quinta-feira, 29 de julho de 2021

O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (5)

          

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36)
O FRUTO DO SALVO (Fruto é derivado de vida).
Devemos saber que onde há vida há fruto e tais frutos devem ser vistos na vida dos crentes. Os salvos mostram fruto em humildade, porque é impossível receber o evangelho bíblico sem se humilhar. É triste ver como o evangelho humanista tem conduzido muitos às mais fortes manifestação de orgulho. Se a mensagem não conduz o homem à humilhação é provável que tal mensagem está misturada com o venenoso humanismo. Dê ao homem certeza de salvação sem arrependimento e sem ir a Cristo para o perdão dos seus pecados e ele se mostrará mais endurecido contra a pura e santa mensagem.
O salvo se gloria na cruz e pronto! Se a fé que traz a salvação não me fez ver meu Salvador que foi entregue pelos meus pecados, é certo que penso que há algum atalho para chegar ao céu do meu jeito. Onde está nossa glória? Na cruz (Gálatas 6:14). Ali desmancha meu ego e o velho homem em Adão é morto. Na cruz eu pude entender o que eu merecia e como alguém, um perfeito substituto ocupou o lugar que eu merecia. O sistema evangélico atual está abarrotado de tudo, de festas, louvores, gritos e fantasias. Mas a mensagem da cruz é ignorada completamente. Assim como não existe a lei sem o Sinai, também não existe cristianismo sem o calvário. A cruz me leva a entender o que Deus fez por mim; a cruz tapou minha boca, sanou meu orgulho próprio e me fez tombar no pó. Tudo satanás tem feito ultimamente para produzir um sistema religioso sem a base sólida da cruz. Quanto perigo!
Eu sei que quando trato desse assunto tendo a ser repetitivo. Mas eis aí a verdade que prevalece. Sem o sangue purificador como um inimigo como eu serei aceito? Como posso me atrever a entrar na presença de Deus sem ser remido? Não tem como! Antes de fitar a face do Deus santo terei que ser purificado pelo Cordeiro, caso contrário tombarei no inferno para sempre. Hoje querem inventar um cristianismo sem o Mediador certo. Hoje querem dizer que cada pessoa está livre e tem pleno acesso a Deus por meio de oração, louvor e adoração. Sem o sangue remidor? Não é isso atrevimento? O homem que é salvo vê sim em santo temor e adoração que seu Senhor ocupou seu lugar e que agora ele é aceito. Gloriamos na cruz e é dali que provem a verdadeira adoração, oração, santidade, justiça e piedade no viver.
Vamos passo por passo em entender os frutos que se manifestam naqueles que possuem a vida que há no Filho. Posso assegurar que o salvo é alguém que tem anseio por santidade. Notemos bem que Deus nunca chama de “santo” alguém não é salvo. Primeiro vem a salvação e depois segue santidade. Lembremos da ordem cerimonial do Velho Testamento: primeiro o sangue na orelha, depois o azeite. Incrível a obra da graça, porque ao descer do monte do Calvário eis que o pecador tem seu caminhar traçado em santidade. Notemos que Deus sempre chama os Seus de santos. Se foram chamados para serem salvos, então foram chamados também para serem santos. Os salvos são santos porque pertencem ao Deus santo e são santos porque receberam uma natureza santa. Que majestoso trabalho da graça! Tudo onde Deus põe Sua graciosa mão é santificado. Os salvos foram tocados pela preciosidade de uma salvação eterna e foram assim em Cristo santificados.
Também, posso assegurar que o fruto de vida há de ser mostrado num prazer pela palavra de Deus. Em 1 Pedro o apóstolo diz que devemos ser como crianças recém-nascidas, desejo esse leite racional. É assim que vivem os salvos, pois eles realmente se apoderam da palavra e isso é sinal que nessa pessoa habita a vida que há em Cristo Jesus.

“O PERIGO DA AVAREZA” (11)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.

        Para finalizar creio que devemos por nossos olhos no texto para examinar as palavras ditas por aquele homem rico, porquanto essas palavras expressam exatamente o perfil de um avarento, cujo coração é dominado pelo amor às riquezas. Quando ele diz: “Que farei?”, estava revelando que ele mesmo era deus. É assim que age o homem governado por esse ídolo oculto. Os homens assim sempre têm seu ídolo preferido, um tipo de divindade inventada no coração, mas qualquer ídolo é uma forma de manifestar seu egoísmo e desejo de fazer o que bem quer na vida. O avarento não conhece o Deus da bíblia, ele conhece a si mesmo e acha que é ele o centro de tudo, porque foi ele quem trabalhou, lutou e conquistou. Vemos isso na vida de Nabal (1 Samuel 25), porquanto ignorou o pedido de Davi para enviar suprimento para eles, não obstante o fato que Davi com seus homens cuidou de tudo o que pertencia a ele. Nabal era um homem duro, egoísta e avarento. Não fazia parte de sua vida ajudar os outros que precisavam, mas estava pronto a gastar consigo mesmo e seus prazeres.

        O “que farei?” aparecerá de uma forma ou de outra na vida de todos os homens dominados pelo amor ao dinheiro. Ele poderá até ajudar alguém aqui ou ali, dar uma oferta boa numa igreja, mas ele tem em vista buscar sucesso para si. O homem avarento não busca Deus, pois não crê que é um administrador dos bens de Deus na terra. O avarento não tem intenção de perder o que tem, por isso não quer saber de que a morte virá a qualquer momento para tirar dele tudo, como ocorreu com o ricaço Nabal (1 Samuel 25). Não há no avarento o culto ao Deus que dá e que toma, como ocorreu com Jó. O avarento pensa na vida aqui, como pode ajuntar mais, a fim de usufruir mais. O avarento se gaba dos seus esforços e serviço, por isso não pode cultuar ao Senhor. Deus está fora do culto do avarento, a não ser que apareça proposta de melhores lucros.

        Então, veja na história do rico avarento, pois logo fazer o culto a si mesmo: “que farei?”, ele passa a tomar tudo o que tem para si. Nada dele é erguido em honras ao Criador e Senhor: “Meus frutos”. O avarento não pode divisar o Deus invisível, porquanto seu deus é visível, ele vê a si mesmo e toma tudo para si e esse é um estado perigosíssimo para a alma, porquanto é afrontar Deus, é tirar Dele a glória que lhe pertence. Deus sempre conduz Seu povo de tal maneira que lembre bem em humildade que nada lhe pertence; Deus sempre livra Seu povo dos interesses egoístas e arrogante no querer as coisas para si.

        Em Deuteronômio 26 vemos como Deus orienta o povo Dele a tomar as primícias daquilo que eles ganhavam a fim de confessar que eles nada mereciam e adorar a Deus como doador de bênçãos materiais. A falta de confiança plena em Deus gera egoísmo, maldade, ausência de temor e outros atos perversos. O amor aos bens deste mundo arrasta milhares à perdição, porque no íntimo propositalmente é um abandono ao Senhor. O capítulo 28 de Deuteronômio mostra como Deus mesmo está pronto para transformar prosperidade em miséria, saúde em desgraça física e alegria tristeza e horror, tudo por causa da avareza.

        Amigo, cuidado com essa divindade criada no coração – o deus mamon, porquanto esse deus leva o homem à miséria e ao inferno. Cristo veio ao mundo libertar homens e mulheres desse sistema escravizador tão visto no mundo, especialmente em nossos dias. Quando a avareza cumpre seu maligno serviço, eis que o céu fica encoberto e o culto a Deus é abandonada, assim como estamos presenciando em nossos dias.


Pregação: O poder da ressurreição na eterna salvação - João 6:39 | Pr. D...

quarta-feira, 28 de julho de 2021

O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (4)

         

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36)

        A SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”

        O crente é aquele que continuamente crê, pois entrou nele pelo poder do Espírito esse princípio ativo da fé bíblica. Ele agora tem vida, a verdadeira vida que no texto mostra ser vida para sempre. A vida que há no Filho contrasta com a vida terrena e natural que o homem tem em Adão. Notemos como a linguagem espiritual vem com real clareza ao nosso entendimento. Falo isso porque muitos pensam que vida eterna é algo diferente, é tipo vivacidade. Mas vida é sinal de que antes havia morte. Para Deus o homem no pecado é destituído de vida. O homem no pecado não é reconhecido como tendo qualquer noção de vida ligada à vida que há em Cristo. O que ele tem é vida natural e Deus lida com o homem natural à luz da revelação natural e não espiritual. A revelação bíblica vem para que através da lei sua consciência seja abalada e sua culpa seja notória. Os homens naturais terão que comparecer perante o juízo divino, porquanto todos são culpados. O fato que alguém não é salvo não significa que está livre do juízo. O que explico aqui é que ele não é reconhecido na família de Deus por não possuir vida.

        É diferente no tocante aos salvos, porque este está sob o amor de Deus em Cristo (Romanos 8:39). São poderosas, além de belas as palavras da graça que descem sobre os santos como chuvas de bênçãos. Se negligenciarmos em escutar as doces verdades do amor da cruz, é certo que a culpa é nossa. Nosso Senhor deixou bem claro que Suas ovelhas estão poderosamente guardadas na Sua mão e a mão do Pai é posta também para fortalecer ainda mais a segurança dos salvos. O que temos diante de nós é que nenhuma das ovelhas há de perecer: “...jamais perecerão eternamente e ninguém as arrebatará da minha mão”. Se um mero homem como Davi pode proteger suas ovelhas contra leões e ursos, quanto mais os eleitos de Deus, os quais estão sob Seu constante cuidado.

        Seguindo esse santo e poderoso ensino da graça, nada mais de inimigos tem poder sobre os salvos. Lembramos bem que os projetos da eternidade no tocante à salvação do povo eleito foram feitos antes da existência do diabo e da entrada do pecado. Tudo foi feito no Filho e no intenso amor do Pai para com Ele. Os salvos foram envolvidos no mesmo amor porque foram achados graciosamente no Amado (Efésios 1:6 versão corrigida). Sendo assim todo pensamento, emoção e palavras que envolvem os temas da salvação foram na estrutura da eternidade. É impossível para satanás mexer com algo que jamais poderá ser desmanchado. Não estamos lidando com a corrupção do tempo e do mundo. Tudo aqui se desfaz, mas o elo do amor de Deus em Cristo pelo Seu povo é inquebrável.      Todo nosso problema é que curtimos o espírito corrompido deste presente século e assim começamos a duvidar do Senhor não ligando para Suas palavras. Vivemos hoje numa atmosfera dos encantos hedonistas e isso é perigoso para os crentes. Esquecemos de olhar para o fato que somos selados e guardados em Cristo para sempre. Hoje vivemos nos dias quando satanás nos persegue procurando arrancar nossa fé e assim nos tornar elementos inúteis no mundo. Satanás quer nos apagar e assim mostrar o quanto o que ele oferece parece ser mais romântico e belo do que as maravilhas eternas da graça. Fujamos do espírito desta época pervertida. Satanás enfeitou bem a via que leva ao inferno e encheu de luzes religiosas. Mas os salvos não precisam dessa atração; nossa fé nos induz a buscar sempre a rota simples e não atraente do caminho estreito. O caminho difícil da santidade e do nosso dever está perante a fé bíblica. O amor de Deus em Cristo por nós jamais apaga, mesmo que as nuvens parecem que encobriram o céu e que nós estamos desprezados. Amados irmãos, ainda não chegamos ao lar celestial, nossa família e a perfeição nos aguardam.

 “Peregrinando vou pelos montes e pelos vales sempre na luz”


“O PERIGO DA AVAREZA” (10 de 11)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.

        Conforme a narrativa do Senhor no texto acima, o homem dono de um campo. era um homem esperto e sábio do ponto de vista mundano. Não percebemos os perigos da avareza por causa de um roubo, mas sim naquilo que aos olhos de todos parece ser legal. Onde está o perigo? O texto nos mostra, pois aquele rico olha para si mesmo, ele enxerga a vida do seu ponto de vista, dos seus interesses, como se ele fosse o dono de si e soberano em suas decisões próprias. Quanto perigo envolvem as almas na avareza! Encontramos muitos que são membros de igrejas, mas que tentam ser espertos como Ananias e Safira (Atos 5). O fato é que aquilo que nós não podemos ver, Deus vê e traz a lume na ocasião própria. Alguém me falou de um crente que jogou na loteria e ganhou o prêmio, mas o que ocorreu foi que aquilo se transformou em tremenda ruina em sua vida e em sua família.

        Todo problema começa assim, quando não reconhecemos que aquilo que temos ou que ambicionamos pertence a Deus. O homem rico da história de Lucas 12 olhou para si mesmo, considerou que tudo o que tinha veio dos seus esforços e esperteza. Ele não olhou para cima nem considerou a glória de Deus e o domínio Dele em tudo. Ele não prestou cultos ao Senhor naquilo que ganhara. A avareza é revelada nisso, porque tudo é feito à luz da vaidade, de um coração ambicioso por ter tudo no desejo de aproveitar a vida. Neste caso a glória sempre é retida para si mesmo. Notemos no Salmo 73 que o ímpio é visto cheio de arrogância, fumando seu charuto, por assim dizer e se pondo no alto, como que dizendo: “Eu ganhei, eu sou capaz e mostrou que é assim que vivo cheio de riquezas e que meu caminho é firme e cheio de venturas”. Normalmente vemos os avarentos olhando para os arrogantes que foram postos lá no alto das riquezas.

        Percebemos que a avareza é vista no fato que o avarento não glorifica a Deus. O avarento quer mais, é sempre ambicioso e se busca uma religião é porque ele quer os favores e bênçãos divinas para pautar seu caminho assim. Às vezes encontramos um avarento dizimista, mas ele o faz porque quer negociar com Deus; no fundo quer recompensas eternas e terrenas com aquilo que faz. O avarento sempre está pronto a brigar na igreja, lutar contra um pastor que lida com seus pecados. O avarento não tem um coração benigno, pronto a servir ao próximo na forma como Deus ordena; o avarento não depositou no altar, considerando que o que tem pertence a Deus. O avarento segue sua rota assim e se for solto cairá nas mais terríveis armadilhas criadas pelo mundo na arte da desonestidade.

        Lembremos sempre que o produzir com abundância sempre foi e será resultado da provisão divina.

Observemos a atitude de coração de um homem que desconhece a Soberania de Deus. Foi assim que Deus ensinou a Israel, disciplinando Seu povo a compartilhar das bênçãos materiais com os mais pobres. Quando o povo desobedecia a Deus com atividades perversas de um coração avarento, eis que a ruína logo chegava, com nações vizinhas chegando e saqueando tudo. No caso do homem rico narrado em Lucas 12 ele mostrou que agia exatamente como fazia Israel no Antigo Testamento. Corações contritos e quebrantados não agem sem sabedoria com seus bens. Homens crentes ricos não dão tudo o que têm para as pessoas. Eles consagraram o que possuem perante Deus, a fim de agir com sabedoria. Quando o Senhor salvou Zaqueu, eis que a avareza bateu retirada daquela vida, pois o homem salvo pode dizer que estava pronto a devolver quatro vezes mais, se porventura tivesse roubado de alguém.


terça-feira, 27 de julho de 2021

“O PERIGO DA AVAREZA” (9)

 


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

O EXEMPLO VIVO DE UM AVARENTO.

        É claro que nosso Senhor deixou no texto a ilustração do homem rico e avarento. Não busquemos satisfazer nosso orgulho, achando que estamos livres desse perigo, porque isso ronda a vida de qualquer crente. Mas devemos tomar aquela ilustração, a fim de que saibamos o quanto a avareza constitui um laço mortal para a alma descuidada e dela brota outros hediondos e vis pecados odiados por toda sociedade, como o roubo, por exemplo. Uma senhora de idade, querendo mostrar ao neto o perigo da avareza e do desejo de possuir o que é dos outros, ela tomou uma agulha e furou a mão de um lado para outro. Foi doloroso sim, mas creio que ficou bem marcado na mente do seu neto. Não brinquemos com isso, porque é certo que tal pecado, feito com prazer e na disposição de um coração perverso, realmente é armadilha infernal.

        Eu sei que poderei entrar em repetições aparentemente desnecessárias ao examinar o texto. Mas creio que repetições de assuntos tão sérios e momentosos são benvindos para nós nestes dias tão impregnados de amor ao dinheiro. Temos lidado com elementos que têm aproveitado para arrancar os bens alheios. Muitos hoje têm inventado doenças e passado à sociedade a ideia de que eles são vítimas e que precisam de ajuda. Muitos moços dominados pelas drogas se tornam verdadeiros ratos na arte de roubar. Muitos são os elementos perigosos, os quais tomam o nome de pastores e evangélicos, a fim de buscar enriquecimento de forma ilegítima. Conversei com um pai de um moço que entrou numa entidade evangélica e ali se tornou milionário. Aquele pai estava super feliz com a condição financeira do filho, mas sinceramente fiquei chocado. Um pastor milionário devido a posição de pastor? Não é algo normal.

        Estou dando esses exemplos apenas para mostrar o quanto a avareza toma uma forma terrível e aterrorizante. No texto nosso Senhor se depara com a briga entre irmãos por causa da avareza. Que diferença a atitude de Abraão com relação a Ló. O homem de Deus deixou Ló escolher o que ele achava ser o melhor lugar para seus pastores apascentar e cuidar do rebanho. Ali estava um homem manso e é nesse espírito de mansidão que Abraão viveu até o fim de sua vida. O que ocorreu com aquele homem da história é exatamente o que acontece com todos os que simplesmente confiam no homem.

        Notemos bem que ele confiava nele mesmo, em sua esperteza e em sua arte de ajuntar dinheiro. Veja bem que ele era rico para si mesmo; seu amor estava em ajuntar tesouros nesta vida, porque para ele esse era o real significado de viver. Ele não era um preguiçoso, mas todo seu esforço era tão virulento no pecado quanto a preguiça, porque ele não amava Deus, conforme ensina a lei. E é aí que está oculto o misterioso deus mamon. Ou Deus é amado acima de tudo ou o homem está no caminho tortuoso. Ou o homem dá a Deus todo louvor, glórias e honras, vivendo em piedade e santo temor, ou ele é tão vil e perverso quanto qualquer outro pecador. Enquanto um homem desse é chamado de inteligente e capaz, Deus o chama de “louco”. Enquanto ele ajuntava e preparava bem para um viver confortável e aprazível aqui, eis que cegamente não podia ver os perigos mortais e eternos que rondavam sua alma.

        Não é assim que vivem milhares dominados pelo amor ao dinheiro neste mundo?

MARAVILHOSA RESSURREIÇÃO (10 de 24)



“...e eu o ressuscitarei no último dia” (João 6:44)
A GLORIOSA OBRA DA RESSURREIÇÃO VISTA NOS SALVOS:
         Caro leitor, ao tratar acerca do cenário tão sombrio deste mundo sei que não tratei de tudo, porquanto o assunto não somente é vasto, como também sei que sou incapaz e tão limitado para mostrar a amplitude desse império onde o pecado e a morte dominam. Por outro lado creio que não preciso avançar tanto, pois habitamos aqui e sabemos o que realmente significa a miséria do pecado em nossa própria experiência.
         A partir de agora devemos ver os encantos da maravilhosa obra da ressurreição. O que Cristo fez nos proporciona é exatamente aquilo que todos nós precisamos saber, pois tem o efeito contrário daquilo que o pecado trouxe. Mas sei, contudo, que esse cenário de luz e maravilhas eternas e perfeitas conquistadas por Cristo certamente não podem ser vistas pela incredulidade; milhares neste mundo estão cegos pelo pai da mentira; milhares nada enxergam, senão aquilo que o mundo lhes oferece e que logo é dissipado com o tempo e com a chegada da morte eterna. Mas importa que levemos essas verdades a todos, pois o Deus de compaixão ainda está em atuação; Ele, somente Ele é capaz de fazer os cegos enxergarem; de mostrar ao mundo o quanto até mesmo a incredulidade mórbida depende inteiramente dessas maravilhas para aqui respirar e viver.
         Caro leitor precisamos saber que a salvação outorgada por Cristo aos pecadores convertidos é mais do que a bênção de morar no céu. Deus deixou um povo aqui e esse povo é o POVO DA RESSURREIÇÃO; esse povo mostra os sinais da graça, da bondade, da justiça e do amor eterno neste mundo; esse povo é a nação santa que peregrina no meio das nações e representa aqui uma pequena parcela das maravilhas da Nova Jerusalém; esse povo traz consigo exatamente o oposto daquilo que o pecado trouxe ao mundo – a morte; eles trazem consigo as maravilhas eternas da ressurreição, mesmo que ainda não ressuscitaram. O fato é que eles foram salvos e a vida do Filho está neles e essas verdades são de incrível importância. Ó que o Senhor me conceda Sua graça para apresentar essas verdades a todos os meus leitores! Quanto almejo que os santos sejam fortalecidos! Quanto almejo que eles vejam como suas vidas são de valor inimaginável neste mundo, caso andem de acordo com os princípios eternos.
         A primeira lição que desponta perante nossos olhos no que tange às maravilhas da ressurreição é o fato que a ressurreição desfez o poder da morte. O que nosso Senhor fez foi dar um golpe certeiro para anular completamente o poder dessa “leoa faminta”. Quando Paulo trata sobre esse assunto em 1 Coríntios 15 ele faz a pergunta retórica: “Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” O que isso significa? Ele, o Rei da glória foi sozinho até à cruz e ali enfrentou a morte e matou a própria morte com a experiência da morte em seu corpo. O mundo não pode e jamais poderá entender os mistérios da cruz, porquanto o mundo vê aquilo que a mente natural recebe e entende. O mundo não vê vitória na morte; não vê conquista em alguém que está morto. O que o mundo inteiro viu na cruz foi exatamente aquilo que queria ver e que pode celebrar a derrota do justo e assim tratá-lo como um mero defunto e como um coitado. A verdadeira guerra estava oculta dos olhos carnais de um Pôncio Pilatos, de um Herodes, dos religiosos de Israel e de todo ajuntamento blasfemo. O mundo viu na cruz o que todos veem quando um homem qualquer morre.
         Mas, o que ali ocorreu foi a batalha enfrentada pelo Autor da vida e contra Ele a morte nada poderia fazer. Ele sozinho foi onde nem Pedro, nem Paulo, nem Maria nem qualquer outro poderia entrar. Foi o portentoso Senhor, o Deus forte que enfrentou a rainha dos terrores e ali a venceu e arrancou-lhe seu instrumento de trabalho – o aguilhão. Tudo isso foi feito para marcar o fim do reinado do pecado, do diabo, da morte e do inferno, a fim de que o povo eleito  pudesse escapar do eterno sofrimento.

Pregação: A poderosa palavra - Salmos 119:11 | Pr. David Sena

quinta-feira, 22 de julho de 2021

O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (3)

        

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36)

        A SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”

        Vamos ao texto porquanto nele realçam as verdades que devemos conhecer acerca dos verdadeiros crentes. “Aquele que crê”. O particípio presente ativo mostra que a fé salvadora tem uma ação contínua. A falsa fé nasce e rapidamente morre, a fé salvadora, entretanto é obra de Deus e funciona como uma bateria que nunca descarrega no viver do salvo. Paulo fala sobre isso em Romanos 1:17: “de fé em fé” e depois acrescenta que o justo viverá da fé. É impossível ser um crente sem essa fé contínua e ativa no viver. O que creu para a salvação também há de crer continuamente no seu Senhor. Aquele que creu para a salvação e livramento da condenação eterna, também há de crer para a salvação no presente contra os perigos que cercam o viver do salvo na peregrinação. Aquele que creu para a salvação vive nesse embalo de uma fé firme para a salvação que ocorrerá no último dia da sua vida.

        É essa a vida cristã conforme nosso Senhor apresenta no próprio texto. O evangelho moderno apresenta uma salvação como um presente que a pessoa pega e guarda consigo e prontamente ele diz: “vou para o céu”. É isso só? Claro que não. A salvação é poderosa pois resulta em vida eterna, vida que contrasta com o viver anterior que tínhamos. Nosso Senhor exemplifica isso no capítulo 10 do mesmo livro, onde Ele afirma que conhece Suas ovelhas, que elas ouvem a voz Dele e O seguem. Notemos bem o quanto a salvação envolve todo ser do homem, porque foi milagre da ressurreição. Os ouvidos foram abertos, a mente foi iluminada, as mãos passaram a funcionar para o bem e os pés se tornaram ativos em seguir ao Senhor na jornada. Para Deus a vida real e verdadeira é a vida que há no Filho, fora disso tudo é morte. O que é da terra é terreno e nada tem a ver com as coisas celestiais. O que destaca no crente verdadeiro é o fato que ele sempre crê; há no crente uma conexão clara com a obra da cruz; os salvos estão ligados a Cristo em todos os detalhes do que ocorrera no calvário – morte, sepultamento e ressurreição. Aprendemos isso em Romanos 6.

        Sendo assim, tomemos nossos pulsos espirituais e saibamos se há vida, a vida que há no Filho. O falso evangelho fez com que tudo ficasse obscuro e incapaz de ser examinado e julgado. Tudo hoje é “paz e amor” e ninguém quer ser confrontado com a verdade. O resultado tem sido desastroso, porque tudo virou “café com leite”, fazendo surgir o movimento ecumênico, conforme os planos do diabo para este mundo religioso. Quero ser bem enfático quanto a isso; quero que a luz da verdade brilhe e que todos saibam que há diferença entre o que é santo e o que é profano. O salvo tem nova vida sim, porque foi unido a Cristo, unido à vida, ligado ao Justo a fim de servir a justiça. O que estava morto reviveu, o que estava perdido foi achado. É assim que a bíblia descreve a salvação. Não há na bíblia lugar para essa salvação barata tão apregoada em nossos dias.

        Também, importa afirmar aqui que houve uma ressurreição. Ora, o Senhor mesmo mostra em toda extensão do capítulo 5 de João que Ele veio ao mundo para dar vida aos mortos. Ele mostra que a primeira criação caída pelo pecado e tombada no pecado resultou na desgraça da morte. Ele está ensinando ali que não veio para consertar o ser humano no aspecto físico dele, mas sim para arrancar de uma vez por todas os fundamentos do pecado, ordenando por Sua poderosa palavra que o homem saia da morte para a vida (João 5:24). Ora, tudo isso envolve o trabalho da divina trindade. Nós os pregadores somos apenas instrumentos do Senhor. Não fomos chamados para melhorar o evangelho, porque não há como melhorar o que é perfeito. Os salvos serão vistos como salvos e o mundo reconhecerá que eles são diferentes, por isso o mesmo mundo há de odiá-los.


“O PERIGO DA AVAREZA” (8)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.

        Examinemos as atitudes que revelam o avarento. Notemos como é apegado aos bens desta vida e nunca tem nada para oferecer a Deus em atitude de louvor e gratidão: “Trazei oferendas...”. O avarento não é dizimista, pois sempre está guardando o que é de Deus. Usando severas palavras, como Deus usa em Malaquias, o avarento rouba de Deus e desafia o governo justo e santo do Senhor. O avarento de vez em quando vai ao seu cofre e pega uma oferta para levar à casa de Deus e diz que aquilo é o dízimo dele. O avarento teve sua mente convertida, mas não seu bolso e pode esperar que o trabalho de Deus não há de contar com ele. Se fosse um Israelita, o avarento deixaria os levitas e sacerdotes passarem fome. Onde estão os tesouros do avarento? É fácil saber porque o coração dele está em seu tesouro. Veja o que ele faz e o que ele fala com mentiras religiosas e suas tentativas de subornar Deus.

        Nosso Senhor logo usa a ilustração do homem  avarento e nem devemos acreditar que seja uma parábola, porque o Senhor, sendo Deus contou algo que realmente aconteceu para nos alertar sobre o fato que a avareza está presente e como ela dá um empurrão para o inferno. Aquele homem era um esperto e sábio, do ponto de vista mundano. O mundo está lotado de homens assim. Um amigo meu contou acerca de um fazendeiro que quando ia depositou dinheiro em sua conta no banco conseguia passar por mendigo, ficando à porta do banco para que as pessoas lhe dessem esmola e o que ele ganhava era adicionado ao que já tinha. Um avarento nem sempre rouba, muitos são trabalhadores honestos, aplicados em adquirir riquezas. Eu mesmo conheci alguém assim, esperto e aproveitador, pois comprou muitas terras e investiu em pastos para seu gado, esquecendo do povo da cidade que tanto precisava de trabalhos. Qual foi o final de sua vida? Morte trágica num acidente com seu carro.

        Não há nada de errado num serviço e no acúmulo de riquezas, o perigo jaz no coração avarento. Boaz foi um homem rico, dono de campos nos quais plantava, mas nota-se no texto do livro de Rute o quanto sua produção beneficiava a muitos e até mesmo servia as pessoas pobres, como fez com Rute. Nosso Senhor atacou os famigerados ricaços de Israel, os quais ajuntavam tudo para si (Isaías 5), esquecendo que o Senhor tem o controle de todas as coisas. O homem rico da história contada por Cristo, para o mundo era um elemento esperto, capaz e sábio, pois se preparou para uma aposentadoria abastada. O Senhor o chamou de “louco” e não de sábio. Qual foi sua loucura? Ele preparou bem para seu viver físico e esqueceu de sua alma. Nota-se no texto o quanto estava enganado quanto às necessidades vitais da sua alma, pois queria conceder à alma comida, bebida e divertimentos, quando naquela noite sua alma seria chamada à morte.

        O amor aos bens mundanos tem levado milhares para o inferno. É impossível amar as riquezas e seguir a Cristo ao mesmo tempo. Não adianta alguém dizer que é salvo e irá para o céu, se no coração for amante do dinheiro. Não há como servir ao Senhor se as mãos estiverem agarradas a esse ídolo. Como podemos esquecer do homem rico que foi a Cristo querendo saber como herdar a vida eterna? Ele era um avarento que queria encobrir suas maldades tentando pagar para entrar no reino. Mas o Senhor foi direto ao seu coração e ali pôs o dedo no ídolo. Nosso Senhor estava como que dizendo que se ele quisesse entrar no reino, aquele ídolo deveria ser arrancado do coração. Ele provaria isso com toda disposição para dar tudo o que tinha. Veja bem que os atos certos devem vir do coração e não da mera aparência religiosa. Os avarentos querem manipular Deus, estão prontos a trabalhar ativamente numa religião, mas são duros e obstinados contra o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Os avarentos são elementos condenados à punição eterna com seu ídolo preferido.


Pregação: As maravilhas da ressurreição - João 6:44 | Pr. David Sena

quarta-feira, 21 de julho de 2021

“O PERIGO DA AVAREZA” (7)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.

        Cuidemos porque a avareza é um pecado que pode tomar um coração de alguém que nada tem, bem como daquele que tudo tem. O homem entra no mundo erguendo a bandeira do amor às riquezas e isso é visto desde a infância no egoísmo. O desejo por ganhar o mundo inteiro enche o coração corrompido, porque foi essa a trama da queda no Éden, no desejo de ser igual a Deus. Com satanás, o amor às riquezas é visto na ilusão de querer grandezas e no desejo de ser igual a Deus. Não é menos nos homens. Satanás, sendo um espírito não carrega dinheiro, mas os homens mostram sua ganância querendo as riquezas terrenas. Enquanto satanás viu o mundo como um paraíso de glórias, os homens veem o mundo no sonho das finanças. Nos mundanos isso está gravado em seus corações, enquanto nos crentes isso está gravado na carne. Os mundanos não conseguem vencer o ídolo chamado mamon que está no trono do coração. Somente o poder da graça para arrancar o coração endurecido e por um novo coração que teme a Deus somente.

        Chegou o momento para que detectemos o problema, se a avareza está presente. Moro num apartamento no andar superior de um prédio com 2 apartamentos na parte térrea e 2 no andar de cima. Apareceu um vazamento no apartamento que está debaixo do meu e vinha do meu apartamento. Foi difícil achar de onde vinha o vazamento que prejudicava uma sala embaixo. Um senhor que trabalha veio, examinou e achou que precisamos sondar com um aparelho próprio para isso, o que ficaria caro. Mas logo um senhor parente da proprietária do apartamento embaixo veio e com calma descobriu o vazamento num lugar improvável. A avareza não é descoberta usando os critérios do mundo, porque a bíblia vai e logo mostra onde está o problema – no coração do homem. Nosso Senhor mesmo declara que é do coração que procede esse mal. Por esse fato vamos examinar agora as manifestações da avareza.

        Primeiramente, o avarento nunca está contente e grato no coração por aquilo que Deus lhe tem dado. Esses traços aparecem como sinal vermelho na vida e que há perigo lá adiante. Conheci um homem assim, ele inclusive foi membro da minha igreja. Viajando com ele pude perceber sua indignação contra os ricos e sua revolta em trabalhar direto como caminhoneiro e ganhar pouco. Aquilo foi moendo sua vida e logo foi abandonando o Senhor, abandonou a esposa e os filhos, mostrando que não era um genuíno crente. Lidei com pessoas gananciosas, as quais sempre querem ter mais; elas são como sacos furados e não têm motivos para cultuar a Deus com ações de graças e louvores a Ele. Alguém assim transmite ódio, indignação e costuma estar envolvido com os planos de enriquecimento que o mundo tem e isso desgraça a vida e o ambiente. Falando um pouco de Labão, tio de Jacó, sua vida mostrou o quanto era um homem avarento e perverso. Tentou de tudo aproveitar do trabalho de Jacó sem uma remuneração justa. Não fosse a intervenção de Deus, Jacó teria ficado na miséria com toda sua família (Gênesis 31).

        Para o homem avarento, se não é salvo é preciso se arrepender e converter a Cristo, com confissão no coração. Para o crente qualquer vestígio de avareza deve ser visto como perigo contra o qual o crente deve lutar. A avareza é um estorvo na peregrinação; é um tropeço para um bom testemunho; é uma arma perigosa que arranca o poder da verdadeira adoração, da gratidão e da ação de graças. Normalmente vemos o avarento perdendo a Escola dominical e sempre inventando desculpas para não estar na igreja nos cultos normais. O avarento está tão ocupado que a bíblia é posta de lado devido aos interesse mundanos que como praga arruínam seu viver. Uma ovelha assim será disciplinada. Se não for pela igreja será diretamente da parte de Deus.


O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ? (2)

,

        

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36)

        A SITUAÇÃO DO SALVO: “Não há mais condenação”

        Tendo introduzido o assunto, agora é o momento para que iniciemos mostrando que é fato consumado que os crentes estão debaixo do amor permanente de Deus. Em Romanos 8 Paulo fala sobre isso em todo aquele impressionante capítulo. Ele afirma no verso 39 que nada nos afastará do amor de Deus que está em Cristo. Creio que preciso lançar luz a um tema tão importante e que é joia preciosa para os crentes neste mundo. A cruz foi o começo de tudo no novo viver dos santos de Deus, porque ao vislumbrarem o Cordeiro que foi morto e que o sangue derramado ali foi o sangue da aliança, os crentes desfrutam das maravilhas eternas de um amor que jamais acabará: “Com amor eterno eu te amei” (Jeremias 31:3). Tudo isso são lições que ficam gravadas nos corações dos salvos e que eles utilizam como enfeites e como armas de guerra contra o mal.

        Voltemos ao texto para que analisemos de perto. Notemos que o texto afirma que não mais perigo algum para o que crê, pois diz que ele tem a vida eterna. Veja como ele é chamado de “crente”: “Quem crê no Filho tem...”. Chamo a atenção para o termo “crente” porque é exatamente isso o que diz no texto original. Em nossos dias tudo satanás tem feito para descartar a palavra “crente”, pois fizeram isso usando a palavra “evangélico”, a qual não é vista na bíblia. Ser “evangélico” significa que a pessoa está associada a qualquer religião que fala de Deus. Tudo isso cheira ecumenismo e mundanismo. Os salvos, entretanto são crentes em Cristo e isso faz grande diferença. Antigamente ser crente significava que a pessoa não era católico, nem espírita ou indiferente a qualquer religião. Ele era um batista ou presbiteriano, etc.

        Mas não vinculamos o termo “crente” a qualquer coisa que nos desligue da bíblia. Eu sou batista, mas creio no que os batistas sempre creram e nisso firmo minha fé. O termo “crê” no grego está no particípio presente ativo e isso deve ser levado em consideração por nós, porque ultimamente também há um evangelho que mostra uma fé que teve ação apenas no passado. Por exemplo, vemos muitos que dizem que são salvos porque um dia puseram a fé em Jesus e pronto, foram salvos. O que acontece é que essa fé ficou numa foto e posta entre os documentos. O viver doravante não tem qualquer significado para esta vida. Já conheci muitos que disseram que estão salvos, mas suas vidas estão marcadas pelo mundanismo, pelo amor à iniquidade da qual jamais se desprende. Muitos nunca conheceram o real arrependimento no viver, por isso guardam maldades praticadas no passado sem qualquer noção de contrição e real confissão. A fé que tais pessoas tiveram ficou no passado e eles guardam, achando que poderão entrar no céu naquele dia.

        Quanto perigo! Voltemos ao texto em João 3:36, porque o crer ali, no particípio presente ativo indica que o que um dia creu continua crendo. A fé não foi uma plantinha que nasceu e que logo murchou com o sol das provações. Na verdade podemos traduzir assim: “Aquele que continuamente crê...”. Ora, não estamos lidando com uma mera fé, porque a graça marca um encontro com a fé vibrante, a fé que vem do Autor da nossa fé. Ela parece pequenina e insignificante no começo, mas logo se manifesta como uma gigantesca árvore que foi plantada para dar fruto. A fé bíblica é poderosa fé que mostra alguém que foi tirado dentre os mortos e que nessa pessoa que creu tudo agora funciona. Agora tem os ouvidos para ouvir, olhos para ver, mente iluminada na verdade, emoções santificadas, mãos aptas para servir e pés prontos para trilhar a jornada da peregrinação.

        É exatamente isso o que vemos no texto de João 3. Não é mera fé, não é algo feito de plástico, mas sim do aço celestial. Os que têm vida eterna não se apagam ante as provações, porque eles realmente creem e esse “crê” é ouro que será provado no fogo. São esses que estão debaixo do amor de Deus e que por isso escaparam da ira vindoura.

terça-feira, 20 de julho de 2021

O QUE ESTÁ SOBRE VOCÊ?

 

            

“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36)

INTRODUÇÃO.

        Caro leitor, como me sinto alegria em sempre retornar aos mesmos versos, porque sei o quanto eles estão cheios das verdades eternas. É como se espremesse uma fruta e que continuamente saísse saborosos e intermináveis sucos dela. Gosto muito de fazer sucos de laranja para nossas refeições aos domingos aqui em casa, mas sempre tenho que comprar novas frutas. No tocante a palavra de Deus, ela nunca é exaurida de suas bênçãos eternas, as quais os homens devem beber. Falar sobre a ira de Deus deve ser nossa satisfação, assim como é falar sobre o amor dele. Tudo está no mesmo nível de glória, tanto a ira como o amor de Deus. Aliás, os homens conhecerão a grandeza do amor do Senhor quando puderem conhecer as grandezas da Sua ira. Tudo neste mundo atual está sendo feito para que através das religiões modernas saibam apenas de amor, de que Deus ama. Mas é só isso. Mas tal ensino tende a diluir a glória do amor de Deus e funciona como amor conforme o mundo presume ser.

        À luz dessa verdade devemos olhar os acontecimentos neste mundo sempre do ponto de vista da ira de Deus. O que está sobre os homens? A ira ou o amor de Deus? É claro que os homens não toleram ouvir que estão sob a ira de Deus, em especial os homens desta era moderna. Os homens atuais presumem serem mais espertos, cultos e religiosos. Eles acreditam que têm todo recurso para fazer o que Deus quer. Mas, não devemos nós voltar sempre para a pureza e simplicidade da palavra? Claro. Olhe o que está acontecendo. O mundo mudou? Deus retirou Sua ira e o mundo atual, devido a “capacidade” do homem moderno, não está mais sofrendo os terrores advindos de um Deus irado contra a rebelião deles? Será que tudo agora é diferente, que vivemos a era dourada e que tudo agora caminha para um paraíso? Claro que não! Fujamos desses inúteis pensamentos e encaremos as verdades eternas, porque elas nos fazem pessoas sábias e capazes de julgar as coisas à luz da verdade.

        O texto de João mostra que tem um grupo de homens que estão debaixo do amor de Deus, porque eles possuem a vida que há no Filho de Deus: “Quem crê no Filho tem a vida eterna...”. Por outro lado tem outro grupo que está sob o furor da ira de Deus, devido ao fato que explicitamente eles revelam estar em plena rebeldia contra o Filho: “O que se mantém rebelde contra o Filho...”. Não há meio termo. Não há nenhum vestígio que o mundo melhorou, ou mesmo que paulatinamente esteja melhorando. O que a bíblia fala acerca dos homens é que, no pecado eles prosseguem de maldade para a maldade. Se por fora parecem mais simpáticos, religiosos, educados, cultos, ricos e cheio de habilidades, isso não esconde o fato que por dentro estão escondidos as tramas do velho homem em Adão.

        Tudo satanás faz para pintar os sepulcros por fora, a fim de que os homens pareçam melhores do que antes. Mas eles são os mesmos homens, como foram os do passado. Não perdemos a história conforme Deus narra. Os homens são os mesmos, atrevidos e revoltados contra Deus, por isso a ira de Deus está sobre eles. As coisas não melhoraram como os homens atuais pensam. Eles continuam trilhando o enfeitado caminho que os conduz à destruição. Assim, esta mensagem é para que todos investiguem para saber o que paira sobre suas cabeças: o amor de Deus ou a ira de Deus. Já preguei sobre esse texto, mas sei que é um ensino tão importante e crucial para nossos dias, que me atrevo a pregar nele mais uma vez.

        Que o Senhor seja glorificado em tudo isso; que os crentes sejam humildes e consagrados e que pecadores sejam atraídos pela graça para ouvir o chamado dessa tão grande salvação que tira o homem do estado amaldiçoante sob a ira de Deus.

Tema: “O PERIGO DA AVAREZA” (6)


“”E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” Lucas 12:15-2

A SENHOR APRESENTA A VERDADEIRA VIDA.

O que vemos no texto é o Senhor apresentando a verdade quanto ao que significado do viver aqui. Ele deixa claro que a vida não consiste na abundância de bens que possui. Os crentes se impressionam com o fato que durante a vida no pecado eles eram levados por essa mentalidade mundana, como esse deus mamon tinha uma tremenda influência no modo de pensar e agir. O amor ao mundo e os interesses de usufruir de todos os prazeres terrenos facilmente tomam posse do estilo de vida em todos os aspectos.

        Olhando superficialmente, nada disso mostra ser ilícito. Todos os que trabalham honestamente têm o direito de usar daquilo que ganhou e viver bem. Nada há de errado. O que ocorre é que o poder, as ambições terrenas e desejos por possessões nos fazem tropeçar e nos levar a distanciar de Deus. Foi assim em Israel nos dias do rei Uzias, porque naqueles anos do seu governo houve crescente prosperidade na nação e isso em nada colaborou espiritualmente para o bem daquele povo, pelo contrário, o que houve foi um orgulho prevalecente que puxou os juízos de Deus sobre Israel.

        Notemos como o mundo transmite esse espírito de guerra por possessões. Foi isso o que o Senhor enfrentou com aqueles homens que Ele intermediasse a causa deles quanto à herança. Eis aí o mundo como realmente é em sua ocupação com as riquezas. Meus pais morreram e deixaram para nossa família uma casa simples, de pouco valor que seria dividido para treze irmãos. Mas bastou um da família que queria brigar e lutar a fim de ficar com tudo, porque achava ser ele o mais querido por nossos pais. Felizmente prevalece a lei com justiça e ele teve que ficar com a mesma porção que todos tiveram. Na história da raça caída o que prevalece é a luta por poder, fama, riquezas, honras, domínio, etc. e diante de tudo isso prevalece a maldade, a briga entre outras atividades perversas. Notemos como os desejos insanos de Esaú por bênçãos vindas do seu pai eram para que ele fosse próspero materialmente. Porque Jacó entrou para impedir a posse das “bênçãos” ele estava pronto para matar seu irmão, assim que Isaque viesse a falecer. Percebemos que não há nada que possa arrancar esse maldito deus do coração, a não ser pelo poder da graça salvadora.

        Sendo que a avareza é um pecado que oculta-se no coração do homem, pode enganar o pecador de forma que ele ache que não tem tal pecado. A avareza se manifesta, dizendo que tem seus direitos, mesmo que venha custar caro no sofrimento alheio. A avareza leva a um endurecimento tal que todo sentimento natural é arrancado pela raiz. O amor natural desaparece como um sopro é suficiente para arrancar as pétalas de uma flor diante do poder e incrível força da avareza. Notamos na vida de Geazi (2 Reis 5) como essa impulsão de desejos insanos tomaram suas emoções, vontade e desmanchou todo temor, assim que viu a oportunidade de ser rico à frente e sua decisão lhe custou muito caro, assim como ocorreu com Judas. Os crentes em Cristo são também puxados por esse insano desejo que está agarrado à carne, por essa razão Deus lhes cerca, impedindo que eles caiam nessa infâmia. Não fosse a intervenção de Deus Balaão teria ido com todo afoito amaldiçoar Israel que estava acampado no território moabita, e tudo por causa de promessas de riquezas (Números 22).

        Amado leitor, notemos como está o mundo atual, movido pela poderosa força depravadora da soberba. Notemos como tem aumentado o número de ladrões, infames, vis, capazes de matar e destruir, a fim de roubar o que os outros adquiriram com trabalhos e justiça. Satanás é o supremo avarento, pois seu desejo de ser igual a Deus é posto no coração de cada ser humano e tal desejo erguido em força destruidora e aterrorizante. Era assim que vivia os caldeus, conforme a narrativa do pequeno livro de Habacuque, mas Deus extirpou da face da terra aquele povo, cujo objetivo eram implantar o terror.