Você encontrará aqui publicações a respeito do evangelho bíblico. Muitos são postados por mim mesmo, mas outras mensagens vinculadas à verdade da mensagem da graça, publicada por homens que levam a verdade à sério serão achadas. Que este blog seja uma verdadeira mina de riquezas espirituais, a fim de que suas vidas sejam edificadas e o Nome Glorioso seja exaltado!
quinta-feira, 29 de julho de 2021
O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (5)
“O PERIGO DA AVAREZA” (11)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
Para finalizar creio que
devemos por nossos olhos no texto para examinar as palavras ditas por aquele
homem rico, porquanto essas palavras expressam exatamente o perfil de um
avarento, cujo coração é dominado pelo amor às riquezas. Quando ele diz: “Que
farei?”, estava revelando que ele mesmo era deus. É assim que age o homem
governado por esse ídolo oculto. Os homens assim sempre têm seu ídolo
preferido, um tipo de divindade inventada no coração, mas qualquer ídolo é uma
forma de manifestar seu egoísmo e desejo de fazer o que bem quer na vida. O
avarento não conhece o Deus da bíblia, ele conhece a si mesmo e acha que é ele
o centro de tudo, porque foi ele quem trabalhou, lutou e conquistou. Vemos isso
na vida de Nabal (1 Samuel 25), porquanto ignorou o pedido de Davi para enviar
suprimento para eles, não obstante o fato que Davi com seus homens cuidou de
tudo o que pertencia a ele. Nabal era um homem duro, egoísta e avarento. Não fazia
parte de sua vida ajudar os outros que precisavam, mas estava pronto a gastar
consigo mesmo e seus prazeres.
O “que farei?” aparecerá de
uma forma ou de outra na vida de todos os homens dominados pelo amor ao
dinheiro. Ele poderá até ajudar alguém aqui ou ali, dar uma oferta boa numa
igreja, mas ele tem em vista buscar sucesso para si. O homem avarento não busca
Deus, pois não crê que é um administrador dos bens de Deus na terra. O avarento
não tem intenção de perder o que tem, por isso não quer saber de que a morte
virá a qualquer momento para tirar dele tudo, como ocorreu com o ricaço Nabal
(1 Samuel 25). Não há no avarento o culto ao Deus que dá e que toma, como
ocorreu com Jó. O avarento pensa na vida aqui, como pode ajuntar mais, a fim de
usufruir mais. O avarento se gaba dos seus esforços e serviço, por isso não
pode cultuar ao Senhor. Deus está fora do culto do avarento, a não ser que
apareça proposta de melhores lucros.
Então, veja na história do
rico avarento, pois logo fazer o culto a si mesmo: “que farei?”, ele passa a
tomar tudo o que tem para si. Nada dele é erguido em honras ao Criador e
Senhor: “Meus frutos”. O avarento não pode divisar o Deus invisível, porquanto
seu deus é visível, ele vê a si mesmo e toma tudo para si e esse é um estado
perigosíssimo para a alma, porquanto é afrontar Deus, é tirar Dele a glória que
lhe pertence. Deus sempre conduz Seu povo de tal maneira que lembre bem em
humildade que nada lhe pertence; Deus sempre livra Seu povo dos interesses egoístas
e arrogante no querer as coisas para si.
Em Deuteronômio 26 vemos
como Deus orienta o povo Dele a tomar as primícias daquilo que eles ganhavam a
fim de confessar que eles nada mereciam e adorar a Deus como doador de bênçãos
materiais. A falta de confiança plena em Deus gera egoísmo, maldade, ausência
de temor e outros atos perversos. O amor aos bens deste mundo arrasta milhares
à perdição, porque no íntimo propositalmente é um abandono ao Senhor. O
capítulo 28 de Deuteronômio mostra como Deus mesmo está pronto para transformar
prosperidade em miséria, saúde em desgraça física e alegria tristeza e horror,
tudo por causa da avareza.
Amigo, cuidado com essa
divindade criada no coração – o deus mamon, porquanto esse deus leva o homem à
miséria e ao inferno. Cristo veio ao mundo libertar homens e mulheres desse
sistema escravizador tão visto no mundo, especialmente em nossos dias. Quando a
avareza cumpre seu maligno serviço, eis que o céu fica encoberto e o culto a
Deus é abandonada, assim como estamos presenciando em nossos dias.
quarta-feira, 28 de julho de 2021
O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (4)
“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se
mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus” (João 3:36)
A
SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”
O
crente é aquele que continuamente crê, pois entrou nele pelo poder do Espírito
esse princípio ativo da fé bíblica. Ele agora tem vida, a verdadeira vida que
no texto mostra ser vida para sempre. A vida que há no Filho contrasta com a
vida terrena e natural que o homem tem em Adão. Notemos como a linguagem
espiritual vem com real clareza ao nosso entendimento. Falo isso porque muitos
pensam que vida eterna é algo diferente, é tipo vivacidade. Mas vida é sinal de
que antes havia morte. Para Deus o homem no pecado é destituído de vida. O
homem no pecado não é reconhecido como tendo qualquer noção de vida ligada à
vida que há em Cristo. O que ele tem é vida natural e Deus lida com o homem
natural à luz da revelação natural e não espiritual. A revelação bíblica vem
para que através da lei sua consciência seja abalada e sua culpa seja notória.
Os homens naturais terão que comparecer perante o juízo divino, porquanto todos
são culpados. O fato que alguém não é salvo não significa que está livre do
juízo. O que explico aqui é que ele não é reconhecido na família de Deus por
não possuir vida.
É
diferente no tocante aos salvos, porque este está sob o amor de Deus em Cristo
(Romanos 8:39). São poderosas, além de belas as palavras da graça que descem
sobre os santos como chuvas de bênçãos. Se negligenciarmos em escutar as doces
verdades do amor da cruz, é certo que a culpa é nossa. Nosso Senhor deixou bem
claro que Suas ovelhas estão poderosamente guardadas na Sua mão e a mão do Pai
é posta também para fortalecer ainda mais a segurança dos salvos. O que temos
diante de nós é que nenhuma das ovelhas há de perecer: “...jamais perecerão
eternamente e ninguém as arrebatará da minha mão”. Se um mero homem como Davi
pode proteger suas ovelhas contra leões e ursos, quanto mais os eleitos de
Deus, os quais estão sob Seu constante cuidado.
Seguindo
esse santo e poderoso ensino da graça, nada mais de inimigos tem poder sobre os
salvos. Lembramos bem que os projetos da eternidade no tocante à salvação do
povo eleito foram feitos antes da existência do diabo e da entrada do pecado.
Tudo foi feito no Filho e no intenso amor do Pai para com Ele. Os salvos foram
envolvidos no mesmo amor porque foram achados graciosamente no Amado (Efésios
1:6 versão corrigida). Sendo assim todo pensamento, emoção e palavras que
envolvem os temas da salvação foram na estrutura da eternidade. É impossível
para satanás mexer com algo que jamais poderá ser desmanchado. Não estamos
lidando com a corrupção do tempo e do mundo. Tudo aqui se desfaz, mas o elo do
amor de Deus em Cristo pelo Seu povo é inquebrável. Todo nosso problema é que curtimos o espírito corrompido deste
presente século e assim começamos a duvidar do Senhor não ligando para Suas
palavras. Vivemos hoje numa atmosfera dos encantos hedonistas e isso é perigoso
para os crentes. Esquecemos de olhar para o fato que somos selados e guardados
em Cristo para sempre. Hoje vivemos nos dias quando satanás nos persegue
procurando arrancar nossa fé e assim nos tornar elementos inúteis no mundo.
Satanás quer nos apagar e assim mostrar o quanto o que ele oferece parece ser
mais romântico e belo do que as maravilhas eternas da graça. Fujamos do
espírito desta época pervertida. Satanás enfeitou bem a via que leva ao inferno
e encheu de luzes religiosas. Mas os salvos não precisam dessa atração; nossa
fé nos induz a buscar sempre a rota simples e não atraente do caminho estreito.
O caminho difícil da santidade e do nosso dever está perante a fé bíblica. O
amor de Deus em Cristo por nós jamais apaga, mesmo que as nuvens parecem que
encobriram o céu e que nós estamos desprezados. Amados irmãos, ainda não
chegamos ao lar celestial, nossa família e a perfeição nos aguardam.
“Peregrinando
vou pelos montes e pelos vales sempre na luz”
“O PERIGO DA AVAREZA” (10 de 11)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
Conforme a narrativa do
Senhor no texto acima, o homem dono de um campo. era um homem esperto e sábio
do ponto de vista mundano. Não percebemos os perigos da avareza por causa de um
roubo, mas sim naquilo que aos olhos de todos parece ser legal. Onde está o perigo?
O texto nos mostra, pois aquele rico olha para si mesmo, ele enxerga a vida do
seu ponto de vista, dos seus interesses, como se ele fosse o dono de si e
soberano em suas decisões próprias. Quanto perigo envolvem as almas na avareza!
Encontramos muitos que são membros de igrejas, mas que tentam ser espertos como
Ananias e Safira (Atos 5). O fato é que aquilo que nós não podemos ver, Deus vê
e traz a lume na ocasião própria. Alguém me falou de um crente que jogou na
loteria e ganhou o prêmio, mas o que ocorreu foi que aquilo se transformou em
tremenda ruina em sua vida e em sua família.
Todo problema começa assim,
quando não reconhecemos que aquilo que temos ou que ambicionamos pertence a
Deus. O homem rico da história de Lucas 12 olhou para si mesmo, considerou que
tudo o que tinha veio dos seus esforços e esperteza. Ele não olhou para cima
nem considerou a glória de Deus e o domínio Dele em tudo. Ele não prestou
cultos ao Senhor naquilo que ganhara. A avareza é revelada nisso, porque tudo é
feito à luz da vaidade, de um coração ambicioso por ter tudo no desejo de
aproveitar a vida. Neste caso a glória sempre é retida para si mesmo. Notemos
no Salmo 73 que o ímpio é visto cheio de arrogância, fumando seu charuto, por
assim dizer e se pondo no alto, como que dizendo: “Eu ganhei, eu sou capaz e
mostrou que é assim que vivo cheio de riquezas e que meu caminho é firme e
cheio de venturas”. Normalmente vemos os avarentos olhando para os arrogantes
que foram postos lá no alto das riquezas.
Percebemos que a avareza é
vista no fato que o avarento não glorifica a Deus. O avarento quer mais, é
sempre ambicioso e se busca uma religião é porque ele quer os favores e bênçãos
divinas para pautar seu caminho assim. Às vezes encontramos um avarento
dizimista, mas ele o faz porque quer negociar com Deus; no fundo quer
recompensas eternas e terrenas com aquilo que faz. O avarento sempre está
pronto a brigar na igreja, lutar contra um pastor que lida com seus pecados. O
avarento não tem um coração benigno, pronto a servir ao próximo na forma como
Deus ordena; o avarento não depositou no altar, considerando que o que tem pertence
a Deus. O avarento segue sua rota assim e se for solto cairá nas mais terríveis
armadilhas criadas pelo mundo na arte da desonestidade.
Lembremos sempre que o
produzir com abundância sempre foi e será resultado da provisão divina.
Observemos a atitude de coração de um homem que desconhece a Soberania
de Deus. Foi assim que Deus ensinou a Israel, disciplinando Seu povo a
compartilhar das bênçãos materiais com os mais pobres. Quando o povo
desobedecia a Deus com atividades perversas de um coração avarento, eis que a
ruína logo chegava, com nações vizinhas chegando e saqueando tudo. No caso do
homem rico narrado em Lucas 12 ele mostrou que agia exatamente como fazia
Israel no Antigo Testamento. Corações contritos e quebrantados não agem sem
sabedoria com seus bens. Homens crentes ricos não dão tudo o que têm para as pessoas.
Eles consagraram o que possuem perante Deus, a fim de agir com sabedoria.
Quando o Senhor salvou Zaqueu, eis que a avareza bateu retirada daquela vida,
pois o homem salvo pode dizer que estava pronto a devolver quatro vezes mais,
se porventura tivesse roubado de alguém.
terça-feira, 27 de julho de 2021
“O PERIGO DA AVAREZA” (9)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.
É claro que nosso Senhor deixou
no texto a ilustração do homem rico e avarento. Não busquemos satisfazer nosso
orgulho, achando que estamos livres desse perigo, porque isso ronda a vida de
qualquer crente. Mas devemos tomar aquela ilustração, a fim de que saibamos o
quanto a avareza constitui um laço mortal para a alma descuidada e dela brota
outros hediondos e vis pecados odiados por toda sociedade, como o roubo, por
exemplo. Uma senhora de idade, querendo mostrar ao neto o perigo da avareza e
do desejo de possuir o que é dos outros, ela tomou uma agulha e furou a mão de
um lado para outro. Foi doloroso sim, mas creio que ficou bem marcado na mente
do seu neto. Não brinquemos com isso, porque é certo que tal pecado, feito com
prazer e na disposição de um coração perverso, realmente é armadilha infernal.
Eu sei que poderei entrar
em repetições aparentemente desnecessárias ao examinar o texto. Mas creio que
repetições de assuntos tão sérios e momentosos são benvindos para nós nestes
dias tão impregnados de amor ao dinheiro. Temos lidado com elementos que têm
aproveitado para arrancar os bens alheios. Muitos hoje têm inventado doenças e
passado à sociedade a ideia de que eles são vítimas e que precisam de ajuda.
Muitos moços dominados pelas drogas se tornam verdadeiros ratos na arte de
roubar. Muitos são os elementos perigosos, os quais tomam o nome de pastores e
evangélicos, a fim de buscar enriquecimento de forma ilegítima. Conversei com
um pai de um moço que entrou numa entidade evangélica e ali se tornou
milionário. Aquele pai estava super feliz com a condição financeira do filho,
mas sinceramente fiquei chocado. Um pastor milionário devido a posição de
pastor? Não é algo normal.
Estou dando esses exemplos
apenas para mostrar o quanto a avareza toma uma forma terrível e aterrorizante.
No texto nosso Senhor se depara com a briga entre irmãos por causa da avareza.
Que diferença a atitude de Abraão com relação a Ló. O homem de Deus deixou Ló
escolher o que ele achava ser o melhor lugar para seus pastores apascentar e
cuidar do rebanho. Ali estava um homem manso e é nesse espírito de mansidão que
Abraão viveu até o fim de sua vida. O que ocorreu com aquele homem da história
é exatamente o que acontece com todos os que simplesmente confiam no homem.
Notemos bem que ele
confiava nele mesmo, em sua esperteza e em sua arte de ajuntar dinheiro. Veja
bem que ele era rico para si mesmo; seu amor estava em ajuntar tesouros nesta
vida, porque para ele esse era o real significado de viver. Ele não era um
preguiçoso, mas todo seu esforço era tão virulento no pecado quanto a preguiça,
porque ele não amava Deus, conforme ensina a lei. E é aí que está oculto o
misterioso deus mamon. Ou Deus é amado acima de tudo ou o homem está no caminho
tortuoso. Ou o homem dá a Deus todo louvor, glórias e honras, vivendo em
piedade e santo temor, ou ele é tão vil e perverso quanto qualquer outro
pecador. Enquanto um homem desse é chamado de inteligente e capaz, Deus o chama
de “louco”. Enquanto ele ajuntava e preparava bem para um viver confortável e aprazível
aqui, eis que cegamente não podia ver os perigos mortais e eternos que rondavam
sua alma.
Não é assim que vivem
milhares dominados pelo amor ao dinheiro neste mundo?
MARAVILHOSA RESSURREIÇÃO (10 de 24)
quinta-feira, 22 de julho de 2021
O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (3)
“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se
mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus” (João 3:36)
A
SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”
Vamos
ao texto porquanto nele realçam as verdades que devemos conhecer acerca dos
verdadeiros crentes. “Aquele que crê”. O particípio presente ativo mostra que a
fé salvadora tem uma ação contínua. A falsa fé nasce e rapidamente morre, a fé
salvadora, entretanto é obra de Deus e funciona como uma bateria que nunca
descarrega no viver do salvo. Paulo fala sobre isso em Romanos 1:17: “de fé em
fé” e depois acrescenta que o justo viverá da fé. É impossível ser um crente
sem essa fé contínua e ativa no viver. O que creu para a salvação também há de
crer continuamente no seu Senhor. Aquele que creu para a salvação e livramento
da condenação eterna, também há de crer para a salvação no presente contra os
perigos que cercam o viver do salvo na peregrinação. Aquele que creu para a
salvação vive nesse embalo de uma fé firme para a salvação que ocorrerá no
último dia da sua vida.
É essa
a vida cristã conforme nosso Senhor apresenta no próprio texto. O evangelho
moderno apresenta uma salvação como um presente que a pessoa pega e guarda
consigo e prontamente ele diz: “vou para o céu”. É isso só? Claro que não. A
salvação é poderosa pois resulta em vida eterna, vida que contrasta com o viver
anterior que tínhamos. Nosso Senhor exemplifica isso no capítulo 10 do mesmo
livro, onde Ele afirma que conhece Suas ovelhas, que elas ouvem a voz Dele e O
seguem. Notemos bem o quanto a salvação envolve todo ser do homem, porque foi
milagre da ressurreição. Os ouvidos foram abertos, a mente foi iluminada, as
mãos passaram a funcionar para o bem e os pés se tornaram ativos em seguir ao
Senhor na jornada. Para Deus a vida real e verdadeira é a vida que há no Filho,
fora disso tudo é morte. O que é da terra é terreno e nada tem a ver com as
coisas celestiais. O que destaca no crente verdadeiro é o fato que ele sempre
crê; há no crente uma conexão clara com a obra da cruz; os salvos estão ligados
a Cristo em todos os detalhes do que ocorrera no calvário – morte, sepultamento
e ressurreição. Aprendemos isso em Romanos 6.
Sendo
assim, tomemos nossos pulsos espirituais e saibamos se há vida, a vida que há
no Filho. O falso evangelho fez com que tudo ficasse obscuro e incapaz de ser
examinado e julgado. Tudo hoje é “paz e amor” e ninguém quer ser confrontado
com a verdade. O resultado tem sido desastroso, porque tudo virou “café com
leite”, fazendo surgir o movimento ecumênico, conforme os planos do diabo para
este mundo religioso. Quero ser bem enfático quanto a isso; quero que a luz da
verdade brilhe e que todos saibam que há diferença entre o que é santo e o que
é profano. O salvo tem nova vida sim, porque foi unido a Cristo, unido à vida,
ligado ao Justo a fim de servir a justiça. O que estava morto reviveu, o que
estava perdido foi achado. É assim que a bíblia descreve a salvação. Não há na
bíblia lugar para essa salvação barata tão apregoada em nossos dias.
Também,
importa afirmar aqui que houve uma ressurreição. Ora, o Senhor mesmo mostra em
toda extensão do capítulo 5 de João que Ele veio ao mundo para dar vida aos
mortos. Ele mostra que a primeira criação caída pelo pecado e tombada no pecado
resultou na desgraça da morte. Ele está ensinando ali que não veio para
consertar o ser humano no aspecto físico dele, mas sim para arrancar de uma vez
por todas os fundamentos do pecado, ordenando por Sua poderosa palavra que o
homem saia da morte para a vida (João 5:24). Ora, tudo isso envolve o trabalho
da divina trindade. Nós os pregadores somos apenas instrumentos do Senhor. Não
fomos chamados para melhorar o evangelho, porque não há como melhorar o que é
perfeito. Os salvos serão vistos como salvos e o mundo reconhecerá que eles são
diferentes, por isso o mesmo mundo há de odiá-los.
“O PERIGO DA AVAREZA” (8)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.
Examinemos as atitudes que
revelam o avarento. Notemos como é apegado aos bens desta vida e nunca tem nada
para oferecer a Deus em atitude de louvor e gratidão: “Trazei oferendas...”. O
avarento não é dizimista, pois sempre está guardando o que é de Deus. Usando
severas palavras, como Deus usa em Malaquias, o avarento rouba de Deus e
desafia o governo justo e santo do Senhor. O avarento de vez em quando vai ao
seu cofre e pega uma oferta para levar à casa de Deus e diz que aquilo é o
dízimo dele. O avarento teve sua mente convertida, mas não seu bolso e pode
esperar que o trabalho de Deus não há de contar com ele. Se fosse um Israelita,
o avarento deixaria os levitas e sacerdotes passarem fome. Onde estão os
tesouros do avarento? É fácil saber porque o coração dele está em seu tesouro.
Veja o que ele faz e o que ele fala com mentiras religiosas e suas tentativas
de subornar Deus.
Nosso Senhor logo usa a
ilustração do homem avarento e nem
devemos acreditar que seja uma parábola, porque o Senhor, sendo Deus contou
algo que realmente aconteceu para nos alertar sobre o fato que a avareza está
presente e como ela dá um empurrão para o inferno. Aquele homem era um esperto
e sábio, do ponto de vista mundano. O mundo está lotado de homens assim. Um
amigo meu contou acerca de um fazendeiro que quando ia depositou dinheiro em
sua conta no banco conseguia passar por mendigo, ficando à porta do banco para
que as pessoas lhe dessem esmola e o que ele ganhava era adicionado ao que já
tinha. Um avarento nem sempre rouba, muitos são trabalhadores honestos,
aplicados em adquirir riquezas. Eu mesmo conheci alguém assim, esperto e
aproveitador, pois comprou muitas terras e investiu em pastos para seu gado,
esquecendo do povo da cidade que tanto precisava de trabalhos. Qual foi o final
de sua vida? Morte trágica num acidente com seu carro.
Não há nada de errado num
serviço e no acúmulo de riquezas, o perigo jaz no coração avarento. Boaz foi um
homem rico, dono de campos nos quais plantava, mas nota-se no texto do livro de
Rute o quanto sua produção beneficiava a muitos e até mesmo servia as pessoas
pobres, como fez com Rute. Nosso Senhor atacou os famigerados ricaços de
Israel, os quais ajuntavam tudo para si (Isaías 5), esquecendo que o Senhor tem
o controle de todas as coisas. O homem rico da história contada por Cristo,
para o mundo era um elemento esperto, capaz e sábio, pois se preparou para uma
aposentadoria abastada. O Senhor o chamou de “louco” e não de sábio. Qual foi
sua loucura? Ele preparou bem para seu viver físico e esqueceu de sua alma.
Nota-se no texto o quanto estava enganado quanto às necessidades vitais da sua
alma, pois queria conceder à alma comida, bebida e divertimentos, quando
naquela noite sua alma seria chamada à morte.
O amor aos bens mundanos
tem levado milhares para o inferno. É impossível amar as riquezas e seguir a
Cristo ao mesmo tempo. Não adianta alguém dizer que é salvo e irá para o céu,
se no coração for amante do dinheiro. Não há como servir ao Senhor se as mãos
estiverem agarradas a esse ídolo. Como podemos esquecer do homem rico que foi a
Cristo querendo saber como herdar a vida eterna? Ele era um avarento que queria
encobrir suas maldades tentando pagar para entrar no reino. Mas o Senhor foi
direto ao seu coração e ali pôs o dedo no ídolo. Nosso Senhor estava como que
dizendo que se ele quisesse entrar no reino, aquele ídolo deveria ser arrancado
do coração. Ele provaria isso com toda disposição para dar tudo o que tinha.
Veja bem que os atos certos devem vir do coração e não da mera aparência
religiosa. Os avarentos querem manipular Deus, estão prontos a trabalhar
ativamente numa religião, mas são duros e obstinados contra o Rei dos reis e
Senhor dos senhores. Os avarentos são elementos condenados à punição eterna com
seu ídolo preferido.
quarta-feira, 21 de julho de 2021
“O PERIGO DA AVAREZA” (7)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.
Cuidemos
porque a avareza é um pecado que pode tomar um coração de alguém que nada tem,
bem como daquele que tudo tem. O homem entra no mundo erguendo a bandeira do
amor às riquezas e isso é visto desde a infância no egoísmo. O desejo por
ganhar o mundo inteiro enche o coração corrompido, porque foi essa a trama da
queda no Éden, no desejo de ser igual a Deus. Com satanás, o amor às riquezas é
visto na ilusão de querer grandezas e no desejo de ser igual a Deus. Não é
menos nos homens. Satanás, sendo um espírito não carrega dinheiro, mas os
homens mostram sua ganância querendo as riquezas terrenas. Enquanto satanás viu
o mundo como um paraíso de glórias, os homens veem o mundo no sonho das
finanças. Nos mundanos isso está gravado em seus corações, enquanto nos crentes
isso está gravado na carne. Os mundanos não conseguem vencer o ídolo chamado
mamon que está no trono do coração. Somente o poder da graça para arrancar o
coração endurecido e por um novo coração que teme a Deus somente.
Chegou
o momento para que detectemos o problema, se a avareza está presente. Moro num
apartamento no andar superior de um prédio com 2 apartamentos na parte térrea e
2 no andar de cima. Apareceu um vazamento no apartamento que está debaixo do
meu e vinha do meu apartamento. Foi difícil achar de onde vinha o vazamento que
prejudicava uma sala embaixo. Um senhor que trabalha veio, examinou e achou que
precisamos sondar com um aparelho próprio para isso, o que ficaria caro. Mas
logo um senhor parente da proprietária do apartamento embaixo veio e com calma
descobriu o vazamento num lugar improvável. A avareza não é descoberta usando
os critérios do mundo, porque a bíblia vai e logo mostra onde está o problema –
no coração do homem. Nosso Senhor mesmo declara que é do coração que procede
esse mal. Por esse fato vamos examinar agora as manifestações da avareza.
Primeiramente,
o avarento nunca está contente e grato no coração por aquilo que Deus lhe tem
dado. Esses traços aparecem como sinal vermelho na vida e que há perigo lá
adiante. Conheci um homem assim, ele inclusive foi membro da minha igreja.
Viajando com ele pude perceber sua indignação contra os ricos e sua revolta em
trabalhar direto como caminhoneiro e ganhar pouco. Aquilo foi moendo sua vida e
logo foi abandonando o Senhor, abandonou a esposa e os filhos, mostrando que
não era um genuíno crente. Lidei com pessoas gananciosas, as quais sempre
querem ter mais; elas são como sacos furados e não têm motivos para cultuar a
Deus com ações de graças e louvores a Ele. Alguém assim transmite ódio,
indignação e costuma estar envolvido com os planos de enriquecimento que o
mundo tem e isso desgraça a vida e o ambiente. Falando um pouco de Labão, tio
de Jacó, sua vida mostrou o quanto era um homem avarento e perverso. Tentou de
tudo aproveitar do trabalho de Jacó sem uma remuneração justa. Não fosse a
intervenção de Deus, Jacó teria ficado na miséria com toda sua família (Gênesis
31).
Para o
homem avarento, se não é salvo é preciso se arrepender e converter a Cristo,
com confissão no coração. Para o crente qualquer vestígio de avareza deve ser
visto como perigo contra o qual o crente deve lutar. A avareza é um estorvo na
peregrinação; é um tropeço para um bom testemunho; é uma arma perigosa que
arranca o poder da verdadeira adoração, da gratidão e da ação de graças.
Normalmente vemos o avarento perdendo a Escola dominical e sempre inventando
desculpas para não estar na igreja nos cultos normais. O avarento está tão
ocupado que a bíblia é posta de lado devido aos interesse mundanos que como
praga arruínam seu viver. Uma ovelha assim será disciplinada. Se não for pela
igreja será diretamente da parte de Deus.
O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (2)
,
“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se
mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus” (João 3:36)
A
SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”
Tendo
introduzido o assunto, agora é o momento para que iniciemos mostrando que é
fato consumado que os crentes estão debaixo do amor permanente de Deus. Em
Romanos 8 Paulo fala sobre isso em todo aquele impressionante capítulo. Ele
afirma no verso 39 que nada nos afastará do amor de Deus que está em Cristo.
Creio que preciso lançar luz a um tema tão importante e que é joia preciosa
para os crentes neste mundo. A cruz foi o começo de tudo no novo viver dos
santos de Deus, porque ao vislumbrarem o Cordeiro que foi morto e que o sangue
derramado ali foi o sangue da aliança, os crentes desfrutam das maravilhas
eternas de um amor que jamais acabará: “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias
31:3). Tudo isso são lições que ficam gravadas nos corações dos salvos e que
eles utilizam como enfeites e como armas de guerra contra o mal.
Voltemos
ao texto para que analisemos de perto. Notemos que o texto afirma que não mais
perigo algum para o que crê, pois diz que ele tem a vida eterna. Veja como ele
é chamado de “crente”: “Quem crê no Filho tem...”. Chamo a atenção para o termo
“crente” porque é exatamente isso o que diz no texto original. Em nossos dias
tudo satanás tem feito para descartar a palavra “crente”, pois fizeram isso
usando a palavra “evangélico”, a qual não é vista na bíblia. Ser “evangélico”
significa que a pessoa está associada a qualquer religião que fala de Deus.
Tudo isso cheira ecumenismo e mundanismo. Os salvos, entretanto são crentes em
Cristo e isso faz grande diferença. Antigamente ser crente significava que a
pessoa não era católico, nem espírita ou indiferente a qualquer religião. Ele
era um batista ou presbiteriano, etc.
Mas
não vinculamos o termo “crente” a qualquer coisa que nos desligue da bíblia. Eu
sou batista, mas creio no que os batistas sempre creram e nisso firmo minha fé.
O termo “crê” no grego está no particípio presente ativo e isso deve ser levado
em consideração por nós, porque ultimamente também há um evangelho que mostra
uma fé que teve ação apenas no passado. Por exemplo, vemos muitos que dizem que
são salvos porque um dia puseram a fé em Jesus e pronto, foram salvos. O que
acontece é que essa fé ficou numa foto e posta entre os documentos. O viver
doravante não tem qualquer significado para esta vida. Já conheci muitos que
disseram que estão salvos, mas suas vidas estão marcadas pelo mundanismo, pelo
amor à iniquidade da qual jamais se desprende. Muitos nunca conheceram o real
arrependimento no viver, por isso guardam maldades praticadas no passado sem
qualquer noção de contrição e real confissão. A fé que tais pessoas tiveram
ficou no passado e eles guardam, achando que poderão entrar no céu naquele dia.
Quanto
perigo! Voltemos ao texto em João 3:36, porque o crer ali, no particípio
presente ativo indica que o que um dia creu continua crendo. A fé não foi uma
plantinha que nasceu e que logo murchou com o sol das provações. Na verdade
podemos traduzir assim: “Aquele que continuamente crê...”. Ora, não estamos lidando
com uma mera fé, porque a graça marca um encontro com a fé vibrante, a fé que
vem do Autor da nossa fé. Ela parece pequenina e insignificante no começo, mas
logo se manifesta como uma gigantesca árvore que foi plantada para dar fruto. A
fé bíblica é poderosa fé que mostra alguém que foi tirado dentre os mortos e
que nessa pessoa que creu tudo agora funciona. Agora tem os ouvidos para ouvir,
olhos para ver, mente iluminada na verdade, emoções santificadas, mãos aptas
para servir e pés prontos para trilhar a jornada da peregrinação.
É
exatamente isso o que vemos no texto de João 3. Não é mera fé, não é algo feito
de plástico, mas sim do aço celestial. Os que têm vida eterna não se apagam
ante as provações, porque eles realmente creem e esse “crê” é ouro que será
provado no fogo. São esses que estão debaixo do amor de Deus e que por isso
escaparam da ira vindoura.
terça-feira, 20 de julho de 2021
O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ?
“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se
mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus” (João 3:36)
INTRODUÇÃO.
Caro
leitor, como me sinto alegria em sempre retornar aos mesmos versos, porque sei
o quanto eles estão cheios das verdades eternas. É como se espremesse uma fruta
e que continuamente saísse saborosos e intermináveis sucos dela. Gosto muito de
fazer sucos de laranja para nossas refeições aos domingos aqui em casa, mas
sempre tenho que comprar novas frutas. No tocante a palavra de Deus, ela nunca
é exaurida de suas bênçãos eternas, as quais os homens devem beber. Falar sobre
a ira de Deus deve ser nossa satisfação, assim como é falar sobre o amor dele.
Tudo está no mesmo nível de glória, tanto a ira como o amor de Deus. Aliás, os
homens conhecerão a grandeza do amor do Senhor quando puderem conhecer as
grandezas da Sua ira. Tudo neste mundo atual está sendo feito para que através
das religiões modernas saibam apenas de amor, de que Deus ama. Mas é só isso.
Mas tal ensino tende a diluir a glória do amor de Deus e funciona como amor
conforme o mundo presume ser.
À luz
dessa verdade devemos olhar os acontecimentos neste mundo sempre do ponto de
vista da ira de Deus. O que está sobre os homens? A ira ou o amor de Deus? É claro
que os homens não toleram ouvir que estão sob a ira de Deus, em especial os
homens desta era moderna. Os homens atuais presumem serem mais espertos, cultos
e religiosos. Eles acreditam que têm todo recurso para fazer o que Deus quer.
Mas, não devemos nós voltar sempre para a pureza e simplicidade da palavra?
Claro. Olhe o que está acontecendo. O mundo mudou? Deus retirou Sua ira e o
mundo atual, devido a “capacidade” do homem moderno, não está mais sofrendo os
terrores advindos de um Deus irado contra a rebelião deles? Será que tudo agora
é diferente, que vivemos a era dourada e que tudo agora caminha para um
paraíso? Claro que não! Fujamos desses inúteis pensamentos e encaremos as
verdades eternas, porque elas nos fazem pessoas sábias e capazes de julgar as
coisas à luz da verdade.
O
texto de João mostra que tem um grupo de homens que estão debaixo do amor de
Deus, porque eles possuem a vida que há no Filho de Deus: “Quem crê no Filho
tem a vida eterna...”. Por outro lado tem outro grupo que está sob o furor da
ira de Deus, devido ao fato que explicitamente eles revelam estar em plena
rebeldia contra o Filho: “O que se mantém rebelde contra o Filho...”. Não há
meio termo. Não há nenhum vestígio que o mundo melhorou, ou mesmo que
paulatinamente esteja melhorando. O que a bíblia fala acerca dos homens é que,
no pecado eles prosseguem de maldade para a maldade. Se por fora parecem mais
simpáticos, religiosos, educados, cultos, ricos e cheio de habilidades, isso
não esconde o fato que por dentro estão escondidos as tramas do velho homem em
Adão.
Tudo
satanás faz para pintar os sepulcros por fora, a fim de que os homens pareçam
melhores do que antes. Mas eles são os mesmos homens, como foram os do passado.
Não perdemos a história conforme Deus narra. Os homens são os mesmos, atrevidos
e revoltados contra Deus, por isso a ira de Deus está sobre eles. As coisas não
melhoraram como os homens atuais pensam. Eles continuam trilhando o enfeitado
caminho que os conduz à destruição. Assim, esta mensagem é para que todos
investiguem para saber o que paira sobre suas cabeças: o amor de Deus ou a ira
de Deus. Já preguei sobre esse texto, mas sei que é um ensino tão importante e
crucial para nossos dias, que me atrevo a pregar nele mais uma vez.
Que o
Senhor seja glorificado em tudo isso; que os crentes sejam humildes e
consagrados e que pecadores sejam atraídos pela graça para ouvir o chamado
dessa tão grande salvação que tira o homem do estado amaldiçoante sob a ira de
Deus.
Tema: “O PERIGO DA AVAREZA” (6)
“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de
qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2
A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.
O que vemos no texto é o Senhor apresentando a
verdade quanto ao que significado do viver aqui. Ele deixa claro que a vida não
consiste na abundância de bens que possui. Os crentes se impressionam com o
fato que durante a vida no pecado eles eram levados por essa mentalidade
mundana, como esse deus mamon tinha uma tremenda influência no modo de pensar e
agir. O amor ao mundo e os interesses de usufruir de todos os prazeres terrenos
facilmente tomam posse do estilo de vida em todos os aspectos.
Olhando
superficialmente, nada disso mostra ser ilícito. Todos os que trabalham
honestamente têm o direito de usar daquilo que ganhou e viver bem. Nada há de
errado. O que ocorre é que o poder, as ambições terrenas e desejos por
possessões nos fazem tropeçar e nos levar a distanciar de Deus. Foi assim em
Israel nos dias do rei Uzias, porque naqueles anos do seu governo houve
crescente prosperidade na nação e isso em nada colaborou espiritualmente para o
bem daquele povo, pelo contrário, o que houve foi um orgulho prevalecente que
puxou os juízos de Deus sobre Israel.
Notemos
como o mundo transmite esse espírito de guerra por possessões. Foi isso o que o
Senhor enfrentou com aqueles homens que Ele intermediasse a causa deles quanto
à herança. Eis aí o mundo como realmente é em sua ocupação com as riquezas.
Meus pais morreram e deixaram para nossa família uma casa simples, de pouco
valor que seria dividido para treze irmãos. Mas bastou um da família que queria
brigar e lutar a fim de ficar com tudo, porque achava ser ele o mais querido
por nossos pais. Felizmente prevalece a lei com justiça e ele teve que ficar
com a mesma porção que todos tiveram. Na história da raça caída o que prevalece
é a luta por poder, fama, riquezas, honras, domínio, etc. e diante de tudo isso
prevalece a maldade, a briga entre outras atividades perversas. Notemos como os
desejos insanos de Esaú por bênçãos vindas do seu pai eram para que ele fosse
próspero materialmente. Porque Jacó entrou para impedir a posse das “bênçãos”
ele estava pronto para matar seu irmão, assim que Isaque viesse a falecer.
Percebemos que não há nada que possa arrancar esse maldito deus do coração, a
não ser pelo poder da graça salvadora.
Sendo
que a avareza é um pecado que oculta-se no coração do homem, pode enganar o
pecador de forma que ele ache que não tem tal pecado. A avareza se manifesta,
dizendo que tem seus direitos, mesmo que venha custar caro no sofrimento
alheio. A avareza leva a um endurecimento tal que todo sentimento natural é
arrancado pela raiz. O amor natural desaparece como um sopro é suficiente para
arrancar as pétalas de uma flor diante do poder e incrível força da avareza. Notamos
na vida de Geazi (2 Reis 5) como essa impulsão de desejos insanos tomaram suas
emoções, vontade e desmanchou todo temor, assim que viu a oportunidade de ser
rico à frente e sua decisão lhe custou muito caro, assim como ocorreu com
Judas. Os crentes em Cristo são também puxados por esse insano desejo que está
agarrado à carne, por essa razão Deus lhes cerca, impedindo que eles caiam
nessa infâmia. Não fosse a intervenção de Deus Balaão teria ido com todo afoito
amaldiçoar Israel que estava acampado no território moabita, e tudo por causa
de promessas de riquezas (Números 22).
Amado
leitor, notemos como está o mundo atual, movido pela poderosa força depravadora
da soberba. Notemos como tem aumentado o número de ladrões, infames, vis,
capazes de matar e destruir, a fim de roubar o que os outros adquiriram com
trabalhos e justiça. Satanás é o supremo avarento, pois seu desejo de ser igual
a Deus é posto no coração de cada ser humano e tal desejo erguido em força
destruidora e aterrorizante. Era assim que vivia os caldeus, conforme a
narrativa do pequeno livro de Habacuque, mas Deus extirpou da face da terra
aquele povo, cujo objetivo eram implantar o terror.