sexta-feira, 28 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (7)


                              
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO SOCIAL.         Verso 3
        Conheçamos nosso Salvador, somente assim poderemos escapar das pervertidas investidas de satanás neste, a fim de apresentar a todos o Seu Cristo. O que vemos no texto são os argumentos que comprovam que Ele em nada é igual àquilo tão apresentável e aceitável neste mundo. No texto vemos que Ele foi “Desprezado e rejeitado”. Hoje veremos a experiência do Senhor num corpo que carregava os efeitos do pecado do Seu povo. Nosso Senhor tinha uma natureza santa num corpo mortal. Ali estava Aquele que jamais conheceu o pecado, mas que bebia aqui o cálice amargo que Seu povo teria de beber; aquele que em nada tinha culpa, mas que carregava em Seu corpo as culpas do Seu povo.
        Nosso Senhor tinha uma natureza santa num corpo tomado pelos poderes da morte. Ele tinha sede, fome e tudo isso Ele experimentou. Ele sentia dores e todas as angústias que uma alma aqui sente, porque veio enfrentar os horrores enfrentados pelo Seu povo aqui. Ele simplesmente se atirou aqui para a aventura do aprendizado, mas tomou o Pai para lhe ensinar e submeteu-Se a Ele, sendo um Filho obediente. Assim Ele aprendeu obediência naquilo que sofreu. Ele não aprendeu obediência porque errou, mas sim porque sofreu. Deixou ser marcado pelo sofrimento em função de Sua submissão e obediência ao Pai e não porque foi um rebelde arrependido. Os crentes aprendem obediência, porque antes foram rebeldes; sofrem aqui porque foram culpados na queda e lutam por santidade devido ao fato que carregam uma natureza pecaminosa. Mas não é o caso do Senhor, porquanto não era culpado do pecado e tudo o que aqui fez foi para mostrar Sua real submissão ao Pai, a fim de ser Ele mesmo o perfeito Cordeiro que seria ali na cruz imolado pelo Pai, para tornar assim o Substituto do Seu povo.
        Notemos mais acerca desse Salvador que foi objeto de desprezo. Ele não foi um mártir, mas sim o Salvador. Um mártir é visto pelo mundo como um herói, para ter sua memória gravada na história. Nosso Senhor veio sofrer no meio de uma sociedade corrompida: “Como um de quem os homens escondem o rosto...”. O mundo admira e promove aquilo que vem do mundo; o mundo cria uma imagem supersticiosa acerca de alguns heróis, especialmente quando eles promovem algum bem que interessa ao mundo. O mundo exalta os homens, porque os homens beneficiam o mundo em algum aspecto. Mas não é o caso do Salvador que foi objeto de desprezo. Não somente tinha Ele uma aparência desagradável, como também Seus atos aqui não tinham em vista melhorar o mundo. Os heróis mundanos se erguem para lutar contra determinados políticos, ou contra injustiças sociais e alguns dão suas próprias vidas. Mas o Salvador vindo do céu em tudo marcou Sua vida e obras com aquilo que trouxe dos princípios eternos. Tudo Ele fazia movido por compaixão de um Deus compassivo; Ele via as almas como ovelhas sem pastor, levadas pelo redemoinho deste mundo, dominadas pelos poderes das trevas e que caminhavam para a destruição.
        Os homens escondiam o rosto Dele, não por causa da aparência, mas porque odiavam Sua vida santa e viam que Suas obras tinham contato com o céu. Seu viver foi marcado pela verdade e nesse caminhar sempre mostrou o quanto odiava a iniquidade, mas amava a justiça. Os homens sempre odeiam o Senhor e vão odiá-Lo até mesmo no inferno. Somente os salvos, porque foram humilhados e trazidos à verdade podem amar o Salvador, objeto de desprezo e provam isso vivendo em santidade para a glória e louvor Dele.

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (4)



“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
A NECESSIDADE DESSE SALVADOR.
        Estou tentando mostrar o quanto os eleitos clamam, vendo a necessidade que têm do Salvador. Onde está a justiça? Como o homem pode se apresentar perante Deus, visto que está carregado de dívidas impagáveis aqui? O texto mostra onde está a resposta: “...e a sua própria justiça o susteve”. Toda luta deste mundo é para implantar aqui a justiça dos homens; é a inútil batalha para implantar um sistema que eles acham que é justo e melhor do que o de Deus. Eles não querem Deus; não aceitam os princípios santos e justos do reino do Senhor; querem se livrar de toda essa imponência santa da lei de Deus; querem lançar fora tudo o que vem de Deus e estabelecer a injustiça, achando que é justiça; maldade, pensando ser bondade; tortuosidade, pensando ser retidão; mentiras, pensando ser verdade.
        Mas os eleitos não veem as coisas assim, porque seus olhos foram abertos para ver a realidade das coisas, do ponto de vista de Deus e da eternidade. Então, o que temos em Isaías 59 é o fato que Deus mesmo tem em Suas mãos Seus próprios meis: “...e a sua própria justiça o susteve”. O pecado é injustiça e não há lugar no homem onde podemos achar um mínimo sequer de algo que venha agradar a Deus. O pecado manchou e arruinou tudo o que era bom, tornando tudo imprestável, assim como acontece quando jogamos veneno em alguma coisa. Os homens são vistos por Deus em estado de morte espiritual, e sabemos que um morto está em contínuo estado de putrefação. O problema do homem é a ausência de justiça, conforme diz Romanos 3:10 “Não há justo, nem um sequer”. Não adianta tentar se lavar aqui, se purificar conforme os meios humanos. Toda tentativa é inútil.
        Conforme vemos no texto de Isaías, devemos lembrar que Deus tomou Sua própria justiça para trazê-la à lume. Não há sinal de injustiça numa perfeita justiça. Foi o próprio braço de Deus quem trouxe salvação aos homens. A justiça de Deus vem mostrar o quanto o braço dos homens foi quebrado pelo pecado. Veio mostrar o quanto os homens estão paralisados, são pobres seres caídos, atirados na sarjeta deste mundo vil. Para onde os eleitos olham? Eles querem saber qual foi a providência de Deus; o que foi que Ele mesmo fez; como abriu a porta da tão grande salvação e como Ele mesmo enviou Seu Filho ao mundo, para ser a redenção perfeita e resgate do Seu povo. O único poder para destruir o pecado é a justiça perfeita de Deus. Ignorar isso é caminhar para a destruição; é marcar seu destino para o abismo por causa do orgulho.
        Meu amigo, eis aí a diferença entre o verdadeiro Salvador e as imitações achadas neste mundo. Os eleitos são os únicos que podem ver que a salvação vem de Deus e não do mundo. Os que buscam seus meios religiosos aqui, são exatamente aqueles que estão inchados da soberba resultante do pecado; são eles que criam novas religiões e novos métodos supersticiosos. São eles que não têm paz na alma, porquanto paz é resultado de justiça. Eles estão marcados com o fato que a dívida contra Deus é terrível e impagável e que o Juiz há de lança-los no castigo eterno, de onde jamais poderão escapar.
        Ora, o mundo arrogante gostos de um Cristo bondoso, mas não justo; gosta de um Cristo que faz milagres físicos, mas não daquele que veio ressuscitar mortos. O mundo gosta do Cristo dos falsos mestres, porque eles têm promessas incríveis para um viver melhor aqui. Mas os eleitos não querem esse Cristo, nem buscam os mensageiros da mentira. Eles querem a verdade, por isso eles estão procurando onde achar a verdade da redenção e quando acham, que regozijo enche seus corações! O cântico dos eleitos segue esta letra: “Pra minha justificação, o esforço meu foi todo vão. Perante Deus só tem valor o sangue do meu Redentor”.









sexta-feira, 21 de junho de 2019

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (3)

             
“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
A NECESSIDADE DESSE SALVADOR.
        O Senhor também viu que não havia intercessor: “e maravilhou-se de que não houvesse um   intercessor”. Em tudo Deus provou nas Escrituras que não há possibilidade de achar neste mundo outro que possa tirar os perdidos da condição tão desesperadora onde o pecado lhes deixou. A resposta é clara e inequívoca: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23). O mundo tenta desesperadamente mostrar seus próprios meios para solucionar os problemas dos homens e dizer a Deus que não precisa Dele. Para o mundo a solução está no mundo, por isso vemos luta por uma paz mundial; um desespero para trazer saúde lutar contra a miséria e pobreza. Nem precisamos dizer que todo esse esforço é em vão.
        Em sua luta o mundo só aumenta ainda mais seu desespero e amplia sua miséria. Os grandes líderes normalmente são homens perversos, injustos, sujos, profanos e avarentos; quando têm o poder nas mãos estão prontos para humilhar e destruir, a fim de tomar posse dos bens aqui. Por detrás de grandes políticos está a mão do inimigo e destruidor. Se houver alguém na terra que busca o bem-estar da raça, tal pessoa é erguida por Deus em Sua misericórdia. A igreja de Deus sempre destacou em sua posição de justiça, retidão e liderança certa. José foi erguido por Deus para uma missão especial que livrou o mundo de então de uma grande fome. Ester foi elevada à posição de rainha e trouxe grande livramento para seu povo, para que não fosse massacrado pela intenção perversa de Hamã. Em tudo o mundo foi abençoado materialmente porque Deus se compadeceu e ergueu Seus servos, como Neemias, Daniel e outros como influência de justiça e retidão.
        Quero agora passar para outro detalhe importante que o texto acima nos fornece, porque o Senhor encontra Nele mesmo a solução certa: “pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. O que isso vem nos ensinar? A verdade é que não há força capaz de vencer e destruir o império do pecado. Lutar contra o pecado dentro do ambiente do pecado, é o mesmo que tentar achar recurso num defunto para livrá-lo da condição de morto. No veneno de uma víbora há o potencial ali para servir de antídoto contra o próprio veneno, mas não há poder no pecado para lutar contra o próprio pecado. Não há possibilidade de achar nas trevas alguma coisa que possa servir de luz.
        Durante anos satanás tem lutado para trazer confusão dentro do próprio evangelho, Tem surgido o evangelho que crê que Deus salva, mas o homem tem que fazer sua parte. O evangelho humanista que ensina o livre-arbítrio tem tentado mostrar que de Deus é a graça salvadora e do homem é a fé que salva no encontro com a graça. Quanta mentira! Que esperança há no homem? Se achar alguma disposição de ir para Deus, então anulemos a graça, porque a bíblia mostra que tudo é feito pela graça, até mesmo a condição de crer: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Efésios 2:8). Se a fé é algo originado do homem, significa que todos têm fé, por isso todos têm que ser salvos. Ora, entendemos que a fé é algo tão cheio de atração para Deus: “grande é a tua fé!”. Se todos possuem essa fé então é sinal que nem precisa da graça, basta um pequeno toque de aviso e os homens crerão.
        O conquistador dos eleitos deve ser Ele, somente Ele, o único que pode realmente conquistar Seu povo. É seu braço forte que deve ser erguido; é Seu poder de vivificar mortos que deve ser exposto no mundo; é Sua palavra que deve ser forte para chamar as coisas que não existem, para a existência eterna. O pecado apagou tudo, destruiu tudo e trouxe esse estado de miséria e desespero. “Quem nos poderá salvar? Cristo que verteu Seu sangue!”

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (6)


                               
“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO SOCIAL.         Verso 3
        O Salvador em tudo foi objeto de desprezo no convívio social também: “...desprezado e rejeitado”. Mesmo em Sua família, Ele não foi tão bem aceito. Jesus, em Sua família torna-se o antítipo de José, rejeitado pelos seus irmãos, conforme nos mostra Gênesis 37. Ele não ergue Sua voz para proclamar Sua independência no meio dos Seus irmãos. Ele não precisava fazer isso, porque deixou claro para Maria e José: “Não sabiam que eu tinha de estar na casa de meu Pai?” Não foi desprezo ao casal, mas sim a coerência de Seu ministério na terra. Mais tarde os membros de Sua família reconheceram esse fato, como ocorreu com Judas e Tiago, Seus irmãos. Maria jamais ficou chocada com as palavras do seu filho, pois ela estava convicta de sua missão e sabia quem Ele era.
        Era de se esperar que o Cordeiro de Deus não fosse apreciado pelo mundo. A santidade não é motivo da aproximação de um mundo que odeia Deus. O Salvador tinha todo referencial divino; tinha todo comprovante que veio do céu à terra; era em todos os mínimos e máximos detalhes, perfeito e imaculado. Os judeus desprezavam o Senhor na história, quando levava ao templo animais defeituosos para serem oferecidos no altar. Em Malaquias 1 vemos como Deus repreende o povo, desprezando aquelas ofertas indignas. No caso do Cordeiro de Deus, nada houve Nele qualquer mancha de caráter, falta de justiça e ausência de retidão. Era Ele o Homem perfeito, por isso foi aprovado por Deus para ser o substituto do povo eleito. Ele provou isso em perfeita obediência ao Pai, mostrou em Suas palavras verdadeiras, para que todos soubessem de onde Ele veio e para onde voltaria. Suas palavras denotavam verdade e convicção, nada tendo de mentiras e de qualquer traço de malícia.
        Ele mostrava ser o perfeito Salvador também em Suas obras. Nosso Senhor tomou o rumo da cruz e nem sequer um milímetro desviou-Se de Seus santos objetivos. Seu prazer era agradar o Pai e Seu gozo era conquistador Sua igreja, por isso Sua agenda terrena foi vista em Sua caminhada rumo à cruz. Todos os obstáculos eram repreendidos mediante a verdade. Todos os Seus atos também mostraram o quanto tinha Ele em vista mostrar aos discípulos o que significa trilhar pelo caminho certo rumo ao céu. Ele foi o modelo perfeito da fé, para que pudesse assim encher os corações dos santos de viva confiança. Visto que Ele escondeu Suas prerrogativas da divindade, nosso Senhor se apoderou de grande confiança em Deus e usou Suas palavras para encher os corações de doce confiança: “Credes em Deus, crede também em mim”.
        As obras do Salvador também mostravam o quanto estava cheio de ternura, compaixão e amor pelos seres humanos. Como Homem Ele identificou-Se com os homens, sentindo suas aflições e vivendo aqui como ovelhas sem pastor, no meio de lobos famintos e cruéis. Ele se despontou como um Servo e viveu assim, pois nunca parou de servir. Sempre estava curando, suprindo as necessidades, expulsando demônios e ressuscitando mortos. No Salvador havia ternura e misericórdia, por isso não parava de fazer o bem, em face da miséria do homem na terra. Em tudo Ele se acercou da condição da raça caída e tomou esses sofrimentos em Seu coração tão afetuoso. Mesmo sendo rejeitado, jamais reagiu com ira, pois tudo deixou nas mãos do Pai. Até mesmo perante Seus algozes, nosso Senhor ergueu Sua petição a Deus por eles.
        Tudo isso foi para mostrar que Ele era o Salvador certo, o único que poderia chegar à cruz para ser o perfeito mediador dos perdidos no mundo inteiro.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (5)


                  
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
A APRESENTAÇÃO PESSOAL
        Temos visto nessa apresentação da Pessoa do Salvador, que Ele é totalmente desprovido de toda expectativa humana, daquilo que os homens esperam aqui de um Salvador. Nosso Senhor veio aqui para ser o Cordeiro de Deus e não uma figura, tipo Absalão, Filho do rei Davi. Ele veio para sofrer em Seu corpo, não somente os pecados do povo eleito, como também sofrer os efeitos desses pecados num corpo de humilhação; veio para ser por fora objeto de desprezo dos Seus e do mundo, por essa razão o texto destaca bem essa presença física do Senhor: “...como raiz de uma terra seca; não tinha  beleza nem formosura...”. Os homens ficam empolgados pela aparência e pela imponência de um líder, mas nosso Senhor se destacou por sua humildade e firme coragem em obedecer a Deus, amar a justiça e odiar a iniquidade. Quando somamos estas coisas, logo percebemos que são elas exatamente aquilo que merece todo desprezo deste mundo.
        Merece destaque também o fato que o Salvador usou Seu corpo como apenas uma tenda temporária: “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós...” (João 1:14. O termo “habitou” literalmente significa “abrir uma tenda”, assim como alguém faz como vai acampar, o que significa que ele vai ficar por pouco tempo. Seu corpo de humilhação foi feito para ocultar Sua glória intrínseca Nele. Seu corpo foi feito pelo Pai, a fim de que pudesse passar pelo real sofrimento, como ninguém jamais passou. Seu corpo foi, desde a infância cercado pelos horrores da morte e os efeitos terríveis do pecado, não porque Ele houvesse pecado, mas porque assumiu um corpo assim. Ali estava o perfeito Homem num corpo imperfeito e pode incrivelmente aprender obediência num corpo mobilizado pelas terríveis fraquezas.
        Quando nosso Senhor se apresentou a Abraão (Gênesis 18), Ele apareceu num corpo perfeito, sem pecado. Nele ali havia beleza que agradava; Seu corpo ali foi não foi resultado de nascimento, mas de um aparecimento. Mas não foi o caso visto profeticamente em Isaías 53, tratando do Seu nascimento. Seu corpo foi formado em Maria para ser um corpo do sofrimento; foi feito para sofrer fome, sede, dores cruéis e tantos maus tratos. Em tudo o Cordeiro foi aparecendo no cenário de Israel assim; passou pela escola da graça e aprendeu obediência pelas coisas que sofreu. Quem pode compreender tal mistério? No caso de Abraão, O Senhor apareceu em forma física, mas no caso de Isaías 53 nosso Senhor nasceu, da mesma maneira que eu e você nascemos.
        Outro detalhe que é revestido de grandiosa importância é o fato que nosso Senhor veio para ser apresentado ao mundo como sendo exatamente Aquele que o Pai modelou com os tipos e símbolos em todo Velho Testamento. Em tudo as Escrituras deveriam ser cumpridas Nele. Ele entrou no mundo para ser o “Cordeiro de Deus” e não para assentar-Se num trono aqui. Ele entrou para receber uma coroa feita pelos homens, completamente cheias de espinhos, porque este seria o “prêmio” dado pelo mundo por Aquele que só fez o bem. Ele veio para ser trocado por um assassino – Barrabás. Veio para que o mundo representado ali naquela multidão pudesse mostrar seu intenso ódio e atacasse Seu corpo mortal, infligindo Nele mais sofrimento e dores. Até mesmos os eleitos estavam ali também, a fim de desprezá-Lo e crucificar o Senhor da glória. Quando homens se convertem, eles chegam à conclusão da culpa e podem dizer: “Nós matamos o Senhor; crucificamos o Justo; Oh, quão miseráveis e covardes fomos!”

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (2)


                        
“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
A NECESSIDADE DESSE SALVADOR.
        Tendo introduzido o assunto, minha esperança é que o Deus de toda graça venha me conceder suficiente poder para desenvolver o tema proposto. O mundo sempre correu à busca de socorro aqui neste mundo. Desde a entrada do pecado vemos a raça corrompida se ajuntando, buscando respostas para suas necessidades neste mundo e lutando para exterminar de uma vez por todas o governo de Deus. Na realidade, o que vemos neste mundo é uma expansão do sistema que Caim criou e que vigorou até o dilúvio. Os homens no pecado criam um sistema de vida debaixo do sol e fazem suas leis. Para os homens, abaixo do sol tudo é maravilhoso; é aqui o reino que encanta os corações da multidão iludida no pecado.
        Quando voltamos para o texto de Isaías, percebemos o quanto Deus está ocupado com a salvação dos perdidos. Não há entre os homens alguém que possa salvar os perdidos, porque todos estão na mesma condição; todos estão encarcerados no pecado; todos servem com real prazer ao pai da mentira. Na conversa de Jesus com os judeus, notamos bem que nada, absolutamente nada acordava aqueles homens diante do perigo eterno que rondava suas vidas e que todo ser deles estava envolvido com esta vida aqui. Quando nosso Senhor denunciou a condição terrível deles, como escravos do pecado, eis que eles se ergueram para destruir Jesus com a morte. Nem mesmos diante de fatos incríveis de amor e de bondade de Deus; nem mesmos os sinais e maravilhas acordavam aqueles homens para a real necessidade do Salvador.
        Deixados a sós os homens nunca, jamais verão a necessidade do Salvador e da salvação. No texto acima, vemos que a visão da necessidade de um Salvador é de Deus e não do homem. Foi o Senhor quem viu Israel sob a tirania de Faraó no Egito; foi o Senhor quem viu a miséria do homem no pecado. Não houve um agente humano que enviou recado ao céu, a fim de que Deus socorresse os perdidos aqui. Quando uma nação está sob a mão de ferro de um ditador, alguém pode enviar um pedido de socorro para outro país. Mas não é o caso dos homens neste mundo, porquanto quem viu o homem na miséria foi o próprio Deus: “E viu que ninguém havia...”
        Quando analisamos as Escrituras não vemos a ação dos homens, a não ser no pecado. O que vemos é um Deus entrando em ação de forma poderosa, a fim de apresentar o Salvador e salvação vindos do céu. Durante os séculos Deus procurou documentar de forma histórica o que o mundo precisava saber. Na historicidade bíblica não há mito; a bíblia não usa filmagens, ela mostra a verdade. Grandes homens e líderes mostraram a força de uma liderança e como homens tais chamam a atenção. Israel viu em Moisés um grande líder, mas Deus o tirou pela morte. Israel conheceu Sansão e sua força, mas logo viu o fracasso e sua morte; viu Davi, um rei justo e poderoso na área militar, mas que fracassou e morreu. Os homens são assim e serão assim.
        Eis aí a razão porque Deus mostrou as genealogias de milhares na história, a fim de que todos nós pudéssemos saber que não é este nem aquele, até que o Salvador fosse apresentado ao mundo. O Senhor diz que procurou e não achou entre os homens: E viu que ninguém havia...”. Essa é a mensagem de toda Escritura: “...porque abaixo do céu não existe outro nome, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4:12). Mesmo assim a natureza maligna e enganadora dos homens há de achar outro meio; há de procurar força no braço do homem; há de suplicar por uma suposta Maria assentada ao lado de Deus; há de criar ídolos e escondê-los no fundo do coração. É mais fácil para a natureza enganadora dos homens acreditar em crendices e superstições, do que na simplicidade da Palavra de Deus: “...pelo que meu próprio braço me trouxe a salvação”.

terça-feira, 18 de junho de 2019

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (1)



“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
   INTRODUÇÃO:   
        Querida leitor, como é preciosa a história da salvação! Enquanto satanás procura divulgar a glória humana, a bíblia proclama a glória de Deus! Não é por essa razão que devemos ler, meditar e buscar a verdade como tesouro escondido? O capítulo 59 de Isaías é o lugar desses tesouros que o crente deve buscar. Lembremos bem que neste capítulo Deus está apresentando ao mundo Sua salvação. Ele está mostrando que não há outro braço forte, capaz de tirar os homens dessa condição tão terrível, de trevas e de miséria, na qual o pecado deixou o homem. Ele assegura que o Sua mão não enfraqueceu e que Ele é capaz de salvar qualquer perdido que clamar essa salvação. Já vimos a condição dos eleitos, como eles se encontram nas trevas e como Deus ouve e atende o clamor. Hoje darei início em mostrar o grande conquistador dos eleitos.
        O que esta passagem quer nos ensinar? Até o verso 15 a Palavra de Deus nos humilhou, prostrou nosso ego no pó, para que de agora em diante brilhe radiante o fulgor dessa tão grande salvação. O verso 15 é uma exposição do que acontece quando no ambiente prevalece o pecado. A presença do pecado em manifestação de injustiça torna-se um verdadeiro peso para a verdade. Por quê? Nesta parte introdutória farei tudo para que o tema central venha a chamar a atenção dos meus leitores. Como sempre, não seremos honestos na exposição bíblica, se por acaso não mostrarmos o texto sempre à luz do contexto.
        1.     A criação inteira foi feita tendo a verdade como sua base. A presença do pecado desestrutura todo sistema para o bom e justo funcionamento de todas as coisas. O pecado é o veneno numa criação perfeita; é o mal em plena atividade, tentando anular a glória de Deus. O pecado é a invasão das trevas na alma em oposição a luz; é o inimigo oculto nas trevas e de lá tentando comandar tudo e todos com a força da mentira e vaidade. O pecado é a reunião da perversidade e impiedade, na luta para organizar um mundo contra o Deus da verdade e anelando também tomar o próprio céu. È a tentativa de formar um império sem Deus; um reino de trevas, sem qualquer luz; um centro de adoração à mentira em lugar da verdade. Percebe-se que quando a graça de Deus entra em ação, eis que pecadores começam a ser despertado, caso contrário não há qualquer possibilidade que isso venha a acontecer.
         2.    A presença do pecado força a entrada do juízo. Não importa a reação do pecado, seu domínio e aparente vitória. O reino é do Senhor, a justiça é Dele e a verdade sempre triunfará sobre a mentira. Não há qualquer possibilidade do mal governar; não pode haver dois reinos, do bem e do mal. O reino do pecado há de sofrer o castigo dos juízos de Deus. O mundo inteiro mostra o homem em seu estado de escravo do pecado; não há nenhum braço forte entre os homens, capaz de tirar a raça caída do pecado. A justiça brada por vingança; o juízo clama, para que haja punição e castigo contra o mal.
        3.     Não há como destruir o poder do pecado senão pela entrada da própria essência da verdade: “A luz veio ao mundo”. Essa é a triunfante notícia que aparece em toda Escritura. Cristo é a própria verdade que veio ao mundo para destruir a mentira: “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8:32). Ele aparece em Isaías como o grande conquistador do povo eleito.
        4.     Se quer revelar o ódio do mal contra a verdade é preciso que a verdade apareça. O mundo tenta com seus meios impedir que o mal progrida e assim o bem possa permanecer, mas é impossível. É a partir dessa triste realidade que começamos agora a perceber a necessidade do Salvador, porque não há outro meio de salvação, a não ser que venha do próprio Deus.


O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (4)


                        
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
A APRESENTAÇÃO PESSOAL
        Ao apresentar o salvador o texto mostra primeiramente Sua procedência: “Como renovo”. A nação de Israel naqueles dias era uma caricatura do que foi a nação nos dias dos grandes reis, como Davi, Salomão, Uzias, Ezequias, etc. Quando Jesus nasceu, Roma era o império mundial, conforme foi mostrado na interpretação de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2). Roma é a última parte da estátua, a parte inferior. Israel não tinha rei e toda situação política era subordinada às autoridades enviadas por Roma, a qual tinha o César como o augusto, soberano. É isso o que o texto apresenta em Isaías acerca da origem do Senhor. Cristo nasceu numa cidade pobre e numa família pobre.
        Notemos também o quanto nosso Senhor, fisicamente não tinha aparência agradável: “Como raiz de uma terra seca...”. O mundo sempre olha a aparência. Não foi assim com Israel quando escolheu o primeiro rei? Bastou Samuel apresentar um homem de bela aparência, Saul, eles imediatamente o proclamaram rei. Enquanto o mundo olha a beleza, a formosura na aparência física, Deus olha o homem no coração. Ao apresentar Seu Servo, o Senhor desfaz todo conceito que o homem tem acerca daqueles que eles esperam como líder e salvador. Toda ênfase a respeito do Cordeiro de Deus é dada naquilo que é no coração; toda Sua formosura perante os homens é destacada em Seus atos de amor, bondade, compaixão e ternura.
        Noutras palavras, a verdade não está na mera e passageira aparência, mas sim no homem interior. Em nenhum aspecto nosso Senhor representa aquilo que o mundo quer, nem em Sua aparência, nem tampouco naquilo que Ele essencialmente é. O povo judeu gostava dos Seus atos de bondade, mas quando Suas palavras e atos revelavam a verdade acerca Dele, imediatamente havia uma reação de ódio da parte deles. Palavras de graça para o mundo significa que a pessoa está dizendo aquilo que eles gostam de ouvir; significa palavras que seduzem seus corações, que alimentam orgulho próprio e que são traduzidas em bênçãos advindas de superstições. Eles chegavam perto Dele para ver aquilo que para eles era espetáculo, mas se postavam na defesa, quando Suas palavras mexiam com seus corações pervertidos e costumes mentirosos. Se uma aparência não é agradável ao povo, pelo menos as palavras e os atos devem chamar a atenção. No caso do Senhor, Sua beleza interior foi motivo de ofensa, terror e perseguição da parte do povo. A aparência feia, misturada com a religião supersticiosa e mentirosa dos homens resulta em terríveis idolatrias, conforme vemos em ídolos fabricados pelos homens nas nações.
        O Salvador é o Senhor da glória (Tiago 2:1). Mas Ele ocultou Sua glória; Ele manteve sua condição humilde de Servo sofredor perante os homens; Ele jamais recuou de portar-Se como ovelha, pois Se submeteu ao Espírito, a fim de fazer a vontade do Pai. Nosso Senhor jamais reivindicou Seus direitos, porque Sua meta era a cruz; veio para ser sacrificado ali; veio para ser oferta pelo pecado; veio para sofrer a Ira do Todo Poderoso, a fim de que a igreja escapasse dos terrores eternos; veio para não abrir a boca perante os tosquiadores. Mesmo assim fez com que 3 dos Seus discípulos fossem ao Monte com Ele e ali Sua glória apareceu. Foi ali que aqueles 3 homens puderam ver quem era Aquele humilde Servo do Senhor. Foi embasado nessa visão que João confessou: “E vimos a Sua glória, glória como a do Unigênito do Pai”.
        Que humildemente caiamos perante a face gloriosa e santa daquele que um dia veio ao mundo, tendo em vista nossa eterna e gloriosa salvação.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (3)


                       
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
A APRESENTAÇÃO PESSOAL
        Minha primeira tarefa ao entrar no texto é mostrar a procedência do nosso Salvador. Devemos conhecer o Servo de Jeová como as Escrituras nos ensinam. Se desviarmos um pouco sequer das sagradas letras, seremos envolvidos com os pensamentos supersticiosos que a religião mundana apresenta acerca Salvador. Tudo será feito por satanás, para que miremos Cristo conforme aquilo que chama nossa atenção, assim como ele apresenta seus ídolos. Nós não precisamos do mundo para falar de Jesus, pois toda Escritura é uma apresentação Dele. O alvo de Deus é mostrar ao mundo a gloriosa Pessoa Daquele que é o Cordeiro amado.
        O que o Espírito de Deus fez foi mostrar, especialmente nos escritos de Moisés o que precisamos saber; Ele foi enviado do Pai para ser o Cordeiro mudo perante os tosquiadores; veio para ser queimado, como os sacerdotes queimavam o animal puro no Altar de Holocaustos; veio para ser apunhalado ali na cruz, cortado pela faca da ira de Deus, assim como faziam os sacerdotes com um cordeiro apresentado pelos judeus. O mundo se ocupa em apresentar um homem com bela aparência, mas o que isso tem de valor? Os animais puros, sacrificados no altar representavam Cristo, especialmente quando mostravam as partes do corpo cortados e outras partes queimadas. O valor está revelado em suas entranhas, para mostrar quem Ele era, cheio de misericórdia, de amor, de graça, perfeitamente aceito pelo Pai. Quando João apresentou o Senhor aos seus discípulos, ele fez questão que aqueles homens vissem o Senhor como o “cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
        Asseguro que se desviarmos desse Salvador, objeto de desprezo, simplesmente estaremos desviando da suprema verdade que precisamos saber. Bastou um pouco de fermento de orgulho do humanismo, para que a igreja de Corinto se afastasse da verdade da cruz. O Cordeiro, o Salvador, o Servo de Jeová é e será para o mundo completa loucura. O mundo admira aparência, beleza, cultura, fama, prestígio e coisas do gênero mundano, mas ignora e despreza o Salvador. Em nossos dias vejo o quanto tudo está sendo bem preparado pelo diabo, a fim de desviar a atenção de todos da mensagem certa. Não estou mencionando aqui o que mundo pervertido pensa. Satanás quer estragar a mensagem da cruz; quer desviar o povo do foco que é o Calvário. Tudo é feito para cultuar o homem; para enchê-lo de orgulho; tudo é feito para que os crentes fiquem impressionados com cultura e fama dos religiosos.
        Eis aí o começo da derrota dos que são chamados crentes. A mensagem do Salvador tem em vista nos manter no pó, na dependência completa de Deus. Precisamos de luz para andar neste mundo e a única luz vem da cruz. Precisamos conhecer as maravilhas da nossa eleição e nosso destino na glória eterna, mas somente a luz que emana da cruz nos fornece a visão clara desses santos ensinos. Precisamos caminhar em segurança, num mundo onde somos forasteiros e peregrinos, mas somente a cruz fornece a base que precisamos para saber que foi o Salvador que estendeu Sua compaixão por perdidos e errantes como nós.
        Assim, voltemos para o texto, com nossos corações compungidos, envergonhados porque na nossa ignorância, nós mesmos desprezamos o Salvador. A igreja toda estava ali em Adão, perante a cruz, gritando com a multidão para que Ele fosse crucificado. Pedro falou acerca disso no dia de Pentecostes e o resultado foi uma compunção nos corações daqueles homens, trazendo mais de três mil almas ao arrependimento e salvação.

O CLAMOR DOS ELEITOS (11 de 11)



“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA AUSÊNCIA DE SOCORRO.
        Quero finalizar esta série de mensagens, tratando sobre o clamor dos eleitos. Na salvação o evangelho vem brilhar o caminho que o novo homem em Cristo tem pela frente. Enquanto estiver na escuridão, eis que nada o homem pode ver no que tange as coisas eternas; em todos os detalhes o homem no pecado é um cego; a única luz que  brilha perante seus olhos é vinda do pai da mentira, mostrando um mundo melhor, cheio de esperanças e de felicidades. Vemos essa perspectiva na multidão que nos cerca. Em Efésios Paulo trata sobre isso, chamando de “curso deste mundo”. Todos em Adão nasce nesse curso e são levados a acreditar que não há um paraíso melhor do que este sistema projetado por satanás.
        Na salvação tudo muda, pois o evangelho traz a luz do céu; o evangelho é a mensagem que diz: “Haja luz”! Quando isso ocorre o pecado passa a ver o que jamais viu; a lâmpada acesa da Palavra mostra agora o caminho certo, rumo ao destino certo. A visão do homem no pecado é apenas sonho; a visão da graça no homem salvo é a sólida Rocha onde ele pisa e pode andar. O mundo cria fantasias, vaidades e enche a alma de ilusão. O evangelho, entretanto enche a alma da realidade e sobriedade no viver. A luz do mundo é mentira; a luz do evangelho é realidade; o caminho para o céu é via certa, porque nosso Senhor abriu esse caminho para que os santos pudessem andar por ele.
        Quando brilha a luz do evangelho perante os olhos do perdido, eis que ele encontra a liberdade no andar no novo e vivo caminho. Que confiança há neste sistema mundano? Como podemos confiar no homem? Que divindade nos é mostrada neste sistema de vaidades? O mundo nos outorga documento para trilhar com certeza? O mundo apresenta uma divindade que se revelou? Claro que não! Na salvação é totalmente diferente, pois o caminho que o salvo trilha é de certeza, amor, liberdade, justiça, bondade, disciplina e poder da graça. É fácil trilhar o caminho ímpio deste mundo, porque ele é só descida; a multidão sente a facilidade e é apaixonada por essa avenida de sonhos. No caminho que sobe para o céu é difícil caminhar por ele, mas o crente sincero sabe onde obter graça para seguir firmemente rumo ao céu. O que o salvo não recebe nas orações? O que o salvo busca que não encontra na força da graça. Sempre vejo como os salvos em todo lugar clama ao Senhor dizendo: “Sê tu meu guia Cristo, sou medroso para andar sozinho pela escuridão!”
        No caminho largo rumo ao abismo, os homens não veem qualquer perigo. Mas é totalmente diferente o caminho que os salvos andam, porque agora eles veem que satanás se manifestou, aparecendo ele é, um inimigo de Deus e do povo de Deus. Agora os santos têm a espada do Espírito para ser empunhada no combate contra o mal; agora eles podem lutar pela verdade, justiça e santidade; agora eles se lançam na direção do Senhor em busca de força e poder.
        Finalmente, somente a mensagem do evangelho pode satisfazer os eleitos. Quando os homens são despertados para a verdade, é Deus quem está fazendo isso, ninguém mais pode. Só Deus pode fazer  um Saulo de Tarso cair, para ser erguido na graça; Só Deus pode abrir os olhos do cego, para que ele possa confessar perante os homens: “Eu era cego, mas agora vejo!”. A mentira será sempre mentira, mesmo que venha pintada de verdade. Os eleitos percebem a mentira e fogem dela; os eleitos clamam porque querem conhecer o Deus da salvação. É a solene mensagem da cruz que eles anseiam ouvir, porque sabem que Cristo veio buscar e salvar os perdidos!

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O CLAMOR DOS ELEITOS (10 de 11)


                        
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA AUSÊNCIA DE SOCORRO.
        Os eleitos hão de clamar por socorro: “...Esperamos pela luz, e eis que há só trevas...”. A mais terrível condição de cego é quando a alma não consegue enxergar a verdade. Os homens mundanos estão iludidos, porque fundamentam a vida naquilo que os olhos físicos conseguem enxergar aqui. O Senhor Jesus veio dar visão aos cegos e tal verdade chega em sua plenitude na salvação dos perdidos. Uma jovem senhora estava tomada pelas mentiras, porque por vinte anos frequentava uma seita, mas quando pode ouvir a verdade da tão grande redenção pelo sangue, eis que ela pode confessar que por 20 anos vivia como cega. Os homens realmente começam a ver quando a verdade lhes chega ao íntimo. Às vezes a verdade vem em radiante glória. Foi assim com Saulo de Tarso. Mas com outros pode chegar de forma gradativa. Muitos clamam e até mesmo choram porque querem saber da verdade. Até mesmo alguns crentes vão percebendo a glória da verdade brilhar de forma gradativa no viver. Foi isso o que ocorreu com Davi, após ser confrontado por Natã por causa do seu pecado com Bate-Seba: “Eu nasci na iniquidade e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5).
        Também, os eleitos estão à espera da direção certa: “...pelo resplendor, mas andamos em escuridão”. Eis o clamor daqueles que são despertados pelo poder da graça. Logo eles percebem que estão movendo dentro do sepulcro; veem que estão sem qualquer direção. O mundo está em densas trevas espirituais, mas, tais trevas só Deus pode mostrar aos perdidos. Quando a verdade da redenção chega, eis que a verdade chega com clareza e brilha alma. É Deus chegando aos eleitos, a fim de mostrar o amor eterno Dele. Foi assim que Ele se manifestou ao cego de nascença (João 9), porque ao abrir seus olhos físicos, também foram abertos os olhos da alma daquele moço. O texto deixa bem claro que ali estava um homem que queria ver além do véu; que seu interesse estava além desse mundo. Assim que o Senhor Jesus apareceu para ele, imediatamente aquela alma salva se ajoelhou perante o Senhor da glória para adorá-Lo.
        A verdade da cruz é o sublime fato que é entregue aos eleitos. Aos que estão cegos Deus lhes abre os olhos, a fim de que eles vejam, não os horrores das maldições da lei, mas sim o Amado Cordeiro, o qual foi entregue pela nossa redenção. Assim a alma salva pode cantar: “Na redenção firmado estou, meu cativeiro já findou, contente cantarei louvor ao meu glorioso redentor”. Deus revela à alma dos eleitos Seu perdão, purificação e aceitação do pecador em Cristo. Essas novas vêm encher os eleitos da satisfação e felicidade que há em Cristo.
        Meu amigo, é você a alma que agora clama? É você que lá dentro só vê trevas, sem qualquer direção, porque foi surpreendido em saber que estava enganado neste mundo? Eis a mensagem que chega à alma, a mensagem de um Deus compassivo; Ele na eternidade decidiu em Cristo amar um povo,  a fim de salvar esse povo dos seus pecados, por meio do Seu Cordeiro que Ele mesmo o enviou ao mundo. Os eleitos são pessoas achadas por Deus neste mundo. Os eleitos são as almas bem-aventuradas e é nesse desespero que os escolhidos são despertados. Cristo Jesus veio ao mundo lhe buscar, ó amigo! Não é uma notícia maravilhosa e riquíssima? Eis agora o momento tão oportuno para que você seja salvo! Assim, onde você está, confesse ao Senhor seus pecados e creia Nele agora. Ele é fiel e justo para dar o pleno e eterno perdão aos que vão a Ele de todo coração.

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (2)


                        
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
INTRODUÇÃO.
        Preciso permanecer um pouco mais na parte introdutória, porque pretendo mostrar as dinâmicas e poderosas lições que aparecem em Isaías, especialmente a partir do capítulo 40. Em Isaías o Grande Deus apresenta ao mudo em tom profético, a salvação e o Salvador. Deus quer mostrar o propósito Dele ao mundo; quer anunciar a tão grande salvação a todas as famílias da terra, conforme a promessa feita a Abraão. Então, necessitamos de conhecer Sua linguagem e a forma como Deus aparece; como a Pessoa de Jeová fala em nome de Jeová. A salvação é uma obra completa de Deus; veio do Seu braço forte e esse “braço” é o próprio Servo Dele, o Senhor Jesus. O nome “Jesus” significa “o Salvador” e esse termo está oculto nos termos “Salvador” e “Salvação”. Sei o quanto sou incapaz de mostrar com precisar uma divisão clara e cristalina desses capítulos, mas espero poder ajudar meus leitores de forma clara.
        Cap.        42. O Salvador e Sua função. Nesse capítulo vemos como Deus está apresentando Seu Servo ao mundo: “Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho...” Em seguida Ele fala do que Ele há de fazer ao vir ao mundo.
        Cap.        43. O Salvador e a salvação. É um capítulo impressionante, porque o Salvador fala diretamente com Seu povo, usando uma linguagem de consolo, conforto e de eternas bênçãos: “Mas agora, assim diz o Senhor que te criou, ó Jacó, e que te formou, ó Israel...”. Impressionante linguagem que os judeus crentes podiam bem entender. Deus lida com Seu povo ligando-o com Jacó e com Israel. Com Jacó ele mostra Sua ação criadora: “...quem te criou...”. Ele leva Seu povo a entender o que Ele mesmo ensina em Romanos 9, como sendo Ele o grande Oleiro, que fez uns como vasos da Sua ira, enquanto outros Ele fez para serem vasos de misericórdia. Foi exatamente assim que ocorreu com Jacó e Esaú. Mas logo Ele chama Seu povo de Israel, dizendo: “...que te formou, ó Israel!”. Por que isso? Porque o interesse de Deus é pelo “Israel” Dele: “Não que a palavra de Deus haja faltado, porque nem todos os que são de Israel, são de fato Israelitas” (Romanos 9:6). Na linguagem típica de Deus dirigindo-Se ao povo crente de Israel é que O vemos falar com todo Seu povo em todos os tempos, para apresentar o grande e glorioso Salvador.
        Cap.        44    O Salvador e a salvação. Nesse capítulo vemos como Deus se ocupa em exaltar-Se a Si mesmo como soberano Salvador. Para isso Ele mostra a inutilidade da idolatria bem como dos ídolos. Todo serviço idólatra dos homens é lançado no fogo, porque é inútil. Foi sempre essa mensagem que Deus trouxe a Israel em todo decorrer da história desse povo, porque Ele mesmo afirma que não dividirá Sua glória com ninguém. Este mundo está carregado de ídolos e especialmente em dias tão perigosos e perversos como nossos dias.
        Cap.        45    O Salvador tipificado em Ciro, rei da Pérsia. Alguns elementos de Deus, operando livramento do povo de Israel podem tipificar o Salvador. No caso aqui aparece o rei da Pérsia. Deus está mostrando a Israel que o poder é Dele em salvar e que Ele ergue quem Ele quiser para grandes obras de salvação, como ocorreu quando um pagão, de outra nação foi erguido por Ele para enviar o povo de Israel de volta, do cativeiro para Jerusalém.
        Cap.        46-48. A salvação anunciada. Cap. 49        A missão do servo. Cap. 50       O perfil do servo. Cap. 51. A tão grande salvação e sua glória. É uma divisão simples e não completa, mas tem como intuito levar meus leitores ao entendimento das maravilhas vistas no capítulo em pauta, o capítulo 53.

terça-feira, 11 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (1)



“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
INTRODUÇÃO.
Durante o decorrer dos séculos tudo satanás fez e está fazendo muito mais agora, na tentativa de apregoar ao mundo um Jesus diferente. O pai da mentira jamais desfez de suas intenções em manchar a glória do Filho de Deus, especialmente quando trata do Salvador humilde, que tomou a forma humana e veio aqui para ser levado até à cruz e ser morto em lugar dos perdidos. Cristo foi enviado ao mundo como um Cordeiro e isso significa humildade, disposição de sofrer e jamais reivindicar Sua glória e Seus direitos. O lugar do Seu nascimento, sua jornada enquanto aqui esteve, sem qualquer conforto e desprezado pelos homens. Ele veio e ser tornou perfeito homem, mas Sua postura foi de completa entrega ao domínio do Espírito Santo. Ele entrou aqui para ser o segundo Adão, perfeito em todos os aspectos, mas muito mais para ser submisso a Deus em todos os aspectos.
        Nosso Senhor, mesmo sendo Homem, foi intitulado como Filho de Deus. Os discípulos viram essa verdade, presenciaram Sua glória e foram dinâmicos em confessar essa verdade. Até mesmos os demônios confrontaram com essa verdade e sentiram diante deles o horror de encarar o próprio Deus. Como Filho de Deus Ele encarou seriamente a obediência ao Pai e incrivelmente, sendo Homem aprendeu essa arte em perfeita obediência. Mesmo sendo homem, em nada o Senhor mostrou ser por fora ser agradável ao modo como o mundo ver e aprecia os seres humanos. Nosso Senhor não agradou o povo na questão da aparência. Vemos em no texto acima o quanto nosso Senhor não tinha a beleza física que tanto chama a atenção dos homens.        Também, em nada Ele conformou os homens na questão social ou política. Em nada houve Nele qualquer interesse em glórias, famas, mudanças por um mundo melhor. Ele esteve presente junto com Seu povo Israel; pode ver a miséria deles, sem uma nação própria e completamente entregue ao domínio de Roma. O povo O queria como rei, porque viu o quanto Ele seria capaz de resolver seus problemas aqui. Mas Ele ignorou e se afastou. Ele era sim o Rei, mas sem o uso da coroa e do trono. Ele havia deixado Seu trono de glória no céu, despindo-Se de Suas honras, a fim de descer a este lugar de miséria aqui, a fim de ir até à cruz, para ali ser coroado pela multidão com uma coroa feita de espinhos.
        Ele também, em Suas palavras fieis e verdadeiras mostrou ser um fiel Profeta. Jamais Ele falhou em anunciar ao povo o que era a verdade. Foi diferente sim, de um Elias, Daniel, Isaías ou qualquer outro profeta. Suas palavras eram vindas de Sua própria autoridade; era Deus encarnado falando com poder. Sua autoridade divina é mostrada em Suas palavras, as quais revelavam o quanto Ele tinha afinidade com o Pai: “Todo aquele que o Pai me dá...”. Em Sua oração Ele fala com o Pai e revela o quanto sempre existiu em glória com Ele. Ele é esse Salvador completamente diferente das expectativas daquilo que o mundo pensa e espera.
        Minha esperança é que, embasado dessa visão bíblica, possa explicar o texto acima. Desejo edificar os crentes e ver a salvação de muitos que ainda não acharam essa esperança bendita. O Senhor Jesus é o único Salvador, mas a mensagem acerca Dele não poderá ser entendida, a não ser que o Espírito Santo a leve ao coração. Vemos no texto de Isaías 53 que até mesmo os eleitos tinham uma visão errônea a respeito do glorioso Servo de Jeová. Que o Senhor venha desvendar os corações e que muitos fiquem surpreendidos diante da glória desse que é, de fato, a tão grande e perfeita salvação aos perdidos.

O CLAMOR DOS ELEITOS (9)


                                     
“Por isso o juízo está longe de nós, e a justiça não nos alcança. Esperamos pela luz, e eis que há só trevas, esperamos pela claridade, mas andamos na escuridão” (Isaías 59:9-11)
O CLAMOR PELA AUSÊNCIA DE SOCORRO.
        Os eleitos clamam à espera da verdade; suas almas gritam pela verdadeira luz, pois ainda estão em trevas, sem qualquer discernimento. Um missionário conheceu uma tribo na Venezuela, e após anos de aceitação e conhecimento de costumes e língua, ele percebeu que aquele povo vivia anos esperando alguém para falar-lhes a verdade. Notamos isso na vida de Raabe, pois por longos anos aquele mulher esperou consciente de que Deus enviaria alguém para que ela pudesse falar da sua confiança no Deus de Israel e de que ela era uma convertida (Josué 2). Deus preparou o caminho para a chegada até aqueles que clamam pela Sua salvação. Deus mesmo envia Seus emissários para alcançar os perdidos em lugares longínquos.
        Os eleitos sentem a alegria pela chegada da luz; eles reconhecem os que são realmente enviados do céu. Os eleitos percebem quem são os enviados da mentira. Quando Paulo e Silas chegaram a Tessalônica, logo os eleitos foram se convertendo, deixando os seus ídolos, para servir ao Deus vivo e verdadeiro (1 Tessalonicenses 1:9 e 10). Como os homens pregarão a verdade, se não forem enviados? Os falsos mensageiros só trarão maior confusão, pois não levarão a luz aos que estão em trevas. Às vezes o custo é alto para muitos mensageiros do Senhor; alguns chegam para preparar o caminho para a vinda de outros; alguns santos de Deus têm suas vidas sacrificadas, mas o sangue deles serve de tapete vermelho, para a chegada de outros, trazendo grande avivamento. Alguns chegam e, ao acender a lâmpada da verdade, causam grande ira da parte das trevas. O sangue de Estêvão foi derramado; Paulo quase morreu apedrejado e outros enfrentaram prisões, espancamentos e morte, mas o fato é que a verdade prevaleceu e a luz expulsou as trevas.
        Às vezes os mensageiros do Senhor não compreendem o que está acontecendo. Muitos como Elias ficam desanimados em face da reação do povo, porque não há conversões. Mas como o trabalho é do Senhor, muitos frutos não são vistos pelos homens, mas sim por Deus, porque este sabe como separar 7 mil que não se curvam perante baal. Às vezes a realidade da escuridão e do pecado vem com oração e jejum. Muitos cegos não percebem seu estado de cegueira enquanto o Senhor não vem abrir seus olhos (João 9). Às vezes o avivamento tem um alto custo, com muito tempo de luta, jejuns, oração, intercessão e súplica por parte dos fieis. Satanás não se afasta facilmente.
        Nem sempre a luz vem com uma mensagem pregada. Quando o mundo está impregnado de mentiras, essa falsa luz do diabo só é desfeita com persistência e definida posição dos servos do Senhor. Não pode haver timidez no santo encargo de pregar o evangelho. Aquele que desanima facilmente não serve para enfrentar o horroroso exército inimigo. Faraó não há de soltar os escravos dele, a não ser que Deus entre para lidar com esse tirano. Às vezes leva muito tempo, mas é Deus agindo, para que a vitória seja manifestadamente Dele e não dos homens. Qualquer tentativa de nossa parte resultará em confusão e fracasso. Satanás ri de nossos intentos e zomba de nossas invenções. Ele só foge quando o Senhor entra para expulsá-lo.
        Os eleitos continuam a clamar e enquanto a porta da graça estiver aberta, nós que fomos arrancados das trevas, devemos invadir o território de satanás. Fazemos isso com oração, com bom testemunho; outros entrar com a  pregação e por aqueles que Deus abriu a boca para que eles preguem, necessário é que ajuntemos em oração, para que eles sejam destemidos e corajosos na entrega da verdade.

segunda-feira, 10 de junho de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (12 de 12)



“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
O CAMINHO FÁCIL PARA A MENSAGEM DO FALSO MESTRE: “Não mandei...”
        Entro agora na parte final desta mensagem para mostrar o quanto os falsos mestres aproveitam os períodos de aparente liberdade dada por Deus. Em época de esfriamento na fé, quando há ausência de abundantes chuvas espirituais, eis aí o tempo oportuno para as manifestações vorazes de elementos perigosos. Quando a nação de Israel se achava endurecida no coração, então os falsos profetas apareciam com suas mensagens tão atraentes e ainda mais enganadoras. Eles são instrumentos da ira de Deus, derramadas sobre um povo. Em nossos dias presenciamos o grande número de elementos, agentes de satanás; eles aproveitam as falsificações religiosas e a disposição do povo em acreditar nas crendices e superstições; eles são resultados do afastamento do evangelho bendito, o qual deveria estar sendo pregado nos púlpitos e são eles também o efeito da ausência de homens e mulheres realmente crentes.
        O texto acima nos ensina que aos falsos profetas ou falsos mestres o Senhor não lhes entregou a Palavra da verdade: “...não lhes falei...”. Ouvir um falso mestre é dar ouvidos à voz pervertida e astuciosa do malicioso pai da mentira. As belas palavras enunciadas por eles são carregadas de venenos, ciladas mortais e fazem do caminho largo uma via que parece transportar os homens ao céu. Os falsos mestres são especialistas em falar de Deus; com muita habilidade eles costumam usar a bíblia, falando de textos bem preparados como iscas para atrair os desejos dos homens. As mentiras deles não aparecem como mentiras. Ela vêm pintadas com belas cores da verdade, de tal maneira que ninguém percebe o que está por detrás dessas mensagens.
        Normalmente as palavras dos falsos mestres são doces, suaves e bem agradáveis aos ouvidos. As palavras dos servos do Senhor são as palavras de Deus. É claro que Deus usa personalidades diferentes, mas todos eles falam o que Deus manda falar. O amor de Deus através dos Seus mensageiros é mostrado em bondade e fidelidade. Os falsos mestres escondem bem suas reais intenções. Eles furtam as palavras de Deus; elas são tomadas com propósitos não vistos pelas multidões. Eles tomam a palavra de Deus, tirando a glória do Deus vivo e implantando nelas a glória deles mesmos. Por essa razão os seus fieis veem esses homens como pessoas enviadas por Deus. Suas mensagens resultam em emoções sem raciocínios; em decisões sem base, em superstições e não o firme fundamento de uma fé que sabe o que crê.
        É normal vê nos ouvintes e seguidores dos falsos mestres, pessoas zelosas, mas o zelo deles é sem qualquer discernimento. Eles ficam empolgados, dominados e fascinados por eles. Quando os servos do Senhor pregam, os ouvintes são pessoas que pensam e agem conforme o que Deus diz. Eles têm o temor do Senhor e seguem ao Senhor. Os fieis seguidores da Palavra de Deus reconhecem que os servos do Senhor são homens falíveis, usados por Deus. A mensagem dos servos do Senhor são dirigidas ao povo certo: “Meu povo e eles transmitem a mensagem de arrependimento, tendo a intenção de que eles se arrependam e deixem o mau caminho: “voltar do seu mau caminho”.
        Meu sincero desejo é que os leitores crentes ganhem discernimento. Já vi muitos crentes sinceros voltados aos falsos mestres. Quando isso ocorre, normalmente os crentes abandonam a verdade e se tornam tipos “super espirituais”. Que o Senhor nos livre desses elementos perversos e que nós voltemos de coração para a palavra fiel que nos foi entregue e que é pregada por homens fieis.
       
                                                                                                                                                                                             ;

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A MENSAGEM DO FALSO MESTRE (11)


                 
“Assim diz o Senhor dos Exércitos: Não deem ouvidos às palavras dos profetas que profetizam entre vós e que vos enchem de falsas esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: “O Senhor disse: Vós tereis paz; e a todos os que andam segundo a dureza do seu coração dizem: Nenhum mal lhes sobrevirá” (JEREMIAS 23:16-22).
O LUGAR DA VERDADEIRA MENSAGEM: “Porque quem esteve no conselho do Senhor...”
        No texto vemos o perfil da mensagem que é entregue aos que Deus envia, no caso vemos Jeremias e outros profetas de então. Notemos pois que a mensagem dos verdadeiros servos do Senhor contém uma justa punição de Deus: “Eis a tempestade do Senhor!”...”. Naqueles aumentou o número de falsos profetas e já pude mostrar o quanto a mensagem que eles tinham eram vinda deles mesmos; eram mensagens que o povo queria ouvir, cheias de adulações e promessas derivadas dos corações daqueles homens mentirosos. Os falsos profetas (ou falsos mestres) são permitidos por Deus, a fim de causar ainda mais endurecimento nos corações dos homens. Eles representam perigo e não bênção, como muitos pensam. Na mensagem pregada pelos servos do Senhor vemos que são homens sérios, comprometidos em avisar ao povo acerca dos juízos de Deus, como o texto acima nos mostra.
        É bom que saibamos que não significa que os mensageiros de Deus vão sempre pregar sobre o inferno, ou sobre a ira de Deus. Tudo depende de como está a situação religiosa no momento. Os tempos de afastamento da verdade, como estes que presenciamos, necessitam que urgentes mensagens as quais tratam dos justos juízos de Deus contra um povo rebelde e religiosamente iludidos sejam pregadas. Era necessário que os profetas pregassem sobre a vingança do Senhor: “...o furor saiu...”. Os falsos profetas anunciavam que tudo estava bem; que o povo que fora levado cativo retornaria em pouco tempo. Eles eram homens perigosos, aparentemente fieis e honestos, mas eram cheios de ardilosas malícias. Os profetas do Senhor eram como trovões e relâmpagos; eles enfrentavam a resistência e hostilidade da população; corações endurecidos e embrutecidos queriam mata-los.
        Os falsos mestres modernos são irmãos dos falsos profetas; são parentes no sangue e na alma. A meta é a mesma, manter os homens iludidos; pregar de um Deus de amor, que ama todo mundo e que entende a situação de todos. O falso mestre parece ser alguém cheio de amor, mas por detrás ele tem planos perversos. Por fora eles falam de amor, de bondade e outros itens tão aceitos pelos homens, mas por dentro ninguém percebe que eles estão saqueando seus fieis e mantendo-os aprisionados em torno deles.
        Os servos enviados por Deus para a pregação da verdade proclamam que virá o terror de Deus e que cairá inevitavelmente sobre a cabeça dos rebeldes, de forma inesperada: “...um redemoinho...”. Enquanto o castigo não chega, os homens se sentem bem; eles não veem qualquer sinal de punição à vista; nenhuma nuvem ameaçadora paira no céu. Em Sodoma e Gomorra, antes da chegada do juízo, o céu estava limpo e não havia qualquer sinal de chuva. Foi assim que as milhares de pessoas pervertidas foram pegas no redemoinho da ira e furor do todo-poderoso (Gênesis 19).
        Ora, milhares de servos da mentira estão espalhados por todo Brasil, e milhares têm seus corações conquistados por eles. As multidões iludidas por tais elementos normalmente os veneram e aceitam tudo o que eles falam. Isso é sinal de que Deus já endureceu o coração de muitos. Louvamos ao Senhor porque ainda há muitos servos fieis, os quais não têm medo de pregar o que Deus manda pregar. A presença dos servos do Senhor pode ser sinal de ainda a misericórdia de Deus pode entrar em ação em nosso meio.