quarta-feira, 3 de julho de 2019

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (6)


                     
“Sim, a verdade desfalece, e quem se desvia do mal arrisca-se a ser despojado; e o Senhor viu, e pareceu mal aos seus olhos que não houvesse justiça” (Isaías 59:15-18)
O PREPARO DO GRANDE CONQUISTADOR (verso 17)
        Já pude mostrar que todo ataque do pecado neste mundo é mobilizado contra a justiça e isso ocorre com os homens e com os anjos caídos. Não há como esperar que este sistema manchado pelo pecado possa mostrar justiça. Se o mundo é um lugar assim, é de se esperar que não teremos meios de libertar pecadores aqui. O pecado não produziu liberdade, amor, paz e felicidade; se presenciar essas coisas aqui, elas não passam de aparências. O grande conquistador dos eleitos amou a justiça e tem Ele o nome de JUSTO. Quem trata o Senhor assim é Deus o Pai, porque é Ele a provisão perfeita; é Ele o único capaz de ser sacrificado em favor do Seu povo eleito e aceitável perfeitamente pelo Pai.
        Quando Ele tomou a “couraça da justiça” foi porque em tudo foi atacado pelas setas inimigas, e essas setas eram derrotadas por serem rechaçadas pela couraça de uma justiça inerente. Quando os crentes usam a couraça da justiça na luta contra o mal é porque eles podem ser derrotados e vencidos. Mas não é o caso do grande Conquistador dos eleitos. As setas que o atingiram flecharam Seu frágil corpo; elas foram nossas enfermidades e chagas que debilitaram nosso Senhor. Em tudo Ele foi atacado pelos inimigos, na tentativa de descobrir injustiça Nele; em tudo mostrou ser completamente e perfeitamente puro.
        A morte Dele foi nossa morte e mesmo assim a decisão de render o espírito foi Dele: “E rendeu o espírito”. Aquele que não conheceu pecado, jamais conheceu o salário do pecado – a morte. Por mais que ela o cercou e que parecia ser dominado pelas poderosas mandíbulas, ela estava lidando com o Autor da vida. Pobres seres humanos quando são tomados pelo pavor da morte, para serem lançados às goelas do inferno. Mas quão louca foi a morte, pois ela foi dominada e nosso Senhor foi até às portas do inferno, a fim de fechá-las definitivamente, a fim de Sua igreja jamais caísse lá.
        Outra lição que emerge dessa verdade é que os santos foram revestidos da justiça perfeita Dele, por isso todos eles são plena e perfeitamente aceitáveis perante Deus. Nada desabona os santos perante Deus, pois estão livres de qualquer culpa e de qualquer acusação que os inimigos venham a lançar contra eles. Essa justiça perfeita nós só entendemos pela fé, porque ainda estamos aqui, carregando um corpo e uma natureza carnal, ainda entregues ao pecado. Os santos de Deus só podem se humilhar quando compreendem as coisas do ponto de vista da redenção, pois foram aceitos nessa justiça. Também, os santos usam essa perfeita justiça na luta atroz contra as trevas. Notemos bem que os crentes não usam a justiça deles, porque elas de nada valem. Eles se apoderam dessa santa couraça que lhes foi dada, para essa batalha contra o mal.
        Assim sendo, a igreja forma uma perfeita cidade que foi fundada no alto monte. Estamos no mundo e não somos daqui, por essa razão o mundo tem terrível ódio contra os santos de Deus. O mundo vê Jesus na justiça dos crentes; o mundo vê coisas inadmissíveis ao mundo num povo resoluto na fé, livres na alma e que caminha com certeza para a cidade celestial. Não é isso algo absolutamente inaceitável a este mundo pecaminoso?
        O grande conquistador dos eleitos ainda está conquistando os eleitos. Tudo Ele fez na cruz de forma perfeita e nada ficou para ser realizado posteriormente. Que horror para satanás, porque ele há de perder milhões em seu império de trevas! O Senhor, o grande conquistador dos eleitos, ainda está chamando pecadores das trevas para Sua maravilhosa luz; ainda Ele tem e está enviando Seus porta-vozes pelo mundo, a fim de reunir seus eleitos dos quatro cantos da terra.

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