sexta-feira, 27 de abril de 2018

O ALTO CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (15)



“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:25-27)
A VERDADEIRA DECISÃO AFETA MEU CONCEITO DE LIBERDADE: “E qualquer que não tomar a sua cruz...”.
        Estou chegando à parte final desta mensagem e minha esperança é que meus leitores tenham imenso prazer em ver o verdadeiro significado de seguir a Cristo e que isso não é algo natural, mas sim o poder da graça atuando em nossos corações e nos fazendo apto e disposto para isso. Agora veremos o quanto essa decisão afeta meu conceito de liberdade: “...e qualquer que não tomar a sua cruz...”. Impressionante! Por que temos que tomar a cruz, se nosso Senhor já a carregou por nós? É claro que nosso Senhor não está tratando de carregar a cruz para finalidade expiatória, porquanto seu sacrifício foi perfeito e sua obra de salvação já foi plenamente consumada ali. Sendo assim temos que encarar a linguagem do Senhor como sendo uma figura de linguagem para que entendamos o que cada crente sincero passa aqui neste mundo.
        Claro que nosso Senhor está usando palavras aqui que todos os seus ouvintes entendiam. Para nós é difícil de entender, mas uma investigação bíblica e histórica será suficiente para nossa compreensão e aplicação. A crucificação era a punição para os piores elementos da sociedade, pessoas que praticaram crimes terríveis. Vemos isso no fato que Jesus foi crucificado entre dois salteadores e que o Senhor ocupou o lugar do criminoso Barrabás. Então, a crucificação seria como um enforcamento, cadeira elétrica ou fuzilamento, como acontece em muitos países. Porém, a crucificação era extremamente pior do que a punição com morte imediata.
        Na crucificação havia um processo de vergonha, além da dor excruciante, pois o culpado era visto e ultrajado por toda sociedade; normalmente ele passava carregando sua pesada cruz na qual seria exposto, preparando tudo em terrível canseira, dores devido as chibatadas, sede e completa fraqueza. Na crucificação não era preparada uma refeição especial, como acontece com condenados que vão enfrentar a morte por injeção letal nos EUA. Na crucificação ele era cercado pela zombaria, desprezo e desdém; era tirada sua roupa e sua nudez era motivo de escárnio. Todo seu sofrimento era externo, além de interno; não era algo que ocorria sem a participação da sociedade; todos eram convidados a participar e nada era feita na obscuridade.
        A razão impressionante que nosso Senhor usou essa figura de linguagem foi para mostrar que da mesma forma que o mundo trata com ódio e ferocidade os crimes aqui, também pode atacar com maior intensidade aos que seguem a Cristo. Nós podemos entender isso naquilo que ocorreu com o Senhor. Quem foi Ele, sua perfeita justiça, sua bondade, suas obras de amor, suas palavras e seus ensinos verdadeiros. Em nada o Senhor provou ter praticado qualquer pecado, quer grande, quer pequeno. Mas mesmo assim nosso Senhor recebeu o castigo que somente os piores elementos da sociedade recebiam. Mais do que isso, o mundo que parece ser tão justo pode trocar, preferindo um criminoso vivo e um justo morto.
        Não fizeram isso com o Senhor? O povo agiu na ignorância? Claro que não! Eles viram os atos do Senhor, receberam benefícios incríveis, foram ensinados na palavra da verdade, mas mesmo assim foram persuadidos a buscar sua crucificação. O Senhor sempre advertiu seus discípulos de que ele enfrentaria essa jornada; que ele seria ultrajado e crucificado. Nosso Senhor não buscou outro tipo de morte, ele não recuou, mas enfrentou e passou para nós o fato que essa cruz também teremos que encarar, caso queiramos segui-lo.

quinta-feira, 26 de abril de 2018

O ALTO CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (14)



“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:25-27)
A VERDADEIRA DECISÃO AFETA A VIDA NATURAL “... e ainda a sua própria vida...”.
        Tenho algo mais para falar sobre o fato que a verdadeira decisão afeta a vida particular, natural. Creio que todos os sinceros crentes sabem que sua conversão a Cristo não foi decisão deles, mas que houve uma chamada da graça que lhes atraiu a Cristo. Acredito que muitos estão enganados com sua decisão, porque pensam que há na natureza humana uma vontade inerente para aceitar Jesus. É claro que muitos aceitam a decisão de seguir a Cristo por causa de seus favores, assim como a multidão queria ver seus milagres. Muitos querem Jesus até mesmo pelo interesse que têm de entrar no paraíso celestial aqui. Mas a verdade que milhares não sabem, nem avaliaram o alto custo de segui-Lo aqui.
        Creio que o próprio ato do arrependimento e conversão é aborrecer a própria vida. Afinal, quem quer isso? O pecado é um romance contínuo no coração e sempre os homens estão interessados em retornar aos seus atos, assim como leões querem carne. A conversão é ato de Deus: “Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer” (João 6:44). Quando homens e mulheres se convertem a Cristo de todo coração o que aconteceu foi que a vontade Deus imperou ali e ordenou essa obra graciosa. Tem que ser assim, caso contrário não tem como ir a Cristo. Seguir o Senhor leva o homem a aborrecer a sua própria vida e isso os verdadeiros crentes sempre demonstraram e demonstram no dia a dia. Segui a Cristo significa que houve um rompimento com o pecado e com o mundo; significa que aquilo que tanto amava, não ama mais e que a força de atração do crente é o gracioso Senhor: “Eu sou do meu amado e o meu amado é meu”.
        Também posso afirmar que caminhar pelo caminho estreito é aborrecer sua própria vida. Naturalmente os homens consideram loucura trilhar as veredas santas, como fazem os genuínos crentes. Caminhar para o céu custa luta contra inimigos invisíveis, contra este mundo, contra a natureza carnal, sempre oposta às coisas de Deus. Realmente, caminhar para o céu é remar contra a correnteza; é entrar numa batalha contínua contra inimigos invisíveis. Notemos os não crentes, porque eles preferem o caminho oposto. Descer rumo ao abismo é fácil e agradável, mas isso não ocorre com aqueles que foram salvos. Também, a vida cristã não é algo emocional, mas sim racional, porque prevalece o pensar, estudar, analisar tudo à luz da Bíblia. Os santos são exortados a serem sóbrios, porque devem encarar a vida cristã como é e que não há lugar para nossos sonhos e fantasias.
        Concluo esta página, para afirmar que é aborrecer a própria vida o servir ao Senhor. No reino de Deus todos são servos e não senhores. Só temos um Senhor a quem servimos. Por isso no reino de Deus não há lugar para egoístas; os santos servem e edificam uns aos outros. Enquanto peregrinamos rumo ao céu, muitos são os crentes fracos, inconstantes e carentes de exortações e ajuda. O mundo é um ambiente perverso e os homens são cruéis contra os crentes. Por isso estamos aqui para esse objetivo. Então, os perigos são constantes e quem amar a si mesmo há de fugir. A fé deve prevalecer; a confiança em Deus deve ser suprema, porque não há lugar para covardes e para os que buscam honras deste mundo maligno. Que o Senhor nos fortaleça, a fim de que venhamos a agir assim em toda nossa maneira de viver.

O FUNDAMENTO DOS JUSTOS (10 de 11)



“Ora, se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (SALMO 11:3)
O FALSO FUNDAMENTO DOS ÍMPIOS.
        Para finalizar esse assunto não posso deixar de mostrar o fato que os ímpios têm seu fundamento também. Há uma alegria, prazer em viver, felicidade e esperança no ímpio e tudo isso está estribado num fundamento. Os ímpios acreditam que seu caminho é durável e que nada de desventura lhe tocará. Religiosamente ele utiliza de todas as superstições possíveis, a fim de lançar fora as maldições, a fim de conquistarem seus sonhos de ter um mundo melhor e mais paradisíaco aqui. Não há um lugar melhor para os ímpios; eles consideram aqui o lugar perfeito e adequado para se estabelecer e viver; porque veem tudo belo ao derredor. Tomemos a vida de Esaú, filho de Isaque, porque ele tinha sonhos e ambições para se estabelecer aqui e conquistar riquezas nesta vida, por isso queria as bênçãos do seu pai.
        Mas é bom que examinemos de perto esse fundamento, porque ele é falso e perigosíssimo. A bíblia apresenta o único fundamento que é Cristo e sua segura e eterna salvação. Quando a bíblia trata da salvação dos pecadores é porque está assegurando que os homens neste mundo estão em perigo. O pecado não é brincadeira; não foi um mero erro; não foi um mero engano. O pecado é o horror do universo; é a criatura querendo tomar a glória do Criador e assentar-se no Seu trono. O pecado é ofensa a um Deus santo, puro, reto e bondoso. O pecado quer se instalar no universo e para isso quer destronizar Deus do seu lugar; o pecado quer dizer à criatura que não há felicidade em Deus e que tem tudo para criar seu deus e seu paraíso que tanto os homens querem e gostam.
        Veja bem, caro leitor que o pecado transmite uma mensagem aparentemente segura e convincente a todos e isso parece ser óbvio e bem fundamentado. O pecado sacramenta tudo, trazendo aos homens um ambiente onde Deus não está presente e que toda criação veio de alguma divindade desconhecida. Assim, este mundo parece ser um lugar bonito e admirável, de tal maneira que os homens gostam daqui. Tudo é desenhado conforme os planos da mentira e da iniquidade e não há qualquer plano para o pecado através de seus instrumentos, a não ser a disseminação da mentira, a fim de que tudo o que é vil e perverso sejam estabelecidos.
        Os homens gostam disso? Claro que sim! Nem mesmo a morte e o inferno podem tirar esse poder encantador de um mundo melhor. Os homens não querem o céu, eles amam e querem o mundo. Mesmo as ameaças divinas são para eles motivos de gozação, porque não há qualquer ligação com as atividades soberanas do Senhor. Os crentes vivem pela fé e foi pela fé que Noé construiu a arca. Mas os que estão ao derredor vivem sob essa camada de poder que satisfaz a carne e que faz festa em seus corações. Não há quem possa tirar isso dos ímpios; nem mesmo o sofrimento físico, nem mesmo a morte. Quando são acordados no desespero, logo esquecem das aflições, e estão prontos para assentar-se para comer e levantar em seguida para divertir.
        Israel no deserto mostra um exemplo nítido do que significa o poder do pecado. Tudo eles viram do poder, da bondade e da grandeza de Deus, mas mesmo assim estavam prontos a desafiar a autoridade e liderança do Senhor. Mesmo sendo colocados no local do juízo, para sem tragados para o abismo, nada disso trouxe qualquer disposição de arrependimento. Que fundamento eles têm? É esse o falso fundamento que parece tão sólido e inabalável. Mas o fato é que eles pisam em lugares perigosos e essa fina camada logo há de quebrar para lançar-lhes no terror eterno. Então, percebemos o quão enganoso e perverso é o reino do pecado aqui.

quarta-feira, 25 de abril de 2018

O FUNDAMENTO DOS JUSTOS (9 de 10)



“Ora, se forem destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?” (SALMO 11:3)
                PODEM SER DESTRUÍDOS OS FUNDAMENTOS DOS JUSTOS?
        Podem ser abaladas as estruturas onde está firmada a fé dos justos? Claro que não! A Rocha eterna dos séculos é o lugar onde os santos estão firmados para sempre e nada, nada pode abalar a eterna e segura salvação; nada poderá arrancar os santos do amor eterno de um Deus que na eternidade os escolheu. Por fora eles podem ser abalados; por fora tudo é de barro e as coisas visíveis são abaladas sim, porque o mundo passageiro é removível. Mas por dentro não! Os santos estão firmados em promessas da graça; foram arrancados da maldição da lei, da escravidão do diabo, de um mundo enganador e agora sabem que o Deus deles não pode mentir
        Estamos vivendo dias perigosíssimos, quando vemos organizações religiosas tremerem ante a força da mentira, da apostasia e da iniquidade. Bons costumes têm sido removidos; valores eternos têm sido abandonados; muitos que eram considerados fieis e exemplares abandonaram as fileiras santas; a mensagem da cruz tem sido desprezada, a fim de dar lugar àquilo que os homens mundanos tanto gostam de ouvir. Mas os santos fundamentos dos justos estão em seu devido lugar. O mundo é sempre assim, mutável; os homens são indignos de confiança; a falsa fé há de mostrar sua fraqueza diante dos obstáculos. Mas a fé verdadeira permanece firme, devido ao fato que o fundamento é inabalável.
        Digo mais, podem ruir as estruturas de uma igreja; pastores podem se tornar infiéis; o mundo com seu sistema pagão, vil e mentiroso podem entrar e ocupar o lugar do verdadeiro culto, como está acontecendo em nossos dias; muitos podem ficar abalados e até mesmo abandonar aquilo que criam e davam valor. Mas, ninguém pode mexer e fazer ruir o firme fundamento da fé cristã. Toda palavra de Deus veio para fortalecer os santos; muitos deles, às vezes parece que dormem e precisam ser acordados, despertados; muitos vacilam, abandonam a verdade, mas logo voltam com sincero arrependimento. Os santos estão sujeitos às intempéries deste mundo. Os santos são soldados em guerra, os quais lutam neste mundo, a fim de que a glória de Deus e sua justiça sejam estabelecidas e no meio da intensa batalha muitos ficam feridos. O cântico deles seguem as mesmas palavras ditas pelo escritor de um dos nossos antigos hinos:
        “Minha morada Jesus assegura, paz e conforto na luta feroz”.
        Posso afirmar que jamais conheci um genuíno crente cuja fé não foi abalada. Satanás não ataca os falsos crentes, não se ocupa com a falsa fé. Ele é um caçador que mira bem sua caça; que sabe focar bem na ave que voa alto e não naquela que está caída. Por essa razão o tentador utiliza seu mundo para enfraquecer os santos de Deus; ele conhece bem as terríveis rupturas de fraquezas que envolvem a vida de um crente genuíno e assim tenta destruir os santos. Deus não prometeu tirar essas coisas; não prometeu fazer com que tenhamos uma jornada sem guerra. Ele vai conosco e muitas vezes a escuridão no percurso faz com que duvidemos de sua companhia. É nesse momento que somos assaltados.
        Santos de Deus, nossa fé está em jogo; temos um grande nome para ser exaltado e glorificado com nossa dinâmica fé. Somos chamados a vigiar e orar, porque somos fracos e porque o tentador está perto. Cuidemos em manter nosso ser espiritual com perfeita saúde, nos alimentando da palavra e renovando nossa força na perfeita graça. Muito mais agora que o inferno ruge contra nós; que o mundo nos cerca com toda engenhosidade e maquinação religiosa. É agora que tudo está sendo feito para arrancar nossa atenção do alvo que nos está proposto.

O ALTO CUSTO DE SEGUIR A CRISTO (13)


                            
“Grandes multidões acompanhavam Jesus, e ele, voltando-se, lhes disse: Se alguém vem a mim e não aborrece seu pai, sua mãe, sua mulher, os seus filhos, os seus irmãos, as suas irmãs e até a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E quem não tomar a sua cruz e vier após mim não pode ser meu discípulo” (Lucas 14:25-27)
A VERDADEIRA DECISÃO AFETA A VIDA NATURAL “... e ainda a sua própria vida...”.
        Importa que saibamos que seguir a Cristo em nada agrada a natureza carnal, mundana e enganosa do homem. Um Saulo e um Nicodemos religiosos jamais entenderão essa verdade enquanto não nascerem novamente. A vida natural pode ser bem religiosa, mas seu sistema religioso é diametralmente oposto à vida que há no Filho de Deus. Seguir a Cristo é andar pelo caminho que está infinitamente acima do nosso caminho. A natureza carnal tenta fazer isso, mas logo percebe que precisa voltar, assim como acontece com uma bola quando jogada ladeira acima, pois perde a força do impulso e começa a descer de volta.
        Também, a vida natural é egoísta, terrena e enganosa; todos os valores da vida natural estão voltados para o que é daqui e que vai morrer aqui mesmo. Um Félix há de fugir, quando ouvir sobre os terrores eternos; um Esaú vai querer bênçãos materiais, porque quer ganhar o mundo e construir aqui seu império. O homem natural tem toda estrutura física e psicológica para seguir o caminho desta vida e até mesmo se sacrifica para isso, mas nada pode fazer para tomar o rumo que somente almas santificadas pela graça podem tomar. Nada há de promessas terrenas em seguir a Cristo; nada há de promessas de paz com o mundo e com este sistema liderado pelo pai da mentira. Quem é da terra é terreno; quem é do mundo será sempre mundano, e não há qualquer possibilidade de conciliar as coisas daqui com as coisas celestiais.
        Nosso Senhor deixa bem claro que para segui-lo precisa aborrecer a própria vida. Significa que o amor por Cristo será tão forte e tão decidido que tudo desta vida que tanto amávamos, tudo aquilo que pensava ser meu direito, como saúde, conforto, amizades, prazeres e outras semelhantes serão para mim desprezados como coisas sem qualquer valor. E de fato, seguir a Cristo é aborrecer a própria vida, e à medida que avançamos tudo vai tomando sentido. Paulo percebeu isso após sua conversão, o quanto tudo aquilo que ele tanto amava passou a ser considerado como lixo, sem qualquer valor, à luz do conhecimento daquele que lhe amou e se entregou por ele.
        Também, quando seguimos a Cristo vemos pela fé o quanto o que virá é excelentemente melhor. Seguir este mundo e amar esta vida é buscar ruina, porque a morte chega para ceifar tudo e mostrar o quanto o homem é um louco em se apegar aquilo que fatalmente irá perder. Afinal, o que o homem há de levar daqui? Tudo o que é precioso aqui, ficará aqui mesmo, assim como confessou Jó: “...nu voltarei”. Seguir a Cristo não é decisão de cegos, mas sim daqueles cuja visão espiritual foi aberta, fazendo com que a alma veja o que jamais viu e avaliar tudo com sabedoria. Estaremos deixando os valores terrenos, a fim de agarrar aos valores eternos, duradouros e perfeitos; estamos deixando o bom, a fim de obtermos a excelência; estamos deixando aquilo que será destruído com este sistema mentiroso, a fim de tomar posse de uma herança eterna, que nos foi assegurada por Cristo.                        
        Então, vale a pena? Para os mundanos tal decisão é loucura. Como desprezar a vida aqui? Como abandonar aquilo que é felicidade? O homem natural está agarrado e aprisionado a esta vida e mesmo que haja aflições, logo tudo passa e o céu azul deste mundo passa a ser seu espetáculo. Mesmo que as enchentes tragam terror, logo o rio desta vida volta à sua normalidade. É disso que o mundano e terreno tanto gostam.