segunda-feira, 30 de abril de 2012

A VERDADEIRA SALVAÇÃO (5)


Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9)

A VERDADEIRA CONFISSÃO
         Amigo leitor findei a primeira parte desta série de mensagens afirmando solenemente que confissão é, de fato, a expulsão do reinado do pecado no coração de uma pessoa. O pecado é destronizado, deixa o lugar de onde mandava e comandava e assim fazia da pessoa escrava do pecado, servindo a maldade e recebendo o salário ilusório e enganador que o pecado dá aos que vivem lhe prestando serviço dia a dia. A confissão é a porta da alma aberta para sair o inimigo e entrar o Rei da Glória. Onde Ele entra, ali passa a reinar e nunca mais o pecado terá domínio.
         Quero chamar sua preciosa atenção para o verso que ora estamos juntos a observar. O tema que agora estou abordando é a respeito da verdadeira e genuína confissão que leva o pecador a conhecer a verdadeira, eterna, poderosa e gloriosa salvação que Cristo dá aos que chegam a Ele em sincera confissão de fé, porquanto está escrito que todo aquele que invocar o Seu Nome será salvo. Devo afirmar com toda convicção bíblica que a confissão para a salvação é algo incompreensível ao entendimento dos homens. O mundo não pode e não tem como explicar isso, porquanto é algo feito pela Graça de Deus no coração do pecador. Está longe dos olhos e da imaginação dos grandes deste mundo, pois é algo reservado somente para os escolhidos de Deus.
         Mas entre os homens podemos obter algumas ilustrações acerca da confissão. Um criminoso mediante a pressão da justiça poderá vir a confessar seu crime até então encoberto. Vemos que confissão a declaração do que a pessoa realmente fez ou sente. Outro exemplo clássico é a confissão de amor por parte de um jovem para uma jovem. Ele abre seu coração de declara para a moça seu sentimento por ela. É uma confissão. No mundo vemos confissões feitas expressando ódio, amor, amargura, desprezo, separação, etc.
         Em 1 João 1:9 vemos a confissão de um pecador que chega perante o Salvador; de uma alma que ouviu a respeito da salvação conquistada na cruz do Calvário e que Deus é Fiel e Justo para lhe perdoar e purificar. Sendo que é o encontro entre uma alma culpada com o Deus perdoador, segue-se que é algo que não se pode explicar, porque envolve o coração, o íntimo, nada tendo a ver com aparência apesar de que a confissão pode se manifestar de forma externa. Você pode estar perguntando onde eu quero chegar. Quero afirmar que as confissões não se manifestam todas igualmente em termos de experiência. A experiência é comum a todos os que confessam no sentido de que eles chegam perante o Salvador em sincero coração, sem que haja qualquer parte de sua vida que esteja encoberto perante o Deus da Glória; que toda sua alma está inundada pela luz da verdade bíblica e ele achega-se perante o Salvador não mentindo, mas afirmando ser verdade o que Deus diz a seu respeito em Sua Palavra.
         O que quero dizer, em linguagem mais clara, é que nem todos os que se achegam ao Salvador para invocar-lhe Sua salvação graciosa vão sentir fortes emoções. Às vezes a fome de alguém é tanta que ele pode chorar e clamar por comida. A confissão em muitos, entretanto, não se manifesta assim, pelo contrário, muitos vão a Cristo na simplicidade e calma de uma fé confiante num salvador que jamais vai falhar. Posso ilustrar na maneira que Deus salvou Zaqueu aquele cobrador de impostos que recebeu com alegria o Senhor em sua casa. Ele se levantou corajosamente para expressar a mudança que acontecera em seu coração antes dominado pela avareza, dizendo: “Senhor, resolvo dar...” Estava pronto a por um ponto final em seu caminho tortuoso de enganar e roubar.
         Amigo leitor, sua confissão não precisa ser expressada em choro e angústia, desde que você se achega ao Salvador direcionando pelo caminho certo conforme nosso Senhor delineia bem em Sua Palavra. Para outros, entretanto, o poder do pecado foi muito atroz; o pecado lhe causou grandes ruínas de tal modo que no seu íntimo tais pessoas podem estar amarguradas; parece que o fogo da desolação passou deixando sua vida crestada restando apenas choro, angústia, miséria e disposição até mesmo para por um ponto final em seu viver. Essas almas ouvem a palavra de Deus e ficam impressionadas e maravilhadas ante a verdade de que Jesus, o Filho de Deus é o Salvador Bendito, e que esse Caminho está aberto e acessível a todos os pecadores, mesmo o mais carregado de pecado, e de que Ele, o Salvador Bendito, é Fiel e Justo para perdoar todos esses malignos e destruidores pecados bem como é poderoso para entrar e mudar esses corações em novos corações.
         Encaremos a maneira que aquela mulher adúltera foi a Cristo (Lucas 7:37-50). Observe no texto que ela nada falou, somente chorava. Mas ela foi tomando o caminho certo porque sabia que perante ela estava aquele que lhe conhecia perfeitamente e que podia expressar Seu glorioso perdão aos seus ouvidos e que poderia levantar dali sem aquele fardo da grande culpa que carregava, pois poderia ouvir dos lábios do Salvador: “Vai-te em paz, a tua fé te salvou”.
Prezado leitor, quando a fé é verdadeira fé; quando é vinda de convicções oriundas da palavra de Deus, então pode ter certeza que a confissão também será verdadeira. Pode estar certo que você está indo pelo caminho certo e que você encontrará o Salvador Bendito. Nosso Senhor afirma que aquele que Nele crê não ficará envergonhado, não voltará decepcionado, não será enxotado por aquele que veio justamente para socorrer o aflito e abatido de espírito; não tomará o caminho na busca de um endereço errado.   Porém, se você tem tomado outros caminhos ou atalhos guiado pelo engano do coração; liderado pelas artimanhas do mundo e dos homens, sem qualquer base bíblica, sem nada de qualquer documentação que se estriba na fidelidade do Deus que não pode mentir; sem qualquer luz que parte da palavra eterna a qual é lâmpada para os pés e luz para o caminho; se você trilha tal vereda enganosa achando que foi ao Deus Salvador, pode ter certeza que você ficará sempre decepcionado e sempre achando que precisa de uma salvação, porque não achou a salvação ainda.
Cuidemos com o engano da carne que fomenta sempre confissões que nada tem a ver com a verdadeira confissão bíblica. O melado parece com mel, mas não é mel. Um simples anel de bijuteria pode parecer de ouro, mas não é ouro. Cuidado com os caminhos pintados, porque pintura não significa realidade. Falsos mestres procuram pintar um lindo quadro de salvação em sua mente, mas não passa de ilusão. Meu amigo, a palavra de Deus põe nossos pés no chão; a bíblia joga no homem, como que, um balde de água fria para que ele acorde de seus sonhos e fantasias os quais alimentam a carne e seus desejos egoístas. Cuidemos com as astúcias da carne; cuidemos com as armadilhas colocadas pelo inimigo. Fujamos daquilo que não passa de ser sentimentalismo oco, vazio, que nos leva ao nada. Nunca houve um tempo tão perigoso especialmente no aspecto religioso como nossos dias. Satanás tem feito com que os homens e mulheres fiquem embriagados pelas vãs promessas dos falsos profetas, e milhares estão dopados  e enfeitiçados pelo lindo quadro de um paraíso terrestre colocado em sua frente pelos enganados.
Meu amigo volte à sobriedade. Acorda, ó alma que está dormindo, sentindo bem nesse sono que lhe leva a ignorar as realidades desta vida pecaminosa. Acorda porquanto Satanás, o deus deste presente século tão perigoso e cheio de perversidades, ele não está dormindo e ele sabe muito bem como lhe mantém dormindo o gostoso sono do pecado injetado em sua alma. A palavra de Deus com a poderosa mensagem do evangelho vem exatamente nos acordar e abrir nossos olhos para que enxerguemos os perigos que estão nos rodando.
Meu amigo, o mundo onde você habita é terrivelmente enganoso; seus inimigos são extremamente sutis e muitíssimo espertos; nós somos mui débeis e frágeis como minhocas. Acorde para ver que a culpa que pesa sobre os seres humanos é tão grande e que não há nada aqui que possa amainar essa tão terrível culpa causada pelo pecado. Não tem outro meio para levar você à paz com Deus a não ser pelo caminho do sincero arrependimento que lhe impulsiona à uma genuína confissão.
Eu estou plenamente certo que nossos corações arrogantes e cheios de vaidades não querem nem um pouco tomar o caminho da humilhante confissão perante o Salvador. Nós sempre achamos que somos muito importantes para Deus; sempre achamos que Deus está precisando de nós. Somos pobres coitados na concepção tão errônea que temos a respeito de Deus; fabricamos um deus no altar da nossa mente e achamos que esse é o Deus verdadeiro.
Mas, o que a própria bíblia diz a respeito do nosso coração? “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto, quem o conhecerá?” (Jeremias 17:9). Ó meu amigo, perante a verdade bíblica achegue-se  como um enfermo diante de um médico que lhe passa o diagnóstico de uma enfermidade mortal. Tema e trema perante o Deus vivo e verdadeiro, ó alma tão cheia de chagas causadas pelas transgressões! O Salvador Bendito veio ao mundo e ali na cruz pagou o preço altíssimo de sangue para conceder grande livramento ao perdido.

        





O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (5 de 16)



“Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
         Prezado leitor, claramente Deus revela em Sua Palavra como o pecado domina e persegue o homem pelo seu caminho: “...tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gálatas 6:7). A Palavra de Deus é um livro tremendamente revelador, por essa razão o orgulho do pecado faz com que o homem fuja para as trevas (João 3:19,20), preferindo conviver com o mal sem ter o perdão e a purificação que vêm mediante o sangue purificador do Filho de Deus.
         Notemos bem como a maldade cometida por Ruben entrou em ação imediatamente, levando à ruína sua honrosa posição de primogênito e aviltando seu caráter. Jacó esperou a ocasião certa para mostrar ao filho mais velho o quanto seu pecado foi odioso, mas mesmo assim a ruína de Ruben foi transparecendo em seu viver. A sua corrupção fez com que fosse corrompido o ambiente familiar, porquanto o pecado deu à luz a perversidade. É visto isso no ódio de todos os irmãos contra José.
         O cap. 37 narra um dos mais tristes acontecimentos visto ocorrido dentro de uma família, numa manifestação de covardia, mentiras e crueldades praticadas contra pessoas mais fracas. José foi mandado pelo seu pai para procurar seus irmãos que estavam cuidando do rebanho, e Jacó não sabia que longos anos de sofrimentos bateriam à porta de sua vida. Sozinho, sem a proteção de seu pai, José ficou encurralado pela perversidade dos seus irmãos, os quais viram ali a oportunidade de matá-lo. Todo ódio escondido em seus corações foi revelado naquele momento, para o espanto e desespero de um adolescente indefeso.
         Era o momento da intervenção do filho mais velho. Ruben deveria socorrer seu irmão mais novo, mesmo que tivesse de lutar contra seus irmãos, mas é triste dizer que estava mancomunado com eles, carregando o mesmo ódio e disposição de eliminar José. Ali estava um homem medroso, covarde e cruel, por quê? Um abismo chama outro abismo! O pecado de ter desonrado o leito de seu pai aviltou sua honra e lançou por terra sua dignidade. Como pode confiar num homem que carrega a maldade escondida no seu coração? Como pode ser fiel um homem que anda associado com qualquer iniqüidade no íntimo? Por essa razão Ruben cedeu à idéia cruel de vender José aos Ismaelitas que ali passavam e mentir para seu velho pai, fazendo-o acreditar que José estava morto assim que viu a túnica completamente suja de sangue.  Por ser o mais velho, Ruben levou a notícia a Jacó.
         Amigo leitor, todo esse ensino tem em vista mostrar aos meus leitores que é impossível conviver com o pecado, sem experimentar suas trágicas conseqüências. Sem uma sincera confissão perante Deus e a pessoa ofendida, o pecado procria milhares de maldades no íntimo. Um homem que está de mãos dadas com a impureza, jamais terá condições de dar segurança à sua família, porque simplesmente trará consigo a maldade para dentro de sua casa. O pecado chega para expulsar as virtudes e os bons costumes; o pecado chega tirar qualquer proteção do ambiente e apagar os bons exemplos. Como poderá conviver com o mal?      Notemos bem que a impureza fez de Ruben um covarde e cruel; a covardia fez dele um mentiroso, e por quanto tempo suportaria essa chama infernal de uma consciência culpada? Como suportaria imaginar José longe, vendido como escravo? Como agüentaria encarar o choro de sofrimento do seu velho pai, angustiado pelo desaparecimento do seu querido filho?
         Amigo leitor, eu não conheço seu viver, seu coração, mas creio que a Palavra de Deus é suficiente para despertar corações. O homem não pode viver em felicidade nesta vida nem na eternidade se estiver convivendo com o pecado oculto no íntimo. Por essa razão Deus enviou o Filho Amado para destruir as obras do diabo. Hoje é o momento oportuno de uma sincera confissão e abandono do mal. Arrependei-vos e convertei-vos! (Atos 3:19).

         Prezado amigo, minha esperança é que a Palavra de Deus seja suficiente para levar meus leitores a uma firme convicção do que realmente significa o terror do pecado para alguém que esteja tolerando a maldade no íntimo. Notemos bem a linguagem clara da sabedoria divina: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28:13). Uma aparência de prosperidade material, sucesso financeiro e social em nada significa real prosperidade se estiver com pecado encoberto no íntimo. A misericórdia de Deus não paira sobre uma pessoa que está associada a qualquer maldade no viver.
         Continuemos nossas considerações a respeito da vida de Ruben, o filho mais velho de Jacó, como foi escorregando de maldade para a maldade, desde que manchou o leito do seu pai, tendo relação sexual com Bila, sua madrasta. Doravante nada mais havia de segurança dentro daquela família, porque o caminho do adúltero é um caminho perverso (Jeremias 23:10). Num ambiente assim os mais fracos sofrem, como ocorreu com José e especialmente Jacó, que por tantos anos sofreu terrivelmente pensando que José tivesse sido devorado por uma fera, conforme a notícia mentirosa dada pelos seus filhos.
         Agora chegou a vez de Deus trazer tudo a tona; nada há encoberto que não seja revelado (Lucas 12:2). Quando tudo parecia perdido e que o pecado oculto ficaria permanentemente encoberto, eis que Deus atrai os 10 filhos de Jacó, para onde? Justamente para o Egito, onde José fora elevado à condição de governador (Gênesis 41). Os 7 anos de fome chegaram ao mundo habitado para mexer com os ânimos da numerosa família de Jacó. Os 10 homens, com seus corações carregados de culpa viajam para comprar alimentos no Egito que agora está sob o governo de José, aquele mesmo que fora vendido por eles; não sabiam que aquilo que parecia ser apenas circunstâncias, não passava de ser a Mão soberana que os empurrava para estar perante José, a fim de que fossem humilhados e assim conhecessem que o grande Deus de Israel reina.
         José agora não é mais aquele menino indefeso, mas sim um homem experimentado, provado e aprovado, carregado da sabedoria de Deus para lidar com seus irmãos, não de maneira perversa, mas sim com um amor sincero e disciplinador. Sob a pressão de provar que não eram espiões, mas sim homens sinceros e honestos, tendo que deixar Simeão aprisionado no Egito, para voltar à Canaã e trazer Benjamin, o irmão caçula, grande angústia apoderou-se do coração culpado daqueles homens. Não podemos esquecer que longos anos não apagam uma consciência culpada, a qual começa a queimar como fogo quando as dificuldades aparecem. Notemos a linguagem de Ruben para seus irmãos: “... Não vos dizia eu: Não pequeis contra o menino; Mas não quisestes ouvir; por isso agora é requerido de nós o seu sangue” (Gênesis 42:22). Eis aí o covarde passando a culpa para seus irmãos, ele que era o principal responsável pela segurança de José, agora se desponta como um mentiroso, assassino que pretende sair ileso daquele angustiante situação. Sem que soubessem estavam sob a mira do sábio e amoroso governador do Egito; não podiam escapar do cerco de Deus.
         Meu amigo, por que tentar esconder da verdade? Por que conviver com a maldade no seio? Por que esse engano de achar que vai prevalecer na vida com a iniqüidade oculta no íntimo, sem que se humilhe e se arrependa?
         É nessa situação que muitos começam a buscar uma religião, especialmente “evangélica”, onde poderão “trabalhar para Deus”. Com sincero amor afirmo que Deus não quer sacrifício, mas sim obediência. Coração contrito, quebrantado é aquilo que Deus tem prazer no homem. Amigo, caia agora aos pés do Rei da Glória, em sincera confissão, pedindo a Ele que perdoe seus pecados e purifique seu coração. 

domingo, 29 de abril de 2012

A VERDADEIRA SALVAÇÃO (4)



 Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9)
A VERDADEIRA CONFISSÃO
         Prezado amigo quero lhe convidar a abrir sua bíblia comigo para juntos vermos as maravilhas do glorioso e santo evangelho conforme apresenta o Espírito Santo, Autor da Palavra nessa fulgurante passagem de 1 João. Já dei a introdução para falar a respeito do que é confissão genuína conforme a linguagem do próprio Deus. Minha expectativa é que eu tenha sido bem claro naquilo que apresentei ontem para os ouvidos abertos para a Palavra do Deus Vivo. O Assunto em pauta é a respeito da genuína e gloriosa confissão conforme apresentada no verso lido de 1 João 1:9. Estou procurando mostrar aos leitores que temos nesse verso tão conhecido uma tão gloriosa apresentação do verdadeiro evangelho. Temos ali exposto aos nossos olhos o Caminho da Cruz; a vereda certa, definitiva que leva o pecador ao encontro do grande e glorioso Salvador, o Cordeiro Puro e imaculado que foi entregue na cruz para a salvação do perdido.
         O propósito é apresentar o que significa confissão, e que somente pela confissão genuína é que o pecador terá o Salvador Fiel e Justo perante si. Tenho muito mais para argumentar a respeito desse trecho tão belo, revelador e esclarecedor. Quero ajudar o amigo leitor. Vivemos em dias perigosíssimos especialmente no que concerne às coisas religiosas. Satanás tem se trajado de deus e de anjo. Ele não pára em seu nefando trabalho de confundir as coisas e de manter os homens cegos para que não vejam a luz do evangelho da glória de Deus. Todos nós sabemos por experiência que na escuridão precisamos somente de luz. Nada mais pode ocupar o lugar da luz para sanar as trevas. Nada podemos fazer na escuridão, nem sequer podemos dar um passo senão poderá ser fatal. A melhor sabedoria nesse caso é procurar pelo menos um pouco de luz. Amigo temos a Palavra de Deus conosco. Acordemo-nos para esse fato extraordinário. Temos em nossas mãos aquilo que é lâmpada para nossos pés e que é a verdadeira luz para nosso caminho. Satanás tem riscado seus palitos de fósforos, mas é somente para manter os homens ocupados. Voltemos agora com profunda humilhação para a luz que vem do céu.
         Digo e afirmo que a confissão conforme é apresentada nas Escrituras, mas mui especialmente nesse texto de 1 João mostra algo revelador. Bendito o homem ou a mulher visitado pela luz celestial em seu coração mostrando-lhe seu estado pecaminoso. Quando Deus chega ao pecador mostrando as chagas do seu coração; a grande enfermidade de sua alma, certamente Ele tem consigo o remédio para aquele pecador. O pecador vive se escondendo da luz celestial; o pecador vive fugindo de Deus até o dia quando ele é achado e quando Deus lhe aponta e encrava a flecha de sua lei diretamente ao seu coração. Bendito o dia quando o pecador pode cair prostrado perante a face Bendita da visitação divina. Foi assim com Saulo de Tarso. Foi ali no caminho de Damasco que tombou o velho Saulo, inimigo de Deus para nascer um novo homem. Amigo, confissão é o encontro do homem pecador com o Deus Salvador; quando o perdido é achado; quando a ovelha errante e extraviada sente o forte abraço do Pastor Amoroso lhe tirando da beira do precipício onde está prestes a cair.
         A confissão bíblica é uma atitude de humilhação, por isso é terrível para o pecador endurecido e enrijecido no pecado. A doutrina da cruz é realmente loucura para os que estão perecendo em seus pecados, mas é o caminho certo para o pecador cujos olhos foram abertos por Deus para compreender mediante a verdade bíblica a respeito de sua drástica situação. Jamais devemos esquecer que o Deus da bíblia é o Deus dos humilhados e quebrantados. Deus tem prazer em corações prostrados perante sua verdade revelada. Ele se aproxima de uma alma assim e comunica seu amor perdoador e sua salvação eternal. A linguagem de uma pessoa humilhada não será língua estranha para Deus, pelo contrário é a linguagem da fé genuína dada pelo Espírito Santo que comunica com Deus exatamente aquilo que Deus há de ouvir para atender-lhe em sua súplica; será como a linguagem usada pelo publicano: “Senhor, sê propício a mim, pecador”; Ele nunca lançará fora tal indivíduo, pelo contrário, ele tomará tal pessoa para si.
         Digo mais que na confissão o pecador é humilhado. Fomos nascidos no pecado e tornamo-nos tão arrogantes quanto satanás é. Tal pai, tal filho. O orgulho obstinado é a marca registrada do pecado no homem, e esse orgulho se manifesta especialmente quando o pecador se vê à mercê da gloriosa luz do evangelho. Perante o evangelho o pecador é desmascarado como sendo um condenado; como sendo completamente inútil perante Deus; como sendo herdeiro do inferno e não do céu; como sendo alguém que trilha o caminho largo rumo à perdição; como sendo filho da ira e não filho de Deus; como sendo odiador de Deus e da Sua Santa lei; como alguém que está descendo e não subindo em direção ao céu.
         Ora, todas essas verdades estampadas perante seus olhos levam-no à humilhação. Mas, qual deve ser nossa atitude perante o Deus que é Santo, Santo, Santo? Fiquemos calados perante Ele; fiquemos emudecidos perante Sua verdade revelada; caiamos ao pó porquanto é ali o lugar onde o pecador deve estar. Ele é o Oleiro, nós somos o barro. O orgulho que infesta o coração humano só tende a torná-lo mais orgulhoso e endurecido. Ai do homem quando Deus se afasta dele, porquanto tal pessoa ficará mais adornada e enfeitiçada pelo rei dos orgulhosos.
         Mas, na confissão o homem não estará no alto de sua altivez de espírito, pelo contrário, ele estará exatamente no pó. A presença de Deus fez com que ele caísse e se atirasse aos pés do Salvador. Toda muralha erguida em torno do vaidoso e arrogante coração foi derribada para que a mentira fosse dissipada e a luz da verdade entrasse  e Cristo, o Rei da Glória entrasse ali para reinar no lugar do pecado. Na confissão, também, o pecador se vê incapaz de lutar por si. Ele se vê como alguém que está se afogando num rio profundo por não saber nadar. Ele clama por socorro; ele pede o livramento de Deus; ele vê que o Deus da bíblia é de fato o Deus Forte, que o poder é dele e não do homem; que a honra e a glória pertencem a Ele e não ao pobre mortal que não passa de ser um verme; que Deus é Soberano e que sendo Ele faz o que Ele bem quiser fazer que salva quem ele quiser salvar, que age por misericórdia e não por compulsão externa de quem quer que seja.
Tomo agora uma bem oportuna ilustração tirada do filho pródigo na parábola narrada por Cristo em Lucas 15. Tudo era prazeroso na vida daquele jovem enquanto sentia a segurança do dinheiro e das amizades que estavam ao seu derredor; tudo era sinal de segurança enquanto podia se sentir fortalecido pelos bens que ainda possuía; nada via de abismo pela frente; nada via de vergonha; nada via de confusão e de tristeza pela frente porque ao seu derredor tudo lhe favorecia. Até que chegou aquele ponto de perder tudo, perder dinheiro, amigos, conforto, etc.; Toda alegria foi transformada em tristeza; toda gargalhada foi embora para dar lugar às lágrimas; todo companheirismo tão buscado deu lugar à imensa solidão; toda força foi rasgada como mero papel para mostrar a verdade de que não passava de um fraco e inútil; toda arrogância de querer o mundo aos seus pés foi mudada para uma cena profundamente humilhante de se tornar um servidor de porcos.    Até que aquele jovem foi envolvido pela visitação do arrependimento. Foi achado no pó e foi erguido do pó para ir como homem ao lugar certo, ao encontro do seu querido pai. Não era mais aquele atrevido, revoltado e egoísta que havia abandonado seu lar para descer rumo ao mundo à busca de sucesso e vaidades, era agora um homem novo que nada tinha a pedir ao pai senão somente que ele tivesse misericórdia e que assim atentasse para sua drástica situação na qual ele voluntariamente caiu.
Seu querido Pai estendeu-lhe as mãos para lhe socorrer porque já tinha preparado tudo para uma grande festa na recepção daquele moço arrependido que voltara ao lar. Ele não tinha arrumado um emprego para ele em sua fazenda; ele não havia arrumado um quarto para ele no fundo de sua casa; ele não havia guardado um pouco de dinheiro para atender-lhe em qualquer necessidade. Não! Tudo era dele; ele era filho querido; era riquíssimo com o pai; era herdeiro na família, enfim, o pai estava lhe dizendo que tudo era dele. Meu amigo é assim quando o pecador se achega em sincero coração de arrependimento e fé perante o Deus Salvador.
Meu amigo farei todo possível; usarei muitos argumentos para levar com muita clareza ao seu entendimento ao respeito do que significa verdadeiramente a confissão bíblica. Não podemos esquecer que estamos tratando com a linguagem de Deus. É Ele que está mostrando que o caminho da salvação é via confissão. Procuremos fugir de atalhos; fujamos de tomar rumos diferentes que fatalmente nos meterão em emaranhados de confusão e trevas. A bíblia mostra através da confissão que o caminho do encontro do pecador com o Glorioso Deus da bíblia é o caminho pelo qual transita o pecador que vai ao Senhor em busca de misericórdia. A religião moderna disfarçada de evangélica mas que nada tem a ver com o verdadeiro evangelho, tem pulverizado nos corações dos homens a idéia de que os homens tem direitos que devem ser buscado. Milhares estão movidos em seus corações pelo anseio da prosperidade, da ganância, do interesse de obter saúde, dinheiro, fama, prazeres e outros deleites tão envolventes na satisfação dos apetites carnais. Ora, os falsos mestres aproveitam disso para extorquir muitos bens. Eles põem a isca da prosperidade em seus anzóis para pescar aquilo que eles têm interesse para si.
Amigo, Deus lida com o homem na base de Sua Misericórdia e não na base de justiça. Somos uma raça de pecadores culpados; somos réus condenados perante o Juiz Reto e Justiceiro; fomos juntamente pesados na balança da justiça divina e fomos achados em falta. Que argumento temos para apresentar perante o Grande Rei? O fato é que quando a terrível e amaldiçoadora lei de Deus chega para mostrar a culpa do pecador diante do Senhor, o homem jamais haverá de ter qualquer pretensão de pedir qualquer coisa a Deus como se Deus fosse seu o gênio da lâmpada que estivesse sempre ao seu dispor para atender suas petições. O clamor do pecador que vai ao Senhor em busca da salvação de sua pobre alma é o clamor de uma alma que pede misericórdia, porque sabe que o Deus da bíblia é de fato riquíssimo em misericórdia. Um pecador assim saberá que nada tem de direito perante o Deus que reina soberanamente e que faz o que bem quer fazer porque é Deus.
Amigo, perscrute aqueles que foram salvos; busque o testemunho daqueles que foram objetos da poderosa ação salvadora do Deus da bíblia e você verá que eles não têm onde se gloriar senão na cruz do Senhor; eles entenderam que a redenção de suas almas custou o sacrifício na cruz onde o Filho de Deus se entregou para resgatar Seu Povo. Grande perigo espera as multidões que correm desenfreadamente em busca de seus direitos. Onde reina esse espírito há também outros terríveis males que aparecem para solapar as almas. Onde reina o materialismo, paralelamente haverá outras terríveis transgressões como podemos bem ver no roubo, na imoralidade, no adultério, na prostituição, na infidelidade e outros males semelhantes que açoitam nosso povo.
Amigo leitor o que é confissão bíblica? Respondo que é Deus mesmo lidando com o homem no coração. É a graça divina entrando no secreto coração do pecador com a luz da verdade divina revelada na palavra para ali mostrar os terrores do seu coração. “Enganoso é o coração e desesperadamente corrupto...” Quando o Salvador Bendito chega ao coração dali o pecado é expulso e Cristo entra para reinar ali. A confissão é o homem invocando o Nome do Senhor para ser salvo; a confissão é o homem perante Deus afirmando seu estado, declarando sua miséria, confirmando a fidelidade da verdade divina que chegou como espada aguda e feriu seu coração tão soberbo. Deus chama pecadores quebrantados; Deus convida homens e mulheres, jovens e meninos e meninas para a salvação, e essas almas somente irão ao Senhor nesse espírito de confissão. Deus não inventou outra maneira de lidar com os homens. Não há atalhos para o céu.
A mensagem do Reino do céu que o Grande Rei tem para os pecadores é essa mensagem de salvação, por isso, eis aí a grande e gloriosa oportunidade que jamais deve escapar de suas mãos. Perigos e perigos rondam as almas de homens e mulheres; a morte anda solta levando fregueses para o abismo de terror; perigos eternais assolam este mundo tão entenebrecido, eis que nesse vale onde está a sombra da morte ressoam a poderosa mensagem salvadora: Cristo Jesus veio ao mundo para buscar e salvar o perdido.
Quem sabe, a palavra de Deus tenha chegado como flecha aguda a algum coração que agora está dilacerado pela dor de saber que precisa urgentemente de salvação. O Salvador está perto e pronto para abraçar o pecador e conceder-lhe agora o perdão e plena e terna salvação. A fé verdadeira que é embutida no coração pelo Espírito Santo faz com que o pecador veja a luz da verdade e clama ao Rei e Senhor lhe pedindo que venha lhe salvar.




O PERSEGUIDOR IMPLACÁVEL (4 de 16)



Mas se não fizerdes assim, estareis pecando contra o Senhor; e estai certos de que o vosso pecado vos há de achar” (Número 32:23).
        Prezado leitor, mesmo sendo um homem crente Jacó foi perseguido pelo pecado. Após o maravilhoso encontro que teve com Deus no Vau de Jaboque, sua vida foi mudada. Agora não prevalecia mais o velho Jacó trapaceiro; agora aparece um homem cujo coração foi mudado, para ser Israel, príncipe de Deus. É agora um conselheiro, um homem diferente, ocupado em proteger a família e buscar a glória de Deus, como naquele acontecimento narrado no cap. 35,quando levou a família inteira a mudar suas vidas, lançando fora seus ídolos, para que assim pudesse obter a defesa de Deus, após o massacre ocorrido em Siquém (cap. 34).
         Mas, mesmo assim o pecado ainda mantilha suas armas apontadas em perseguição a Jacó. O velho servo de Deus era demasiadamente apegado aos filhos. Depois que José foi vendido pelos seus irmãos, Jacó foi enganado pelos próprios filhos. Lembra que havia mentido, na tentativa de enganar seu pai? Agora 10 filhos chegam perante ele para trazer-lhe a maior e mais profunda angústia que durou por muitos anos em sua vida (Gênesis 37:31-36). Ficou sabendo que José foi morto devorado por alguma fera. Quanto sofrimento custou para aquele velho e amoroso pai! Mas não podemos esquecer que: “... o vosso pecado vos há de achar”. Deus não chegou para tirar esse sofrimento que dilacerou o coração do seu servo, pelo contrário, Deus permitiu que a verdade ficasse encoberta por tantos anos, porque as vaidades da natureza corrompida estão prontas a estragar os planos eternos de Deus. Enquanto Jacó estava enrolado na tristeza, medo e depressão, o Espírito de Deus livremente usava José no Egito, a fim de que os propósitos eternos fossem cumpridos.
         Prezado amigo, não esqueçamos que a posição de crente não desfaz as conseqüências de nossos atos errados praticados no passado. O perdão de Deus é completo, a alegria da reconciliação é a festa da alma regenerada, mas o cheiro da fumaça fica. Os efeitos de procedimentos errados permanecem arraigados em nossa natureza carnal e periodicamente brilham como faíscas, fazendo com que sintamos tristezas e dores. Por quê? Para que saibamos quão horroroso é o pecado e quão grandiosa foi a misericórdia do Senhor em nossas vidas e para que sejam motivos de humilhação e dependência de Deus em nosso viver.
         É claro que Deus transformou toda escuridão em radiante luz da graça para seu servo; grande humildade assegurou a tranqüilidade da família quando foi para o Egito. O velho Israel está caminhando para o fim de sua existência terrena. A graça encheu seu coração da verdadeira fé, fé que brilhou ali no leito de morte, conforme o relato do cap. 49. As fraquezas do servo de Deus foram receptáculos da extraordinária graça de Deus, e assim completasse sua existência para que Deus fosse glorificado em seu viver.
         Querido leitor, eis aí uma breve lição do que significa na prática a perseguição do pecado. Abandonado às paixões do coração o homem se torna um peso esmagador contra seus semelhantes na prática de suas perversidades. Mesmo sabendo das tristes conseqüências ele não consegue parar o “caminhão desenfreado” de suas paixões. O pecado é um poder irresistível quando controla a mente, emoção e vontade do homem. Tudo passa ser motivo de terror ao derredor. Foi a vontade soberana que prevaleceu na vida de Jacó; foi o amor eterno que acompanhou esse filho de Adão, a fim de mudar seu coração e fazer dele um novo homem. É assim que Deus faz com os pecadores arrependidos. Talvez você, meu amigo, esteja sofrendo hoje as dramáticas conseqüências de seus pecados, mas Cristo veio para desfazer as obras do diabo (1João 3:8). Peça a Ele agora, que venha lhe salvar e libertar do poder do pecado; que solte as algemas que lhe prendem; que arranque os grilhões que lhe tornaram prisioneiro do mal.
         Prezado leitor, somente a Palavra da verdade pode mostrar a dura realidade do pecado como um implacável perseguidor. O orgulho no coração impede que a alma conheça a profundidade do poço da perdição onde a iniqüidade leva o homem. Viemos da queda em Adão, e não somente gostamos da sujeira, como também odiamos que esse “amigo íntimo” seja tratado como Deus o trata em Sua revelação. A cegueira espiritual impede que homem veja a venenosíssima víbora a qual acaricia em seu colo. Todo meu esforço em lidar com esse assunto tem em mira levar meus leitores à compreensão no íntimo da necessidade que o homem tem de humilhar-se perante o Deus da Bíblia (Isaías 57), ao ver os terrores que dominam sua vida aqui e na eternidade, caso não se arrependa e não se converta a Cristo de todo coração.
         A Bíblia está cheia de ilustrações, mas tomarei hoje a vida do filho mais velho de Jacó – Rúben. O primogênito era tido em grande privilégio nos costumes judaicos, porquanto era ele o responsável pelos seus irmãos e pelos negócios do seu pai. No caso de uma família real, normalmente o primogênito ocupava o trono na morte do pai. Realmente era um privilégio cheio de responsabilidades que o primogênito tinha. Conhecemos um pouco a respeito da personalidade de Rúben nas palavras ditas por Jacó a respeito dele quando beirava a morte em seu leito (Gênesis 49:3, 4): “Rúben, tu és meu primogênito, minha força e as primícias do meu vigor, o mais excelente em altivez e o mais excelente em poder. Impetuoso como a águia...”. Parece que era um moço que em tudo mostrava ser capaz para liderança. A palavra “altivez” mostra que Rúben era de personalidade forte, não era medroso e que era alguém em quem seu pai e seus irmãos podiam confiar. Aos olhos naturais aquele moço possuía tudo para ser excelência em liderança e respeito para estar à frente de uma família como a de Israel.
         Porém, o pecado entrou para desmanchar tudo isso. Note o que Ruben fez: “Quando Israel habitava naquela terra, foi Rúben e deitou-se com Bila, concubina de seu pai; e Israel o soube” (Gênesis 35:22). Eis aí o princípio da destruição de um homem. Não é meu objetivo considerar a vida polígama de Jacó, mas lembremos bem que o princípio original do criador é que o homem tenha uma única esposa. Quando Cristo veio ao mundo trouxe à luz essa verdade que somente os crentes em Cristo compreendem e praticam. De qualquer maneira os polígamos consideravam suas mulheres como esposa, por esse fato Rúben cometeu um ato incestuoso ao deitar com uma mulher do seu próprio pai. Ele manchou o leito paterno, aviltou a família que ele deveria honrar.
         Meu amigo, especialmente na área sexual fora do casamento, o pecado aparece para declarar ao coração do homem seus direitos, sua masculinidade; que sua grandeza de homem só pode ser mostrada ao ter relação sexual. O pecado chega para envaidecer e elevar seu orgulho próprio. Milhares estão brincando com essa maldade em nossos dias; milhares pensam que estão caminhando nas alturas do prazer e que agora sim, desfrutam da verdadeira vida, achando que têm liberdade sexual. Não sabem que o sexo fora do casamento denigre e avilta o homem, além de humilhar a mulher à condição de prostituta e adúltera. São iludidos quando pensam que os prazeres de alguns momentos não resultarão em tragédia no viver; acham que seus pecados podem ser acobertados, que não estão sendo vistos e odiados.
         Não foi assim com Rúben? Daquele momento em diante a “ferrugem” começou a destruir tudo o que parecia ser ferro; ao seu derredor ele mesmo armou ciladas sobre si, cavou arapuca para sua alma e passou a ser visto não como um homem, mas como um perverso; não mais seria útil na família e o choro e tristeza acompanhariam o resto do seu viver.