quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (7)


Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

A NECESSIDADE DESSE SALVADOR. 

Vemos o quanto o próprio Deus tomou a providência para trazer o Salvador ao mundo.

1. Encontrando o poder certo: “pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. Observemos bem que na providência de Deus, ele está mostrando que, fora do poder da graça de Deus, não há força capaz de vencer e destruir o império do pecado. Que texto fantástico! Veja como as palavras de Deus destacam bem Seus atos soberanos vistos em toda obra da salvação. Mas é exatamente isso o que a bíblia expõe em toda Escritura, especialmente no livro de João.

2. Encontrando a arma certa: “...e a sua própria justiça o susteve”. Acho que o leitor pode lembrar o quanto tenho enfatizado que salvação bíblica é uma exposição de perfeita justiça. Não existe salvação sem essa dinâmica e poderosa justiça vinda de Deus. O que é o pecado? Em 1 João o escritor afirma que toda injustiça é pecado (1 João 5:17). Se você estiver familiarizado com a carta de Paulo aos Romanos, verá que Paulo, ao falar do evangelho ele, em palavras expõe um cenário de julgamento. Todo beleza do evangelho é que ele aparece com vestes brancas e puras, representando justiça, retidão. O evangelho é a beleza e dinâmica da justiça de Cristo vista nos salvos. O que vemos é o homem que antes era um ímpio, agora salvo está mostrando que é um justo que vive pela fé (Romanos 1:17).

Querendo frisar ainda mais esse assunto de tanta importância, creio que vale a pena ressaltar que o pecado é injustiça e o problema do homem é ausência de justiça: “Não há justo” (Romanos 3:10). O pecado no Éden foi um ato de ofensa, transgressão e outros termos que descreve a atitude de rebelião do homem contra o Criador. A vida no pecado é continuamente mostrada em atos de injustiça contra Deus e contra o próximo.

Sendo assim, posso afirmar que a entrada da perfeita justiça foi a maneira perfeita de Deus em destruir o poder do pecado, porque o Justo morreu em lugar do injusto, como diz Paulo em 2 Coríntios 5:21: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós, para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. Aí está a diferença entre o verdadeiro Salvador e as imitações deste mundo. Quer ver o Salvador vindo de Deus ao mundo, então veja o Justo. O mundo gosta de um Jesus bondoso, mas não do justo. Cristo é bondoso? Claro! Em tudo Ele é perfeito. Mas o que sobressai na grande obra da salvação é que Ele é apresentado ao mundo como o Justo. O que Ele passa aos crentes? Justiça! Mas não é nossa justiça, porque ela é vista por Deus como trapo de imundície (Isaías 64:6). Os salvos foram revestidos da justiça desse maravilhoso e perfeito Justo, para que possam exibir perante o mundo os traços dessa justiça, conforme o incrível ensino visto em Romanos 6.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (6)

 


Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

A NECESSIDADE DESSE SALVADOR. 

Tenho me esforçado para mostrar o quanto a bíblia expõe ao mundo a necessidade de um salvador justo; que o mundo não pode produzir um salvador à altura das exigências, porque todos estão caídos no pecado. A conclusão é que “...maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Findei a página anterior mostrando que não há nenhum intercessor à altura e que os homens santos que apareceram fizeram intercessão unindo também ao pecado do seu povo, como o caso de Daniel orando em favor de Israel, mas se unindo à culpa de todo seu povo (Daniel 9).

Fui breve em mostrar a condição da raça, porque todos nós já sabemos desse fato. O que quero destacar aqui é que todo sistema de salvação necessariamente vem de Deus e que Ele é soberano em toda sua obra de salvação. Vemos essa verdade no próprio texto de Isaías 59: “pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. Eu sei que toda tendência natural é tentar achar algo no homem. Toda negação do evangelho bíblico começa nesse ponto, pois é aí que os homens querem “cozinhar o cabrito no leite da sua mãe” (Deuteronômio 14:21). Toda tentativa de mudar o evangelho, a fim de adicionar qualquer elemento humano nele é sinal de que o fracasso virá. Em toda extensão da bíblia, especialmente em Isaías Deus declara ser Ele o único Salvador e que não há outro.

Vamos voltar ao texto de Isaías 59, porque ali Deus esclarece tudo sobre essa salvação e vemos isso na frase: “...pelo que seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. Encaremos as palavras do nosso Deus e humilhemos perante essas maravilhas. Os homens não serão alcançados com mentiras, mas sim com toda verdade revelada. Quem é o Salvador? De onde Ele veio? Quem o enviou? Qual a resposta? “Pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. Vemos ali o poder certo.

Veja como a providência foi tomada: “...seu próprio braço lhe trouxe a salvação”. Definitivamente a salvação em nada tem qualquer participação de homens caídos no pecado. O poder certo, a verdade e a justiça foram achados em Deus. Por quê? Não há força capaz de vencer e destruir o império do pecado, a não ser o braço de Deus. Olhemos em toda Escritura para vermos como tudo vem de Deus na provisão da salvação aos perdidos. Desde a queda vemos o Senhor mostrando a culpa do homem e abrindo-lhe os olhos para que veja como escapar do castigo do pecado. É impossível passar por toda bíblia sem ver como foi dinâmica e soberana a provisão de Deus na salvação do homem, mesmo vendo isso em força de símbolos, sombras e tipos, até que o Salvador fosse manifestado ao mundo.

Que tão grande salvação! Não vemos um Deus buscando socorro entre os homens, mas achando em Deus mesmo: “...seu próprio braço…”. Vemos em toda Escritura tudo sendo feito por Deus em forma de comunicação e estabelecendo o cenário e os participantes. O braço forte do Senhor entrou em ação, pegando o homem, o diabo, a morte e o inferno desprevenidos. O Salvador sozinho veio ao mundo e foi à cruz, para que ali pudesse conquistar poderosa e suficiente salvação para Seu povo (Mateus 1:21)

terça-feira, 26 de dezembro de 2023

Pregação Ele será chamado Jesus - Mateus 1:21| Pr. David Sena

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (5)


Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

A NECESSIDADE DESSE SALVADOR. 

Não esqueçamos que o texto de Isaías 59, não somente é revelador, como também trata-se de um texto profético, pois Deus, em toda extensão desse maravilhoso livro está anunciando a vinda do Salvador e também mostrando a necessidade que o mundo tem desse Salvador vindo da parte de Deus, como é apresentado no capítulo 53 desse tão maravilhoso livro. O que estamos presenciando nesses 4 versos do capítulo 59 é a forma como Deus olha a situação do mundo e realmente mostra que não tem e nem pode achar mediador entre os homens.

Veja como ele afirma que não há intercessor: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Aliás, todo histórico do Velho Testamento é Deus mostrando que não há entre a raça qualquer pessoa capaz de mediar essa situação e servir de perfeito mediador entre Deus e os homens. A história da raça caída é essencialmente uma história de idolatrias. Vemos como os homens no pecado sempre criaram seus deuses do estilo que cada um sempre quis. Tomemos como exemplo a vida de Labão, como quando perseguiu Jacó, sua preocupação maior foi o fato que haviam roubado seus deuses (Gênesis 31). Ali estava aquele homem que viu claramente como o Deus de Jacó abençoou sua casa através da vida de Jacó; teve um sonho com Deus falando com ele para não tratar Jacó com violência, mas mesmo assim queria saber quem roubou seus ídolos. Veja a loucura do homem no pecado.

Tomo outro exemplo foi quando Deus permitiu que a Arca da Aliança fosse roubada pelos filisteus (1 Samuel 5). Aquele povo pagão presenciou como Deus lidou com dagom, o deus deles; viu como Deus castigou duramente a nação e como a arca foi devolvida milagrosamente aos judeus. Mas mesmo assim ninguém daquele povo se converteu. Poderia expandir bem esse assunto, para entendermos o por que Deus está falando o que vemos em Isaías 59: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Notemos bem como nas Escrituras Deus deixa o tema central de toda Escritura, como que brilhando com todo tipo de explicação, a fim de que toda raça saiba que não há outro mediador, fora daquele que o Pai enviou ao mundo.

Outro detalhe no texto deve chamar nossa atenção. É o fato que o Salvador deve ser um intercessor: “...e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor”. Meditemos bem nesse qualificativo. Mas como pode qualquer intercessor entre os homens, visto que todos estão igualmente na mesma situação. Li acerca de um grupo de homens que ficaram jogados no mar pelo fato que o barco bateu. Poderia entre eles haver um salvador? Não! Para livrar esses homens da morte era necessário que houvesse um interventor do lado de fora do mar. A bíblia fala de homens que se colocaram entre Deus e homens que estavam em perigo da ira de Deus, como o caso de Abraão que intercedeu por Ló e sua família (Gênesis 18) e Moisés que buscou o socorro do Senhor, o qual estava irado e pronto para destruir o povo que havia feito o bezerro de ouro (Êxodo 31). Mas, tanto Moisés como Abraão foram homens caídos como qualquer outro, mas que conheceram o poder de Deus em suas vidas, por isso puderam orar. Esse importante requisito de ser um intercessor perfeito, sem qualquer mancha de pecado foi achado somente e tão somente em Cristo, perfeito intercessor pelo Seu povo.

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (4)

 

Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

A NECESSIDADE DESSE SALVADOR. 

O que vemos no texto é que Deus mostra a impossibilidade de outro salvador: “E viu que ninguém havia…”. Que dinâmica exposição da triste condição do homem caído. Por milênios Deus lidou com Israel e agora dá um resumo de uma sociedade caída, atirada na escuridão e com efeito na injustiça. O que aprendemos é a verdade exposta, especialmente em Romanos: “Pois todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (3:23). Veja como Deus em Isaías mostra que nada pode esperar do mundo. Mesmo numa sociedade onde foi implantada a lei de Moisés; mesmo para um povo que teve sua história sendo contada por Deus, por meio de milagres, coisas jamais vistas por outras nações. Não fosse os atos de misericórdia de Deus o que seria da raça caída? Logo no primeiro capítulo de Isaías Deus afirma que só não destruiu Israel por causa do povo eleito, senão faria o mesmo que fez com Sodoma e Gomorra (Isaías 1:9).

O mundo tenta mostrar outros meios. Satanás faz os homens olharem para os meios mundanos. As táticas e ciladas de satanás na área religiosa sempre foram poderosas, pois tudo fez e faz no mundo para que a glória de Deus seja tirada e passada aos homens. Ao fazer isso, satanás toma a glória para si. Sempre satanás estimulou os homens a buscar outros deuses e a por confiança naquilo que é vão e inútil. Também, devemos lembrar que a natureza corrompida do homem sempre tende a confiar na criatura e não no Criador (Romanos 1:25). Vivenciamos isso em nossos dias, quando vemos um sistema “evangélico” mais forjado no humanismo, do que na palavra da verdade. É a luta insana do pai da mentira para estabelecer seu reino ateísta e de terror neste mundo.

Se voltarmos à história, vemos que sempre foi assim, pois satanás sempre impulsionou a religião e a política para atacar a verdade da soberania de Deus e fazer dos homens o centro da atenção. E como sempre, sempre resultou em perseguição e matança do povo de Deus. A história do cristianismo é manchada de sangue dos remidos de Deus, os quais sempre lutaram para implantar a verdade. Nos dias do Senhor na terra vemos a ferocidade do povo judeu, atacando o Senhor porque este sempre lidou com a verdade trazida do céu e de pleno acordo com a pureza das Escrituras. Em João vemos a população religiosa em Israel sempre atacando o Senhor, porque ele pregava a verdade, além de mostrar por suas obras que, de fato ele veio de Deus e era ele o próprio Deus.

Aquilo que Deus está mostrando em Isaías: “...O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça…”, realmente é Deus mostrando que não pode haver salvar extraída do homem. Não há verdade nem justiça no meio dos homens. Se o Senhor retirar Sua luz por meio dos verdadeiros crentes, eis que o mundo vira um terrível caos de miséria e atrocidade. Deus mostra em Sua Palavra que não há meios aqui. Mesmo que as filosofias e heresias aumentem suas proposições, tudo é visto como mentira. Sempre satanás está pondo nomes e mediadores; nomes como de Maria, Paulo, Pedro e outros nomes são pouquíssimos, diante da imensa nomenclatura exposta por satanás. Qual a resposta de Deus? “...pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve…”

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (3)


Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

A NECESSIDADE DESSE SALVADOR. 

É impressionante a linguagem divina nesse texto de Isaías, pois Deus está apontando ao mundo que não há outro meio de lidar com os perdidos, se não houver uma intervenção misericordiosa de Deus. Sem dúvida, nós precisamos saber desses detalhes, porque tudo satanás fará para transtornar a mensagem da salvação bíblica. Em todos os tempos vemos a luta insana dos homens em seu orgulho, na tentativa de mostrar que não precisa de Deus e que por isso vão querer arrancar a verdade, a justiça, a retidão, etc., para implantar seu sistema religioso. Foi assim nos dias de Isaías; é o que ocorreu sempre na história e é o que acontece especialmente em nossos dias. O mundo está sempre gritando: “tire a mão de Deus, pois não precisamos dele!”.

Mas vamos voltar ao texto tão revelador de Isaías 59, porque o que vemos ali nos chama a atenção. Deus mesmo está mostrando o que ocorre no mundo e como não podemos esperar que o mundo tenha resposta para a triste condição dos homens no pecado. Notemos bem o que o Senhor diz: “Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa…”. É exatamente isso o que ocorre neste mundo, caso não haja uma intervenção compassiva de Deus. O mundo entregue a si mesmo torna-se o palco das atividades das mentiras de satanás. Vemos isso em Romanos 1 a partir do verso 18. Não há no mundo qualquer ambiente para que a verdade e a justiça sejam preservadas, porque o mundo não tolera isso.

Mesmo na sociedade de Israel, de onde esperava o progresso da verdade e da justiça, havia um tremendo ataque dos homens perversos contra a verdade de Deus. Se Deus não intervir, eis que satanás há de levantar elementos como Acabe, Jezabel, Joás, Manassés e outros perversos. Para que a situação mudasse e entrasse uma atmosfera do céu era preciso que Deus mesmo enviasse homens separados por Ele para “arrumar a casa”, como foi o caso de Ezequias e Josias, reis piedosos que Deus levantou em Israel.

Tomemos a história da igreja desde seu início no dia de Pentecostes (Atos 2). Tudo ocorreu para que Jerusalém fosse acordada com a notícia de que Jesus, o qual fora morto na cruz estava vivo. Ali estavam homens cheios do Espírito Santo pregando com poder sobre o fato que Jesus, a quem eles haviam matado na cruz estava vivo. Mas o que ocorreu? Houve uma aceitação geral? Claro que não! Obviamente não esquecemos da salvação de milhares, mas o fato é que toda aquela sociedade começou a agitar e mover-se contra a pregação da verdade, como podemos ver no livro de Atos.

Enquanto a verdade se espalha, satanás o deus deste sistema enganador procura anular a verdade, expulsar a justiça, a fim de estabelecer seu sistema religioso que garantirá seu domínio num mundo tenebroso. Há salvação neste mundo? Não! Há como achar um salvador neste mundo? Não! O texto em Isaías 59 mostra pelas palavras do próprio Deus: “...pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve”.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (2)

 

Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

INTRODUÇÃO:

Prossigo um pouco mais na introdução, pois vejo a importância de entender o pano de fundo desse texto visto em Isaías 59. O verso 15 é uma exposição do que acontece quando no ambiente prevalece o pecado. A presença do pecado em manifestação de injustiça torna-se um verdadeiro peso para a verdade. Por quê? Devo mostrar esse fato e espero fazê-lo com quatro argumentos:

1. A criação inteira foi feita tendo a verdade como sua base. A presença do pecado desestrutura todo sistema para o bom funcionamento. Veja bem o que estou querendo explicar. Não há como harmonizar o pecado nos parâmetros da criação. Onde a verdade triunfa, a mentira não pode se firmar. A criação toda foi feita tendo a verdade como sua base. Sendo assim o pecado jamais achará o lugar onde terá apoio, porque mais cedo ou mais tarde terá que sair. Sodoma e Gomorra não poderiam subsistir à ira de um Deus que em seu furor destruiu as duas cidades.

2. A presença do pecado força a entrada do juízo. O pecado há de saber que está pondo seus pés em território estranho; o pecado é um invasor, um ladrão, por isso não poderá prevalecer. Às vezes a impressão que dá é que Deus está derrotado, porque parece tardio em punir o mal, mas é que nós vemos a vida do nosso ponto de vista e não de Deus. Deus deixou que o mal prevalecesse no Egito por longos anos, mas na ocasião certa o Senhor entrou para punir a perversidade dos egípcios contra Israel. Demorou centenas de anos para Deus destruir as nações que ficavam na terra prometida, mas chegou o tempo quando a medida das iniquidades daqueles povos chegou ao seu auge.

3. Não há como destruir o poder do pecado senão pela entrada da própria essência da verdade: “A luz veio ao mundo”. Cristo é a própria verdade e quando aqui entrou, percebemos o quanto a mentira ergueu sua cabeça como uma serpente para atacar, mas a verdade triunfou e nosso Senhor enfrentou a locomotiva da mentira, destruindo em suas palavras e pelos seus atos, até que na cruz derrotou o poder da mentira de uma vez por todas.

4. Se quer revelar o ódio do mal contra a verdade é preciso que a verdade apareça. O mundo tenta com seus meios impedir que o mal progrida e assim o bem possa permanecer, mas é impossível, porque o mundo jaz sob o poder do pai da mentira (João 8:44). Essa é a mensagem que o Espírito Santo proclama em Isaías 59, especialmente no texto que estou usando para trazer a mensagem. É a partir dessa triste realidade que começamos agora a perceber a necessidade do Salvador, porque não há outro meio de salvação, a não ser que venha do próprio Deus. 

segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

O GRANDE CONQUISTADOR DOS ELEITOS (1)


Sim, a verdade sumiu, e quem se desvia do mal é tratado como presa. O Senhor viu isso e desaprovou o não haver justiça. Viu que não havia ajudador algum e maravilhou-se de que não houvesse um intercessor; pelo que o seu próprio braço lhe trouxe a salvação, e a sua própria justiça o susteve. Vestiu-se de justiça, como de uma couraça, e pôs sobre si a vestidura da vingança e se cobriu de zelo, como de um manto. Segundo as obras deles, assim retribuirá; furor aos seus adversários e o devido aos seus inimigos; às terras do mar, dar-lhes-á a paga” (Isaías 59:15-18)

INTRODUÇÃO:

Amado leitor, como é preciosa a história da salvação! Como enche nossas almas de regozijo ao ouvir Deus contando a nós a velha, mas atual história da redenção, conforme vemos em todo capítulo 59 desse maravilhoso livro de Isaías! Durante anos temos convivido com um evangelho caracterizado pelo humanismo e essa mensagem retira o brilho da glória de Deus, porque se centraliza no homem, e não em Deus.

Satanás procura divulgar a glória humana, enquanto a bíblia proclama a glória de Deus! Até o verso 15 a Palavra de Deus nos humilhou, prostrou nosso ego no pó, para que de agora em diante brilhe radiante o fulgor dessa tão grande salvação. Nós os crentes fomos salvos para também contemplar essa linda história de amor eterno, porque nada havia em nós para buscar Deus e não havia ninguém por nós, pois toda raça foi entregue ao pecado. O mundo é visto como um vale de ossos secos (Ezequiel 37) e esse cenário é suficiente para mostrar que nada há em nós que possa dar qualquer esperança de achar o caminho para Deus.

Abramos nossas bíblias em Isaías 59, para que irrompamos de alegria e prazer no conhecimento do nosso conquistador. A história de nossa salvação é a história do nosso grande Herói (Salmo 45). A noiva está deslumbrada com os encantos do Noivo amado. Ele fez tudo pela escrava para que ela fosse resgatada e pertencesse a Ele para sempre. Não é, portanto uma doce história de amor? Chega de olharmos o homem, crendo que há nele algo que presta. Olhemos o Homem-Deus, pois Ele é perfeito, maravilhoso e doce Pastor. Tiremos os olhos de um Adão caído para sermos tomados de santa emoção pelo segundo Adão, o qual se humilhou ao baixar até nossa miséria, a fim de nos conquistar, mas depois foi elevado à mais alta posição de estar acima de todos os nomes, como diz a mensagem de um antigo hino: “Conta-me a história de Cristo, grava-a no meu coração. Conta-me a história preciosa, pois ele dá salvação!”

Enfim, a história do grande Redentor é a nossa história, pois na eleição fomos escolhido Nele, na cruz unidos Nele e na ressurreição fomos erguidos com Ele. Toda Sua bravura ao descer do céu para nos buscar e salvar é motivo para expressarmos os mais belos e emocionantes hinos que tratam do amor Dele e de nosso desejo de amá-lo mais. Cristo deve ser motivo de nosso romantismo e das mais altas expressões de nossos poemas. Ele é melhor que ouro e bens e no céu o que veremos lá? Tudo será Ele e a glória dele, além do fato que seremos iguais a Ele para sempre. Ó que linda história da nossa tão grande salvação!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (14 de 14)


BUSCAR A MANSIDÃO

Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)

A RAZÃO DA BUSCA: porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?”

Finalmente, devo lembrar que o esconder da ira do Senhor não vem por mera decisão mental, porque muitos sabem dos perigos, mas não correm para buscar o abrigo certo. A bíblia fala de salvação de uma forma que envolvem dois atos: O arrependimento e a conversão. Notemos como essa verdade aparece em Isaías 55: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os meus caminhos os vossos caminhos”. É lógico que os pensamentos envolvem arrependimento e o caminho envolve o ato de buscar socorro. Se eu sei que há perigo que pode envolver minha vida em algum lugar é claro que vou buscar socorro.

Muitos sabem dos perigos, mas a tendência é buscar refúgio noutros lugares. Ló escapou por misericórdia de Deus, porque a ordem de Deus foi que eles fugissem para um monte, mas se esconderam numa cidade e posteriormente acharam refúgio numa caverna (Gênesis 19). É perigoso esconder num lugar errado. Para os moradores de Jericó, a segurança deles seria buscar socorro no compassivo Deus de Israel, assim como fez Raabe, aceitando as condições divinas, mas acharam a morte por achar que a muralha que envolvia a cidade era forte contra Deus.

Milhares correm para uma igreja, buscam abrigo e segurança nos homens, numa organização e acham que poderão escapar. Muitos acham que escaparão porque foram batizados, aprenderam a cantar louvores, ou fazem parte dos trabalhos. Mas se não correram para Cristo, à busca do perdão e reconciliação pelo sangue da cruz, tais pessoas estão perdidas. Raabe ocultou os espias (Josué 2), mas se não amarrasse a corda vermelha, da janela de sua casa, descendo o muro, ela não escaparia da morte com sua família. A corda vermelha representa a expiação do pecado.

Duas pessoas estavam em perigo de morte descendo numa correnteza, até que alguém, à margem do rio jogou uma corda e eles seguraram na corda, mas um deles viu descendo um tronco, largou a corda e segurou no tronco. O que segurou a corda escapou, porque a corda tinha ligação segura com a parte de fora do rio, enquanto o tronco não tinha, por isso levou o outro à morte.

Milhares estão indo para o inferno porque estão confiando de forma errada, nos meios usados pelos homens, ou porque não sabem da verdade da cruz. A religião moderna tem procurado enganar a multidão, enchendo os corações de uma paz perigosa, pois o sentimento de ser religioso pode levar a pessoa à perdição, porque ela não vê a busca por justiça e mansidão. O homem que não vai à busca do Cordeiro que foi enviado do céu para salvar perdidos é porque se vê ainda cheio de justiça própria e carrega consigo suas armas contra a verdade.

Mas a mensagem bíblica é a mesma: “Arrependei-vos e convertei-vos para que sejam cancelados os vossos pecados” (Atos 3:19). Veja como a bíblia dá ênfase ao mesmo assunto de Isaías 55: “pensamentos e caminho”. Os pecadores devem lançar fora suas “vestes imundas” da justiça própria e lançar foram também suas armas que sempre usa contra Deus e contra as verdades de Deus. Assim o homem arrependido verá pela fé o Salvador, Príncipe da paz, o qual está pronto a abraçar o homem arrependido, perdoá-lo de todos os seus pecados, purificá-lo de todas as suas imundícies e dar-lhe plena e completa certeza de salvação e fazê-lo herdeiro do céu, para sempre.







terça-feira, 12 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (13)


BUSCAR A MANSIDÃO

Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)

A RAZÃO DESSA BUSCA: “...lograreis esconder-vos do dia da ira do Senhor”.

É impressionante a razão porque o homem corre para Deus: “...lograreis esconder-vos do dia da ira do Senhor”. Veja como inimigos de Deus se render a Ele. É como ocorre numa guerra, pois quando soldados inimigos se veem perdidos e que podem morrer, eles se entregam ao exército vencedor, na esperança de não serem mortos. Já procurei explicar que o evangelho não traz dubiedade quanto a condição do homem no pecado. Ou ele é um inimigo, ou foi reconciliado com Deus. Mas é essa a verdade que se estampa em toda Escritura, porque, para o bem do pobre pecador, eis que Deus se apresenta de várias maneiras, mostrando Seu acolhimento aos que se convertem a Ele de todo coração.

Os homens no pecado, ou fogem de Deus ou buscam refúgio em Deus. Ele se apresenta assim, como um Deus irado, mas pronto a perdoar o homem arrependido. Então, acho por bem mostrar no Velho e no Novo Testamentos essas maravilhas de um Deus acolhedor. Já o fiz ilustrando com a vida de homens como Enoque e muitos outros. Por incrível que pareça, quem poderia imaginar que um homem como Joabe correria para buscar socorro em Deus para sua alma? Pois é, foi no início do reinado de Salomão que o castigo reservado veio sobre a cabeça de Joabe, um criminoso, egoísta e cruel. Diz o capítulo 2 de 1 Reis que quando Joabe soube que iria ser castigado pelos seus crimes, imediatamente correu para o altar de holocausto e buscou refúgio no Deus de misericórdia. No Velho Testamento vemos como estrangeiros buscaram refúgio no Deus de Israel, porque souberam acerca desse Deus, como o caso de Raabe, Rute, e outros que foram buscar abrigo seguro nas asas da graça desse Deus.

Vemos nos Salmos e Provérbios, em forma de cânticos e poesias, como Deus se apresenta aos homens: “Socorro bem presente na angústia”, “abrigo”, “Torre forte”, Baluarte”, “Esconderijo do Altíssimo”, “Sombra do onipotente”, etc. Tudo isso mostra um Deus que se apresenta no mundo atuando em juízo e misericórdia. Quando examinamos o Salmo 136, vemos a dinâmica dessa dupla atividade de Deus, mostrando Seus juízos, bem como Seus atos de misericórdia. Vemos em Isaías, a partir do capítulo 40 como a divindade conversa entre Si e como Deus se apresenta como o único Salvador, dizendo que não há outro. Vemos sua linguagem bem evangelística no gracioso capítulo 55, onde Deus, como que, arruma a mesa, prepara o banquete da graça e convida a todos os que têm fome para achar Sua salvação.

Eu sei que hoje, em meio a esse frágil e tosco evangelho revestido de humanismo, o povo odeia ouvir sobre a ira de Deus. Mas os pregadores nunca, jamais pregaram a mensagem de arrependimento em tempos de bonança. A graça de Deus faz brilhar sua luz em plena escuridão do pecado. O evangelho entra num palco de guerra e Deus em Sua graça chama homens ao arrependimento e muitos lançam foram suas armas; muitos têm seus olhos e ouvidos abertos para ver a verdade e ouvir o chamado. É a grande obra de reconciliação! São homens e mulheres, os quais veem que precisam de Deus, caso contrário estarão perdidos para sempre. Eles acham isso em Cristo, o grande Salvador que veio reconciliar o homem com Deus.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (12)

 

BUSCAR A MANSIDÃO

Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?”(Sofonias2:3)
A RAZÃO DESSA BUSCA: “...lograreis esconder-vos do dia da ira do Senhor”.

Estou chegando à parte final desta mensagem e sempre destaco o fato que Deus encerra sempre com “chave de ouro”. O que temos, quando diz: “...lograreis esconder-vos do dia da ira do Senhor”? O que podemos ver é como a bíblia está sempre mostrando a atividade compassiva de Deus em ligação com a atividade julgadora e punitiva dele no mundo.

Foi exatamente a ideia que Deus passou para Israel nos dias de Jeremias, acerca dos atos contínuos de Deus, mas que o povo incrédulo e rebelde de Israel não percebia: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisso: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor”. Não há dúvida que precisamos voltar nosso coração para um texto tão rico como esse. Deus usou Jeremias para avisar Israel sobre os perigos iminentes que se aproximavam para destruir Jerusalém, caso o povo não se arrependessem. Mas ao chamar o povo ao arrependimento Deus estava dizendo ser Ele um Deus compassivo e essa compaixão fazia e faz parte do trabalho de Deus em toda história da raça caída.

Nós vemos como exemplo nos anos que precederam o dilúvio, pois a arca feita por Noé anunciava a compaixão de Deus; a salvação de Noé, de sua família e a salvação de Enoque mostraram esses atos misericordiosos desse Deus que exerce misericórdia, justiça e juízo. Deus sempre fez isso, pois nunca deixou de usar o tempo para dar vazão à grandeza de Sua misericórdia. Mesmo para as nações que Deus ordenou que fossem executadas por Israel através de Josué, Deus alargou o tempo de Sua compaixão. Mesmo ordenando a Faraó que libertasse o povo, o tempo de Deus para o monarca egípcio foi demonstração de Sua compaixão. O cerco de 7 dias com o povo rodeando Jericó foi da parte de Deus um ato de misericórdia ao povo.

Estou dando ênfase a esse tema porque eu sei o quanto a mensagem do atual evangelho tem omitido o juízo de Deus. Estou acreditando que tudo isso vem por causa de uma má interpretação da graça de Deus. Para muitos a graça anula o ódio de Deus e estabelece um lindo caminho para a liberdade do pecador decidir pelo amor de Deus. Para a escola evangélica atual, falar da ira de Deus é usar de coerção com os homens, mostrando ausência de amor.

Mas para mim tudo isso mostra, não somente o erro do atual sistema evangélico, como também tem trazido imenso prejuízo, não só à igreja como ao mundo. Ao anular temas como a ira, o juízo, a severidade de Deus, a lei justa e santa e a tremenda culpa do homem, o resultado é que temos hoje os resultados de fracasso tremendos. Posso acrescentar aqui que também que tal atividade revela total falta de amor bíblico aos homens. Nunca houve um tempo quando os homens mais têm demonstrado falta temor, piedade, reverência e coragem na defesa da fé cristã do que em nossos dias. Os resultados são dramáticos. As pesquisas mostram um crescimento dos chamados “evangélicos”, mas tudo é visto a partir do movimento ecumênico e não bíblico. O que vemos hoje é de causar tristeza, pois poderia gastar tempo aqui, mostrando o efeito de um evangelho frágil, que mais mostra resultados humanistas de que a glória de um Deus soberano, que age em Sua livre misericórdia entre os homens.

terça-feira, 5 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (11)


BUSCAR A MANSIDÃO

Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)

O QUE OS MANSOS DEVEM BUSCAR: “...buscai a justiça, buscai a mansidão…”

O que significa buscar mansidão? Significa que não há melhor palavra que venha descrever o que significa um homem à procura da salvação. Cristo mesmo diz em Lucas 15 que há alegria no céu quando um pecador se arrepende. O homem manso entregou suas armas e se rendeu a Cristo. Fico triste de ver o quanto falta hoje a mensagem de arrependimento em nossos púlpitos. Os pecadores não se rendem a Cristo para achar salvação nele, enquanto não entrega suas armas, as quais sempre foram apontadas contra o céu.

Notemos bem que aqueles que fugiram de Deus foram os que não depuseram suas armas perante o Senhor. Judas tentou suas manobras na esperança de ficar rico seguindo a Cristo, mas seu amor às riquezas fê-lo endurecido e obstinado até chegar ao suicídio. O homem rico que foi a Jesus querendo saber o que faria para herdar a vida eterna, ficou frustrado ao perceber que para entrar no reino eterno teria que desligar-se no coração do seu amor às riquezas. Ao dar às costas ao Senhor e ir embora, mostrou que estava contra o Senhor. O que realmente queria aquele ladrão da cruz que não se converteu? Ele queria um salvador que desse o livramento da sua morte, a fim de voltar à sua vida de iniquidades no mundo. A proposta de salvação do Príncipe da paz não serve em nada para os inimigos do Senhor.

Conheci muitos que quando ouviram a mensagem de arrependimento não quiseram depor suas armas perante o Rei da glória. Muitos querem um ingresso para entrar no céu, mas recusam no íntimo abandonar este mundo e seus caminhos tortuosos. Muitos estão dispostos a fazer sacrifícios e trabalhar numa igreja; muitos dão ofertas e fazem consagração de bens, etc., mas não chegam ao Salvador entregando suas armas. Nunca houve um tempo quando a maior necessidade é de verdadeiros convertidos, porque a real conversão mostra a atitude no coração de um encontro real com o Senhor e Salvador.

Quando o homem busca justiça perfeita, ele acha em Cristo. Quando o homem busca mansidão, ele acha naquele que afirma ser manso e humilde de coração (Mateus 11:29). A mansidão achada em Cristo não torna o homem covarde. A covardia é vista no pecado e não na poderosa atuação da graça. Simão Pedro se achava valente, até que sentiu as ameaças de morte, por ocasião da prisão do Senhor, negando seu Mestre três vezes. Sua busca por mansidão ocorreu na manifestação de um profundo arrependimento e na obra do Espírito Santo em sua vida, fazendo dele um homem usado por Deus na proclamação do evangelho, até sua morte de mártir.

O evangelho chama homens mansos; a mensagem do céu destrói os feitos do pecado no coração de alguém arrependido, de tal maneira que todo ódio contra Deus é desfeito, toda idolatria é lançada fora; toda submissão ao diabo é transformada em rebelião e todo desejo é despertado por buscar em Cristo a paz com Deus. O que o Senhor faz com uma alma arrependida, a qual achou em Cristo a mansidão? “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mateus 5:5)

Pregação A causa e o efeito da salvação vistos no homem Provérbios 16:6 ...

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (10)

 


BUSCAR A MANSIDÃO

Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)

O QUE OS MANSOS DEVEM BUSCAR: “...buscai a justiça, buscai a mansidão…”

A outra verdade no texto é o homem é chamado a buscar a mansidão: “buscai a mansidão…”. A justiça põe o homem reto perante Deus, porque o pecador se torna justificado e aceitável perante Deus, com a mesma justiça pura de Cristo: “...o meu Servo, o Justo justificará a muitos…” (Isaías 53:11). Eis aí um dos ensinos mais poderosos que trata da salvação do crente, mas que poucos compreendem e se perdem em tropeço no viver.

A mansidão é um dos efeitos da justificação e expõe a obra reconciliadora que Deus opera naquele que Ele salva. Veja que tudo está envolvendo a soberana atuação de Deus, porque é Ele quem reconcilia o homem: “...fostes reconciliados…” (Romanos 5:10). Por quê a reconciliação opera mansidão? A resposta é que o homem no pecado está em constante guerra contra Deus. Nunca houve nem haverá qualquer pessoa que queira por si erguer a bandeira branca, pedindo paz com Deus. Os homens no pecado são inimigos constantes e cada passo que dão, cada pensamento, cada palavra e cada atitude só revela sua hostilidade em fazer o que ama fazer – pecar.

Muitos pensam que o pecado é um problema que pode ser revolvido com disciplina. Mas quanto engano. Estamos tratando da natureza do pecado e não de um mero problema que invadiu a vida do homem, como se fosse uma sujeira que pode ser removida com uma limpeza. A bíblia mostra o pecado no homem como sendo sua própria natureza pronta somente para pecar, assim como um porco gosta de lama.

Alguns acham que podem remover o pecado do homem, como se remove uma enfermidade por meio de uma cirurgia. É simplesmente impossível. Não há como separar o pecado do pecador. A diferença entre o homem e Deus é tremenda: Deus é santo e não se pode separar Deus de sua santidade, porque Sua natureza é santa, o homem é pecador em sua natureza. Tudo satanás fará para por na mente de todos que Deus é pecador e que o homem é santo, especialmente nos dias atuais.

Veja como a natureza do homem é avessa à natureza de Deus. O que vemos na Bíblia é Deus à procura do homem e este sempre se ocultando. O que vemos na bíblia é Cristo se apresentando como o Príncipe da paz e não os homens. O que vemos na bíblia é Deus trazendo o Seu Mediador do céu à terra e não os homens tentando construir um sistema religioso que facilite uma ligação com do homem com Deus. O que vemos da parte do homem é sempre criando caos; sempre se ajuntando contra Deus e contra Suas santas leis.

Esperar que os homens venham a gritar por paz com o céu é esperar inutilmente, porque jamais haverá. A história dos homens em relação a Deus é de transgressão, rebelião, ingratidão, ausência de temor, buscar por deuses feitos com suas próprias mãos. Nem mesmo falo acerca das nações que houveram no mundo durante a história bíblica. Falo de Israel, de como Deus mostrou incrível bondade, amor, justiça, compaixão, poder e presença protetora, mas mesmo assim a rebelião e a disposição de continuar enfrentando e desafiando a Deus é vista em toda história narrada nas Escrituras. O que vemos é o homem armado até os dentes contra os céus e pondo Deus sempre à prova.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

CHAMADOS A BUSCAR O SENHOR (9)

 


Buscai o Senhor, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do Senhor?” (Sofonias 2:3)

O QUE OS MANSOS DEVEM BUSCAR: “...buscai a justiça, buscai a mansidão…”

BUSCAR A JUSTIÇA

Por que buscar a justiça? A resposta é claramente explicada nas Escrituras, porque todos perante o grande Juiz estão em falta. Todos pecaram e todo pecado é injustiça contra Deus e consequentemente contra o próximo. Imagine a miséria do homem! Visto que cada pecado é ato de injustiça, então a dívida é imensa e não há no mundo quem possa pagar tal dívida. Continuar na injustiça é uma tentativa de forjar um viver que se degrada no pecado, porque o problema da injustiça do homem é vista na alma e está ligado ao seu coração. A alma injusta é torta e se alimenta das maldades originadas do coração pervertido: “Eis o perverso, sua alma não é reta nele…” (Habacuque 2:4).

Não há como firmar uma vida injusta porque não agrada a Deus, a ira dele está sobre tal pessoa e jamais ela se firmará na verdade. A vida deve ser pautada na retidão, por isso precisa ser colocado no viver o prumo da retidão de Deus e isso é feito pela pregação. Quando João Batista deu início ao seu ministério, suas mensagens abalaram Israel. O que ele dizia a todos? João atacava o viver injusto de todos em cada detalhe da sociedade, ordenando que eles pusessem em ordem aquilo, provando que realmente eram convertidos a Deus. Foi essa a mensagem do Senhor Jesus, sempre mostrando a tortuosidade dos homens hipócritas, revelando seus corações destituídos da reta justiça. Também foi a mensagem de Paulo e dos apóstolos, porque ordenava aos homens que se arrependessem e mostrassem isso deixando suas obras perversas para se converter a Cristo.

Assim nós vemos que Deus chama os pecadores a buscar a justiça perfeita. Sendo assim não pode ser achada entre os homens. Tudo o que os homens no pecado querem de Deus são meios que ajustam suas vidas no pecado. Eles querem perseverar na injustiça e para isso querem as “bênçãos” de Deus no viver. Paulo diz em 1 Coríntios 6:9 que “os injustos não herdarão o reino de Deus…”.

Note bem como o evangelho traz a lume a justiça de Deus em Cristo. O homem tocado pela verdade na alma se vê aflito e destroçado no íntimo por falta de justiça perante Deus. Até no sistema do mundo vemos o quanto as injustiças são odiadas e dignas de punição. A população pede que justiça seja feita contra tantas maldades. Nas mínimas coisas os homens reclamam justiça. Pode ser a quantia mínima que alguém deve a outro, ele é considerado injusto se não pagar. Dívida é dívida e ninguém é louvado, nem recebe um “obrigado” quando quita uma dívida.

Mas aqui estamos lidando com um dos temas mais proeminentes das Escrituras, pois Deus dá fala abundantemente sobre justiça em toda Escritura. O Deus da bíblia lida com os homens na base de justiça e juízo, porque o reino dele é de justiça, o trono dele é de justiça e só a misericórdia pode livrar os homens da condição pervertida que se encontra como um injusto. Noutras palavras, o homem no mundo é visto pela lei de Deus como maldito. Grande e impagável é a dívida do pecado e não há diferença, pois todos estão na mesma condição. Essa é a linguagem de Paulo em Romanos: “...todos, tanto judeus como os gentios estão debaixo do pecado”. Que situação terrível! Morrer como um injusto é morrer como um maldito de Deus! O que? A lei de Deus em toda extensão do Velho Testamento grita, xingando os homens, declarando que eles são culpados, mas apontando para o Justo Jesus, o qual na cruz pagou com sua vida, para que os injustos se tornassem justos perante Deus: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus…” (Romanos 5:1)