terça-feira, 2 de julho de 2019

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (5)


“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
O PREPARO DO GRANDE CONQUISTADOR (verso 17)
        É impressionante a visão que temos em Isaías 59 acerca da condição dos eleitos. Creio que é de grande valor para nós, a fim de que vejamos que não há condição no homem para chegar a Deus por si mesmo. Os eleitos percebem sua condição, mas não têm resposta neles mesmos, por isso, em suas almas eles clamam. Notemos bem que quem vê a situação dos perdidos é o próprio Deus: “...o Senhor viu e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (verso 17). Precisamos lidar com essa verdade, pois não temos poder para ver a miséria dos perdidos. Assim entramos nessa bendita jornada, vendo o trabalho do grande conquistador.
        O que Ele faz? Ele toma os instrumentos de defesa: “A couraça da justiça”. Notemos bem que nosso Senhor é visto aqui como um soldado que irá para a guerra e suas armas aparecem bem definidas. Não é uma passagem paralela à de Efésios 6, onde os crentes são chamados a batalhar contra o reino das trevas. Aqui nosso Senhor entra sozinho na peleja a fim de implantar Sua justiça perfeita, a fim de justificar os eleitos. Ele é a própria justiça de Deus e é chamado de o Justo. Nosso Senhor entrou no campo da injustiça; nosso Senhor entrou num território da maldade, perversidade e de todas as atrocidades das trevas. Ele veio ao mundo imbuído dessa couraça santa, por isso enfrentou tudo aqui, para desfazer a injustiça com Sua morte. Notemos bem que o Senhor examina a situação dos eleitos e mostra que não há outro para socorrer os aflitos; não há braço forte como o Dele; não há alguém para implantar justiça nos corações, por isso Ele expõe Seu braço forte, capaz de trazer salvação.
        É importante frisar que nosso Senhor tem uma visão humana; antes de Sua encarnação Ele contempla a aflição dos eleitos e se dispõe a vir; Ele vê que nada existe aqui no mundo que possa ser tomado para servir nessa gigantesca obra de salvação. Toda armadura é Dele; todos os elementos perfeitos vêm Dele e, além disso, ao entrar nesse território minado de maldade e de terríveis adversários, Ele mesmo haveria de enfrentar tudo, por amor ao Seu povo. Ao entrar munido da perfeita justiça, nosso Senhor teria de enfrentar as hostes da injustiça. A Justiça perfeita é um peso de terror para satanás e seu reino de trevas; a justiça perfeita é a bomba que poderosamente destrói essa organização de maldade existente aqui neste mundo.
        O grande conquistador dos eleitos é chamado de o Justo; toda sua vida seria a perfeita justiça em ação, no viver, no falar e em toda obra que seria feita. A meta era trazer justiça e justificados os injustos. Sem justiça a ira de Deus não seria apaziguada; sem justiça a lei perfeita de Deus não seria cumprida; sem justiça, o Justo Juiz mostraria Sua competência em fuzilar os culpados com Sua ira santa e pura; sem a justiça o reino de trevas não seria destruído e a terra que foi roubada não seria tomada; sem a justiça não haveria qualquer base para o pleno e completo triunfo do Senhor manifestado na vida dos eleitos.
        Digo mais, que sem a perfeita justiça não há paz. Como os crentes poderiam viver aqui? Como encarariam a face de Deus? Como poderiam andar tranquilos e firmes, rumo ao céu? Como poderiam os salvos cantar: “Na redenção firmado estou, meu cativeiro já findou?” O grande conquistador dos eleitos se apresentou sozinho e sozinho foi à rude cruz. Sozinho enfrentou as aterrorizantes hostes de inimigos; sozinho apresentou com a couraça da justiça. Davi tomou a espada de Golias para destruí-lo de uma vez. Os santos tomam os mesmos instrumentos do Senhor, a fim de enfrentar a jornadas dos vencedores e assim seguem sendo triunfantes no caminho que o Senhor veio e abriu para eles

Nenhum comentário: