sexta-feira, 19 de julho de 2019

“UMA DESAFIADORA PERGUNTA” (6)



“Quem pode dizer: Purifiquei meu coração; limpo estou do meu pecado?” (Provérbios 20:9)
A PERGUNTA DEVERIA CAUSAR UM IMPACTO DE DESAFIO AO PECADOR.
        Tenho feito essa pergunta a muitas pessoas e percebo que elas não têm resposta. Qual a razão? Não há como obter um coração purificado do pecado neste mundo; todos nós estamos conscientes de nossa miséria e da escravidão do pecado. Todos nós estamos conscientes da poderosa morte que nos cerca e que a qualquer momento seremos arrebatados deste mundo para entrarmos no lugar eterno. Nossas consciências nos acusam de sermos culpados perante Deus. E mesmo que dissermos que temos nossos corações purificados; que com nossos meios conseguimos realizar esse inaudito ato, ainda assim estamos conscientes de que a todo instante somos massacrados pelo pecado. Isso significa que precisaremos desse meio de purificação todos os dias, até nossa morte.
        Outro detalhe é que não sabemos o momento de nossa partida deste mundo; não sabemos se será hoje ou amanhã que iremos deixar esta vida para enfrentarmos o juízo e o Juiz. Pode bem ser que agora eu me sinta purificado, mas o que será daqui a um dia, ou um mês? Não é verdade que pecamos no uso de nossos lábios? Não é verdade que nossos caminhos tortuosos mostram o quanto nossos pés estão sujos e nossas mãos contaminadas? Não é verdade que minha mente e emoções se divertem com pecados ocultos que tanto amamos? Assim, a pergunta de Provérbios deve causar um grande despertamento em nossas vidas. Como somos frágeis aqui! Ora, a Bíblia mostra nossa origem, que vimos de um pai que pecou e que estávamos nele no Éden naquela cruel decisão. Provamos isso em nosso modo de viver. O que recebemos de nossos pais? Poder para salvar a nós mesmos? Claro que não! Recebemos uma natureza que nos habilita a servir a Deus, caminhar para o céu e trilhar o caminho de santidade? Claro que não!
        Recebemos a inteira disposição para pecar e depois ser sacado pela morte. Além disso, o que faremos aqui? Deixamos um legado de bênçãos? Claro que não! Deixamos filhos nascidos segundo nossa imagem pecaminosa. O que parece ser motivo de festa para nós é causa de tristeza no céu e motivo de expectativa para o inferno. A purificação dos nossos pecados é o único meio para que sejamos livres da escravidão aqui e da condenação do inferno. Se eu posso me purificar e livrar a mim mesmo da penalidade eterna, significa que tenho comigo o meio que todos os homens potencialmente possuem, porque não sou diferente deles. Se eu estiver me sentindo seguro nisso, significa que sou eu mesmo meu próprio advogado e que tenho poder de julgar a mim mesmo, para trazer o livramento. Noutras palavras, estou declarando que tenho comigo o poder de perdoar, justificar e libertar a mim mesmo. Estou afirmando que eu mesmo estou livre do inferno e que eu mesmo abri as portas do céu para meu acesso lá.
        Além disso, nessa vã confiança estou dizendo que não preciso de Deus; que Ele me elogia e declara que achei o meio de salvação por meu próprio braço. Digo mais que estarei afirmando que toda obra feita pelo Filho de Deus ali na cruz foi vã; que eu não precisei Desse Salvador. Estarei afirmando que “meu próprio braço me trouxe a salvação”. Assim sendo, no íntimo estarei rasgando as Escrituras e xingarei a Deus de mentiroso, porque as afirmações Dele a meu respeito não passam de mentiras. Também, do mesmo modo que eu mesmo consegui a salvação poderei também viver como eu bem quiser.
        No íntimo é isso o que ocorre no coração do soberbo. Milhares andam assim e se orgulham desse estilo de vida. Mas, quão perigosa é essa jornada! Acorde meu amigo, porque ciladas mortais estão preparadas ao longo do caminho de sua vida, caso não arrependa e converta a Cristo!

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