sexta-feira, 28 de junho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (7)


                              
“”Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO SOCIAL.         Verso 3
        Conheçamos nosso Salvador, somente assim poderemos escapar das pervertidas investidas de satanás neste, a fim de apresentar a todos o Seu Cristo. O que vemos no texto são os argumentos que comprovam que Ele em nada é igual àquilo tão apresentável e aceitável neste mundo. No texto vemos que Ele foi “Desprezado e rejeitado”. Hoje veremos a experiência do Senhor num corpo que carregava os efeitos do pecado do Seu povo. Nosso Senhor tinha uma natureza santa num corpo mortal. Ali estava Aquele que jamais conheceu o pecado, mas que bebia aqui o cálice amargo que Seu povo teria de beber; aquele que em nada tinha culpa, mas que carregava em Seu corpo as culpas do Seu povo.
        Nosso Senhor tinha uma natureza santa num corpo tomado pelos poderes da morte. Ele tinha sede, fome e tudo isso Ele experimentou. Ele sentia dores e todas as angústias que uma alma aqui sente, porque veio enfrentar os horrores enfrentados pelo Seu povo aqui. Ele simplesmente se atirou aqui para a aventura do aprendizado, mas tomou o Pai para lhe ensinar e submeteu-Se a Ele, sendo um Filho obediente. Assim Ele aprendeu obediência naquilo que sofreu. Ele não aprendeu obediência porque errou, mas sim porque sofreu. Deixou ser marcado pelo sofrimento em função de Sua submissão e obediência ao Pai e não porque foi um rebelde arrependido. Os crentes aprendem obediência, porque antes foram rebeldes; sofrem aqui porque foram culpados na queda e lutam por santidade devido ao fato que carregam uma natureza pecaminosa. Mas não é o caso do Senhor, porquanto não era culpado do pecado e tudo o que aqui fez foi para mostrar Sua real submissão ao Pai, a fim de ser Ele mesmo o perfeito Cordeiro que seria ali na cruz imolado pelo Pai, para tornar assim o Substituto do Seu povo.
        Notemos mais acerca desse Salvador que foi objeto de desprezo. Ele não foi um mártir, mas sim o Salvador. Um mártir é visto pelo mundo como um herói, para ter sua memória gravada na história. Nosso Senhor veio sofrer no meio de uma sociedade corrompida: “Como um de quem os homens escondem o rosto...”. O mundo admira e promove aquilo que vem do mundo; o mundo cria uma imagem supersticiosa acerca de alguns heróis, especialmente quando eles promovem algum bem que interessa ao mundo. O mundo exalta os homens, porque os homens beneficiam o mundo em algum aspecto. Mas não é o caso do Salvador que foi objeto de desprezo. Não somente tinha Ele uma aparência desagradável, como também Seus atos aqui não tinham em vista melhorar o mundo. Os heróis mundanos se erguem para lutar contra determinados políticos, ou contra injustiças sociais e alguns dão suas próprias vidas. Mas o Salvador vindo do céu em tudo marcou Sua vida e obras com aquilo que trouxe dos princípios eternos. Tudo Ele fazia movido por compaixão de um Deus compassivo; Ele via as almas como ovelhas sem pastor, levadas pelo redemoinho deste mundo, dominadas pelos poderes das trevas e que caminhavam para a destruição.
        Os homens escondiam o rosto Dele, não por causa da aparência, mas porque odiavam Sua vida santa e viam que Suas obras tinham contato com o céu. Seu viver foi marcado pela verdade e nesse caminhar sempre mostrou o quanto odiava a iniquidade, mas amava a justiça. Os homens sempre odeiam o Senhor e vão odiá-Lo até mesmo no inferno. Somente os salvos, porque foram humilhados e trazidos à verdade podem amar o Salvador, objeto de desprezo e provam isso vivendo em santidade para a glória e louvor Dele.

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