segunda-feira, 1 de julho de 2019

O SALVADOR, OBJETO DE DESPREZO (8)



“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos”. (SAÍAS 53:2)
DESPREZO NA APRESENTAÇÃO SOCIAL.         Verso 3
        Não podemos avaliar o sofrimento do nosso Salvador, porquanto, aquele que jamais conheceu pecado estava habitando de uma sociedade corrompida: “Como um de quem os homens escondem o rosto, era...”. O mundo aceita o mundo com seus costumes. O mundo não pode tolerar estranhos em seu ambiente. Os mundanos se adaptam às diferenças, eles riem, zombam, desprezam, mas cada um é aceito dentro dos parâmetros desse ambiente caído. Mas não foi assim no caso do Salvador, porque Ele foi objeto de desprezo. O mundo pode pegar um sofredor ou qualquer que seja digno de dó, a fim de tornar num objeto de idolatria e superstição. O que o mundo produz pode bem servir para os objetivos religiosos e idólatras dos homens. Não fizeram assim com Chico Xavier e outros?
        Nosso Senhor foi o único homem estranho, jamais visto pelo mundo, porque Ele foi único que não nasceu em Adão. Seu título de “Filho do homem” tinha como motivo mostrar Sua humilhação e identificação com o povo caído. Mas Ele, intrinsecamente era diferente em tudo. Sua condição física não foi como a nossa. Nós sofremos em nossos corpos aquilo que nós mesmos semeamos na queda e não há ninguém aqui que possa sentir diferente, mesmo tendo um belo corpo, ou tendo todos os recursos para viver mais comodamente aqui. Os efeitos do pecado estão aí para mostrar que todos têm o mesmo pai e mãe e que todos vieram da mesma queda: “Assim como por UM SÓ HOMEM...” (Romanos 5:12). Tal verdade, entretanto não se aplica ao nosso Senhor, por essa razão Seus traços de glória inerentes revelavam que Ele veio de Deus, que Sua origem é do Pai e não da terra. Ele mesmo repete essa verdade no livro de João.
        Nosso Senhor era o Homem da verdade. Por mais que tentemos ser diferentes, nós somos da mentira. Se houver alguns traços da verdade em nossa maneira de viver, logo esses traços serão tragados pela mentira. Não há um ser humano que consiga segurar a verdade por muito tempo. Nosso Senhor trilhava o caminho da verdade; seus passos seguiam o rumo da obediência a Deus e isso significa que anda o curso contrário aos princípios deste mundo; que Ele era uma completa oposição aos planos do diabo. O mundo segue com prazer o curso deste mundo (Efésios 2:2); os homens vão do nascimento até à morte, sem perceberem que estão indo para o abismo. Nosso Senhor não era cego, Sua visão era a realidade da cruz, Seus planos foram perfeitamente traçados na eternidade e enquanto a multidão descia, eis que Ele subia.
        As palavras do Senhor também mostravam verdade. Nunca houve um instante sequer que o Senhor falou qualquer mentira; jamais qualquer coisa que lisonjeasse os homens; jamais houve malícias e maldades em seus discursos. Os discursos Dele eram talhados de toda verdade, mas não eram meras verdades aceitas pelo mundo. Ele estava engajado na verdade eterna; Suas palavras brilhavam a luz do céu. Por essa razão suas palavras vinham como espada, ferindo o orgulho dos homens e revelando todas corrupções dos seus corações. Foi por essa razão que tentaram matar-lhe antes da cruz.
        Não é essa a verdade acerca do Salvador? O mundo mudou sua atitude em relação a Ele? Não! O mundo é o mesmo e prova o quanto o Salvador ainda é objeto do seu desprezo. O mundo idolatra a história da morte de Jesus, porque quer vê-Lo morto, mas não pode tolerar o fato que Ele ressuscitou e que aparece agora no modo de viver santo e justo do povo de Deus. O Salvador continua sendo objeto do desprezo do homem natural, mostrando isso na forma como atacam os santos de Deus.

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