostrada pelo fato que a luz da verdade não entrou ali e ele não quer essa luz. Não foi assim com Caim? Não é verdade que ele fugiu do confronto com a verdade, eliminando seu próprio irmão?
        Há no ímpio uma tremenda insegurança. O pecado habita no íntimo dele e como o pecado é enganador, ele será levado a viver continuamente enganado. Hoje ele se sente bem; hoje pode dizer que está sendo abençoado em todos os sentidos materiais desta vida. O pecado no íntimo conduz o ímpio numa expectativa de um mundo melhor e ele sempre é alimentado com essa esperança. O ímpio muitas vezes se sente bem porque alguma luz externa lhe dá sensação de segurança devido a presença de algum crente. Potifar sentiu-se seguro em sua casa, porque viu que, por causa de José Deus estava abençoando tudo ali (Gênesis 39). José era uma espécie de candeia iluminando um lugar escuro e isso fazia com que Potifar descansasse na regência de José.
        Notemos bem que houve uma luz externa que pudesse dar suporte àquele homem. Faraó estaria em apuros em seu governo se não fosse Deus intervindo através de José (Gênesis 40). Como um homem ímpio pode lidar com os açoites que vêm sobre este mundo? Tudo irá bem para o ímpio enquanto a vida segue sua normalidade e isso dá a ele esse sentido de segurança. Mas não desfaz o problema do coração. A vida do ímpio, sem que ele perceba é levada aqui por Deus, mas assim que Deus tira o conforto, eis que logo a agitação aparece, revelando os segredos do coração do homem. Onde o homem poderá apoiar-se, quando Deus remover seu conforto?
        A verdadeira base deve estar no coração e não houver no íntimo uma real confiança, logo tudo por fora resultará em conflito externo. Não há luz externa que possa controlar um coração em trevas. Mesmo tendo toda luz externa, Judas não deixou sua ousada e enganosa busca pelos seus interesses terrenos, em ter uma vida melhor aqui. Quão enganoso é o coração do homem!

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (2)


                        
“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
        Espero que meus esforços não sejam inúteis em explicar o que realmente significa crer em Jesus. Que jamais ignoremos a diferença entre o crer comum e o crer verdadeiro. Milhares creram em Jesus quando viram seus milagres e ouviram suas palavras, mas logo eles mostraram que o crer deles não era algo vindo de Deus ao coração, pois diante das autoridades religiosas eles mostravam covardia e assim negavam o Senhor. Pode haver muita manifestação de fé, sem que tais manifestações sejam reais. Por isso convido meus leitores a examinar tudo à luz das Escrituras. Ora, escrevendo aos Corintos, Paulo aconselhou que eles examinassem bem para ver se estavam na fé. Cuidemos para que não sejamos pego na fé espúria enquanto neste mundo.
        Sabemos bem que tem o crer dos demônios, conforme Tiago afirmou: “Crestes que Deus é um só? Faze muito bem! Até os demônios creem e tremem” (Tiago 2:19). Incrível que a fé deles é superior a fé de muitos, porquanto, além de crer em Deus eles tremem. Nós pensamos que apenas um conhecimento bíblico adequado nos fará cheios de fé, mas quanto engano! Os demônios têm conhecimento bíblico. Quando eles viam Jesus  eles sabiam que Ele era o Filho de Deus. Satanás tem muito conhecimento de Jesus. Em sua abordagem na tentação ele mostrou que era conhecedor das Escrituras e que sabia bem as passagens do Velho Testamento. Ele cria em Jesus? Sabia a respeito Dele? Claro! Os homens podem crer, podem conhecer as Escrituras, podem saber versos bíblicos decorados e mesmo assim tal fé não pode não ser verdadeira.
        Ainda no caso dos demônios, em Atos 19:15, eles mostram que conheciam bem a Jesus: “Mas o espírito maligno lhes respondeu: Conheço Jesus e sei quem é Paulo; mas vós, que sois?”. Notemos bem o que o Senhor diz em Mateus 7:22,23: “Muitos, naquele dia, vão me dizer? Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome? E em teu nome não expulsamos  demônios? E em teu não fizemos muitos milagres? Então lhes direi explicitamente: Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade”. Podemos afirmar que tais elementos não criam em Jesus? Claro que criam! Não podemos afirmar que elementos perigosos, infames, que usam o nome de Deus e usam a Palavra de Deus para enganar e extorquir, não creem em Jesus? Claro que creem? Vejam o fervor deles na oração; vejam como falam com firmeza o nome de Jesus. Eles creem sim, mas a fé deles não os direcionará ao céu, mas sim ao lago de fogo.
        Eu mesmo já lidei com muitos que mostravam fervor na fé, na oração e que aparentavam serem crentes genuínos, mas logo revelavam que a fé que tinham não era do coração, mas sim algo apenas da mente. Em muitas pessoas a mensagem chega apenas à “sala de suas vidas”; eles a recebem com carinho e até mesmo confessam que são salvos. Mas assim que a verdade penetra nos recônditos da alma e passam a revelar o estado terrível de seus corações, eles revelam o ódio que têm pela verdade e a disposição de negar o Senhor no modo de viver. É fato que muitos são os crentes genuínos que caem, mas a fé deles, sendo viva faz com que eles sejam despertados para uma confissão e um humilde retorno à verdade. A fé genuína não faz os crentes perfeitos, mas faz com que eles lutem diariamente em busca da perfeição até chegar no lar perfeito.
        Não é verdade que precisamos desse discernimento? Tudo satanás tem feito para implantar em cada pessoa seu chip espiritual; satanás faz com todos hoje se sintam como evangélicos e pertencentes a Deus, e os resultados são dramáticos. O que vemos prosperando em nossos dias? Não é o forte ecumenismo? Não é a força contagiante da carne unindo os credos deste mundo numa só voz e numa só fé? Oh! Que o Senhor nos livre desse perigo que ronda a igreja de Deus na face da terra!